Conjuntos
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Conjuntos
Noção da linguagem básica de conjuntos e das operações entre conjuntos e entre intervalos da reta. A
teoria de conjuntos aplicada à resolução de problemas.
Prof. Aleksandro de Mello
1. Itens iniciais
Propósito
Compreender a teoria de conjuntos, trabalhando com vários tipos de conjuntos e de operações entre eles a
fim de aplicar esses conhecimentos na solução de problemas do cotidiano.
Preparação
Tenha em mãos: calculadora, papel, lápis, caneta. Você pode também utilizar um aplicativo de desenho, como
a ferramenta Paint, por exemplo.
Objetivos
• Compreender a linguagem dos conjuntos.
• Identificar as operações realizadas entre conjuntos.
• Resolver operações entre intervalos da reta.
• Resolver problemas do cotidiano utilizando conjuntos.
Introdução
Conheceremos os conceitos básicos para o entendimento da linguagem de conjuntos. Veremos como
relacionar elementos a conjuntos e como comparar conjuntos. Aprenderemos as principais operações entre
conjuntos e como resolver cada uma delas utilizando as representações de conjuntos e algumas propriedades
dessas operações. Também vamos identificar, geometricamente, quais operações foram realizadas.
Outro conteúdo básico e fundamental para a matemática que trabalharemos neste tema são as operações
envolvendo os intervalos da reta real. Para alguns conjuntos particulares, as representações geométricas na
reta real são a melhor maneira de desenvolver as operações. Por isso, vamos listar os tipos de intervalos que a
reta real possui e representá-los nas três principais formas de visualização.
E, por fim, vamos dar sentido a todo esse aprendizado: veremos várias aplicações do conteúdo estudado aqui
em problemas do dia a dia e em questões cobradas em concursos.
1. Linguagem dos conjuntos
Definição 1
Dizemos que um elemento pertence ao conjunto quando é um dos componentes do conjunto Em
outras palavras:
Note que, na teoria de conjuntos, é comum utilizarmos letras maiúsculas para representarmos os conjuntos
(exemplo: ) e letras minúsculas para representar os elementos do conjunto (exemplo:
). Daqui para frente, utilizaremos as seguintes notações básicas de pertinência:
A partir disso, confira um exemplo para entender a definição e a notação mencionadas anteriormente.
Exemplo 1
Considerando o conjunto , podemos afirmar que:
•
pois estes elementos estão no conjunto
•
Qualquer outro número diferente dos listados anteriormente não está no conjunto por exemplo:
Assim, podemos escrever resumidamente que: se é diferente de
e então
Sendo assim, é importante destacarmos os principais tipos de representação que podemos ter de um
conjunto. Confira!
•
Conjunto dos números naturais:
•
Naturais não nulos:
•
Conjunto dos números inteiros:
•
Inteiros não nulos:
•
Inteiros não negativos:
•
Inteiros não positivos:
•
Conjunto dos números racionais: e
•
Conjunto dos números reais: (o símbolo U representa "união" de conjuntos, que será
explicado no próximo módulo) onde é o conjunto de todos os números irracionais da reta.
Extensão
Nesse tipo de representação, listamos todos os elementos do conjunto explicitamente, como fizemos
no exemplo 1. Tal representação também descreve conjuntos infinitos, como o dos números naturais:
Compreensão
Neste tipo de representação, os elementos do conjunto são determinados por uma propriedade
específica do conjunto.
Exemplo 2
Observe os seguintes conjuntos:
•
Lê-se: é o conjunto dos números que são naturais e menores do que
Logo, o conjunto pode ser representado explicitamente por:
•
Lê-se: é o conjunto dos números que são inteiros e menores do que
Fique atento ao conjunto como um todo, pois apesar de o conjunto possuir a mesma propriedade
do conjunto (que é: ), no conjunto estamos considerando e não apenas
(como no conjunto ). Logo, o conjunto pode ser representado explicitamente por:
Curiosidade
A representação de conjuntos através de figuras é chamada de diagrama de Venn, em homenagem a
John Venn, que criou esse diagrama para facilitar o entendimento das operações entre conjuntos,
conforme veremos no próximo módulo.
