Plano de Negocios Plantas Aromaticas e Medicinais
Plano de Negocios Plantas Aromaticas e Medicinais
Plano de Negocios Plantas Aromaticas e Medicinais
Outubro de 2011
Paula Alexandra Pimenta de Azevedo
Mestrado em
Biotecnologia e Bioempreendedorismo de Plantas Aromticas e Medicinais
Outubro de 2011
Declarao
Assinatura:
III
Agradecimentos
Ao professor Doutor Antnio Azevedo por disponibilizar-se a ser meu orientador, pelo estmulo
acadmico ajudando-me e orientando-me no sentido de um bom trabalho.
Margareth Barros, que apesar de um longo dia de trabalho, sempre conseguia um tempo para
ajudar-me tendo a sua ajuda sido imprescindvel.
Ao eng Vitor Faria pela amabilidade e disponibilidade para ajudar na resoluo de problemas
prticos, partilha de material e informao.
Ao eng Paulo Pereira da ATHACCA pelas informaes e contactos importantes para o desenrolar
deste trabalho.
Dr Elizabete da Fundao Calcednia e Balbina Coelho pela visita aos campos de produo.
V
Liftoff e Tecminho, Bioatlntico e Cantinho das Aromticas pela simpatia, informaes e ajudas
prestadas.
Quero tambm agradecer aos meus colegas de mestrado pelo companheirismo e esprito de
entreajuda, especialmente Alberta Domingues e Pedro Vieira camaradas de uma batalha. Assim
como aos professores pelos conhecimentos partilhados e boa disposio com que deram as suas
aulas, mostrando-se sempre prestveis.
Aos meus amigos que ao longo deste ano foram acompanhando o meu trabalho e esforo, pelo
apoio, pacincia e amizade.
minha famlia, especialmente aos meus pais, pela fora, incentivo e amor.
VI
Resumo
Atualmente assiste-se a um interesse crescente por produtos obtidos a partir de plantas reputadas
pelas suas utilizaes etnobotnicas em cuidados primrios de sade e de bem-estar. Muitas das
plantas conhecidas por plantas aromticas e medicinais (PAMs), so utilizadas na extrao
industrial de molculas que incorporam uma grande diversidade de produtos, designadamente
produtos farmacuticos, cosmticos, perfumes, aromas, nutracuticos, alimentares, produtos de
controlo ambiental etc. As normas aplicadas produo agro-industrial de tais espcies, obrigam
adopo de sistemas de produo biolgico, bem como adopo de sistemas de controlo de
qualidade, cada vez mais exigentes, partindo de uma identificao inequvoca das plantas
comercializadas. Deste modo, a produo e transformao de PAMs em modo biolgico, constitui
um plano de negcio na base da cadeia de valor, de retorno relativamente seguro. A expanso do
negcio para domnios que envolvem maior incorporao de meios tecnolgicos pode e deve ser
encarada numa fase ulterior do estabelecimento e rendimento inicial da explorao agro-industrial
das PAMs seleccionadas.
Neste contexto, prope-se neste projeto o desenvolvimento de um plano de negcios que consiste
no estabelecimento e explorao de uma unidade agro-industrial de plantas aromticas e medicinais
(PAM) numa localidade situada no permetro mximo de 50 km da UM. Tal plano de negcio
envolve uma prospeco de mercado orientada para a oferta/procura de espcies de PAMs, preos
a praticar no produtor, custos de produo, contatos com importadores e outros tipos de agentes
importantes da fileira de produo e transformao de PAMs. A seleo das espcies a cultivar foi
feita de acordo com a procura dos mercados, apostando no cultivo de dezasseis espcies de PAMs.
Este plano tem em conta a Legislao Europeia sobre PAMs e produtos derivados, aplicaes,
custos de produo e preos na concorrncia.
VII
Abstract
Today we are witnessing a growing interest in products derived from plants renowned for their
ethnobotanical uses in primary health care and welfare. Many of these plants known by the term
"medicinal and aromatic plants (MAPs), are used in industrial extraction of molecules that
incorporate a wide variety of products, including pharmaceuticals, cosmetics, perfumes, fragrances,
nutraceuticals, food products, environmental control products etc. The rules applied to agroindustrial
production of such species, require the adoption of organic farming systems and the adoption of
systems of quality control, more demanding, from a clear identification of the plants sold. The
production and transformation of MAPs is a business plan that enhances the value chain with
relatively safe return. The business expansion to areas that involve greater incorporation of
technology can, and should be taken at a later stage to the establishment and initial performance of
the agroindustrial exploitation of the selected MAPs.
In this context, it is proposed to develop a business plan for the establishment and operation of an
agroindustrial unit of Medicinal and Aromatic Plants located in the maximum range of 50 km of
Minho University. This business plan involves an market-oriented including supply-demand
management of MAP species, producer prices to be charged, costs, contacts with importers and
other important factors of the MAP production and processing sector. The MAPs selection was made
according the markets demands, focusing on the production of sixteen species. This plan also
envolves MAP European Legislation and related products, applications and production costs.
IX
ndice
Declarao ....................................................................................................................................III
Agradecimentos..............................................................................................................................V
Resumo ........................................................................................................................................ VII
Abstract.........................................................................................................................................IX
ndice ............................................................................................................................................XI
XI
6.1 Descrio da procura (clientes)................................................................................ 41
6.2 Tendncias do mercado .......................................................................................... 42
6.2.1 Mercado Internacional ......................................................................................... 42
6.2.2 Mercado Nacional................................................................................................ 43
6.3 Anlise da concorrncia........................................................................................... 45
8. Produo ............................................................................................................................. 49
XII
10.1.3 Embalagem, acondicionamento e rotulagem ........................................................ 61
10.2 Preo .................................................................................................................. 61
10.3 Distribuio ......................................................................................................... 62
10.4 Promoo............................................................................................................ 63
12. Cronograma......................................................................................................................... 63
13. Plano financeiro ................................................................................................................... 71
14 Concluso............................................................................................................................ 81
15 Referncias bibliogrficas: .................................................................................................... 83
16 Anexos................................................................................................................................. 89
XIII
ndice de Figuras
Figura 1: Registo de colheitas de plantas ao longo dos anos Fonte: US Pharmacopeia and
Formulary. ............................................................................................................................. 23
Figura 2: Joaninha alimentando-se de pulges, forma de controlo biolgico. ................................ 25
Figura 3: Subsetores que recorrem a PAMs. ............................................................................. 29
Figura 4: Evoluo do n de operadores e da rea com produo em modo biolgico na regio
Entre Douro e Minho.. ............................................................................................................. 32
Figura 5: Mapa de Vieira do Minho. .......................................................................................... 37
Figura 6: Mercado global de PAMs. .......................................................................................... 43
Figura 7: rea das plantas aromticas na regio norte. .............................................................. 44
Figura 8: Fotografias de culturas protegidas (a) Culturas em MPB em estufa tipo tnel cobertas
com filme polietileno; (b) cobertura directa com filme polipropileno. ........................................... 50
Figura 9: Etapas envolvidas na produo. ................................................................................. 52
Figura 10: Planta do armazm. ................................................................................................ 53
Figura 11: Logtipo e selos europeus usados na identificao de produtos com qualidade
ambiental. Produto com certificao de origem biolgica (a); Denominao de Origem Protegida
(b); Indicao de Origem Protegida (c). ..................................................................................... 61
Figura 12: Locais de distribuio dos produtos. ......................................................................... 62
XIV
Lista de abreviaturas
Ha: Hectares
XV
Glossrio
DOP (Denominao de Origem Protegida): Produto ou gnero originrio duma regio cujas
caractersticas/qualidades se devem principalmente ao meio geogrfico especifico assim como a
fatores naturais e humanos e cuja produo e/ou transformao e/ou elaborao feita nessa
mesma regio.
IGP (Indicao Geogrfica Protegida): Produto ou gnero proveniente duma regio que
possui caractersticas/ qualidades atribudas ao local geogrfico e cuja produo e/ou
transformao e/ou elaborao feita nessa mesma regio.
PM (Plantas Medicinais): Qualquer planta que em um ou mais dos seus rgos contenha
substncias que possam ser utilizadas com finalidade teraputica ou que possam ser
precursores para a sntese qumico-farmacutica.
XVII
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
1. Sumrio executivo
Canteiro do Minho uma empresa agrcola que ir cultivar Plantas Aromticas e Medicinais
(PAMs) em modo biolgico para transformao e comercializao no mercado nacional e
internacional.
Esta uma oportunidade para preservar a agricultura tradicional, valorizar recursos naturais e
promover tcnicas amigas do ambiente para obteno de produtos saudveis, contribuindo
para o desenvolvimento de zonas desfavorecidas.
19
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
A empresa Canteiro do Minho tem como atividade principal produzir, preparar, transformar e
comercializar plantas aromticas e medicinais (PAMs) com certificao biolgica. O processo de
produo tem incio com o plantio de sementes e plntulas, que aps desenvolvimento sero
colhidas e selecionadas para a partir daqui serem transformadas nos diferentes produtos: PAMs
em estado seco e leos essenciais. Apresenta classificao de atividades econmicas (CAE) com
nmero 012801, que corresponde cultura de especiarias, plantas aromticas medicinais e
farmacuticas [1].
1
CAE 0128- CULTURA DE ESPECIARIAS, PLANTAS AROMTICAS, MEDICINAIS E FARMACUTICAS
Compreende, nomeadamente, a cultura de especiarias e de plantas aromticas (malagueta, noz moscada, canela, cravo da ndia, gengibre,
funcho, baunilha, etc.) e de plantas utilizadas em perfumaria, em farmcia ou como inseticidas, fungicidas ou fins semelhantes [1].
