António Ferro e Outras Almas Do Modernismo Banal
António Ferro e Outras Almas Do Modernismo Banal
António Ferro e Outras Almas Do Modernismo Banal
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Luís Trindade *
forma de, como uma câmara de filmar, se colocar, no próprio acto da escrita,
defronte daquilo que quer narrar. À escrita parece então exigir-se algo não con-
forme à sua natureza, uma presença em acto que se relacione, sem mediações,
com a realidade.
Não era, como pode imaginar-se, um desafio fácil. Mas era, se olharmos para
todas as palavras da frase de Almada, um desafio daquele momento. As ideias não
eram simplesmente coreográficas, elas eram coreográficas «hoje». O desafio de
encontrar a expressão de imagens em movimento pela escrita era o desafio próprio
de uma época que parecia distinguir-se das outras, precisamente, pelo frenesi da
mecanização e da urbanização, as formas por excelência do movimento moderno.
O modernismo, como forma de exprimir esta percepção, parece assim partilhar o
problema colocado à imprensa. O que permite reorganizar a questão deste artigo:
se é possível ver o modernismo como um momento de crise da modernização,
o sintoma de uma modernidade incompleta8 – de que o cinema seria um dos com-
pletamentos –, então pode também explorar-se a hipótese de ter sido o jornalismo
uma das formas deste modernismo que mais eficazmente trabalharam na supera-
ção da crise.
Hipótese que impõe uma cuidadosa definição do que era, por volta de 1920,
entendido como jornalismo. Um outro jovem colaborador do Diário de Lisboa,
Afonso de Bragança (que morreria em 1922 e que António Ferro entronizaria, uma
década mais tarde, atribuindo o seu nome ao prémio de jornalismo do Secretariado
de Propaganda Nacional), diria, a propósito de Gabrielle d’Annunzio e Eu (ainda
outro livro de Ferro), que «a nossa literatura está cada vez mais jornalística – o
que não quer dizer que o nosso jornalismo esteja mais literário»9. Para Bragança,
havia dois tipos de jornalista: o «jornalista-literato», que começou a escrever para
jornais e cuja escrita carecia, por isso, de valor literário, e o «literato-jornalista»,
que, apesar de verter as suas criações para as páginas da imprensa, era ainda assim
mais literato, ou seja, escritor, do que jornalista propriamente dito. Ferro, para o
seu colega, encontrava-se no segundo caso.
E, no entanto, não é sempre fácil de distinguir o literato do jornalista dentro da
figura de António Ferro. O seu estilo, assente no uso repetido de paradoxos e metá-
foras, obedecia à forma como eram escritas as reportagens dos jornais modernos.
Os paradoxos surpreendentes e as metáforas imagéticas projectavam nas páginas
dos jornais um quotidiano do século xx reconstruído jornalisticamente como rea-
lidade sujeita a uma constante sucessão de momentos sensacionais. O jornalismo,
sobretudo na sua forma de reportagem, pode assim começar a ser lido, para além
de um género, como um estilo literário. Enquanto «literato-jornalista», Ferro e
os outros jornalistas modernistas da sua geração escreviam do mesmo modo nas
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cia o modernismo. O mundo era por eles apropriado no seu próprio movimento
enquanto escritores.
Não é assim de surpreender que à metáfora do movimento automóvel se
acrescentasse a metáfora da construção de imagens. Uma era a condição da outra.
Como vimos, a imagem quieta era incapaz de exprimir aquele momento, enquanto
o movimento só era pensável na sua visibilidade. Assim, Ferro podia ver-se como
um impressionista – «talvez o único impressionista conhecido em literatura»13 –
ou como fotógrafo; Fernanda de Castro, ainda outro nome do «movimento», olhou
para a obra de Ameal como um conjunto de «instantâneos de kodak aperfeiçoa-
dos»14; sobre o mesmo Ameal, António Ferro disse tratar-se do «operador cine-
matográfico da Vida portuguesa de hoje», capaz de «surpreender com mais movi-
mento, mais colorido, com mais verdade, os “fait-divers” [...] da nossa vida social»
como se fosse «um “film” de actualidades»15.
Mais uma vez, e como já tínhamos visto no caso de Antero de Figueiredo, a
metáfora do cinema ainda aparecia timidamente. A pintura, ou a fotografia, pare-
cem de início levar vantagem na comparação com a literatura. Mas trata-se já de
um tipo de captação de imagem que não se limita a fixar a realidade. Como uma
câmara de filmar, a literatura de Ferro e de Ameal descreve-se e é descrita enquanto
instrumento aberto ao que a realidade tem de imponderável como realidade que,
antes de mais, se move.
