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CEERSEMA - Centro Ecumênico de Estudos Religiosos
Superiores do Estado do Maranhão
TAYLLA REGO NOGUEIRA – TURMA P
DISCIPLINA – PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
São Domingos do Maranhão - MA
2023 1 - O condicionamento operante, às vezes chamado de condicionamento instrumental, é um método de aprendizado que emprega recompensas e punições para o comportamento. Por meio do condicionamento operante, é feita uma associação entre um comportamento e uma consequência (seja negativa ou positiva) desse comportamento. 2 - O condicionamento operante, também chamado de condicionamento instrumental ou aprendizagem instrumental foi primeiramente estudado por Edward L. Thorndike (1874- 1949), que observou o comportamento de gatos tentando escapar de "caixas problemas". É o processo pelo qual um estímulo neutro adquire funções similares as de um estímulo incondicionado componentes de um condicionamento reflexo. Assim, a relação estabelecida é de contiguidade. Deste modo, Enquanto o condicionamento clássico influi na mudança de opiniões, definindo gostos e objetivos, o condicionamento operante influi nas mudanças de comportamento perante um objetivo. 3 – Enquanto educador(a), percebido é que a escola prepara o aluno para se desempenhar adequadamente em ocasiões futuras quando ela estabelece um repertório comportamental que produza efeitos sobre o próprio comportamento do indivíduo. 4 - Por ser uma teoria maleável, o behaviorismo pode ser unido a outras teorias de conhecimento, o que explica muito do seu uso nos dias de hoje. Pode-se dizer que tanto o behaviorismo clássico quanto o radical são utilizados nos mais diversos cenários do conhecimento, principalmente educacional almejando o desenvolvimento do corpo discente. 1 - Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra. Para Piaget a aprendizagem depende do real desenvolvimento. Para Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem. Piaget acredita que a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e tem pouco impacto sobre ele. Com isso, ele minimiza o papel da interação social. 2 - Vygotsky, ao contrário dos ideais de Piaget, postula que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, de modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento, visto que, o pensamento e a linguagem são processos diferentes e se tornam interdependentes em expressão do meio. Para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o início da vida, pois a aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais superiores. 3 – Diante do que foi exposto, estudado e internalizado, entende-se que as implicações existentes mostraram a importância de aplicar os conceitos de Piaget e Vygotsky na prática dos docentes, uma vez que fundamenta o processo de aprendizagem das crianças por meio da interação com o meio social, com o objeto, a apropriação da cultura e a intervenção de um sujeito detentor de experiências de forma ímpar em cada indivíduo. 4 – Os três grandes estágios da evolução do pensamento infantil são, o estágio da formação da imagem sincrética ou amontoado de objetos, o significado das palavras é um “encadeamento sincrético”, ou seja, a criança une vários objetos dando-lhe um mesmo significado. O estágio do pensamento por complexos, ainda na idade pré-escolar, “em vez do ‘nexo desconexo’ que serve de base à imagem sincrética, a criança começa a unificar objetos homogêneos em um grupo comum”, baseando-se agora em “vínculos objetivos que ela descobre em tais objetos”, o que mais tarde subdivide-se em cinco fases. E por último, no entanto, não menos importante, o estágio da abstração, dos conceitos potenciais (pré-conceitos) e dos verdadeiros conceitos, sendo que o processo de construção do conceito, em Vigotski (2000, p. 220), baseia-se na combinação e na generalização de elementos concretos, presente nos complexos, e pressupõe a discriminação, a abstração e o isolamento de determinados elementos e, ainda, os processos de análise e de síntese, e a decomposição e a vinculação. 