21
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
So consideradas PAMs, todas aquelas que podem ser usadas na cura ou preveno de
doenas, na alimentao, como conservante, aromatizante ou em cosmtica e perfumes.
medida que a sociedade foi evoluindo o termo planta medicinal foi sendo atribudo a remdios
alternativos. Desde os primrdios da humanidade o poder das plantas reconhecido e usado
no tratamento de doenas [2]. Existem referncias ao uso de plantas, datadas de h mais de
sessenta mil anos. Na China existem registos de farmacopeias com cerca de 3000 anos a.c. [3].
23
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
A agricultura biolgica (AB) um sistema de produo que se baseia numa srie de princpios e
objetivos que visam minimizar o impacto do Homem na natureza e assegurar que o sistema
agrcola funcione da forma mais natural possvel. Alguns dos princpios deste modo de produo
correspondem:
24
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Aproveitamento dos recursos naturais (uso de estrume dos animais como fertilizante
(p.e.);
Reconverso dos solos onde este tipo de agricultura vai ser aplicado, sendo que o
perodo de converso de 3 anos antes da colheita de frutas e outras culturas perenes e
de 2 anos antes da sementeira das culturas anuais;
Atravs das prticas acima referidas, a agricultura biolgica tem como objetivos oferecer
produtos com maior qualidade, manter e melhorar a fertilidade dos solos, utilizao sustentvel
dos recursos naturais, entre outros [7].
2
Controlo biolgico tcnica para controlo de espcies nocivas, em que introduz-se no ecossistema um inimigo natural (predador ou
parasita) da espcie a combater, mantendo a densidade populacional a nveis baixos, sem que ocorram danos e/ou prejuzos para o meio
ambiente [8].
25
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Existem vrias formas de transformao, preparao e aplicao das PAMs, variando de acordo
com os seus compostos ativos e finalidade da aplicao. Algumas das formas de preparao e
utilizao das PAMs so descritas a seguir [10]:
Ch: Qualquer derivao vinda da planta Camellia sinensis ou Thea sinensi, das quais
aps secagem das folhas se prepara uma infuso [10];
26
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Inalaes: Vapor de gua com substncias volteis (leos essenciais) das plantas
aromticas. Prepara-se colocando a planta num recipiente com gua a ferver, na
proporo de uma colher de sopa de planta (seca ou fresca) para litro de gua,
seguida de aspirao para inalar o vapor [3];
27
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
leos Essenciais: So obtidos por destilao das plantas aromticas com ou sem
vapor de gua, ou por processos mecnicos a partir do epicarpo de frutos de espcies
do gnero Citrus [10];
28
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Infuses
Medicina Alimentos
alternativa funcionais
PAMs
Medicamentos Aromaterapia
Suplementos
alimentares Culinria
29
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
4. Enquadramento do setor
A procura de produtos provenientes de AB est a aumentar cerca de 20% ao ano [13], em 1992
eram apenas vendidos cerca de 1%, aumentando em pouco tempo para cerca de 3% em toda a
UE [14]. O valor das vendas globais de alimentos e bebidas biolgicas aumentou 43% entre
2002 e 2005, concentrando-se, o consumo, na Europa e Amrica do Norte, apesar de praticada
em quase todos os pases [15]. O valor de vendas na Europa em 2005 foi estimado entre 13 e
14.000 milhes de Euros, sendo a Alemanha o maior mercado, seguindo-se a Itlia e a Frana.
Devido ao aumento na busca deste tipo de produtos, o mercado tem sido obrigado a organizar-
se, sendo a Europa o primeiro consumidor final [15]. Na figura 4 pode ver se o
desenvolvimento da AB na europa, verificando-se que as reas ocupadas por este modo de
produo tm vindo a aumentar ao longo dos anos, este aumento deve-se a medidas agro-
ambientais implementadas no mbito do Reg. (CEE) 2078/92 [16].
O mercado europeu necessita de vrios produtos, alguns dos quais Portugal tem boas
capacidades para produzir, nomeadamente azeite, vinho (os quais j exportam), hortofrutcolas,
frutos secos e carne [16].
Para um bom desenvolvimento do setor no sentido de criar um ambiente equilibrado entre a
procura e oferta destes tipo de produtos, alguns pases europeus desenvolveram planos de ao
onde esto descritas polticas de promoo, apoio, acompanhamento, controlo e fiscalizao, e
ainda, onde esto descritos os objetivos a atingir [16].
31
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
O setor da AB em Portugal comeou a dar os primeiros passos em 1976. Em 1985 foi criada a
Associao Portuguesa de Agricultura Biolgica (AGROBIO). Ao longo dos anos o nmero de
produtores foi crescendo lentamente, at que a partir de 1996 o seu nmero assim como o das
reas ocupadas em AB registaram um aumento muito significativo (figura 4). Este deveu-se em
parte s medidas Agro-ambientais da UE, principalmente devido a subsdios ao rendimento, que
motivaram a emergncia de novos operadores. Apesar deste crescimento, a AB ainda tem pouca
importncia no pas [14].
Figura 5: Evoluo do n de operadores e da rea com produo em modo biolgico na regio Entre
Douro e Minho. Fonte: Guia das exploraes biolgicas (projeto GABI) [17].
O setor das PAMs tem vindo a defrontar vrios problemas em Portugal, nomeadamente:
32
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
33
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
5. Apresentao do negcio
A explorao tem uma rea de 3 Ha que sero utilizados para o cultivo de PAMs em modo
biolgico. A principal atividade produo de PAMs seguindo os princpios da AB. Sero
produzidas PAMs no estado seco para venda em embalagens de 50 g e a granel e leos
essenciais. A venda destes produtos ser efetuada no prprio local de produo, lojas de
comrcio tradicional e Gourmet, ervanrias, indstria farmacutica, cosmtica e investigao.
Pretende-se que o local de explorao funcione, tambm, como uma rea experimental e
demonstrativa no sentido de desenvolver tcnicas que permitam uma melhor gesto de recursos
naturais e conservao da natureza aliado a um desenvolvimento sustentado da regio.
Funcionar como explorao pedaggica dirigida a todas a faixas etrias organizando workshops,
palestras e visitas guiadas aos campos de produo.
O enquadramento jurdico desta empresa tem por base a diminuio do risco pessoal, no
pretendendo partilhar o investimento inicial. Deste modo optou-se pela criao de uma empresa
com sociedade unipessoal.
35
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Designao social:
O desenvolvimento deste negcio est relacionado com motivos pessoais, uma vez que sempre
foi desejo do promotor trabalhar em contato com a natureza e de alguma forma ser capaz de
contribuir para o seu equilbrio, preservao de espcies vegetais e minimizao de danos
ambientais, fatores que so facilmente conseguidos seguindo as tcnicas de AB. O
desenvolvimento social e econmico tambm uma das maiores preocupaes, sendo esta uma
forma de criar postos de trabalho, contribuindo para a diminuio da taxa de desemprego e
ainda proporcionar benefcios econmicos e de coeso social das zonas rurais.
Alm destas motivaes pessoais existem outras mais prticas, que contribuem tambm para o
interesse em investir nesta rea de negcios. Nomeadamente o reduzido nmero de produtores
de PAMs em Portugal, faz com que seja uma rea atrativa e de fcil entrada no mercado
nacional. A procura que existe por parte dos mercados alemo e francs por estas plantas, que
as utilizam como matria-prima na indstria farmacutica, cosmtica e alimentar uma
vantagem, pois permite a exportao do produto. Atualmente verifica-se o encorajamento e
aumento dos incentivos agricultura por parte do governo, devendo-se principalmente ao estado
de crise que hoje se vive, com apelo criao do prprio emprego.
36
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Descrio do local
Os terrenos para a explorao correspondem a uma rea total de 3 Ha, que no se encontram
em cultivo h 10 anos, estando portanto cobertos de vegetao espontnea. Os 3 Ha esto
dispostos em socalcos, rodeados por muros de pedra e vegetao. Existem 3 abastecimentos de
gua, 2 poas (uma delas comunitria) e um poo. A rea apresenta bastante exposio solar.
37
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Tendo em conta os regulamentos apertados adotados pela Unio Europeia, no que concerne a
produtos para consumo humano, a indstria transformadora dos setores alimentar, cosmtico,
perfumaria e farmacutico tm vindo a procurar matrias-primas produzidas em condies
controladas, que assegurem a segurana humana e qualidade final dos produtos. Levando
procura de plantas certificadas e cujo processo de produo respeite as normas de boas praticas
europeias [22]. Isto vem promover e valorizar os produtos obtidos em modo de AB, pois como
foi anteriormente referido, os produtos biolgicos so sujeitos a controlos regulares por parte de
entidades de certificao, garantindo ao cliente uma matria-prima e/ou produtos de qualidade.
Como a empresa Canteiro do Minho possuir certificao de produo biolgica, facilmente ter
credibilidade neste mercado cada vez mais exigente.
O promotor deste projeto tem especializao na rea de PAMs, o que atenua a falta de tcnicos
verificada no setor e vantagem na resoluo de problemas associados explorao. A
localizao longe dos centros urbanos, salvaguarda os terrenos e o ar de contaminaes com
gases txicos e outros contaminantes, mantendo os nveis de qualidade. Os terrenos que
constituem a empresa Canteiro do Minho no se encontram em cultivo h mais de 10 anos, no
sendo necessrio um perodo de converso3, o que facilita a obteno de certificao para
produo em modo biolgico. Os processos envolvidos desde a plantao at produo sero
realizados em instalaes que sero construdas na explorao, diminuindo o manuseamento e
transportes das plantas, assegurando a sua qualidade e preservao das caractersticas nicas.
Desta forma a atividade ser centrada em processos que acrescentam valor aos produtos finais,
diferenciando-se da agricultura convencional. A freguesia onde a empresa estar sediada confere
vantagem, uma vez que existem imveis de interesse patrimonial, a localizao perto da serra da
Cabreira (um local com grande interesse na rea do turismo natural), e a existncia de uma casa
de turismo rural a cerca de 3 metros de distncia, bem como caractersticas morfolgicas e
naturais que proporcionam o afluxo de turistas.
