Plano de Negocios Plantas Aromaticas e Medicinais

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 129

Paula Alexandra Pimenta de Azevedo

Produo de Plantas Aromticas e Medicinais


(Plano de Negcios)

Outubro de 2011
Paula Alexandra Pimenta de Azevedo

Produo de Plantas Aromticas e Medicinais


(Plano de Negcios)

Trabalho de Projeto (Art 20, alnea b, Decreto-lei 74/2006 de 24 de maro)

Mestrado em
Biotecnologia e Bioempreendedorismo de Plantas Aromticas e Medicinais

Trabalho efectuado sob a orientao de


Professor Doutor Antnio Azevedo e
Professor Doutor Manuel Fernandes Ferreira

Outubro de 2011
Declarao

Nome: Paula Alexandra Pimenta de Azevedo

Endereo electrnico: a33791@ua.pt Telefone: 910652488

Nmero de bilhete de entidade: 12847093

Ttulo do trabalho de projecto: Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e


medicinais

Orientador: Antnio Azevedo Coorientador: Manuel Fernandes Ferreira

Ano de concluso: 2011

Mestrado em: Biotecnologia e Bioempreendedorismo em Plantas Aromticas e Medicinais

AUTORIZADA A REPRODUO INTEGRAL DESTA TESE/TRABALHO APENAS PARA EFEITOS DE


INVESTIGAO, MEDIANTE DECLARAO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE
COMPROMETE.

Universidade do Minho, 31/10/2011

Assinatura:

III
Agradecimentos

Esta tese o resultado de um percurso contnuo em prol do conhecimento e desenvolvimento


pessoal, quero portanto agradecer a todos aqueles que passaram pela minha vida e contriburam
para o meu crescimento como pessoa.

Agradeo, especificamente a todos os que contriburam diretamente na elaborao deste trabalho:

Ao professor Doutor Antnio Azevedo por disponibilizar-se a ser meu orientador, pelo estmulo
acadmico ajudando-me e orientando-me no sentido de um bom trabalho.

Ao professor Doutor Manuel Ferreira por ter criado o mestrado de Biotecnologia e


Bioempreendedorismo em PAM, um curso de ps- graduao excelente e de que muito me orgulho
em ter seguido. Ainda o facto de ter aceitado com entusiasmo esta ideia e impulsionado para que
se concretizasse, cedendo os seus terrenos para a implementao deste projeto. E pela
contribuio com o seu conhecimento.

Margareth Barros, que apesar de um longo dia de trabalho, sempre conseguia um tempo para
ajudar-me tendo a sua ajuda sido imprescindvel.

Ao eng Vitor Faria pela amabilidade e disponibilidade para ajudar na resoluo de problemas
prticos, partilha de material e informao.

Ao eng Paulo Pereira da ATHACCA pelas informaes e contactos importantes para o desenrolar
deste trabalho.

Dr Elizabete da Fundao Calcednia e Balbina Coelho pela visita aos campos de produo.

Ao professor Abel Martins pelas explicaes de contabilidade.

V
Liftoff e Tecminho, Bioatlntico e Cantinho das Aromticas pela simpatia, informaes e ajudas
prestadas.

Quero tambm agradecer aos meus colegas de mestrado pelo companheirismo e esprito de
entreajuda, especialmente Alberta Domingues e Pedro Vieira camaradas de uma batalha. Assim
como aos professores pelos conhecimentos partilhados e boa disposio com que deram as suas
aulas, mostrando-se sempre prestveis.

Aos meus amigos que ao longo deste ano foram acompanhando o meu trabalho e esforo, pelo
apoio, pacincia e amizade.

minha famlia, especialmente aos meus pais, pela fora, incentivo e amor.

E por fim, a mim mesma pela iniciativa e dedicao.

VI
Resumo

Atualmente assiste-se a um interesse crescente por produtos obtidos a partir de plantas reputadas
pelas suas utilizaes etnobotnicas em cuidados primrios de sade e de bem-estar. Muitas das
plantas conhecidas por plantas aromticas e medicinais (PAMs), so utilizadas na extrao
industrial de molculas que incorporam uma grande diversidade de produtos, designadamente
produtos farmacuticos, cosmticos, perfumes, aromas, nutracuticos, alimentares, produtos de
controlo ambiental etc. As normas aplicadas produo agro-industrial de tais espcies, obrigam
adopo de sistemas de produo biolgico, bem como adopo de sistemas de controlo de
qualidade, cada vez mais exigentes, partindo de uma identificao inequvoca das plantas
comercializadas. Deste modo, a produo e transformao de PAMs em modo biolgico, constitui
um plano de negcio na base da cadeia de valor, de retorno relativamente seguro. A expanso do
negcio para domnios que envolvem maior incorporao de meios tecnolgicos pode e deve ser
encarada numa fase ulterior do estabelecimento e rendimento inicial da explorao agro-industrial
das PAMs seleccionadas.

Neste contexto, prope-se neste projeto o desenvolvimento de um plano de negcios que consiste
no estabelecimento e explorao de uma unidade agro-industrial de plantas aromticas e medicinais
(PAM) numa localidade situada no permetro mximo de 50 km da UM. Tal plano de negcio
envolve uma prospeco de mercado orientada para a oferta/procura de espcies de PAMs, preos
a praticar no produtor, custos de produo, contatos com importadores e outros tipos de agentes
importantes da fileira de produo e transformao de PAMs. A seleo das espcies a cultivar foi
feita de acordo com a procura dos mercados, apostando no cultivo de dezasseis espcies de PAMs.
Este plano tem em conta a Legislao Europeia sobre PAMs e produtos derivados, aplicaes,
custos de produo e preos na concorrncia.

VII
Abstract

Today we are witnessing a growing interest in products derived from plants renowned for their
ethnobotanical uses in primary health care and welfare. Many of these plants known by the term
"medicinal and aromatic plants (MAPs), are used in industrial extraction of molecules that
incorporate a wide variety of products, including pharmaceuticals, cosmetics, perfumes, fragrances,
nutraceuticals, food products, environmental control products etc. The rules applied to agroindustrial
production of such species, require the adoption of organic farming systems and the adoption of
systems of quality control, more demanding, from a clear identification of the plants sold. The
production and transformation of MAPs is a business plan that enhances the value chain with
relatively safe return. The business expansion to areas that involve greater incorporation of
technology can, and should be taken at a later stage to the establishment and initial performance of
the agroindustrial exploitation of the selected MAPs.

In this context, it is proposed to develop a business plan for the establishment and operation of an
agroindustrial unit of Medicinal and Aromatic Plants located in the maximum range of 50 km of
Minho University. This business plan involves an market-oriented including supply-demand
management of MAP species, producer prices to be charged, costs, contacts with importers and
other important factors of the MAP production and processing sector. The MAPs selection was made
according the markets demands, focusing on the production of sixteen species. This plan also
envolves MAP European Legislation and related products, applications and production costs.

IX
ndice

Declarao ....................................................................................................................................III
Agradecimentos..............................................................................................................................V
Resumo ........................................................................................................................................ VII
Abstract.........................................................................................................................................IX
ndice ............................................................................................................................................XI

ndice de Figuras ................................................................................................................. XIV


Lista de abreviaturas .....................................................................................................................XI
Glossrio ......................................................................................................................................XII
1. Sumrio executivo ................................................................................................................ 19
2. Descrio sumria da atividade principal .............................................................................. 21
3. Reflexo sobre plantas aromticas e medicinais produzidas em modo biolgico .................... 23

3.1 Breve histria das plantas aromticas e medicinais .................................................. 23


3.2 Plantas aromticas e medicinais produzidas em modo de agricultura biolgica ........ 24
3.3 Vantagens de consumir biolgico ............................................................................. 26
3.4 Formas de utilizao e preparao de PAMs ............................................................ 26
3.5 Utilidade de PAMs ................................................................................................... 28
3.6 Informaes gerais para cultivo de PAMs ................................................................. 29

4. Enquadramento do setor ...................................................................................................... 31

4.1 Evoluo histrica e previsional do setor .................................................................. 31


4.2 Problemas do setor ................................................................................................. 32

5. Apresentao do negcio ..................................................................................................... 35

5.1 Identificao da empresa/ projeto ........................................................................... 35


5.2 Forma jurdica e designao social .......................................................................... 35
5.3 Porqu este negcio ................................................................................................ 36
5.4 Localizao das instalaes e descrio do local ...................................................... 37
5.5 Vantagens competitivas da empresa ........................................................................ 38

6. Anlise do mercado ............................................................................................................. 41

XI
6.1 Descrio da procura (clientes)................................................................................ 41
6.2 Tendncias do mercado .......................................................................................... 42
6.2.1 Mercado Internacional ......................................................................................... 42
6.2.2 Mercado Nacional................................................................................................ 43
6.3 Anlise da concorrncia........................................................................................... 45

7. Analise interna ..................................................................................................................... 47

7.1 Viso ....................................................................................................................... 47


7.2 Misso .................................................................................................................... 47
7.3 Valores .................................................................................................................... 47

8. Produo ............................................................................................................................. 49

8.1 Materiais necessrios produo ............................................................................ 49


8.2 Matrias-primas para produo ............................................................................... 49
8.3 Tecnologia a usar em agricultura biolgica ............................................................... 50
8.4 Descrio do processo produtivo (metodologia) ........................................................ 51
8.5 Poltica de aprovisionamento ................................................................................... 52
8.6 Infraestruturas......................................................................................................... 52
8.7 Segurana, higiene e sade no trabalho................................................................... 53
8.8 Desenvolvimento sustentvel ................................................................................... 53

9. Organizao e gesto ........................................................................................................... 55

9.1 Experincia do promotor/ responsvel ..................................................................... 55


9.2 Especializao funcional da organizao .................................................................. 55
9.3 Mapa de reas funcionais estruturais e operacionais ................................................ 56
9.4 Processo de deciso ................................................................................................ 56
9.5 Sistemas e tecnologia da informao ....................................................................... 56
9.6 Organizao contabilstica ....................................................................................... 56
9.7 Certificaes a obter................................................................................................ 57

10. Marketing Mix ...................................................................................................................... 59

10.1 Poltica do produto/ servios ............................................................................... 59


10.1.1 Produtos ............................................................................................................. 60
10.1.2 Servios .............................................................................................................. 60

XII
10.1.3 Embalagem, acondicionamento e rotulagem ........................................................ 61
10.2 Preo .................................................................................................................. 61
10.3 Distribuio ......................................................................................................... 62
10.4 Promoo............................................................................................................ 63

11. Riscos do negcio ................................................................................................................ 65

11.1 Analise SWOT ...................................................................................................... 65


11.2 Modelo das 5 foras de Porter ............................................................................. 65
11.2.1 Ameaas de novas entradas ................................................................................ 65
11.2.2 Ameaas de produtos substitutos ........................................................................ 66
11.2.3 Rivalidade entre concorrentes .............................................................................. 66
11.2.4 Poder negocial dos clientes.................................................................................. 66
11.2.5 Poder negocial dos fornecedores ......................................................................... 67

12. Cronograma......................................................................................................................... 63
13. Plano financeiro ................................................................................................................... 71

13.1 Pressupostos gerais............................................................................................. 71


13.2 Volume de negcios............................................................................................. 71
13.3 FSE Fornecimentos e servios externos............................................................. 73
13.4 Investimento ........................................................................................................ 74
13.5 Financiamento..................................................................................................... 76
13.6 Demonstrao de resultados ............................................................................... 76
13.7 Mapa de cash flow............................................................................................... 77
13.8 Balano ............................................................................................................... 78
13.9 Avaliao ............................................................................................................. 78

14 Concluso............................................................................................................................ 81
15 Referncias bibliogrficas: .................................................................................................... 83
16 Anexos................................................................................................................................. 89

XIII
ndice de Figuras

Figura 1: Registo de colheitas de plantas ao longo dos anos Fonte: US Pharmacopeia and
Formulary. ............................................................................................................................. 23
Figura 2: Joaninha alimentando-se de pulges, forma de controlo biolgico. ................................ 25
Figura 3: Subsetores que recorrem a PAMs. ............................................................................. 29
Figura 4: Evoluo do n de operadores e da rea com produo em modo biolgico na regio
Entre Douro e Minho.. ............................................................................................................. 32
Figura 5: Mapa de Vieira do Minho. .......................................................................................... 37
Figura 6: Mercado global de PAMs. .......................................................................................... 43
Figura 7: rea das plantas aromticas na regio norte. .............................................................. 44
Figura 8: Fotografias de culturas protegidas (a) Culturas em MPB em estufa tipo tnel cobertas
com filme polietileno; (b) cobertura directa com filme polipropileno. ........................................... 50
Figura 9: Etapas envolvidas na produo. ................................................................................. 52
Figura 10: Planta do armazm. ................................................................................................ 53
Figura 11: Logtipo e selos europeus usados na identificao de produtos com qualidade
ambiental. Produto com certificao de origem biolgica (a); Denominao de Origem Protegida
(b); Indicao de Origem Protegida (c). ..................................................................................... 61
Figura 12: Locais de distribuio dos produtos. ......................................................................... 62

XIV
Lista de abreviaturas

AB: Agricultura Biolgica

CAE: Classificao de Atividades Econmicas

CEE: Comunidade Econmica Europeia

DGDR: Direo-Geral do Desenvolvimento Regional

DOP: Denominao de Origem Protegida

GPP: Gabinete de Planeamento e Polticas

Ha: Hectares

HACCP: Hazard Analysis Critical Control Points

IGP: Indicao Geogrfica Protegida

INE: Instituto Nacional de Estatstica

IVA: Imposto do Valor Acrescentado

MADRP: Ministrio da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas

PAMs: Plantas Aromticas e Medicinais

OMS: Organizao Mundial de Sade

SHST: Segurana, Higiene e Sade no Trabalho

TIR: Taxa Interna de Rentibilidade

VAL: Valor Atual Liquido

UE: Unio Europeia

XV
Glossrio

DOP (Denominao de Origem Protegida): Produto ou gnero originrio duma regio cujas
caractersticas/qualidades se devem principalmente ao meio geogrfico especifico assim como a
fatores naturais e humanos e cuja produo e/ou transformao e/ou elaborao feita nessa
mesma regio.

IGP (Indicao Geogrfica Protegida): Produto ou gnero proveniente duma regio que
possui caractersticas/ qualidades atribudas ao local geogrfico e cuja produo e/ou
transformao e/ou elaborao feita nessa mesma regio.

PM (Plantas Medicinais): Qualquer planta que em um ou mais dos seus rgos contenha
substncias que possam ser utilizadas com finalidade teraputica ou que possam ser
precursores para a sntese qumico-farmacutica.

PA (Plantas Aromticas): Caracterizam-se por possurem em estruturas especializadas, leos


essenciais.

PC (Plantas Condimentares): So plantas utilizadas na confeo de alimentos pelas suas


caractersticas organolticas (que do os alimentos e bebidas certos aromas, cores e sabores
que os tornam mais saborosos).

ECOCERT: Empresa internacional, que opera de forma integrada na rea de controlo e


certificao da produo agrcola e alimentar, florestal e de produtos tursticos.

XVII
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

1. Sumrio executivo

Canteiro do Minho uma empresa agrcola que ir cultivar Plantas Aromticas e Medicinais
(PAMs) em modo biolgico para transformao e comercializao no mercado nacional e
internacional.

Os produtos disponveis sero PAMs (secas) em embalagens diferenciadas de 50 g (sacos de


papel e latas), em granel e leos essenciais. Pretende comercializar no mercado nacional para
lojas Gourmet, ervanrias, Spas e outras lojas da especialidade, indstria farmacutica,
cosmtica e investigao, relativamente ao mercado internacional apostar nos mercados
Francs e Alemo, os quais usam as PAMs como matria-prima de vrios produtos.

A empresa pretende destacar-se apostando numa imagem forte, atravs da colocao no


mercado de produtos de elevada qualidade com certificao de Denominao de Origem
Protegida (DOP) e ndice Geogrfico Protegido (IGP).

Esta uma oportunidade para preservar a agricultura tradicional, valorizar recursos naturais e
promover tcnicas amigas do ambiente para obteno de produtos saudveis, contribuindo
para o desenvolvimento de zonas desfavorecidas.

O projeto tem como promotor um bilogo com ps graduao em Biotecnologia e


Bioempreendedorismo em PAMs com particular interesse em agricultura biolgica.

O investimento inicial em capital fixo corresponde a 30.000 , havendo um retorno do


investimento ao fim de cinco anos. Apresenta um valor atual lquido positivo de 240,474 e
uma taxa interna de rentibilidade de 44,77 % revelando ser um negcio vivel e rentvel.

19
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

2. Descrio sumria da atividade principal

A empresa Canteiro do Minho tem como atividade principal produzir, preparar, transformar e
comercializar plantas aromticas e medicinais (PAMs) com certificao biolgica. O processo de
produo tem incio com o plantio de sementes e plntulas, que aps desenvolvimento sero
colhidas e selecionadas para a partir daqui serem transformadas nos diferentes produtos: PAMs
em estado seco e leos essenciais. Apresenta classificao de atividades econmicas (CAE) com
nmero 012801, que corresponde cultura de especiarias, plantas aromticas medicinais e
farmacuticas [1].

1
CAE 0128- CULTURA DE ESPECIARIAS, PLANTAS AROMTICAS, MEDICINAIS E FARMACUTICAS
Compreende, nomeadamente, a cultura de especiarias e de plantas aromticas (malagueta, noz moscada, canela, cravo da ndia, gengibre,
funcho, baunilha, etc.) e de plantas utilizadas em perfumaria, em farmcia ou como inseticidas, fungicidas ou fins semelhantes [1].

21
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

3. Reflexo sobre plantas aromticas e medicinais produzidas em


modo biolgico

3.1 Breve histria das plantas aromticas e medicinais

So consideradas PAMs, todas aquelas que podem ser usadas na cura ou preveno de
doenas, na alimentao, como conservante, aromatizante ou em cosmtica e perfumes.
medida que a sociedade foi evoluindo o termo planta medicinal foi sendo atribudo a remdios
alternativos. Desde os primrdios da humanidade o poder das plantas reconhecido e usado
no tratamento de doenas [2]. Existem referncias ao uso de plantas, datadas de h mais de
sessenta mil anos. Na China existem registos de farmacopeias com cerca de 3000 anos a.c. [3].

