TCC Maria Alice 12-03

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OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS PROFESSORES DE APOIO COM OS

ALUNOS AUTISTAS

Maria Alice Silvionato De Oliveira


Acadêmica do curso de Pedagogia da Faculdade Almeida
Rodrigues (e-mail: silvionatoazaz09@gmail.com )

Larissa Ribeiro Do Prado


Acadêmica do curso de Pedagogia da Faculdade Almeida
Rodrigues (e-mail: lariissa.praadoo@gmail.com )

Rúbia Wérita de Sousa Nogueira


Orientador(a) do curso de Pedagogia da Faculdade Almeida
Rodrigues (e-mail: rwerita@yahoo.cim )

RESUMO

Palavras-chave: Professora de apoio, autismo e inclusão


THE CHALLENGES FACED BY TEACHERS SUPPORTING AUTISTIC STUDENTS

ABSTRACT
Keywords:

1 INTRODUÇÃO
O autismo — nome técnico oficial: transtorno do (TEA) — é uma condição de
saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação
verbal e não verbal) e (interesse restrito ou hiperfocais e movimentos respectivo as
muitos subtipos do transtorno. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos
vários níveis de suporte que necessitam — doenças e condições associadas
(concorrências), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas
independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais
tiveram diagnóstico. ( Paiva Junior revista autismo 2004)

Quais são as dificuldades enfrentadas diariamente pelos professores de apoio


que trabalham com alunos com autismo em sala de aula no processo de ensino
aprendizagem? A pesquisa tem como objetivo geral identificar as dificuldades
enfrentadas diariamente pelos professores de apoio que trabalham com autismo em
sala de aula. Para alcançar, o estudo no primeiro momento sendo feita as
qualificações dos profissionais que atuam, direta e indiretamente. Em seguida,
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evidenciou os recursos disponibilizados pela a escola para melhor desenvolvimento.


Por fim, registrou o vínculo e a participação dos pais de crianças autistas na escola.

O projeto de pesquisa por uma abordagem qualitativa. Essa abordagem


estuda o curso das interações e a elaboração, buscando assim reconstruir as
estruturas do campo social e o significado latente das práticas no ambiente escolar.
A pesquisa qualitativa revela uma situação rica e real em dados descritivos, além da
realidade de maneira complexa, visando desenvolver uma subjetividade, também se
observa que a qualitativa faz um papel de observador participante para que seja
comparada a dos indivíduos observador e observado, ou seja, deve delimitar o
objeto de estudo, o foco, o local para a realização da pesquisa, esses aspectos são
consideráveis, pois dará qualidade aos dados obtidos sem excesso de informação.
(FLICK, 2004)
Atualmente a mídia tem se interessado vida de pessoas com autismo e
principalmente a sua inclusão na área da educação, tem se notado um cuidado em
incluir pessoas autistas, levando-as a viver uma vida comum em sociedade, . A
inclusão é uma prática relativamente recente, por isso há certa dificuldade entre os
profissionais da área da educação ao trabalhar com os alunos (as) autistas.
O nosso interesse nesse tema surgiu ao observarmos que durante o estágio
nos anos inicias e nas nossas experiências , havia alunos inclusos com diferentes
tipos de comorbidades, e nesse cotidiano já vivenciamos o quanto essa inclusão faz
diferença na vida das pessoas, veio ao presenciar um aluno autista, onde a
professora mesmo com todas as dificuldades que a inclusão trás conseguiu incluir a
criança nas atividades de socialização e desenvolvimento.