Vieira do Minho uma vila turstica com vrios empreendimentos tursticos (2 hotis, 1 parque
de campismo, 2 residenciais, 1 pousada, 2 aldeias tursticas e 42 casas de turismo rural) [24]
Perodo de converso perodo de transio entre a fase de agricultura convencional e a fase em que os produtos obtidos podem ser
3
certificados como provenientes de agricultura biolgica, podendo j ser rotulados e publicitados como tal. Durante esse perodo o modo de
produo j deve ser biolgico respeitando todas as regulamentaes exigidas. O perodo de converso varia entre 2 anos para culturas anuais e
3 para culturas perenes [23].
38
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
tendo sido registado 12811 dormidas (dados referentes a 2001) [25]. Pretende-se utilizar este
facto como estratgia para divulgao da marca, colocando os produtos Canteiro do Minho
nestes pontos tursticos.
39
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
6. Anlise do mercado
Para melhor conhecer os consumidores que existem na zona de Braga, realizou-se um inqurito
qualitativo a 100 indivduos (anexo II). Com este inqurito pretende-se perceber se o setor da AB
conhecido e se os habitantes desta cidade procuram produtos biolgicos. Deste inqurito foi
possvel apurar que os 100 indivduos questionados conhecem o modo de produo biolgico e
que noventa e um j consumiram algum produto biolgico. Trinta e nove pessoas responderam
que ao efectuarem as suas compras tm o cuidado de escolher produtos de AB. Sessenta e
cinco pessoas conhecem o termo PAMs, e oitenta e quatro tm o hbito de beber ch. Adquirem
principalmente em supermercados (80 indivduos), sendo que as ervanrias so o segundo local
mais procurado (50 indivduos). Verificou-se que noventa pessoas adquirem chs em saquetas e
4
Praticas de boa fabricao- conjunto de prticas que asseguram a qualidade e controlo dos produtos.
41
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
sessenta pessoas preferem em estado seco. H uma preferncia pelas embalagens de sacos de
papel e maior e pelas quantidades de 50 g. Constatou-se que apesar de acreditarem que
medicamentos base de plantas so mais benficos, apenas vinte e dois indivduos recorrem a
estes e apenas catorze optam por cosmticos vegetais. Colocou-se a questo quanto ao melhor
local de venda para estes produtos, ao que sessenta pessoas responderam que seria numa loja
na cidade e trinta e trs prefere comprar no prprio local de produo. Relativamente ao preo
praticado, apesar de concordarem que os preos destes produtos so elevados, quarenta e oito
inquiridos estariam dispostos a pagar at mais cinco por cento e cinquenta e duas at mais 10%
(anexo III).
Atravs da realizao deste inqurito foi possvel constatar que h procura para este tipo de
produtos na cidade de Braga, mostrando que o desenvolvimento desta empresa pode colmatar
algumas das necessidades identificadas.
O mercado internacional de PAMs dominado pela China, Japo, Europa e Estados Unidos da
Amrica. O Japo apresenta o maior consumo per capita de PAMs em todo o mundo. Apesar de
ter havido flutuaes neste mercado, a procura de plantas tem vindo a aumentar, principalmente
por parte da indstria farmacutica [22].
42
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
O interesse pelas PAMs a nvel nacional recente, tendo surgindo lentamente alguns produtores.
Numa publicao do jornal AgroNoticias (2002) podia ler-se que a produo de PAMs em
modo biolgico em Portugal encontrava-se claramente atrasada, porm proporcionaria uma
excelente oportunidade de negcio. Nesse mesmo ano, a rea ocupada pela produo de PAMs
era de 25 Ha em todo o pas [27]. Na regio Entre Douro e Minho verificou-se um aumento de
produtores no modo biolgico, principalmente a partir de 2001 devido ao aproveitamento das
condies edafoclimticas tpicas da regio e apoios atribudos pela UE [14, 17].
A rea ocupada por cada tipo de cultura praticada, em modo biolgico em Portugal continental
entre 2006 e 2008 est representada na tabela 1. Verifica-se que a rea ocupada pela produo
de PAMs a mais pequena, representando apenas 0,03% do total das restantes culturas. De
43
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
2007 para 2008 h um aumento das reas exploradas com plantas aromticas, apesar de o
nmero de produtores continuar a diminuir.
Tabela 1: rea (%) de cada cultura em modo AB na regio Entre Douro e Minho.
Segundo as Estatsticas Agrcolas de 2009 realizadas pelo Instituto Nacional de Estatstica (INE)
registou-se um aumento da rea de cultivo de PAMs de 2006 at 2008 [28]. Sendo o Alentejo a
regio com maior rea de produo de PAM (86 Ha) seguindo-se a regio Entre Douro e Minho,
que em 2008 possua uma rea de produo 43 Ha [28]. Na figura 7 esto representadas as
reas de produo de plantas aromticas por cada delegao da regio norte.
44
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Este setor est a adquirir mais adeptos, no s devido crescente consciencializao por parte
de consumidores e agricultores para as desvantagens da agricultura convencional e na busca de
alimentos saudveis e de outros produtos naturais, mas tambm devido a apoios que esto a ser
oferecidos para incentivar este tipo de agricultura, concedidos nomeadamente por associaes
regionais, associaes de desenvolvimento local e AGROBIO [14].
A procura de produtos com certificao biolgica no corresponde apenas para uso alimentar e
medicinal, mas tambm para uso na cosmtica. O mercado dos cosmticos naturais e biolgicos
um mercado recente. No relatrio de Expocosmtica 2008 referido que existe, por parte
dos consumidores, um regresso natureza devido aos receios dos ingredientes qumicos
usados nos cosmticos. Deste modo verifica-se um aumento na procura de cosmticos naturais
e biolgicos, registando-se tambm um aumento em locais de wellness care, para utilizao em
Spas [26].
Empresas que podem competir pelo mesmo espao no mercado, capazes de oferecer ao
consumidor um produto que colmate a mesma necessidade. Como por exemplo outros chs e
bebidas que recorram a plantas, de outras marcas; outras bebidas que so consumidas em
ambientes sociais ou para o tratamento de sintomas de mal-estar; produtos de higiene e leos
produzidos em modo convencional mas que esto disponveis em qualquer posto comercial a
preos competitivos, e que muitas vezes esto associados a produtos naturais sendo lhes
atribudo uma imagem de elevada qualidade.
Em todo o mundo existem produtores de PAMs, sendo que a China, o Japo e ndia so aqueles
com maiores reas de produo, abastecendo o mercado europeu. Porm devido falta de
45
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
controlo nos mtodos de produo de plantas nestes pases, e aos regulamentos impostos pela
UE, tem criado barreiras sua distribuio em solo europeu [22].
A nvel nacional existem empresas que tambm fornecem para o mercado internacional.
Algumas das empresas produtoras de PAMs, com maior expresso no mercado nacional so a
Ervital, Cantinho das Aromticas, Quinta de Sernandes - Bela-luz, Fundao Calcednia, Herdade
do Corvo, Monte do Vento (anexo IV).
As empresas Ervital e Cantinho das Aromticas so aquelas com maior reconhecimento a nvel
nacional, sendo os seus produtos encontrados em vrias lojas de especialidade em diferentes
pontos do pas. A empresa Cantinho das Aromticas apresenta j um grande reconhecimento
internacional, sendo largamente divulgada por vrios meios de comunicao.
46
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
7. Analise interna
7.1 Viso
O Canteiro do Minho tem como viso alcanar vantagem competitiva atravs da criao de
plantas de elevada qualidade, certificadas em AB, que visam a sade e bem-estar dos seus
consumidores e do ambiente. E contribuir para o reconhecimento da regio e do pas atravs
das certificaes de DOP e IGP.
7.2 Misso
7.3 Valores
47
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
8. Produo
De PAMs
2 Carrinhos de mo 2 Garfos
2 Ps Roadora
2 Engaos Mangueira
De leos essenciais
Destilador
De PAMs
Plantas
Sementes
Fertilizantes
De leos essenciais
Plantas
49
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Para o cultivo das PAMs vo ser usadas varias tcnicas e tecnologias, nomeadamente:
Escolha de cultivares em que ser feita uma seleo das plantas a cultivar [6];
Adubao verde que consiste na utilizao de uma cultura que ser depois
incorporada no solo com o objetivo de o fertilizar [6];
(b)
(a)
Figura 9: Fotografias de culturas protegidas (a) Culturas em MPB em estufa tipo tnel cobertas com
filme polietileno; (b) cobertura directa com filme polipropileno [6].
Instalao das culturas e prticas culturais com recurso a manuais que podem
dar informaes sobre tcnicas mais adequadas para cada cultura, e tambm ao uso de
um caderno de registos onde sero registados os processos associados produo [6];
50
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
5
A informao sobre as espcies mais procuradas foi fornecida por empresas de produo de PAMs
6
A colheita deve ser feita com tempo seco, sem orvalho, geralmente considera-se que a melhor hora pela manha, depois do orvalho
secar[29].
7
Secagem artificial com secador consiste em colocar o material sob ventilao a uma temperatura prxima de 25C. O material a secar
espalhado em tabuleiros com fundo em rede permitindo a circulao de ar [29].
51
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Preparar Colher
Semear/plantar
terrenos PAMs
8.6 Infraestruturas
52
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Legenda
a Receo de plantas
b Laboratrio
c Escritrio
d Balnerios
e Armazm
As condies oferecidas nas instalaes de trabalho tem vindo a adquirir grande importncia,
no s porque esta uma forma de aumentar a produtividade, mas principalmente porque
uma forma de reduzir potenciais riscos que possam colocar em causa a segurana fsica e
mental dos trabalhadores. Para tal so utlizadas as medidas para a Segurana, Higiene e Sade
no Trabalho (SHST) descritas no regime jurdico da promoo da segurana e sade no trabalho,
legislado pela lei n 102/2009 [30]. Alm da aplicao deste regulamento, todas as empresas
que trabalham no setor alimentar e que incluem qualquer uma das fases de produo,
transformao, armazenagem e/ou distribuio, tm de obedecer ao sistema Hazard Analysis of
Critical Control Points (HACCP) [30].
