3.1 - Elementos Transmissà o - Correias e Polias

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Orgãos de Máquinas

2023-2024
Órgãos de Máquinas
2023 | 2024

ETeSP Sílvia Ribeiro

smribeiro@ipca.pt

CTeSP em Mecânica Automóvel


Órgãos de Máquina

 As máquina são formadas por uma quantidade maior ou menor de componentes,


dependendo da sua complexidade;
 Todos esses componentes, quando individualizados, são denominados de elementos ou
órgãos;
 Os componentes são a base do funcionamento dos equipamentos industriais.

Existem vários critérios para se agrupar e ordenar os diferentes tipos de elementos de


máquina e um deles é segundo a função principal para a qual os mesmos foram
desenvolvidos. Sendo assim temos:

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Órgãos de Máquina

Elementos de Transmissão

São responsáveis pela transmissão de potência e movimento a um outro sistema.

 Correias e polias;
 Engrenagens;
 Correntes;
 Veios…

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Órgãos de Máquina

Elementos de Fixação
Têm como função limitar o movimento relativo entre duas peças adjacentes, fazer a ligação
entre partes das máquinas e mantê-las unidas.

 Parafusos;
 Porcas;
 Anilhas;
 Rebites:
 etc.

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Órgãos de Máquina

Elementos de Apoio

Dão suporte às máquinas ou a partes delas.


 Chumaceira / Mancal, permite a rotação dos eixos das máquinas;
 Rolamentos, têm como função facilitar o movimento rotacional ou linear entre duas ou
mais peças, diminuir o atrito e prolongar a vida útil das peças.
 Guias, têm a função de manter a direção de uma peça em movimento.

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Órgãos de Máquina

Outros
 Anéis de borracha, são utilizado para vedar, fechar a passagem e prevenir a perda de
fluido, impedindo o vazamento de líquidos ou gases. Funcionam ainda como proteção das
peças.
 Molas, têm a função absorver os impactos causados pelas irregularidades das vias,
suportar e manter a altura.

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Elementos de Transmissão

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Elementos de Transmissão

 Os elementos de transmissão mais comummente utilizados em máquinas para transmitir


potência (força e velocidade) são as correias, as correntes e as engrenagens;
 Em todos os elementos de transmissão supramencionados, transmite-se movimento de
rotação.

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Elementos de Transmissão – Classificação

Na maioria das máquinas e equipamentos industriais, a potência é fornecida por um motor


elétrico, que transmite o movimento através de um veio que funciona, a uma velocidade
constante. A transmissão de movimento entre o órgão motor e o órgão movido pode ser
realizada de duas formas distintas, nomeadamente:

 contacto direto, quando o movimento é promovido pelo contacto entre as superfícies dos
órgãos motores e movidos. Os elementos são como que arrastados, ou empurrados, na
interface de contacto;
 ligação intermédia, quando a transferência de movimento, entre o órgão motor e movido, é
feita por um componente intermédio que se interpõe entre aqueles elementos.

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Elementos de Transmissão – Classificação

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Elementos de Transmissão – Classificação – Contacto Direto

Exemplo

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Elementos de Transmissão – Classificação – Contacto Direto

Exemplos

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Elementos de Transmissão – Classificação – Contacto Direto

Exemplos

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Elementos de Transmissão – Classificação – Ligação intermédia

Exemplos

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Elementos de Transmissão – Classificação – Ligação intermédia

Exemplos

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Transmissão de Movimento Rotativo
por Correias e Polias

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Transmissão por Correias e Polias

 As correias juntamente com as polias são um dos meios mais antigos de transmissão de
movimento. É um elemento flexível, normalmente utilizado para transmitir potência entre
dois eixos.

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Transmissão por Correias e Polias

 As correias são muito utilizadas devido à sua grande versatilidade e campos de aplicação.
Podem ser utilizadas como sistema de transporte ou de transmissão de potência.

