Slide 3 de Cálculo Proposicional e Lógica

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Lógica Aplicada à

Computação
Unidade II: Estrutura e Avaliação de um Argumento
Agenda
• Definições gerais

• Estrutura de Argumentos

• Inferência

• Validade de um argumento

• Diagrama de Argumentos

• Avaliação de Argumentos
Definições gerais
• O que é lógica?
• Estudo da natureza do raciocínio e as formas de
incrementar sua utilização.
• Estudo do pensamento correto e verdadeiro
• Regras para demonstração científica da verdade
• Regras sobre o modo de expor o conhecimento
• Regras para verificação da verdade ou falsidade
de um pensamento.
• Análise dos métodos de raciocínios.
Definições gerais
• O estudo da lógica tem interesse na forma e não no conteúdo.

EX: Considere o enunciado (proposição):

A modelo Gisele B ndchen uma mulher bonita.

• Essa proposição verdadeira ou falsa? Como avaliar a beleza


de alguém?

• O exemplo citado importante para compreendermos que a


preocupa o no estudo da L gica n o a de avaliar o
conte do em si, mas a forma, ou seja, procuramos aqui analisar
se um determinado racioc nio (argumento) foi ou n o bem
constru do.













Definições gerais
• O papel desempenhado pela L gica Formal n o o de
avaliar se verdadeiro ou falso que a Gisele B ndchen
bonita.
• A ideia central a de estruturar um racioc nio de modo
que seja poss vel apresentar uma proposi o como
consequ ncia de outras, independentemente do teor da
proposi o

• A veracidade ou falsidade das premissas e conclusões,


isoladamente não é o foco de estudo da lógica.

• O interesse da lógica consiste em saber se a veracidade


das premissas implica nas veracidades das conclusões.














Definições gerais
• Como expressamos nosso raciocinio?
• Linguagem natural
• Sentenças:
• Interrogativas. EX: quantos anos você tem?
• Imperativas. EX: Não fume!
• Declarativas. EX: José gosta de lógica.

• Proposições ou enunciados
• uma senten a declarativa que pode ser verdadeira
ou falsa, mas n o as duas coisas ao mesmo tempo.



Definições gerais
• Como expressamos nosso raciocinio?

• Argumento
• Sequencia de proposições seguida de uma conclusão
• EX: se está chovendo, a pista está escorregadia.

• EX:
Todo aluno de Computação precisa estudar Lógica. Premissa 1
José é aluno de Computação. Premissa 2
Logo, José precisa estudar Lógica. conclusão
Estrutura de um argumento
• Como expressamos nosso raciocinio?

• Argumento
• Para estruturar adequadamente um argumento
e observar a correspondente validade,
importante represent -lo por meio de s mbolos:



Estrutura de um argumento
EX:
• Todo homem é mortal. Premissa 1
• Sócrates é homem. Premissa 2
• Portanto, Sócrates é mortal. conclusão

Todo X é Y. Z é X. Portanto Z é Y.

Premissas Conclusão
Estrutura de um argumento
• As premissas podem ser identificadas por meio
de palavras ou express es:
• pois, como, porque, tendo em vista que, dado
que, sendo que, supondo que, …

• As conclus es, as palavras ou express es que


permitem identific -las:
• assim, logo, portanto, ent o, por conseguinte,
resulta que, …





Estrutura de um argumento
• Como expressamos nosso raciocinio?

• Argumento
• De uma forma geral, um argumento
constitu do pelas proposi es p1, p2, ..., pn,
chamadas premissas, nas quais nos baseamos
para garantir a veracidade da proposi o c,
denominada conclus o.







Estrutura de um argumento
• Como expressamos nosso raciocinio?

• Argumento
• Existem duas formas principais de se apresentar
um argumento: a forma simb lica e a forma
padronizada.

padronizada

simbólica

Estrutura de um argumento
• Argumento
• O objetivo de um argumento é justificar uma
afirmação que se faz, ou dar as razões para uma
certa conclusão obtida.

• Ex:
Você me traiu. Pois, disse que ia estudar e meu irmão lhe
viu na boate.

• Um argumento demonstra/prova como a partir dos


dados de um problema chegou-se a uma conclusão.
Inferência
• Inferência
• é a relação que permite passar das premissas
para a conclusão (um “encadeamento lógico”).

