Ronaldo Henrique Dos Santos Silva 2
Ronaldo Henrique Dos Santos Silva 2
Ronaldo Henrique Dos Santos Silva 2
PSICOLOGIA
TUPÃ
2024
FACULDADE DA ALTA PAULISTA – FAP
PSICOLOGIA
TUPÃ
2024
RONALDO HENRIQUE DOS SANTOS SILVA
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_______de____________de 2024.
_______________________________________
Prof. Esp. ______________________
CRP: 06/
Orientador de Estágio
Faculdade da Alta Paulista
SUMÁRIO
1.APRESENTAÇÃO.............................................................................................................p. 5
2.CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO.............................................................................p. 6
2.1 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS SOBRE A ÁREA DO ESTÁGIO...............p. 6
2.2 DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO........p. 11
2.3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES.................................................................p. 12
3. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE INTITUICIONAL.............................................p. 14
4. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................................p. 15
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................p. 16
REFERÊNCIAS..................................................................................................................p. 17
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1. APRESENTAÇÃO
2. CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO
2.1 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS SOBRE A ÁREA DO ESTÁGIO
O estágio básico de observação no curso de Psicologia é essencial pois, observando o
ambiente em um campo da sociedade, é possível vivenciar e estudar as situações que compõem
a atuação do Psicólogo. A utilização da observação como ferramenta possibilita absorver os
conhecimentos, vendo na prática as situações que a profissão permite realizar. Basicamente, a
observação é a porta de entrada para a prática da profissão e de estágios mais avançados
exercidos posteriormente.
A partir de três textos trabalhados em sala (posteriormente citados), em supervisão, foi
possível estudarmos teoricamente as questões do estágio, sua desenvoltura, objetivo,
importância e outros aspectos. Apesar de já ter ocorrido anteriormente no mesmo ano, estágio
e supervisão, os textos contribuíram grandemente ao conhecimento dos estudantes
possibilitando uma ótica aguçada sobre a observação organizacional. Nessa prática, foi
realizada a observação da organização, da empresa ou instituição e seus aspectos de
funcionamento, como rotina e relação de funcionários.
Sendo observação organizacional, os textos trouxeram informações importantes sobre a
psicologia voltada ao trabalho. O primeiro texto inicia evidenciando a importância de se
atualizar acerca das definições de psicologia organizacional e do trabalho e relata que há pouco
material de estudo no assunto. A autora explica que o trabalho é fruto de uma entrevista com
uma profissional da área e pesquisas esporádicas.
Apresentando a evolução histórica da psicologia do trabalho, a autora mostra três faces
diferentes: (1) Psicologia Industrial: Seleção de pessoal e colocação profissional. Segundo
SANTOS (2011), no pós-guerra já havia temas importantes na Psicologia Industrial, como:
seleção (psicometria), classificação de pessoal, avaliação de desempenho, condições de
trabalho, treinamento, liderança e engenharia psicológica. No Brasil, havia ascensão na década
de 80; (2) Psicologia Organizacional: trata-se do estudo na estrutura da organização. Houve
uma ampliação do objeto de estudo apesar de ainda se ater aos problemas de produtividade.
Existe a ideia de desenvolvimento gerencial (DG), reduzindo conflitos e flexibilizar as relações
de trabalho; (3) Psicologia do trabalho propriamente dita: surgiu no início dos anos 70, onde “a
Administração consolidou uma escola contingencialista onde procuravam estudar os efeitos do
ambiente e da tecnologia no contexto da organização do trabalho” (SANTOS, 2011).
A partir de então, foi possível observar as convergências entre a Sociologia do Trabalho,
a Administração e a Psicologia do Trabalho. Possui como objetivo estudar e compreender o
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trabalho humano em todos os aspectos. Apesar de tudo, as duas primeiras faces diferem da
terceira no quesito preocupação na eficácia e eficiência dos trabalhadores. A maior conquista
da consultora entrevistada foi a redução a zero das reclamações trabalhistas em uma empresa
após a implantação da gestão por competências, resultado que se manteve por três anos. As
competências essenciais são conjuntos de habilidades e tecnologias que permitem à empresa
oferecer benefícios específicos aos clientes.
