Politica Economica

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Índice

1.0.Introdução....................................................................................................................1

1.1.Objetivos......................................................................................................................2

1.1.1.Geral.........................................................................................................................2

1.1.2.Específicos................................................................................................................2

1.2.Metodologia.................................................................................................................2

2.0.Contextualização.........................................................................................................2

2.1.Economia Politica........................................................................................................3

2.2.Economia Política como ciência.................................................................................3

2.3.Princípios teóricos da Economia Política Clássica......................................................5

2.4.A Economia Política de Karl Marx.............................................................................5

2.4.1.Concepções teóricas de Marx: a crítica aos economistas liberais............................6

3.0.Políticas Econômicas...................................................................................................6

3.1.Objetivos da política econômica.................................................................................7

3.1.1.Taxa de juros............................................................................................................7

3.1.2.Política cambial........................................................................................................7

3.1.3.Política Fiscal...........................................................................................................7

3.1.4.Política de rendas......................................................................................................8

4.0.Conclusão....................................................................................................................8

5.0.Referências Bibliográficas...........................................................................................9
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1.0.Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Economia Politica, onde irei


abordar a questão da Economia Política que foi uma ciência que se constituiu entre os
séculos XVIII e XIX e que teve por objeto de estudo todo o processo econômico ou, em
outros termos, o processo de geração de riqueza. A economia política define-se
historicamente como autônoma, no momento em que o capitalismo competitivo, já de
base industrial, torna-se o modo de produção dominante nas formações sociais
europeias e, particularmente, na Inglaterra, em seguida à formação dos estados
nacionais no período mercantilista. E também abordarei a questão da Políticas
Econômicas, que as ações tomadas pelo governo, que, utilizando instrumentos
econômicos, buscam atingir determinados objetivos macroeconômicos. É papel do
governo zelar pelos interesses e pelo bem-estar da comunidade em geral.

1.1.Objetivos

1.1.1.Geral

 Compreender a Economia Política

1.1.2.Específicos

 Conceituar o surgimento da economia política;


 Explicar Princípios teóricos da Economia Política Clássica;
 Descrever Políticas Econômicas.

1.2.Metodologia

A metodologia usada para a realização deste trabalho foi a de consulta de


referências bibliográficas e consulta eletrônica (internet), que consistiu na leitura,
críticas e análise das informações de várias obras que debruçam sobre o tema em causa.
Os autores das referidas obras estão devidamente citados dentro do trabalho e nas
referências bibliográficas.
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2.0.Contextualização

As primeiras referências ao termo “economia política” aparecem no início do


século XVII nas obras de Mayerne-Turquet (1611) e Antoine Montchrétien, que em
1615 publica seu “Tratado de Economia Política”. O termo também apareceria no
século seguinte nas obras de autores franceses da escola da Fisiocracia, como Fraçois
Quesnay (1757), e nas de economistas britânicos como James Steuart (1767) e Adam
Smith (1776).

Entre o final do século XVIII e o século XIX a economia política se constitui


enquanto campo teórico a partir da contribuição de diversos autores, especialmente no
eixo entre Grã Bretanha e França, principais economias da época. Dentre eles pode-se
destacar – além de Quesnay, Steuart e Smith – Willian Petty, Richard Cantillon, Pierre
Boisguillebert, David Hume, Jean-Charles Sismondi, David Ricardo e Karl Marx
(Guitton, 1981).

2.1.Economia Politica

Segundo John (1996) a Economia Política foi uma ciência que se constituiu
entre os séculos XVIII e XIX e que teve por objeto de estudo todo o processo
econômico ou, em outros termos, o processo de geração de riqueza. Esse processo
implica a produção, a distribuição e o consumo de bens materiais que atendem às
diversas demandas do ser humano. Esse estudo, para a Economia Política, não se
dissociava do estudo das formas de organização social e política, de modo que essa
ciência interessava diretamente os estadistas e governantes.

A economia política define-se historicamente como autônoma, no momento em


que o capitalismo competitivo, já de base industrial, torna-se o modo de produção
dominante nas formações sociais europeias e, particularmente, na Inglaterra, em seguida
à formação dos estados nacionais no período mercantilista. Na verdade, a formação dos
estados nacionais e, principalmente, a predominância do capital industrial competitivo,
a partir da segunda metade do século XVIII, eram duas condições essenciais para o
desenvolvimento da economia política como ciência. A partir desse momento, os
sistemas econômicos nacionais, além de possuírem um princípio estrutural básico
comum a todos os modos de produção - o valor-trabalho como determinante básico dos
preços - passavam a ter um princípio de coordenador fundamental: o mercado, a
competição.
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2.2.Economia Política como ciência

Para Guitton (1981) no último quarto do século XVIII e início do século XIX,
verificou-se, na Europa, uma “explosão” das atividades inventivas no setor industrial.
Particularmente na indústria têxtil e na metalurgia. A Europa e, posteriormente, a
América do Norte, transformaram-se em sociedades urbanas, dominadas por grandes
cidades manufatureiras, onde “multidões” de trabalhadores eram submetidas à rigorosa
disciplina desumana da produção fabril. As ideias do liberalismo clássico se
consolidam, definitivamente, no final do século XVIII e no século XIX e passam a
dominar o pensamento político, econômico e social. O credo psicológico dos ideólogos
do liberalismo clássico sustentava-se em quatro pressupostos sobre a natureza humana.