2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A escola é um lugar no qual proporciona interação de aprendizagens


significativas a todos os seus alunos, baseadas na cooperação e na diferenciação
inclusiva. Partindo do pressuposto de que, todos os alunos estão na escola para
aprender e, por isso, participam e interagem uns com os outros, independentemente
das dificuldades mais ou menos complexas que possam evidenciar, e às quais cabe
à escola adaptar-se, nomeadamente porque esta atitude constitui um desafio que
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cria novas situações de aprendizagem para todos os intervenientes da comunidade


escolar (AINSCOW, 1998).
Se não há inclusão no ambiente escolar, haverá dificuldades para inclusão na
sociedade. Cada aluno autista é único e podendo ter ou não necessidades
singulares, assim será sempre necessário para ter sucesso da sala de aula
adaptações constantes, para que esse objetivo seja alcançado é importante fornecer
instruções claras e concisas e, se necessário, usar recursos visuais para ajudar na
compreensão, levando sempre em consideração que os mesmos podem ser
altamente sensíveis a estímulos sensoriais, como luzes com efeitos ou som alto
(AINSCOW, 1998).
É de fundamental importância um ambiente escolar adequado que favoreça
aos estudantes os ensejos necessários para que desenvolvam suas potencialidades.
É necessário viabilizar e incentivar todos os alunos, ou seja, que todos possam
aprender juntos sempre que possível, independentemente de qualquer dificuldade e
das diferenças que possa apresentar, qualquer atitude discriminatória (BORDIN,
2009).
Nos dias atuais umas das maiores dificuldades enfrentadas pelos professores
ao lidar com o autismo em sala de aula é falta de estrita e preparação das escolas.
recursos para atender essas crianças que necessitam de inclusão. Nota-se que por
estar em fase de descoberta, não encontramos órgãos que estejam dispostos a
tratar este assunto como necessário (CAMARGO; BOSA, 2009).
O Governo federal Brasileiro instituiu por meio da lei n° 12.764 de dezembro
de 2017a política Nacional de proteção dos direitos da Pessoa com transtornos do
espectro Autista, caracterizado o TEA como uma deficiência persistente e
clinicamente significativa da comunicação e da interação social. É manifestada por
uma possível deficiência verbal e não verbal usada para a interação social pode
desenvolver dificuldades para manter relações.
Toda criança tem o direito de ser alfabetizada, interagir, socializar com os
demais, é extremamente importante que os pais caminhem junto com a escola para
acompanhar o desenvolvimento do aluno. É fundamental que todos professores,
agentes de apoio, tenha acesso a um estudo aprofundado, tenha uma preparação
para lidar com esse aluno.
É também imprescindível aconteça alterações urgentes na rede regular de
ensino, como, por exemplo, a deve ser um critério prioritário em uma escola
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inclusiva, organizar cursos de , oficinas e outros mecanismos que a formação e


demais funcionários da escola, para que a falta de preparo seja mais considerada
um obstáculo na efetivação desse processo (BORDIN, 2009).
Através das formações continuadas que ocorrem semestralmente na rede
municipal de ensino, entretanto ainda assim alguns desafios são encontrados.
Primeiramente os temas tratados são bem genéricos, tratam da inclusão (quando
tratam) de forma generalizada, sem especificar uma ou outra limitação. Outra
dificuldade é que ocorrem em um ou dois dias no máximo, o que impede os
funcionários aprendam e participem de uma palestra ou oficina sobre o tema,
ficando apenas a cargo dos professores e dos estagiários aprenderem sobre o tema,
visto que enquanto eles estão em sala aprendendo, os demais professores estão
nas outras salas debatendo outros temas relacionados às disciplinas que ensinam
(MENEZES, 2012).
Os profissionais da educação devem demonstrar conhecimento em todos os
aspectos de intervenção e manejo no que diz respeito a inclusão com isso compete
a Instituição escolar dar ferramentas aos profissionais sobre e qualquer caso que
envolva a inclusão fundamental que as Leis educacionais permitam o professor
transcender em sua profissão. (DRUMOND, 2010)
Contudo, os professores acreditam que a qualificação profissional tem
melhorado, mesmo que de forma individualizada, visto, desta forma ao
reconhecermos que existem dificuldades nos sistemas de ensino, temos que admitir
que existam também práticas de segregação e que não são eficientes para atender
de forma eficaz a grande maioria dos estudantes com necessidades especiais,
tirando deles o direito de ser incluído (KLIN, 2006).