Cada vez mais importante que as indstrias tenham um plano para a gesto dos seus resduos
de maneira a minimizar qualquer impacto ambiental. Uma vez que o Canteiro do Minho uma
empresa direcionada para a proteo ambiental, faz todo o sentido reutilizar os desperdcios
53
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
provocados e ainda ajudar outras entidades no tratamento dos seus resduos. Desta forma,
pretende fazer-se compostagem8, utilizando matria vegetal para fertilizar o solo. Esta estratgia
para a reutilizao de materiais, alm de benficas para o ambiente diminuem custos
associados ao desenvolvimento dos produtos.
8
Compostagem - processo biolgico de tratamento dos resduos orgnicos, atravs do qual estes so transformados, pela ao de
microrganismos, em material estabilizado e til na preparao de corretivos orgnicos do solo e de substratos para as culturas [6].
54
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
9. Organizao e gesto
Esta ideia surgiu a partir de um plano de negcios, realizado para avaliao na disciplina de
Bioempreendedorismo, desenvolvendo um especial interesse pela produo de PAMs em modo
biolgico.
O cargo ocupado pela promotora principal gerente, ficando encarregue da gesto e restantes
reas envolvidas na explorao da empresa.
55
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Criao de uma base de dados com informaes dos clientes e dos produtos/servios
disponibilizadas para utilizao da empresa. Elaborao de um site com informaes sobre a
empresa, produtos e servios, podendo os clientes realizar compras e reservas online.
Para realizar a organizao contabilstica ser contratada uma empresa externa, a qual ser
responsvel pela organizao de contas, lanamentos contabilsticos, planeamento fiscal e
consultadoria jurdica.
56
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Para iniciar-se uma produo em modo biolgico tem de cumprir-se o Regulamento (CE) n
967/2008 que entrou em vigor a 29 de Setembro de 2008 (anexo VII), no qual esto
especificadas regras a respeitar relativamente produo biolgica e rotulagem dos produtos
biolgicos. Este novo regulamento revoga o Regulamento 834/2007 do Concelho de 28 de
Junho de 2007 que veio substituir o anterior, o Regulamento (CEE) n 2092/91, sendo-lhe
acrescentadas normas como a vinificao, aquicultura, produo de algas marinhas e colheita
de plantas silvestres. Alm dos regulamentos acima mencionados, necessrio fazer um
contrato de controlo e certificao com uma entidade de certificao, a qual ser obtida atravs
da empresa ECOCERT, para certificar os terrenos prprios para produo em modo biolgico, e
a qual ir realizar inspees peridicas, do solo e produtos verificando se esto em
conformidade. Ainda notificar a Direo Geral do Desenvolvimento Rural (DGDR) e o
Departamento de Planeamento e Politicas (GPP) antes de iniciar atividade.
57
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Este plano de negcios baseia-se no cultivo e transformao de PAMs para utilizao diversa:
preparao de infuses, culinria, extrao de leos essenciais, investigao cientfica, indstria
farmacutica e cosmtica. As plantas sero certificadas com produo biolgica, assegurando ao
consumidor um produto de alta qualidade e seguro para consumo. Alm desta certificao, os
produtos embalados para preparao de infuses e os leos essenciais tero selos de qualidade
europeus DOP e IGP, diferenciando-os dos restantes produtos e assim estabelecer vantagem
competitiva.
Vo ser produzidas dezasseis espcies de PAMs, com destaque para o alecrim, alfazema,
camomila, lcia-lima, hortel-pimenta, milfurada e hiperico-do-Gers, que pelo facto de terem
maior procura comercial (o hiperico-do-Gers apenas para comrcio nacional), sero cultivadas
em reas maiores. Em informaes recolhidas junto de Spas apurou-se que os leos essenciais
mais procurados so os de alecrim, alfazema, camomila, hortel-pimenta e lcia-lima. Deste
modo, aps cultivo e colheita de plantas destas espcies proceder se ao isolamento dos
respectivos leos essenciais e sua venda para Spas. As restantes espcies serviro para
diversificar a oferta.
A partir das PAMS iro desenvolver-se diferentes produtos: PAMs em estado seco para venda a
granel e em embalagens de 50 g e leos essenciais. As PAMs em embalagens, e os leos
essenciais sero comercializados com o rtulo Canteiro do Minho para divulgao da marca em
ponto de venda no prprio local de produo e para distribuidores.
59
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
10.1.1 Produtos
Produto Top produtos com relao qualidade/ preo excelente, onde esto includos:
10.1.2 Servios
60
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
A rotulagem ser composta pelo logtipo do Canteiro do Minho, e pelo rtulo criado pela
Comisso Europeia para a identificao de produtos obtidos em modo de produo biolgica
(Fig.12a), e ainda os selos oficiais de qualidade europeus, DOP (Fig. 12b) e IGP (Fig.12c).
Figura 12: Logtipo e selos europeus usados na identificao de produtos com qualidade ambiental.
Produto com certificao de origem biolgica (a); Denominao de Origem Protegida (b); Indicao
de Origem Protegida (c).
10.2 Preo
61
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
uma vantagem na determinao do preo, no sentido em que os clientes cada vez mais
exigentes (nomeadamente as industrias farmacuticas) podem confiar na qualidade do produto
que est a adquirir.
Os preos praticados nas plantas granel tiveram como orientao os preos praticados pela
concorrncia no sentido de estudar quais os seus preos. A partir daqui, para este produto
estipulou-se o preo de 20 euros o quilo.
Os restantes produtos sero vendidos com a marca Canteiro do Minho, em cujo preo final sero
acrescido os custos associados (embalagem, rtulo, mo de obra). Assim os preos (com IVA)
para cada produto so:
10.3 Distribuio
Pretende colocar-se os produtos Canteiro do Minho num ponto de venda no prprio local de
produo, e atravs de um distribuidor exportar e vender para outros pontos de venda (figura
11).
Distribuidor
Lojas Gourmet e de
Indstria
Ervanrias produtos
farmacutica
tradicionais
62
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
10.4 Promoo
Outras formas de divulgao que sero adotados sero a Internet, atravs da criao de uma
pgina com todos os produtos e princpios da empresa, blogue, e sites sociais como Facebook e
Twitter. Contar com o apoio da AGROBIO e da BioAtlntico, para publicitar os produtos em
feiras. E ainda apostar no contato direto com pessoas que vm participar nos workshops e em
outras atividades, e que assim proporcionam uma oportunidade para promoo direta dos
produtos.
63
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Oportunidades Ameaas
Existncia de um mercado nacional e internacional Crescimento da oferta de novas empresas e pases
produtores
Simpatia e interesse crescente pelo MPB Falta de documentos tcnicos
Setor com oportunidades de emprego Presso exercida pelos produtores convencionais
Disponibilidade de apoios financeiros Comercio interno dificultado pela existncia de vrias
Preservao de variedades auttones normas nacionais e privadas
Crise econmica
Valorizao de produtos nacionais
65
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Os produtos que podem constituir ameaa so todos aqueles que podem de alguma forma
substituir os desta empresa, como por exemplo outros chs, cosmticos, medicamentos naturais
e/ou sintticos, que se adquirem em superfcies comerciais ou noutros locais. Podendo dificultar
a entrada destes novos produtos no mercado, pelo facto de j estarem enraizados nos
costumes e quotidiano das pessoas. Os produtores de PAMs no modo convencional podem
colocar os seus produtos nos mesmos locais, criando confuso nos consumidores que no
sabem identificar correctamente produtos de AB.
Apesar de existirem ainda poucos produtores a nvel nacional de PAMs em modo biolgico, este
j um mercado competitivo a nvel internacional. Exploraes existentes noutros pases que
produzem grandes quantidades de determinadas espcies levam ao deflacionamento dos
preos. Aps pesquisas efectuadas in loco verificou-se que na regio norte existem poucos
produtores de PAMs em modo biolgico no Havendo ameaas de rivalizao, sendo necessrio
juntar a produo dos vrios produtores para conseguir fazer face s encomendas externas.
Uma das estratgias para no sofrer presso negocial alargar a carteira de clientes. Assim os
principais clientes indstria farmacutica, cosmtica e de investigao e ainda distribuidores
responsveis pela colocao dos produtos em vrios pontos de venda. Sendo os clientes
exigentes na qualidade do produto tm uma garantia que estes correspondem as suas
necessidades preferindo-o em detrimento de outros independentemente do seu preo.
66
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
67
12. Cronograma
69
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
O plano financeiro foi desenvolvido para um horizonte temporal de 6 anos, com data prevista para
iniciar em Julho de 2012. O incio da atividade tem esta data prevista pelo facto, de a poca das
sementeiras e plantaes serem em setembro. Assim nos 2 meses antes proceder-se- contratao
de mo-de-obra, preparao dos terrenos, construo da estufa e do armazm, sendo em 2013 que se
iniciar a comercializao dos produtos.
O volume de negcios para o mercado nacional resulta do crescimento esperado dos produtos
vendidos pela empresa. Assim sendo, as vendas esperadas por ms para cada produto so: 4500
unidades de PAMs em sacos de papel, 2000 em lata, 2500 frascos de 20 ml de leos essenciais e
4000 kg de PAMs a granel.
A percentagem de venda dos produtos Top de 35% (20 % PAMs em embalagem de papel e 15 %
leos essenciais), para o produto Gourmet 10 %, a maior percentagem de vendas corresponde ao
produto para venda a granel 55%.