Isso significa que algum desses conjuntos possui um elemento que não pertence ao outro conjunto.
Definição 3: Subconjuntos
Sejam e dois conjuntos quaisquer. Dizemos que é um subconjunto de , (ou que está contido
em ) se todo elemento de também é um elemento de ou seja:
O símbolo na matemática é lido como implica ou se..., então...
Logo, escreveremos:
Caso contrário, ou seja, se existe algum elemento de que não está em , dizemos que não está
contido em e representamos por:
Utilizando o diagrama de Venn, podemos visualizar (o mesmo que ): como mostra a figura:
Exemplo 3
Observe os conjuntos e
• Esses conjuntos são iguais, A=B, pois não importa a disposição dos elementos no conjunto para a
análise de igualdade.
• Além disso, também podemos perceber que valem as duas inclusões:
Observe que, combinando as definições 2 e 3, podemos destacar uma das propriedades dos conjuntos que é:
Exemplo 4
Considere os conjuntos e apresentados no Exemplo 2.
•
Note que , pois B possui elementos que não estão em , por exemplo, , mas
.
O mesmo argumento também garante que ou seja, não está contido em Outra forma de
escrever seria: ou seja, não contém
• Mas, como pode ser visto facilmente, todo elemento de está em , ou seja, é um subconjunto
de : . Outra forma de escrever essa inclusão seria: .
Definição 4
Se um conjunto possui um único elemento, dizemos que ele é unitário.
Se um conjunto não possui elemento, dizemos que ele é vazio. As representações simbólicas do conjunto
vazio são ou
Portanto, representamos ou
Exemplo 5
Considere os seguintes conjuntos:
e
Note que:
Atenção
Dado qualquer conjunto sempre vale que
Conceitos matemáticos
Neste vídeo, o professor Sandro Davison apresentará outros exemplos desses conceitos matemáticos. Vamos
assistir!
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Teoria na prática
No conjunto , temos elementos que são números e conjuntos. Analisando as
propriedades dos elementos, notamos que 1 e 2 são números simples, enquanto são
conjuntos contendo esses números. Além disso, representa o conjunto vazio. Para entender à inclusão e
pertinência, precisamos distinguir entre elementos pertencentes ao conjunto e aos subconjuntos. A noção de
pertinência se refere a elementos que estão diretamente no conjunto, enquanto a noção de contido
se relaciona a subconjuntos, e os seus elementos estão no conjunto.
D
E
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Mão na massa
Questão 1
As vogais
O alfabeto grego
Os átomos do Universo
Questão 2
Questão 3
X possui 2 elementos
{x} é um elemento de X
D
E
pois
Questão 4
João estava brincando com seu irmão de desafio de adivinhação. Seu irmão pensava em um número natural,
dava uma pista para João e ele tentava adivinhar o número pensado. Em uma rodada, a dica foi a seguinte: um
número primo ou múltiplo de 2 e menor do que 12. O conjunto de números que João poderia “chutar” para
adivinhar o número pensado por seu irmão é:
{2, 3, 7, 11}
{2, 3, 5, 7, 11}
{2, 4, 6, 8, 10}
{2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 11}
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Questão 5
Sendo R, N, Q e Z os conjuntos dos números reais, naturais, inteiros e racionais, respectivamente, é correto
afirmar que:
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Questão 6
D
E
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Paradoxo: o que é?
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Verificando o aprendizado
Questão 1
Considere os conjuntos
1.
2.
3. é um conjunto vazio
A
I e II corretas.
Somente II correta.
II e III corretas.
I e III corretas.
