IPCC Se Nada For Feito, Colapso Climático É Imin
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Início > Atualidades > IPCC: se nada for feito, colapso climático é iminente
09/08/2021
Por Herton Escobar
Arte: Lívia Magalhães/Jornal da USP
A
s mudanças climáticas são reais,
causadas pelo homem, estão se
intensiCcando numa velocidade
espantosa, sem precedentes nos últimos
2 mil anos (pelo menos) e com consequências
potencialmente gravíssimas para os seres
humanos e o planeta, incluindo a intensiCcação
de tempestades, secas e ondas de calor
extremo. Muitas dessas consequências — como
o derretimento de geleiras e o aumento do nível
do mar — são irreversíveis, até mesmo numa
escala de milhares de anos; mas ainda há tempo
de evitar uma calamidade climática global,
desde que a espécie humana reduza
imediatamente, e de forma bastante
signiCcativa, suas emissões de gases de efeito
estufa para a atmosfera. Sem isso, é
“extremamente provável” (95% a 100% de
probabilidade) que o aquecimento global
ultrapasse a perigosa marca de 2 graus Celsius
até o Cnal deste século, com grandes chances
de chegar a 1,5°C já nos próximos 20 anos, caso
as emissões de carbono permanecerem no nível
atual. Num cenário mais pessimista de aumento
de emissões, o aquecimento poderia ultrapassar
4°C antes de 2100.
Limite à vista
Uma mudança que chama a atenção no novo
relatório é o recálculo da quantidade de carbono
já emitida pelo homem e o encurtamento da
janela de tempo dentro da qual os
pesquisadores estimam que o aquecimento
global ultrapassará a marca de 1,5°C acima da
temperatura “normal” da era pré-industrial.
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Eventos extremos
O excesso de CO2 (e outros gases de efeito
estufa) produzido pelo homem transforma a
atmosfera numa espécie de cobertor mais
grosso, que acaba aquecendo o planeta além do
desejado. É um cobertor transparente, que
permite a passagem da radiação solar mas
impede que o calor gerado por ela na superfície
do planeta se dissipe no espaço, tal qual os
vidros de uma estufa (daí o nome “efeito estufa”,
que é um fenômeno natural e essencial à vida,
mas que está sendo exacerbado pela ação
humana).
Cenários futuros
Por mais soCsticadas que sejam as simulações
feitas pelos cientistas, não há como prever
exatamente o que vai acontecer no futuro —
porque esse futuro, obviamente, é inguenciado
por uma enormidade de variáveis, não apenas
climáticas, mas também econômicas, políticas e
sociais. Por isso, em vez de fazer uma única
previsão, o cientistas sempre trabalham com
diversos cenários, buscando projetar o que pode
acontecer no futuro em diferentes
circunstâncias.
Mar em fúria
Uma das consequências mais impactantes e
mais irreversíveis do aquecimento global é a
elevação do nível do mar, causada por uma
combinação de aumento da temperatura da
água (que aumenta o volume dos oceanos, por
um processo físico de expansão térmica) e do
derretimento em massa de geleiras, tanto em
terra quanto nos oceanos.
Panorama global
O aquecimento global não se manifesta de
forma homogênea em todo o planeta. Segundo o
relatório do IPCC, a temperatura de superfície
global da Terra aumentou cerca de 1,1ºC desde
o início da era industrial, mas esse aquecimento
foi maior sobre áreas terrestres (1,6ºC) do que
sobre os oceanos (0,9ºC) e algumas regiões
estão aquecendo muito mais rápido do que
outras. A região do Ártico é a mais preocupante,
pois está aquecendo duas vezes mais rápido do
que o resto do planeta, e a cobertura de gelo
marinho durante o verão vem diminuindo
signiCcativamente nas últimas décadas. Até
2050, os pesquisadores estimam que já haverá
verões completamente sem gelo marinho na
região.
Consequências regionais
Esse gráCco mostra como cada região do
planeta deverá ser afetada por uma combinação
de eventos extremos, num cenário de 2ºC de
aquecimento global. Olhando para o Brasil, a
previsão é que a região Norte se torne mais
quente e seca, o que poderá alterar gravemente
o equilíbrio ecossistêmico da Amazônia como
um todo. O mesmo aconteceria na região
Nordeste, que já é naturalmente muito seca, o
que traria impactos gravíssimos para a
segurança hídrica, energética e alimentar da
região. A região Centro-Oeste, onde está
concentrada a maior parte do agronegócio
brasileiro, também Ccaria mais quente e seca,
enquanto que o Sudeste Ccaria, além de mais
quente, sujeito a mais extremos climáticos de
natureza hídrica.
Mensagens principais
Veja abaixo as 14 grandes conclusões listadas no
Sumário para Tomadores de Decisão do sexto
relatório do Grupo de Trabalho 1 do IPCC (cada
uma delas é explicada de forma detalhada no
documento):
Workshop: Lançamento do n…
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