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REGISTRE AQUI A ENTREVISTA REALIZADA COM O PROFESSOR DO AEE -

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO, OU OUTRO


PROFISSIONAL RESPONSÁVEL!
Nome do profissional: Terezinha Maria Ignácio
Formação: Pedagogia Educação Infantil e Anos Iniciais/ Pós-graduação em
Educação Infantil/Anos Iniciais e Gestão Escolar/ segunda Pós em
Psicopedagogia clínica e segunda Licenciatura em Educação Especial
Perguntas que servirão para orientação durante a observação e análise
sobre o processo de inclusão na escola visitada:
1 - A escola/Instituição possuí alunos com deficiência? Quantos alunos e quais as
deficiências?
R. A Instituição do Centro de Educação Infantil Frei Libório Schmitt têm crianças com
deficiências e transtornos, totalizando 14 crianças com laudo sendo 12 crianças com TEA
(Autismo) e 2 crianças com Síndrome de Down. Importante colocar que tem crianças
ainda com fechamento de Laudo com autismo e outros Transtornos.
2 - A escola/Instituição possui sala de Atendimento Educacional Especializado? Se não
possui sala de AEE os alunos recebem esse atendimento em outra instituição?
R. Sim, possui sala de AEE (Atendimento Educacional Especializado). Recebem
atendimento na própria Instituição, e atende crianças de outras Instituições.
3 - Em relação aos professores que acompanham os alunos da Educação Especial qual
a formação acadêmica?

R. É necessário ter formação na Área da Educação Especial.


4 - A Instituição de ensino do ponto de vista da proposta de educação para todos e do
princípio da escola inclusiva, identifica necessidades de ajustes, especialmente no que
se refere a: Projeto pedagógico? Prática pedagógica? Relação entre a educação especial
e o ensino comum? Como são realizados esses ajustes?
R. O Centro de Educação Infantil busca uma forma diferenciada na vivência das crianças
com deficiência, desde da questão alimentar, pois muitas têm suas especificidades e
necessidades; peculiares de cada indivíduo. O próprio projeto Político Pedagógico
demanda essas necessidades das crianças, priorizando seu bem-estar na própria
Instituição. Em relação ao pedagógico (vivências), é uma parceria entre professora do
AEE (Atendimento Educacional Especializado), Supervisora e Coordenadora de
Educação Especial (SEMEC) para suprir as dificuldades em um todo com essa demanda.
Visto que, são salas lotadas, com professoras despreparadas e que a própria
Coordenação não consegue ter um olhar diferenciado para sua demanda, deixando
assim a desejar. É muito fácil colocar no papel todas as obrigações que a Instituição deve
cumprir enquanto Política Pedagógica/Ensino Diferenciado, visando na necessidade da
criança com deficiência. Precisamos parar de falar que é preciso aceitar, acolher o
‘’diferente’’ se na verdade o sujeito com deficiência já faz parte do nosso meio, das
Diretrizes e Políticas Pedagógicas. É necessário a Instituição em um todo criar coragem
para se CAPACITAR, para poder oferecer e atender as demandas deste ser com
Deficiência.
5 - O contexto escolar permite discussões e propicia medidas diferenciadas
metodológicas e de avaliação e promoção que contemplam as diferenças individuais dos
alunos? A escola/Instituição favorece e estimula a diversificação de técnicas,
procedimentos e estratégias de ensino, de modo que ajuste o processo de ensino e
aprendizagem às características, potencialidades e capacidades dos alunos?
R. Acredito que cada Instituição tem seu método e maneira de pensar e agir de forma
diferente uma da outra, pois compete ao diretor buscar com seus profissionais medidas
e métodos que embasam suas necessidades. É realizado reunião com a equipe
diretiva/professores da turma com a professora do AEE, para buscar supostas propostas
para analisar e quais os passos necessários para atuar diante de cada situação e em
alguns casos é realizado momento de reflexão com os pais, para intervir nesta proposta
que os professores buscam na inclusão e metodologia. A avaliação contemplada na
Proposta Curricular é uma forma de diagnosticar a aprendizagem e desenvolvimento de
cada criança, ter este olhar acusado é fundamental para desenvolver métodos para
melhorar no processo de descobertas, desenvoltura, desenvolvimento e aprendizagem
de cada criança. Cabe aos profissionais pedagógicos desenvolver estratégias, técnicas,
adaptações para modificar seu modo de estimular, propiciando momentos que agregam
o desenvolvimento, a interação e socialização no ensino-aprendizagem da criança.
6 - Como se dá a identificação e avaliação diagnóstica dos alunos que apresentam
dificuldades de aprendizagem e possam ter alguma deficiência?
R. No Centro de Educação Infantil a proposta Pedagógica é realizada através de um
relatório semanal decorrente da vivência e o andamento da turma, colocando os
progressos, evoluções e dificuldades da turma, especificando as necessidades de
algumas crianças. Esses relatos são um documento que norteia o tal do diagnóstico das
supostas dificuldades de aprendizagem. É necessário salientar que o processo de
aprendizagem da Educação infantil é diferente da proposta que atua no processo de
aprendizagem na escola. Estamos falando de crianças bem pequenas, os quais os
professores precisam ter um comprometimento como pedagogos e não como
cuidadores. Mas os professores que são comprometidos com sua função eles realizam
um documento relatando as dificuldades que a criança está apresentando e depois do
momento (conversa) com os pais, esse documento é ofertado para que os pais possam
levar ao especialista que a família vai procurar para seu filho, sendo de grande valia para
o diagnóstico.
7 - A escola/Instituição assume a responsabilidade na identificação e avaliação diagnóstica dos
alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, com o apoio dos setores do
sistema e outras articulações?
R. A Instituição não pode assumir por si esta responsabilidade, enquanto Educadores, sabemos
quando a criança supostamente pode se ter uma deficiência ou algum transtorno. Nossa função
é focar na aprendizagem e buscar subsídios para suprir tais dificuldades. Passando informações
importante sobre seus filhos, para que eles busquem saber com profissionais da saúde o que de
fato está acontecendo com seu filho.