E o conjunto:
Questão 2
Sejam e conjuntos não vazios. Analise o diagrama a seguir:
1. Pelo diagrama, podemos perceber que vale , mas a afirmação é falsa. Logo, esta
alternativa está incorreta.
Definição 1
Considere e dois conjuntos quaisquer. A partir disso, temos as seguintes operações entre conjuntos.
União
A união dos conjuntos e é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a ou a
que representamos por:
Interseção
A interseção dos conjuntos e é o conjunto formado por todos os elementos que são comuns a ea
simultaneamente, ou seja, é o conjunto formado pelos elementos que pertencem a e também
pertencem a Esse conjunto é representado por:
Diferença
A diferença dos conjuntos e é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a mas
que não pertencem a Esse conjunto é representado por:
Complemento
No caso particular, onde a diferença chama-se complementar de em e escrevemos:
Produto Cartesiano
O produto cartesiano é o conjunto formado por todos os pares ordenados da forma onde
e Esse conjunto é representado por:
Exemplo 1
Considere os conjuntos e . Vamos calcular:
Note que ou
Note que e
• Na diferença, tomamos apenas os elementos do primeiro conjunto que não estão no segundo conjunto.
Assim:
Como e , então:
Enquanto:
Veja mais um exemplo envolvendo essas operações com três conjuntos envolvidos.
Exemplo 2
Considere os conjuntos e Calcule as
seguintes operações:
•
Para solucionar , primeiro resolvemos a parte entre parênteses separadamente, ou seja:
Observando os conjuntos dados, temos que:
Logo:
•
Para solucionar , primeiro resolvemos a parte entre parênteses separadamente, ou seja:
Logo:
•
Para solucionar , primeiro resolvemos a parte entre parênteses separadamente, ou seja:
•
Para solucionar , primeiro resolvemos a parte entre parênteses separadamente, ou seja:
Logo:
Note que as operações anteriores foram realizadas utilizando a forma explícita dos elementos de cada
conjunto envolvido. Mas, dependendo dos conjuntos envolvidos, essa representação pode não ser
conveniente.
Assim, vamos analisar agora outra forma de trabalhar com esses conjuntos, utilizando figuras no diagrama de
Venn.
Observe que, geometricamente, dados dois conjuntos e podemos representar a união, a interseção e a
diferença pelos diagramas a seguir.
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Propriedades da união
Dados os conjuntos temos:
1.
2.
3.
ou seja, a operação união é comutativa.
4.
ou seja, a operação união é associativa.
5.
e
6.
Propriedades da interseção
Dados os conjuntos temos:
1.
2.
3.
ou seja, a operação união é comutativa.
4.
ou seja, a operação união é associativa.
5.
e
6.
Propriedades da diferença
Considere os conjuntos e tais que . Temos:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
É importante lembrar que essas propriedades, assim como muitas outras afirmações na matemática, não são
simplesmente definições arbitrárias de matemáticos. Todas essas propriedades podem ser demonstradas
algebricamente.
No entanto, por conta do objetivo de nosso módulo, mostraremos geometricamente a validade de algumas
das propriedades apresentadas.
Com essas propriedades, podemos explorar outros conceitos envolvendo conjuntos, como, por exemplo, a
quantidade de elementos que um conjunto possui.
Saiba mais
Se você quiser ver as demonstrações dessas propriedades, confira o capítulo 1 do livro Curso de Análise
v.1 (2007), de Elon Lages Lima.
Definição 2
Seja um conjunto finito qualquer (ou seja, um conjunto que possui uma quantidade finita de elementos), a
quantidade de elementos que o conjunto possui é denotada por:
Antes de vermos o exemplo que nos ajudará a compreender esse conceito, queremos levantar dois
questionamentos, os quais serão respondidos mais à frente:
1.
Será que vale ?
2.
Será que vale ?
Vejamos agora um exemplo para nos ajudar a entender o conceito de e a responder nosso
questionamento.
Exemplo 3
Considere os conjuntos e . Calcule:
Note que:
•
, pois o conjunto possui 4 elementos.
