Relatório de Evolução Orgânica
Relatório de Evolução Orgânica
Relatório de Evolução Orgânica
EVOLUÇÃO EM CAMPO
São Luís - MA
2024
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SUMÁRIO
1. RESUMO …………………………………………………………………………………. 3
2. INTRODUÇÃO …………………………………………………………………………… 3
3. METODOLOGIA ………………………………………………………………………… 3
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ………………………………………………………….. 4
4.1. …………………………………………………………………………………. 4
4.2. ……………………………………………………………………………….... 9
5. CONCLUSÃO ……………………………………………………………………………. 11
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1. RESUMO
A abordagem do trabalho resulta na investigação dos organismos e do ambiente no Parque
Estadual do Sítio do Rangedor observando as características morfológicas e ecológicas e
como interagem entre si. O estudo focou na identificação de espécies vegetais e animais e nas
suas adaptações ao ambiente, ressaltando a conjunção da Fauna e flora em conjunção dos
biomas amazônico e Cerrado. Foram observadas Astrocaryum vulgare, uma palmeira
adaptada ao cerrado, e Danaus plexippus, uma borboleta migratória com características de
aposematismo. As observações destacaram como as adaptações morfológicas dessas espécies
ajudam na sobrevivência e reprodução em seus respectivos habitats, refletindo as teorias de
adaptação e seleção natural.
1. INTRODUÇÃO
Os mecanismos pelos quais a evolução biológica atua como processo formador da
biodiversidade são bem compreendidos na atualidade, contudo, esses mecanismos e
processos não são de fácil compreensão para um público leigo nem mesmo por estudantes de
biologia em vários níveis. Desta forma, a utilização de estratégias didáticas diversificadas
surge como uma ferramenta para o ensino da teoria através de atividades práticas para o
ensino de Evolução.
Localizado em São Luís/MA, o PE do Sítio Rangedor, está inserido totalmente em área
urbana, envolto por três avenidas de grande movimentação.Essa Unidade de Conservação
abriga fauna e flora remanescentes da urbanização da Ilha de São Luís, atuando como refúgio
para espécies da fauna e flora. Vale ressaltar que a UC tem grande importância por ser uma
área de recarga de aquíferos, e por melhorar o clima de uma região da capital maranhense,
que tem sofrido alta ação antrópica (SEMA 2017).
O objetivo deste trabalho é observar e coletar dados sobre as características morfológicas e
ecológicas dos organismos e do ambiente no Parque Estadual do Sítio do Rangedor. O estudo
da evolução em campo é fundamental para entender a biodiversidade e compreender a
importância da preservação e conservação, pois é possível observar informações sobre como
espécies e ecossistemas se adaptam às mudanças ambientais.Além disso, o Parque Estadual
do Sítio do Rangedor possui grande importância ecológica devido à sua rica diversidade de
flora e fauna e seus variados habitats. Através da observação direta no parque, buscou-se a
ressaltar as características morfológicas do organismos e suas interações com o ecossistema.
2. METODOLOGIA
A prática teve início às 8:45, com a equipe reunida no ponto de partida da trilha no Parque do
Rangedor. Optou-se por iniciar a prática com a análise do primeiro ponto de observação, o
borboletário, localizado no início da trilha.
Em seguida, a equipe avançou pela trilha, focando na observação da vegetação local. Durante
a caminhada, foram identificadas diversas espécies de plantas, com atenção à identificação
das famílias e espécies. A identificação de espécies foi realizada com base nas placas
informativas e no conhecimento prévio dos participantes. Um exemplo observado foi a
espécie Byrsonima spicata (Cav.) DC., popularmente conhecida como pé de Murici, da
família MALPIGHIACEAE.
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Além da identificação de plantas, também foram observadas algumas aves ao longo da trilha.
Destacou-se a presença do Coragyps atratus, popularmente conhecido como
urubu-de-cabeça-preta, uma ave comum na região. Durante o percurso, foi possível escutar
sons de animais, embora a equipe não tenha conseguido identificar as espécies responsáveis
pelos sons.
Ao longo da trilha, foram realizados registros fotográficos da paisagem, documentando a
diversidade da flora e outros aspectos relevantes do ambiente. Na parte final da caminhada, a
equipe realizou uma leitura sobre a história do Espinossauro, um animal pré-histórico cujo
nome significa "lagarto espinhoso". Discutiu-se a importância desse animal, que viveu há
cerca de 100 milhões de anos.
A prática foi finalizada às 10:10, concluindo as atividades propostas dentro do tempo previsto
e permitindo uma reflexão final sobre as observações realizadas durante a caminhada. É
importante destacar que a prática de campo permitiu uma rica experiência de observação e
identificação de elementos da flora local, além de reflexões sobre a biodiversidade e a
história natural.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Resultados
Ambientes/ecossistemas observados no PE do Sítio do Rangedor, Ilha de São Luís:
Foram observados no parque uma área de 120 ha, remanescente do bioma Pré-amazônia
(zona de transição entre os biomas amazônico e cerrado), ambiente original de São Luís.