5 – Em função do que foi explorado diante das teorias comportamentais abordadas, o funcionamento psicológico tem como base as relações sociais, dentro de um contexto histórico e cultural onde a cultura é parte essencial do processo de construção da natureza humana e a relação homem-mundo é uma relação mediada por sistemas simbólicos determinantes de signos diversos consistindo em que a formação da criança se dá numa relação direta entre o sujeito e a sociedade a seu redor, ou seja, o homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o homem, traçando assim uma linha tênue ao socioconstrutivismo. 6 - Para Piaget, o desenvolvimento do pensamento é a adaptação do indivíduo ao meio físico e social, ou seja, a teoria piagetiana é apresentada como um processo de construção de estruturas lógicas, ou seja, uma teoria universalista e individualista do desenvolvimento. Enquanto para Vygotsky, sua teoria é apresentada como histórico-social do desenvolvimento ou seja, o desenvolvimento do pensamento é um processo essencialmente dialético, em que o sujeito transforma e é transformado pela realidade física, social e cultural em que se encontra. RESUMO Nos dias atuais a Psicologia Educacional se tornou umas das principais ferramentas de identificação de indivíduos com dificuldade de aprendizagem e assimilação sendo uma das disciplinas da formação acadêmica dos professores, mas é também uma área de pesquisa com implicações para a aprendizagem e o ensino. Ela apresenta um meio para compreensão da complexa tarefa educacional no contexto da sala de aula e sociocultural. As diferentes concepções da Psicologia da Educação que existem são uma expressão da importância relativa atribuída por cada uma aos componentes psicológicos no esforço de explicar e de compreender os fenômenos educativos. Tais concepções oscilam desde proposições claramente reducionistas para as quais os estudos das variáveis e dos processos psicológicos é a única via adequada para proporcionar uma base científica à teoria e à prática educativa, para propor que questionem radicalmente mais ou menos a função e a importância dos componentes psicológicos, passando logicamente por toda uma série de proposições intermediárias. Nessa diversidade, um extremo ocupa as concepções da psicologia da educação como um simples campo de aplicação do conhecimento psicológico, isto é, como uma psicologia aplicada a educação. Estas concepções dominam até por volta do fim dos anos 50, porém até hoje gozam de ampla aceitação. O desenvolvimento, as relações afetivas, os prazeres e sofrimentos, os comportamentos, as ideias e sentimentos, a motivação e interesse, aprendizagem, socialização, os significados, sentidos e identificações dentre diversos outros aspectos estão diretamente relacionados com a psicologia da educação. É possível também que professores, gestores, colaboradores em diversos níveis, e até mesmo alunos e seus responsáveis, utilizem desses temas e das contribuições teóricas da psicologia do desenvolvimento, para incrementar a educação e, assim, contribuírem para "valorizar os sujeitos envolvidos nas relações escolares". Um dos fundamentos da Psicologia da Educação é a teoria construtivista, que destaca a importância da construção ativa do conhecimento pelo aluno, considerando seus conhecimentos prévios e sua interação com o ambiente educativo. A psicologia se desenvolve em meados do século XIX, na Alemanha, com Wilhelm Wundt (1832-1920) considerado o pai da psicologia moderna ou experimental. Ele cria o Instituto Experimental de Psicologia onde desenvolve os fundamentos científicos da psicologia, ou seja, o objeto de estudo, o método de pesquisa e os objetivos da psicologia. O psicólogo escolar, quando inserido no contexto escolar, busca trazer benefícios para o processo de ensino aprendizagem, com ações relevantes para o desenvolvimento do educando. Visto que atua tanto com o professor, como com o aluno, família e comunidade tentando minimizar assim o fracasso escolar. Vigotski também questiona Piaget ao afirmar que a ação, para atingir objetivos, possui um aspecto operacional, mas também um intencional, e depende das condições históricas concretas em que o sujeito se encontra inserido; e ao enfatizar o papel da aprendizagem no desenvolvimento das funções psíquicas superiores, isto é, no desenvolvimento das funções essencialmente humanas. Logo, a Psicologia Humanista, entre as décadas de 1950 e 1960 enquanto a terceira força em psicologia, foi contrária ao comportamentalismo e a psicanálise, que dominavam o cenário em tal época. Um de seus representantes mais conhecidos é Carl Ransom