•
, pois o conjunto possui 3 elementos.
Para responder aos demais questionamentos, vamos, primeiramente, determinar o que são os conjuntos:
Sendo e , então:
Relembrando:
Portanto, as perguntas 1 e 2 realizadas anteriormente têm resposta negativa, ou seja, nem sempre valem as
igualdades apresentadas nos questionamentos.
Propriedades de n(A)
Utilizando as propriedades das operações vistas anteriormente, vamos apresentar algumas das principais
propriedades para a quantidade de elementos de um conjunto.
1.
2.
3.
4.
Se então
Observe que, para entendermos essas propriedades, vamos relembrar os diagramas vistos anteriormente que
representam as operações entre os conjuntos e
A partir dessas representações, podemos observar as seguintes propriedades:
•
A propriedade decorre do fato que, quando fazemos
quantidade de elementos da interseção é contada duas vezes (uma vez
em e outra em
•
A propriedade decore da propriedade 4 da diferença de conjuntos,
pois
•
A propriedade também decore da propriedade 4 da diferença de
conjuntos, pois
•
A propriedade 4 é dada por: se então
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Observe que a operação de produto cartesiano tem mais aplicabilidade geométrica quando trabalhamos com
produto cartesiano entre intervalos da reta.
Teoria na prática
Uma pesquisa de mercado sobre o consumo de três marcas (A, B e C) de determinado produto apresentou os
seguintes resultados:
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Mão na massa
Questão 1
{1, 2, 2, 3, 3, 4}
{2, 3}
{1, 2, 3, 4, 5}
{1}
{1, 2, 3, 4}
Questão 2
{1, 2, 2, 3, 3, 4}
{2, 3}
{1, 2, 3, 4, 5}
D
{1}
{1, 2, 3, 4}
Questão 3
{1, 4}
{2, 3}
{1, 2, 3, 4, 5}
{1}
{1, 2, 3, 4}
Questão 4
possui 6 elementos.
A x B = B x A.
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Questão 5
Em uma sala de aula, os alunos foram perguntados sobre seus esportes preferidos. 5% deles responderam
que não praticavam nem futebol nem vôlei, 45% disseram que praticam futebol e 55% responderam que
praticam vôlei. A porcentagem de alunos que respondeu praticar ambos os esportes é:
5%
10%
15%
20%
E
25%
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Questão 6
Sejam x e y números tais que os conjuntos {0, 7, 1} e {x, y, 1} são iguais. Diante a essa informação, assinale a
opção que apresenta a correta relação entre x e y:
x=0ey=5
x+y=7
x=0ey=1
x + 2y = 7
x=y
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Vem que eu te explico!
Algumas palavras sobre ideias de provas e provas na teoria dos
conjuntos
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Verificando o aprendizado
Questão 1
15
35
Agora fazemos
Questão 2
Dados os conjuntos não vazios, considere o diagrama:
C
D
Definição 1
Sejam Os intervalos são tipos especiais de subconjuntos dos números reais que são definidos por:
• Intervalo fechado:
• Intervalo aberto:
Fechado Aberto
Quando um intervalo é descrito como fechado, Quando um intervalo é descrito como aberto, os
os colchetes indicam que os extremos do parênteses indicam que os extremos do
intervalo estão incluídos. intervalo não estão incluídos.
Desse modo, para fazer operações entre intervalos da reta, é essencial tomarmos o cuidado de destacar
quando o extremo pertence ou não pertence ao intervalo.