A cultura organizacional é o conjunto de pressupostos básicos que orienta a
aprendizagem na resolução de problemas de adaptação externa e integração interna, sendo
transmitida aos membros da organização como a forma correta de perceber, pensar e sentir. A
administração de recursos humanos desempenha um papel crucial na preservação e promoção
da cultura organizacional, influenciando processos como o recrutamento e seleção para garantir
a compatibilidade dos perfis com os valores da empresa.
A entrevistada afirma que a atitude do psicólogo na Psicologia Organizacional e do
Trabalho (POT), bem como sua inserção e autonomia em uma organização, variam de acordo
com as características da organização e seus gestores. Embora a consultora não esteja vinculada
a uma instituição específica, ela prefere trabalhar com organizações que valorizam e cuidam
das pessoas, respeitando suas individualidades. Ela reconhece que seu principal desafio é aceitar
que nem todos os trabalhos são voltados para seres humanos, embora sejam eles que os
executem.
A Psicologia Organizacional é uma área de interesse crescente entre graduandos e
psicólogos, mas os cursos de Psicologia ainda não oferecem uma formação que reflita a
complexidade e o dinamismo necessários para atuar efetivamente nas organizações. A rápida
evolução tecnológica e os novos modelos de gestão exigem que o psicólogo desenvolva
constantemente novas competências.
A consultora também observa que os psicólogos perde espaço em algumas organizações.
Ela atribui essa perda ao fato de que a formação em Psicologia no Brasil ainda é
majoritariamente clínica, o que não atende às demandas específicas das organizações. Embora
existam esforços para mudar essa realidade, como a criação da ABPOT e a inclusão de novas
disciplinas em algumas universidades, os resultados ainda são limitados.
É pontuado tambem que a formação dos psicólogos durante a graduação é fortemente
orientada para a psicologia clínica, levando os profissionais da área do trabalho a
“patologizarem” os fenômenos organizacionais. Ela também destaca a falta de ênfase na
pesquisa e na capacidade de atualização, essenciais para que os psicólogos escolham os métodos
mais eficazes em seu ambiente de trabalho, seja qual for. O texto traz informações de um
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trabalho que mostra que muitos psicólogos organizacionais utilizam múltiplos referenciais
teóricos, como psicanálise e cognitivo-comportamental, muitas vezes de forma concomitante,
o que pode refletir tanto a complexidade do campo quanto a imaturidade teórica dos
profissionais.
O segundo texto inicia refletindo sobre a profissão do Psicólogo brasileiro e colocando
a psicologia antes mesmo das teorizações da Psicologia e regulamentação. Há três vertentes que
marcam a origem da psicologia enquanto ciência e profissão no Brasil: Uma primeira, ligada à
medicina, colocada ao tratamento de psicopatas em hospitais psiquiátricos, utilizava-se de
teorias europeias e aplicação a nível mental; Uma segunda, a níveis educacionais, a pedagógica;
A terceira, com ênfase na seleção e orientação, era a psicologia aplicada no trabalho. Logo após,
na década de 40, houve o conhecimento amplo de Psicologia como disciplina e instrumento de
soluções.
A profissão de psicólogo no Brasil surgiu como resultado de uma maturidade dos
conhecimentos na área, com a regulamentação estabelecendo duas grandes funções para o novo
profissional: o ensino de psicologia e a prática profissional, focando em diagnósticos,
orientação, e mensuração psicológica para seleção profissional e outros ajustes. Com o passar
do tempo, a atuação dos psicólogos se consolidou em três grandes áreas: clínica, escolar e
industrial. No entanto, o desenvolvimento dessas áreas foi desigual, com a formação
enfatizando principalmente a prática clínica, criando uma imagem social dominante dessa
função.