Rogers, criador da linha teórica conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa. A história da inserção da psicologia no Brasil é bastante curiosa, uma vez que deve-se a sua aplicação nos cursos de formação de educadores, isto é, à Psicologia da Educação. A inserção do psicólogo nos serviços públicos de saúde ocorreu no final da década de 1970, com a finalidade de construir modelos alternativos ao hospital psiquiátrico, com vistas à redução de custos e maior eficácia dos atendimentos, por meio da formação de grupos multiprofissionais. No Brasil a psicologia teve dois caminhos de entrada: no início do século XX pelos cursos de formação de professores e de pedagogia; alguns anos mais tarde pela "psicologia industrial", como a maior industrialização dos centros urbanos. O início da industrialização no Brasil, na década de 1920, começa a produzir mudanças políticas, no aparelho de Estado e no poder político, e mudanças sociais com o aumento da exigência por educação de forma a suprir os recursos humanos necessários à economia. Apesar da falta de regulamentação do ensino e da prática, ainda em 1953, inicia-se o primeiro curso superior autônomo de Psicologia, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. A produção científica em Psicologia e em Psicologia Social no Brasil já possui grande reconhecimento nacional e internacional. Um dos motivos é, além da importância do trabalho dos psicólogos na sociedade, os esforços dos pesquisadores da área para focalizar e compreender a diversidade social e cultural do país. O estudo sobre a psique humana tem constantemente enfrentado a seguinte questão: se este ou aquele traço de personalidade deve-se à hereditariedade e à constituição, ou seja, à carga genética do indivíduo, ou ao ambiente, ou melhor, à experiência e à aprendizagem do indivíduo na interação com o seu meio social e cultural. Se, por um lado, atribuirmos à hereditariedade ou à constituição o determinante decisivo sobre o comportamento humano, estamos afirmando que o comportamento irá se manter através do tempo e que a experiência do indivíduo em pouco ou nada pode contribuir para modificar o comportamento, uma vez que os aspectos inatos já estão postos na vida de uma pessoa e irão predispô-la para esta ou aquela forma de agir. Os pais e professores, as primeiras figuras de respeito e de autoridade perante a criança, já não são vistos pelo adolescente como os detentores da última palavra sobre o certo e o errado. O desenvolvimento biológico e o desenvolvimento do pensamento lógico, que lhe dão a compreensão de já poder participar do mundo adulto, permitem ao adolescente discorrer filosoficamente, apontando falhas no raciocínio adulto e levantando hipóteses acerca da realidade econômica e social. Compreender o desenvolvimento biológico na adolescência implica estudar os fenômenos que resultam das transformações biofisiológicas que ocorrem nesse período. O ser humano é um todo, assim o desenvolvimento biofisiológico é acompanhado do desenvolvimento emocional. A interferência do meio sobre sua vida, necessidades e desejos também são causa de intensa emotividade. Para Vigotski diferentemente de Piaget, o desenvolvimento dos conceitos na criança ocorre com a sua inserção no contexto social, a partir de seu nascimento. O desenvolvimento mental, para Piaget ocorre em função do amadurecimento das estruturas cognitivas resultante de uma ação do indivíduo sobre o seu meio e da forma como esse meio responde a essa ação. O desenvolvimento biológico, emocional e intelectual é acompanhado do desenvolvimento da personalidade, que juntos contribuem para o desenvolvimento psíquico do indivíduo. Observando então o lapso temporal é perceptível que a motivação é um dos grandes problemas enfrentados pelo professor em sala de aula. Contudo, ela é inerente ao processo de aprendizagem, assim como as ações denominadas de “muito motivadas” são exemplo de ações que estão submetidas a controle de um esquema que gera uma alta frequência de respostas. O condicionamento, por um lado, é responsável, por exemplo, pela maioria dos medos contraídos ainda na infância e sobre os quais não se tem a menor ideia de como surgiram; por outro lado, está presente no nosso dia a dia quando, por exemplo, se promete um presente à criança, caso consiga alcançar o objetivo proposto pelos adultos.