As plantas no so apenas reconhecidas pelas suas propriedades teraputicas e alimentares;


so tambm fonte de inspirao potica, mitolgica, tm significado simblico e esto
associadas a comportamentos e rituais [2]. Desde os tempos mais remotos que os mdicos
tentam decifrar os poderes curativos das plantas para a cura de vrias doenas. Cerca de um
quarto dos medicamentos existentes no mercado so base de substncias extradas de plantas
ou de compostos sintticos anlogos [2].

As PAMs permaneceram como principais agentes farmacuticos at meados do sculo XX. Na


figura 1 est representada a variao na procura de plantas
para fins medicinais entre 1916 e 2007. Ao logo do sculo XX
verificou-se uma diminuio drstica da procura de PAMs.
Esta diminuio, na segunda metade do sculo XX, est
relacionada com a inovao tecnolgica e consequente
desenvolvimento de produtos qumicos de sntese, que
tiveram uma rpida aceitao no mundo ocidental com Figura 1: Registo de colheitas de plantas
desvalorizao do uso de plantas em tratamentos [4]. Porm ao longo dos anos Fonte: US Pharmacopeia
and Formulary [4].
a partir de 2003 a procura aumentou relativamente. Registou-

23
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

se um aumento das colheitas, que se deve sobretudo a alteraes da conscincia crtica


humana, relativamente aos medicamentos de sntese qumica e aos benefcios de produtos
bioativos base de plantas [4].

Hoje em dia h maior procura de medicamentos base de extratos vegetais, levando a um


maior investimento em estudos cientficos, que envolvem a investigao das propriedades
teraputicas das plantas [4]. A Organizao Mundial de Sade (OMS) tem estimulado a utilizao
de plantas medicinais e publicado vrios documentos tcnicos com normas e guias de
conservao, investigao e avaliao da segurana e eficcia, controlo de qualidade, seleo de
plantas medicinais e normas de recomendao [5]

3.2 Plantas aromticas e medicinais produzidas em modo de agricultura


biolgica

A recolha indiscriminada de plantas espontneas o mtodo mais comum para obteno de


PAMs. No entanto esta prtica tem vindo a ser abandonada nos pases mais industrializados,
tendo optado pelo seu cultivo. Desta forma, evita-se a colheita indiscriminada e desorganizada de
plantas espontneas, contribuindo para a preservao do respetivo patrimnio gentico. Por
outro lado, o cultivo de PAMs proporciona maiores quantidades de matria-prima, com
caractersticas uniformes, relativamente ao teor dos seus constituintes, j que o processo de
produo padronizado [5].

A agricultura biolgica (AB) um sistema de produo que se baseia numa srie de princpios e
objetivos que visam minimizar o impacto do Homem na natureza e assegurar que o sistema
agrcola funcione da forma mais natural possvel. Alguns dos princpios deste modo de produo
correspondem:

Rotao de culturas, para proporcionar o uso eficiente dos recursos locais;

Interdio de fertilizantes e pesticidas qumicos de sntese;

24
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Interdio de organismos geneticamente modificados;

Aproveitamento dos recursos naturais (uso de estrume dos animais como fertilizante
(p.e.);

Reconverso dos solos onde este tipo de agricultura vai ser aplicado, sendo que o
perodo de converso de 3 anos antes da colheita de frutas e outras culturas perenes e
de 2 anos antes da sementeira das culturas anuais;

Uso de tcnicas adequadas para o controlo biolgico2 de pragas e doenas e a utilizao


de recursos locais, designadamente variedades regionais ou raas autctones (fig.2) [6]

Figura 2: Joaninha (Coccinella septempunctata) alimentando-se de pulges, forma de controlo


biolgico.

Atravs das prticas acima referidas, a agricultura biolgica tem como objetivos oferecer
produtos com maior qualidade, manter e melhorar a fertilidade dos solos, utilizao sustentvel
dos recursos naturais, entre outros [7].

2
Controlo biolgico tcnica para controlo de espcies nocivas, em que introduz-se no ecossistema um inimigo natural (predador ou
parasita) da espcie a combater, mantendo a densidade populacional a nveis baixos, sem que ocorram danos e/ou prejuzos para o meio
ambiente [8].

25
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

3.3 Vantagens de consumir biolgico

Os produtos provenientes de AB so caracterizados por possurem maior qualidade nutricional e


segurana para o consumidor. A agricultura biolgica uma prtica que respeita os
ecossistemas. Estas caractersticas tornam este modo de produo, uma mais-valia na proteo
ambiental e sade animal [7].

Segundo alguns autores os produtos de AB possuem maior quantidade de determinados


nutrientes essenciais contribuindo para a sade pelo que so cada vez mais preferidos pelos
consumidores. Porm de salientar que apesar de no haver provas que indiquem que os
produtos de AB tm maior valor nutricional ou melhores propriedades organoleticas,
indiscutvel que possuem menor teor de resduos txicos [9].

3.4 Formas de utilizao e preparao de PAMs

Existem vrias formas de transformao, preparao e aplicao das PAMs, variando de acordo
com os seus compostos ativos e finalidade da aplicao. Algumas das formas de preparao e
utilizao das PAMs so descritas a seguir [10]:

Banhos: Consistem na imerso completa ou parcial do corpo em gua, na qual se


adicionam plantas medicinais (infuses, decoces, leos essenciais). Os banhos de
gua morna ou quente so recomendados para melhorar a circulao sangunea e para
as frieiras [10];

Cataplasmas: Preparao obtida a partir de sementes, razes ou folhas, esmagadas


num almofariz at obter-se uma pasta uniforme que aplicada sobre a pele durante
alguns minutos [10];

Ch: Qualquer derivao vinda da planta Camellia sinensis ou Thea sinensi, das quais
aps secagem das folhas se prepara uma infuso [10];

26
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Compressas: So feitas com bandas de algodo ou gaze, embebidas numa infuso ou


decoco e aplicadas sobre a zona afetada [10];

Decoces ou Cozimentos: Preparao obtida pela fervura do material cortado


(contundido ou pulverizado) durante 10 a 15 minutos. Normalmente as medidas usadas
para a preparao correspondem a 100 g de material vegetal por 1500 g de gua. Este
processo muitas vezes utilizado para retirar as partes duras da planta (razes, rizomas,
casca, ou sementes) [10];

Extractos: Concentraes lquidas, slidas ou intermdias obtidas de frmacos secos,


por macerao ou lixiviao. Na preparao por macerao corta-se a planta e mistura-
se com um solvente, geralmente etanol, e deixa-se repousar. Procede-se separao da
parte slida por expresso e concentra-se at consistncia desejada; na preparao
por lixiviao a planta cortada misturada com um solvente e colocada num lixiviador,
onde o solvente deixado a gotejar at esgotamento da planta. No fim recolhe-se o
lquido [10];

Gargarejos: Prepara-se uma infuso, a qual gorgolejada, morna durante cerca de 1


minuto. Esta aplicao atua na mucosa do fundo da boca, amgdalas e faringe [10];

Inalaes: Vapor de gua com substncias volteis (leos essenciais) das plantas
aromticas. Prepara-se colocando a planta num recipiente com gua a ferver, na
proporo de uma colher de sopa de planta (seca ou fresca) para litro de gua,
seguida de aspirao para inalar o vapor [3];

Infuses: Recorre-se quando o material vegetal facilmente penetrado pela gua


dissolvendo os compostos. O que se faz verter gua quente sobre a planta, deixando
repousar durante 5 a 15 minutos, coando de seguida. A proporo utilizada de uma
colher de sopa para cerca de 150 ml de gua [10];

Irrigaes: Introduo de um lquido, preparado a partir duma decoco ou infuso e


posteriormente arrefecido, nas cavidades naturais (ouvidos, nariz, vagina etc.) [10];

27
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Maceraes: Coloca-se a planta partida num recipiente em contato com um lquido


extrativo num lugar fresco, durante aproximadamente 12 horas, tempo ao fim do qual o
lquido coado ou filtrado [10];

leos: So obtidos das sementes, frutos ou outras partes da planta atravs da


prensagem. Podem ser aplicados por frico [10];

leos Essenciais: So obtidos por destilao das plantas aromticas com ou sem
vapor de gua, ou por processos mecnicos a partir do epicarpo de frutos de espcies
do gnero Citrus [10];

Ps: Triturao de material vegetal, formando p o qual colocado em cpsulas [10];

Sumos ou Sucos: So obtidos quando se espremem frutos, folhas ou caules da planta


fresca [10];

Tisanas: Colocao de material vegetal em gua a ferver durante 5 a 6 minutos em


recipiente tapado [10].

3.5 Utilidade de PAMs

As plantas sempre fizeram parte da histria da humanidade, no s eram utilizadas na


alimentao mas tambm para tratamento e preveno de doenas. Como j foi referido
anteriormente, o uso de plantas caiu em declnio no incio do sculo XX, tendo ressurgido o
interesse por esta matria no sculo seguinte. Sendo a partir deste sculo que se iniciaram
estudos cientficos, no sentido de comprovar e compreender as propriedades das plantas,
incluindo as teraputicas, e quais os compostos responsveis por essas propriedades. Desta
forma tm vindo a surgir cada vez mais produtos base de plantas com utilizao em diversos
sectores [11]. Na figura 3 esto representados alguns dos subsetores que recorrem s PAMs.

28
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Infuses

Medicina Alimentos
alternativa funcionais

PAMs
Medicamentos Aromaterapia

Suplementos
alimentares Culinria

Figura 3: Subsetores que recorrem a PAMs.

3.6 Informaes gerais para cultivo de PAMs

Vrios fatores condicionam o crescimento saudvel da planta e consequentemente a


concentrao dos seus princpios ativos. Algumas das condicionantes tm a ver com a qualidade
do solo, o clima, disponibilidade e qualidade de gua, pocas de plantio e colheita, estao do
ano, etc. Durante o cultivo de PAMs deve ter-se especial ateno com o local de plantao, no
escolher zonas prximas de fontes de contaminao como esgotos, ou beiras de estrada. A rega
deve ser peridica e o cultivo pode ser em sementeiras, viveiros de mudas (estufas) ou
diretamente no solo. importante o espaamento entre cada planta, para evitar competio das
razes pela absoro de gua, nutrientes e captao de luz. A adubao e correo do solo
devem ser realizadas antes e depois da plantao, recorrendo a produtos naturais, aconselhando
a rotatividade das plantaes. A multiplicao das espcies pode ser feita atravs de reproduo
sexuada (sementes) ou assexuada (caules e estacas). A colheita deve fazer-se em determinadas
pocas, quando a quantidade de compostos ativos mais abundante. A secagem das plantas
deve fazer-se aps a sua colheita, num local seco e fresco de modo a que a planta no perca os
princpios ativos caractersticos, geralmente temperatura ambiente [12].
Para informao mais completa sugere-se a leitura do guia Guidelines for Good Agricultural and
Wild Collection Practice (GACP) of Medicinal and Aromatic Plants (anexo I).

29
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

4. Enquadramento do setor

4.1 Evoluo histrica e previsional do setor

A procura de produtos provenientes de AB est a aumentar cerca de 20% ao ano [13], em 1992
eram apenas vendidos cerca de 1%, aumentando em pouco tempo para cerca de 3% em toda a
UE [14]. O valor das vendas globais de alimentos e bebidas biolgicas aumentou 43% entre
2002 e 2005, concentrando-se, o consumo, na Europa e Amrica do Norte, apesar de praticada
em quase todos os pases [15]. O valor de vendas na Europa em 2005 foi estimado entre 13 e
14.000 milhes de Euros, sendo a Alemanha o maior mercado, seguindo-se a Itlia e a Frana.
Devido ao aumento na busca deste tipo de produtos, o mercado tem sido obrigado a organizar-
se, sendo a Europa o primeiro consumidor final [15]. Na figura 4 pode ver se o
desenvolvimento da AB na europa, verificando-se que as reas ocupadas por este modo de
produo tm vindo a aumentar ao longo dos anos, este aumento deve-se a medidas agro-
ambientais implementadas no mbito do Reg. (CEE) 2078/92 [16].

Figura 4: Evoluo da rea de Agricultura Biolgica na europa (Ha) [16].

O mercado europeu necessita de vrios produtos, alguns dos quais Portugal tem boas
capacidades para produzir, nomeadamente azeite, vinho (os quais j exportam), hortofrutcolas,
frutos secos e carne [16].
Para um bom desenvolvimento do setor no sentido de criar um ambiente equilibrado entre a
procura e oferta destes tipo de produtos, alguns pases europeus desenvolveram planos de ao
onde esto descritas polticas de promoo, apoio, acompanhamento, controlo e fiscalizao, e
ainda, onde esto descritos os objetivos a atingir [16].

31
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

O setor da AB em Portugal comeou a dar os primeiros passos em 1976. Em 1985 foi criada a
Associao Portuguesa de Agricultura Biolgica (AGROBIO). Ao longo dos anos o nmero de
produtores foi crescendo lentamente, at que a partir de 1996 o seu nmero assim como o das
reas ocupadas em AB registaram um aumento muito significativo (figura 4). Este deveu-se em
parte s medidas Agro-ambientais da UE, principalmente devido a subsdios ao rendimento, que
motivaram a emergncia de novos operadores. Apesar deste crescimento, a AB ainda tem pouca
importncia no pas [14].

Figura 5: Evoluo do n de operadores e da rea com produo em modo biolgico na regio Entre
Douro e Minho. Fonte: Guia das exploraes biolgicas (projeto GABI) [17].

As regies do Alentejo, Trs-os-Montes e Beira Interior so as que detm maior nmero de


produtores. As pastagens ocupam grande parte das reas seguindo-se as culturas arvenses e o
olival, enquanto os produtos frescos so os que tm menor rea de produo [16].

4.2 Problemas do setor

O setor das PAMs tem vindo a defrontar vrios problemas em Portugal, nomeadamente:

Mo-de-obra pouco especializada na produo de PAMs em modo biolgico;

Sistema de conhecimento e informao precrio, no se fomentando uma aprendizagem


contnua;

32
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Falta de interesse por parte das instituies de ensino superior, no desenvolvimento de


investigaes, dificultando a formao de tcnicos qualificados [16, 21];

Falhas na organizao da produo, que aliada a pequenas reas de produo no


conseguem produzir quantidades suficientes para fazer face s necessidades do
mercado, traduzindo-se assim numa oferta escassa, dispersa e sem capacidade para
garantir um fornecimento regular [19];

Existncia de poucos entrepostos, canais de distribuio e pontos de venda especficos


para os produtos de AB [19];

Pouca divulgao deste tipo de produtos [19];

Desconfiana por parte de alguns agricultores e mesmo por entidades governamentais


como Ministrio da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas relativamente AB
[19];

Falta de apoios financeiros e sensibilidade para ajudar na resoluo de problemas


associados a este modo de produo [19].

33
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

5. Apresentao do negcio

5.1 Identificao da empresa/ projeto

Este projeto enquadra-se no setor agro-alimentar, ramo da transformao de produtos agrcolas


de origem biolgica com identificao no CAE 01280. Pretende-se que os produtos da empresa
a ser criada no mbito deste plano de negcios possuam tambm certificao de Indicao
Geogrfica Protegida (IGP) e Denominao de Origem Protegida (DOP).

A empresa denominada Canteiro do Minho tem pedido de Marca Nacional em nome do


promotor, porm no entrou ainda em atividade.

A explorao tem uma rea de 3 Ha que sero utilizados para o cultivo de PAMs em modo
biolgico. A principal atividade produo de PAMs seguindo os princpios da AB. Sero
produzidas PAMs no estado seco para venda em embalagens de 50 g e a granel e leos
essenciais. A venda destes produtos ser efetuada no prprio local de produo, lojas de
comrcio tradicional e Gourmet, ervanrias, indstria farmacutica, cosmtica e investigao.
Pretende-se que o local de explorao funcione, tambm, como uma rea experimental e
demonstrativa no sentido de desenvolver tcnicas que permitam uma melhor gesto de recursos
naturais e conservao da natureza aliado a um desenvolvimento sustentado da regio.
Funcionar como explorao pedaggica dirigida a todas a faixas etrias organizando workshops,
palestras e visitas guiadas aos campos de produo.

5.2 Forma jurdica e designao social

O enquadramento jurdico desta empresa tem por base a diminuio do risco pessoal, no
pretendendo partilhar o investimento inicial. Deste modo optou-se pela criao de uma empresa
com sociedade unipessoal.

35
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Designao social:

Nome da empresa: Canteiro do Minho


Pas: Portugal
CAE: 01280
Capital social: 30.000

5.3 Porqu este negcio

O desenvolvimento deste negcio est relacionado com motivos pessoais, uma vez que sempre
foi desejo do promotor trabalhar em contato com a natureza e de alguma forma ser capaz de
contribuir para o seu equilbrio, preservao de espcies vegetais e minimizao de danos
ambientais, fatores que so facilmente conseguidos seguindo as tcnicas de AB. O
desenvolvimento social e econmico tambm uma das maiores preocupaes, sendo esta uma
forma de criar postos de trabalho, contribuindo para a diminuio da taxa de desemprego e
ainda proporcionar benefcios econmicos e de coeso social das zonas rurais.

Alm destas motivaes pessoais existem outras mais prticas, que contribuem tambm para o
interesse em investir nesta rea de negcios. Nomeadamente o reduzido nmero de produtores
de PAMs em Portugal, faz com que seja uma rea atrativa e de fcil entrada no mercado
nacional. A procura que existe por parte dos mercados alemo e francs por estas plantas, que
as utilizam como matria-prima na indstria farmacutica, cosmtica e alimentar uma
vantagem, pois permite a exportao do produto. Atualmente verifica-se o encorajamento e
aumento dos incentivos agricultura por parte do governo, devendo-se principalmente ao estado
de crise que hoje se vive, com apelo criao do prprio emprego.