Todo homem é:

 Egoísta
 Frio e calculista
 Essencialmente inerte
 Atomista

O egoísmo

O Egoísmo fazia com que homens competissem entre si, em busca da glória
individual.

O calculismo

O caráter calculista da natureza humana baseia-se na ideia de que, embora todas


as motivações tenham origem no prazer e na dor, as decisões que os indivíduos tomam,
fundamentam-se numa avaliação fria, desapaixonada e racional da situação.

A inércia

A visão de que os indivíduos seriam, essencialmente, inertes decorre da noção


de que a busca do prazer e a rejeição da dor constituem as únicas motivações do
homem. Se não encontrassem atividades que lhes proporcionassem prazeres ou se não
temessem a dor, ficariam entregues à indolência (inertes).
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O atomismo

A noção de atomismo pressupunha que o indivíduo constitui uma realidade mais


fundamental que o grupo ou a sociedade. Assim, restrições impostas ao indivíduo eram,
por princípio, um mal, somente tolerado se um mal maior pudesse resultar de sua
ausência.

2.3.Princípios teóricos da Economia Política Clássica

Segundo Hunt (2013) Escola Liberal Clássica marca o surgimento do conceito


de sociedade econômica como um sistema determinístico. A interdependência entre os
diversos elementos que compõem o sistema permite que, operando mudanças em
qualquer elemento, coloque-se em movimento uma série de mudanças no resto do
sistema. A forma e a magnitude desses movimentos são determinadas por um conjunto
de relações funcionais definidos em um sistema de equações. As leis formuladas pela
Economia Política no campo social foram de difícil aceitação pelos contemporâneos de
seus formuladores, sob a alegação de que os fatos econômicos são resultados da ação
humana e do livre arbítrio dos homens. Não se podia imaginar, por exemplo, como o
mercado poderia se organizar no meio de conflito entre milhares de vontades
independentes, das pessoas que nele atuam, sem a intervenção do estado.

A argumentação dos liberais clássicos, contrários ao intervencionismo e a


concepção do mundo “solitário”, “pobre”, “torpe’ e “bestial” de Hobbes, assentou sua
base teórica na concorrência. Em mercado livre, os vendedores, movidos pelo desejo de
obter mais lucros (movidos pelo egoísmo, no sentido dado por Locke e Hume), irão
concorrer entre si para atrair o dinheiro dos consumidores. Essa forma de concorrência,
nada tem a ver com o mundo idealizado por Hobbes: “bestial”, característica que ele
atribuía à concorrência entre os homens. Supunha, ainda, o pensamento liberal, que os
indivíduos e os recursos eram móveis e os preços flexíveis, sendo possível afirmar que
os próprios valores de troca observavam certas uniformidades e se ajustavam a certas
relações de consumo. Essas relações controladoras do mercado não são relações entre os
homens como produtores. São relações existentes na distribuição que, na busca de
maiores vantagens, garantem que salários e lucros tendam a uniformidade no seu
conjunto. Pressupõe que as proporções de mercadorias trocadas no mercado
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correspondam às proporções existentes entre seus custos reais. Nesse sentido, os custos
reais representariam o valor “normal” ou “natural” das mercadorias (Idem).

2.4.A Economia Política de Karl Marx

Marx representou marco significativo na evolução teórica da Economia Política.


Com a publicação de “O Capital”, tornou-se difícil acreditar que a economia capitalista,
por si mesma, funcionaria de forma satisfatória. Um dos pontos fundamentais,
estabelecidos por Marx, era que: A capacidade de produção da sociedade ultrapassaria
sua capacidade de consumo: na economia capitalista, os(as) trabalhadores(as) não
podem consumir muito porque seus salários são muitos baixos; os capitalistas, também
não podem consumir muito porque são em número reduzido. Desta forma, Marx se
contrapõe à teoria Ricardiana de que os lucros capitalistas seriam sempre reinvestidos
em novas máquinas (John, 1996).