2.1 Conhecimento dos professores relacionados à inclusão escolar

Alguns professores acreditam que para incluir é necessário quebrar


paradigmas, fazendo com que alunos possam participar juntos, independentemente
de suas especificidades, pois crianças com autismo precisam ser inclusas, aceitas
no ambiente escolar como pessoas “normais”, sem preconceito, para que possam
ser alfabetizadas e aprendam a se desenvolver. (PLETSH; LIMA, 2014).
Para outros professores a palavra inclusão seria apenas “incluir”.
Pensamentos como estes servem para mostrar a importância de se continuar os
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estudos acerca da temática, fazendo com que professores principalmente aqueles


que lidam diariamente com alunos autistas, se encantem com este mundo e queiram
a cada dia mais estudar, pesquisar, formar opinião desta realidade, para que os
paradigmas sejam quebrados e aumente o conhecimento dos professores
(OLIVEIRA, 2015).
Ainda nos dias atuais são poucas as pesquisas sobre inclusão de crianças
autistas no ensino regular, e isso acaba refletindo nesta realidade, ou seja, o número
de crianças autistas incluídas é pequeno, apesar de que vem aumentando ano após
ano, mas, ainda se comparadas aos outros alunos que integram a inclusão
(CAMARGO; BOSA, 2009).
Mesmo que a proposta de inclusão represente uma expressão de direitos
humanos, sabemos que o processo de incluir depende da formação das pessoas, o
que torna a tarefa da família e da escola muito mais importante. Transformar os
valores da formação das pessoas reconhecendo os direitos de cidadania de todos é
primordial para a real efetivação da inclusão escolar com qualidade (CALLONERE,
2002).
Inclusão não é apenas uma presença física, é um sentimento. Trata-se da
troca de pertencimento entre a escola e a criança, ou seja, a criança precisa sentir
que pertence a escola e a escola precisa sentir que é responsável por esta criança.
É de suma importância ressaltar que a responsabilidade por este aluno continua
sendo do professor regente e escola, jamais propondo atividade diferente, pois isto
estaria dificultando a inclusão propriamente dita (PLETSH; LIMA, 2014).
A melhor maneira para a formação dos docentes na área de educação
especial, é propiciar melhores condições de viabilizar a escolarização do aluno
autista, mas cabe também à família e aos pais, conhecer de forma efetiva os fatos
que abarcam seus filhos, principalmente neste caso, com o filho que é autista (KLIN,
2006).
É notório que, ao proporcionar às crianças autistas uma oportunidade de
conviver (incluindo-as) com outras crianças da mesma faixa etária, cria-se a
possibilidade dessa criança estimular as suas capacidades interativas, impedindo
desta forma, o isolamento contínuo (CAMARGO; BOSA, 2009).
Conhecer a inclusão escolar fará com que os pais possam entender que os
direitos dos filhos possam ser desenvolvidos no ambiente escolar, fazendo com que
se alcance a finalidade real de todo este projeto, que é a inclusão na sociedade,
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tornando isto algo natural e compartilhado entre todos. De um lado defendemos que
é necessária uma formação profunda por parte dos profissionais que lidam com a
educação inclusiva, isto não pode servir como “muleta” para a exclusão.
Menezes (2012), pontua que durante muito tempo acreditava ser possível
generalizar pessoas com TEA a partir de um mesmo diagnóstico e, assim,
padronizar estratégias. Hoje, sabemos que essa noção é simplista. Ainda que
apresentem diagnósticos iguais, duas pessoas podem reagir às mesmas
intervenções de maneira distinta. A ideia de que a escola precisa antes estar pronta
para só depois receber os alunos com deficiência é baseada na expectativa ilusória
de um saber pronto, capaz de prescrever como trabalhar com cada criança.
Quando se fala em autismo, muitos imaginam uma criança totalmente isolada,
escondida em um canto da casa. Segundo um estudo publicado em 2018 pelo CDC
-Center for Disease Control and prevention, o autismo afeta hoje uma em cada 59
crianças, e o número cresce de forma alarmante.
Uma criança que não fala, ou que fala por ecolalia, enfrenta uma grande
dificuldade de exteriorizar suas vivências para o outro, muitas vezes manifestando
comportamentos estranhos e incompreensíveis às outras pessoas. Assim, através
da escrita, a criança pode se expressar e manifestar quem ela realmente é; este
método também pode auxiliar no início de uma relação terapêutica, motivando a
criança a se comunicar oralmente com o terapeuta (BERNARDINO, 2015; BIALER,
2015).
Nas obras de Tito Rajarshi Mukhopadhyay, jovem indiano diagnosticado com
autismo severo, Bialer (2016) observou que a escrita, lhe possibilitou expressar suas
vivências e o sentido de seu autismo, compartilhando sua subjetividade e o impacto
terapêutico resultante de sua escrita, destacando a importância terapêutica do ato
de escrever na clínica voltada ao autismo.
Segundo a autora, Tito trouxe questões subjetivas de extrema importância no
campo do autismo, como apreender o fluxo de energia vital, a não sobreposição
entre o corpo e a mente, a sujeição a um apoio externo visando um movimento mais
dinâmico de escrita, seu temor frente o desamparo e instabilidades do mundo, entre
outros (BIALER, 2016).
Segundo Lerner (2008) enquanto o conhecimento está remetido à
compreensão inconsciente em seu papel de formação do sujeito, é preciso analisar
esta relação ao tratarmos de indivíduos nos quais o processo de formação psíquica
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está prejudicado. Portanto, a partir dessas observações, podemos considerar o ato