Curiosamente, a metáfora com mais autoridade para classificar esta realidade,
ou melhor, o tempo desta realidade, parece à primeira vista aludir a um fenómeno
sonoro. Segundo uma célebre conferência de António Ferro, tratava-se da «Idade
do Jazz-Band». O texto procura fazer justiça ao seu momento enquanto tempo
de imagens e sons – como as ondas da vida de Leviana –, encadeando metáforas
sucessivas: «Dançar é viver em movimento», o que significa «gerar imagens da pró-
pria imagem», movimento gerador de imagens, sobretudo do corpo, já que «tudo,
na hora que passa, obedece ao movimento, ao ritmo do corpo»16. Ou seja, deste
movimento criador de imagens resulta uma fusão entre o material e o imaterial
– a alma de Ferro como um cartaz espantando a multidão, o corpo-automóvel
de Ameal percorrendo quilómetros de literatura – que permite uma espécie de
nova plenitude: «A dança pôs a alma sobre o corpo a seguir-lhe os contornos.»17
Esquematizando: o corpo, em movimento, tornava-se a própria expressão da alma,
enquanto esta se materializava na imagem do corpo.
O que significa que a idade era do jazz-band menos pela música do que pela
dança. O fascínio de Ferro pelos Ballet Russes leva a que nem sempre seja muito
claro qual é para ele a melhor designação para baptizar o que o seu tempo tem para
mostrar18. Mas neste jogo a que se entrega repetidamente entre jazz e Diaghilev,
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há outra coisa mais clara: o cinema surge sempre, de modo mais ou menos visível,
como uma espécie de infra-estrutura que não é a forma como a idade se dá a ver,
mas o instrumento que dá a ver a idade. Se a época pode ser do jazz-band ou dos
Ballet Russes, tal só é possível na medida em que há, finalmente, uma máquina que
consegue exprimir totalmente a imagem e o movimento da dança19. É por isso que
dançar, para Ferro, é «ser écran», e que a idade é do jazz-band, porque «no jazz-
-band, como num écran, cabem todas as imagens da vida moderna»20.
E, no entanto, tudo isto não passa de metáforas, figuras de estilo com que
António Ferro, um escritor, procurou mostrar em livros um tempo que já não era
literário. Acontece, porém, que Ferro não era só um escritor. Em certo sentido,
quando declarou que «a Arte gera Vida, como a Vida gera Arte»21 e, num passo
adiante, apelou a que «ponhamos a Arte na Vida, jamais ponhamos Vida na Arte»22,
nesses momentos, estava já a aludir a novas formas capazes de inverter a relação
mimética da arte com a vida e a inscrever as criações dos escritores, resolutamente,
na realidade. É altura de voltarmos ao jornalismo.
Em 1923, Ferro foi o protagonista de um escândalo literário. Mar Alto, outra
peça da sua autoria, foi pateada no teatro de São Carlos, e logo a seguir suspensa
pelo Governo Civil de Lisboa. O autor protestou e foi alvo de manifestações de
solidariedade pelos meios literários do Chiado. Para Ferro, a atitude das autorida-
des era incompreensível. Mar Alto não era mais do que a vida. Se achavam que a
deviam proibir, deviam começar por proibir os jornais. Como jornalista, sabia do
que estava a falar. Os jornais, sobretudo no pós-guerra, com a figura do repórter e
o género da entrevista-reportagem, tinham intensificado uma capacidade de dra-
matizar o quotidiano que vinham desenvolvendo já desde finais do século anterior.
O fenómeno funcionava nos dois sentidos aludidos há pouco: se continuava mais
ou menos válido o princípio de que a «vida» gerava a informação jornalística, não
era menos verdade que a arte jornalística parecia cada vez mais capaz de gerar
vida, ou seja, de construir uma imagem da realidade que a legitimidade noticiosa
fazia passar pela própria realidade. «A quarta página é de anúncios... Como se todo
o jornal não fosse de anúncios»23, diria ainda Ferro, com um cinismo habitual no
meio jornalístico em relação a este assunto.
De facto, a interferência do repórter no acontecimento, ou o modo como a
reportagem era uma espécie de narrativa autónoma para cuja construção a rea-
lidade servira apenas como um vago referente, era cultivada como uma forma de
legitimação do jornalista ainda longe de possuir um estatuto profissional estável,
e assim vivendo num limbo simbólico entre os jornais e a literatura. Artur Por-
tela, colega de Ferro no Diário de Lisboa, era um destes «jornalistas-literatos». Em
Setembro de 1921, entrevistou o actor Nascimento Fernandes, procurando mos-
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trar como era a sua vida dentro e fora de cena. A reportagem foi uma espécie de
encenação da própria entrevista, em que o jornalista procurou fazer o entrevistado
dizer o que ele próprio queria ouvir, e onde tudo se passou como numa peça de
teatro. No final, «a entrevista tem que acabar. Há meia hora que falamos. Desça o
pano»24. Para o leitor, a peça era de grande interesse. O actor fizera algumas acusa-
ções e denúncias graves sobre o meio literário e os seus empresários. No número
seguinte do jornal, porém, Nascimento Fernandes fez publicar uma carta acusando
Portela de ter escrito, indevidamente, confissões que lhe fizera informalmente e
que supusera que o jornalista nunca se atreveria a dar à estampa.
