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ESCOLA SUPERIOR DE DENSELVOLVIMENTO RURAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL

UC: TECNICAS DE CONSERVACAO DE AGUA NO SOLO


INDICE
0. Introdução..........................................................................................................................................3
1. PROCESSOS DE DEGRADACAO DOS SOLOS..........................................................................4
1.1. Erosão do solo................................................................................................................................4
1.2. Compactação do solo.....................................................................................................................4
1.3. Salinização do solo.........................................................................................................................4
1.4. Acidificação do solo.......................................................................................................................5
1.5. Contaminação do solo....................................................................................................................5
1.6. Desmatamento e perda de cobertura vegetal...............................................................................6
1.7. Sobrepastoreio e degradação das pastagens................................................................................6
1.8. Mudanças climáticas e degradação do solo..................................................................................6
2. Conclusão...........................................................................................................................................8
3. Referencias Bibliograficas.................................................................................................................9

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0. Introdução

A degradação do solo é um problema complexo e multifacetado que exige a colaboração de


múltiplos atores, incluindo governos, instituições de pesquisa, organizações não governamentais
e a sociedade civil, para promover a conservação e a recuperação dos solos degradados. A
adoção de práticas de manejo do solo sustentáveis, a implementação de políticas de uso da terra
responsáveis e a conscientização pública sobre os impactos da degradação do solo são essenciais
para garantir a saúde dos solos, a segurança alimentar e o bem-estar das gerações futuras
Neste trabalho, abordaremos os principais processos de degradação de solos, discutindo seus
impactos e as possíveis estratégias de manejo para mitigar ou reverter esses processos. Nosso
objetivo é fornecer uma visão abrangente dos desafios enfrentados pela degradação do solo e
apresentar soluções sustentáveis para promover a conservação e a recuperação dos solos
degradados.

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1. PROCESSOS DE DEGRADACAO DOS SOLOS
Os solos são uma parte essencial do ecossistema terrestre, desempenhando um papel
fundamental no ciclo de nutrientes, na regulação do clima e na provisão de serviços
ecossistêmicos. No entanto, os solos estão sujeitos a processos de degradação que comprometem
sua capacidade de sustentar vida e de fornecer os serviços ecossistêmicos de que dependemos. A
degradação do solo é um problema global que afeta vastas áreas de terras agrícolas, pastagens e
florestas em todo o mundo, ameaçando a segurança alimentar, a biodiversidade e o bem-estar
humano.
1.1. Erosão do solo
A erosão do solo é um dos principais processos de degradação do solo, resultante da remoção de
camadas superficiais do solo devido à ação da água, do vento e das atividades humanas. A erosão
do solo pode ser acelerada por práticas agrícolas inadequadas, como o revolvimento excessivo do
solo, o desmatamento e o uso intensivo de agroquímicos. A erosão do solo pode resultar na perda
de nutrientes, na compactação do solo, na diminuição da capacidade de retenção de água e na
destruição da estrutura do solo. Isso pode levar à diminuição da produtividade das culturas, à
desertificação e à degradação dos ecossistemas.
Para combater a erosão do solo, são necessárias práticas de manejo do solo que promovam a
conservação da camada superficial do solo, como a adoção de práticas de conservação do solo, a
construção de terraços, a plantio de cercas vivas e a redução do revolvimento do solo. Além
disso, é importante implementar práticas de gestão de água eficazes, como a construção de
barragens e a canalização de águas pluviais, para reduzir a erosão hídrica do solo.

1.2. Compactação do solo


A compactação do solo é outro processo de degradação do solo que resulta na redução da
porosidade do solo, na diminuição da infiltração de água e na restrição do crescimento das raízes
das plantas. A compactação do solo pode ser causada pelo tráfego de maquinaria pesada, pelo
pisoteio de animais, pela remoção da cobertura vegetal e pelo uso excessivo de fertilizantes
químicos. A compactação do solo pode levar à degradação da estrutura do solo, à diminuição da
aeração do solo, ao aumento da erosão do solo e à redução da produtividade das culturas.
Para prevenir a compactação do solo, é importante adotar práticas de manejo do solo que
promovam a manutenção da estrutura do solo, como a adoção de sistemas de cultivo mínimo, a
rotação de culturas, a plantio de cobertura e a aplicação de materiais orgânicos. Além disso, é
essencial reduzir o tráfego de maquinaria pesada no campo e implementar práticas de gestão
integrada do solo que promovam a conservação da biodiversidade do solo.