Os servios disponibilizados correspondem a vendas online, as quais prev-se realizar 500 a um custo
de 15 , com despesas de envio includas, workshops (oito wokshops com dez pessoas no valor de 30
) e realizar dez visitas guiadas explorao em grupos de cinco pessoas no valor de 15 ).
Pode ver-se no quadro abaixo o crescimento das vendas e servios ao longo dos 6 anos.
71
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Taxa de crescimento das unidades vendidas 15,00% 12,00% 12,00% 12,00% 12,00%
Taxa de crescimento das unidades vendidas [10],00% 9,00% 9,00% 9,00% 9,00%
Taxa de crescimento das unidades vendidas 20,00% 15,00% 15,00% 15,00% 15,00%
Taxa de crescimento das unidades vendidas 30,00% 20,00% 10,00% 5,00% 5,00%
PRESTAES DE SERVIOS - MERCADO NACIONAL 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Vendas online 7.500 7.875 8.190 8.477 8.773
TOTAL PRESTAES DE SERVIOS - MERCADO NACIONAL 0 10.650 11.183 11.630 12.054 12.494
TOTAL PRESTAES DE SERVIOS - EXPORTAES 0 0 0 0 0 0
TOTAL PRESTAES SERVIOS 0 10.650 11.183 11.630 12.054 12.494
IVA PRESTAES DE SERVIOS 23% 0 2.450 2.572 2.675 2.772 2.874
72
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
No quadro abaixo esto representados todos gastos com os fornecimentos e servios externos que a
empresa ter.
Os honorrios tm maior representatividade uma vez que a empresa ter de contratar 3 pessoas
durante as pocas de colheita. Este perodo corresponde a seis meses (maro - setembro).
Tx Valor
IVA CF CV Mensal 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Servios especializados
Trabalhos especializados 20% 60% 40% 185,00 1.110,00 2.286,60 2.355,20 2.425,85 2.498,63 2.573,59
100
3.744,00 7.712,64 7.944,02 8.182,34 8.427,81 8.680,64
Honorrios 20% % 624,00
100
120,00 247,20 254,62 262,25 270,12 278,23
Conservao e reparao 20% % 20,00
Materiais
Livros e documentao 100
120,00 247,20 254,62 262,25 270,12 278,23
tcnica 20% % 20,00
100
150,00 309,00 318,27 327,82 337,65 347,78
Material de escritrio 20% % 25,00
Energia e fluidos
100
2.700,00 5.562,00 5.728,86 5.900,73 6.077,75 6.260,08
Electricidade 20% % 450,00
Servios diversos
100
1.800,00 3.708,00 3.819,24 3.933,82 4.051,83 4.173,39
Rendas e alugueres 20% % 300,00
100
149,94 308,88 318,14 327,69 337,52 347,64
Comunicao 20% % 24,99
100
330,00 679,80 700,19 721,20 742,84 765,12
Seguros 9
% 55,00
100
60,00 123,60 127,31 131,13 135,06 139,11
Contencioso e notariado 20% % 10,00
Despesas de 100
900,00 1.854,00 1.909,62 1.966,91 2.025,92 2.086,69
representao 20% % 150,00
Limpeza, higiene e 100
120,00 247,20 254,62 262,25 270,12 278,23
conforto 20% % 20,00
100
106,62 219,64 226,23 233,01 240,00 247,20
Outros servios10
20% % 17,77
11.410,5 23.505,7 24.937,2 25.685,3 26.455,9
TOTAL FSE 6 5 24.210,93 5 7 3
73
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
13.4 Investimento
Os gastos em edifcios e construes correspondem s construes de uma estufa com 160 m 2 (anexo
X), de um armazm de 120 m2 (anexo XI) e custos com a instalao do sistema de rega.
74
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Depreciaes & Amortizaes acumuladas 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Activos fixos tangveis 6.614 13.229 19.843 26.770 28.106 29.148
Activos Intangveis 33 67 100 100 100 100
TOTAL 6.648 13.295 19.943 26.870 28.206 29.248
75
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
13.5 Financiamento
O financiamento necessrio para este projeto so 67.705 , parte do qual vir do capital prprio
investido 30.000 e 40.623 sero obtidos atravs do apoio ao investimento pela PRODER a qual
financia 60% a fundo perdido.
No primeiro ano os resultados so negativos devido aos fortes investimentos realizados, mas a partir de
2013 os resultados no final de cada perodo so positivos, atingindo no ltimo ano um resultado de
51,028 .
Os subsdios explorao so provenientes de apoio anual, por Ha, diferenciada em funo do modo
de produo e tipo de cultura, financiado pelo PRODER, correspondendo a um apoio anual de 900.
76
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
EBITDA (Resultado antes de depreciaes, gastos de financiamento e impostos) -31.285 21.518 35.602 46.981 56.825 68.067
Atravs deste mapa podem analisar-se os fundos lquidos gerados pela atividade da explorao. Deste
modo verifica-se que o cash flow de explorao negativo at 2015 devido aos investimentos
efectuados. O free cash flow revela a capacidade do negcio gerar capital aumentando assim o seu
valor, ficando positivo em 2013.
77
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
13.8 Balano
A situao patrimonial da empresa positiva, como se pode observar no quadro. O activo vai
aumentando ao longo do exerccio, sendo sempre superior ao valor do passivo evidenciando a
capacidade da empresa para satisfazer os seus compromissos.
CAPITAL PRPRIO
Capital realizado 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000
Reservas -39.937 -26.834 1.619 31.908 74.009
Outras variaes no capital prprio 40.623 40.623 40.623 40.623 40.623 40.623
Resultado lquido do perodo -39.937 13.103 28.453 30.288 42.102 51.028
TOTAL DO CAPITAL PRPRIO 30.686 43.789 72.242 102.531 144.632 195.660
PASSIVO
TOTAL PASSIVO + CAPITAIS PRPRIOS 63.727 88.354 93.071 135.140 183.527 240.085
13.9 Avaliao
A avaliao do projeto revela que este um negcio economicamente vivel, uma vez qua apresenta
um valor actual lquido de 240,474 , remunerando o investidor com 44,77 % de taxa interna de
rendibilidade e payback ao fim de cinco anos de exerccio da atividade.
78
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
Free Cash Flow to Firm -89.507 1.645 24.984 31.935 40.579 48.534 451.592
79
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
14 Concluso
Durante a realizao deste plano constatou-se que este um setor com potencial, estando agora a
surgir interesse por parte do estado e de outras entidades no seu investimento, que aqui veem uma
oportunidade de negcio e de valorizao das qualidades territoriais. A situao econmica actual do
pas tem vindo a estimular a criao do prprio emprego como forma de desenvolvimento e criao de
postos de trabalho contribuindo para o crescimento econmico, sendo portanto, esta uma rea que
pode trazer benefcios econmicos para o pas.
A procura de tratamentos menos evasivos faz com que haja uma maior procura de medicamentos e
terapias base de plantas. Despertando o interesse de centros de I&D e universidades para o
desenvolvimento de estudos sobre compostos ativos das plantas, criando assim novos frmacos.
Verifica-se tambm uma crescente consciencializao dos perigos da agricultura convencional,
responsvel pelo envenenamento no s dos alimentos mas ainda do ambiente, levando os
consumidores na busca de alimentos saudveis e em que cujo processo de produo so minimizados
os riscos ambientais.
Como existem poucos estudos sobre o mercado de PAMs, teve-se como principal apoio informaes
referentes agricultura biolgica.
Os produtos disponibilizados pelo Canteiro do Minho esto divididos em duas gamas: produtos Top
(Plantas a granel, em embalagens papel de 50 g e leos essenciais) e Premium (latas de 50 g) para a
distribuio no mercado nacional e internacional.
A forma jurdica adoptada pela empresa sociedade unipessoal com capital social de 30.000 com
instalaes em Vieira do Minho.
O investimento total ser de 67.705 , e 10.000 em fundo de maneio. O negcio mostra-se vivel
tendo um VAL de 240,474 e remunerando o promotor a uma TIR de 44,77 %.
81
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
15 Referncias bibliogrficas:
[2] Lipp, Frank J., (1996). O simbolismo das plantas-cura e Harmonia, simbolismo, rituais e tradies
no oriente e no ocidente. Duncan Baird Publishers.
[3] Rezende, H.A.,; Monteiro, M.I., Cocco, (2002). A utilizao de fitoterapia no cotidiano de uma
populao rural. Rev. esc. enferm. USP 36(3): 282-8.
[4] Craker, E., (2007). Medicinal and Aromatic PlantsFuture Opportunities. Reprinted from: Issues
in new crops and new uses ASHS Press, Alexandria, VA.
[5] Cunha, A.P., Roque, O.R., Gaspar, N., (2011). Cultura e utilizao das plantas medicinais e
aromticas. Fundao Calouste Gulbenkian- servio de educao e bolsas.
[6] Mouro, I. M., (2007). Manual de Horticultura no Modo de Produo Biolgico. Escola Superior
Agrria de Ponte de Lima/IPVC Refios, 4990-706 Ponte de Lima.
[7] Rodrigues, R.J., (2010). Agricultura biolgica. Escola superior Agraria de Ponte de Lima IPVC.
[9] D., Amlcar, dHoop, Q., Fernandes, M.M., Miguel, M., Marreiros, A., (2008). A agricultura
biolgica e a qualidade dos alimentos. Universidade do Algarve,CDCTPV/FERN, Campus de Gambelas
8005-139 Faro. Direco Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Pataco, 8000 Faro.
[10] Neto, F.C., Dias, C. Plantas aromticas, medicinais e condimentares - Terra quente
Transmontana. Acedido em 3/09/10 em URL:
83
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
http://www.drapn.min-agricultura.pt/drapn/cen_documentos/fil_docum/Terraquente_Transmont.pdf.