36
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

5.4 Localizao das instalaes e descrio do local

Localizao das instalaes

A empresa Canteiro do Minho situa-se na freguesia de Pinheiro a 4 Km de Vieira do Minho e 34


Km do distrito de Braga [20]. uma regio com microclima mediterrnico, que se traduz em
temperaturas amenas, com pequenas oscilaes trmicas e forte pluviosidade. Apresenta
invernos frescos, com temperaturas que variam entre 2 e 4C e veres moderados a quentes,
com temperaturas que podem variar entre 23 e 32C. Estas caractersticas so determinadas
pela situao geogrfica interna e influncia orogrfica definidas pelas serras do Gers, Cabreira
e do Maro [21].

Figura 6: Mapa de Vieira do Minho.

Fonte: Site de Turismo Rural de Vieira do Minho [20].

Descrio do local

Os terrenos para a explorao correspondem a uma rea total de 3 Ha, que no se encontram
em cultivo h 10 anos, estando portanto cobertos de vegetao espontnea. Os 3 Ha esto
dispostos em socalcos, rodeados por muros de pedra e vegetao. Existem 3 abastecimentos de
gua, 2 poas (uma delas comunitria) e um poo. A rea apresenta bastante exposio solar.

37
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

5.5 Vantagens competitivas da empresa

Tendo em conta os regulamentos apertados adotados pela Unio Europeia, no que concerne a
produtos para consumo humano, a indstria transformadora dos setores alimentar, cosmtico,
perfumaria e farmacutico tm vindo a procurar matrias-primas produzidas em condies
controladas, que assegurem a segurana humana e qualidade final dos produtos. Levando
procura de plantas certificadas e cujo processo de produo respeite as normas de boas praticas
europeias [22]. Isto vem promover e valorizar os produtos obtidos em modo de AB, pois como
foi anteriormente referido, os produtos biolgicos so sujeitos a controlos regulares por parte de
entidades de certificao, garantindo ao cliente uma matria-prima e/ou produtos de qualidade.
Como a empresa Canteiro do Minho possuir certificao de produo biolgica, facilmente ter
credibilidade neste mercado cada vez mais exigente.

O promotor deste projeto tem especializao na rea de PAMs, o que atenua a falta de tcnicos
verificada no setor e vantagem na resoluo de problemas associados explorao. A
localizao longe dos centros urbanos, salvaguarda os terrenos e o ar de contaminaes com
gases txicos e outros contaminantes, mantendo os nveis de qualidade. Os terrenos que
constituem a empresa Canteiro do Minho no se encontram em cultivo h mais de 10 anos, no
sendo necessrio um perodo de converso3, o que facilita a obteno de certificao para
produo em modo biolgico. Os processos envolvidos desde a plantao at produo sero
realizados em instalaes que sero construdas na explorao, diminuindo o manuseamento e
transportes das plantas, assegurando a sua qualidade e preservao das caractersticas nicas.
Desta forma a atividade ser centrada em processos que acrescentam valor aos produtos finais,
diferenciando-se da agricultura convencional. A freguesia onde a empresa estar sediada confere
vantagem, uma vez que existem imveis de interesse patrimonial, a localizao perto da serra da
Cabreira (um local com grande interesse na rea do turismo natural), e a existncia de uma casa
de turismo rural a cerca de 3 metros de distncia, bem como caractersticas morfolgicas e
naturais que proporcionam o afluxo de turistas.
Vieira do Minho uma vila turstica com vrios empreendimentos tursticos (2 hotis, 1 parque
de campismo, 2 residenciais, 1 pousada, 2 aldeias tursticas e 42 casas de turismo rural) [24]

Perodo de converso perodo de transio entre a fase de agricultura convencional e a fase em que os produtos obtidos podem ser
3

certificados como provenientes de agricultura biolgica, podendo j ser rotulados e publicitados como tal. Durante esse perodo o modo de
produo j deve ser biolgico respeitando todas as regulamentaes exigidas. O perodo de converso varia entre 2 anos para culturas anuais e
3 para culturas perenes [23].

38
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

tendo sido registado 12811 dormidas (dados referentes a 2001) [25]. Pretende-se utilizar este
facto como estratgia para divulgao da marca, colocando os produtos Canteiro do Minho
nestes pontos tursticos.

39
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

6. Anlise do mercado

6.1 Descrio da procura (clientes)

As PAMs produzidas em modo biolgico so procuradas principalmente por indstrias


farmacuticas, cosmtica, alimentar, centros com ou sem I&D, entre outras [11]. As empresas
destes setores so rigorosas nos produtos que adquirem para a produo dos seus bens, pois
uma qualidade inapropriada das matrias-primas pode por em causa a sua atividade [18]. Deste
modo este tipo de clientes procura plantas ricas em compostos ativos e com o mnimo de
contaminaes, produzidas segundo prticas de boa fabricao4 [11].

Outro tipo de clientes, alm das indstrias farmacuticas e centros de investigao, so


indivduos que consomem produtos biolgicos. Estes pertencem a um nicho de pessoas com
poder de compra, um nvel de educao e informao elevado, conscientes no que respeita a
sade humana e ambiental [13]. Sabe-se que correspondem na sua maioria ao sexo feminino
(entre 30 e 45 anos), com preferncia por produtos de origem nacional. Estes consumidores
podem denominar-se de consumidores conscientes uma vez que fazem as suas compras de
acordo com a tica e valores morais que defendem, procurando ajudar o agricultor nacional e
fortalecer o comrcio justo [13]. Seguindo este exemplo esto tambm centros de tratamento de
beleza, que recorrem a varias tcnicas cujo tratamento base de plantas, como a
aromaterapia [26].

Para melhor conhecer os consumidores que existem na zona de Braga, realizou-se um inqurito
qualitativo a 100 indivduos (anexo II). Com este inqurito pretende-se perceber se o setor da AB
conhecido e se os habitantes desta cidade procuram produtos biolgicos. Deste inqurito foi
possvel apurar que os 100 indivduos questionados conhecem o modo de produo biolgico e
que noventa e um j consumiram algum produto biolgico. Trinta e nove pessoas responderam
que ao efectuarem as suas compras tm o cuidado de escolher produtos de AB. Sessenta e
cinco pessoas conhecem o termo PAMs, e oitenta e quatro tm o hbito de beber ch. Adquirem
principalmente em supermercados (80 indivduos), sendo que as ervanrias so o segundo local
mais procurado (50 indivduos). Verificou-se que noventa pessoas adquirem chs em saquetas e
4
Praticas de boa fabricao- conjunto de prticas que asseguram a qualidade e controlo dos produtos.

41
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

sessenta pessoas preferem em estado seco. H uma preferncia pelas embalagens de sacos de
papel e maior e pelas quantidades de 50 g. Constatou-se que apesar de acreditarem que
medicamentos base de plantas so mais benficos, apenas vinte e dois indivduos recorrem a
estes e apenas catorze optam por cosmticos vegetais. Colocou-se a questo quanto ao melhor
local de venda para estes produtos, ao que sessenta pessoas responderam que seria numa loja
na cidade e trinta e trs prefere comprar no prprio local de produo. Relativamente ao preo
praticado, apesar de concordarem que os preos destes produtos so elevados, quarenta e oito
inquiridos estariam dispostos a pagar at mais cinco por cento e cinquenta e duas at mais 10%
(anexo III).

Atravs da realizao deste inqurito foi possvel constatar que h procura para este tipo de
produtos na cidade de Braga, mostrando que o desenvolvimento desta empresa pode colmatar
algumas das necessidades identificadas.

6.2 Tendncias do mercado

6.2.1 Mercado Internacional

O mercado internacional de PAMs dominado pela China, Japo, Europa e Estados Unidos da
Amrica. O Japo apresenta o maior consumo per capita de PAMs em todo o mundo. Apesar de
ter havido flutuaes neste mercado, a procura de plantas tem vindo a aumentar, principalmente
por parte da indstria farmacutica [22].

A produo de PAMs sempre teve grande relevncia no mercado europeu, movimentando


milhares de euros anualmente. Como se pode observar na figura 6, o mercado europeu detm
grande parte da produo de plantas medicinais. No entanto, alm de produtor tambm o
maior importador desta matria, sendo a Alemanha e a Frana os principais importadores,
importando cada um 37% e 17% respectivamente de outros pases da comunidade europeia
[11].

42
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Figura 7: Mercado global de PAMs.


Fonte: A guide to the global market of MAP [11].

A Alemanha importa anualmente 40.000 toneladas de matria-prima de PAMs, sendo grande


parte usada na indstria farmacutica. Algumas das empresas farmacuticas alems que
dominam este mercado so Wilmar, Schwabe, Madaus entre outras. J a Frana importa entre
22.000 a 25.000 toneladas por ano. A Arkopharma a empresa lder neste pas na produo de
medicamentos base de plantas, tendo de importar de vrios pases europeus. Os tratamentos
homeopticos fazem parte da cultura francesa, o que permitiu um forte desenvolvimento desta
indstria, representada pelas empresas Bioron, Dolisos e Ferrer [11].

6.2.2 Mercado Nacional

O interesse pelas PAMs a nvel nacional recente, tendo surgindo lentamente alguns produtores.
Numa publicao do jornal AgroNoticias (2002) podia ler-se que a produo de PAMs em
modo biolgico em Portugal encontrava-se claramente atrasada, porm proporcionaria uma
excelente oportunidade de negcio. Nesse mesmo ano, a rea ocupada pela produo de PAMs
era de 25 Ha em todo o pas [27]. Na regio Entre Douro e Minho verificou-se um aumento de
produtores no modo biolgico, principalmente a partir de 2001 devido ao aproveitamento das
condies edafoclimticas tpicas da regio e apoios atribudos pela UE [14, 17].

A rea ocupada por cada tipo de cultura praticada, em modo biolgico em Portugal continental
entre 2006 e 2008 est representada na tabela 1. Verifica-se que a rea ocupada pela produo
de PAMs a mais pequena, representando apenas 0,03% do total das restantes culturas. De

43
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

2007 para 2008 h um aumento das reas exploradas com plantas aromticas, apesar de o
nmero de produtores continuar a diminuir.

Tabela 1: rea (%) de cada cultura em modo AB na regio Entre Douro e Minho.

Fonte: INE [28]

Segundo as Estatsticas Agrcolas de 2009 realizadas pelo Instituto Nacional de Estatstica (INE)
registou-se um aumento da rea de cultivo de PAMs de 2006 at 2008 [28]. Sendo o Alentejo a
regio com maior rea de produo de PAM (86 Ha) seguindo-se a regio Entre Douro e Minho,
que em 2008 possua uma rea de produo 43 Ha [28]. Na figura 7 esto representadas as
reas de produo de plantas aromticas por cada delegao da regio norte.

Figura 8: rea das plantas aromticas na regio norte.

Fonte: Diviso da produo agrcola [19].

44
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Este setor est a adquirir mais adeptos, no s devido crescente consciencializao por parte
de consumidores e agricultores para as desvantagens da agricultura convencional e na busca de
alimentos saudveis e de outros produtos naturais, mas tambm devido a apoios que esto a ser
oferecidos para incentivar este tipo de agricultura, concedidos nomeadamente por associaes
regionais, associaes de desenvolvimento local e AGROBIO [14].

A procura de produtos com certificao biolgica no corresponde apenas para uso alimentar e
medicinal, mas tambm para uso na cosmtica. O mercado dos cosmticos naturais e biolgicos
um mercado recente. No relatrio de Expocosmtica 2008 referido que existe, por parte
dos consumidores, um regresso natureza devido aos receios dos ingredientes qumicos
usados nos cosmticos. Deste modo verifica-se um aumento na procura de cosmticos naturais
e biolgicos, registando-se tambm um aumento em locais de wellness care, para utilizao em
Spas [26].

6.3 Anlise da concorrncia

A concorrncia do Canteiro do Minho so todas as exploraes agrcolas com produo de


PAMs, produtores e vendedores de derivados de PAMs e/ou produtos substitutos.

Empresas que podem competir pelo mesmo espao no mercado, capazes de oferecer ao
consumidor um produto que colmate a mesma necessidade. Como por exemplo outros chs e
bebidas que recorram a plantas, de outras marcas; outras bebidas que so consumidas em
ambientes sociais ou para o tratamento de sintomas de mal-estar; produtos de higiene e leos
produzidos em modo convencional mas que esto disponveis em qualquer posto comercial a
preos competitivos, e que muitas vezes esto associados a produtos naturais sendo lhes
atribudo uma imagem de elevada qualidade.

Em todo o mundo existem produtores de PAMs, sendo que a China, o Japo e ndia so aqueles
com maiores reas de produo, abastecendo o mercado europeu. Porm devido falta de

45
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

controlo nos mtodos de produo de plantas nestes pases, e aos regulamentos impostos pela
UE, tem criado barreiras sua distribuio em solo europeu [22].

A nvel nacional existem empresas que tambm fornecem para o mercado internacional.
Algumas das empresas produtoras de PAMs, com maior expresso no mercado nacional so a
Ervital, Cantinho das Aromticas, Quinta de Sernandes - Bela-luz, Fundao Calcednia, Herdade
do Corvo, Monte do Vento (anexo IV).

As empresas Ervital e Cantinho das Aromticas so aquelas com maior reconhecimento a nvel
nacional, sendo os seus produtos encontrados em vrias lojas de especialidade em diferentes
pontos do pas. A empresa Cantinho das Aromticas apresenta j um grande reconhecimento
internacional, sendo largamente divulgada por vrios meios de comunicao.

46
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

7. Analise interna

7.1 Viso

O Canteiro do Minho tem como viso alcanar vantagem competitiva atravs da criao de
plantas de elevada qualidade, certificadas em AB, que visam a sade e bem-estar dos seus
consumidores e do ambiente. E contribuir para o reconhecimento da regio e do pas atravs
das certificaes de DOP e IGP.

7.2 Misso

Para atingir a vantagem competitiva, a empresa Canteiro do Minho ir recorrer a tcnicas


caractersticas da AB, que contribuem para o bom desenvolvimento das plantas. Tem ainda
como misso contribuir para o crescimento e valorizao dos produtos biolgicos tpicos do
Minho e estimular o interesse das novas geraes pelo modo de produo biolgico,
conservao da natureza e dos recursos naturais.

7.3 Valores

Os valores desta empresa residem em apostar numa imagem de qualidade, segurana e de


proteco ambiental atravs da acreditao dos seus produtos com logtipo e rtulos de
qualidade europeus. Apostara tambm em desenvolver um forte sentido de cidadania
ambientalmente consciente, informada e ativa.

47
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

8. Produo

8.1 Materiais necessrios produo

De PAMs

2 Enxadas 4 Luvas Placas alveoladas

2 Ancinhos 2 Foices 3 Baldes

2 Tesoura da poda 2 Sachos 2 Regadores


Tela geotxtil Vasos 6 Cestos

2 Pulverizadores 2 Transplantadores Balana

2 Carrinhos de mo 2 Garfos
2 Ps Roadora
2 Engaos Mangueira

De leos essenciais

Destilador

8.2 Matrias-primas para produo

De PAMs

Plantas
Sementes
Fertilizantes

De leos essenciais

Plantas

49
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

8.3 Tecnologia a usar em agricultura biolgica

Para o cultivo das PAMs vo ser usadas varias tcnicas e tecnologias, nomeadamente:

Escolha de cultivares em que ser feita uma seleo das plantas a cultivar [6];

Adubao verde que consiste na utilizao de uma cultura que ser depois
incorporada no solo com o objetivo de o fertilizar [6];

Solarizao em que se cobre o solo com um filme de polietileno transparente


provocando o seu aquecimento, eliminando microrganismos patognicos (fungos e
bactrias), pragas de solo (nemtodes) e sementes infestantes [6];

Culturas protegidas em estufas nos primeiros estdios de desenvolvimento,


conforme a figura 8 [6];

(b)
(a)

Figura 9: Fotografias de culturas protegidas (a) Culturas em MPB em estufa tipo tnel cobertas com
filme polietileno; (b) cobertura directa com filme polipropileno [6].

Instalao das culturas e prticas culturais com recurso a manuais que podem
dar informaes sobre tcnicas mais adequadas para cada cultura, e tambm ao uso de
um caderno de registos onde sero registados os processos associados produo [6];

Mobilizao do solo para o arejar e facilitar a infiltrao da gua e a atividade


biolgica e ainda a penetrao das razes [6];

50
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Densidade de sementeira ou de plantao, isto , ter em conta as distncias


mnimas entre linhas e entre plantas na linha para facilitar o desenvolvimento de cada
uma [6];

Controlo de infestantes recorrendo cobertura do solo com tela [6];

Rega gota-a-gota de modo a evitar desperdcios de gua [6].

8.4 Descrio do processo produtivo (metodologia)

Antes de proceder-se sementeira ou plantao das cultivares necessrio preparar os


terrenos: limpar a rea, adubao verde, correo mineral (com calcrio) e construo de
camalhes que so cobertos com tela. Concluda a preparao dos terrenos pode iniciar-se a
plantao das plantas selecionadas, que correspondem a 16 espcies (anexos V e VI). A
seleco das espcies est relacionada com a procura dos mercados, sendo que o alecrim,
alfazema, camomila, lcia-lima, hortel-pimenta e milfurada5 so as espcies com maior procura
tanto a nvel nacional como internacional garantindo escoamento total do produto, as restantes
espcies produzidas apesar de terem menor procura serviro para diversificar a oferta. Quando
estas estiverem suficientemente desenvolvidas (varia de espcie para espcie) procede-se
colheita6 das suas folhas e/ou captulos florais devendo ter-se o cuidado para no colher partes
doentes ou deformadas. Limpam-se e a partir daqui separa-se parte da colheita para secagem
artificial7 (com secador) e outra parte para produo de leos essenciais. Na figura 9 so
descritas todas as etapas.

5
A informao sobre as espcies mais procuradas foi fornecida por empresas de produo de PAMs
6
A colheita deve ser feita com tempo seco, sem orvalho, geralmente considera-se que a melhor hora pela manha, depois do orvalho
secar[29].
7
Secagem artificial com secador consiste em colocar o material sob ventilao a uma temperatura prxima de 25C. O material a secar
espalhado em tabuleiros com fundo em rede permitindo a circulao de ar [29].

51
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Preparar Colher
Semear/plantar
terrenos PAMs

Extrair leo Secar


essencial PAMs
.

