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FACULDADE DA ALTA PAULISTA – FAP

PSICOLOGIA

RONALDO HENRIQUE DOS SANTOS SILVA

RELATÓRIO COMPLETO DE ESTÁGIO BÁSICO I

TUPÃ
2024
FACULDADE DA ALTA PAULISTA – FAP
PSICOLOGIA

RELATÓRIO COMPLETO DE ESTÁGIO BÁSICO I

Relatório Completo de Estágio apresentado ao Curso de


Psicologia da Faculdade da Alta Paulista - FAP, como
requisito necessário para avaliação semestral no estágio
Básico I

Coordenador de Curso: Prof. Dr.. Iuri Irving Müller


Orientador Responsável: Prof. Esp. Camila Aparecida de
Oliveira Lima

TUPÃ
2024
RONALDO HENRIQUE DOS SANTOS SILVA

Este trabalho foi apresentado como Relatório


Completo de Estágio Básico I do Curso de
Psicologia, obtendo a nota __________, atribuída
pelo Orientador prof.

______________________________________

_______de____________de 2024.

_______________________________________
Prof. Esp. ______________________
CRP: 06/
Orientador de Estágio
Faculdade da Alta Paulista
SUMÁRIO

1.APRESENTAÇÃO.............................................................................................................p. 5
2.CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO.............................................................................p. 6
2.1 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS SOBRE A ÁREA DO ESTÁGIO...............p. 6
2.2 DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO........p. 11
2.3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES.................................................................p. 12
3. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE INTITUICIONAL.............................................p. 14
4. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................................p. 15
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................p. 16
REFERÊNCIAS..................................................................................................................p. 17
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1. APRESENTAÇÃO

O presente trabalho tem o intuito de apresentar as informações acerca do Estágio Básico