[11] (2002) A Guide to the European Market for Medicinal and Aromatic Plants and Extracts. Acedido
a 21/09/11 em URL:
http://books.google.pt/books?id=fgt80RORi8UC&pg=PA8&lpg=PA8&dq=medicinal+herbs+european+m
arket&source=bl&ots=T8qKnqBn9c&sig=Xtd2pGcBj2i4T7vQwXRjpOJQWLY&hl=ptPT&ei=bKCPTqriE87A
8QPsugJ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CBoQ6AEwADgK#v=onepage&q=medicina
l%20herbs%20european%20market&f=false
[12] Campos, N., (2006). Aprendendo com a Me Terra Plantas medicinais, aromticas e
condimentares. Arte e Cincia Editora. So Paulo. (p. 23).
[13] Alves, L., (2008). A Agricultura biolgica para o cidado - A Comercializao e o marketing.
Acedido em 9/01/11 em URL:
http://www.lipor.pt/upload/Lipor/ficheiros/AB_Cantinho%20Aromaticas_Luis%20Alves.pdf
[14] Cristvo, A., Koehnen, T., Strecht, A., (2001). Produo agrcola biolgica (orgnica) em
Portugal: Evoluo, paradoxos e desafios. Agroecol.e Desenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, 2(4): 41.
[16] Plano Nacional para o Desenvolvimento da Agricultura Biolgica. Acedido em 2/10/11, em URL:
http://www.madeiradapt.com/assets/pdfs/doc1.pdf
[17] Firmino, A. (2007). Guia das exploraes biolgicas (projeto GABI). Acedido em 3/04/2011em
URL: http://www.fcsh.unl.pt/gabi/DouroMinho/DouroMinho.html
[22] Mills, S., Lee, J., i Banerji, G., Pillai, S., (2008). International market prospects for sustainably
sourced medicinal and aromatic plants from India. Whitley Fund for Nature.
[28] Instituto Nacional de Estatstica (2010). Estatsticas Agrcolas 2009. Acedido em 22/10/10 em
URL:
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=9456183
9&PUBLICACOESmodo=2
85
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
[30] AEP. Manual de formao pme: higiene e segurana no trabalho. Acedido em 25/04/11 em
URL:
http://pme.aeportugal.pt/Aplicacoes/Documentos/Uploads/2004-10-15_16-29-37_AEP-HIGIENE-
SEGURANCA.pdf
Sites recomendados
AgroNoticias (2004). Agricultura Biolgica: mil agricultores apenas num universo de apenas 400 mil.
Acedido em 3/09/10 em URL:
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2004/04/04b.htm
Proposta de PNGR (2011). Plano nacional de gesto de resduos 2011-2020. Acedido a 17/03/11 em
URL:
http://www.apambiente.pt/concursos/TGR/Documents/PNGR_2011-2020.pdf
Site institucional da empresa Vasco Pinto- produtos de agricultura biolgica. Acedido a 22/07/11 em
URL: http://www.vascopinto.com/home23
86
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais
87
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
16 Anexos
Anexo I: Guidelines for Good Agricultural and Wild Collection Practice (GACP) of Medicinal and
Aromatic Plants.
1. General Introduction
1.1. Scope.
The guidelines for the Good Agricultural Practice of Medicinal and Aromatic (Culinary) plants are
intended to apply to the growing and primary processing practices of all such plants and their
derivatives traded and used in the European Union. Hence they apply to the production of all plant
materials utilized either in a direct or processed form for humans and/or animals. They also apply to all
methods of production including organic production in accordance with the European regulations.
In the course of the entire production process, in general, care should be taken to avoid environmental
disturbances. The principles of good crop husbandry must be followed including an appropriate rotation
of crops. Growers involved in the production of medicinal and aromatic plants must ensure that they
avoid damage to existing wildlife Habitats, and that they make efforts to maintain and to enhance the
biodiversity of their farms. These efforts should include:
a) Monitoring plant and animal species whose on-farm presence is evidence of good environmental
practice
c) Conserving and good management of landscape elements with ecological importance (e.g.
hedgerows, forest patches and buffer zones).
1.3. Quality.
The present Good Agricultural Practice Guidelines provide additional standards for the production and
processing of raw materials focusing on the identification of those critical steps that are needed to
comply with good quality. In this respect, they will be aimed at minimizing insufficient quality by
prevention. The recommendations of this document are aimed at offering guidelines for national
regulations.
89
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
1.4. Hygiene.
A main aim is to ensure that the plant raw material meets the demands of the consumer and the
standards of the highest quality. Especially important aspects are that they:
b) are produced with care, so that the negative impacts affecting plants during cultivation, processing
and storage can be limited.
Since medicinal and aromatic plants and their derivatives are exposed, in the course of production
process, to a large number of both microbiological and other contaminants, the main aim of present
guidelines is to provide guidance for producers in order to reduce plant (raw material) contamination to
the greatest extent.
1.5. Realisation.
All participants of the production process (from primary producers to traders) are required to comply
with these guidelines voluntarily and to elaborate practical measures in order to realize them; moreover
they, as far as it is concerned, should gather all the documentation (Confidential), in order to keep the
traceability of the production process. The most important information about the batch should always
follow the material by a Batch Documentation (Records and/or labels). Growers, traders and processors
of medicinal and aromatic plants should be encouraged to respect and comply with the GACP
Guidelines, and demand that their partners also meet these requirements.
2.1. Personnel should receive adequate education before performing tasks that require this knowledge
and to know the best techniques for cultivation, Harvesting, processing, drying and conservation, in
order to guarantee the highest possible quality of the product.
2.2. The development of the knowledge of the persons Has to be documented in a written form.
2.3. Personnel entrusted with the plant material should be required to Have a high degree of personal
hygiene (including personnel working in the fields) and have received adequate training regarding their
hygiene responsibilities.
2.4. The buildings where the plant processing is carried out, Have to be provided with changing
facilities as well as toilets including hand washing facilities, according to the respective regulations.
2.5. Persons suffering from known infectious diseases transmittable via food, including diarrhea, or
being transmitters of such diseases, must be suspended from areas where they are in contact with the
plant material, according to the respective regulations.
2.6. Persons with open wounds, inflammations and skin-infections should be suspended from the
areas where the plant processing takes place, or Have to wear appropriate protecting clothing or gloves,
90
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
2.7. Personnel should be protected from contact with toxic or potentially allergenic plant materials by
means of adequate protective clothing.
2.8. The welfare of all staff involved in the growing and processing shall be ensured. Health regulations
should be displayed in the working area.
2.9. All processing procedures must completely conform to both EU-Guidelines on Food Hygiene and
the General Principles for Food Hygiene of the Codex Alimentarius as well as the European Directive on
Good Manufacturing Practice.
3.1. Seeding materials are to be identified botanically, indicating plant variety, cultivar, chemotype and
origin. The material used should be traceable (see Documentation). The same applies to vegetatively
propagated starting material. Starting materials used in organic production Have to be certified as
organic.
3.2. Starting material should meet the requirements/standards concerning purity and germination
(wherever available: certified seed/propagation material should be used). The starting material should
be as free as possible of pests and diseases in order to guarantee healthy plant growth. When resistant
or tolerant species or origins are available, they should be preferred.
3.3. The occurrence of not species/variety-identical plants and parts of plants Has to be controlled in
the course of the entire production process (cultivation, Harvest, drying, packaging). Such impurities
have to be eliminated promptly. Plant material or seeds derived from or comprising Genetically Modified
Organisms Have to be in accordance with national and European regulations.
4. Cultivation
4.1. Depending on the mode of cultivation e.g. conventional or organic, growers should be allowed to
follow different Standard Operating Procedures for cultivation (to be elaborated).
4.2.1. Medicinal and aromatic plants must not be grown in soils that are contaminated by sludge. Soils
should not be contaminated by heavy metals and residues of plant protection products and other not
naturally occurring chemicals, etc. For this reason, minimum effective chemical input should be
achieved.
4.2.2. The manure applied should be void of human faeces and prior to application it should be
thoroughly composted.
4.2.3. All other fertilizing agents should be applied sparingly and in accordance with the demands of
91
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
the plant and the particular species (including application between Harvests). The use of fertilizers
should be in accordance with efforts to minimize leaching.
4.3. Irrigation
4.3.1. Irrigation should be minimized as much as possible and applied according to the needs of the
plant.
4.3.2. Irrigation-water should be in accordance with national and potential European quality standards
and should be as free as possible of contaminants, such as faeces, heavy metals, pesticides, herbicides
and toxicologically hazardous substances.
4.4.2. Pesticide and herbicide application should be avoided as far as possible. When necessary they
should be carried out using the minimum effective rates of approved plant protection products.
Products for chemical plant protection Have to conform with the European Union's maximum residue
limits (European Pharmacopoeia, European Directives, Codex Alimentarius). Application and storage of
plant protection products Has to be in accordance with the recommendations of manufacturers and
regulations of the authorities.
4.4.3. The application should be carried out only by qualified staff using approved equipment.
Application should precede the Harvest by a period either defined by the buyer or indicated by the
producer of the plant protection product.
4.4.4. The use of pesticides and herbicides Has to be documented (see Documentation) and made
available to the buyer on request.
4.4.5. All measures regarding nutrient supply and chemical plant protection, should secure the
marketability of the product. The buyer of the batch could be informed of the brand, quality and date of
pesticide use in a written form (see Documentation).
4.5. The responsible cultivation organisation should put one person in charge, in order to check the
conformity of the processing according to paragraphs 4.1 to 4.4. and should sign, in order to accept
the responsibility, the documentation required (see Documentation).
5. Harvest
5.1. The harvest should take place when the plants are of the best possible quality according to the
different utilizations.