Exemplo 1
Considere os intervalos e Vamos calcular:
• : Como a união é formada utilizando todos os elementos dos conjuntos, temos a seguinte
representação:
Logo,
• : como a interseção é formada apenas pelos elementos comuns aos dois conjuntos, temos a
seguinte representação:
• A−B: vamos considerar apenas os elementos que estão em A, mas que não pertencem a B. Temos a
seguinte representação:
Note que em a bolinha em é fechada, pois mas Portanto,
Logo,
• B−A: vamos considerar apenas os elementos que estão em B, mas que não pertencem a A. Temos a
seguinte representação:
• : como a interseção é formada apenas pelos elementos comuns aos dois conjuntos, temos a
seguinte representação:
Note que as bolinhas são fechadas em e pois Portanto, e
Logo,
• C−D : vamos considerar apenas os elementos que estão em C, mas que não pertencem a D. Temos a
seguinte representação:
Note que em temos duas partes onde a bolinha está aberta em pois e
Portanto, Como ficou dividido em duas partes, escrevemos como a união das
duas partes:
vamos considerar apenas os elementos que estão em , mas que não pertencem a Observe
que, nesse caso, temos Logo, todos os elementos de também estão em ou seja, não existem
elementos que estão em mas que não pertencem a Portanto:
Outra forma de ver que é utilizando a propriedade da diferença vista no módulo 2:
Atenção
Quando existem mais do que dois conjuntos envolvidos em operações, analisamos as operações em
etapas de dois a dois, sempre trabalhando inicialmente de dentro dos parênteses para fora, como
mostraremos no próximo exemplo.
Exemplo 2
Vamos considerar os mesmos intervalos do exemplo 1, ou seja:
•
Para resolver , primeiro resolvemos as partes entre parênteses separadamente, ou
seja:
•
Para resolver , primeiro resolvemos a parte entre parênteses separadamente, ou seja:
Pelo exemplo 1, sabemos que Assim, como vimos no módulo 2, temos que:
Logo:
•
Para resolver , primeiro resolvemos a parte entre parênteses separadamente, ou seja:
e após
Pelo exemplo 1, sabemos que Logo, como vimos no módulo 2, temos que:
Logo, é vazio.
Perceba que é muito importante respeitar e distinguir a ordem de resolução das operações.
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Teoria na prática
Questão 1
Conjuntos numéricos são coleções de números agrupados segundo determinadas propriedades matemáticas,
que facilitam o estudo e a aplicação da matemática em diversas áreas. Considere agora os dois conjuntos:
A=[1,8],B=]3,6[ e C=[2,7[. Podemos afirmar que:
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Mão na massa
Questão 1
Dado dois intervalos numéricos A = [1, 5] e B = [2, 7], queremos determinar a união desses intervalos,
denotada por . Assinale a opção que representa de forma correta a união.
[1, 2]
[2, 5]
C
[1, 7]
[2, 7]
[1, 5]
Questão 2
Dados dois intervalos numéricos, A = [1, 5] e B = [2,7], queremos determinar a interseção deles, denotada por
. Assinale a seguir a opção que apresenta corretamente essa interseção.
[1, 2]
[2, 5]
[1, 7]
[2, 7]
[1, 5]
Questão 3
Considere os conjuntos: A = [1,5] e B = [2,7]. A alternativa que apresenta corretamente o conjunto A−B é:
A
[1,5[
[1,2[
]1,5[
]1,5]
[1,2]
Questão 4
E
A alternativa E está correta.
Acompanhe a resolução da questão no vídeo a seguir!
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Questão 5
Considere a operação entre os intervalos numéricos: [1,4] x [2,5]. A representação gráfica da operação no
plano cartesiano é:
um quadrado de área 3
um quadrado de área 9
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Questão 6
Dados os intervalos:
Analise as seguintes afirmações:
I. \
II.
III.
Iv.
v.
I e II
I e III
Somente IV
Somente V
I, II e V
A alternativa C está correta.
Vamos acompanhar resolução da questão no vídeo a seguir!
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Verificando o aprendizado
Questão 1
[-6, 2]
[-6, 2)
D
E
e após
Note que, na última reta, o 2 aparece com bolinha aberta, pois mas Logo, e
temos que:
Portanto,
Questão 2
Dados os intervalos e , qual dos itens abaixo representa o conjunto
?
