Movimentos Artísticos Dos Séc. XVIII e XIX

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E. E. E. M. Dr.

Pádua Costa
Campo do saber: Artes (3º Ano: Ensino Médio)
Prof. Osvaldo Santos
Objeto de conhecimento: História da Arte
Habilidade: EM13LGG602
Movimentos artísticos dos séc. XVIII e XIX
Neoclassicismo
A Europa, no final do século XVIII, retornou a cultura greco-romana, para ao invés de
exaltá-la, como feito no renascimento, questioná-la. Procurou adaptar os princípios clássicos
(técnicas apuradas, contornos precisos e harmonia de cores) à sua realidade. Mas uma obra só era
considerada bela se imitasse as obras criadas pelos artistas clássicos e renascentistas italianos não as
formas da natureza.
Surge o termo academismo em virtude dos valores artísticos do mundo greco-romano
terem se transformado em padrão de ensino artístico nas escolas de arte mantidas pelos governos
europeus.
A arquitetura neoclassicista usa formas regulares simétricas e geométricas, pórticos com
colunas, frontões triangulares, cúpulas monumentais e materiais nobres como mármore, granito e
madeira tendo como referencia as construções greco-romanas.
A pintura neoclássica tem como inspiração a escultura greco-romana e as pinturas do
renascimento, principalmente as pinturas de Rafael Sanzio que possui grande equilíbrio na
composição e harmonia de cores. As pinturas neoclássicas deixam de lado a temática religiosa que
rompe com a estética barroca, e a partir daí surge uma pintura simples e clara que busca representar
a vida cotidiana e cenas mitológicas. Um dos nomes mais importantes da pintura neoclássica é
Jacques-Louis David (1748-1825) e sua obra principal é “A morte de Marat”, de 1793. (pesquisar
na internet)
A escultura neoclássica tem como principal característica o predomínio de formas mais
naturais, contrapondo-se ao contorcionismo e a dramaticidade das esculturas do período barroco.
Abandona-se a policromia para valorizar o material usado para fazer as esculturas. Tinha como
temas o nu, a temática histórica e mitológica e o retrato de personalidades públicas. Assim como a
pintura adotou características da tradição greco-romana como ordem, clareza austeridade e
equilíbrio. Destaca-se neste período o escultor Antônio Canova (1757-1822) e sua obra “Culpido e
Psique”. (pesquisar na internet)
Este período é conhecido na história da música como “clássico” (não confundir com a
música neoclássica surgida na primeira metade do século XX, a partir do balé Pulcinella, do
compositor russo Igor Stravinsky). Esta música “clássica” é mais simples que a música barroca,
sendo a música barroca construída por meio da polifonia e a música clássica da homofonia. Os
principais compositores do período são Haydn e Mozart, famosos por suas obras para concertos.
Romantismo
Os artistas românticos têm como características a libertação das convenções
acadêmicas, a valorização do indivíduo, a liberdade de expressão, o enaltecimento da natureza e o
nacionalismo. Tendo como marcas a valorização dos sentimentos e da imaginação como princípio
criador de sua arte.
Os pintores românticos usaram os fatos reais da vida como tema para suas obras.
Aproximaram-se do barroco, com composições em diagonal e o uso do claro e escuro, para negar o
neoclassicismo. Exibem a natureza em suas pinturas de forma calmas ou agitada para equivaler o
dinamismo das emoções humanas.
Seus mais notáveis representantes são: Francisco José de Goya y Lucientes (1746-1828)
sua obra mais marcante é “Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808” (pesquisar na internet) e Joseph
Mallord William Turner e sua obra “Chuva Vapor e velocidade”. (pesquisar na internet).
Na arquitetura os edifícios românticos são chamados de neogóticos porquê lembram
castelos e catedrais com esculturas e vitrais bem ao estilo gótico da Idade Média.
A música romântica é caracterizada por uma maior liberdade, onde os sentimentos são
expressos com flexibilidade de formas – diferente do rigor formal do neoclassicismo. Os
compositores românticos que mais se destacaram foram Beethoven, Chopin, Mendelssohn, Brahms,
Grieg, Tchaikovsky e Wagner com suas óperas épicas.
Realismo
Surgido no final do século XIX, como um movimento de reação ao Romantismo, o
movimento realista pretendia mostrar o verdadeiro caráter da personalidade humana com seus
instintivos e outras forças que determinam o seu comportamento como o seu ambiente e a sua
hereditariedade – mostrar a realidade vivida. Exibe as injustiças sociais, deixando de lado a visão