5.2. Harvest should preferably take place under the best possible conditions (wet soils, dew, rain or
exceptionally high air humidity can be unfavourable). If Harvest is performed under wet conditions, extra
92
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
5.3. Equipment must be kept both in a clean state and technically perfect working order.
Those machine parts including their housings that have a direct contact with the Harvested crop should
be regularly cleaned and kept free of oil and other contamination (including plant left-overs).
5.4. Cutting devices of Harvesters must be adjusted so that the collection of soil particles can be
reduced to a minimum.
5.5. In the course of Harvest, care should be taken to ensure that no toxic weeds can mix with the
Harvested crop.
5.7. All containers used in the Harvest must be clean and must be kept free of the remnants of
previous crops; containers out of use, must also be preserved in a dry condition, free of pests and
inaccessible for mice/rodents as well as livestock and domestic animals.
5.8. The harvested crop should not be exposed to direct contact with the soil. It must be promptly
collected and under dry, clean conditions (e.g. sacks, baskets, trailers and containers, etc.) submitted to
transport, with the exception of windrowed and root products prior to washing.
5.9. Mechanical damage and compacting of the crop that would result in undesirable quality changes
must be avoided. In this respect, attention must be paid to
c) the Harvested crop should be transported and kept in containers or bags in such way that the
occurrence of heating is prevented.
5.10. The time between the Harvesting and the drying or processing of the plant should be very short,
in order to avoid that the product could be damaged in its quality and increase its microbiological
content.
5.11. The Harvested crop must be protected from pests, mice/rodents, livestock and domestic
animals. Pest control measures should be documented (see Documentation).
5.12. The responsible Harvesting organisation should put one person in charge to check the conformity
of the processing according to paragraphs 5.1 to 5.11 and should sign, in order to accept the
responsibility, the documentation required (see Documentation).
6. Primary processing
93
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
6.1. Primary processing includes steps of processing such as washing, freezing, distilling, drying, etc..
All these processes whether for food or medicinal use must conform to relevant European and national
regulations.
6.2. Arriving at the processing facility the Harvested crop Has to be promptly unloaded or unpacked or
processed. Prior to processing the material should not be exposed directly to the sun (except in case
there is a specific need e.g. for distillation) and if washing is not involved it must be protected from
rainfall.
6.3. Buildings used in the processing of Harvested crops must be clean, as well as thoroughly aerated
and must never be used for other aims (housing livestock etc.).
6.4. Buildings must be constructed so as to provide protection for the Harvested crop against birds,
insects, rodents as well as domestic animals. In all storage (including packaging stores) and processing
areas suitable pest control and monitoring measures, such as baits, pheromone traps and electric
insect killing machines, must be operated and maintained by professionally qualified staff or
contractors.
6.5. Processing equipment must be maintained clean and must be regularly serviced.
6.6. In the case of natural open air drying, the crop must be spread out in a thin layer. In order to
secure unlimited air circulation, the drying frames must be located at a sufficient distance from the
ground. Attempts must be made to achieve uniform drying of the crop and as a consequence to avoid
mould formation. When drying with oil, the exhaust fumes must not be reused for drying. Direct drying
should not be allowed except with butane, propane, or natural gas.
6.7. Except in the case of natural open air drying, the conditions (e.g. temperature, duration, etc.) must
be selected taking into consideration the type (e.g. root, leaf or flower) and active substance content
(e.g. essential oils and others) of the crude drug to be produced.
6.8. Drying directly on the ground or under direct exposure to the sun-light should be avoided unless it
is required for a particular plant.
6.9. All material must be inspected and processed in order to eliminate sub-standard products and
foreign matters.
6.10. Clearly marked waste-bins should be kept ready, emptied daily and cleaned.
6.11. In order to protect it, to respect quality and to reduce the risk of contamination, the product
should be promptly packaged.
7. Packaging
94
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
7.1. After the repeated control and eventual elimination of low-quality materials and foreign matters, the
product should be packaged in clean and dry, preferably new sacks, bags or cases. The label must be
clear, permanently fixed and made from non-toxic material.
7.2. Reusable packaging materials should be well cleaned and perfectly dried prior to their usage. It
must be guaranteed that no contamination takes place by reusing bags.
7.3. Information must conform with the European and national labelling regulations. In particular labels
should indicate:
conservation techniques
danger indication
7.4. Packaging materials should be stored in a clean and dry place that has to be free of pests and
inaccessible for livestock and domestic animals. It must be guaranteed that no contamination of the
product takes place by the use of packaging material, particularly in the case of fibre bags.
8.1. Packaged dried materials and essential oils should be stored in a dry, well aerated building, in
which the daily temperature fluctuations are limited and good aeration is given. Fresh products (except
Basil) should be stored between 1 oC and 5 oC while frozen products should be stored below -18 oC (or
below -20 oC for longer term storage). Essential oil storage must conform to the appropriate chemical
storage and transport standards concerning risks and labelling requirements in accordance with
national regulations and in particular EU Council Directive 94/55/EEC .
8.2. As a protection against pests, birds, rodents and domestic animals, the window and door openings
are to be protected, e.g. by wire netting.
8.3. Bulk storage as well as the packaged dry crop must be stored appropriately: in buildings with
concrete or similar easy to clean floors, on pallets, with a sufficient distance to the wall, thoroughly
separated from other crops to avoid cross-contamination.
8.4. Organic products must be stored in accordance with national organic regulations and EU Directive
2092/91.
8.5. In the case of bulk transport, it is important to secure dry conditions and furthermore, in order to
95
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
reduce the risk of mould formation or fermentation, it is extremely advisable to use aerated containers.
As a substitute, the use of sufficiently aerated transport vehicles and other aerated facilities is
recommended. Essential oil transport must conform to appropriate regulations. National and European
regulations on transport Have to be respected.
Fumigation against pest attack should be carried out only in the case of necessity and it must be
carried out exclusively by licensed personnel. Only registered
8.7. For fumigation of warehouses, only permitted substances should be used, according to European
or national regulations.
8.8. When frozen storage or saturated steam is used for pest control, humidity of the material must be
controlled after treatment.
9. Equipment
9.1. Equipment used in plant cultivation and processing should be easy to clean, in order to eliminate
the risk of contamination.
9.2. All machinery should be mounted in an easily accessible way. They must be well serviced and
regularly cleaned. Fertilizer and pesticide application machinery must be regularly calibrated.
9.3. Preferably non-wooden equipment should be used unless tradition demands wooden material.
When wooden equipment (such as e.g. pallets, hoppers, etc.) is used, it should not come into direct
contact with chemicals and contaminated/infected materials, so tHat infection of the plant material can
be prevented.
[10]. Documentation
10.1. Field Records showing previous cropping and inputs should be maintained and signed by the
person charged with responsibility. Field Records should gather any information about the cultivation
such as: previous crop, seed used, name of the plant cultivated, exact location of the field, any
treatment with Pesticide, Herbicide, Fertilizer and growth regulator or any chemical plant protection
(specified as: name of the product, date, quantity and reason of the treatments). A complete traceability
of the materials used is recommended.
10.2. Each Field Record must be unambiguously and unmistakingly identified by a number or mark (in
according to a written procedure).
10.3. Special circumstances during the cultivation which may influence the chemical composition like
extreme weather conditions, pests (particularly in the Harvest period) should be recorded on the Field
96
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Record.
10.4. All the product - finished and semi finished - must be unambiguously and distinctively identified
by batch number. Assignment of batch number must take place at an early stage.
10.5. All processes and procedures that could bear an impact on the quality of the product must be
entered into the Batch Processing Records. The Batch Processing Records must be a collection of
records which describe the relevant processing made on a batch of production.
10.6. The Batch Processing Records should gather the following information: name of the vegetable
material, batch number, date (beginning and end of the process), equipment (name, type, number),
parameter used and description of the process. The records should be dated and signed by the person
responsible for the processing operation.
10.7. A complete traceability between the cultivation (Field Records) and the processing of the
vegetable material (Batch Processing Records) is recommended.
10.8. Batches from different areas shall be mixed only if it is guaranteed that the materials are perfectly
similar under all points of view (botanical and phytochemical). Such mixing procedures should also be
documented in a Batch Processing Records. The traceability between the mix batch number and the
number of the original batches should be evident in the Batch Processing Record.
10.9. The application of the fumigation agents such as phosphin, or any other plant protection
substance must be entered into Batch Processing Records.
[10].[10] All agreements (production guidelines, contracts, etc.) between producer and buyer should be
fixed in a written form.
10.11. To assure a complete traceability, the vegetable material should always travel with a way bill
(records or labels) which reports at least: name of the producer, name and part of the vegetable
material, N. of the Batch and date of production.
10.13. Copies of all documents (Fields Records, Schlagkartei, Audit Reports, Analyse Reports batch
processing Reports) to be stored for a minimum of 7 years from the Harvest date.
11. Education
11.1. It is extremely advisable to educate all personnel dealing with the crop or those engaged in the
direction of the production regarding production techniques and the appropriate use of herbicides and
pesticides.
97
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
12.1. Agreements between producers and buyers of medicinal and aromatic plants, with regard to
quality questions, e.g. active principles and other characteristic ingredients, optical and sensoric
properties, limit values of germ numbers, plant protection chemical residues and heavy metals, must be
based on internationally recognized or national specifications and should be laid down in a written form.
13.1. Self inspection should be conducted in order to monitor the implementation and compliance with
Good Agricultural Practice principles and to propose necessary corrective measures.
13.2. Personnel matters, premises, equipment, documentation, production, quality control distribution
of herbal medicinal products, arrangements for dealing with complaints and recalls, and self inspection,
should be examined at intervals following a pre-arranged programme in order to verify their conformity
with the principles of Quality Assurance.
13.3. Self inspection should be conducted in an independent and detailed way by designated
competent person(s) from the company. Independent audits by external experts may be useful.
13.4. All self inspections should be recorded. Reports should contain all the observations made during
the inspections and, where applicable, proposals for corrective measures. Statements on the actions
subsequently taken should also be recorded.