I de observação do curso de Psicologia da Faculdade da Alta Paulista (FAP) realizado no
segundo semestre do segundo ano de curso. Neste trabalho, será descrito as atividades
realizadas durante as práticas, descrições do meio, as visões e interpretações do estagiário e
demais assuntos relacionados. A finalidade deste relatório visa documentar a prática do
estagiário durante seu decorrer; poder absorver e discutir acerca das observações que foram
realizadas no âmbito organizacional.
Ainda, é de extrema importância deixar registrado aquilo que ocorre, para que no futuro,
seja capaz de se estudar e comparar os resultados e análises com outros trabalhos de mesma
natureza. O Estágio Básico I do segundo semestre do ano, destina-se estritamente à observação
organizacional e seus aspectos na vivência da organização. Na observação, o estagiário busca
absorver e manter sua atenção ao ambiente, obtendo informações acerca do ambiente
observado.
Este documento é dividido em partes específicas com intuito de ser organizado e
intuitivo, possuindo numeração de páginas e sumário para orientação. Há ainda o tópico
presente de apresentação (que resume o que será discorrido neste documento), caracterização
do estágio (expondo diretamente as características do espaço e da prática em si), diagnóstico da
realidade institucional (opinião sob senso crítico acerca da instituição e seus aspectos
organizacionais), proposta de intervenção (sugestões que possam melhorar os pontos negativos
que serão citados), considerações finais e possíveis referências usadas.
O estágio foi realizado no Centro de Referência da Assistência Social, uma instituição
pública localizada na cidade de Arco-Íris, estado de São Paulo. A instituição é intermediada
pela Prefeitura Municipal da cidade como tambem à Secretaria de Direitos Humanos, Promoção
e Assistência Social.
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2. CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO
2.1 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS SOBRE A ÁREA DO ESTÁGIO
O estágio básico de observação no curso de Psicologia é essencial pois, observando o
ambiente em um campo da sociedade, é possível vivenciar e estudar as situações que compõem
a atuação do Psicólogo. A utilização da observação como ferramenta possibilita absorver os
conhecimentos, vendo na prática as situações que a profissão permite realizar. Basicamente, a
observação é a porta de entrada para a prática da profissão e de estágios mais avançados
exercidos posteriormente.
A partir de três textos trabalhados em sala (posteriormente citados), em supervisão, foi
possível estudarmos teoricamente as questões do estágio, sua desenvoltura, objetivo,
importância e outros aspectos. Apesar de já ter ocorrido anteriormente no mesmo ano, estágio
e supervisão, os textos contribuíram grandemente ao conhecimento dos estudantes
possibilitando uma ótica aguçada sobre a observação organizacional. Nessa prática, foi
realizada a observação da organização, da empresa ou instituição e seus aspectos de
funcionamento, como rotina e relação de funcionários.
Sendo observação organizacional, os textos trouxeram informações importantes sobre a
psicologia voltada ao trabalho. O primeiro texto inicia evidenciando a importância de se
atualizar acerca das definições de psicologia organizacional e do trabalho e relata que há pouco
material de estudo no assunto. A autora explica que o trabalho é fruto de uma entrevista com
uma profissional da área e pesquisas esporádicas.
Apresentando a evolução histórica da psicologia do trabalho, a autora mostra três faces
diferentes: (1) Psicologia Industrial: Seleção de pessoal e colocação profissional. Segundo
SANTOS (2011), no pós-guerra já havia temas importantes na Psicologia Industrial, como:
seleção (psicometria), classificação de pessoal, avaliação de desempenho, condições de
trabalho, treinamento, liderança e engenharia psicológica. No Brasil, havia ascensão na década
de 80; (2) Psicologia Organizacional: trata-se do estudo na estrutura da organização. Houve
uma ampliação do objeto de estudo apesar de ainda se ater aos problemas de produtividade.
Existe a ideia de desenvolvimento gerencial (DG), reduzindo conflitos e flexibilizar as relações
de trabalho; (3) Psicologia do trabalho propriamente dita: surgiu no início dos anos 70, onde “a
Administração consolidou uma escola contingencialista onde procuravam estudar os efeitos do
ambiente e da tecnologia no contexto da organização do trabalho” (SANTOS, 2011).
A partir de então, foi possível observar as convergências entre a Sociologia do Trabalho,
a Administração e a Psicologia do Trabalho. Possui como objetivo estudar e compreender o
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trabalho humano em todos os aspectos. Apesar de tudo, as duas primeiras faces diferem da
terceira no quesito preocupação na eficácia e eficiência dos trabalhadores. A maior conquista
da consultora entrevistada foi a redução a zero das reclamações trabalhistas em uma empresa
após a implantação da gestão por competências, resultado que se manteve por três anos. As
competências essenciais são conjuntos de habilidades e tecnologias que permitem à empresa
oferecer benefícios específicos aos clientes.
A cultura organizacional é o conjunto de pressupostos básicos que orienta a
aprendizagem na resolução de problemas de adaptação externa e integração interna, sendo
transmitida aos membros da organização como a forma correta de perceber, pensar e sentir. A
administração de recursos humanos desempenha um papel crucial na preservação e promoção
da cultura organizacional, influenciando processos como o recrutamento e seleção para garantir
a compatibilidade dos perfis com os valores da empresa.
A entrevistada afirma que a atitude do psicólogo na Psicologia Organizacional e do
Trabalho (POT), bem como sua inserção e autonomia em uma organização, variam de acordo
com as características da organização e seus gestores. Embora a consultora não esteja vinculada
a uma instituição específica, ela prefere trabalhar com organizações que valorizam e cuidam
das pessoas, respeitando suas individualidades. Ela reconhece que seu principal desafio é aceitar
que nem todos os trabalhos são voltados para seres humanos, embora sejam eles que os
executem.
A Psicologia Organizacional é uma área de interesse crescente entre graduandos e
psicólogos, mas os cursos de Psicologia ainda não oferecem uma formação que reflita a
complexidade e o dinamismo necessários para atuar efetivamente nas organizações. A rápida