Figura 10: Etapas envolvidas na produo

8.5 Poltica de aprovisionamento

Pretende-se estabelecer contratos com clientes internacionais (Frana e Alemanha) para


exportao e com distribuidores nacionais para escoamento de cerca de 55% de PAMs a granel,
portanto grande parte da produo ser imediatamente encaminhada, armazenando 10% para
uma eventual necessidade do mercado, durante 6 meses. Os restantes 35% de plantas
destinam-se produo de leos essenciais e para venda em embalagens de 50 g

8.6 Infraestruturas

As infraestruturas devem estar bem organizadas no sentido de facilitar a logstica de todas as


operaes associadas. Deste modo foi contratada uma empresa para proceder ao desenho e
oramento das mesmas. As infraestruturas necessrias para este projeto correspondem a um
armazm com uma rea total de 120 m2, o qual ser repartido em diferentes divises.

52
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Legenda
a Receo de plantas
b Laboratrio
c Escritrio
d Balnerios
e Armazm

Figura 11: Planta do armazm. rea 120 m 2

8.7 Segurana, higiene e sade no trabalho

As condies oferecidas nas instalaes de trabalho tem vindo a adquirir grande importncia,
no s porque esta uma forma de aumentar a produtividade, mas principalmente porque
uma forma de reduzir potenciais riscos que possam colocar em causa a segurana fsica e
mental dos trabalhadores. Para tal so utlizadas as medidas para a Segurana, Higiene e Sade
no Trabalho (SHST) descritas no regime jurdico da promoo da segurana e sade no trabalho,
legislado pela lei n 102/2009 [30]. Alm da aplicao deste regulamento, todas as empresas
que trabalham no setor alimentar e que incluem qualquer uma das fases de produo,
transformao, armazenagem e/ou distribuio, tm de obedecer ao sistema Hazard Analysis of
Critical Control Points (HACCP) [30].

8.8 Desenvolvimento sustentvel

Cada vez mais importante que as indstrias tenham um plano para a gesto dos seus resduos
de maneira a minimizar qualquer impacto ambiental. Uma vez que o Canteiro do Minho uma
empresa direcionada para a proteo ambiental, faz todo o sentido reutilizar os desperdcios

53
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

provocados e ainda ajudar outras entidades no tratamento dos seus resduos. Desta forma,
pretende fazer-se compostagem8, utilizando matria vegetal para fertilizar o solo. Esta estratgia
para a reutilizao de materiais, alm de benficas para o ambiente diminuem custos
associados ao desenvolvimento dos produtos.

8
Compostagem - processo biolgico de tratamento dos resduos orgnicos, atravs do qual estes so transformados, pela ao de
microrganismos, em material estabilizado e til na preparao de corretivos orgnicos do solo e de substratos para as culturas [6].

54
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

9. Organizao e gesto

9.1 Experincia do promotor/ responsvel

A promotora do projeto uma aluna da Universidade do Minho com frequncia no mestrado em


Biotecnologia e Bioempreendedorismo em PAMs, licenciada em Biologia com especializao
na rea de Gesto.

Esta ideia surgiu a partir de um plano de negcios, realizado para avaliao na disciplina de
Bioempreendedorismo, desenvolvendo um especial interesse pela produo de PAMs em modo
biolgico.

O cargo ocupado pela promotora principal gerente, ficando encarregue da gesto e restantes
reas envolvidas na explorao da empresa.

9.2 Especializao funcional da organizao

55
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

9.3 Mapa de reas funcionais estruturais e operacionais

reas funcionais Tipos de aces


Direco Geral e Administrativa Estruturao de servios
Gesto e planeamento estratgico
Desenvolvimento de normas e procedimentos

Departamento de Comercial Gesto comercial


Vendas e servio ps venda
Acompanhamento dos clientes

Departamento financeiro Controlo financeiro

Departamento de compras Compra de materiais

Departamento tcnico Produo


Embalagem
Departamento recursos humanos Contratao de pessoal

9.4 Processo de deciso

Os processos de deciso so da responsabilidade do promotor.

9.5 Sistemas e tecnologia da informao

Criao de uma base de dados com informaes dos clientes e dos produtos/servios
disponibilizadas para utilizao da empresa. Elaborao de um site com informaes sobre a
empresa, produtos e servios, podendo os clientes realizar compras e reservas online.

9.6 Organizao contabilstica

Para realizar a organizao contabilstica ser contratada uma empresa externa, a qual ser
responsvel pela organizao de contas, lanamentos contabilsticos, planeamento fiscal e
consultadoria jurdica.

56
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

9.7 Certificaes a obter

Para iniciar-se uma produo em modo biolgico tem de cumprir-se o Regulamento (CE) n
967/2008 que entrou em vigor a 29 de Setembro de 2008 (anexo VII), no qual esto
especificadas regras a respeitar relativamente produo biolgica e rotulagem dos produtos
biolgicos. Este novo regulamento revoga o Regulamento 834/2007 do Concelho de 28 de
Junho de 2007 que veio substituir o anterior, o Regulamento (CEE) n 2092/91, sendo-lhe
acrescentadas normas como a vinificao, aquicultura, produo de algas marinhas e colheita
de plantas silvestres. Alm dos regulamentos acima mencionados, necessrio fazer um
contrato de controlo e certificao com uma entidade de certificao, a qual ser obtida atravs
da empresa ECOCERT, para certificar os terrenos prprios para produo em modo biolgico, e
a qual ir realizar inspees peridicas, do solo e produtos verificando se esto em
conformidade. Ainda notificar a Direo Geral do Desenvolvimento Rural (DGDR) e o
Departamento de Planeamento e Politicas (GPP) antes de iniciar atividade.

57
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

10. Marketing Mix

10.1 Poltica do produto/ servios

Este plano de negcios baseia-se no cultivo e transformao de PAMs para utilizao diversa:
preparao de infuses, culinria, extrao de leos essenciais, investigao cientfica, indstria
farmacutica e cosmtica. As plantas sero certificadas com produo biolgica, assegurando ao
consumidor um produto de alta qualidade e seguro para consumo. Alm desta certificao, os
produtos embalados para preparao de infuses e os leos essenciais tero selos de qualidade
europeus DOP e IGP, diferenciando-os dos restantes produtos e assim estabelecer vantagem
competitiva.

Vo ser produzidas dezasseis espcies de PAMs, com destaque para o alecrim, alfazema,
camomila, lcia-lima, hortel-pimenta, milfurada e hiperico-do-Gers, que pelo facto de terem
maior procura comercial (o hiperico-do-Gers apenas para comrcio nacional), sero cultivadas
em reas maiores. Em informaes recolhidas junto de Spas apurou-se que os leos essenciais
mais procurados so os de alecrim, alfazema, camomila, hortel-pimenta e lcia-lima. Deste
modo, aps cultivo e colheita de plantas destas espcies proceder se ao isolamento dos
respectivos leos essenciais e sua venda para Spas. As restantes espcies serviro para
diversificar a oferta.

A partir das PAMS iro desenvolver-se diferentes produtos: PAMs em estado seco para venda a
granel e em embalagens de 50 g e leos essenciais. As PAMs em embalagens, e os leos
essenciais sero comercializados com o rtulo Canteiro do Minho para divulgao da marca em
ponto de venda no prprio local de produo e para distribuidores.

59
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

10.1.1 Produtos

Os produtos principais so ervas aromticas e medicinais no estado seco, que sero


disponibilizadas no mercado para distribuio a granel, embaladas em sacos papel e em latas
de metal em volumes de 50 g.
Sero desenvolvidas duas linhas de produtos:

Produto Top produtos com relao qualidade/ preo excelente, onde esto includos:

PAMs no estado seco, embaladas em sacos de papel, disponveis em


quantidades 50 g. E plantas a granel para venda a distribuidores e indstria.

leos essenciais extrados das PAMs, comercializados em frascos de vidro


opaco de 20 ml.

Produto Premium - PAMs no estado seco, embaladas em latas de alumnio disponveis


em quantidades de 50 g, garantindo uma boa preservao do produto. Com possibilidade
de ser reutilizada (p.e. como recargas das embalagens de papel). Estas embalagens tm
como principal destino lojas de produtos Gourmet e mercearias finas.

10.1.2 Servios

Os servios que se pretendem prestar so nomeadamente visitas guiadas s instalaes, onde


os visitantes podem ver todas as etapas envolvidas desde a plantao at ao embalamento das
PAMs; um outro servio que se pretende prestar oferecer estgios tcnicos. Pretende-se criar
uma pgina na internet onde potenciais clientes podem encontrar todas as informaes sobre os
produtos/servios e onde podem colocar questes e efetuar compras online.

60
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

10.1.3 Embalagem, acondicionamento e rotulagem

Os produtos obtidos em AB tm de ser embalados segundo normas legais. Assim as embalagens


adotadas pelo Canteiro do Minho para as PAMs sero em papel ou em embalagens de alumnio,
e os leos sero armazenados em frascos de vidro escuro. A seleo destes materiais deve-se s
condies de armazenamento que conferem aos produtos, protegendo-os das temperaturas,
poeiras, humidade e luz (lata de alumnio e frascos de vidro escuro) conservando as
propriedades das plantas e leos por mais tempo.

A rotulagem ser composta pelo logtipo do Canteiro do Minho, e pelo rtulo criado pela
Comisso Europeia para a identificao de produtos obtidos em modo de produo biolgica
(Fig.12a), e ainda os selos oficiais de qualidade europeus, DOP (Fig. 12b) e IGP (Fig.12c).

(a) (b) (c)

Figura 12: Logtipo e selos europeus usados na identificao de produtos com qualidade ambiental.
Produto com certificao de origem biolgica (a); Denominao de Origem Protegida (b); Indicao
de Origem Protegida (c).

10.2 Preo

Os produtos de origem biolgica so percebidos pelos clientes como produtos de elevada


qualidade sendo-lhes atribudo um valor superior, comparativamente aos restantes produtos
produzidos em modo convencional. Com base num inqurito realizado na cidade de Braga
relativo ao consumo de produtos biolgicos, verificou-se que de facto as pessoas apercebem-se
que estes produtos tm um valor superior estando dispostos a pagar at mais 10% relativamente
a outros produtos que no biolgicos (anexo III).
As PAMs produzidas nesta empresa alm de possurem certificao de produto biolgico tm
ainda certificao de DOP e IGP, reforando a sua qualidade e valor. Estas caractersticas so

61
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

uma vantagem na determinao do preo, no sentido em que os clientes cada vez mais
exigentes (nomeadamente as industrias farmacuticas) podem confiar na qualidade do produto
que est a adquirir.

Os preos praticados nas plantas granel tiveram como orientao os preos praticados pela
concorrncia no sentido de estudar quais os seus preos. A partir daqui, para este produto
estipulou-se o preo de 20 euros o quilo.

Os restantes produtos sero vendidos com a marca Canteiro do Minho, em cujo preo final sero
acrescido os custos associados (embalagem, rtulo, mo de obra). Assim os preos (com IVA)
para cada produto so:

Embalagens papel (50g) 5


leos essenciais 10.45
Produto Premium 9.96

10.3 Distribuio

Pretende colocar-se os produtos Canteiro do Minho num ponto de venda no prprio local de
produo, e atravs de um distribuidor exportar e vender para outros pontos de venda (figura
11).

Distribuidor

Lojas Gourmet e de
Indstria
Ervanrias produtos
farmacutica
tradicionais

Figura 13: Locais de distribuio dos produtos.

62
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

10.4 Promoo

A estratgia de promoo direciona-se principalmente para empresas de distribuio, indstria


farmacutica, cosmtica e centros de investigao. Para estabelecer ligaes com estes
parceiros sero realizados contatos telefnicos e diretos.

Outras formas de divulgao que sero adotados sero a Internet, atravs da criao de uma
pgina com todos os produtos e princpios da empresa, blogue, e sites sociais como Facebook e
Twitter. Contar com o apoio da AGROBIO e da BioAtlntico, para publicitar os produtos em
feiras. E ainda apostar no contato direto com pessoas que vm participar nos workshops e em
outras atividades, e que assim proporcionam uma oportunidade para promoo direta dos
produtos.

63
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

11. Riscos do negcio

11.1 Analise SWOT

Pontos fortes Pontos fracos


Qualificao do promotor Inexperincia do promotor
Parceria com universidade e com empresas da rea Preos elevados dos produtos
para resoluo de problemas concretos do setor Necessidade de elevada mo-de-obra
Condies edafo-climaticas favorveis
Proximidade fsica dos mercados
Servio de apoio ao cliente
Responsabilidade ambiental da empresa
Produtos certificados e com selos de qualidade
europeus
Valorizao de produtos artesanais

Oportunidades Ameaas
Existncia de um mercado nacional e internacional Crescimento da oferta de novas empresas e pases
produtores
Simpatia e interesse crescente pelo MPB Falta de documentos tcnicos
Setor com oportunidades de emprego Presso exercida pelos produtores convencionais
Disponibilidade de apoios financeiros Comercio interno dificultado pela existncia de vrias
Preservao de variedades auttones normas nacionais e privadas
Crise econmica
Valorizao de produtos nacionais

11.2 Modelo das 5 foras de Porter

11.2.1 Ameaas de novas entradas

O mercado da produo de PAMs em modo biolgico em Portugal est a dar os primeiros


passos. Porm a procura por este tipo de produtos e incentivos oferecidos para apostar nesta
rea de negcios, tem atrado possveis investidores. A crise econmica atual tem vindo tambm
a estimular jovens e desempregados a criarem o seu prprio negcio, aumentando assim a
probabilidade de novos investidores.

65
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

11.2.2 Ameaas de produtos substitutos

Os produtos que podem constituir ameaa so todos aqueles que podem de alguma forma
substituir os desta empresa, como por exemplo outros chs, cosmticos, medicamentos naturais
e/ou sintticos, que se adquirem em superfcies comerciais ou noutros locais. Podendo dificultar
a entrada destes novos produtos no mercado, pelo facto de j estarem enraizados nos
costumes e quotidiano das pessoas. Os produtores de PAMs no modo convencional podem
colocar os seus produtos nos mesmos locais, criando confuso nos consumidores que no
sabem identificar correctamente produtos de AB.

11.2.3 Rivalidade entre concorrentes

Apesar de existirem ainda poucos produtores a nvel nacional de PAMs em modo biolgico, este
j um mercado competitivo a nvel internacional. Exploraes existentes noutros pases que
produzem grandes quantidades de determinadas espcies levam ao deflacionamento dos
preos. Aps pesquisas efectuadas in loco verificou-se que na regio norte existem poucos
produtores de PAMs em modo biolgico no Havendo ameaas de rivalizao, sendo necessrio
juntar a produo dos vrios produtores para conseguir fazer face s encomendas externas.

11.2.4 Poder negocial dos clientes

Uma das estratgias para no sofrer presso negocial alargar a carteira de clientes. Assim os
principais clientes indstria farmacutica, cosmtica e de investigao e ainda distribuidores
responsveis pela colocao dos produtos em vrios pontos de venda. Sendo os clientes
exigentes na qualidade do produto tm uma garantia que estes correspondem as suas
necessidades preferindo-o em detrimento de outros independentemente do seu preo.

66
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

11.2.5 Poder negocial dos fornecedores

Foram encontrados fornecedores que oferecem o mesmo produto e a mesma qualidade


permitindo alargar a lista de fornecedores. Desta forma o seu poder de negociao no forte
possibilitando negociaes entre ambas as partes.

67
12. Cronograma

69
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

13. Plano financeiro

13.1 Pressupostos gerais

O plano financeiro foi desenvolvido para um horizonte temporal de 6 anos, com data prevista para
iniciar em Julho de 2012. O incio da atividade tem esta data prevista pelo facto, de a poca das
sementeiras e plantaes serem em setembro. Assim nos 2 meses antes proceder-se- contratao
de mo-de-obra, preparao dos terrenos, construo da estufa e do armazm, sendo em 2013 que se
iniciar a comercializao dos produtos.

Os resultados tm em conta a taxa de IVA em vigor, 23%.

13.2 Volume de negcios

O volume de negcios para o mercado nacional resulta do crescimento esperado dos produtos
vendidos pela empresa. Assim sendo, as vendas esperadas por ms para cada produto so: 4500
unidades de PAMs em sacos de papel, 2000 em lata, 2500 frascos de 20 ml de leos essenciais e
4000 kg de PAMs a granel.

A percentagem de venda dos produtos Top de 35% (20 % PAMs em embalagem de papel e 15 %
leos essenciais), para o produto Gourmet 10 %, a maior percentagem de vendas corresponde ao
produto para venda a granel 55%.

Os servios disponibilizados correspondem a vendas online, as quais prev-se realizar 500 a um custo
de 15 , com despesas de envio includas, workshops (oito wokshops com dez pessoas no valor de 30
) e realizar dez visitas guiadas explorao em grupos de cinco pessoas no valor de 15 ).

Pode ver-se no quadro abaixo o crescimento das vendas e servios ao longo dos 6 anos.