98
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
99
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Ervas frescas
Outro Qual:
12. Como prefere as embalagens:
Sacos de papel
Latas de metal
13. J recorreu a fitoterapia?
Sim
No
14. Prefere medicamentos:
Extractos vegetais
Sintticos
Indiferente
15. Tem por hbito adquirir cosmticos base de plantas?
Sim
No
Sim
No
19. Tem alguma opinio quanto maior (s) desvantagem (s) dos PAMs produzidas em modo
biolgico?
Sim Se sim, qual
100
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
101
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
102
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
103
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Anexo IV: Comparao dos produtos / servios da empresa Canteiro do Minho com empresas
nacionais.
104
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Hypericum Hiperico-do-
Diurtico/hepatoprotector / cicatrizante. Partes areas cidos fenlicos/ flavonide/ taninos.
androsaemum gers
Naftodianfronas: hipericina, pseudo-hipericina, iso-
Milfurada/ Sedativas / digestivas. Cicatrizar /inflamao hipericina e emodian-antrona; derivados de floroglucina:
Hypericum
Erva de So Anti-spticas/ diurticas/ colerticas. Sumidades floridas. hiperforinae ad-hiperforina; derivados de flavonoides:
perforatum
Joo Anti-stress. quercetina, biapigeninas; derivados de xantonas,
procianidinas. cidos aromticos. leo essencial.
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Evitar a traa na roupa/ sedativa, digestiva/ anti-reumtica/anti- leo essencial: linalol, acetato de linalilo, acetato de
Lavandula
Alfazema inflamatria/ anti-sptica/ cicatrizante/relaxante/ redutora da fadiga/ Caule/folha/flor lavandulilo, cnfora, cineol, lavandulol, limoneno, cidos
angustifolia
sedativa/balsmica polifenois flavonides, taninose fitoesterois. (a)
Internamente usada em tratamentos de problemas disppticos,
Matricria recutita L. leo essencial: sesquiterpenos, bisalona, xido de
flatulncia e nuseas, espasmos gastrointestinais; externamente em
sin CHamomilla Camomila Flores/ leo essencial bisalona A; derivados flavonicos do apigenol, luteolol e
inflamaes da pele, irritaes das membranas das mucosas oro
recutita (L.) Rauchert quercetol; cidos fenlicos, cumarinas, mucilagens.
farngicas e aparelho respiratrio.
Erva Euppticas/digestivas/espasmolticas. leo essencial: sedativo/ anti- Folhas/ ramos Flavonides/ cidos fenlicos (cido rosmarinico) /
Melissa officinalis (L.)
cidreira setico/ cicatrizante/antifngico jovens/ leo essencial triterpenos. (a,b)
106
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Problemas respiratrios/ indigesto/ leo essencial: antibacteriano/ Partes areas floridas: leo essencial/
antifngico. Fitoterapia: dispepsias hipossecretoras, flatulncia, Parte area da planta/ cidos polifenlicos/ flavonides/ taninos/ constituintes
Origanum vulgare L. Orego clicas gastrointestinais. leo essencial das amargos/ triterpenos.
leo essencial: inflamaes orofarngeas/dor de dentes (diludo em folhas. leo essencial: fenis/compostos terpnicos.
leo fixo) / frices, no reumatismo.
107
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Cuidados de
Espcie Propagao Perodo de plantao Colheita Pragas e doenas
manuteno
Antes da florao; 2 cortes Rega gota a gota; Evitar
Aloysia triphylla Propagao por estacas. Final de vero. humidade excessiva; cultura Odio
por ano.
em camalhes com tela.
Camalhoes com tela;
Cymbopogon citratus (D. C.) Sachas e mondas; Sensvel Ataques de ferrugem quando
Stapf. sin. Andropogon a baixas temperaturas,
Diviso de ps. Primavera vero. Vero; 4 cortes por ano. sujeita a temperaturas baixas
citratos D. C. recomenda-se a sua
cobertura com manta e/ou noites frias com orvalho.
trmica durante o Inverno.
No se registam muitas pragas
Terreno a descoberto;
Echinacea purpurea (L.) Semente (primavera) / Junho- agosto; 2 cortes por . nem doenas, porm os ratos
Semente; diviso de ps Sachas e mondas durante a
Moench diviso de ps (outono). ano. do campo parecem apreciar as
sua produo.
razes.
Terreno a descoberto;
Semente na primavera ou
Primavera at final de Sachas e mondas; Cor Ferrugem e afdios (tratamento
Hypericum androsaemum estacaria durante toda a Primavera /vero.
vero; 2 cortes por ano. avermelhada indica com sabo de potssio)
primavera/ Vero
deficincia em gua.
Fungos nomeadamente,
Terreno a descoberto;
Incio da primavera at Verticillum albo-atrum, Septoria
Sementeira no outono ou Podas a 30cm de altura do
Hypericum perforatum Estacas de galho. finais de vero; 2 cortes por hyperici, Gloeosporium sp,
fim de inverno. solo; Regas regulares sem
ano. Erysiphe sp e ataques de
encharcamento do solo.
insectos e caros.
108
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
abertas)
Final de vero ou no
Matricria recutita L. sin
outono pode ainda ser em Ataques de mldio e larvas de
CHamomilla recutita (L.) Unicamente por semente Incio do vero Sem registo
fevereiro (sementeira noctudeos.
Rauchert
directa)
Semente/diviso de ps/
Directamente no terreno Mldio e odio na planta
enraizamento* de estacas Junho- setembro; 2 cortes Cultura em camalhoes com
Melissa officinalis (L.) primavera; em viveiro (tratamento com calda
herbcea por ano. tela; Sachas e mondas
outono bordalesa)
*tem maior sucesso
Essencialmente por via Puccinia Menthae, (ferrugem)
vegetativa (caules e Directamente no terreno ocorrem principalmente entre
Antes da florao; 3 cortes Camalhoes com tela;
Mentha piperita rizomas) primavera; em viveiro Julho e Agosto. (Tratamento
por ano. Sachas e mondas.
outono com calda bordalesa)
109
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
110
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Anexo VII: Regulamento (CE) N. 967/2008 relativo produo biolgica e rotulagem dos produtos biolgicos
111
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
112
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
113
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Este oramento uma estimativa do custo do controlo e certificao, calculado com base nas informaes comunicadas previamente
ECOCERT, nomeadamente, atravs do formulrio "Pedido de Controlo e Certificao". Qualquer alterao nas informaes comunicadas
poder traduzir-se num acerto do valor do oramento abaixo apresentado.
N Doc: 154
178,55
Valor total
(com IVA taxa em vigor)
O valor do oramento (tarifa anual), para o servio de controlo e certificao da produo biolgica, inclui os custos de:
Gesto administrativa
114
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Oramento:
N/ref: RS11.0371
Uma (1) estufa, tipo RECTA-FLOR-S.L. de nosso fabrico, com as dimenses16mx10mx3m fica com uma
rea total de 160m . 2
_____________________________________________________________________________________________________________
Rua das Pedreiras, Ap. 8 4741-908 Fo Telefone:(+351) 253 989 360 Fax:(+351) 253 989369 E-mail: geral@estufasminho.pt
www.estufasminho.pt Matriculada na Conservatria do Registo Comercial de Esposende sob o n. 931 Capital Social: 500.000,00
Contribuinte n.: 504 596 586
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
20 de Agosto de 2011
Um Kit que inclui os muros em painis pr-fabricados e todos os materiais j prontos para
montagem no local de destino e implantao.
Este sistema de construo permite a montagem fcil e rpida do edifcio por profissionais
qualificados da nossa empresa.
Painis de madeira formados por madeira macia de pinho no exterior e OSB no interior,
Instalao elctricas, Instalaes sanitrias que incluem: lavatrio, base de duche e instalao
de gua e esgoto, Placa elctrica de quatro bicos e lava-loia, Aquecimento de gua atravs de
termoacumulador, Janelas de alumnio, Portas interiores e exteriores, Estrutura e cho em
madeira, Teto em chapa pr-lacrada verde e isolamento trmico, 2 Resistncias, elctricas de
calor negro com 1000 W cada, um ventilador com potncia 175/195 watts.
116
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
20 de Agosto de 2011
117
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Anexo XII: Oramento para utenslios e materiais necessrios para a manuteno e produo.
Oramento
Ref. Quant. Designao Pr. Unit. Total
400109900 2 Foicinha 2,590 5,18
400219900 2 Sacho bico-forquilha 6,260 15,52
400160100 2 Pa 7,934 15,87
420080700 1 Roadora 306,106 306,11
401699900 1 Esgaravatadora 0,990 0,99
500580700 3 Luvas2,34 0,780 2,97
800200012 1 Tubo jardim 37,805 37,81
400100001 2 Pack ferramentas jardim 2,230 4,46
400100017 5 Tesoura da poda 2,920 14.60
400100022 1 Pulverizador 14,732 14,732
400019900 2 Ancinho 7,317 14,63
400100014 2 Enxada 10,354 20,71
80001003 2 Balde 0,790 1,58
04426 Tela 150g/ 2MT 0,783 390
00826 1 Carro aterro 25,326 25,33
01174 1 Balana centesimal 200 kg 73,600 73,600
118
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
119
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
120
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
121
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
122
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
123
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
124
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
125
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais
Free Cash Flow do Equity -91.511 -24.112 20.234 27.831 36.802 44.268 402.745
Taxa de juro de activos sem risco 1,60% 1,65% 1,70% 1,75% 1,80% 1,85% 1,91%
Prmio de risco de mercado 10,00% 10,00% 10,00% 10,00% 10,00% 10,00% 10,00%
Taxa de Actualizao 11,76% 11,81% 11,87% 11,92% 11,98% 12,04% 12,10%
Factor actualizao 1 1,118 1,251 1,400 1,568 1,756 1,969
126