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Módulo 6 –A Civilização Industrial – Economia e Sociedade; nacionalismos e choques

imperialistas
1. As transformações económicas na Europa e no Mundo :

1. Contrapor protecionismo e livre-cambismo:

Enquanto o protecionismo visa proteger indústrias e empregos locais através de barreiras


comerciais de maneira a aumentar os preços e gerar retaliação , o livre-cambismo busca
liberalizar o comércio internacional, removendo barreiras para promover eficiência e
especialização, pode deslocar empregos e criar desigualdades temporárias.

2. Caracterizar as crises do capitalismo :

Crises do capitalismo são eventos cíclicos que abalam a estabilidade económica e


social , resultando numa recessão, desemprego e instabilidade financeira. São
desencadeadas por diversos fatores, como especulação financeira, choques externos e
falhas no sistema financeiro. Essas crises possuem um impacto significativo uma vez que
afetam múltiplos setores ( como indústria manufatureira , setor financeiro , mercado de
trabalho , etc ) e países, e muitas das vezes exigem respostas políticas coordenadas para
amenizar os devidos efeitos para o seu país bem como interesses.

-O mercado internacional e a divisão internacional do trabalho.

1. Explicar os fundamentos da divisão internacional do trabalho:

A divisão internacional do trabalho baseia-se em alguns fundamentos essenciais que


incentivam a especialização produtiva e a troca entre os países, de forma a aumentar a
eficiência e o bem-estar económico global , como :
Vantagem Comparativa: Países que se especializam na produção de bens e serviços a
que têm custos de produção mais baixos em relação a outros países, o que promove
eficiência e a troca comercial.
Diferenças de Recursos Naturais: Países que possuem diferentes recursos naturais,
levam à especialização na produção de bens que dependem desses recursos.
Diferenças de Habilidades e Tecnologia: Países que possuem diferentes níveis de
habilidades, conhecimentos e tecnologia, resultam na especialização de produção de bens
que exigem habilidades específicas ou tecnologia avançada.
Economias de Escala e Escopo: Ao concentrar-se na produção de determinados bens e
serviços, os países podem alcançar economias de escala e escopo, reduzindo os custos de
produção.

Conceitos :

Capitalismo Industrial: Refere-se a uma fase do capitalismo que se desenvolveu


principalmente nos séculos XVIII e XIX, caracterizada pela ascensão da produção em
massa, utilização extensiva de máquinas, concentração de capital e surgimento de fábricas.
Nesse período, houve uma transição significativa da produção artesanal para a produção
em larga escala, impulsionada pela Revolução Industrial.
Crise Cíclica: Refere-se aos períodos de instabilidade económica que ocorrem
periodicamente dentro do sistema capitalista. Essas crises envolvem uma série de
eventos, como recessão, desemprego e instabilidade financeira, e são
caracterizadas por ciclos de expansão e contração econômica.

Estandardização: É o processo de uniformização de produtos, processos ou


práticas para garantir consistência e qualidade. Na indústria, a estandardização
pode envolver a adoção de normas técnicas, especificações de produtos ou
procedimentos operacionais para facilitar a produção em massa e garantir a
interoperabilidade entre sistemas.

Livre-cambismo: É uma política económica que defende a liberalização do


comércio internacional, removendo barreiras comerciais como tarifas, quotas e
restrições comerciais. O livre-cambismo busca promover a eficiência econômica,
permitindo que os países se especializem na produção de bens e serviços em
que têm vantagens comparativas e facilitando a troca de produtos entre nações.

Progressos Cumulativos: Refere-se ao processo pelo qual o conhecimento, a tecnologia e


o desenvolvimento avançam ao longo do tempo, com cada nova descoberta ou inovação
baseando-se nas conquistas anteriores. Esse conceito sugere que o progresso não ocorre
de forma isolada, mas é resultado de avanços incrementais que se acumulam ao longo do
tempo fundamentais para o desenvolvimento humano e económico.

2.A Sociedade Industrial e Burguesa

2.1 A explosão populacional; a expansão urbana e o novo urbanismo;


migrações internas e emigração.
1.Interpretar a explosão populacional do século XIX
No século XIX, a população aumentou devido a avanços na medicina, higiene e agricultura,
além dos efeitos da Revolução Industrial, que melhoraram as condições de vida e a
disponibilidade de alimentos.

2.Justificar a expansão urbana :


No século XIX, mais pessoas foram viver nas cidades por causa das fábricas que davam
empregos, o que resultou em um crescimento urbano rápido.

3.Caracterizar o novo urbanismo oitocentista:


O novo urbanismo do século XIX fez cidades crescerem rapido devido à industrialização e
migração rural, resultando em expansão desordenada, condições precárias de vida e falta
de planejamento adequado.