1.3. Salinização do solo

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A salinização do solo é um processo de degradação do solo que resulta na acumulação de sais
solúveis na camada superficial do solo, tornando-o inadequado para o cultivo de plantas. A
salinização do solo pode ser causada pelo uso excessivo de água de irrigação, pela drenagem
deficiente, pela salinização natural do solo e pela mudança no uso da terra. A salinização do solo
pode levar à diminuição da produtividade das culturas, à destruição da microbiota do solo, à
desertificação e à degradação dos ecossistemas.
Para reverter a salinização do solo, são necessárias práticas de manejo do solo que promovam a
remoção dos sais solúveis do solo, como a lixiviação, a drenagem e a aplicação de materiais
corretivos. Além disso, é importante adotar práticas de gestão da água que promovam o uso
eficiente da água de irrigação, a reciclagem de águas residuais e a proteção das nascentes de água
para reduzir a salinização do solo.

1.4. Acidificação do solo


A acidificação do solo é um processo de degradação do solo que resulta na redução do pH do
solo devido à acumulação de ácidos solúveis na camada superficial do solo. A acidificação do
solo pode ser causada pelo uso excessivo de fertilizantes ácidos, pela deposição de poluentes
atmosféricos, pela destruição da cobertura vegetal e pela mudança no uso da terra. A acidificação
do solo pode levar à diminuição da disponibilidade de nutrientes para as plantas, ao desequilíbrio
da microbiota do solo, à toxicidade de metais pesados e à redução da produtividade das culturas.
Para combater a acidificação do solo, são necessárias práticas de manejo do solo que promovam
o aumento do pH do solo, como a aplicação de corretivos de acidez, a adição de materiais
alcalinos e a conservação da vegetação nativa. Além disso, é importante reduzir a deposição de
poluentes atmosféricos que contribuem para a acidificação do solo e adotar práticas de gestão de
resíduos que promovam a reciclagem de nutrientes e a redução da acidez do solo.

1.5. Contaminação do solo


A contaminação do solo é um processo de degradação do solo que resulta na presença de
substâncias tóxicas e poluentes na camada superficial do solo, tornando-o inadequado para o
cultivo de plantas e para o uso humano. A contaminação do solo pode ser causada pela deposição
de resíduos industriais, pelo uso de agroquímicos, pela lixiviação de metais pesados, pela
disposição inadequada de resíduos sólidos e pela contaminação de águas subterrâneas. A
contaminação do solo pode levar à degradação da qualidade da água, à redução da
biodiversidade, à contaminação dos alimentos e à ameaça à saúde humana.
Para remediar a contaminação do solo, são necessárias práticas de manejo do solo que
promovam a remoção e a recuperação dos poluentes do solo, como a bioremediação, a
fitorremediação, a ativação de microrganismos e a recuperação de áreas contaminadas. Além
disso, é importante adotar práticas de gestão de resíduos que promovam a reciclagem de resíduos
e a redução da geração de resíduos tóxicos para prevenir a contaminação do solo.

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1.6. Desmatamento e perda de cobertura vegetal
O desmatamento e a perda de cobertura vegetal são processos de degradação do solo que
resultam na remoção da vegetação nativa e na exposição do solo à erosão, à compactação, à
salinização, à acidificação e à contaminação. O desmatamento e a perda de cobertura vegetal
podem ser causados pela expansão agrícola, pelo crescimento urbano, pela exploração florestal,
pela mineração e pela mudança climática. O desmatamento e a perda de cobertura vegetal podem
levar à destruição dos ecossistemas, à perda de biodiversidade, à diminuição da oferta de água,
ao aumento das inundações e à degradação do solo.
Para reverter o desmatamento e a perda de cobertura vegetal, são necessárias práticas de manejo
do solo que promovam a restauração e a conservação da vegetação nativa, como a reflorestação,
o plantio de árvores, a proteção de áreas de conservação e a implementação de políticas de uso
sustentável da terra. Além disso, é importante adotar práticas de gestão florestal que promovam a
redução do desmatamento, a recuperação de áreas degradadas e a proteção dos ecossistemas
naturais para prevenir a degradação do solo.

