2021 - Plan Poj Prod - Aula 5
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2021 - Plan Poj Prod - Aula 5
DO PRODUTO]
Aula 05
[Design: conceito e aplicações]
Fonte:
cmart29
Pixabay
O termo já tem em suas origens uma
ambiguidade, o aspecto abstrato de
conceber/projetar/atribuir e o outro
concreto de registrar/configurar/formar
(CARDOSO, 2004).
Fonte:
DanielHannah
Pixabay
Rede de interesses que unem a empresa industrial e o consumidor =
o projetista tem compromissos com as duas partes Löbach (2001, p.
108)
De acordo com Niemeyer (2007) ao longo do tempo, o
Design tem sido entendido segundo três tipos distintos
de prática e conhecimento:
4. Para o designer de visão de mercado, que coloca-se entre os interesses do empresário e do usuário a definição seria –
“Design é um processo de resolução de problemas atendendo às relações do homem com seu ambiente técnico”.
5. Para o designer de visão social, que prioriza os interesses dos usuários do ambiente artificial – “Design é o processo de
adaptação do ambiente ‘artificial’ às necessidades físicas e psíquicas dos homens na sociedade”. Não devendo ser
consideradas somente as vantagens econômicas, mas também os possíveis efeitos sobre a comunidade.
Fonte:
Juan Marin
Unsplash
Na 29ª Assembléia Geral em Gwangju (Coréia do Sul), o Comitê de Prática Profissional revelou uma
definição renovada de design industrial da seguinte forma:
Designers Industriais colocam o humano no centro do processo. Eles adquirem uma profunda
compreensão das necessidades dos usuários por meio da empatia e aplicam um processo de solução de
problemas pragmático e centrado no usuário para projetar produtos, sistemas, serviços e
experiências. Eles são partes interessadas estratégicas no processo de inovação e estão posicionados de
forma única para conectar várias disciplinas profissionais e interesses comerciais. Eles valorizam o
impacto econômico, social e ambiental de seu trabalho e sua contribuição para co-criar uma melhor
qualidade de vida (WDO, 2018).
Importante:
Design – profissão
Designer – profissional
Metodologia –
“1 ramo da lógica que se ocupa dos métodos das
diferentes ciências. 1.1 parte de uma ciência que estuda
os métodos aos quais ela própria recorre [...]” (HOUAISS,
VILAR, 2009).
Técnica –
“1 A parte material ou o conjunto de processos de uma
arte [...] 2 Maneira, jeito ou habilidade especial de
executar ou fazer algo [...] 3 Prática [Cf. tecnologia.]”
Fonte:
Renxtong (HOUAISS, VILAR, 2009).
Pixabay
[Metodologia de projeto e desenvolvimento de produtos]
Fonte: http://lepaveh.com/services/special-orders-and-custom-
jewelry-designs/
Há muitos métodos bastante difundidos nessa aula serão apresentados alguns
que são considerados os principais na área de projeto de produtos:
1. Planejamento do produto
Ideias para novos produtos com desenhos de
apresentação e testes de mercado;
2. Projeto conceitual
Especificação da oportunidade, especificação do projeto,
projeto conceitual para selecionar o melhor conceito.
3. Configuração do produto
O conceito selecionado é submetido a um segundo teste
de mercado, promoção de alguma mudança técnica
envolvendo materiais e processos de fabricação e novo
teste de mercado;
4. Projeto detalhado
Desenhos detalhados do produto e seus componentes,
desenhos para fabricação e a construção do protótipo
01. Problema
Identificação de uma necessidade, Observação da sociedade, Indicação da indústria, criação de novas
necessidades;
08. Experimentação
Testes de configuração, Uso dos materiais e ferramentais.
09. Modelo
Criação de rascunhos, Modelos em escala, de verificação, Modelos volumétricos, mock-ups, protótipos.
10. Verificação
Modelo em funcionamento.
12. Solução
Documentação para execução do produto final.