• O objeto de estudo da lógica é determinar se


a conclusão de um argumento é ou não
decorrente das premissas (uma inferência).
Inferência
• Indicadores de inferência

Indicadores de conclusão Indicadores de premissas


Expressões que assinalam que a Expressões que assinalam que a
sentença que os contém é uma sentença que os contém é uma
conclusão. premissa.

Portanto, por isso, assim, dessa Pois, desde que, como, porque,
maneira, neste caso, daí, logo, assumindo que, visto que,
de modo que, então, assim admitindo que, em vista de,
sendo, podemos deduzir que… dado que, supondo que, …
Inferência
• Indicadores de conclusão entre duas sentenças
indica que a primeira é premissa e a segunda é
conclusão.
• EX: Ela não está em casa, portanto, foi pescar

• Indicadores de premissas entre duas sentenças


indica que a primeira é conclusão e a segunda é
premissa.
• EX: Ele não está em casa, pois ele foi pescar
Inferência
• Indicadores de conclusão no inicio de uma sentença
indica que a sentença é conclusão das premissas
anteriores.
• EX: É verão, e amanha é feriado. Portanto, vou a
praia.

• Indicadores de premissas no inicio de uma sentença


composta de duas sentenças indica que a primeira é
premissa e a segunda é conclusão.
• EX: Desde que uma frente fria está a caminho, é
provável que chova.
Exercícios
• Identifique as premissas [] e as conclusões ().
• Ele é leão, pois nasceu na primeira semana de
agosto
• A economia não pode ser melhorada desde que o
déficit comercial está crescendo todo dia
• Como o filme não acabou, eu não quero ir para a
cama.
• O composto ouro-argônio, provavelmente não é
produzido no laboratório, muito menos na natureza,
desde que é difícil fazer o argônio reagir com
qualquer outra coisa e desde que o ouro, também,
forma poucos compostos.
Exercícios
• Identifique as premissas [] e as conclusões ().
• A inflação tem caído consideravelmente,
enquanto as taxas de juros tem permanecido
altas. Portanto, em termo reais, o empréstimo
tornou-se mais caro desde que nestas
condições, o dinheiro emprestado não pode ser
pago em reais desvalorizados
Inferência
• Para reconhecer se uma expressão é indicador
de inferência é necessário analisar o texto:
• Passaram-se 6 anos desde que fomos a frança.
Duração de tempo, não é inferência

• Ele estava zangado e ficou assim por vários dias.


Significa nessa condição e não “portanto”
Inferência

• Muitas vezes os argumentos não


apresentam indicadores de inferência.
Nesses casos, é necessário uma análise mais
rigorosa do contexto para entender as
intenções do autor.
Inferência
• EX1: Al Capone foi imprudente. Se ele não fosse imprudente, o
IRS jamais teria conseguido condená-lo por sonegar o imposto de
renda.

Analisando:

1(Al Capone foi imprudente). 2[Se ele não fosse imprudente, o IRS jamais
teria conseguido condená-lo por sonegar o imposto de renda.]

Reescrevendo:

Se Al Capone não fosse imprudente, o IRS jamais teria conseguido


condená-lo por sonegar o imposto de renda.

Al Capone foi imprudente.


Inferência
• EX2: Os defensores do aborto são hipócritas. Eles continuamente, contestam em altos
brados a execução de criminosos ou a destruição de nossos inimigos. Mas eles nada vêem de
errado a execução de crianças inocentes.

Analisando:

1(Os defensores do aborto são hipócritas). 2[Eles continuamente, contestam em altos brados a
execução de criminosos ou a destruição de nossos inimigos.] 3[Mas eles nada vêem de errado a
execução de crianças inocentes.]

Reescrevendo:

Os defensores do aborto continuamente, contestam em altos brados a execução de criminosos ou a


destruição de nossos inimigos.

Eles nada vêem de errado com o assassinato de crianças inocentes

Os defensores do aborto são hipócritas


Exercícios
• Analise o texto de acordo com os aspectos de
lógica formal
• Você não precisa se preocupar com
temperaturas abaixo de zero, em junho, mesmo
nos picos mais altos. Nunca faz frio nos meses
de verão e portanto, provavelmente, nunca
ocorrerá
Validade de um argumento
• Validade de um argumento
• Um argumento v lido aquele cuja conclus o
decorre do que foi afirmado nas premissas. Ou seja,
um argumento v lido quando, sendo as premissas
simultaneamente verdadeiras, inevitavelmente a
conclus o tamb m verdadeira.