Dois meses mais tarde, e numa aparente justificação – provocatória – para o
que acontecera, Portela escreveu um artigo intitulado «Jornais e Jornalistas – Como
se faz uma entrevista moderna». O jornalista era aí descrito como uma figura lite-
rária nova, introduzida em Portugal pelo Diário de Lisboa, capaz de «fazer viver o
entrevistado» dentro de um «cenário, onde [...] se movimenta, vive, [e] desencadeia
as suas paixões»25. E completava: «jornalismo é a indiscreção, a novidade, mais
ainda: a adivinhação». Pouco tempo depois, quando fez o epitáfio do seu jorna-
lista Afonso de Bragança, o mesmo jornal colocou esta definição sob o signo da
visualidade. Os textos de Bragança tinham, «a par dos propositados exageros para
abrir caminho, a visão justa e afinada da imprensa como ela hoje deve ser, feita de
claridade, notas de cor, de ideias persuasivas e de beleza»26.
Os exemplos deste tipo de discurso podiam continuar indefinidamente. Ser-
vem aqui, neste momento, para completar o que Ferro pensava sobre o poder da
imprensa em que ele e os seus colegas colaboravam. Enquanto «literato-jornalista»,
escritor de novelas e peças de teatro de um género a que há pouco chamámos
«modernismo jornalístico», ele via-se ainda apenas como autor que reproduzia
a vida nas suas histórias e o que escrevia como vida gerando arte. «Eu não sou
autor de Mar Alto», garantiu, «o Mar Alto foi escrito pela vida», e, mais especifi-
camente, «antes de se exibir no palco do S. Carlos passeou muito pelo Chiado»27.
O impacto que estas formas de literatura tradicional ainda conseguiam obter
dependia inteiramente da sua capacidade para usar os tropos que faziam as ima-
gens sensacionalistas do jornalismo.
O que significa que era pelo jornalismo propriamente dito, quando o literato-
-jornalista se transformava em jornalista-literato, que a sua prosa podia aspirar
a inverter a relação tradicional entre realidade e arte, e pretender inscrever esta
naquela. João Ameal e António Ferro, nos momentos em que foram além da mera
colaboração na imprensa e decidiram dirigir ou criar eles próprios títulos jorna-
lísticos, pareceram acreditar que estavam de facto a mudar o mundo, ou, no caso
deles, Lisboa, no sentido da modernidade, e assim a criar uma espécie de aconte-
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tores e jornalistas do intenso movimento editorial na imprensa dos anos 20, encon-
travam-se de facto a fazer o seu tempo, dando-lhe forma, imagem e ritmo. Para trás
ficava um mundo fixado em livros, pelas ideias e pelas doutrinas da palavra escrita.
«Já está tudo raciocinado»37, dissera Almada Negreiros. «O trabalho mental está
feito», insistia Ferro, para concluir que apenas «resta pôr etiquetas ao pensamento
humano»38.
Na década seguinte, Ferro, Ameal e Almada estariam ainda lado a lado, pro-
duzindo as imagens do nacionalismo que foram a verdadeira idelogia do Estado
Novo.
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Notas
1
«Novidades no DN», Diário de Notícias, 19-11-1919, p. 1.
2
Idem.
3
Uma segunda leitura da notícia sugere isto mesmo: as obras são pensadas para o «leitor» (que não é
ainda «espectador»), e só depois de este as «ter acompanhado na leitura» é que serão «cinematogra-
ficamente reproduzidas».
4
Antero de Figueiredo, in Diário de Notícias, 30-3-1924, p. 2.
5
Walter Benjamin, The Work of Art in the Age of Its Technological Reproducibility and Other Writings
on Media, Cambridge: Harvard University Press, 2008, p. 38.
6
António Ferro, A Leviana. Novela em Fragmentos, Lisboa: H. Antunes, 1921, p. 18.
7
Almada Negreiros, «Adão e Eva de Jaime Cortezão», Diário de Lisboa, 4-6-1921, p. 3.
8
Fredric Jameson, em Postmodernism, estabelece assim a relação entre modernismo e modernidade,
e pós-modernismo e pós-modernidade: «No modernismo, [...] subsistem ainda algumas zonas resi-
duais da “natureza” e do “ser” antigos, arcaicos; a cultura ainda pode fazer algo a essa natureza e
trabalhar na transformação desse “referente”. Pós-modernismo é o que fica quando o processo de
modernização está completo e a natureza acabou de vez», in Postmodernism or, the Cultural Logic
of Late Capitalism, Durham: Duke University Press, 1991, p. ix.