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Transmissão por Correias e Polias

SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA

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Transmissão por Correias e Polias

 Um sistema de transmissão por correias correspondem a um sistema mecânico composto


por duas ou mais polias unidas por uma correia, com a finalidade de transmitir movimento
do veio motor para o veio movido;
 As correias são utilizadas quando se pretende transmitir potência de um veio para o outro a
uma distância em que o uso de engrenagens é inviável;
 A capacidade de transmissão de potência das correias depende de vários fatores, tais como:
a pressão de contacto, o coeficiente de atrito entre a correia e a polia, da velocidade
periférica da correia, etc;
 Existem diversos tipos de correias, classificadas de acordo com a superfície de contato, os
principais são: as planas, as trapezoidais (ou em “V”) , as dentadas e as redondas;
 As dimensões, o comprimento das correias assim como os rasgos das polias são
padronizados.

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Transmissão por Correias e Polias – Tipo de Correias

Tipos
1. Planas
2. Redondas
3. Dentadas
4. Trapezoidal ou "V" simples
5. Trapezoidal ou "V" múltipla.

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Transmissão por Correias e Polias – Tipo de Correias

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Transmissão por Correias e Polias

 As polias são peças cilíndricas, movidas pela rotação do eixo do motor e pelas correias;
 De modo geral, as polias são feitas de ferro fundido, aço, alumínio e materiais sintéticos. A
escolha do material depende do projeto;
 Os tipos de polia são determinados pela forma da superfície na qual a correia assenta. Elas
podem ser planas, trapezoidais ou dentadas;
 A polia que transmite movimento e força corresponde à polia motora;
 A polia que recebe movimento e força corresponde à polia movida.

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Transmissão por Correias e Polias – Tipo de Polias

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Transmissão por Correias e Polias

 A figura abaixo representa uma transmissão por correia plana. Admitindo que não há
escorregamento, temos:

𝒖𝟏 = 𝒖𝟐 (a velocidade periferia é a mesma para as duas polias)


𝜔 ×𝑟 = 𝜔 ×𝑟
2π × 𝑁 × 𝑟1 = 2π × 𝑁 × 𝑟2

𝐷
𝑁 = ×𝑁
𝐷

 Polia 1 - polia motora


 Polia 2 - polia movida
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Transmissão por Correias e Polias – Relação de Transmissão ( )

A relação de transmissão, i, corresponde à relação existente entre o número de voltas das


polias (N) numa unidade de tempo e os respetivos diâmetros.

Onde:
 N1 – RPM (Rotações Por Minuto) da polia motora
 N2 – RPM (Rotações Por Minuto) da polia movida
 D1 – (diâmetro) da polia motora
 D2 – (diâmetro) da polia movida

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Exercício 1.1

Um sistema de elevação de cargas é constituído por uma polia motora e uma polia movida.
Determine a velocidade de rotação (rpm) da polia movida, e a relação de transmissão.

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Exercício 1.1 - Resolução

mm
,
mm

r
r
,

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Transmissão por Correias e Polias – Relação de Transmissão ( )

Transmissão Redutora Transmissão Ampliadora


de velocidade de rotação ( ) de velocidade de rotação ( )

𝑁 𝑁
𝑁 𝑁
𝐷
𝐷

𝐷
𝐷
Polia 1 Polia 2 Polia 2
(motora) (movida) Polia 1 (movida)
(motora)

Relação de transmissão: Relação de transmissão:

, ,

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Exercício 1.2

Os diâmetros da polia motora e da polia movida de uma transmissão por correia são de,
respetivamente, 100 e mm. Se a polia motora rodar a 9π rad , determine a velocidade
angular e a velocidade de rotação (rpm) da polia movida, a velocidade da correia, a relação
de transmissão e classifique-a.