71
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

VENDAS - MERCADO NACIONAL 2012 2013 2014 2015 2016 2017


PAMs-50g saco 0 18.450 21.284 24.553 28.324 32.675

Quantidades vendidas 4.500 5.040 5.645 6.322 7.081

Taxa de crescimento das unidades vendidas 15,00% 12,00% 12,00% 12,00% 12,00%

Preo Unitrio 4,10 4,22 4,35 4,48 4,61

PAMs-50g lata 0 16.200 18.188 20.419 22.925 25.738

Quantidades vendidas 2.000 2.180 2.376 2.590 2.823

Taxa de crescimento das unidades vendidas [10],00% 9,00% 9,00% 9,00% 9,00%

Preo Unitrio 8,10 8,34 8,59 8,85 9,12

leos essenciais-20ml 0 21.250 25.171 29.815 35.315 41.831

Quantidades vendidas 2.500 2.875 3.306 3.802 4.373

Taxa de crescimento das unidades vendidas 20,00% 15,00% 15,00% 15,00% 15,00%

Preo Unitrio 8,50 8,76 9,02 9,29 9,57

TOTAL 0 55.900 64.642 74.787 86.565 100.244

VENDAS - EXPORTAO 2012 2013 2014 2015 2016 2017


PAMs Granel 0 77.000 95.172 [10]7.830 116.618 126.122

Quantidades vendidas 4.000 4.800 5.280 5.544 5.821

Taxa de crescimento das unidades vendidas 30,00% 20,00% 10,00% 5,00% 5,00%

Preo Unitrio 19,25 19,83 20,42 21,03 21,67

TOTAL 0 77.000 95.172 107.830 116.618 126.122

PRESTAES DE SERVIOS - MERCADO NACIONAL 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Vendas online 7.500 7.875 8.190 8.477 8.773

Taxa de crescimento 5,00% 5,00% 4,00% 3,50% 3,50%

Workshops 2.400 2.520 2.621 2.726 2.835

Taxa de crescimento 5,00% 5,00% 4,00% 4,00% 4,00%

Visitas guiadas 750 788 819 852 886

Taxa de crescimento 5,00% 5,00% 4,00% 4,00% 4,00%

TOTAL 0 10.650 11.183 11.630 12.054 12.494

TOTAL VENDAS - MERCADO NACIONAL 0 55.900 64.642 74.787 86.565 100.244


TOTAL VENDAS - EXPORTAES 0 77.000 95.172 107.830 116.618 126.122
TOTAL VENDAS 0 132.900 159.814 182.617 203.183 226.366
IVA VENDAS 23% 0 12.857 14.868 17.201 19.910 23.056

TOTAL PRESTAES DE SERVIOS - MERCADO NACIONAL 0 10.650 11.183 11.630 12.054 12.494
TOTAL PRESTAES DE SERVIOS - EXPORTAES 0 0 0 0 0 0
TOTAL PRESTAES SERVIOS 0 10.650 11.183 11.630 12.054 12.494
IVA PRESTAES DE SERVIOS 23% 0 2.450 2.572 2.675 2.772 2.874

TOTAL VOLUME DE NEGCIOS 0 143.550 170.997 194.247 215.237 238.860

IVA 0 15.307 17.440 19.876 22.682 25.930

TOTAL VOLUME DE NEGCIOS + IVA 0 158.857 188.436 214.123 237.919 264.790

72
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

13.3 FSE Fornecimentos e servios externos

No quadro abaixo esto representados todos gastos com os fornecimentos e servios externos que a
empresa ter.

Os trabalhos especializados correspondem contratao de uma empresa externa com alfaias


agrcolas (para proceder a limpeza e preparao dos terrenos), e de um tcnico oficial de contas
responsvel pela contabilidade da empresa.

Os honorrios tm maior representatividade uma vez que a empresa ter de contratar 3 pessoas
durante as pocas de colheita. Este perodo corresponde a seis meses (maro - setembro).

2012 2013 2014 2015 2016 2017


N Meses 6 12 12 12 12 12
Taxa de crescimento 3,00% 3,00% 3,00% 3,00% 3,00%

Tx Valor
IVA CF CV Mensal 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Servios especializados
Trabalhos especializados 20% 60% 40% 185,00 1.110,00 2.286,60 2.355,20 2.425,85 2.498,63 2.573,59
100
3.744,00 7.712,64 7.944,02 8.182,34 8.427,81 8.680,64
Honorrios 20% % 624,00
100
120,00 247,20 254,62 262,25 270,12 278,23
Conservao e reparao 20% % 20,00
Materiais
Livros e documentao 100
120,00 247,20 254,62 262,25 270,12 278,23
tcnica 20% % 20,00
100
150,00 309,00 318,27 327,82 337,65 347,78
Material de escritrio 20% % 25,00
Energia e fluidos
100
2.700,00 5.562,00 5.728,86 5.900,73 6.077,75 6.260,08
Electricidade 20% % 450,00
Servios diversos
100
1.800,00 3.708,00 3.819,24 3.933,82 4.051,83 4.173,39
Rendas e alugueres 20% % 300,00
100
149,94 308,88 318,14 327,69 337,52 347,64
Comunicao 20% % 24,99
100
330,00 679,80 700,19 721,20 742,84 765,12
Seguros 9
% 55,00
100
60,00 123,60 127,31 131,13 135,06 139,11
Contencioso e notariado 20% % 10,00
Despesas de 100
900,00 1.854,00 1.909,62 1.966,91 2.025,92 2.086,69
representao 20% % 150,00
Limpeza, higiene e 100
120,00 247,20 254,62 262,25 270,12 278,23
conforto 20% % 20,00
100
106,62 219,64 226,23 233,01 240,00 247,20
Outros servios10
20% % 17,77
11.410,5 23.505,7 24.937,2 25.685,3 26.455,9
TOTAL FSE 6 5 24.210,93 5 7 3

Anexo VIII - simulao de seguro para infraestrturas.


9

Anexo IX - Oramento Ecocert.


10

73
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

11.754,2 12.470,0 12.844,1 13.229,5


FSE - Custos Fixos 5.705,94 12.106,86
4 7 7 0

11.751,5 12.[10]4,0 12.467,1 12.841,2 13.226,4


FSE - Custos Variveis 5.704,62
2 6 8 0 4

11.410,5 23.505,7 24.937,2 25.685,3 26.455,9


TOTAL FSE 24.210,93
6 5 5 7 3

IVA 1.642,79 3.384,14 3.485,67 3.590,24 3.697,94 3.808,88

13.053,3 26.889,9 28.527,4 29.383,3 30.264,8


FSE + IVA 27.696,59
5 0 9 2 2

13.4 Investimento

Os valores apresentados nos investimentos tm por base os oramentos de empresas de construo e


fornecedores de materiais, sendo necessrio um investimento de 60.375 .

Os gastos em edifcios e construes correspondem s construes de uma estufa com 160 m 2 (anexo
X), de um armazm de 120 m2 (anexo XI) e custos com a instalao do sistema de rega.

O equipamento bsico corresponde a ferramentas e utenslios necessrios para a manuteno dos


terrenos e cultivares e tambm para a produo (anexo XII).

Consideraram-se as plantas como equipamento biolgico, uma vez que so a matria-prima


fundamental deste negcio e permanecero no terreno por mais de um ano.

Considera-se necessrio realizar, de 3 em 3 anos, um investimento na manuteno da estufa e dos


terrenos.

Investimento por ano 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Activos fixos tangveis
Edifcios e Outras Construes 36.439 654
Equipamento Bsico 1.469 1.500
Equipamento Administrativo 792
Equipamentos biolgicos 21.575
Total Activos Fixos Tangveis 60.275 2.154
Activos Intangveis

74
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Programas de computador 100


Total Activos Intangveis 100
Total Investimento 60.375 2.154

IVA 23% 520 345

Valores Acumulados 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Activos fixos tangveis
Edifcios e Outras Construes 36.439 36.439 36.439 37.093 37.093 37.093
Equipamento Bsico 1.469 1.469 1.469 2.969 2.969 2.969
Equipamento Administrativo 792 792 792 792 792 792
Equipamentos biolgicos 21.575 21.575 21.575 21.575 21.575 21.575
Total Activos Fixos Tangveis 60.275 60.275 60.275 62.429 62.429 62.429
Activos Intangveis
Programas de computador 100 100 100 100 100 100
Total Activos Intangveis 100 100 100 100 100 100
Total 60.375 60.375 60.375 62.529 62.529 62.529

Taxas de Depreciaes e amortizaes


Propriedades de investimento
Edifcios e Outras construes 2,00%
Outras propriedades de investimento 10,00%
Activos fixos tangveis
Edifcios e Outras Construes 2,00%
Equipamento Bsico 20,00%
Equipamento de Transporte 25,00%
Equipamento Administrativo 25,00%
Equipamentos biolgicos 25,00%
Outros activos fixos tangveis 25,00%
Activos Intangveis
Projectos de desenvolvimento 33,333%
Programas de computador 33,333%
Propriedade industrial 33,333%
Outros activos intangveis 33,333%

Depreciaes e amortizaes 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Total Depreciaes & Amortizaes 6.648 6.648 6.648 6.927 1.336 1.042

Depreciaes & Amortizaes acumuladas 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Activos fixos tangveis 6.614 13.229 19.843 26.770 28.106 29.148
Activos Intangveis 33 67 100 100 100 100
TOTAL 6.648 13.295 19.943 26.870 28.206 29.248

75
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Valores Balano 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Activos fixos tangveis 53.661 47.046 40.432 35.659 34.323 33.281
Activos Intangveis 67 33
TOTAL 53.727 47.080 40.432 35.659 34.323 33.281

13.5 Financiamento

O financiamento necessrio para este projeto so 67.705 , parte do qual vir do capital prprio
investido 30.000 e 40.623 sero obtidos atravs do apoio ao investimento pela PRODER a qual
financia 60% a fundo perdido.

2012 2013 2014 2015 2016 2017


Investimento 67.705 17.579 3.525 5.176 2.531 2.948
Margem de segurana 2% 2% 2% 2% 2% 2%
Necessidades de financiamento 69.100 17.900 3.600 5.300 2.600 3.000

Fontes de Financiamento 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Meios Libertos 22.750 33.819 42.924 49.456 58.411
Capital 30.000
Subsdios 40.623
TOTAL 70.623 22.750 33.819 42.924 49.456 58.411

13.6 Demonstrao de resultados

No primeiro ano os resultados so negativos devido aos fortes investimentos realizados, mas a partir de
2013 os resultados no final de cada perodo so positivos, atingindo no ltimo ano um resultado de
51,028 .

Os subsdios explorao so provenientes de apoio anual, por Ha, diferenciada em funo do modo
de produo e tipo de cultura, financiado pelo PRODER, correspondendo a um apoio anual de 900.

2012 2013 2014 2015 2016 2017


Vendas e servios prestados 143.550 170.997 194.247 215.237 238.860
Subsdios Explorao 900 900 900 900 900
CMVMC 57.575 68.977 78.828 87.894 98.132
Fornecimento e servios externos 11.411 23.506 24.211 24.937 25.685 26.456
Gastos com o pessoal 19.874 41.851 43.107 44.400 45.732 47.104

76
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

EBITDA (Resultado antes de depreciaes, gastos de financiamento e impostos) -31.285 21.518 35.602 46.981 56.825 68.067

Gastos/reverses de depreciao e amortizao 6.648 6.648 6.648 6.927 1.336 1.042


EBIT (Resultado Operacional) -37.932 14.870 28.955 40.054 55.490 67.026
Juros e rendimentos similares obtidos 38 331 646 1.011
Juros e gastos similares suportados 2.005 1.767
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS -39.937 13.103 28.993 40.384 56.135 68.037

Imposto sobre o rendimento do perodo 540 [10].096 14.034 17.009


RESULTADO LQUIDO DO PERODO -39.937 13.103 28.453 30.288 42.102 51.028

13.7 Mapa de cash flow

Atravs deste mapa podem analisar-se os fundos lquidos gerados pela atividade da explorao. Deste
modo verifica-se que o cash flow de explorao negativo at 2015 devido aos investimentos
efectuados. O free cash flow revela a capacidade do negcio gerar capital aumentando assim o seu
valor, ficando positivo em 2013.

2012 2013 2014 2015 2016 2017


Meios Libertos do Projecto
Resultados Operacionais (EBIT) x (1-IRC) -28.449 11.153 21.716 30.040 41.617 50.269
Depreciaes e amortizaes 6.648 6.648 6.648 6.927 1.336 1.042
-21.801 17.800 28.364 36.968 42.953 51.311

Investim./Desinvest. em Fundo Maneio


Fundo de Maneio -7.330 -16.155 -3.379 -2.878 -2.374 -2.777

CASH FLOW de Explorao -29.132 1.645 24.984 34.089 40.579 48.534

Investim./Desinvest. em Capital Fixo


Capital Fixo -60.375 -2.154

Free cash-flow -89.507 1.645 24.984 31.935 40.579 48.534

CASH FLOW acumulado -89.507 -87.862 -62.878 -30.942 9.637 58.171

77
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

13.8 Balano

A situao patrimonial da empresa positiva, como se pode observar no quadro. O activo vai
aumentando ao longo do exerccio, sendo sempre superior ao valor do passivo evidenciando a
capacidade da empresa para satisfazer os seus compromissos.

2012 2013 2014 2015 2016 2017


ACTIVO
Activo No Corrente 53.727 47.080 40.432 35.659 34.323 33.281
Activos fixos tangveis 53.661 47.046 40.432 35.659 34.323 33.281
Activos Intangveis 67 33

Activo corrente 10.000 41.274 52.639 99.481 149.204 206.804


Inventrios 4.798 5.748 6.569 7.324 8.178
Clientes 26.476 31.406 35.687 39.653 44.132
Caixa e depsitos bancrios 10.000 10.000 15.485 57.225 102.226 154.494
TOTAL ACTIVO 63.727 88.354 93.071 135.140 183.527 240.085

CAPITAL PRPRIO
Capital realizado 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000
Reservas -39.937 -26.834 1.619 31.908 74.009
Outras variaes no capital prprio 40.623 40.623 40.623 40.623 40.623 40.623
Resultado lquido do perodo -39.937 13.103 28.453 30.288 42.102 51.028
TOTAL DO CAPITAL PRPRIO 30.686 43.789 72.242 102.531 144.632 195.660

PASSIVO

Passivo corrente 33.041 44.564 20.829 32.609 38.894 44.425


Fornecedores 2.176 15.104 17.297 19.261 21.127 23.227
Estado e Outros Entes Pblicos 494 2.685 3.532 13.348 17.767 21.197
Financiamentos Obtidos 30.371 26.776

TOTAL PASSIVO 33.041 44.564 20.829 32.609 38.894 44.425

TOTAL PASSIVO + CAPITAIS PRPRIOS 63.727 88.354 93.071 135.140 183.527 240.085

13.9 Avaliao

A avaliao do projeto revela que este um negcio economicamente vivel, uma vez qua apresenta
um valor actual lquido de 240,474 , remunerando o investidor com 44,77 % de taxa interna de
rendibilidade e payback ao fim de cinco anos de exerccio da atividade.

78
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Na perspectiva do Projecto 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Free Cash Flow to Firm -89.507 1.645 24.984 31.935 40.579 48.534 451.592

WACC 8,50% 11,65% 11,70% 11,75% 11,80% 11,85% 11,85%


Factor de actualizao 1 1,116 1,247 1,394 1,558 1,743 1,949

Fluxos actualizados -89.507 1.473 20.034 22.916 26.045 27.849 231.663

-89.507 -88.033 -67.999 -45.083 -19.038 8.811 240.474

Valor Actual Lquido (VAL) 240.474

#NM! -98% -46% -15% 3% 15% 45%

Taxa Interna de Rentibilidade 44,77%

Pay Back period 5 Anos

79
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

14 Concluso

Durante a realizao deste plano constatou-se que este um setor com potencial, estando agora a
surgir interesse por parte do estado e de outras entidades no seu investimento, que aqui veem uma
oportunidade de negcio e de valorizao das qualidades territoriais. A situao econmica actual do
pas tem vindo a estimular a criao do prprio emprego como forma de desenvolvimento e criao de
postos de trabalho contribuindo para o crescimento econmico, sendo portanto, esta uma rea que
pode trazer benefcios econmicos para o pas.

A procura de tratamentos menos evasivos faz com que haja uma maior procura de medicamentos e
terapias base de plantas. Despertando o interesse de centros de I&D e universidades para o
desenvolvimento de estudos sobre compostos ativos das plantas, criando assim novos frmacos.
Verifica-se tambm uma crescente consciencializao dos perigos da agricultura convencional,
responsvel pelo envenenamento no s dos alimentos mas ainda do ambiente, levando os
consumidores na busca de alimentos saudveis e em que cujo processo de produo so minimizados
os riscos ambientais.

Como existem poucos estudos sobre o mercado de PAMs, teve-se como principal apoio informaes
referentes agricultura biolgica.

Os produtos disponibilizados pelo Canteiro do Minho esto divididos em duas gamas: produtos Top
(Plantas a granel, em embalagens papel de 50 g e leos essenciais) e Premium (latas de 50 g) para a
distribuio no mercado nacional e internacional.

A forma jurdica adoptada pela empresa sociedade unipessoal com capital social de 30.000 com
instalaes em Vieira do Minho.

O investimento total ser de 67.705 , e 10.000 em fundo de maneio. O negcio mostra-se vivel
tendo um VAL de 240,474 e remunerando o promotor a uma TIR de 44,77 %.

81
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

15 Referncias bibliogrficas:

[1] Acedido a 2/09/10 em URL:


http://www.gep.mtss.gov.pt/destaques/caerev3_notasexplicativas.pdf

[2] Lipp, Frank J., (1996). O simbolismo das plantas-cura e Harmonia, simbolismo, rituais e tradies
no oriente e no ocidente. Duncan Baird Publishers.

[3] Rezende, H.A.,; Monteiro, M.I., Cocco, (2002). A utilizao de fitoterapia no cotidiano de uma
populao rural. Rev. esc. enferm. USP 36(3): 282-8.

[4] Craker, E., (2007). Medicinal and Aromatic PlantsFuture Opportunities. Reprinted from: Issues
in new crops and new uses ASHS Press, Alexandria, VA.

[5] Cunha, A.P., Roque, O.R., Gaspar, N., (2011). Cultura e utilizao das plantas medicinais e
aromticas. Fundao Calouste Gulbenkian- servio de educao e bolsas.

[6] Mouro, I. M., (2007). Manual de Horticultura no Modo de Produo Biolgico. Escola Superior
Agrria de Ponte de Lima/IPVC Refios, 4990-706 Ponte de Lima.

[7] Rodrigues, R.J., (2010). Agricultura biolgica. Escola superior Agraria de Ponte de Lima IPVC.

[8] Acedido em 10/02/2012 em URL: www.agrosoft.org.br

[9] D., Amlcar, dHoop, Q., Fernandes, M.M., Miguel, M., Marreiros, A., (2008). A agricultura
biolgica e a qualidade dos alimentos. Universidade do Algarve,CDCTPV/FERN, Campus de Gambelas
8005-139 Faro. Direco Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Pataco, 8000 Faro.

[10] Neto, F.C., Dias, C. Plantas aromticas, medicinais e condimentares - Terra quente
Transmontana. Acedido em 3/09/10 em URL:

83
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

http://www.drapn.min-agricultura.pt/drapn/cen_documentos/fil_docum/Terraquente_Transmont.pdf.