Egg Chair
[Arne Jacobsen]
1958
https://bit.ly/3npLctc
[Método de Mattelmäki]
Design Centrado no Usuário (traduzida) - MATTELMÄKI (2006)
• Abordagem de design centrada no usuário
chamada Design Probes;
Os métodos ágeis são uma alternativa à gestão tradicional de projetos, podendo ser aplicados a qualquer tipo,
mesmo aqueles que não se remetem ao software;
Através de entregas incrementais e ciclos iterativos, ajudam as equipes a encarar as imprevisibilidades dentro de
um projeto;
A filosofia dos métodos ágeis é a de incentivar a inspeção e adaptação frequentes, o que promove a auto-
organização, a comunicação constante, o foco no cliente, o maior trabalho em equipe e a entrega de valor;
O Manifesto Ágil
Em 2001, foi publicado o “Manifesto for Agile Software Development”, que tornou conhecido o termo Ágil e marcou o
início da aplicação de métodos leves de desenvolvimento de software. Esse manifesto valoriza:
Para os clientes
• Redução dos riscos e adaptação diante das surpresas e mudanças;
• Melhoria da qualidade do produto final;
• Transparência e visibilidade do status do projeto;
• Flexibilidade para mudanças de requisitos;
• Maior agilidade na tomada de decisões;
• Foco do que traz mais valor para o usuário, o que se revela em ganho
de usabilidade;
• Maximização do comprometimento e a melhoria na comunicação
durante o processo
• O product owner se beneficia com escopo e objetivos claros e
priorizados;
• Antecipação dos problemas e maior agilidade na tomada de ações.
Para atingir esse feito, é preciso que o produto seja construído e desenvolvido em parceria com o
consumidor; identificando quem é esse cliente, o que ele quer e moldando o produto que lhe será destinado.
Valor:
• Para descobrir o conceito de valor do seu produto, é preciso deixar o poder de definição de valor nas
mãos do cliente;
• É necessário entender por desperdício aquilo que o consumidor não está disposto a pagar para adquirir o
seu produto;
• Também é preciso repensar o próprio produto por meio de estudos frequentes, mantendo o seu
desenvolvimento em constante evolução;
Fluxo de Valor:
• A empresa deve identificar quais etapas agregam valor ao produto, eliminando as que não agregam =
desperdício;
• Dessa forma, a continuidade do trabalho é otimizada, pois automaticamente os custos de máquinas,
energia e tempo serão reduzidos;
Fluxo Contínuo:
• Fase em que a produção é feita sem interrupções;
• Necessidades dos clientes podem ser atendidas com baixo estoque, mais rapidez e tempo reduzido para
processamento os pedidos;
Fonte: MJV (2018)
Fonte: MJV (2018)
Produção Puxada:
• A empresa deve buscar reduzir ao
máximo o estoque, produzindo apenas o
que o cliente deseja;
• Assim, é eliminada a necessidade de
descontos e promoções com o objetivo
de acabar com o estoque dos itens já
produzidos e parados;
Perfeição:
• Essa etapa diz respeito à busca constante
pela melhoria dos processos, pessoas e
produtos, tendo sempre por objetivo
agregar valor ao cliente;
• Um dos métodos para se pensar novas
formas de alcançar a melhoria, é buscar
problemas diariamente;
• Ter conhecimento primeiro dos
problemas em vez das soluções prontas,
é a melhor forma de transformar o
produto e, consequentemente, satisfazer
as expectativas do cliente.
Os Frameworks Ágeis são quadros de trabalho que ajudam o time de negócios a
vivenciar o mindset Ágil, na prática;
Fora os que se adaptam mais a área de TI, os mais utilizados em projetos em geral são:
SCRUM - utiliza etapas ou ciclos de desenvolvimento - denominadas sprints - que permitem qualidade nas entregas e
possibilidade de mudança de requisitos ao longo do processo. O framework sustenta-se em pilares e papéis bem definidos:
os clientes se tornam parte da equipe de desenvolvimento e podem validar ou redefinir entregas. Desta forma, os riscos são
melhores trabalhados e reduzidos, já que os progressos e atrasos são monitorados.
PRINCÍPIOS DO SCRUM:
Transparência - todas as informações e atividades desenvolvidas pela equipe de desenvolvimento devem estar disponíveis
para a equipe;
Inspeção - as atividades são monitoradas, priorizadas e avaliadas periodicamente - em reuniões diárias (daily) - o que
permite atestar a qualidade e o desenvolvimento;
Adaptação - após a inspeção, as atividades são refinadas e ajustadas para que não existam problemas. São realizadas
reuniões de feedback (review e retro) para avaliar os pontos mutáveis e o caminho a ser seguido em
novas sprints (plannings), o que garante melhor priorização e diminuição dos gaps.
PAPÉIS DO SCRUM:
Scrum Master (SM) - pessoa que monitora os processos ou atividades da equipe, controlando prazos e verificando se existe
algum impedimento para a realização;
Product Owner (PO) - pessoa da equipe responsável pelo projeto e que representa os clientes/stakeholders. Responde pelo
negócio;
Development Team (DT) - grupo multifuncional ou equipe responsável por analisar, desenvolver, implementar e testar o
produto/serviço.