• Quando é válido, podemos dizer que a conclusão é


uma consequência lógica das premissas, ou ainda
que a conclusão é uma inferência decorrente das
premissas.








Validade de um argumento
• Validade de um argumento

• EX1: O argumento que segue é válido?

Se eu ganhar na Loteria, serei rico.


Eu ganhei na Loteria.
Logo, sou rico.

É Válido (a conclusão é uma decorrência lógica das duas premissas)


Validade de um argumento
• Validade de um argumento

• EX2: O argumento que segue é válido?

Se eu ganhar na Loteria, serei rico


Eu não ganhei na Loteria
Logo, não sou rico
Não é Válido (a conclusão não é uma decorrência lógica das duas premissas).
Diagrama de um argumento
• Validade e verdade
• um argumento ser classificado em v lido ou em
inv lido, e n o em verdadeiro ou em falso .

• A verdade é uma característica das proposições, isto é,


se a proposição se verificar na realidade, então e
verdadeira; caso contrário é considerada falsa.

• A validade é característica dos argumentos, isto é um


argumento é considerado válido se estiver devidamente
encadeado; caso contrário é considerado invalido.




Diagrama de um argumento
• Maneira gráfica de representar a estrutura
inferencial de um argumento.

• O diagrama de Venn é o modo mais tradicional


de diagrama.
Diagrama de um argumento
• Exemplos:

• Todo A é B: A é subconjunto de B . A está


contido em B
Diagrama de um argumento
• Exemplos:

• Nenhum A é B: Os dois conjunto não tem


elementos comuns
Diagrama de um argumento
• Exemplos:

• Algum A é B: pelo menos um elemento de A é


comum ao elemento de B
Diagrama de um argumento
• Inclusão: todo (a), (s)

• Interseção: algun(s), alguma(s)

• Disjunção: nenhum
Diagrama de um argumento
• Validade e verdade
• Ex: P1: Todos os paranaenses são brasileiros V
P2: Ancelmo é paranaense V
C: Ancelmo é brasileiro V

Argumento válido. Conteúdo


verdadeiro
Diagrama de um argumento
• Validade e verdade
• Ex: P1: Todos os paranaenses são pessimistas
P2: Ancelmo é paranaense
C: Ancelmo é pessimista

Argumento válido. Conteúdo falso


Diagrama de um argumento
• Validade e verdade
• Ex: P1: Todos os paranaense são brasileiros V
P2: Existem brasileiros pessimistas V
C: Existem paranaense pessimistas F ou V

Argumento inválido.
Conteúdo verdadeiro
(Sofisma)
Diagrama de um argumento
• Validade e verdade
• Ex: P1: Todos os paranaenses são pessimistas V
P2: Ancelmo é pessimistas V
C: Ancelmo é paranaense F OU V

Argumento inválido.
Conteúdo falso
(Sofisma)
Diagrama de um argumento
• Validade e verdade
• Ex: P1: Todo gato voa falso
P2: Toda vaca é gato falso
C: Toda vaca voa falso

Proposições falsas e argumento válido


Diagrama de um argumento
• Validade e verdade
• Ex: P1: Todo cachorro é um ser humano falso
P2: Todo ser humano tem vida
verdadeiro
C: Todo cachorro tem vida. verdadeiro

Temos uma premisa falsa e outra


verdadeira, e a conclusão é
verdadeira. Argumento válido.
Diagrama de um argumento
• Validade e verdade
• Ex: P1: Todo gato é verde falso
P2: Tudo que mia é verde falso
C: Todo gato mia verdadeiro

Premisas falsas,
argumento inválido
Diagrama de um argumento
• Sofisma ou falácias
• Quando as premissas s o verdadeiras e a
conclus o falsa, dizemos que o argumento
inv lido. Um argumento inv lido chamado de
sofisma ou fal cia.
• S o racioc nios que pretendem demonstrar
como corretos os argumentos que logicamente
s o incorretos
• Visam dar anu ncia a uma conclus o, mas que
n o convencem logicamente.