de escrever como um poderoso meio de expressão, através do qual, o indivíduo com
autismo pode mostrar-se ao mundo e derrubar as barreiras impostas pela sua
sintomatologia, auxiliando-nos, inclusive, a compreender o transtorno e suas
diferentes formas de manifestação.
Macedo (2010) considera que o autismo, sendo um distúrbio relacionado ao
vínculo, necessita de recursos técnicos que possibilitem maior variedade de
situações, contatos e relações. Portanto, é relevante analisar o método grupal como
um modelo terapêutico importante no tratamento de crianças com espectro autista,
na intenção de estimular pulsões e proporcionar interações entre as crianças
participantes e entre elas e os terapeutas (OLIVEIRA, 2015).
No sentido de uma melhora de socialização, Simões e colaboradores (2010)
acreditam que o processo grupal é mais eficiente, neste aspecto, quando acontece
através em que estejam envolvidos os indivíduos com autismo, suas famílias e os
profissionais de saúde, assim, todos os indivíduos implicados no processo podem
permanecer afetivamente unidos, gerando uma criação de vínculo.
A brincadeira é entendida como a possibilidade de uma comunicação e do
encontro entre a realidade subjetiva e a percebida, o que auxilia na maturação do
indivíduo, pois este encontro equivale a uma forma de integração da pessoa
(Fulgencio, 2008).
Usualmente os indivíduos com TEA apresentam dois tipos de problemas que
estão associados, são estes as falhas e os excessos presentes no âmbito
comportamental, sendo assim, pode haver uma ausência ou escassez de
comportamentos significativos como o contato visual e as verbalizações naturais e,
ainda assim, existir a presença de agressões e movimentos estereotipados
(MARTONE & SANTOS-CARVALHO, 2012)
De acordo com Gomes e Pujals (2015) essa abordagem psicoterápica propõe
o desenvolvimento de habilidades nos cuidados pessoais ou atividades cotidianas
básicas, como escovar os dentes ou vestir-se, através do treinamento do
comportamento desejado (modelagem), esquemas de reforço, etc. Além disso,
também visa obter meios de controle da impulsividade e agressividade, que
usualmente se manifestam no transtorno.
Diversas técnicas podem ser consideradas componentes da abordagem
cognitivo comportamental, tais como: testes de diferenciação, aprendizagem por
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aproximações sucessivas, controle e alterações de estímulos, incluindo técnicas de