Produto
desenvolvido
Product Sprint Planning Sprint Backlog: Scrum Team: Sprint Review Meeting:
Backlog: Meeting: Atividades Equipe Reunião que ocorre ao final
Conjunto Reuniões periódicas específicas a envolvida de cada sprint para avaliar
de para planejar e serem com as o funcionalidade da
objetivos priorizar os itens do executadas na tarefas do metodologia na equipe.
do projeto. product backlog sprint. projeto
que serão
desenvolvidos
dentro da sprint.
Fonte: MJV (2018)
KANBAN - ferramenta introduzida, primeiramente, para dar uma panorâmica do fluxo de tarefas realizadas nas linhas
de montagem do Sistema Toyota de Produção: o objetivo é que todo trabalho a ser realizado seja visualizado pela
equipe, com as atividades divididas e direcionadas à cada responsável, obedecendo um processo de “a realizar” (to do),
“em andamento” (WIP - work in process) e “já realizada“ (done);
O kanban, palavra japonesa que significa “registro ou placa visível”, é ótimo para identificar gargalos e desperdícios, já
que permite uma forte assimilação de informações pela equipe;
Com sua gestão sempre à vista, a comunicação e integração aumentam, o tempo de espera é reduzido e a eficiência,
garantida;
PRINCÍPIOS DO KANBAN:
Gestão à vista: as fases do produto ou serviço são identificadas claramente (visualização da cadeia de valor);
Desenvolvimento Adaptativo: entrega-se o que tem valor antes, ao trabalhar a priorização;
Estágios de trabalho: o processo pode ser mensurado e controlado, possibilitando uma melhoria contínua.
Construir ideias
Escolher um produto e realizar a análise desse produto de acordo com os critérios solicitados no modelo
tendo por base o conteúdo visto e discutido em sala de aula.
Fotos do produto
Escolha fotos que representem bem o produto escolhido e adicione para então iniciar a análise.
Qual a história do produto? (de maneira breve destaque os principais pontos da trajetória desse produto junto ao mercado e ao
consumidor/usuário)
Categoria do produto
Em qual das categorias abaixo este produto se encaixa? E por quê?
Produtos de consumo (aqueles que deixam de existir após seu uso)
Produtos de uso individual;
Produtos para uso de determinados grupos;
Produtos para uso indireto
Funções do produto
Considerando as funções prática, estética e simbólica (lembrando que os produtos podem apresentar mais de uma dessas
funções), quais delas este produto apresenta? Justifique essa resposta.
Programa de produção
Em termos de produção dentro do portfolio da empresa, o produto escolhido é resultado de um princípio de Diversificação ou de
Diferenciação? Justifique essa resposta.
[Referências]
BAXTER, M. Projeto de Produto: guia prático para o design... São Paulo: Blücher, 2000.
BONSIEPE, G; et.al. Metodologia Experimental: Desenho Industrial. Brasília: CNPq/Coordenação Editorial, 1986.
BROWN, T. Design Thinking: Uma Metodologia Poderosa para Decretar o Fim das velhas ideias. Campus: Grupo Elsevier,
2010.
BURDEK, B. E. História, teoria e prática do design de produtos. São Paulo: Blucher, 2006.
DESIGN COUNCIL. The Design Process. 2011. Disponível em: <http://www.designcouncil.org. uk/about-design/How-
designers-work/The-design-process/>
GOOGLE VENTURES. The Design Sprint. Disponível em: <http://www.gv.com/sprint/> . Acesso em: 19 ago. 2018.
LÖBACH, B. Design industrial: bases para a configuração dos produtos industriais. São Paulo: Blücher, 2001. .
MATTELMÄKI, T. Design probes. Helsinki: University of Art and Design Helsinki, 2006.
MJV. Frameworks Ágeis: saiba como funcionam na prática. Disponível em: <http://blog.mjv.com.br/frameworks-
%C3%A1geis-saiba-como-funcionam-na-pratica> . Acesso em: 20 ago. 2018.
MJV. Metodologia Lean: Por que aplicar ao seu negócio. Disponível em: <http://blog.mjv.com.br/metodologia-lean-porque-
aplicar-ao-seu-neg%C3%B3cio> . Acesso em: 20 ago. 2018.
MJV. Métodos ágeis: entenda como podem agregar valor ao seu negócio. Disponível em:
<http://blog.mjv.com.br/conheca-os-principios-do-desenvolvimento-agil>. Acesso em: 20 ago. 2018.
MUNARI, B. Das coisas nascem coisas. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
WDO. World Design Organization. Design Definition. Disponível em: <http://wdo.org/about/definition>.Acesso em: Acesso
em: 20 ago. 2018.