A Comunicação e A Informação Na Cultura - PARA ALUNOS

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A comunicação e a informação na cultura

Moisés de Lemos Martins 1


Catedrático de Ciências da Comunicação. Universidade do Minho

Discutimos neste ensaio a atual cinética do mundo, que tem nas tecnolo-
gias da informação e da comunicação a sua condição de possibilidade e de
RESUMO

existência. A cultura e as suas práticas não são alheias a este movimento. Com
a mobilização tecnológica, deixamos de ter fundamento seguro, território co-
nhecido e identidade estável. O mal-estar instalou-se na cultura, a tal ponto
que passamos a senti-la em perigo. Mas com a crise da cultura é a própria
ideia de humano que está em risco.

1 O autor é Professor Catedrático do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho.


Dirige o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), que fundou em 2001. É Diretor da
revista Comunicação e Sociedade, e também da Revista Lusófona de Estudos Culturais. Doutorado pela
Universidade de Estrasburgo em Ciências Sociais (na especialidade de Sociologia), em 1984, tem publi-
cado, no âmbito da Sociologia da Cultura, Semiótica Social, Sociologia da Comunicação, Comunicação
Intercultural, Estudos Pós-coloniais. Dirigiu o Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. Foi
Presidente da Sopcom - Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação; da Lusocom - Federação das
Associações Lusófonas de Ciências da Comunicação; e da Confibercom - Confederação Ibero-Americana
das Associações Científicas e Académicas de Comunicação. Obras: Crise no Castelo da Cultura. Das Es-
trelas para os Ecrãs (2017, 2.ª ed.); A Linguagem, a Verdade e o Poder - Ensaio de Semiótica Social (2017,
2.ª ed.); Comunicação e Lusofonia. Para uma abordagem crítica da cultura e dos médias (2017, 2.ª ed., com
Helena Sousa e Rosa Cabecinhas); A Internacionalização das Comunidades Lusófonas e Ibero-americanas
de Ciências Sociais e Humanas - O Caso das Ciências da Comunicação (2017); Os Postais Ilustrados na
Vida da Comunidade (2017); O Olho de Deus no Discurso Salazarista (2016, 2.ª ed.); Lusofonia e intercul-
turalidade. Promessa e travessia (2015); Do Post ao Postal (2014, com Maria Luz Correia); L’Imaginaire
des Médias (2011, com Michel Maffesoli); Portugal Ilustrado em Postais (2011, com Madalena Oliveira);
para uma Inversa Navegação - O Discurso da Identidade (1996).
moisesm@ics.uminho.pt

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A comunicação e a informação na cultura

A mobilização tecnológica, a globalização e a cultura


Pensar o humano, hoje, requer que prestemos uma particular atenção à condição
tecnológica da época. As tecnologias da informação e da comunicação constituem as
condições de possibilidade e de existência do mercado global, que reúne, em tempo
real, todas as bolsas do mundo, de Nova Iorque, a Xangai, Tóquio, Francoforte, Lon-
dres, Paris... A globalização é, pois, uma realidade associada à condição tecnológica
da época e tem uma natureza preponderantemente económico-financeira. E com to-
das as coisas deste mundo, bens, corpos e almas, a serem apanhadas no vórtice da
mobilização tecnológica e a tomarem como modelo a ideia de mercado, ou seja, a
converterem-se em mercadoria, exige-se que em todos os aspetos da vida o humano
seja competitivo e empreendedor e que trabalhe para uma qualquer estatística e para
um qualquer ranking (Martins, 2010a).
A cultura não pode ser pensada fora deste movimento de mobilização tecnológica
(Martins, 2015a; 2015b). Em todas as suas práticas, o mundo é hoje mobilizado por
tecnologias, sobretudo por plataformas móveis de comunicação, informação e lazer
(iPads, tablets e smartphones), e também por novas formas de interação social (entre
as quais, as redes sociotécnicas), e ainda por modelos emergentes de interação (como,
por exemplo, aplicações e videojogos). Neste contexto, tem sentido falarmos de identi-
dades transculturais e transnacionais (Martins, 2018b). Ser europeu, ibero-americano,
africano, latino-americano, lusófono, etc., assinala, pois, uma condição transnacional e
transcultural da cultura, que torna possível o desenvolvimento de imaginários comuns,
e enfim, uma partilha de sonhos coletivos.
A globalização vem permitir, entretanto, que possamos desenvolver um espaço
público e uma opinião pública, à escala planetária, sobre os principais problemas hu-
manos, seja o alastramento da desigualdade entre os povos e o flagelo da fome, seja o
aquecimento global e a intoxicação do paneta.
Acolher e enfrentar o desafio, que hoje nos é colocado pelas tecnologias da infor-
mação e da comunicação, consiste em fazer uma navegação por lugares hipermedia-
dos, por pontos onde a mediação tecnológica favorece estados imersivos, deslocações
geográficas, trocas sociais, travessias sensoriais e evasões imaginárias. E para além
de uma navegação através do ciberespaço, o homem contemporâneo está desafiado a
enfrentar a hibridez de todos os espaços (Martins, 2011/2012). Hoje, os espaços do
quotidiano tornam-se híbridos, ao constituírem-se como objetos técnicos, produzidos
tecnologicamente, sejam eles os cinemas, os teatros e outras salas de espetáculo, as
estações de comboio, as estações de correio, os aeroportos, os museus, as bibliotecas.
Entretanto, o imaginário comum a desenvolver universalmente constitui-se hoje
como um combate a travar pela diversidade, no que respeita à ordenação simbólica
do mundo, um combate tornado possível pelas redes transculturais e transnacionais
de conhecimento, onde se faz, ao mesmo tempo, não apenas a abertura do mundo à
diversidade das línguas e das culturas, como se colocam os problemas da língua e da