evolução tecnológica e os novos modelos de gestão exigem que o psicólogo desenvolva
constantemente novas competências.
A consultora também observa que os psicólogos perde espaço em algumas organizações.
Ela atribui essa perda ao fato de que a formação em Psicologia no Brasil ainda é
majoritariamente clínica, o que não atende às demandas específicas das organizações. Embora
existam esforços para mudar essa realidade, como a criação da ABPOT e a inclusão de novas
disciplinas em algumas universidades, os resultados ainda são limitados.
É pontuado tambem que a formação dos psicólogos durante a graduação é fortemente
orientada para a psicologia clínica, levando os profissionais da área do trabalho a
“patologizarem” os fenômenos organizacionais. Ela também destaca a falta de ênfase na
pesquisa e na capacidade de atualização, essenciais para que os psicólogos escolham os métodos
mais eficazes em seu ambiente de trabalho, seja qual for. O texto traz informações de um
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trabalho que mostra que muitos psicólogos organizacionais utilizam múltiplos referenciais
teóricos, como psicanálise e cognitivo-comportamental, muitas vezes de forma concomitante,
o que pode refletir tanto a complexidade do campo quanto a imaturidade teórica dos
profissionais.
O segundo texto inicia refletindo sobre a profissão do Psicólogo brasileiro e colocando
a psicologia antes mesmo das teorizações da Psicologia e regulamentação. Há três vertentes que
marcam a origem da psicologia enquanto ciência e profissão no Brasil: Uma primeira, ligada à
medicina, colocada ao tratamento de psicopatas em hospitais psiquiátricos, utilizava-se de
teorias europeias e aplicação a nível mental; Uma segunda, a níveis educacionais, a pedagógica;
A terceira, com ênfase na seleção e orientação, era a psicologia aplicada no trabalho. Logo após,
na década de 40, houve o conhecimento amplo de Psicologia como disciplina e instrumento de
soluções.
A profissão de psicólogo no Brasil surgiu como resultado de uma maturidade dos
conhecimentos na área, com a regulamentação estabelecendo duas grandes funções para o novo
profissional: o ensino de psicologia e a prática profissional, focando em diagnósticos,
orientação, e mensuração psicológica para seleção profissional e outros ajustes. Com o passar
do tempo, a atuação dos psicólogos se consolidou em três grandes áreas: clínica, escolar e
industrial. No entanto, o desenvolvimento dessas áreas foi desigual, com a formação
enfatizando principalmente a prática clínica, criando uma imagem social dominante dessa
função.
O texto explora a evolução da atuação dos psicólogos organizacionais, inicialmente
concentrados em atividades de recrutamento e seleção. Posteriormente, esses profissionais
expandiram suas funções dentro das organizações, movendo-se além das tarefas tradicionais e
abordando questões mais amplas relacionadas ao sistema social da organização. Essa ampliação
do escopo de atuação está relacionada ao aumento da complexidade organizacional e às
mudanças tecnológicas, que demandaram uma abordagem mais sistêmica e integrada dos
recursos humanos.
O texto ainda apresenta a ideia de um novo papel do profissional de RH, que é uma
visão mais ampla dos processos organizacionais que atuam na área de treinamento e ainda traz
uma importante relação
Ao enfatizar a necessidade de uma competência política, aliada à competência técnica,
como requisitos indispensáveis dos profissionais que atuam na área do treinamento, o
que, certamente, pode ser estendido às diversas áreas de RH. (BASTOS, 1990, pg. 12)
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Para compreender melhor o papel do psicólogo organizacional, foi realizada uma análise
ocupacional com base em entrevistas com psicólogos que atuam em diferentes subáreas de
recursos humanos. A análise categorizou as atividades em três níveis de complexidade:
operações, tarefas e funções. Esse estudo visa mapear o processo de transição na atuação desses
profissionais e fornecer subsídios para a reformulação curricular, propondo uma visão mais
abrangente e desejável da atuação do psicólogo nas organizações.
É importante enfatizar que o papel do psicólogo organizacional não deve se restringir à
aplicação de técnicas tradicionais, mas deve incluir uma dimensão investigativa e científica. O
psicólogo deve estar envolvido na produção de conhecimento e tecnologia, adaptando práticas
e teorias ao contexto brasileiro, e não simplesmente reproduzindo modelos de outros países. A
função do psicólogo como pesquisador é fundamental para a compreensão e resolução dos
problemas psicossociais dentro das organizações, contribuindo para a melhoria das relações de
trabalho.
O texto traz as diferentes funções do psicólogo organizacional, como a análise
ocupacional, que é essencial para o desenvolvimento de outras áreas como treinamento,
avaliação de desempenho e planejamento de cargos e salários. Além disso, o desenvolvimento
e aprimoramento de pessoal, incluindo o treinamento e a avaliação de desempenho, são centrais
para a área de RH. O psicólogo, neste contexto, deve planejar e avaliar a eficácia dos processos
de qualificação, atuando de forma integrada com outros profissionais, como pedagogos.
Para finalizar, o texto aponta o papel tradicional do psicólogo na seleção de pessoal, mas
expande essa visão para incluir a coordenação de planos de cargos e salários e a movimentação
de pessoal dentro da organização. O texto conclui propondo um modelo de atuação para o
psicólogo organizacional que incorpore as mudanças ocorridas na área de RH, sugerindo que
este modelo pode servir como base para a reformulação de currículos em cursos de formação
de psicólogos, visando uma prática profissional mais integrada e eficaz.
O terceiro texto se trata de um relato de experiência de estágio de psicólogos em
formação em uma indústria têxtil. O texto inicia relevando o avanço das organizações do
trabalho e como isso afeta na vida do psicólogo organizacional. Ainda, o texto traz a informação
de que a psicologia, afeta pela globalização, passou por transformações. Pelo mesmo motivo,
muitos colaboradores não se adaptam e isso acarreta prejuízos como o social, a saúde, família
e principalmente o subjetivo.
Com isso, a psicologia ocupou-se em intervir e compreender sobre os fenômenos
relativos ao mundo do trabalho e das organizações.
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O estágio descrito a seguir se passou em uma empresa familiar de médio porte no


