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“SEJA SEMPRE FIEL, NÃO IMPORTAM AS CONSEQUÊNCIAS” (Daniel 6)

1. TESTEMUNHAR - Dividir a experiência do Desafio da Semana


Desafio da Semana: -.

2. ENVOLVER - Abordar o tema de forma ilustrativa


Não haverá – a ministração será mais extensa. Não demore para começar.

3. MINISTRAR - Compartilhar a Palavra e conversar


Hoje vamos refletir sobre um momento singular de um dos grandes personagens da Bíblia: Daniel.
Daniel viveu em um momento caótico, um dos períodos de maior sofrimento do povo de Judá. Sua
história se passa durante o exílio babilônico.
Devido à desobediência e idolatria do povo, Deus entregou os judeus a Nabucodonosor, rei
da Babilônia. Apesar de muitos profetas advertirem contra seus pecados e o castigo vindouro, os
hebreus continuaram com seus pecados. Os israelitas não foram conquistados porque eram fracos,
mas porque Deus os entregou a seus inimigos como castigo. Chegou o tempo da punição
prometida. Ao conquistar Judá, a Babilônia levou cativo boa parte da população, o que incluía
Daniel (Dn 1). Essa foi a primeira de três grandes invasões:
1. Primeira Invasão (605 a.C.): Nabucodonosor derrotou os egípcios e os assírios na Batalha de
Carquemis, ganhando controle sobre a região. O rei Jeoaquim (Judá) tornou-se vassalo de
Nabucodonosor. Levaram cativos vários nobres judeus (Daniel) e saquearam o templo;
2. Segunda Invasão (597 a.C.): A segunda invasão ocorreu quando o rei Jeoaquim se rebelou
contra o domínio babilônico. Nabucodonosor voltou a Jerusalém para restaurar o controle.
Jeoaquim morreu durante a campanha, e seu filho Joaquim assumiu o trono brevemente.
Nabucodonosor sitiou Jerusalém e Joaquim, junto com muitos outros, foram levados cativos
para a Babilônia. Entre os deportados estava o profeta Ezequiel. Nabucodonosor nomeou
Zedequias como novo rei de Judá, vassalo da Babilônia.
3. Terceira Invasão (587 a.C.): A terceira e mais devastadora invasão ocorreu após Zedequias
também se rebelar contra Nabucodonosor. O rei babilônico novamente sitiou Jerusalém,
mas desta vez destruindo completamente a cidade. O Templo de Salomão foi arrasado, os
muros da cidade foram derrubados e grande parte da população foi levada cativa. Este
evento deu início a um período de exílio que durou aproximadamente 70 anos.

Daniel é um judeu exilado em um mundo pagão. No entanto, ele e seus amigos se mantém fieis ao
Senhor. Ao interpretar corretamente o sonho do rei Nabucodonosor, Daniel é promovido a
governante de toda a província da Babilônia, e o encarregado de todos os sábios (Dn 2).
Um bom tempo se passa. Nabucodonosor morre e o império começa a declinar. Depois de
uma sucessão de reis fracassados, o Império Babilônico foi conquistado pelo Império Persa. Vários
anos se passam desde a morte de Nabucodonosor até que Dario assume o trono. O tempo entre a
morte de Nabucodonosor (562 a.C.) e o início do reinado de Dario (522 a.C.) é de cerca de 40 anos.

Depois de entender todo esse contexto chegamos na passagem de hoje, o capítulo 6 – “Daniel na
cova dos leões”. Recapitulando os fatos importantes até aqui: Daniel foi um judeu levado cativo à
Babilônia; se manteve fiel ao Senhor e prosperou; se tornou governador da província e líder dos
sábios; ele passou muitos anos servindo; e agora um novo Rei Persa assume o trono – Dario.
A partir deste momento, vamos juntos ler Daniel capítulo 6, parte por parte.

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Leiam juntos Daniel 6.1-4
Daniel continua sendo fiel a Deus e um administrador zeloso. Ele é mais uma vez promovido e
agora é um dos três grandes líderes de todo o reino. Ele foi tão competente que Dario planejava
colocá-lo como número 2 sobre todo o império. Desde a época de Nabucodonosor até aqui, vemos
Daniel como um grande exemplo:
• Se manteve fiel a Lei e ao Senhor;
• Deu bom testemunho em tudo o que fazia;
• Trabalhava diligentemente.
Como seguidores de Cristo, devemos ser zelosos e dedicados em tudo o que fazemos. Mesmo que
o ambiente seja difícil, o patrão seja injusto ou que todos estejam agindo pecaminosamente, o
crente deve ser honesto e exemplar em tudo o que faz. O ambiente não determina a conduta do
crente, mas a Palavra de Deus determina a conduta do crente.

23. Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, não para os homens, 24.
sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança, pois é a Cristo, o Senhor, a quem vocês
servem (Cl 3.23-24).