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cultura hegemónicas, e também da subordinação política, científica, cultural e artística


de todas as outras línguas e culturas (Martins, 2018a).

Cultura, comunicação e média


De acordo com Gianni Vattimo (1990), vivemos numa “sociedade da comuni-
cação generalizada”. Mas a comunicação generalizada de que aqui se trata não são
as circunstâncias de o humano se entender em termos comunicativos e de não haver
outro modo de nos realizarmos que não seja uma relação de comunicação com um
outro. Por “sociedade da comunicação generalizada”, entende-se, antes, a situação
que atualmente é a nossa, de comunicação à escala global, hoje tornada possível pelas
tecnologias da comunicação e da informação.
Quando dizemos “sociedade da comunicação generalizada” estamos, pois, a pen-
sar que a comunicação acontece hoje em circunstâncias globalizadas e que a própria
cultura é globalizada, sendo as tecnologias da informação a sua condição de pos-
sibilidade e de existência. Nestas circunstâncias, as tecnologias da comunicação e
da informação estendem até ao infinito o espaço do controle humano, para falarmos
como Michel Foucault e Gilles Deleuze. E a cibernética, que nasceu como “a ciência
do controle e da comunicação no animal e na máquina”, tal como no-la apresentou
Norbert Wiener (1948), faz agora um controle, “total” (Jünger, 1930) e “infinito” (Slo-
terdijk, 2000), das condições de existência humana.
Sendo está a condição da época, não podemos mais pensar na cultura, fora da
nossa condição tecnológica. Os próprios média são hoje digitais e a cultura também
se estende pelas redes sociotécnicas, habitualmente conhecidas como redes sociais.
Mas é toda a cultura, assim como as artes, que se convertem ao digital (Kerckhove,
1997) – um mundo de territórios, paisagens e ambientes novos: sites, portais, blogs,
jogos eletrónicos, repositórios digitais, museus virtuais…
E vem a ser necessário navegar por este novo território, o que é um desafio deveras
aliciante, porque da resposta que lhe dermos depende o futuro do humano. “Lá onde
está o perigo, também cresce o que salva”, dizia o poeta alemão Hölderlin (apud Hei-
degger, 1954). E é esse o nosso desafio. Estendendo-se da cultura às artes, o desafio
a dar à condição tecnológica da época convoca, por exemplo, as práticas dos profis-
sionais do novo contexto digital, particularmente da web designers, curadores online,
gestores de museus virtuais, ativistas da web, youtubers, sem esquecer a proteção e a
segurança que é necessário assegurar aos conteúdos culturais digitais, assim como à
comunicação desses conteúdos.
Qualquer atividade humana produz cultura. E como a prática quotidiana dos in-
divíduos de hoje passa por uma filiação tecnológica, a cultura, ela própria, torna-se
digital. Estes novos ambientes têm a ver com uma espécie de sensibilidade da época,
com as emoções e as sensações. Porque aconteceu com a época aquilo a que Mario
Perniola (1994) chamou de sex appeal do inorgânico. O inorgânico é aqui o tecnoló-

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gico. E os ojetos técnicos estabelecem uma ligação sensorial connosco, uma ligação
com a nossa pele, o que quer dizer, uma ligação com as nossas emoções. E também os
médias passam por este processo e exprimem esta sensibilidade.