reforço positivo que são de suma importância para a relação terapêutica (GOMES &
PUJALS, 2015).
Todorov e Hanna (2010) assinalam em seu estudo que a análise do
comportamento não é considerada uma área da psicologia e, sim, uma forma de
analisar o conteúdo da psicologia. Como método científico, a definição da ABA se
baseia nos conceitos de Skinner (1953), para avaliar, descrever e remodelar
comportamentos (CAMARGO & RISPOLI, 2013).
Segundo o mesmo, a partir da premissa do condicionamento operante, os
comportamentos se desenvolvem durante a interação do indivíduo com seu
ambiente (SKINNER, 1953).
A técnica ABA envolve uma observação minuciosa de como os eventos
ambientais podem controlar o comportamento do indivíduo e envolve programas
comportamentais que buscam uma melhoria em diversas habilidades, tais como:
linguagem, sociabilidade e capacidade acadêmica; assim, este modelo se propõe à
redução de alguns problemas comportamentais graves que são constantemente
associados ao transtorno (FERNANDES & AMATO, 2013; VISMARA & ROGERS,
2010).
A facilitação da elaboração para crianças e profissionais ajudou este esquema
a se tornar um sistema de prática de comunicação social bastante popular para
crianças com TEA. O PECS se diferencia dos outros métodos de comunicação por
três motivos, que são: i) não exige habilidades anteriores, como contato visual,
gestos e imitação verbal; ii) foi criado para debater a falta de motivação para o
reforço social; iii) rapidamente ensina a começar, ao invés de ensinar a responder
antes de iniciar (FLIPPIN, RESZKA & WATSON, 2010; TIEN, 2008).
O método TEACCH – sigla em inglês para Treatment and Education of
Autistic and Communication Handicapped Children – foi desenvolvido por Schopler e
validado em 1972, nos Estados Unidos (EUA). Tornou-se o primeiro programa
estadual destinado ao atendimento de crianças com autismo e com déficits na
comunicação. Desde então, o TEACCH foi introduzido em salas especiais de
escolas públicas do país e, para isso, os professores dessas escolas, bem como os
pais dos alunos, se aprimoraram neste método (GOMES & SOUZA, 2008; SANTOS,
2009).
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A Teoria Behaviorista e a Psicolinguística são utilizadas como bases teóricas


para o TEACCH, este preza pelas descrições dos comportamentos, a utilização de
esquemas passo a passo e a utilização de reforçadores, evidenciando, assim, os
aspectos comportamentais. Em contrapartida, a psicolinguística proporcionou o
encontro de técnicas que visassem compensar as faltas na comunicação presentes
no transtorno, utilizando mecanismos visuais voltados para a relação entre o
pensamento e a linguagem (KWEE, SAMPAIO & ATHERINO, 2009)
Um aspecto essencial no método TEACCH é a participação dos pais da
criança, estes são entendidos como parte integrante do processo terapêutico,
colaborando com os profissionais e executando um trabalho individual, porém,
visando a melhoria da criança (MASSE et al., 2007).
É importante destacar a maneira transdisciplinar e generalista deste modelo,
o que permite incluir profissionais de diversas áreas, possibilitando que estes
assumam um compromisso com o indivíduo em sua totalidade e, também,
compreender a opinião dos pais em relação ao seu filho (KWEE, 2006).
Contudo, a partir das leituras feitas para este trabalho, conclui-se de maneira
a concordar com o pensamento de Silva e Rocha (2008) ao discorrerem em seu
estudo que, além da escolha de uma abordagem psicoterápica, é extremamente
importante refletir o que a prática clínica de pacientes com Transtorno do Espectro
Autista nos revela sobre o acolhimento, respeito e reconhecimento do outro em sua
diferença, já que estes gestos continuam sendo o que de mais importante e
terapêutico a clínica é capaz de proporcionar através do contato de um ser humano
com o outro (OLIVEIRA, 2015).