𝑁
𝑁

Polia 1 2
motora Polia
movida

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Exercício 1.2 - Resolução
𝑁
𝑁

Polia 1 2
motora Polia
movida

𝐷 100 mm 100 × 10 m
𝑢 =𝑢 =𝜔 ×𝑟 =𝜔 × = 39π rad/s × = 39π rad/𝑠 ×
2 2 2
= 6,13 m/𝑠

mm
𝑖= = = 1,8 >1 transmissão redutora
mm

𝜔 39π rad/ 𝑠
𝜔 = = = 21,7π rad/ 𝑠
𝑖 1,8

1
𝑁 = 21,7π × rot/ 𝑠 = 10,9 rot/𝑠 = 10,9 rot × 60 min = 651 rpm

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Exercício 1.3
Um motor de combustão interna, cuja polia tem um diâmetro de mm, aciona, através de
um sistema de transmissão por correias, as polias da bomba de água e do alternador, cujos
diâmetros são de, respetivamente, 90 e mm. Se a polia motora rodar a rpm,
determine as velocidades angulares das três polias e as relações de transmissão
motor/bomba e motor/alternador.

80
3 – Alternador

2 – Bomba de água

90

120
1 – Motor

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Exercício 1.3 - Resolução

rot min π rad) s rad/ s

mm
,
mm

mm
,
mm

rad/ s
rad s
,

rad/ s
rad s
,

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Transmissão por Correias e Polias - Materiais

As primeiras correias planas industriais eram construídas quase exclusivamente em couro.


Atualmente, as correias são fabricadas através de uma combinação de materiais, tais como:

 Borracha
 Polímeros sintéticos
 Reforços de nylon
 Tiras metálicas
 Tecido
 Couro

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Transmissão por Correias e Polias – Caraterísticas

Correias Planas
 As correias planas são construídas, principalmente de borracha vulcanizada, e reforçadas
interiormente com fios de aço ou cordas de nylon para aumentar a capacidade de carga. A
função destes elementos é resistir às tensões de tração que atuam na correia, enquanto a
borracha atua como elemento de contato com as polias, promovendo a aderência entre a
correia e a polia;
 Necessidade da existência de uma pré-tensão, de modo a evitar o escorregamento quando
a correia inicia o movimento;
 Fornecidas em rolos sem comprimentos pré-definidos, pelo que têm de ser cortadas e
emendadas;
 Estas correias podem ser feitas sem emendas, correias inteiriças (pequenos
comprimentos), ou ser emendada por vulcanização, colagem, ou uso de grampos.

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Transmissão por Correias e Polias – Caraterísticas

Correias Planas

Secção transversal de uma correia plana, onde:

• L – Borracha
• E – Fios de Nylon ou cabos de aço
• L – Borracha

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Transmissão por Correias e Polias - Caraterísticas

Correias Trapezoidais
 Feitas em tecido ou corda, usualmente algodão, rayon ou nylon, impregnadas em borracha
de boa aderência e resistência ao desgaste;
 Maior capacidade de transmissão de potência, devido a ter uma maior área de contacto,
efeito de cunha. O contato entre a correia trapezoidal e polia é feito pela superfície lateral
do canal existente na polia;
 Distância entre centros menores, o que causa uma redução no ângulo de abraçamento,
redução esta que passa a ser compensada pela ação do efeito de cunha;
 Acionamento múltiplo, duas ou mais correias trapezoidais podem ser dispostas
paralelamente umas às outras para aumentar a transmissão de potência;
 Sem emendas, as dimensões da seção transversal da correia bem como o comprimento
são padronizados. Assim, cabe ao projetista selecionar qual das correias disponíveis no
mercado é a mais adequada para uma determinada transmissão.

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Transmissão por Correias e Polias – Aplicações

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Transmissão por Correias e Polias - Características

Correias Dentadas ou Síncronas


 Do ponto de vista construtivo este tipo de correia é semelhante aos outros já vistos.
Incluem um núcleo metálico no interior (armação) constituído por cabos de aço cuja função
é resistir ao esforço de tração aplicado sobre a correia;
 Polias com canais transversais;
 Sem alongamento e sem escorregamento, não utilizam o atrito da correia com a polia para
a transmissão de potência, esta dá-se pelo encaixe dos dentes das correias com os das
polias;
 Não necessita de pré-tensão, como não utiliza o atrito na transmissão menor será a carga
transferida da correia aos mancais;
 Relação de transmissão permanece constante, uma transmissão totalmente sincronizada,
não existe atrito logo não existe o problema de escorregamento;
 Custo inicial elevado.