Os médias, hoje
Os médias nasceram como uma promessa de cidadania, ao serviço da sociedade
democrática, exercendo a vigilância sobre os poderes públicos e as instituições, e
instruindo os cidadãos sobre as decisões a tomar no espaço público. No entanto, como
a experiência contemporânea é uma experiência tecnológica, os médias estão sujeitos
a este mesmo movimento. O que quer dizer que os média refletem as condições da
época, que são tecnológicas, e as contradições que a própria época tem, por razões
também tecnológicas (Martins, 2008; 2010b; 2015b). Nestas circunstâncias, os média
passam a constituir um instrumento da ordem do espetáculo (Guy Debord, 1967),
com uma “ética da estética” (Maffesoli, 1990), tendo um compromisso apenas com a
emoção, o que corresponde, na realidade, a uma retração do pensamento. Lembremos,
todavia, neste contexto, o personagem Ulrich, do livro O homem sem qualidades,
de Robert Musil (1952). Mobilizados pela técnica, os médias contribuem para que a
nossa época acumule conhecimentos como nunca aconteceu antes, em nenhuma outra
época. Mas sentem-se absolutamente incapazes para alterar o curso das coisas.
Esta situação agrava-se pelo facto de a soberania ter deixado de residir nos estados
nacionais, tendo sido transferida para estruturas políticas e econômico-financeiras su-
pranacionais, como o Banco Mundial, o Banco Central Europeu, o Fundo Monetário
Internacional, a Organização Mundial do Comércio, a União Europeia, o Mercosul,
a União Africana (Martins, 2008). Nestas condições, as decisões mais importantes
passaram para a responsabilidade de verdadeiros “governos mundiais”, tendo os pa-
íses uma margem de manobra estreita e sendo as suas decisões de efeito político e
económico reduzido. As principais decisões são colocadas num outro patamar, em
macro-estruturas globais, financeiras e políticas. E quando hoje vemos alastrarem os
fenómenos populistas, não podemos deixar de os considerar como uma realidade da
mesma ordem que a retração do pensamento.

Cultura e mal-estar
A mobilização tecnológica da época tornou manifesto um mal-estar na cultura e no
humano, que se tem generalizado pelo facto de o mal-estar ser concomitante ao sentimen-
to de impotência, relativamente ao atual estado do mundo. A este respeito, lembramos,
por um lado, Crise no castelo da cultura: das estrelas para os ecrãs (Martins, 2017), e
por outro, as alterações climáticas, de que são um gritante exemplo, tanto os recentes
incêndios florestais, em Portugal e na Califórnia, como o ciclone Idai, em Moçambique.
No fundo, a nossa relação com as tecnologias diz muito sobre a nossa identidade, assim
como sobre a relação que mantemos com o planeta, cujas capacidades se vão exaurindo.

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Mas um outro mal-estar cultural, que é também um mal-estar político, são os naciona-
lismos, assim como as convocações ao patriotismo. O nacionalismo e o patriotismo signi-
ficam hoje meros tribalismos, o que quer dizer, egoísmos, que desenvolvem sentimentos
xenófobos, propagam a intolerância ao outro e destilam ódio àquele que é estrangeiro.
Dadas as condições tecnológicas da época, ocorre hoje uma migração massiva de
pessoas, numa escala tal, como nunca aconteceu no passado, a ponto de as sociedades
serem hoje todas transculturais. Neste contexto, se nos colocamos de um ponto de vista
meramente nacionalista, o outro acaba sempre por ser para mim um problema. É da
lógica das relações humanas que num primeiro momento eu possa ficar fascinado pelo
outro. Mas o momento seguinte é o de me sentir incomodado pelo outro. Porque é di-
ferente de mim e eu não o entendo. Porque tem hábitos que não são os meus, crenças
que não são as minhas, vê o mundo de um modo diferente do meu e também age de um
modo distinto de mim. No limite, aquilo que começa como o encontro com um outro,
pode acabar em abafamento, anulamento, apagamento, dominação e violência sobre o
outro. É esta a lógica das relações humanas, sejam elas vividas em termos individuais,
ou em termos coletivos. Por essa razão, entendemos que o nacionalismo abre hoje ca-
minho a sociedades mais intolerantes e xenófobas. O único ponto de vista que julgamos
fazer sentido, nas atuais circunstâncias do mundo, assim como a única pedagogia a de-
senvolver nos contextos interculturais, são os que nos colocam do lado da comunidade
humana como um todo, mantendo e alimentando sempre um sentido de humanidade.