[11] (2002) A Guide to the European Market for Medicinal and Aromatic Plants and Extracts. Acedido
a 21/09/11 em URL:
http://books.google.pt/books?id=fgt80RORi8UC&pg=PA8&lpg=PA8&dq=medicinal+herbs+european+m
arket&source=bl&ots=T8qKnqBn9c&sig=Xtd2pGcBj2i4T7vQwXRjpOJQWLY&hl=ptPT&ei=bKCPTqriE87A
8QPsugJ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CBoQ6AEwADgK#v=onepage&q=medicina
l%20herbs%20european%20market&f=false

[12] Campos, N., (2006). Aprendendo com a Me Terra Plantas medicinais, aromticas e
condimentares. Arte e Cincia Editora. So Paulo. (p. 23).

[13] Alves, L., (2008). A Agricultura biolgica para o cidado - A Comercializao e o marketing.
Acedido em 9/01/11 em URL:
http://www.lipor.pt/upload/Lipor/ficheiros/AB_Cantinho%20Aromaticas_Luis%20Alves.pdf

[14] Cristvo, A., Koehnen, T., Strecht, A., (2001). Produo agrcola biolgica (orgnica) em
Portugal: Evoluo, paradoxos e desafios. Agroecol.e Desenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, 2(4): 41.

[15] Desenvolvimento Rural - Agricultura Biolgica. Acedido 2/10/11, em URL:


http://ec.europa.eu/agriculture/organic/society-economy/rural-development_pt

[16] Plano Nacional para o Desenvolvimento da Agricultura Biolgica. Acedido em 2/10/11, em URL:
http://www.madeiradapt.com/assets/pdfs/doc1.pdf

[17] Firmino, A. (2007). Guia das exploraes biolgicas (projeto GABI). Acedido em 3/04/2011em
URL: http://www.fcsh.unl.pt/gabi/DouroMinho/DouroMinho.html

[18] Barata, A. M. Plantas aromticas e medicinais. Acedido em 13/11/10 em URL:


http://www.drapn.min-agricultura.pt/drapn/conteudos/fil_bio/Estudodecaso_PAM.pdf

[19] Barrote, I. Diviso de Produo Agrcola Agricultura Biolgica. Acedido em 3/04/2011 em


URL: http://www.drapn.min-agricultura.pt/drapn/prod_agric/fil_pdf/Caracterizao_geral.pdf

[20] Turismo Rural de Vieira do Minho. Acedido em 20/01/10 em URL:


http://www.vieiraminhoturismo.com/pt/index.php?option=com_content&task=view&id=42&Itemid=15
3
84
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

[21] Gonalves, A.J.B. Acedido em 20/01/10 em URL:


http://www.apgeo.pt/files/docs/CD_V_Congresso_APG/web/_pdf/D_7_8_15Out_Bento_Gonc_Ince
ndios.pdfhttp://www.apgeo.pt/files/docs/CD_V_Congresso_APG/web/_pdf/D_7_8_15Out_Bento_Go
nc_Incendios.pdf

[22] Mills, S., Lee, J., i Banerji, G., Pillai, S., (2008). International market prospects for sustainably
sourced medicinal and aromatic plants from India. Whitley Fund for Nature.

[23]Ladeira, M.F. Dossier - modo de produo biolgico. Acedido em 15/09/10 em URL:


http://projovem.drapc.min-agricultura.pt/base/documentos/agricultura_biologica.htm

[24] Vieira do Minho, (2011). Acedido a 1/07/ 11 em URL:


http://www.vieiradominho.pt/alojamentos.php?id_dept=22

[25] Pr-diagnstico social de Vieira do Minho. Acedido a 12/03/11 em URL:


http://www.cm-vminho.pt/files/22/2204.pdf

[26] Associao Empresarial de Portugal (2008). Expocosmtica.Acedido em 20/01/11em URL:


http://www.aeportugal.pt/Downloads/EstudosAEP/200803Expocosmetica.pdf

[27] AgroNoticias, (2002) Plantas aromticas e medicinais so oportunidade de negcio em


agricultura biolgica. Acedido em 21/10/10 em URL:
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2002/0620b.htm

[28] Instituto Nacional de Estatstica (2010). Estatsticas Agrcolas 2009. Acedido em 22/10/10 em
URL:
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=9456183
9&PUBLICACOESmodo=2

[29] Medida Agris. Manual - Programa de dinamizao introduo de/produo de plantas


aromticas e medicinais no Entre Douro e Minho. IDARN.

85
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

[30] AEP. Manual de formao pme: higiene e segurana no trabalho. Acedido em 25/04/11 em
URL:
http://pme.aeportugal.pt/Aplicacoes/Documentos/Uploads/2004-10-15_16-29-37_AEP-HIGIENE-
SEGURANCA.pdf

Sites recomendados

Anje (2005). Consultadoria. Acedido a 22/ 11/10 em URL:


http://www.anje.pt/2005/default.asp?id=39&mnu=39&ACT=5&content=166

AgroNoticias (2004). Agricultura Biolgica: mil agricultores apenas num universo de apenas 400 mil.
Acedido em 3/09/10 em URL:
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2004/04/04b.htm

Costa, M e Monteiro, I. Cultivo e secagem de algumas espcies espontneas no Algarve. Acedido em


13/01/11 em URL:
http://www.drapalg.minagricultura.pt/downloads/projetos/Projeto_Agro_800/7_Cultivo_Secagem.pdf

Proposta de PNGR (2011). Plano nacional de gesto de resduos 2011-2020. Acedido a 17/03/11 em
URL:
http://www.apambiente.pt/concursos/TGR/Documents/PNGR_2011-2020.pdf

Gabinete de Politicas e Planeamento (2011). Regulamento 834/ 2007. Acedido em 12/07/11 em


URL:
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2007:189:0001:0023:PT:PDF

Site institucional da empresa Ervital. Acedido a 22/07/11 em URL:


http://www.ervital.pt/quemsomos.aspx

Site institucional da empresa Cantinho das Aromticas. Acedido a 22/07/11 em URL:


http://www.cantinhodasaromaticas.pt/

Site institucional da empresa Vasco Pinto- produtos de agricultura biolgica. Acedido a 22/07/11 em
URL: http://www.vascopinto.com/home23

86
Plano de negcios: produo de plantas aromticas e medicinais

Site institucional da empresa Bela Luz. Acedido a 22/07/11 em URL:


http://www.tasnanet.com/catalogoBelaluz2009/catalogoBELALUZ20[10].pdf

PRODER (2007). Informaes tcnicas - alteraes de modos de produo agrcola - produo


integrada e agricultura biolgica. Acedido a 9/09/11 em URL:
http://www.segredosdocampo.com/docs/Notas.tecn1_novasAA.pdf

87
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

16 Anexos

Anexo I: Guidelines for Good Agricultural and Wild Collection Practice (GACP) of Medicinal and
Aromatic Plants.

1. General Introduction

1.1. Scope.

The guidelines for the Good Agricultural Practice of Medicinal and Aromatic (Culinary) plants are
intended to apply to the growing and primary processing practices of all such plants and their
derivatives traded and used in the European Union. Hence they apply to the production of all plant
materials utilized either in a direct or processed form for humans and/or animals. They also apply to all
methods of production including organic production in accordance with the European regulations.

1.2. The Environment.

In the course of the entire production process, in general, care should be taken to avoid environmental
disturbances. The principles of good crop husbandry must be followed including an appropriate rotation
of crops. Growers involved in the production of medicinal and aromatic plants must ensure that they
avoid damage to existing wildlife Habitats, and that they make efforts to maintain and to enhance the
biodiversity of their farms. These efforts should include:

a) Monitoring plant and animal species whose on-farm presence is evidence of good environmental
practice

b) Good Management the aquatic environment of the farm to encourage wildlife

c) Conserving and good management of landscape elements with ecological importance (e.g.
hedgerows, forest patches and buffer zones).

1.3. Quality.

The present Good Agricultural Practice Guidelines provide additional standards for the production and
processing of raw materials focusing on the identification of those critical steps that are needed to
comply with good quality. In this respect, they will be aimed at minimizing insufficient quality by
prevention. The recommendations of this document are aimed at offering guidelines for national
regulations.
89
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

1.4. Hygiene.

A main aim is to ensure that the plant raw material meets the demands of the consumer and the
standards of the highest quality. Especially important aspects are that they:

a) are produced hygienically, in order to reduce microbiological load to a minimum,

b) are produced with care, so that the negative impacts affecting plants during cultivation, processing
and storage can be limited.
Since medicinal and aromatic plants and their derivatives are exposed, in the course of production
process, to a large number of both microbiological and other contaminants, the main aim of present
guidelines is to provide guidance for producers in order to reduce plant (raw material) contamination to
the greatest extent.

1.5. Realisation.

All participants of the production process (from primary producers to traders) are required to comply
with these guidelines voluntarily and to elaborate practical measures in order to realize them; moreover
they, as far as it is concerned, should gather all the documentation (Confidential), in order to keep the
traceability of the production process. The most important information about the batch should always
follow the material by a Batch Documentation (Records and/or labels). Growers, traders and processors
of medicinal and aromatic plants should be encouraged to respect and comply with the GACP
Guidelines, and demand that their partners also meet these requirements.

2. Personnel and Facilities

2.1. Personnel should receive adequate education before performing tasks that require this knowledge
and to know the best techniques for cultivation, Harvesting, processing, drying and conservation, in
order to guarantee the highest possible quality of the product.

2.2. The development of the knowledge of the persons Has to be documented in a written form.

2.3. Personnel entrusted with the plant material should be required to Have a high degree of personal
hygiene (including personnel working in the fields) and have received adequate training regarding their
hygiene responsibilities.

2.4. The buildings where the plant processing is carried out, Have to be provided with changing
facilities as well as toilets including hand washing facilities, according to the respective regulations.

2.5. Persons suffering from known infectious diseases transmittable via food, including diarrhea, or
being transmitters of such diseases, must be suspended from areas where they are in contact with the
plant material, according to the respective regulations.

2.6. Persons with open wounds, inflammations and skin-infections should be suspended from the
areas where the plant processing takes place, or Have to wear appropriate protecting clothing or gloves,
90
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

until their complete recuperation.

2.7. Personnel should be protected from contact with toxic or potentially allergenic plant materials by
means of adequate protective clothing.

2.8. The welfare of all staff involved in the growing and processing shall be ensured. Health regulations
should be displayed in the working area.

2.9. All processing procedures must completely conform to both EU-Guidelines on Food Hygiene and
the General Principles for Food Hygiene of the Codex Alimentarius as well as the European Directive on
Good Manufacturing Practice.

3. Seeds and propagation material

3.1. Seeding materials are to be identified botanically, indicating plant variety, cultivar, chemotype and
origin. The material used should be traceable (see Documentation). The same applies to vegetatively
propagated starting material. Starting materials used in organic production Have to be certified as
organic.

3.2. Starting material should meet the requirements/standards concerning purity and germination
(wherever available: certified seed/propagation material should be used). The starting material should
be as free as possible of pests and diseases in order to guarantee healthy plant growth. When resistant
or tolerant species or origins are available, they should be preferred.

3.3. The occurrence of not species/variety-identical plants and parts of plants Has to be controlled in
the course of the entire production process (cultivation, Harvest, drying, packaging). Such impurities
have to be eliminated promptly. Plant material or seeds derived from or comprising Genetically Modified
Organisms Have to be in accordance with national and European regulations.

4. Cultivation

4.1. Depending on the mode of cultivation e.g. conventional or organic, growers should be allowed to
follow different Standard Operating Procedures for cultivation (to be elaborated).

4.2. Soil and Fertilization

4.2.1. Medicinal and aromatic plants must not be grown in soils that are contaminated by sludge. Soils
should not be contaminated by heavy metals and residues of plant protection products and other not
naturally occurring chemicals, etc. For this reason, minimum effective chemical input should be
achieved.

4.2.2. The manure applied should be void of human faeces and prior to application it should be
thoroughly composted.

4.2.3. All other fertilizing agents should be applied sparingly and in accordance with the demands of

91
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

the plant and the particular species (including application between Harvests). The use of fertilizers
should be in accordance with efforts to minimize leaching.

4.3. Irrigation

4.3.1. Irrigation should be minimized as much as possible and applied according to the needs of the
plant.

4.3.2. Irrigation-water should be in accordance with national and potential European quality standards
and should be as free as possible of contaminants, such as faeces, heavy metals, pesticides, herbicides
and toxicologically hazardous substances.

4.4. Crop maintenance and plant protection

4.4.1. Tillage should be adapted to plant growth and requirements.

4.4.2. Pesticide and herbicide application should be avoided as far as possible. When necessary they
should be carried out using the minimum effective rates of approved plant protection products.
Products for chemical plant protection Have to conform with the European Union's maximum residue
limits (European Pharmacopoeia, European Directives, Codex Alimentarius). Application and storage of
plant protection products Has to be in accordance with the recommendations of manufacturers and
regulations of the authorities.

4.4.3. The application should be carried out only by qualified staff using approved equipment.
Application should precede the Harvest by a period either defined by the buyer or indicated by the
producer of the plant protection product.

4.4.4. The use of pesticides and herbicides Has to be documented (see Documentation) and made
available to the buyer on request.

4.4.5. All measures regarding nutrient supply and chemical plant protection, should secure the
marketability of the product. The buyer of the batch could be informed of the brand, quality and date of
pesticide use in a written form (see Documentation).

4.5. The responsible cultivation organisation should put one person in charge, in order to check the
conformity of the processing according to paragraphs 4.1 to 4.4. and should sign, in order to accept
the responsibility, the documentation required (see Documentation).

5. Harvest

5.1. The harvest should take place when the plants are of the best possible quality according to the
different utilizations.

5.2. Harvest should preferably take place under the best possible conditions (wet soils, dew, rain or
exceptionally high air humidity can be unfavourable). If Harvest is performed under wet conditions, extra
92
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

care should be taken in order to avoid the unfavourable influence of moisture.

5.3. Equipment must be kept both in a clean state and technically perfect working order.
Those machine parts including their housings that have a direct contact with the Harvested crop should
be regularly cleaned and kept free of oil and other contamination (including plant left-overs).

5.4. Cutting devices of Harvesters must be adjusted so that the collection of soil particles can be
reduced to a minimum.

5.5. In the course of Harvest, care should be taken to ensure that no toxic weeds can mix with the
Harvested crop.

5.6. Damaged and perished plant parts must be promptly eliminated.

5.7. All containers used in the Harvest must be clean and must be kept free of the remnants of
previous crops; containers out of use, must also be preserved in a dry condition, free of pests and
inaccessible for mice/rodents as well as livestock and domestic animals.

5.8. The harvested crop should not be exposed to direct contact with the soil. It must be promptly
collected and under dry, clean conditions (e.g. sacks, baskets, trailers and containers, etc.) submitted to
transport, with the exception of windrowed and root products prior to washing.

5.9. Mechanical damage and compacting of the crop that would result in undesirable quality changes
must be avoided. In this respect, attention must be paid to

a) avoiding the overfilling of the sacks,

b) the stacking up of sacks should not result in thickening of the crop,

c) the Harvested crop should be transported and kept in containers or bags in such way that the
occurrence of heating is prevented.

5.10. The time between the Harvesting and the drying or processing of the plant should be very short,
in order to avoid that the product could be damaged in its quality and increase its microbiological
content.

5.11. The Harvested crop must be protected from pests, mice/rodents, livestock and domestic
animals. Pest control measures should be documented (see Documentation).

5.12. The responsible Harvesting organisation should put one person in charge to check the conformity
of the processing according to paragraphs 5.1 to 5.11 and should sign, in order to accept the
responsibility, the documentation required (see Documentation).

6. Primary processing

93
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

6.1. Primary processing includes steps of processing such as washing, freezing, distilling, drying, etc..
All these processes whether for food or medicinal use must conform to relevant European and national
regulations.

6.2. Arriving at the processing facility the Harvested crop Has to be promptly unloaded or unpacked or
processed. Prior to processing the material should not be exposed directly to the sun (except in case
there is a specific need e.g. for distillation) and if washing is not involved it must be protected from
rainfall.

6.3. Buildings used in the processing of Harvested crops must be clean, as well as thoroughly aerated
and must never be used for other aims (housing livestock etc.).
6.4. Buildings must be constructed so as to provide protection for the Harvested crop against birds,
insects, rodents as well as domestic animals. In all storage (including packaging stores) and processing
areas suitable pest control and monitoring measures, such as baits, pheromone traps and electric
insect killing machines, must be operated and maintained by professionally qualified staff or
contractors.

6.5. Processing equipment must be maintained clean and must be regularly serviced.

6.6. In the case of natural open air drying, the crop must be spread out in a thin layer. In order to
secure unlimited air circulation, the drying frames must be located at a sufficient distance from the
ground. Attempts must be made to achieve uniform drying of the crop and as a consequence to avoid
mould formation. When drying with oil, the exhaust fumes must not be reused for drying. Direct drying
should not be allowed except with butane, propane, or natural gas.

6.7. Except in the case of natural open air drying, the conditions (e.g. temperature, duration, etc.) must
be selected taking into consideration the type (e.g. root, leaf or flower) and active substance content
(e.g. essential oils and others) of the crude drug to be produced.

6.8. Drying directly on the ground or under direct exposure to the sun-light should be avoided unless it
is required for a particular plant.

6.9. All material must be inspected and processed in order to eliminate sub-standard products and
foreign matters.

6.10. Clearly marked waste-bins should be kept ready, emptied daily and cleaned.

6.11. In order to protect it, to respect quality and to reduce the risk of contamination, the product
should be promptly packaged.

The responsible primary processing organisation should put one person in


6.12. charge, in order to control the conformity of the processing according to paragraphs 6.1 to 6.11
and should sign, in order to accept the responsibility, the documentation required (see Documentation).

7. Packaging
94
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

7.1. After the repeated control and eventual elimination of low-quality materials and foreign matters, the
product should be packaged in clean and dry, preferably new sacks, bags or cases. The label must be
clear, permanently fixed and made from non-toxic material.

