Tcsa Goodman
Tcsa Goodman
Tcsa Goodman
2
0. Introdução
3
1. PROCESSOS DE DEGRADACAO DOS SOLOS
Os solos são uma parte essencial do ecossistema terrestre, desempenhando um papel
fundamental no ciclo de nutrientes, na regulação do clima e na provisão de serviços
ecossistêmicos. No entanto, os solos estão sujeitos a processos de degradação que comprometem
sua capacidade de sustentar vida e de fornecer os serviços ecossistêmicos de que dependemos. A
degradação do solo é um problema global que afeta vastas áreas de terras agrícolas, pastagens e
florestas em todo o mundo, ameaçando a segurança alimentar, a biodiversidade e o bem-estar
humano.
1.1. Erosão do solo
A erosão do solo é um dos principais processos de degradação do solo, resultante da remoção de
camadas superficiais do solo devido à ação da água, do vento e das atividades humanas. A erosão
do solo pode ser acelerada por práticas agrícolas inadequadas, como o revolvimento excessivo do
solo, o desmatamento e o uso intensivo de agroquímicos. A erosão do solo pode resultar na perda
de nutrientes, na compactação do solo, na diminuição da capacidade de retenção de água e na
destruição da estrutura do solo. Isso pode levar à diminuição da produtividade das culturas, à
desertificação e à degradação dos ecossistemas.
Para combater a erosão do solo, são necessárias práticas de manejo do solo que promovam a
conservação da camada superficial do solo, como a adoção de práticas de conservação do solo, a
construção de terraços, a plantio de cercas vivas e a redução do revolvimento do solo. Além
disso, é importante implementar práticas de gestão de água eficazes, como a construção de
barragens e a canalização de águas pluviais, para reduzir a erosão hídrica do solo.
4
A salinização do solo é um processo de degradação do solo que resulta na acumulação de sais
solúveis na camada superficial do solo, tornando-o inadequado para o cultivo de plantas. A
salinização do solo pode ser causada pelo uso excessivo de água de irrigação, pela drenagem
deficiente, pela salinização natural do solo e pela mudança no uso da terra. A salinização do solo
pode levar à diminuição da produtividade das culturas, à destruição da microbiota do solo, à
desertificação e à degradação dos ecossistemas.
Para reverter a salinização do solo, são necessárias práticas de manejo do solo que promovam a
remoção dos sais solúveis do solo, como a lixiviação, a drenagem e a aplicação de materiais
corretivos. Além disso, é importante adotar práticas de gestão da água que promovam o uso
eficiente da água de irrigação, a reciclagem de águas residuais e a proteção das nascentes de água
para reduzir a salinização do solo.
5
1.6. Desmatamento e perda de cobertura vegetal
O desmatamento e a perda de cobertura vegetal são processos de degradação do solo que
resultam na remoção da vegetação nativa e na exposição do solo à erosão, à compactação, à
salinização, à acidificação e à contaminação. O desmatamento e a perda de cobertura vegetal
podem ser causados pela expansão agrícola, pelo crescimento urbano, pela exploração florestal,
pela mineração e pela mudança climática. O desmatamento e a perda de cobertura vegetal podem
levar à destruição dos ecossistemas, à perda de biodiversidade, à diminuição da oferta de água,
ao aumento das inundações e à degradação do solo.
Para reverter o desmatamento e a perda de cobertura vegetal, são necessárias práticas de manejo
do solo que promovam a restauração e a conservação da vegetação nativa, como a reflorestação,
o plantio de árvores, a proteção de áreas de conservação e a implementação de políticas de uso
sustentável da terra. Além disso, é importante adotar práticas de gestão florestal que promovam a
redução do desmatamento, a recuperação de áreas degradadas e a proteção dos ecossistemas
naturais para prevenir a degradação do solo.
6
Para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na degradação do solo, são necessárias práticas
de manejo do solo que promovam a adaptação às mudanças climáticas, como a conservação da
umidade do solo, a proteção da cobertura vegetal, a diversificação das culturas e a
implementação de práticas de conservação agrícola. Além disso, é importante adotar práticas de
gestão do carbono que promovam a captura e o armazenamento de carbono no solo, a redução
das emissões de gases de efeito estufa e a proteção dos solos degradados para mitigar os efeitos
das mudanças climáticas na degradação do solo.
7
2. Conclusão
A degradação do solo é um dos principais desafios ambientais enfrentados pela humanidade, com
consequências sérias para a segurança alimentar, a biodiversidade e o bem-estar humano. Os
processos de degradação do solo são causados por uma combinação de fatores naturais e
humanos, como a erosão do solo, a compactação do solo, a salinização do solo, a acidificação do
solo, a contaminação do solo, o desmatamento, o sobrepastoreio e as mudanças climáticas. A
degradação do solo pode ser revertida por meio da implementação de práticas de manejo do solo
que promovam a conservação, a restauração e a recuperação dos solos degradados, bem como a
promoção da gestão sustentável dos recursos naturais.
Para enfrentar os desafios da degradação do solo, é essencial adotar uma abordagem integrada
que combine a conservação da biodiversidade, a proteção dos ecossistemas, a restauração das
áreas degradadas, a promoção da agricultura sustentável e a mitigação das mudanças climáticas.
A implementação de práticas de manejo do solo baseadas na ciência, na inovação e na
participação das comunidades locais é fundamental para promover a conservação e a recuperação
dos solos degradados e para garantir a sustentabilidade dos sistemas agrícolas, pecuários e
florestais.
8
3. Referencias Bibliograficas
2. Fernandes, R. (2016). A matéria orgânica do solo. In: Vida Rural n.º 1817: 24-26. JRC,
European Commission, (2009). Perda de matéria orgânica. Agricultura sustentável e
conservação dos solos. Processos de degradação do solo. Ficha informativa n.º 3.
Comunidades Europeias.
3. Keren, R. (2000). Salinity. In: Sumner, M.E. (Ed.). Handbook of soil science. Boca Raton,
CRC Press, p. G3-G25.
4. Lal, R. (1997). Degradation and resilience of soils. Phil. Trans. R. Lond. B 352:997-1010.
5. Madeira, M. (1997) Strategies for rehabilitation of soils in Portuguese forestry system.
In:Atas do encontro nacional “O solo, o ambiente e o desenvolvimento sustentado”, 166-176
Oeiras.
6. Martins, J.C. & Pereira, M.G. (2014). Conservação do solo – principais ameaças. In: Pedro
Jordão (Coord.), Boas Práticas no Olival e no Lagar, pp. 57-69. INIAV, I.P., Projecto
PRODER, Operação nº 020315015205, REMDA-Olival. ISBN: 978-972-579-041-0.