Árvore
Apeiba tibourbou inerme,subcaducifólia,
MALVACEAE Aubl. Pente-de-macac heliófila,monóica,porte
o médio que vai até 20
metros.
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sinuosas.
Árvore e arbusto
tortuoso que mede até
DILLENIACEAE Curatella americana Lixeira 8 metros,folhas
L. alternas simples e
inflorescência
racemosa axilares.
Árvore caducifólia de
porte grande, atinge
até 30 metros,tronco
BIGNONIACEA Handroanthus albus Ipê amarelo reto e cilíndrico, folhas
E amarelas em cachos.
Liana a trepadeira
baixa,tricoma presente,
FABACEAE Dioclea virgata Cipó de macaco folha trifoliolada,
(Rich.) inflorescência axilar,
flor pedicelada e
sementes testa lisa.
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Liana trepadeira,caule
cilíndrico, folha do tipo
SAPINDACEAE Paullinia pinnata Mata- fome estípula, inflorescência
racemiforme e fruto
piriforme.
Formiga
Abelha
Obs: Espécies de formigas e abelhas não identificadas.
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Figura 1: Espécies da flora encontradas no PE do Sítio do Rangedor.
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Figura 3. Espécies da fauna encontradas no PE do Sítio do Rangedor.
Descrição detalhada das características morfológicas das espécies Astrocaryum vulgare Mart.
e Danaus plexippus.
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pedúnculo com até 1.5 m de comprimento; raque de 30–70 cm de comprimento, 100 ráquilas
ou mais, portando 2–5 flores pistiladas na porção basal. Frutos globosos, a elipsoides, de
3.5–5 cm de comprimento × 2.5–4 cm de diâmetro, rostrados; epicarpo liso, alaranjado a
vermelho; mesocarpo alaranjado, carnoso, fibroso e adocicado endocarpo duro, negro;
endosperma homogêneo.
Danaus plexippus
Taxonomia
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Isecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Gênero: Danaus
Espécie: D. plesippus
Apresenta asas laranjas vibrantes com veios pretos e bordas pretas pontilhadas de branco,
características que servem para alertar predadores sobre sua toxicidade. Com uma
envergadura de 8,9 a 10,2 cm, suas asas largas são adaptadas para longas migrações. O corpo
é segmentado em cabeça, tórax e abdômen, com a cabeça preta e antenas longas, usadas para
orientação. O tórax robusto suporta suas asas e três pares de pernas. A probóscide longa
permite a alimentação por néctar. Machos e fêmeas diferenciam-se por uma mancha preta
presente apenas nos machos.
4.2. Discussão
O Parque Estadual do Sítio do Rangedor é um rico objeto de estudo sobre biodiversidade,
visto que apresenta a possibilidade de observação da complexidade e a interseção entre os
biomas amazônico e cerrado. As características morfológicas e adaptativas da flora e fauna
observadas são um fator que permite sua sobrevivência e sucesso em um ambiente de
transição com condições ambientais específicas.
Nessa discussão, exploramos as adaptações de Astrocaryum vulgare (Tucum) e Danaus
plexippus (Borboleta Monarca), e comparamos suas características morfológicas com o
ambiente em que vivem.
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A distribuição de Astrocaryum vulgare em ambientes abertos e de solo arenoso, como
apontado por Molles (2013), reflete uma adaptação às condições climáticas e edáficas que são
típicas do cerrado. E por viverem em um ambiente com clima sazonalmente seco, essas
plantas desenvolveram sistemas radiculares profundos e especializados para minimizar a
perda de água, garantindo assim sua sobrevivência.
5. CONCLUSÃO
O estudo realizado no Parque Estadual do Sítio do Rangedor proporcionou insights valiosos
sobre a biodiversidade presente em um ambiente de transição entre os biomas amazônico e
cerrado. As observações de campo possibilitaram a identificação de diversas espécies de flora
e fauna, revelando importantes adaptações evolutivas que permitem a sobrevivência em
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condições ambientais específicas. Essas adaptações, tanto nas plantas quanto nos animais,
destacam a importância das interações ecológicas e evolutivas para a manutenção dos
ecossistemas.
A prática de campo evidenciou a necessidade de ações voltadas para a preservação desse
ambiente único, onde as pressões ambientais moldam a diversidade biológica. A riqueza
observada no parque demonstra a relevância de preservar áreas naturais que, além de
fornecerem refúgio para espécies nativas, servem como locais essenciais para o estudo e a
compreensão das dinâmicas evolutivas.
Portanto, este relatório reforça a importância de continuar promovendo esforços de
conservação, ressaltando o papel do Parque do Rangedor não apenas como um reservatório
de biodiversidade, mas também como um laboratório vivo para o entendimento das relações
entre organismos e seus ambientes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FUTUYMA, Douglas J. Evolutionary Biology. 3. ed. Sunderland: Sinauer Associates, 1998.
GRIME, J. Philip. Plant Strategies, Vegetation Processes, and Ecosystem Properties. 2. ed.
Chichester: Wiley, 2001.
MOLLES, Manuel C. Ecology: Concepts and Applications. 6. ed. New York: McGraw-Hill,
2013.
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