1.7. Sobrepastoreio e degradação das pastagens


O sobrepastoreio e a degradação das pastagens são processos de degradação do solo que resultam
na remoção excessiva da vegetação nativa e na compactação do solo devido ao pisoteio de
animais. O sobrepastoreio e a degradação das pastagens podem ser causados pelo superpastejo de
animais, pela falta de rotação de pastagens, pelo confinamento de animais e pela destruição da
cobertura vegetal. O sobrepastoreio e a degradação das pastagens podem levar à diminuição da
fertilidade do solo, à erosão do solo, à salinização do solo e à desertificação das pastagens.
Para prevenir o sobrepastoreio e a degradação das pastagens, são necessárias práticas de manejo
do solo que promovam a conservação da vegetação nativa, o controle da carga animal, a rotação
de pastagens e a implementação de sistemas de manejo sustentável de pastagens. Além disso, é
importante adotar práticas de gestão agropecuária que promovam a recuperação das pastagens
degradadas, a integração da pecuária com a agricultura e a proteção dos ecossistemas de
pastagens para prevenir a degradação do solo.

1.8. Mudanças climáticas e degradação do solo


As mudanças climáticas são um fator importante de degradação do solo que resulta na alteração
do clima e na intensificação dos eventos climáticos extremos, como secas, inundações,
tempestades e ondas de calor. As mudanças climáticas podem afetar a qualidade do solo, a
disponibilidade de água, a produtividade das culturas e a biodiversidade do solo. As mudanças
climáticas podem levar à perda de nutrientes, à acidificação do solo, à salinização do solo e à
erosão do solo, prejudicando a capacidade do solo de sustentar a vida e de fornecer serviços
ecossistêmicos.

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Para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na degradação do solo, são necessárias práticas
de manejo do solo que promovam a adaptação às mudanças climáticas, como a conservação da
umidade do solo, a proteção da cobertura vegetal, a diversificação das culturas e a
implementação de práticas de conservação agrícola. Além disso, é importante adotar práticas de
gestão do carbono que promovam a captura e o armazenamento de carbono no solo, a redução
das emissões de gases de efeito estufa e a proteção dos solos degradados para mitigar os efeitos
das mudanças climáticas na degradação do solo.

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2. Conclusão

A degradação do solo é um dos principais desafios ambientais enfrentados pela humanidade, com
consequências sérias para a segurança alimentar, a biodiversidade e o bem-estar humano. Os
processos de degradação do solo são causados por uma combinação de fatores naturais e
humanos, como a erosão do solo, a compactação do solo, a salinização do solo, a acidificação do
solo, a contaminação do solo, o desmatamento, o sobrepastoreio e as mudanças climáticas. A
degradação do solo pode ser revertida por meio da implementação de práticas de manejo do solo
que promovam a conservação, a restauração e a recuperação dos solos degradados, bem como a
promoção da gestão sustentável dos recursos naturais.
Para enfrentar os desafios da degradação do solo, é essencial adotar uma abordagem integrada
que combine a conservação da biodiversidade, a proteção dos ecossistemas, a restauração das
áreas degradadas, a promoção da agricultura sustentável e a mitigação das mudanças climáticas.
A implementação de práticas de manejo do solo baseadas na ciência, na inovação e na
participação das comunidades locais é fundamental para promover a conservação e a recuperação
dos solos degradados e para garantir a sustentabilidade dos sistemas agrícolas, pecuários e
florestais.

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3. Referencias Bibliograficas

1. European Commission, (2006). Communication of 22 September 2006 from the


Commission to the Council, the European Parliament, the Economic and Social Committee
and the Committee of the Regions: Thematic strategy for soil protection. COM 2006, 231
final.

2. Fernandes, R. (2016). A matéria orgânica do solo. In: Vida Rural n.º 1817: 24-26. JRC,
European Commission, (2009). Perda de matéria orgânica. Agricultura sustentável e
conservação dos solos. Processos de degradação do solo. Ficha informativa n.º 3.
Comunidades Europeias.
3. Keren, R. (2000). Salinity. In: Sumner, M.E. (Ed.). Handbook of soil science. Boca Raton,
CRC Press, p. G3-G25.
4. Lal, R. (1997). Degradation and resilience of soils. Phil. Trans. R. Lond. B 352:997-1010.
5. Madeira, M. (1997) Strategies for rehabilitation of soils in Portuguese forestry system.
In:Atas do encontro nacional “O solo, o ambiente e o desenvolvimento sustentado”, 166-176
Oeiras.
6. Martins, J.C. & Pereira, M.G. (2014). Conservação do solo – principais ameaças. In: Pedro
Jordão (Coord.), Boas Práticas no Olival e no Lagar, pp. 57-69. INIAV, I.P., Projecto
PRODER, Operação nº 020315015205, REMDA-Olival. ISBN: 978-972-579-041-0.

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