Diagrama de um argumento
• Sofisma ou falácias
• EX:
1. em minha escola a meninos e meninas
2. existem meninos que não gostam de estuda
3. existem meninos da minha escola que não
gostam de estudar

As proposições 1 e 2 são premissas. A proposição 3 é a conclusão. Mas a


conclusão não é verdadeira, pois não temos premissas que validem a
conclusão. Portanto, este argumento não é válido, ainda que o conteúdo
seja verdadeiro.
Exercícios
• Quais das seguintes sentenças são proposições?
• 2+3=5
• 3 não é um número par
• A terra é arredondada
• X>5
• Você fala francês?
• Leia o livro texto Abra a porta.
• Excelente apresenta o!
• Esta semana tem oito dias.
• Em que continente fica o Brasil?
• A Lua um sat lite da Terra




Exercícios
• Por que a senten a “esta frase falsa” n o uma proposi o?

• Um turista está andando pela terra dos honestos e mentirosos.


Lá, as pessoas são radicais, umas só falam a verdade e outras
só falam mentiras. Chegou a hora do almoço e o turista
encontra-se numa estrada com uma bifurcação. O turista sabe
que um dos caminhos é para um restaurante e o outro para um
abismo, mas não sabe distingui-los. Nesta bifurcação ele
encontra um homem nativo. Naturalmente o turista não sabe
se ele é honesto ou mentiroso. Como o turista descobre o
caminho para o restaurante fazendo uma única pergunta a esse
nativo?






Exercícios
• Um rei resolveu dar a liberdade a um de seus três
prisioneiros. Mandou trazer três chapéus brancos e dois
vermelhos. Vendou os olhos dos prisioneiros, colocou um
chapéu em cada um e depois foi retirando a venda dos
olhos deles. Ganharia a liberdade aquele que soubesse
dizer, de forma convincente, a cor do seu próprio chapéu
olhando para os outros prisioneiros. Os dois primeiros
não souberam dizer. O terceiro, antes que o rei lhe tirasse
a venda dos olhos, afirmou com toda certeza a cor do seu
chapéu.
Qual a cor do chapéu do terceiro prisioneiro? Justifique.
Tipos de argumento
• Considerando-se a L gica Formal:

• categ ricos: s o aqueles compostos por


premissas representadas por enunciados
simples
• EX: Todos os homens s o esperan osos.

• hipot ticos:compostos por senten as


conjuntivas, disjuntivas, condicionais ou bi-
condicionais







Tipos de argumento
• hipot tico Conjuntivo:
• Nenhuma pessoa pode ser ao mesmo tempo pai
e filho. Carlos, naquele momento, era filho.
Logo, Carlos n o era pai.

• hipot tico disjuntivo:


• Qualquer pessoa honesta ou desonesta. Bruno
honesto. Logo, Bruno n o desonesto.







Tipos de argumento
• hipot tico Condicional:
• Se hoje domingo, irei missa. Mas, hoje
domingo. Logo, irei missa.

• hipot tico bi-condicional:


• Trabalho se, e somente se, um dia til. Ora,
um dia til. Logo, trabalho.










Tipos de argumento
• Quanto ao método:
• Argumento dedutivo: a conclus o est expl cita
nas premissas e n o acrescenta qualquer
informa o adicional al m das que foram
expostas nas premissas.

• Exemplo:
Todos os homens s o mortais Premissa 1
Anselmo um homem Premissa 2
Logo, Anselmo mortal Conclus o











Tipos de argumento
• Quanto ao método:
• Argumento indutivo: aquele cuja conclus o
geral e decorre de pre- missas particulares. A
caracter stica desse tipo de argumento a de
apresentar uma conclus o prov vel, mas n o
certa, j que as premissas s o constru das por
meio de uma observa o emp rica.














Tipos de argumento
• Argumento indutivo- exemplo:
Vi um cisne branco no lago Premissa 1

Vi dois cisnes brancos no lago Premissa 2

Vi tr s cisnes brancos no lago Premissa 3

...
Vi n cisnes brancos no lago Premissa n
Logo, todos os cisnes do lago s o brancos. Conclus o



•A Lógica Formal Clássica só estuda
Argumentos Dedutivos, verificando
se são ou não válidos.
Links interessantes
• https://www.yumpu.com/pt/document/read/
12857552/logica-informal-argumentos/41
• https://www.youtube.com/watch?
v=aNlTj3DSJYY
• https://www.youtube.com/watch?
v=XyB6nTKrqcU
• http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/
24228.pdf

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