3.2.1 Estratégias práticas de ABA para alunos autistas.

‘ O método ABA trabalha no reforço dos comportamentos positivos. A terapia


ABA é o único tratamento que possui evidências científicas suficientes para ser
considerados eficaz, segundo a Associação de ciências do tratamento do autismo
nos Estados Unidos (GOYOS,2018).
O objetivo principal da intervenção ABA é analisar o comportamento aplicado
(Applied Behavior Analysis - ABA) é uma ciência na qual as intervenções derivam
dos princípios do comportamento e têm como objetivo secundário aperfeiçoar
comportamentos socialmente relevantes, visando o ensino de habilidades que
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permitam ao indivíduo acessar itens de seu interesse, atividades e ambientes para


uma melhor qualidade de vida, além de proporcionar independência e convívio
social.
A ABA é uma ciência baseada em evidências científicas que demonstram sua
eficácia em diferentes indivíduos, principalmente para indivíduos com o diagnóstico
de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Assim, uma intervenção em ABA resume-se à um conjunto de tecnologias a
serem utilizadas para compor uma intervenção personalizada, devendo sempre ser
revisada a fim de serem realizados os ajustes necessários para se alcançar os
objetivos estabelecidos. Além disso, a intervenção pode envolver um ensino mais
estruturado (DTT – Ensino por tentativas discretas) ou em ambiente natural (ensino
naturalístico), a depender das necessidades de cada indivíduo e sempre com o
objetivo de desenvolver as habilidades e déficits (e que sejam relevantes para o
indivíduo) apontadas na avaliação comportamental.
Tem o intuito de trabalhar os defitis, identificando o comportamento que a
criança tem dificuldades ou até inabilidades e que prejudicam suas vidas é suas
aprendizagens, diminuir a frequência e intensidade de comportamento de birra ou
indesejáveis como por exemplo agressividade, estereotipias que dificultam o
convívio social e aprendizagem desses indivíduos.
Estratégias práticas de ABA para alunos autistas é caracterizada por dividir
sequências de aprendizagem em passos pequenos ensinados um de cada vez
durante uma série de tentativas. Um comando por dia, como por exemplo pedir a
criança para pegar o caderno e guardar na bolsa , quando a criança não
compreende, você fala devagar e faz a ação, depois peça a criança que faça, pois a
criança fazendo, você é um reforço e estimula a mesma (OLIVEIRA, 2015).

METODOLOGIA

O projeto de pesquisa foi embasado por uma abordagem qualitativa. Essa


abordagem estuda o curso das interações e a elaboração, buscando assim
reconstruir as estruturas do campo social e o significado latente das práticas no
ambiente escolar. A pesquisa qualitativa revela uma situação rica e real em dados
descritivos, além da realidade de maneira complexa, visando desenvolver uma
subjetividade, também para a pesquisa qualitativa traz um papel de observador
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participante para que seja comparada a vivencia dos indivíduos observador, ou seja,
deve delimitar o objeto de estudo, o foco, o local para a realização da pesquisa,
esses aspectos são consideráveis, pois dará qualidade aos dados obtidos sem
excesso de informação. A pesquisa tem um papel observador, onde deve se
planejado como pode ser observado, para a pesquisa tenha validade temos que
avaliar o objeto de estudo, o foco, o local para a realização da pesquisa , embasado
nisso fazer uma coleta de dados, pegando todas as informações que acreditamos
ser significativas para nosso estudo através de artigos, pesquisas bibliográficas e
qualitavas , pesquisa a campo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

OBRIGATÓRIO PARA ESSE TEXTO, DE MANEIRA SUCINTA, APRESENTAR


UMA RELAÇÃO DAS HIPÓTESES PROPOSTAS COM O OBJETIVO ALCANÇADO,
OS QUAIS FORAM DESENVOLVIDOS NO PROJETO DE PESQUISA DO
PERÍODO PASSADO

REFERÊNCIAS

AINSCOW, Mel. Necessidades especiais na sala da aula – um guia para a


formação de professores. Instituto de Inovação Educacional: Edições UNESCO,
1998.

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BRASIL, Lei n° 12.764 de 27 de dezembro de 2012. Lei Brasileira que institui a


Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista. Diário Oficial da União, 27 Dez 2012.

BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Educação Especial na


Perspectiva da Educação Inclusiva: Portaria nº 555/2007. Disponível em: . Acesso
em 15 de novembro de 2018.
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Rio de Janeiro: Universidade Estadual do Rio de Janeiro; 2014.

SINOPSE DO LIVRO”S.O.S. Autismo: Guia completo para entender o transtorno do


espectro autista’’.

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