4.Distinguir a origem e o destino das migrações internas :


A origem das migrações internas são áreas menos desenvolvidas, como o campo,
enquanto o destino é geralmente áreas urbanas em busca de oportunidades melhores.

5. Explicar o fenómeno emigratório :


No século XIX, o fenômeno emigratório foi impulsionado por condições econômicas
desfavoráveis e eventos como guerras, levando muitas pessoas a deixarem seus países em
busca de uma vida melhor em regiões como os Estados Unidos e América do Sul. Isso teve
impacto tanto nos países de origem quanto nos de destino.

2.2. Unidade e diversidade da sociedade oitocentista * (aprofundamento)*:

1.Evidenciar a unidade e a diversidade da nova sociedade de classes

2
No século XIX, a sociedade tinha pessoas trabalhadoras nas cidades, mas também havia
muita diversidade com diferentes grupos sociais, como os ricos e os pobres.

2. Distinguir as classes burguesas quanto ao estatuto económico e aos


valores e comportamentos assumidos
No século XIX, as classes burguesas distinguiam-se pelo estatuto económico: a
alta burguesia era muito rica, enquanto a baixa burguesia tinha menos dinheiro.
Em termos de valores e comportamentos, a alta burguesia valorizava o sucesso
financeiro e o prestígio social, enquanto a baixa burguesia tendia a ser mais
conservadora em relação aos gastos e priorizava a estabilidade financeira.

Reconhecer, nas formas que o movimento operário assumiu, a resposta


à questão social do capitalismo industrial;

1.Durante o capitalismo industrial, os trabalhadores enfrentavam condições de


trabalho cansativas, com turnos longos e perigosos, salários baixos, habitações
precárias e ausência de proteção social. Isso gerou uma grande desigualdade
social entre a classe operária e os proprietários das fábricas.

2.Durante o capitalismo industrial, o movimento operário concretizou-se através


da formação de sindicatos, greves, manifestações, formação de partidos políticos
próprios e investimento na educação e conscientização dos trabalhadores sobre
os seus direitos e questões sociais. Estas ações tinham como objetivo melhorar
as condições de trabalho e vida dos trabalhadores e enfrentar as injustiças do
sistema capitalista.

3.A condição dos trabalhadores durante o capitalismo industrial influenciou o


surgimento do socialismo, destacando as desigualdades sociais e econômicas do
sistema capitalista. Isso inspirou a organização política e sindical dos
trabalhadores e levou à crítica do capitalismo por explorar os trabalhadores. As
doutrinas socialistas propuseram alternativas, como a propriedade coletiva dos
meios de produção, visando uma sociedade mais justa.

4.O marxismo é uma teoria que analisa a sociedade com base no materialismo
histórico, destacando a luta de classes como motor da mudança social. Identifica
a alienação dos trabalhadores no capitalismo e propõe a transição para o
socialismo e, eventualmente, para o comunismo, onde os meios de produção
seriam propriedade coletiva e todos teriam acesso igual aos recursos.

5.O marxismo influenciou o movimento operário ao promover a conscientização


de classe, inspirar a organização sindical e política dos trabalhadores, estimular
as lutas por direitos trabalhistas, impulsionar revoluções e movimentos sociais, e
enfrentar repressão e perseguição por parte de regimes capitalistas.

3.1. As transformações políticas

1.O sistema liberal no mundo ocidental melhorou e evoluiu desde o final do


século XIX, com ampliação dos direitos civis e políticos, desenvolvimento do
Estado de Bem-Estar Social, regulação económica, expansão dos direitos
humanos e promoção da inclusão e diversidade na sociedade. Essas mudanças
adaptaram o sistema liberal às necessidades e desafios modernos, mantendo os
princípios de liberdade, igualdade e justiça.

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2. No século XIX, os Estados autoritários da Europa Central e Oriental eram
governados por regimes autoritários que limitavam as liberdades individuais,
reprimiam a dissidência política e mantinham o poder concentrado nas mãos de
uma elite governante. Esses regimes enfrentavam profundas desigualdades
sociais e econômicas, com uma elite privilegiada controlando recursos e terras,
enquanto a maioria da população vivia em condições de pobreza. Movimentos
nacionalistas e revolucionários surgiram desafiando esses regimes, buscando
formas de governo mais democráticas e representativas.

3. Nos Estados autoritários da Europa Central e Oriental, as nacionalidades eram


frequentemente subjugadas pelo governo central através de políticas de
assimilação forçada, repressão de línguas e culturas minoritárias, controle sobre
instituições educacionais e religiosas, discriminação e restrições políticas e
econômicas. Isso alimentava o desejo por autonomia ou independência.

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