O texto explora a evolução da atuação dos psicólogos organizacionais, inicialmente
concentrados em atividades de recrutamento e seleção. Posteriormente, esses profissionais
expandiram suas funções dentro das organizações, movendo-se além das tarefas tradicionais e
abordando questões mais amplas relacionadas ao sistema social da organização. Essa ampliação
do escopo de atuação está relacionada ao aumento da complexidade organizacional e às
mudanças tecnológicas, que demandaram uma abordagem mais sistêmica e integrada dos
recursos humanos.
O texto ainda apresenta a ideia de um novo papel do profissional de RH, que é uma
visão mais ampla dos processos organizacionais que atuam na área de treinamento e ainda traz
uma importante relação
Ao enfatizar a necessidade de uma competência política, aliada à competência técnica,
como requisitos indispensáveis dos profissionais que atuam na área do treinamento, o
que, certamente, pode ser estendido às diversas áreas de RH. (BASTOS, 1990, pg. 12)
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Para compreender melhor o papel do psicólogo organizacional, foi realizada uma análise
ocupacional com base em entrevistas com psicólogos que atuam em diferentes subáreas de
recursos humanos. A análise categorizou as atividades em três níveis de complexidade:
operações, tarefas e funções. Esse estudo visa mapear o processo de transição na atuação desses
profissionais e fornecer subsídios para a reformulação curricular, propondo uma visão mais
abrangente e desejável da atuação do psicólogo nas organizações.
É importante enfatizar que o papel do psicólogo organizacional não deve se restringir à
aplicação de técnicas tradicionais, mas deve incluir uma dimensão investigativa e científica. O
psicólogo deve estar envolvido na produção de conhecimento e tecnologia, adaptando práticas
e teorias ao contexto brasileiro, e não simplesmente reproduzindo modelos de outros países. A
função do psicólogo como pesquisador é fundamental para a compreensão e resolução dos
problemas psicossociais dentro das organizações, contribuindo para a melhoria das relações de
trabalho.
O texto traz as diferentes funções do psicólogo organizacional, como a análise
ocupacional, que é essencial para o desenvolvimento de outras áreas como treinamento,
avaliação de desempenho e planejamento de cargos e salários. Além disso, o desenvolvimento
e aprimoramento de pessoal, incluindo o treinamento e a avaliação de desempenho, são centrais
para a área de RH. O psicólogo, neste contexto, deve planejar e avaliar a eficácia dos processos
de qualificação, atuando de forma integrada com outros profissionais, como pedagogos.
Para finalizar, o texto aponta o papel tradicional do psicólogo na seleção de pessoal, mas
expande essa visão para incluir a coordenação de planos de cargos e salários e a movimentação
de pessoal dentro da organização. O texto conclui propondo um modelo de atuação para o
psicólogo organizacional que incorpore as mudanças ocorridas na área de RH, sugerindo que
este modelo pode servir como base para a reformulação de currículos em cursos de formação
de psicólogos, visando uma prática profissional mais integrada e eficaz.
O terceiro texto se trata de um relato de experiência de estágio de psicólogos em
formação em uma indústria têxtil. O texto inicia relevando o avanço das organizações do
trabalho e como isso afeta na vida do psicólogo organizacional. Ainda, o texto traz a informação
de que a psicologia, afeta pela globalização, passou por transformações. Pelo mesmo motivo,
muitos colaboradores não se adaptam e isso acarreta prejuízos como o social, a saúde, família
e principalmente o subjetivo.
Com isso, a psicologia ocupou-se em intervir e compreender sobre os fenômenos
relativos ao mundo do trabalho e das organizações.
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Assim, observou que o momento de intervalo era ansiado por todos os colaboradores e
que apesar de ser hora do almoço, é necessário trazer de casa, esquentar utilizando apenas um
micro-ondas e se sentar ao chão pois não há cadeiras. O ser humano é um sujeito ativo que
pensa e reage às condições de trabalho, afetivamente e fisicamente. A falta de comprometimento
da empresa com seus colaboradores pode estar relacionada a comportamentos
contraproducentes, como faltas e atrasos. A empresa em questão não possui um departamento
de RH específico, delegando essas funções a uma consultoria externa, o que resulta em uma
segmentação das estratégias e ações, sem avaliação adequada dos colaboradores em termos de
desempenho pessoal e organizacional.