Imagem a.
Imagem b.
Imagem c.
Imagem d.
Imagem e.
Lembramos que, conforme vimos no vídeo do módulo, a bolinha do canto é aberta quando este não
pertence ao produto cartesiano como, por exemplo, os cantos:
e , pois ,e e , pois .
4. Conjuntos e problemas do cotidiano
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Como você sabe, nosso objetivo é a aplicabilidade dos conceitos aprendidos anteriormente, seja no âmbito da
resolução de problemas cotidianos, ou na solução de questões geralmente cobradas em concursos públicos.
Aqui você perceberá, portanto, a falta do item definição, já que vamos recuperar os conceitos apresentados
nos módulos anteriores mais alguns exemplos para ajudá-lo a seguir em frente nesse processo de
compreensão dos conjuntos matemáticos.
• Note que o conjunto A está dividido em 2 partes. A parte correspondente à interseção A∩B possui y
pessoas. Como A tem 470 pessoas, então a outra parte do conjunto A possuirá 470−y pessoas,
fornecendo a figura a seguir
• Da mesma forma, o conjunto B está dividido em 2 partes. A parte correspondente à interseção A∩B
possui y pessoas. Como B tem 230 pessoas, então a outra parte do conjunto B possuirá 230−y
pessoas, fornecendo a seguinte figura:
Logo, o total de pessoas do conjunto (ou seja, 1000) é obtido somando a quantidade de pessoas (números
na cor preta) dessas quatro partes, por meio do seguinte cálculo:
Exemplo 2
Em uma escola, foram oferecidas aulas de reforço para física e matemática. Feito um levantamento em uma
turma com 48 alunos, obteve-se que 22 alunos querem reforço em matemática, 28 querem reforço em física e
10 querem reforço em ambas as matérias. Para essa turma, determine:
12 alunos, pois observando a figura anterior, podemos ver que, dentre os 22 alunos que querem reforço de
matemática, somente 12 querem reforço apenas em matemática.
18 alunos, pois observando a figura anterior, podemos ver que, dentre os 28 alunos que querem reforço de
física, apenas 18 querem reforço apenas em física.
Os alunos que querem reforço em pelo menos uma disciplina formam exatamente o conjunto Pela
figura, essa união possui:
Os alunos que não querem reforço em nenhuma matéria são exatamente aqueles que estão fora de
Como tem 48 alunos e em tem 40 alunos (como vimos na letra ), então a quantidade que
está fora de é:
5. Quantos alunos querem reforço em, no máximo, uma matéria?
Dizer que o aluno quer reforço em no máximo uma matéria significa que o aluno: ou quer reforço em apenas
uma matéria, ou não quer reforço em nenhuma matéria.
Analisando a figura, destacamos os alunos que querem reforço em apenas uma matéria e os que não querem
reforço em nenhuma matéria.
Assim, a quantidade de alunos que querem reforço em, no máximo, uma matéria, é dada por:
• Os alunos que querem reforço em, no máximo, uma matéria, correspondem ao total de alunos da turma
(X=48), exceto aqueles que querem reforço nas duas matérias (M∩F=10):
Nos exemplos anteriores, trabalhamos casos com apenas dois conjuntos dentro do conjunto principal. Vamos
analisar agora problemas com três ou mais conjuntos dentro do conjunto
Exemplo 3
Uma população consome 3 marcas de sabão em pó: e Feita uma pesquisa de mercado, colheram-
se os seguintes resultados tabelados.
Sendo assim:
Para resolvermos problemas como este, vamos anotar inicialmente: a quantidade nos conjuntos maiores
a quantidade fora da união ) e a quantidade no menor conjunto que é a
interseção dos
Assim, utilizando o primeiro e o terceiro item acima, podemos preencher a figura anterior da seguinte maneira:
Agora, utilizando o segundo item acima podemos completar os
seguintes espaços:
100 pessoas, pois, dentre as 160 pessoas que consomem a marca C, podemos ver na figura que 100 delas não
consomem outra marca.