subjetiva da realidade com uma linguagem simples e clara.
A arquitetura realista teve que se adequar as novas necessidades urbanas, deixando de lado
as construções de palácios e templos para agora construir prédios que atendessem a demanda social
com objetividade como hospitais, escolas, moradias para operários e para a burguesia, mas também
estações ferroviárias, armazéns, lojas e bibliotecas.
A pintura realista causou escândalo com seus temas: pobreza, rudeza e trabalho – começa
então a “pintura social”. Diferenciando-se do romantismo que exibia temas idealizado, manteve-se
fiel a técnica acadêmica. Essa pintura se caracteriza pela ideia de que o artista deve usar princípios
científicos para representar a realidade. A pintura realista abandona por completo os temas
mitológicos, bíblicos e históricos, pois para os artistas da época o importante era mostrar a
realidade. Seus mais importantes pintores foram Jean-Baptiste Camille Corot (1796-1875), Jean-
François Millet (1814-1875) e Gustav Coubert (1819-1877).
O mais importante representante da escultura realista é August Rodin cuja sua mais
conhecida obra é “O pensador” (pesquisar na internet).
Impressionismo
O movimento impressionista e seus artistas revolucionaram o modo de pintar de sua época
e a partir disso tiveram origem outras tendências artísticas do século XX. Mas essa revolução, em
princípio, recebeu reação negativa por parte do público e da crítica, pois estes mantinham seus
gostos fiéis a pintura acadêmica do século XIX.
Caracterizada por contrastes de luz e sombra conseguidos a partir do uso de cores
complementares, a pintura impressionista busca imitar nas telas as mudanças de tonalidade das
cores causada pela luz solar ao incidir sobre os objetos e paisagem, fazendo com que as figuras
fiquem sem contorno nítido.
O termo impressionista foi dado pelo pintor e escritor Louis Loroy que dizia estar
impressionado com a pintura de Claude Monet intitulada: Impressão.
Os principais representantes da pintura deste período foram Claude Monet (1840-1926).
Sua obra mais expressiva é a série de quadros a Catedral de Rouen e Edgar Degas (1834-1917) sua
obra mais conhecida é “A primeira bailarina” (pesquisar na internet)
A escultura impressionista e construída por meio de fragmentos como se abra estivesse
inacabada. Podia ser vista de todos os ângulos é também marcada pelo uso de luz e sombra, seu
maior representante é Auguste Rodin.
A música impressionista inicia na frança descartando os excessos emocionas do período
romântico. Esta música caracteriza-se por provocar uma sensação de flutuação na atmosfera pelo
uso da escala chamada hexafônica ou tons inteiros. Destacou-se neste período o compositor francês
Claude Debussy com sua composição Claire de lune (escutar na internet).
Pós-Impressionismo
São chamados de Pós-Impressionistas os artistas que não se enquadram em nenhum
movimento artístico. Esse tipo de pintura surgiu entre 1907 e 1908, elaborada por artistas com estilo
bem pessoal. Os principais pintores do período foram Henri de Toulouse Lautrec (1864-1901),
Vincent Willem van Gogh (1853-1890), Eugène Henri Paul Gauguin (1848-1903) e Paul Cézanne
(1839-1909) (pesquisar obras na internet)
Pontilhismo
Movimento derivado do Impressionismo que dá origem ao Neo-Impressionismo. Este
movimento inicia na França no século XIX e tem como seus mais importantes representantes Paul
Signac (1863-1935) e Georges Seurat (1859-1891).
A pintura pontilista consistia pintar usando pontos de cor. A intenção era que quando os
pontos estivessem lado a lado o olho misturasse as cores dando origem a uma nova cor. Essa idéia é
usada em outdoors e na televisão – podemos dizer que a pintura pontilista foi a precursora da
televisão.
Art Nouveau
Art Nouveau, que em francês significa “arte nova”, foi um estilo de design surgido com a
preocupação de não vulgarizar os objetos diante do crescimento da industrialização que tinha como
conseqüência a mecanização do trabalho artístico.
Esse movimento surgiu entre o final do século XIX e início do século XX e tinha como
característica a valorização do trabalho manual (artezanal). Entre os artistas desse movimento estão
Edvard Much e o francês Henri de Toulouse Lautrec.

Referências
PROENÇA, Graça. História da arte. 17ª Ed. São Paulo. Ática, 1998.
REIS, Eliana Vilela dos. Manual compacto de artes. 1ª Ed. São Paulo. Rideel, 2010.

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