8 - Como acontece o planejamento, adaptações curriculares e avaliação dos alunos com


deficiência? Os outros professores participam de todo o processo ou é uma tarefa que cabe
apenas ao 2º professor?

R. O planejamento é realizado conforme a BNCC, contendo adaptações que estimulam as


crianças com deficiência. Na verdade, a LDB nº 9394/96 no seu artigo 59 diz que a adaptação
curricular atribui aos sistemas de ensino o dever de assegurar aos educandos com necessidades
especiais, currículos, métodos, técnicas, recursos e organização especificas para atender as suas
necessidades. Diante das diretrizes, metodologias, leis e normas o professor tenta dar o seu
melhor em sala de aula, é claro que vai do profissional pedagógico realmente querer fazer a
diferença no processo ensino-aprendizagem da sua criança. Mas precisamos ser realistas com a
estas demandas: salas lotadas, dificuldades com os pais no processo de autonomia e
aprendizagem de seus filhos, professores de educação infantil que querem ser valorizados como
pedagogos, mas que atuam como cuidadores e auxiliares que cuidam e olham a criança com
deficiência, mais que não faz a diferença no processo de ensino-aprendizagem, na rotina da
mesma. O próprio sistema em si pega em relação a adaptação curricular, pelo sistema de ensino
pede o PDI (Plano de Desenvolvimento Individual), é um documento que acompanha o
desenvolvimento e aprendizagem de crianças com deficiência e é elaborado com base em dados
coletados em avaliações. O PDI deve ser acessível a toda comunidade escolar, incluindo pais e
equipe de profissionais e deve ser reavaliado periodicamente. Quem deve estar atento e realizar
o PDI são os professores da criança, equipe diretiva, professor do AEE juntamente com a
coordenadora de educação especial, sendo que este planejamento deve estar no sistema de
ensino aprendizagem para que todos tenham acesso. Contudo é necessário colocar que não é
desta forma que acontece. O professor que realiza seu planejamento com adaptações simples
e de fácil acesso, ou seja, muitas das vivências (atividades) não pensam na criança com
deficiência e se tem o auxiliar na sala, não faz muita diferença, pois o auxiliar não sabe nem o
lugar que ele ocupa, quanto mais seu papel na vida escolar da criança com deficiência.

