Família e Escola

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

RESOLUÇÃO DO CASO N1

Dados do (a) Estudante:


Nome: _Joelma Cabreira de Almeida_____________________________________
O Estudo de Caso tratou da situação do menino João, portador da Síndrome de Down que vai
às aulas sozinho. Seus pais quase não vão à escola, não participam de reuniões e aparentam
não ter tempo disponível para estar com o menino, nem para comparecer aos encontros
realizados pela equipe da escola.
Como a escola deve proceder para que a família participe mais ativamente do processo de
escolarização de João?

Introdução
Consideram-se pessoas com deficiência aquelas que têm impedimentos de longo
prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que, em interação com diversas
barreiras, podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade.
Sabemos que a inclusão das pessoas com deficiência no meio escolar é necessária,
que é um caminho sem volta, sendo imperativo reconhecer o outro como o outro é acreditar
que, um dia, a escola será só escola, nem especial, nem integradora ou inclusiva. As
resistências não são poucas, certamente, no início a dos familiares. Os pais são os primeiros a
se apavorarem ao receberem a notícia de que o seu filho é deficiente, o luto é fato, e em
sequência à família, o luto acontece por parte dos professores, que ao se depararem com o
aluno com deficiência, também o rejeitam e continuam na busca do aluno imaginário.

Desenvolvimento

A Síndrome de Down é a deficiência intelectual mais frequente, acontecendo um a


cada nascimentos por ano no Brasil. Ela é ocasionada pela presença de um cromossomo a
mais. Ao invés dos 46 usuais, uma pessoa com Síndrome de Down tem 47. Toda criança com
Síndrome de Down terá algum grau de dificuldade para aprender, de leve a severo. Embora a
Síndrome de Down tenha causas genéticas, fatores ambientais têm importância fundamental
no desenvolvimento e progresso assim como acontece com crianças sem a síndrome.
Em geral, crianças com Síndrome de Down se desenvolvem mais devagar do que as
crianças de sua faixa etária, alcançando as etapas do desenvolvimento mais tarde e ficando
nelas por mais tempo. A diferença no desenvolvimento entre crianças com Síndrome de
Down e as sem a síndrome aumenta com a idade.
As crianças com Síndrome de Down não apenas levam mais tempo para se
desenvolver e, portanto precisam de um currículo mais diluído. Elas têm, em geral, um perfil
de aprendizagem específico com pontos fortes e fracos característicos. Saber dos fatores que
facilitam e inibem o aprendizado permite aos professores planejar e levar adiante atividades
relevantes e significativas e programas de trabalho.
O perfil e estilo de aprendizado característico de aprendizado de uma criança com
Síndrome de Down, junto com suas necessidades individuais e variações do perfil devem,
portanto, ser considerados.
A educação de crianças com necessidades educacionais especiais é uma tarefa a ser
dividida entre pais e profissionais. Uma atitude positiva da parte dos pais favorece a
integração escolar e social. Pois necessitam de apoio para que possam assumir seus papéis de
pais de uma criança com necessidades especiais. O papel das famílias e dos pais deveria ser
aprimorado através da provisão de informação necessária em linguagem clara e simples, ou
enfoque na urgência de informação e treinamento em habilidades paternas constitui uma
tarefa importante em culturas aonde a tradição de escolarização seja pouca.
No Brasil, esse tema ainda gera polêmica e para Silva e Facion (2008), os
desentendimentos ocorrem em virtude da falta de preparo das escolas regulares para receber
os alunos com deficiência, pois o sistema implantado nestas, não tem propostas pedagógicas
adequadas para atender às diversidades e não conseguem trabalhar com crianças que fogem ao
padrão "normal" conhecido pelas escolas. Ele também possui uma cultura de resistência à
inclusão e adaptações. Esse sistema (ou despreparo) dificulta tanto o acesso quanto a
permanência desses alunos nas escolas regulares.
Nesse contexto surge a necessidade da presença familiar na escola e na educação
desse aluno. Os pais são os principais interessados no que diz respeito às necessidades de seus
filhos, e a eles competem, na medida do possível, a escolha do tipo de educação que desejam
que seus filhos tenham (SALAMANCA, 1994, p. 43).