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Transmissão por Correias e Polias – Caraterísticas

Correias Dentadas ou Síncronas

Secção transversal de uma correia dentada, onde:

 b – Corpo de Borracha
 a – Fios de Nylon ou cabos de aço
 c – Lona de revestimento dos dentes
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Transmissão por Correias e Polias – Aplicações

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Transmissão por Correias e Polias – Aplicações

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Transmissão por Correias e Polias – Configurações de Montagem

Na transmissão por polias e correias, a polia que transmite movimento e força é chamada
polia motora. A polia que recebe movimento e força é a polia movida. A maneira como a
correia é colocada determina o sentido de rotação das polias.

Correia aberta, sentido direto de rotação: a correia fica reta e


as polias têm o mesmo sentido de rotação. Pode ser aplicado
a todas as formas de correias.

Correia cruzada, sentido de rotação inverso: a correia fica


cruzada e o sentido de rotação das polias inverte. Pode ser
aplicado em correias planas, por exemplo.

Correia com eixos não complanares ou entre eixos não


paralelos, pode ser aplicado em correias planas, por exemplo.

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Transmissão por Correias e Polias – Configurações de Montagem

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Transmissão por Correias e Polias – Pré-tensão

 A correia é montada tensionada. Essa tensão permite que ao girar, a polia motora devido
ao atrito, “arraste” a correia, e essa por sua vez, através do atrito, movimente a polia
movida;
 Quando a transmissão está em funcionamento, observa-se que os lados da correia não
estão mais sujeitos à mesma tensão, isso acontece porque a polia motora tensiona mais a
correia num lado (ramo tenso) do que do outro (ramo bambo);
 Essa diferença de tensões entre os lados tenso e bambo da correia causa uma compressão
insuficiente da correia sobre a polia, não desenvolvendo o atrito necessário entre elas;

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Transmissão por Correias e Polias – Pré-tensão

 É necessário que haja uma pré-tensão para ajustar as correias nas polias, mantendo a
tensão correta para garantir a transmissão de potência e compensar a força centrífuga. Isto
poderá ser garantido através da:

 Adoção do entre eixo variável, deslocamento do eixo de uma das polias

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Transmissão por Correias e Polias – Pré-tensão

 Utilização de uma polia tensora (polia louca), acionado por mola ou por peso no ramo
bambo da correia junto à polia mais pequena

Uma pré-tensão demasiado elevada dá origem a maiores esforços nas correias e nos apoios,
diminuindo a vida útil das correias.
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Transmissão por Correias e Polias – Momento Torsor ( ) e Potência ( )

 Nos acionamentos por correia, as forças são transmitidas da polia motora para a correia e
da correia para a polia movida;
 A força a ser transmitida de uma polia para a outra é chamada de força tangencial ou força
circunferencial F;
 A quantidade de força F aplicada à circunferência da polia de entrada depende do da
potência 𝒊, da velocidade 𝒊 bem como do diâmetro 𝒊 da polia motora.

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Transmissão por Correias e Polias – Momento Torsor ( ) e Potência ( )

Momento torsor em O:
(N .m)

Potência:

(W) O

Onde
 força tangencial (N)
 raio (m)
 velocidade tangencial (m/s)
 velocidade angular (rad/s)

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Exercício 1.4

A transmissão por correias, representada na figura, é composta pela polia motora 1 que
possui diâmetro d1=100mm e pela polia movida 2 que possui diâmetro d2=240mm. A
transmissão é acionada por uma força tangencial de 600N. Determine os momentos torsores
nas polias motora e movida.

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Exercício 1.4 - Resolução

Momento torsor polia 1, 𝟏 :

Momento torsor polia 2, 𝟐 :

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Exercício 1.5

Determine o momento torsor na polia movida de diâmetro 100mm, sabendo que a polia

motora de diâmetro 200mm está acoplada a um motor de que gira a 1750rpm.

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Exercício 1.5 – Resolução

1cv= 735,5W

Momento torsor:

Potência:

Momento torsor 2, 𝟐

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