7.2. Reusable packaging materials should be well cleaned and perfectly dried prior to their usage. It
must be guaranteed that no contamination takes place by reusing bags.

7.3. Information must conform with the European and national labelling regulations. In particular labels
should indicate:

common and Latin name of the plant (in special evidence)

name and address of the producer (in special evidence)

lot number (in special evidence)

conservation techniques

danger indication

packaging and transport modalities

7.4. Packaging materials should be stored in a clean and dry place that has to be free of pests and
inaccessible for livestock and domestic animals. It must be guaranteed that no contamination of the
product takes place by the use of packaging material, particularly in the case of fibre bags.

8. Storage and Transport

8.1. Packaged dried materials and essential oils should be stored in a dry, well aerated building, in
which the daily temperature fluctuations are limited and good aeration is given. Fresh products (except
Basil) should be stored between 1 oC and 5 oC while frozen products should be stored below -18 oC (or
below -20 oC for longer term storage). Essential oil storage must conform to the appropriate chemical
storage and transport standards concerning risks and labelling requirements in accordance with
national regulations and in particular EU Council Directive 94/55/EEC .

8.2. As a protection against pests, birds, rodents and domestic animals, the window and door openings
are to be protected, e.g. by wire netting.

8.3. Bulk storage as well as the packaged dry crop must be stored appropriately: in buildings with
concrete or similar easy to clean floors, on pallets, with a sufficient distance to the wall, thoroughly
separated from other crops to avoid cross-contamination.

8.4. Organic products must be stored in accordance with national organic regulations and EU Directive
2092/91.

8.5. In the case of bulk transport, it is important to secure dry conditions and furthermore, in order to
95
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

reduce the risk of mould formation or fermentation, it is extremely advisable to use aerated containers.
As a substitute, the use of sufficiently aerated transport vehicles and other aerated facilities is
recommended. Essential oil transport must conform to appropriate regulations. National and European
regulations on transport Have to be respected.

Fumigation against pest attack should be carried out only in the case of necessity and it must be
carried out exclusively by licensed personnel. Only registered

used parts (in special evidence)


8.6. Chemicals must be used. Any fumigation against pest attack should be reported in the
documentation (see Documentation).

8.7. For fumigation of warehouses, only permitted substances should be used, according to European
or national regulations.

8.8. When frozen storage or saturated steam is used for pest control, humidity of the material must be
controlled after treatment.

9. Equipment

9.1. Equipment used in plant cultivation and processing should be easy to clean, in order to eliminate
the risk of contamination.

9.2. All machinery should be mounted in an easily accessible way. They must be well serviced and
regularly cleaned. Fertilizer and pesticide application machinery must be regularly calibrated.

9.3. Preferably non-wooden equipment should be used unless tradition demands wooden material.
When wooden equipment (such as e.g. pallets, hoppers, etc.) is used, it should not come into direct
contact with chemicals and contaminated/infected materials, so tHat infection of the plant material can
be prevented.

[10]. Documentation

10.1. Field Records showing previous cropping and inputs should be maintained and signed by the
person charged with responsibility. Field Records should gather any information about the cultivation
such as: previous crop, seed used, name of the plant cultivated, exact location of the field, any
treatment with Pesticide, Herbicide, Fertilizer and growth regulator or any chemical plant protection
(specified as: name of the product, date, quantity and reason of the treatments). A complete traceability
of the materials used is recommended.

10.2. Each Field Record must be unambiguously and unmistakingly identified by a number or mark (in
according to a written procedure).

10.3. Special circumstances during the cultivation which may influence the chemical composition like
extreme weather conditions, pests (particularly in the Harvest period) should be recorded on the Field

96
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Record.

10.4. All the product - finished and semi finished - must be unambiguously and distinctively identified
by batch number. Assignment of batch number must take place at an early stage.

10.5. All processes and procedures that could bear an impact on the quality of the product must be
entered into the Batch Processing Records. The Batch Processing Records must be a collection of
records which describe the relevant processing made on a batch of production.

10.6. The Batch Processing Records should gather the following information: name of the vegetable
material, batch number, date (beginning and end of the process), equipment (name, type, number),
parameter used and description of the process. The records should be dated and signed by the person
responsible for the processing operation.

10.7. A complete traceability between the cultivation (Field Records) and the processing of the
vegetable material (Batch Processing Records) is recommended.

10.8. Batches from different areas shall be mixed only if it is guaranteed that the materials are perfectly
similar under all points of view (botanical and phytochemical). Such mixing procedures should also be
documented in a Batch Processing Records. The traceability between the mix batch number and the
number of the original batches should be evident in the Batch Processing Record.

10.9. The application of the fumigation agents such as phosphin, or any other plant protection
substance must be entered into Batch Processing Records.

[10].[10] All agreements (production guidelines, contracts, etc.) between producer and buyer should be
fixed in a written form.

10.11. To assure a complete traceability, the vegetable material should always travel with a way bill
(records or labels) which reports at least: name of the producer, name and part of the vegetable
material, N. of the Batch and date of production.

10.12. The results of audits should be documented in an Audit Report.

10.13. Copies of all documents (Fields Records, Schlagkartei, Audit Reports, Analyse Reports batch
processing Reports) to be stored for a minimum of 7 years from the Harvest date.

11. Education

11.1. It is extremely advisable to educate all personnel dealing with the crop or those engaged in the
direction of the production regarding production techniques and the appropriate use of herbicides and
pesticides.

97
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

12. Quality Assurance

12.1. Agreements between producers and buyers of medicinal and aromatic plants, with regard to
quality questions, e.g. active principles and other characteristic ingredients, optical and sensoric
properties, limit values of germ numbers, plant protection chemical residues and heavy metals, must be
based on internationally recognized or national specifications and should be laid down in a written form.

13. Self Inspection

13.1. Self inspection should be conducted in order to monitor the implementation and compliance with
Good Agricultural Practice principles and to propose necessary corrective measures.

13.2. Personnel matters, premises, equipment, documentation, production, quality control distribution
of herbal medicinal products, arrangements for dealing with complaints and recalls, and self inspection,
should be examined at intervals following a pre-arranged programme in order to verify their conformity
with the principles of Quality Assurance.

13.3. Self inspection should be conducted in an independent and detailed way by designated
competent person(s) from the company. Independent audits by external experts may be useful.

13.4. All self inspections should be recorded. Reports should contain all the observations made during
the inspections and, where applicable, proposals for corrective measures. Statements on the actions
subsequently taken should also be recorded.

98
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo II: Inqurito realizado a 100 indivduos na cidade de Braga.

1. Sexo: Feminino Masculino


2. Idade:
3. Morada:
4. Profisso:

5. J ouviu falar de agricultura biolgica?


Sim
No
6. J consumiu produtos provenientes deste modo de agricultura?
Sim
No
7. Quando faz as suas compras tem o cuidado de seleccionar produtos biolgicos nacionais?
Sim
No
8. J ouviu falar em plantas aromticas e medicinais em modo biolgico?
Sim
No
9. Tem por hbito beber chs?
Sim
No
10. Se sim, onde os adquire?
Supermercados
Feiras de produtos biolgicos
Lojas da Gourmet
Ervanrias
Outro Qual:

11.Quando compra chs adquire-os sob as forma de:


Caixas com saquetas
Ervas secas Em embalagens de: 20g 30g 50g 100 g 200g

99
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Ervas frescas
Outro Qual:
12. Como prefere as embalagens:
Sacos de papel
Latas de metal
13. J recorreu a fitoterapia?
Sim
No
14. Prefere medicamentos:
Extractos vegetais
Sintticos
Indiferente
15. Tem por hbito adquirir cosmticos base de plantas?

Sim
No

16. Costuma frequentar SPAS?

Sim
No

17. Que percentagem estaria disposto/a pagar a mais por produtos de AB ?


5% 10% 15% 20%

18. Qual o local de venda que acha mais conveniente?


No prprio local de produo
Loja na cidade
Encomendas pela net

19. Tem alguma opinio quanto maior (s) desvantagem (s) dos PAMs produzidas em modo
biolgico?
Sim Se sim, qual

100
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo III: Tratamento dos dados obtidos nos inquritos realizados.

Sexo Idade Situao


Feminino Masculino 45 >45 Empregado Desempregado
75 25 61 39 67 33

101
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

102
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

103
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo IV: Comparao dos produtos / servios da empresa Canteiro do Minho com empresas
nacionais.

Nome da empresa Localizao Produtos/servios


Produtos: PAMs a granel em sacos
individuais, sabonetes e leos essenciais.
Canteiro do Minho Terras de Bouro Servios: Visitas guiadas, estgios,
workshops, aromaterapia, encomendas
online.
Produtos: Infuses, condimentos,
plantas vivas. Servios: apoio tcnico,
Ervital Castro Daire
visitas guiadas, estgios e formao
tcnica.
Produtos: Cremes, sabonetes, leos,
chs, tisanas (tudo base de PAMs),
sementes, fitofrmacos, vasos, plantas.
Cantinho das aromticas- viveiro Ltd Vila Nova de Gaia Servios: Lojinha online, construo
de espaos verdes, recuperao de
jardins histricos, zonas degradadas,
taludes, dunas e zonas costeiras.
Produtos: condimentos, infuses, PAMs,
Quinta de Sernandes - Bela-luz Braga plantas em vaso, doces de fruta, sal
aromatizado, mel.
Produo de PAMs, hortcolas.
Fundao Calcednia Terras de Bouro Servios: visitas guiadas, vertente
pedaggica, restaurante.

104
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo V: Lista de plantas seleccionadas e suas principais caractersticas.

Nome Nome Partes


Usos/propriedades Princpios activos
cientfico popular utilizadas
Nas folhas: leo essencial/ flavonides/ iridides/
Falta de apetite/ flatulncia/ clicas taninos /sais minerais.
Aloysia triphylla Lcia - lima gastrointestinais/gastrites/agitao/ insnias. Folhas/leo essencial No leo essencial predomina o citral.
leo essencial: ao anti-sptica/ anti-inflamatria/ao adstringente.

Flavonides/ taninos/ sais minerais/


Cymbopogon citratus Aco sedativa/ antiespasmdica/ anti-sptica/antifngica
Erva cidos/ steres aromticos.
(D. C.) Stapf. sin. Folhas: aco calmante/ digestiva/ Folhas /leo essencial
prncipe/ No leo essencial: citral/ -mirceno/ dipenteno/ linalol/
Andropogon citratus Flatulncia. obtido destas
citronela geraniol/ metil-heptenona/ citronelol/ steres dos cidos
D. C. leo essencial: dores musculares/ reumatismais.
valricos/ caprlico/ linalol/ geraniol.

cidos gordos/ leo essencial, fitosteris/ rutsido/


Echinacea purpurea Imunoestimulante/ anti-inflamatria /antiviral. Folhas/flores/ caule/ alcalides pirrolizidnicos/ derivados dos cidos dicafeico
Equincea
(L.) Moench Protege o colagnio. razes e ferlico/ equinacsidos A e B.

Hypericum Hiperico-do-
Diurtico/hepatoprotector / cicatrizante. Partes areas cidos fenlicos/ flavonide/ taninos.
androsaemum gers
Naftodianfronas: hipericina, pseudo-hipericina, iso-
Milfurada/ Sedativas / digestivas. Cicatrizar /inflamao hipericina e emodian-antrona; derivados de floroglucina:
Hypericum
Erva de So Anti-spticas/ diurticas/ colerticas. Sumidades floridas. hiperforinae ad-hiperforina; derivados de flavonoides:
perforatum
Joo Anti-stress. quercetina, biapigeninas; derivados de xantonas,
procianidinas. cidos aromticos. leo essencial.
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Folhas (sem pecolos,


Loureiro
Laurus nobilis L. Anti-setico, estimulante, sedativo, sudorifico. Vero) / frutos Tanino, lpidos
(Outubro-Novembro)

Evitar a traa na roupa/ sedativa, digestiva/ anti-reumtica/anti- leo essencial: linalol, acetato de linalilo, acetato de
Lavandula
Alfazema inflamatria/ anti-sptica/ cicatrizante/relaxante/ redutora da fadiga/ Caule/folha/flor lavandulilo, cnfora, cineol, lavandulol, limoneno, cidos
angustifolia
sedativa/balsmica polifenois flavonides, taninose fitoesterois. (a)
Internamente usada em tratamentos de problemas disppticos,
Matricria recutita L. leo essencial: sesquiterpenos, bisalona, xido de
flatulncia e nuseas, espasmos gastrointestinais; externamente em
sin CHamomilla Camomila Flores/ leo essencial bisalona A; derivados flavonicos do apigenol, luteolol e
inflamaes da pele, irritaes das membranas das mucosas oro
recutita (L.) Rauchert quercetol; cidos fenlicos, cumarinas, mucilagens.
farngicas e aparelho respiratrio.
Erva Euppticas/digestivas/espasmolticas. leo essencial: sedativo/ anti- Folhas/ ramos Flavonides/ cidos fenlicos (cido rosmarinico) /
Melissa officinalis (L.)
cidreira setico/ cicatrizante/antifngico jovens/ leo essencial triterpenos. (a,b)

Anti-sptica/espasmoltica/ estimulante das secrees gstricas Folhas/ caules


Hortel leo essencial (carvona, limoneno) /
Mentha piperita Em fitoterapia: problemas digestivos/ flatulncia/ vermfuga. jovens/ leo essencial
pimenta Flavonides/ cidos fenlicos, taninos/ triterpenos.
leo essencial: bronquites/ dores musculares/ reumatismais. da parte area

Folhas: leo essencial/ flavonides / taninos/


triterpenos/ resinas/ cidos fenlicos.
Folhas: aco anti-sptica/ tranquilizante/analgsica/ aco Folhas/caules jovens/
Hortel - leo essencial: mentol/ steres dos cidos actico/
Mentha spicata L. espasmoltica/ antitssica/ mucoltica/ expectorante/ leo essencial da
vulgar isovalrico/mentona.
descongestionante nasofarngeo/ aco digestiva/eupptica. parte area florida

106
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Problemas respiratrios/ indigesto/ leo essencial: antibacteriano/ Partes areas floridas: leo essencial/
antifngico. Fitoterapia: dispepsias hipossecretoras, flatulncia, Parte area da planta/ cidos polifenlicos/ flavonides/ taninos/ constituintes
Origanum vulgare L. Orego clicas gastrointestinais. leo essencial das amargos/ triterpenos.
leo essencial: inflamaes orofarngeas/dor de dentes (diludo em folhas. leo essencial: fenis/compostos terpnicos.
leo fixo) / frices, no reumatismo.

leo essencial: cnfora, cineol, canfeno; flavonides;


Rosmarinus Alecrim Problemas digestivos, asma, celulite, colesterol, corao, dentes, Planta florida/folhas/
cidos polifenolicos, e derivados do cido cafeico;
officinalis L. depresso, enxaqueca, fgado, memoria, nervosismo, pele, sono. (3) leo essencial (3)
taninos, cidos triterpenicose lcoois triterpenicos.
leo essencial: aco antimicrobiana /antisudorfera/ anti-sptica/
Folhas: leo essencial/ isoflavonas/ diterpenides/
estimulante do apetite/ aco estrognica/ adstringente e anti-
Folhas/ flor/ leo triterpenides/ flavonides/ cidos fenlicos/ taninos
Salvia officinalis L. Salva inflamatrio/ flatulncia/ transpirao/ menopausa/ infeces
essencial das flores. leo essencial: monoterpenos (a- e -tuinona,cnfora,
bucofarngeas,
borneol, cineol)/ sesquiterpenos (-cariofileno e outros).

Antiespasmdica brnquica/ expectorante/ anti-sptica/afeces das


vias respiratrias (gripe, catarros, tosse irritativa) / afees da leo essencial: fenis (timol e carvacrol) geraniol/
orofaringe/ digestes lentas/ gastrites crnicas/ colites/ Partes areas floridas/ terpineol/ linalol/ monoterpenos no oxigenados/
Thymus vulgaris L. Tomilho
meteorismo/ dores espasmdicas do tubo digestivo. leo essencial flavonides/ cidos fenlicos (cafeico, rosmarnico)/
Por via externa: infeces cutneas/ dores reumticas/ otites/ taninos/ saponsidos triterpnicos.
rinites/ sinusites/ estomatites.
leo essencial com predomnio de fenis (timol e
carvacrol) em menore quantidades geraniol, terpinol,
Tomilho Tosses/ problemas respiratrios/ culinria. Folhas/ flor/ leo
Thymus x citriodorus linalol e monoterpenos no oxigenados; flavonides livres,
limo essencial das flores.
cidos fenolicos; taninos, saponosidos triterpenicos de
geninas dos cidos ursolico e oleonlico.
[9, 30]

107
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo VI: Condies e tcnicas de cultivo para cada espcie.

Cuidados de
Espcie Propagao Perodo de plantao Colheita Pragas e doenas
manuteno
Antes da florao; 2 cortes Rega gota a gota; Evitar
Aloysia triphylla Propagao por estacas. Final de vero. humidade excessiva; cultura Odio
por ano.
em camalhes com tela.
Camalhoes com tela;
Cymbopogon citratus (D. C.) Sachas e mondas; Sensvel Ataques de ferrugem quando
Stapf. sin. Andropogon a baixas temperaturas,
Diviso de ps. Primavera vero. Vero; 4 cortes por ano. sujeita a temperaturas baixas
citratos D. C. recomenda-se a sua
cobertura com manta e/ou noites frias com orvalho.
trmica durante o Inverno.
No se registam muitas pragas
Terreno a descoberto;
Echinacea purpurea (L.) Semente (primavera) / Junho- agosto; 2 cortes por . nem doenas, porm os ratos
Semente; diviso de ps Sachas e mondas durante a
Moench diviso de ps (outono). ano. do campo parecem apreciar as
sua produo.
razes.
Terreno a descoberto;
Semente na primavera ou
Primavera at final de Sachas e mondas; Cor Ferrugem e afdios (tratamento
Hypericum androsaemum estacaria durante toda a Primavera /vero.
vero; 2 cortes por ano. avermelhada indica com sabo de potssio)
primavera/ Vero
deficincia em gua.