interior paraibano e, juntamente com mais 3 empresas, lideram a economia da cidade. Funciona
de segunda a sábado, de maneira integral (menos às segundas) e possui 77 funcionários. O
estágio durou 3 meses e a autora indica problemáticas imediatas: negligência na fiscalização de
EPI’s e a falta de fardamento. Ainda na questão das problemáticas, Juvenal (2014) indica que
Outros fatores que evidenciam a falta de comprometimento por parte da gestão são
verificados. Observam-se falhas em questões ergonômicas: como a falta de
sinalização, principalmente nas instalações no setor da caldeira, considerada o coração
da empresa. Mas pensando nos danos que podem causar poderíamos compará-lo a um
vulcão. Percebe-se que as cadeiras destinadas às costureiras, estão muito desgastadas,
não oferecendo nenhum conforto. (JUVENAL, 2014, página 2)

Assim, observou que o momento de intervalo era ansiado por todos os colaboradores e
que apesar de ser hora do almoço, é necessário trazer de casa, esquentar utilizando apenas um
micro-ondas e se sentar ao chão pois não há cadeiras. O ser humano é um sujeito ativo que
pensa e reage às condições de trabalho, afetivamente e fisicamente. A falta de comprometimento
da empresa com seus colaboradores pode estar relacionada a comportamentos
contraproducentes, como faltas e atrasos. A empresa em questão não possui um departamento
de RH específico, delegando essas funções a uma consultoria externa, o que resulta em uma
segmentação das estratégias e ações, sem avaliação adequada dos colaboradores em termos de
desempenho pessoal e organizacional.
Dentro do quadro funcional da empresa, há uma psicóloga organizacional, que faz parte
da família empresarial. Embora afirme exercer a psicologia na empresa, sua prática está mais
voltada para a administração, com foco no lucro, produção e qualidade dos produtos, com uma
visão delimitada e sistêmica.
Foram identificadas várias variáveis ligadas à família que influenciam o desempenho de
organizações familiares, como práticas de gestão, particularidades organizacionais e o estilo
gerencial do fundador. A influência familiar seria o elemento central que orienta as práticas de
gestão e a formação da cultura organizacional. Nas empresas familiares, as ligações pessoais e
emocionais são mais intensas, tornando a gestão dessas organizações muito complexa.
O papel do psicólogo organizacional é discutido, apontando-se a necessidade de um
diagnóstico estrutural da empresa para planejar intervenções eficazes. No entanto, na empresa
em questão, as tentativas de intervenção e mudança foram barradas pela psicóloga, que prioriza
a adaptação dos colaboradores à política existente, sem considerar o feedback dos funcionários.
Durante os estágios, futuros psicólogos têm a oportunidade de vivenciar a realidade do
mercado de trabalho e aprender com outros profissionais, observando seus acertos e erros. Essas
experiências são fundamentais pois estudantes que passam por estágios relacionados à sua área
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de formação tendem a se diferenciar em termos de habilidades e atributos vocacionais


valorizados no mercado. As vivências nos estágios são cruciais para a orientação das futuras
atuações profissionais, sendo determinantes para o desempenho e a dedicação que serão
exigidos no futuro.
A experiencia de estágio é de grande contribuição pois o conhecimento adquirido nos
faz refletir sobre a atuação do psicólogo no âmbito organizacional além de preparar
praticamente para o futuro psicólogo organizacional. Essas discussões agregam para um bom
funcionamento, no presente e no futuro, da psicologia organizacional. Portanto, é importante o
papel e o comprometimento do psicólogo em uma organização, além de assegurar o bem-estar
do trabalhador e ética.