Dentro do quadro funcional da empresa, há uma psicóloga organizacional, que faz parte
da família empresarial. Embora afirme exercer a psicologia na empresa, sua prática está mais
voltada para a administração, com foco no lucro, produção e qualidade dos produtos, com uma
visão delimitada e sistêmica.
Foram identificadas várias variáveis ligadas à família que influenciam o desempenho de
organizações familiares, como práticas de gestão, particularidades organizacionais e o estilo
gerencial do fundador. A influência familiar seria o elemento central que orienta as práticas de
gestão e a formação da cultura organizacional. Nas empresas familiares, as ligações pessoais e
emocionais são mais intensas, tornando a gestão dessas organizações muito complexa.
O papel do psicólogo organizacional é discutido, apontando-se a necessidade de um
diagnóstico estrutural da empresa para planejar intervenções eficazes. No entanto, na empresa
em questão, as tentativas de intervenção e mudança foram barradas pela psicóloga, que prioriza
a adaptação dos colaboradores à política existente, sem considerar o feedback dos funcionários.
Durante os estágios, futuros psicólogos têm a oportunidade de vivenciar a realidade do
mercado de trabalho e aprender com outros profissionais, observando seus acertos e erros. Essas
experiências são fundamentais pois estudantes que passam por estágios relacionados à sua área
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Apesar da pouca movimentação de público na instituição, foi visível que, nos poucos
atendimentos que foi presenciado, os funcionários da instituição possuíam domínio na
conversação com o público. Além disso, todas as funcionárias mostravam-se solicitas para
resolver o problema que alguém poderia trazer ao CRAS. Uma boa comunicação entre as
funcionárias também é um ponto positivo da instituição pois possibilita uma melhor
convivência e uma maneira mais rápida de resolver os conflitos que possa aparecer na
instituição.
Os projetos desenvolvidos pelo CRAS, como palestras e rodas de conversa possibilita
um vínculo mais forte com o público pois viabiliza a conexão da instituição com o público
abordando temas que estão presente no cotidiano.
Contudo, a ausência de uma psicóloga própria para o CRAS pode ser relevada como
ponto negativo pois a atual psicóloga da instituição atua tanto no posto de saúde do município
quanto no CRAS. Como supracitado, isso pode acarretar uma “patologização” dos problemas
sociais e psicossociais além de sobrecarregar a psicóloga com a demanda de ambos os lugares.
Além disso,
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4. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A partir dos pontos citados anteriormente, a Instituição precisa manter uma qualificação
das funcionárias para que o atendimento seja sempre preciso, claro e humanizado, apesar de já
ser positivo, há sempre uma nova habilidade a ser aprendida.
Para que as demandas da instituição sejam sempre sanadas e atendidas com precisão,
seria necessário um psicólogo exclusivo ao CRAS pois a partir disso, eliminaria a dificuldade
de o psicólogo exercer duas funções, gerando duas demandas. Além de poder exercer melhor a
função do psicólogo social, um novo psicólogo também ajudaria os funcionários a
desempenharem melhor suas tarefas na instituição além de fazer análises mais precisas dos
problemas psicossociais.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BASTOS, Antônio Virgílio Bittencourt; GALVÃO-MARTINS, Ana Helena Caldeira. O que
pode fazer o psicólogo organizacional. Psicologia Ciência e Profissão, v 10. P. 10-18, 1990.
SANTOS, Paola Lucena dos Santos. TRAUB, Laura. TIEZE, Candice. Psicologia
Organizacional e do Trabalho: Conceitos Introdutórios. Psicologia.PT, o Portal dos
Psicólogos. 2011.
Sem Autor. Centro de Referência da Assistência Social. Cidade de São Paulo. São Paulo, 23
de Abril de 2024. Disponível em:
https://capital.sp.gov.br/web/assistencia_social/w/protecao_social_basica/1906. Acesso em:
15/10/2024.