Fungos nomeadamente,
Terreno a descoberto;
Incio da primavera at Verticillum albo-atrum, Septoria
Sementeira no outono ou Podas a 30cm de altura do
Hypericum perforatum Estacas de galho. finais de vero; 2 cortes por hyperici, Gloeosporium sp,
fim de inverno. solo; Regas regulares sem
ano. Erysiphe sp e ataques de
encharcamento do solo.
insectos e caros.

108
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Sachas e mondas; terreno a


Laurus nobilis L. Diviso dos ps Outubro- novembro Todo o ano Sem registo.
descoberto.
Quando as plantas
estiverem em florao plena Poda em abril e no final do
Lavandola angustifolia Sementes/ estacas Agosto - setembro Sem registo.
(mais de 50% de flores vero

abertas)
Final de vero ou no
Matricria recutita L. sin
outono pode ainda ser em Ataques de mldio e larvas de
CHamomilla recutita (L.) Unicamente por semente Incio do vero Sem registo
fevereiro (sementeira noctudeos.
Rauchert
directa)
Semente/diviso de ps/
Directamente no terreno Mldio e odio na planta
enraizamento* de estacas Junho- setembro; 2 cortes Cultura em camalhoes com
Melissa officinalis (L.) primavera; em viveiro (tratamento com calda
herbcea por ano. tela; Sachas e mondas
outono bordalesa)
*tem maior sucesso
Essencialmente por via Puccinia Menthae, (ferrugem)
vegetativa (caules e Directamente no terreno ocorrem principalmente entre
Antes da florao; 3 cortes Camalhoes com tela;
Mentha piperita rizomas) primavera; em viveiro Julho e Agosto. (Tratamento
por ano. Sachas e mondas.
outono com calda bordalesa)

Puccina Menthae. Pulgo verde


Cultura em camalhoes com quecalda bordalesa).
provoca um ligeiro
Directamente no terreno
3 - 4 Meses aps o plantio; tela; Plena luz; cortes a [10] enrolamento das folhas.
Mentha spicata L. Via vegetativa todo o ano. primavera; em viveiro
3 cortes por ano. cm do solo; Sachas e Nemtodes, provocam
outono.
mondas. amarelecimento das folhas e
morte da planta.

109
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Sementeira directa - finais


da primavera; Estufa -
Sementeira directa; Junho-setembro; 2 cortes Cultura em camalhoes com
Origanum vulgare L. finais do inverno; Diviso Sem registo.
Estufa; Diviso de ps. por ano. tela; Sachas e mondas.
de ps - outono ou
princpios de primavera.

Incio da florao; 2 cortes


Rosmarinus officinalis L Propagao em estaca. Final do inverno Cultura em camalhes. Mldio e cicadelas
por ano.
Nemtodes fitfagos nas razes,
Sementeira ou Cobertura com tela; Sachas
Salvia officinalis L. Primavera Junho-setembro; 2 cortes. provocando amarelecimento
enraizamento de estacas. e mondas.
das folhas.
Sementeira ou Junho-setembro; 2 cortes Cobertura com tela; Sachas
Thymus vulgaris L. Inicio primavera Nemtodes fitfagos nas razes.
enraizamento de estacas ano. e mondas
Junho-setembro; 2 cortes Sachas e mondas durante a
Thymus x citriodorus Enraizamento de estacas. Primavera Sem registo.
por ano. produo
[9, 30]

110
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo VII: Regulamento (CE) N. 967/2008 relativo produo biolgica e rotulagem dos produtos biolgicos

111
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

112
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo VIII: Simulao de seguro para infraestruturas.

113
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo IX: Oramento para certificao e anlises peridicas dos terrenos.

Este oramento uma estimativa do custo do controlo e certificao, calculado com base nas informaes comunicadas previamente
ECOCERT, nomeadamente, atravs do formulrio "Pedido de Controlo e Certificao". Qualquer alterao nas informaes comunicadas
poder traduzir-se num acerto do valor do oramento abaixo apresentado.

NIF / NIPC: 234.506.024 Entidade: ALEXANDRA AZEVEDO

Data: 21-Set-2011 Morada: BRAGA

N Doc: 154

Parmetros considerados no clculo do oramento:

Regio tipo Desfavorecida montanHa


Nveis certificao Apenas 1 nvel certif. (BIO ou C3 ou C2 ou C1)
Sistema produo (maioritrio) Extensivo
Classificao tipo da Unid. Produo 2 prod. tipo (em 1 Unid. Geogrf.)
Contabilidade At 20 000 / ano
Culturas / reas PAM e/ou Cult.Proteg. e/ou Hortic. ar livre: 1,0 a 5,0 Ha
Frutic. Regadio:
Frutic. Sequeiro e/ou Olival e/ou VinHa:
Cult.arvenses e/ou Past. e/ou Forragens:
N parcelas MPB 5
Produo animal
Centralizao documentao controlo Sem centralizao
Outras situaes especficas:
Mutualizao de custos de gesto de risco: 23 euros
Valor (sem IVA) 207,38
Este oramento vlido por 90 dias Desconto 30 % (Contratos a partir 01 Set. 2011) 62,21
Valor (sem IVA) 145,17

178,55
Valor total
(com IVA taxa em vigor)

O valor do oramento (tarifa anual), para o servio de controlo e certificao da produo biolgica, inclui os custos de:
Gesto administrativa

Controlo (s) previsto (s) no plano de controlo e respectivos relatrios

Deslocaes inerentes ao controlo

Certificao e emisso dos respectivos documentos (em portugus)


Inclui eventual reviso pela Comisso de AcompanHamento da Certificao
Avaliao da rotulagem
Cada projeto dever ser validado pelo Ecocert
Utilizao da marca Ecocert
Publicidade e rotulagem produtos biolgicos conforme regras de utilizao
Gesto de Risco
Inclui controlos suplem. de risco e anlises a produtos, em laboratrios acreditados, de acordo com avaliao de risco

114
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo X: Oramento para construo de estufa.

Oramento:

Cliente: D. ALEXANDRA AZEVEDO

Localidade: VIEIRA DO MINHO

Contacto: 253 312 344

Data: 23 de Setembro de 2011

N/ref: RS11.0371

Uma (1) estufa, tipo RECTA-FLOR-S.L. de nosso fabrico, com as dimenses16mx10mx3m fica com uma
rea total de 160m . 2

Valores dos materiais e servios:

Uma (1) estufa RECTA-FLOR S.L. 160,00 m 2,739.00


(Com montagem includa).

(So: dois mil setecentos e trinta e nove euros).

_____________________________________________________________________________________________________________
Rua das Pedreiras, Ap. 8 4741-908 Fo Telefone:(+351) 253 989 360 Fax:(+351) 253 989369 E-mail: geral@estufasminho.pt
www.estufasminho.pt Matriculada na Conservatria do Registo Comercial de Esposende sob o n. 931 Capital Social: 500.000,00
Contribuinte n.: 504 596 586
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo XI: Oramento para construo de armazm.

20 de Agosto de 2011

Relativamente ao oramento requerido, as condies que a nossa empresa oferece so as


seguintes:

Um Kit que inclui os muros em painis pr-fabricados e todos os materiais j prontos para
montagem no local de destino e implantao.

Este sistema de construo permite a montagem fcil e rpida do edifcio por profissionais
qualificados da nossa empresa.

O edifico ser construdo, utilizando materiais de qualidade europeia e mo-de-obra especializada


em construo em madeira.

O Kit ser transportado em contentor de 40.


Este Kit inclui:

Painis de madeira formados por madeira macia de pinho no exterior e OSB no interior,
Instalao elctricas, Instalaes sanitrias que incluem: lavatrio, base de duche e instalao
de gua e esgoto, Placa elctrica de quatro bicos e lava-loia, Aquecimento de gua atravs de
termoacumulador, Janelas de alumnio, Portas interiores e exteriores, Estrutura e cho em
madeira, Teto em chapa pr-lacrada verde e isolamento trmico, 2 Resistncias, elctricas de
calor negro com 1000 W cada, um ventilador com potncia 175/195 watts.

116
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

20 de Agosto de 2011

Figura 1. Planta a oramentar.

A empreitada inclui todos os pontos descritos anteriormente, fabrico, montagem, mo-de-obra


especializada, todo o equipamento necessrio. E ser realizada pelo valor de 30.000 euros.

117
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo XII: Oramento para utenslios e materiais necessrios para a manuteno e produo.
Oramento
Ref. Quant. Designao Pr. Unit. Total
400109900 2 Foicinha 2,590 5,18
400219900 2 Sacho bico-forquilha 6,260 15,52
400160100 2 Pa 7,934 15,87
420080700 1 Roadora 306,106 306,11
401699900 1 Esgaravatadora 0,990 0,99
500580700 3 Luvas2,34 0,780 2,97
800200012 1 Tubo jardim 37,805 37,81
400100001 2 Pack ferramentas jardim 2,230 4,46
400100017 5 Tesoura da poda 2,920 14.60
400100022 1 Pulverizador 14,732 14,732
400019900 2 Ancinho 7,317 14,63
400100014 2 Enxada 10,354 20,71
80001003 2 Balde 0,790 1,58
04426 Tela 150g/ 2MT 0,783 390
00826 1 Carro aterro 25,326 25,33
01174 1 Balana centesimal 200 kg 73,600 73,600

Total lquido: 944,09

118
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo XIII: Oramento para equipamento administrativo

Equipamento/modelo Quant. Preo sem IVA


Impressora Multifunes HP 1 129,27
Officejet 6500A Plus EAIO

Papel HP Home Printing A4 1 12,07


80 g Caixa
Cadeira Executivo Preto 1 52,44

Computador Packardbell 1 486,99


iMedia I6638 PO
Cadeira Visitante 2 15,45

Estante Mdia Box 1 72,36

Secretria Stow 1 72,36

Esferogrfica Smartz Sortido 1 0,72


[10] Unid
Lpis Staedtler Noris N1-2-3 1 1,37
3 Unidades
Agrafador Rapid Supreme 1 5,68

Total Liquido: 791,80

119
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo XIV: Pressupostos.

Unidade monetria Euros

1 Ano actividade 2012

Prazo mdio de Recebimento (dias) / (meses) 60


Prazo mdio de Pagamento (dias) / (meses) 60
Prazo mdio de Stockagem (dias) / (meses) 180

Taxa de IVA - Vendas 23%


Taxa de IVA - Prestao Servios 23%
Taxa de IVA - CMVMC 23%
Taxa de IVA - FSE 23%
Taxa de IVA - Investimento 23%

Taxa de Segurana Social - entidade - rgos sociais 20,30%


Taxa de Segurana Social - entidade - colaboradores 23,75%
Taxa de Segurana Social - pessoal - rgos sociais 9,30%
Taxa de Segurana Social - pessoal - colaboradores 11,00%
Taxa mdia de IRS 15,00%
Taxa de IRC 25,00%

Taxa de Aplicaes Financeiras Curto Prazo 0,70%


Taxa de juro de emprstimo Curto Prazo 5,60%
Taxa de juro de emprstimo ML Prazo 6,60%

Taxa de juro de activos sem risco - Rf 1,60%


Prmio de risco de mercado - (Rm-Rf)* ou p 10,00%
Beta empresas equivalentes 100,00%
Taxa de crescimento dos cash flows na perpetuidade 0,01

120
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo XV: CMVM Custos das Mercadorias Vendidas e Matrias Consumidas

CMVMC Margem Bruta 2012 2013 2014 2015 2016 2017

MERCADO NACIONAL 26.775 30.908 35.696 41.247 47.684


PAMs-50g saco 55,00% 8.303 9.578 11.049 12.746 14.704
PAMs-50g lata 45,00% 8.910 10.003 11.231 12.609 14.156
leos essenciais-20ml 55,00% 9.563 11.327 13.417 15.892 18.824
55,00%
MERCADO EXTERNO 30.800 38.069 43.132 46.647 50.449
PAMs Granel 60,00% 30.800 38.069 43.132 46.647 50.449
Produto B *
TOTAL CMVMC 57.575 68.977 78.828 87.894 98.132

IVA 23% 6.158 7.109 8.210 9.487 10.967

TOTAL CMVMC + IVA 63.733 76.085 87.038 97.381 109.100

121
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo XVI: Gastos com pessoal.

2012 2013 2014 2015 2016 2017


N Meses 6 14 14 14 14 14
Incremento Anual (Vencimentos + Sub. Almoo) 3,00% 3,00% 3,00% 3,00% 3,00%

Quadro de Pessoal 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Administrao / Direco
Administrativa Financeira 1 1 1 1 1 1
Produo / Operacional 2 2 2 2 2 2
TOTAL 3 3 3 3 3 3

Remunerao base mensal 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Administrao / Direco 1.250 1.288 1.326 1.366 1.407 1.449
Produo / Operacional 1.040 1.071 1.103 1.136 1.171 1.206
Remunerao base anual - TOTAL Colaboradores 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Administrao / Direco
Administrativa Financeira
Comercial / Marketing
Produo / Operacional 12.480 29.994 30.894 31.820 32.775 33.758
TOTAL 12.480 29.994 30.894 31.820 32.775 33.758

Outros Gastos 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Segurana Social
rgos Sociais 20,30%
Pessoal 23,75% 2.964 7.123 7.337 7.557 7.784 8.018
Seguros Acidentes de Trabalho 1% 125 300 309 318 328 338
Subsdio Alimentao 130,46 4.305 4.434 4.567 4.704 4.846 4.991
Comisses & Prmios
TOTAL OUTROS GASTOS 7.394 11.858 12.214 12.580 12.957 13.346
TOTAL GASTOS COM PESSOAL 19.874 41.851 43.107 44.400 45.732 47.104

QUADRO RESUMO 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Remuneraes
rgos Sociais
Pessoal 12.480 29.994 30.894 31.820 32.775 33.758
Encargos sobre remuneraes 2.964 7.123 7.337 7.557 7.784 8.018
Seguros Acidentes de Trabalho e doenas profissionais 125 300 309 318 328 338
Gastos de aco social 4.305 4.434 4.567 4.704 4.846 4.991
Outros gastos com pessoal
TOTAL GASTOS COM PESSOAL 19.874 41.851 43.107 44.400 45.732 47.104

Retenes Colaboradores 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Reteno SS Colaborador
Gerncia / Administrao 9,30%
Outro Pessoal 11,00% 1.373 3.299 3.398 3.500 3.605 3.713
Reteno IRS Colaborador 15,00% 1.872 4.499 4.634 4.773 4.916 5.064
TOTAL Retenes 3.245 7.798 8.032 8.273 8.521 8.777

122
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo XVII: Investimento em Fundo de Maneio Necessrio.

2012 2013 2014 2015 2016 2017


Necessidades Fundo Maneio
Reserva Segurana Tesouraria 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000
Clientes 26.476 31.406 35.687 39.653 44.132
Inventrios 28.788 34.488 39.414 43.947 49.066
TOTAL 10.000 65.264 75.894 85.101 93.600 103.198
Recursos Fundo Maneio
Fornecedores 2.176 15.104 17.297 19.261 21.127 23.227
Estado 494 2.685 2.992 3.252 3.733 4.188
*
TOTAL 2.670 17.788 20.289 22.513 24.861 27.415

Fundo Maneio Necessrio 7.330 47.475 55.605 62.588 68.740 75.783

Investimento em Fundo de Maneio 7.330 40.145 8.130 6.983 6.151 7.043

123
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo XVIII: Ponto Critico.

2012 2013 2014 2015 2016 2017


Vendas e servios prestados 143.550,00 170.996,79 194.246,79 215.236,78 238.860,13
Variao nos inventrios da produo
CMVMC 57.575,00 68.976,60 78.828,09 87.893,81 98.132,49
FSE Variveis 5.704,62 11.751,52 12.104,06 12.467,18 12.841,20 13.226,44
Margem Bruta de Contribuio -5.704,62 74.223,48 89.916,12 102.951,51 114.501,76 127.501,20
Ponto Crtico #DIV/0! 116.531,23 117.644,39 120.372,21 112.620,60 114.980,74

124
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo XIX: Principais Indicadores.

INDICADORES ECONMICOS - FINANCEIROS 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Return On Investment (ROI) -63% 12% 23% 18% 19% 18%
Rendibilidade do Activo -60% 13% 24% 24% 25% 24%
Rotao do Activo 0% 128% 140% 116% 98% 85%
Rendibilidade dos Capitais Prprios (ROE) -130% 30% 39% 30% 29% 26%

INDICADORES FINANCEIROS 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Autonomia Financeira 48% 39% 59% 61% 66% 70%
Solvabilidade Total 193% 252% 585% 515% 566% 632%
Cobertura dos encargos financeiros -1892% 841% #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0!

INDICADORES DE LIQUIDEZ 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Liquidez Corrente 0,30 1,46 3,91 4,06 4,78 5,58
Liquidez Reduzida 0,30 0,82 2,25 2,85 3,65 4,47

INDICADORES DE RISCO NEGCIO 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Margem Bruta -11.411 62.469 77.809 90.481 101.658 114.272
Grau de Alavanca Operacional 30% 420% 269% 226% 183% 170%
Grau de Alavanca Financeira 95% 113% [10]0% 99% 99% 99%

125
Plano de negcios: Produo de plantas aromticas e medicinais

Anexo XX: Avaliao na perspectiva do investidor.

Na perspectiva do Investidor 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Free Cash Flow do Equity -91.511 -24.112 20.234 27.831 36.802 44.268 402.745

Taxa de juro de activos sem risco 1,60% 1,65% 1,70% 1,75% 1,80% 1,85% 1,91%
Prmio de risco de mercado 10,00% 10,00% 10,00% 10,00% 10,00% 10,00% 10,00%
Taxa de Actualizao 11,76% 11,81% 11,87% 11,92% 11,98% 12,04% 12,10%
Factor actualizao 1 1,118 1,251 1,400 1,568 1,756 1,969

Fluxos Actualizados -91.511 -21.564 16.176 19.880 23.475 25.203 204.543

-91.511 -113.076 -96.900 -77.020 -53.545 -28.341 176.202

Valor Actual Lquido (VAL) 176.202

#NM! #NM! -64% -31% -[10]% 3% 35%

Taxa Interna de Rentibilidade 35,13%

Pay Back period 6 Anos

126

Você também pode gostar