2.2 DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO


A instituição de realização do estágio é o Centro de Referência da Assistência Social
(CRAS) na cidade de Arco-Íris, estado de São Paulo. A instituição é vinculada à Prefeitura
Municipal de Arco-Íris e consequentemente à Secretaria de Direitos Humanos, Promoção e
Assistência Social sendo tal vínculo jurídico e dependente. O CRAS foi construído em um dos
conjuntos habitacionais (C.D.H.U.) mantendo-se próximo às pessoas socioeconomicamente
vulneráveis.
O CRAS está situado na Rua Alcebíades Correia Da Silva, número 137, C.D.H.U.,
17.630-000. Seu endereço eletrônico (e-mail) é: cras@arcoiris.gov.br Telefone fixo ausente,
existindo apenas número celular. Na instituição trabalham 5 funcionárias: A Coordenadora do
CRAS, a Assessora Administrativa de Secretaria, a Assistente Social, a Psicóloga e a Auxiliar
de Serviços. Vale ressaltar que o estagiário não possuiu contato com a Psicóloga pois os horários
que ela se encontrava no CRAS eram diferentes dos horários da prática.
O CRAS é um serviço público responsável por oferecer e promover serviços,
programas, benefícios e projetos sociais no âmbito da Assistência Social. Atende famílias e
indivíduos e oferece serviços voltados a crianças, adolescentes, jovens, idosos e pessoas com
deficiência e seu público-alvo são todas as pessoas porém imediatamente os mais vulneráveis.
O principal serviço do CRAS é Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF),
que realiza o trabalho social com as famílias. O trabalho é feito por intermédio do atendimento
e acompanhamento social no aspecto do fortalecimento de vínculos, promover o acesso a
direitos e a melhoria de sua qualidade de vida.
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2.3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


A prática do estágio ocorreu em sua maioria na quarta-feira, sendo realizada uma vez na
quinta-feira, no horário das 08:00 às 10h. O primeiro dia de estágio foi em 28/08/2024 e o
último em 16/10/2024.
No primeiro dia de prática, o estagiário chegou à instituição e cumprimentou a todas as
funcionárias, exceto a Psicóloga, esta ausente em todos os dias de estágio. Como já conhecia
todas as funcionárias, a apresentação não se estendeu e o estagiário logo se sentou na grande
mesa da copa, onde passou a maior parte das suas práticas. O estagiário manteve-se na copa
pois era o ponto central da instituição e tendo assim uma visão ampla de todos. A instituição
possui uma sala para todas as funcionárias (exceto a auxiliar), uma copa, cozinha e banheiros.
Logo no primeiro dia de prática, o estagiário tomou ciência de parte da rotina da
instituição. A Assessora todas as quartas-feiras fazia uma visita à Aldeia Indígena Vanuíre,
localizada a aproximadamente 9 km da cidade, para levar leites - programa VivaLeite - para os
usuários do programa. A Coordenadora chegava pouco após as 08h, a Assistente Social
permanecia, a maior parte do tempo de estágio, em sua sala. A Auxiliar limpava a instituição.
Ainda no primeiro dia de estágio, a Assistente e a Auxiliar manteve interesse mínimo
no estagiário sobre o cotidiano e estudos. A Assistente montava um painel na copa sobre um
projeto da semana sobre evasão escolar. A instituição mantinha um fluxo extremamente baixo
e as vezes inexistente de público e essa situação se estendeu até o fim do estágio. Ainda, havia
uma certa movimentação de outros funcionário da prefeitura, de outras secretarias, em busca
de informações, café ou chá, serviços que seriam prestados e outros.
No segundo dia de prática, a situação não se diferenciou tanto. O estagiário seguiu para
a copa após cumprimentar os presentes e iniciou a observação. A coordenadora, que na semana
anterior não compareceu, sentou-se junto ao estagiário e explicou o funcionamento da
instituição, os valores, a intencionalidade da localização entre outros assuntos. Após a conversa,
a Coordenadora ajudava a Auxiliar com a organização da instituição.
Durante os seguintes dias de prática, a rotina manteve-se basicamente a mesma. A
Auxiliar Geral desempenhava suas funções na limpeza e organização da instituição e as vezes
a Coordenadora a auxiliava. A Assistente Social passava a maioria do tempo de prática em sua
sala, em seu computador e em seu celular e ocasionalmente era vista em outra sala ou
desempenhando funções externas. A Assessora todas as quartas, dia das práticas, levava o leite
de distribuição gratuita para a Aldeia Indígena Vanuíre.
A coordenadora não estava presente em alguns dias de prática, ora por motivos de saúde,
ora por motivos de trabalhos externos. Contudo, nos dias presentes, foi observado que a
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coordenadora mantinha sua hierarquia na instituição, instruindo e orientando as demais