9 - Como o professor da turma planeja diariamente suas atividades inclusivas para todos os
alunos da classe?

R. O professor realiza seu planejamento semanalmente, com um olhar reflexivo, tendo em


mente as limitações e dificuldades de suas crianças, pensando em um todo e o que pode ser
acessível para que todos consigam realizar as vivências (atividades). Têm as que são em grupo e
as que são necessário realizar individualmente. Essas podem ser adaptadas e as em grupo
colocamos através de rotinas; no qual é um processo importante e rico na aprendizagem da
criança como um todo.

10 - Como ocorre a interação entre os alunos com e sem deficiência no processo de


aprendizagem?

R. Acredito que estamos vivendo em uma sociedade em que se tem mais conhecimento,
adaptações e reconhecimento de nossas funções, visando a vivencia igual para todos, mesmo
tendo que se adaptar em algum momento do nosso cotidiano, mas que não é algo assustador
ou difícil de se conviver. Na Educação Infantil entre crianças não vejo barreiras, pois elas por si,
enxergam as crianças com deficiências com alegria, felicidades e cuidados, e é ilustrado isso no
espaço escolar com contação de histórias, brincadeiras, rotinas, adaptações necessárias e
vivências (atividades) que buscam a participação e entendimento do outro.

11 - Como ocorre a participação da família nas decisões relacionadas à vida escolar do aluno
com deficiência?

R. Os pais são informados através de reunião particular com a equipe diretiva e com os
professores da sala; quando acontecem.

12 - Os professores da escola são capacitados e especializados, respectivamente, para o


atendimento às necessidades educacionais dos alunos?

R. Os professores têm formação para estar na sala de aula, enquanto ao auxiliar não é necessário
ter concluído o curso de pedagogia, muitos estão iniciando o curso de Pedagogia agora, sendo
que estão cada vez mais despreparados.

13 - Como a experiência da educação inclusiva em sala de aula tem contribuído para a sua
prática docente? (Breve relato do professor da turma).

R. Bom, tive a honra de iniciar como professora de magistério atuando em sala de escola
especial (APAE), meus alunos com deficiências me ensinaram muito durante 6 anos com
eles, foi através deles que meus olhos se abriram para ver e enxergar além de mim
mesmo, um mundo com potencialidades, sorrisos sinceros, energia que nos
impulsionava para o novo. Enxergando sempre o melhor do ser humano, abraços
sinceros e que acalentavam a alma e simplesmente me apaixonei, me encontrei
enquanto pessoa, enquanto profissional. Tenho um filho Autista que era nível (suporte
2), encontrei muitas barreiras e dificuldades com ele, o que me proporcionou um pouco
de entendimento foi o tempo que atuei na APAE. Meu filho foi muito estimulado e
juntos conseguimos recursos e aprovação da lei para pais que atuam concursados no
município diminuir sua carga horário sem diminuição salarial para atender seus filhos
com deficiência. As lutas fazem parte da vida inclusiva, barreiras e dificuldades sempre
vamos encontrar, porém com persistência, encontramos nossas estratégias para colocar
em prática nossos objetivos e sonhos. A prática pedagógica é baseada na história de
cada criança que chega em meus braços, desde o acolhimento, nos pequenos gestos,
meu olhar de reflexão sobre a criança faz com que ela se sente segura e assim juntas
buscamos maneiras, suportes e estratégias que promovam o seu desenvolvimento e
ampliem as suas aprendizagens. A rotina diferenciada é um recurso que tem dado muito
certo no processo de autonomia e aprendizagem das crianças com deficiência pois ela
vivência a vida do dia a dia de nossas crianças possibilitando o avanço ao conhecimento
de forma abrangente.

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