A participação da família é de suma importância no movimento da inclusão. Seja de


forma individualizada ou por meio de organizações, é imprescindível a sua
participação para que a continuidade histórica da luta por sociedades mais justas,
para seus filhos seja garantida (SANTOS, 1999, p. 78-79).
E ao se falar em família é lembrado mais uma vez que não se trata somente da
família nuclear e Peixoto (2007) ressalta mais uma vez que,

Nesse sentido, o pluralismo familiar é o resultado de uma transformação profunda


das relações de gênero e da emergência de um novo equilíbrio entre autonomia
individual e pertencimento familiar. [...] a família tem lugar central na construção da
identidade individualizada, pois os indivíduos são interdependentes e as relações
afetivas e pessoais são necessárias para a construção do self infantil e adulto; a busca
de si mesmo é permanente e demanda laços sistemáticos com os mais próximos. Por
isso a família é vista menos como instituição e mais como espaço de socialização e
das relações afetivas, pois, a identidade pessoal depende do diálogo com o próximo.
(PEIXOTO, 2007, p.12-18.)

Mas ao se tratar de escolarização, aprendizagem e possibilidades de inclusão de uma


criança com Deficiência Intelectual qual a contribuição da família para uma inclusão efetiva?
As dúvidas da família surgem por vários motivos principalmente pelo desconhecimento sobre
a deficiência e o tipo de educação a oferecer. Desse modo, é papel da escola buscar estratégias
que façam com que as famílias entendam a importância da escolarização dessas crianças e de
informar inclusive da obrigatoriedade desta função.
A família precisa reconhecer o seu papel na formação da personalidade do indivíduo
com deficiência e na inclusão dos mesmos. Para isso, as escolas precisam estreitar as relações
com as famílias e professores, envolvendo todos nas tomadas de decisões, em atividades
educativas seja em casa ou na escola, e no processo de inclusão, mas antes de tudo, é preciso
que as famílias acreditem na modificação da relação da criança consigo próprio no/com o seu
meio.
A dificuldade é maior, quando a criança já está incluída, pois cabe à escola
desenvolver estratégias de aproximação com a família para estabelecer laços e parceria, e que
oferecer orientação na educação de seus filhos.
Não importa em qual “arranjo familiar” a criança está inserida. O que interessa é que
a família participe no processo de inclusão e no desenvolvimento da criança com necessidade
especial. Entretanto, a família precisa acreditar que essa criança é capaz de executar atos, de
refletir e pensar para que a educação seja efetiva. E acreditar que o aluno pode evoluir, apesar
de aparentemente, suas dificuldades o impeçam.

Conclusão
A escola necessita ter a intenção pedagógica para desenvolver a autonomia da criança
mediando à apropriação do conhecimento social, entendendo que se trata de um processo
necessário para que o aluno venha compreender posteriormente os demais aspectos
pedagógicos.
Percebe-se com esta pesquisa que o professor precisa agregar aliados nessa busca,
fortalecer o vínculo entre escola e família, para que haja de forma clara e confiável todas as
informações e dúvidas na busca de fazer o melhor plano didático, transformando a escola num
ambiente confortável e confiável para o aluno e a família e a escola por sua vez ganhando
aliados na busca de alcançar um melhor planejamento para o processo ensino aprendizagem
desses educandos.

Referências

PEIXOTO, Clarice Ehlers. As transformações familiares e o olhar do sociólogo. In:


SINGLY, Frações de Sociologia da Família Contemporânea. Rio de Janeiro: FGV, 2007.

SANTOS, Boaventura de Souza. O todo é igual a cada uma das partes. In: Revista Crítica
de Ciências Sociais, 1999.

Você também pode gostar