funcionárias. Durante o estágio, na maioria dos dias, o ambiente não recebia visitas do público,
mantendo-se calmo. O público que chegava, conversava com alguém, resolvia sua pendência e
logo saía. Ainda, a instituição recebia funcionários de outras secretarias da prefeitura que as
vezes buscava informações ou somente para passar um tempo.
No geral, a prática seguiu conforme o previsto, foi realizada uma observação constante
e a ausência de excesso de público contribuiu para que o estagiário pudesse observar melhor a
relação das funcionárias em si e com o trabalho.
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3. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE INTITUCIONAL

Apesar da pouca movimentação de público na instituição, foi visível que, nos poucos
atendimentos que foi presenciado, os funcionários da instituição possuíam domínio na
conversação com o público. Além disso, todas as funcionárias mostravam-se solicitas para
resolver o problema que alguém poderia trazer ao CRAS. Uma boa comunicação entre as
funcionárias também é um ponto positivo da instituição pois possibilita uma melhor
convivência e uma maneira mais rápida de resolver os conflitos que possa aparecer na
instituição.
Os projetos desenvolvidos pelo CRAS, como palestras e rodas de conversa possibilita
um vínculo mais forte com o público pois viabiliza a conexão da instituição com o público
abordando temas que estão presente no cotidiano.
Contudo, a ausência de uma psicóloga própria para o CRAS pode ser relevada como
ponto negativo pois a atual psicóloga da instituição atua tanto no posto de saúde do município
quanto no CRAS. Como supracitado, isso pode acarretar uma “patologização” dos problemas
sociais e psicossociais além de sobrecarregar a psicóloga com a demanda de ambos os lugares.
Além disso,
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4. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

A partir dos pontos citados anteriormente, a Instituição precisa manter uma qualificação
das funcionárias para que o atendimento seja sempre preciso, claro e humanizado, apesar de já
ser positivo, há sempre uma nova habilidade a ser aprendida.
Para que as demandas da instituição sejam sempre sanadas e atendidas com precisão,
seria necessário um psicólogo exclusivo ao CRAS pois a partir disso, eliminaria a dificuldade
de o psicólogo exercer duas funções, gerando duas demandas. Além de poder exercer melhor a
função do psicólogo social, um novo psicólogo também ajudaria os funcionários a
desempenharem melhor suas tarefas na instituição além de fazer análises mais precisas dos
problemas psicossociais.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir de todas as informações citadas neste trabalho, é evidente que a prática de


observação mostra ao estudante de psicologia como funciona as áreas de atuação e poder nortear
sobre suas funções futuras ou até mesmo decidi-las. A elaboração de um plano de estágio e a
elaboração deste presente relatório é fundamental na construção do senso crítico do psicólogo
pois possibilita refletir sobre as organizações e suas funcionalidades.
Portanto, o estágio básico de observação proporcionou uma valiosa contribuição acerca
do âmbito organizacional, sendo possível absorver informações antes vistas em sala de aula nas
disciplinas do curso de psicologia. A observação e elaboração deste presente documento
evidencia a complexidade de um ambiente organizacional e como deve ser as intervenções
futuras, se necessário. Indubitavelmente o estágio contribui para a construção de conhecimento
para o psicólogo e impacta diretamente nas atribuições futuras do profissional.
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REFERÊNCIAS
BASTOS, Antônio Virgílio Bittencourt; GALVÃO-MARTINS, Ana Helena Caldeira. O que
pode fazer o psicólogo organizacional. Psicologia Ciência e Profissão, v 10. P. 10-18, 1990.

JUVENAL, Vanessa B. S. et al. Psicologia Organizacional: Relato de experiência de


estagiários em uma indústria têxtil no interior paraibano. Revista Brasileira de Educação
e Saúde. Paraíba, 2014.

SANTOS, Paola Lucena dos Santos. TRAUB, Laura. TIEZE, Candice. Psicologia
Organizacional e do Trabalho: Conceitos Introdutórios. Psicologia.PT, o Portal dos
Psicólogos. 2011.

Sem Autor. Centro de Referência da Assistência Social. Cidade de São Paulo. São Paulo, 23
de Abril de 2024. Disponível em:
https://capital.sp.gov.br/web/assistencia_social/w/protecao_social_basica/1906. Acesso em:
15/10/2024.

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