Leiam juntos Daniel 6.5-10


Os líderes que invejavam Daniel realizaram um plano perverso para tirá-lo das graças do rei.
Usaram do típico orgulho dos governantes para manipular Dario e matar Daniel. Eles determinaram
uma adoração exclusiva ao próprio rei, algo abominável. Pura idolatria. Daniel soube disso e sua
atitude foi: “10. Quando Daniel soube que o decreto tinha sido publicado, foi para casa, para o seu
quarto, no andar de cima, cujas janelas davam para Jerusalém, e ali fez o que costumava fazer: três
vezes por dia, ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus”. A terrível novidade não surtiu
um único ato diferente na rotina de devoção de Daniel. Mesmo sob ameaça de morte, ele foi para
sua casa e fez o mesmo que sempre fazia, orar.
O quanto você está disposto a renunciar este mundo para ser fiel a Deus? será que seria
capaz, como Daniel, de correr perigo de vida para se manter fiel ao Senhor? Seja qual for sua
resposta, considere: hoje, você tem renunciado tempo, preguiça, sono, correria e indisposição para
se dedicar a Deus? você lê a Bíblia e ora todos os dias? Para vencer grandes guerras, primeiro
devemos vencer pequenas batalhas. Antes de estar disposto a morrer por Cristo, você precisa estar
disposto a orar e ler a Bíblia todos os dias, independente de quão atarefado, agitado e atribulado
tenha sido o seu dia.

Leiam juntos Daniel 6.11-18


Os adversários encontram Daniel fazendo suas orações como ele sempre fazia. Eles, então, levam a
notícia para Dario. Aqui vemos como Daniel era apreciado pelo rei. Mesmo sendo o homem mais
poderoso e que teve seu decreto desrespeitado, Dario tentou livrar seu amigo da morte. Contudo,
não poderia voltar atrás na lei dos persas. Ele fica consternado por Daniel, que foi jogado na cova
dos leigos. É interessante percebemos que Daniel, o exemplo de bom comportamento e trabalho,
conscientemente desrespeitou a lei - “Quando Daniel soube que o decreto...”. Primeiro, devemos
entender que, via de regra, o cristão é cumpridor das leis humanas:

1. Todos devem sujeitar‑se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha
de Deus; as autoridades que existem foram estabelecidas por ele. 2. Portanto, aquele que se rebela
contra a autoridade opõe‑se ao que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem
condenação sobre si mesmos (Rm 13.1-2).

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Daniel e seus amigos se submetiam à autoridade da Babilônia, mesmo esta sendo uma força
invasora. Contudo, não obedeceram cegamente. Daniel desobedeceu a ordem de adorar Dario e
seus amigos haviam desobedecido a ordem de adorar a estátua de Nabucodonosor (Dn 3). Como
isso foi possível? Eles erraram? O que fazer quando um decreto humano proíbe uma ordenança
divina ou nos obriga a cometer algo pecaminoso? Conforme aprendemos com estes homens e no
restante das Escrituras, nosso dever é desobedecer. Quando o governo humano proíbe uma
ordenança divina ou obriga a cometer pecado, nós devemos cometer desobediência civil.
Jesus disse:

[...]― Deem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mt 22.21).

E os apóstolos:

28. que lhes disse: ― Demos ordens expressas a vocês para que não ensinassem neste nome.
Contudo, vocês encheram Jerusalém com a sua doutrina e nos querem tornar culpados do sangue
desse homem. 29. Pedro e os outros apóstolos responderam: ― É preciso obedecer antes a Deus do
que aos homens! (At 5.28-29).

Na grande maioria das vezes o crente obedece às autoridades e é um cidadão modelo. Contudo,
quando o assunto diz respeito à fidelidade a Deus e a Sua Palavra, nós devemos fazer como Daniel e
os apóstolos. Obedecer a Deus e não aos homens.

Leiam juntos Daniel 6.19-28


Deus foi misericordioso e poupou a Daniel. Mesmo aprisionado com leões, o Senhor o guardou e
fechou a boca das feras. Apesar desta história ter tido um final feliz, isso não quer dizer que sempre
seremos salvos das consequências terrenas ao sermos fieis a Deus. Mesmo nas Escrituras e ao
longo da história da igreja, muitos morreram por causa de Cristo. Deus pode nos poupar do castigo
da desobediência civil, como também pode não nos poupar.
A recompensa final da nossa devoção não é sermos livres das consequências dos
governantes ruins. A recompensa final da nossa devoção é uma vida eterna com Deus! O que Cristo
preparou para nós é muito mais do que continuar no emprego, se livrar da cadeia ou vencer um
processo; o que Cristo preparou para nós é vida eterna com Deus!

8. Nenhum dos poderosos desta era entendeu essa sabedoria, pois, se a tivessem entendido, não
teriam crucificado o Senhor da glória. 9. Todavia, como está escrito: “Nenhum olho viu, nenhum
ouvido ouviu, e coração nenhum concebeu o que Deus preparou para aqueles que o amam”
(1Co 2.8-9).

SEJA SEMPRE FIEL, NÃO IMPORTAM AS CONSEQUÊNCIAS

4. AGREGAR - Levar o grupo à oração e ao Desafio da Semana


Desafio da Semana: A partir desta reflexão os líderes decidirão o desafio.

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