Os nacionalismos intolerantes
A atual compreensão da cultura não é, pois, dissociável da mobilização tecnológica
da época. A cultura do Ocidente foi construída segundo o princípio da analogia, com
todas as coisas a remeterem para uma causa anterior, sendo Deus a primeira das causas,
aquela que reúne na unidade todas as coisas. O Ocidente foi feito por três religiões prin-
cipais, tendo cada uma delas um livro sagrado, que nos funda de acordo com o princípio
da analogia. Nestas três tradições religiosas, no Judaísmo com a Torá, no Cristanismo
com a Bíblia e no Islão com o Alcorão, é Deus a causa das coisas, para onde toda a
criação remete.
Com a laicização da cultura, esta mundividência acabou no Ocidente. O iluminis-
mo e o romantismo desferiram um golpe fatal no princípio da analogia, abrindo cami-
nho à modernidade. Daí para a frente, tendo Deus morrido, o homem passou a contar
apenas consigo próprio para fazer o seu caminho. A visão de um mundo separado e
autotélico é aprofundada pelas tecnologias da imagem, que começaram por meados
do século XIX, com a invenção da máquina fotográfica, prosseguiram com o cinema,
a televisão e o vídeo, e chegaram à internet e ao digital (Martins, 2009). A tecnolo-
gia, hoje, não aspira apenas a fazer-nos o braço; quer produzir-nos por inteiro. E é
um facto, a tecnologia não apenas faz expandir a experiência do humano, por exem-
plo, através da máquina fotográfica, da programação informática e do design gráfico,

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como fez crescer, exponencialmente, as nossas práticas de simulação e de simulacro


(Baudrillhard, 1981), assim como a nossa capacidade de produzir seres artificiais e
virtuais. E à expansão da nossa experiência e conhecimento corresponde, igualmente,
uma expansão da narrativa, uma expansão do nosso modo de nos narrarmos, de falar-
mos de nós (Jenkins, 2003; Sousa, Martins & Zagalo, 2016).
No entanto, por muito excitantes e admiráveis que sejam os novos territórios, as
novas paisagens e os novos ambientes eletrónicos, o humano não pode deixar de sentir
o perigo e de se mostrar desassossegado. Porque deixou de ter fundamento seguro,
território conhecido e identidade estável.

A cultura em perigo e a democracia em risco


O Ocidente foi construído pelos logos grego e cristão, uma palavra que é também
razão, sentido e direção, e por um horizonte de comunidade, de unidade integradora,
que o princípio de analogia tornou possível (Martins, 1994). Entretanto, a substituição
do regime da analogia pelo regime tecnológico fez cair o “acento grave da historicida-
de” e o “acento circunflexo (um acentro de expansão do tempo) da eternidade” (Paul
Celan, 1971), e mobilizou-nos para as urgências do presente, que são sempre, como
vimos, as urgências para um mercado qualquer e para uma competição qualquer,
ocorrendo então a retração do logos e a promoção do pathos, a retração da razão e a
promoção da emoção, a substituição do horizonte de comunidade pelos mais variados
interesses, próprios de uma sociedade tribal. Nestas circunstâncias, os tempos não
vão bons para a ideia de cidadania e de democracia. Nos últimos tempos, temos visto
aproximarem-se da boca de cena da história, a multidão, o populismo e o nacionalis-
mo, fomentando toda a espécie de egoísmo, promovendo a xenofobia e a intolerância,
e colocando em risco a comunidade humana.
A democracia é uma das instituições do regime literário, que fez o Ocidente, ao lado
das universidades e do jornalismo. Dizia Jorge Luís Borges (1969), no poema Unending
gift, que apenas pela palavra podemos prometer. E, com efeito, a democracia foi sem-
pre uma promessa de liberdade. Assim como as universidades foram uma promessa de
emancipação histórica. E o jornalismo foi uma promessa de cidadania. Além disso, o
regime literário fundou-se no princípio da analogia, com todas as coisas a remeterem
para uma causa anterior que as explicava, sendo que a última das causas reunia tudo na
unidade, ou seja, numa ideia de comunidade. Mas o regime literário foi substituído pelo
regime tecnológico. O princípio da analagia desfez-se. E todas as coisas servem, agora,
o mercado, a competição, o empreendedorismo, a estatística e o ranking.
Nestas condições, o humano passou a viver em sobressalto e em desassossego,
assim como todas as instituições, que até então o garantiam, pois que também elas en-
traram em crise. E os média exprimem esta cinética do mundo, pelo que manifestam
cada vez maiores dificuldades na promoção da cidadania e na proteção e aprofunda-
mento da democracia.

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