9
Afonso de Bragança, «Crónica de Livros», Diário de Lisboa, 28-3-1922, p. 2.
10
António Ferro, «Teoria da Indiferença», in Obras de António Ferro. 1 Intervenção Modernista,
Teoria do Gosto, Lisboa: Verbo, 1987, p. 20.
11
Idem. E acrescentava, provocatoriamente: «senhores de calva e pança, míopes, óculos, lunetas,
monóculos, jornalistas de artigos de fundo, mais propriamente, jornaleiros de fundilhos».
12
In João Ameal, A Religião do Espaço, Lisboa: Lumen – Empresa Internacional Editora, 1922,
p. xxviii. A metáfora automobilística foi também usada em verso, por um jornalista do Diário de
Notícias, Pereira Coelho, para descrever o seu director, Augusto de Castro: «“Automobil”! O Doutor
/ No peito tem um motor / E dois faróis no olhar! / De lunetas a luzir / ’Stá quase sempre a partir /
Constantemente a chegar!», in Diário de Notícias, «O pessoal da redacção do “Diário de Notícias”
oferece um almoço ao sr. dr. Augusto de Castro», 26-2-21, p. 1.
13
António Ferro, Obras de António Ferro..., p. 22.
14
João Ameal, Olhos Cinzentos, Lisboa: Lumen – Empresa Internacional Editora, 1922, em desdobrá-
vel no final do livro.
15
António Ferro, «Crónica Literária», in Diário de Lisboa, 25-6-1921, p. 2.
16
António Ferro, «A Idade do Jazz-Band», in Obras de António Ferro..., p. 206.
17
Idem.
18
«Toda a nossa Época baila russo! Não triunfou o bolchevismo das ideias, mas triunfou o bolche-
vismo das formas... Diaghilev, Nijinski, Massine são os Lenines do Ritmo», idem, p. 218.
19
E, antes da dança, o próprio movimento da guerra, como foi notado por alguns dos combaten-
tes: «Um soldado britânico que estava em Gommecourt em 1916, escreveu mais tarde: “Os outros,
na sua pressa desesperada, eram como figuras num ecrã de cinema”», in Modris Eksteins, Rites of
Spring. The Great War and the Birth of the Modern Age, Boston: Mariner Books, 1989, p. 223.
20
António Ferro, «A Idade do Jazz-Band», in Obras de António Ferro..., p. 212.
21
Idem, p. 207.
22
António Ferro, «A Arte de bem Morrer», in Obras de: António Ferro..., p. 163.
23
António Ferro, «Teoria da Indiferença», in Obras de António Ferro..., p. 29.
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24
Artur Portela, «A vida de Nascimento Fernandes na cena e fora de cena», Diário de Lisboa,
26-9-1921, p. 5.
25
Artur Portela, «Jornais e Jornalistas – como se faz uma entrevista moderna», Diário de Lisboa,
30-11-1921, p. 5.
26
[Norberto de Araújo], «Afonso de Bragança morreu ontem no Porto», Diário de Lisboa, 4-11-1922,
p. 5.
27
António Ferro, Mar Alto, Lisboa: Livraria Portugália Editora, p. 11.
28
[João Ameal e Luís de Oliveira Guimarães], O Chiado, Verão de 1924.
29
Idem, p. 2.
30
O Homem que Passa [António Ferro], «A Ilustração Portuguesa entrevista a Ilustração Portuguesa»,
Ilustração Portuguesa, 8-10-1921, p. 232.
31
Idem.
32
Idem.
33
Cf. Roman Jakobson, Fundamentals of Language, The Hague: Mouton, 1956. «A preponderância
do processo metafórico nas correntes literárias do romantismo e do simbolismo tem sido repetida-
mente reconhecida, mas não se tem salientado suficientemente que é o predomínio da metonímia
que caracteriza e determina a chamada tendência realista, que pertence a uma fase intermédia entre
o declínio do romantismo e a emergência do simbolismo, e que se opõe a ambos» (p. 92). Resta
chamar a atenção para a proximidade do discurso jornalístico moderno com o realismo literário da
segunda metade do século xix.
34
O Homem que Passa [António Ferro], «A Ilustração Portuguesa entrevista a Ilustração Portuguesa»,
Ilustração Portuguesa, 8-10-1921, p. 232.
35
António Ferro, «Crónica Literária», Diário de Lisboa, 25-6-1921, p. 2
36
António Ferro, «Nós», in Obras de António Ferro..., p. 149.
37
Almada Negreiros, «Adão e Eva de Jaime Cortezão», Diário de Lisboa, 4-6-1921, p. 3.
38
António Ferro, «Teoria da Indiferença», in Obras de António Ferro..., p. 23.