2.4.1.Concepções teóricas de Marx: a crítica aos economistas liberais

De acordo com Hunt (2013) essas relações, segundo Marx, se estabelecem após
o trabalho ter sido desenvolvido através da troca de produtos entre as pessoas. O vínculo
social não se estabelece durante a ação da força de trabalho na produção de uma
mercadoria, mas no seu estágio de “trabalho morto”; trabalho já “cristalizado” na
mercadoria. Observa-se de imediato, pelos parágrafos anteriores, que existe um
distanciamento entre o pensamento de Marx a estrutura teórica constituída pelo
pensamento liberal. Para Marx, a análise dos economistas clássicos (liberais)
desvendava apenas parte do problema, demonstrando as leis do “Laissez-Faire” (livre
mercado). Consideraram (intrinsecamente) que o capitalismo será definitivo, inevitável,
assim como Platão e Aristóteles acreditaram que a escravidão era um fenômeno
“natural”, o único possível e eterno. Para Engels, era igualmente necessária a integração
dialética da economia através de uma: “crítica socialista do modo de produção
capitalista, isto é, uma declaração de suas leis em seus aspectos negativos, e uma
demonstração de que este modo de produção, através de seu próprio desenvolvimento,
conduz a um ponto em que sua existência se faz impossível.”
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3.0.Políticas Econômicas

De acordo com Carlos (1998) entendem-se como políticas econômica, as ações


tomadas pelo governo, que, utilizando instrumentos econômicos, buscam atingir
determinados objetivos macroeconômicos. É papel do governo zelar pelos interesses e
pelo bem-estar da comunidade em geral. Para esta finalidade, o setor público, enquanto
um agente econômico de peso dentro do sistema, procura atuar sobre determinadas
variáveis e através destas alcançar determinados fins tidos como positivos para a
população.

3.1.Objetivos da política econômica

Os principais objetivos da política econômica são obter altos níveis de emprego,


reduzir a inflação, estimular o crescimento do PIB e promover a estabilidade
econômica. Para alcançar essas metas, os agentes governamentais utilizam uma série de
instrumentos, como a taxa de juros, o câmbio, os impostos e os gastos públicos (Idem).

3.1.1.Taxa de juros

A taxa de juros é um dos principais instrumentos da política monetária, que é


responsável por controlar a oferta de moeda na economia e influenciar a taxa de
inflação. Quando a taxa de juros está alta, os investimentos e o consumo tendem a
diminuir, o que pode levar a uma redução da inflação. Por outro lado, quando a taxa de
juros está baixa, os investimentos e o consumo tendem a aumentar, o que pode levar a
um aumento da inflação.

3.1.2.Política cambial

A política cambial é responsável por controlar a taxa de câmbio, que é o preço


da moeda de um país em relação à moeda de outro país. Pode ser utilizada para
estimular as exportações e reduzir as importações, o que pode ajudar a equilibrar a
balança comercial e sustentar o crescimento do produto interno bruto (PIB). Para isso,
os agentes governamentais podem utilizar medidas como a desvalorização da moeda
nacional em relação à estrangeira (Corraza, 2003).
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3.1.3.Política Fiscal

A política fiscal é responsável por controlar os gastos públicos e a arrecadação


de impostos. Ela pode ser utilizada para estimular a economia, por meio do aumento dos
gastos públicos e da redução dos impostos, ou para reduzir a inflação, por meio da
redução dos gastos públicos e do aumento dos tributos. No entanto, é importante que a
política fiscal seja utilizada de forma responsável, para evitar o aumento do
endividamento público e a instabilidade econômica (Idem).

3.1.4.Política de rendas

A política de rendas é responsável por controlar os salários e os preços na


economia. Ela pode ser utilizada para reduzir a inflação, por meio do controle dos
preços, ou para estimular o consumo, por meio do aumento dos salários. No entanto,
assim como a fiscal, é crucial que a política de rendas seja feita de modo equilibrado,
para evitar o aumento da inflação e a redução da competitividade das empresas.
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4.0.Conclusão

Findo o trabalho, conclui-se que a Econômica Política está associada ao


capitalismo e ao processo de generalização da mercadoria, ocorrido no fim do século
XVIII. Tem como objetivo a produção, a circulação e a distribuição de bens, e, como
princípio de coordenação, o mercado e a concorrência. Enquanto ideologia, está a
serviço da burguesia que, no início do século XIX já assumira plena autonomia como
classe, já era uma classe para si. E políticas econômica são as ações tomadas pelo
governo, que, utilizando instrumentos econômicos, buscam atingir determinados
objetivos macroeconômicos. É papel do governo zelar pelos interesses e pelo bem-estar
da comunidade em geral. Para esta finalidade, o setor público, enquanto um agente
econômico de peso dentro do sistema, procura atuar sobre determinadas variáveis e
através destas alcançar determinados fins tidos como positivos para a população.
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5.0.Referências Bibliográficas

Carlos, L. (1998). O conceito de política econômica. Universidade Estadual de


Campinas, Instituto de Economia: Brasil

Corraza, G. (2003) Método da Ciência Econômica. Porto Alegre: UFRGS

Guitton, H. (1981). Économie politique: Introduction générale, analise micro-


économique, analyse macro-écomique. Perciz Dalloz

John, S. (1996). Princípios de Economia Política (vol I). Editora: Abril Cultural: São
Paulo, Brasil.

Hunt, E. (2013). História do pensamento económico: uma perspetiva critica, 3ª edição.


Rio de Janeiro: Brasil

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