Logo, a quantidade de pessoas que consomem apenas uma das marcas é dada por:
Para isso, temos que analisar a quantidade de pessoas presentes nas interseções e em apenas dois
conjuntos. Destacamos essas quantidades na figura abaixo:
Logo, a quantidade de pessoas que consomem exatamente duas marcas é dada por:
Teoria na prática
Questão 1
Uma pesquisa foi realizada com 200 pacientes em diversos consultórios médicos sobre o uso dos seguintes
aplicativos para celulares:
A pesquisa revelou que apenas dos entrevistados não usam nenhum dos aplicativos, utilizam
apenas o aplicativo, 10 pacientes utilizam apenas o aplicativo dos pacientes usam apenas o aplicativo C
e 36 pacientes fazem uso dos três aplicativos.
21
30
36
48
60
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Mão na massa
Questão 1
Pedro e Marta são os pais de Ana. A família quer viajar nas férias de julho. Pedro conseguiu tirar férias da
fábrica do dia 4 ao dia 27. Marta obteve licença no escritório de 5 a 30. As férias escolares de Ana vão de 2 a
25. A família poderá viajar sem faltar as suas obrigações por
A
20 dias.
21 dias.
22 dias.
23 dias.
24 dias.
Fazendo , obtemos:
Questão 2
Sejam os conjuntos formados por elementos distintos, inteiros e consecutivos, tais que A= {x,3,4,5,6} e B={y,
2,3,4}, no qual x e y são números naturais.
Qual é a diferença x−y se A−B=[3,5] ?
-4
-2
A−B={3,5}
x=2 e y=1
Portanto, x-y= 2 - 1 = 1
Questão 3
O gráfico a seguir apresenta a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais, por gênero, no Brasil.
Gráfico: Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais.Fonte: Diretoria de
Pesquisas. Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicilios 2007/2015.
Por sexo 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015
I e III apenas.
I e II apenas.
II e III apenas.
I, II e III.
E
apenas I.
[II] Correta. A taxa de mulheres analfabetas em 2007 está acima de 10, e em 2015, próxima de . Desse
modo, o número de mulheres analfabetas diminuiu.
[III] Correta. A taxa total de analfabetos em 2011 está próxima de 9, e em 2009, próxima de 10. Portanto
havia mais analfabetos em 2009.
Questão 4
16
17
19
25
28
A alternativa A está correta.
Acompanhe a resolução da questão no vídeo a seguir:
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Questão 5
Em uma enquete realizada em 2016 com candidatos a uma das vagas nos cursos do Instituto Federal de
Alagoas (Ifal), queria-se saber em quais matérias (entre matemática, física e química) eles sentiam mais
dificuldade, e o seguinte resultado foi obtido: 920 sentiam dificuldade em matemática, 720 em física, 560 em
química, 400 em matemática e física, 360 em matemática e química, 320 em física e química e 200 nas três
matérias. O número de candidatos que afirmaram não ter dificuldade em nenhuma matéria é
136
336
416
576
696
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Questão 6
Uma pesquisa de mercado foi realizada, para verificar a preferência sobre três produtos, A, B e C. 1.200
pessoas foram entrevistadas. Os resultados foram os seguintes: 370 das entrevistadas gostam do produto A,
300 preferem o produto B e 360, o produto C. Desse total, 100 pessoas preferem A e B, 60, os produtos B e C,
30 os produtos A e C e 20 pessoas preferem os 3 produtos. Com base nesses dados, os que não opinaram
por nenhum produto foram:
330
340
360
370
380
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Verificando o aprendizado
Questão 1
(FCC - 2019) Um grupo é formado por 410 ciclistas, dos quais 260 praticam natação e 330 correm
regularmente. Sabendo que 30 ciclistas não nadam e não correm regularmente, o número de ciclistas que
praticam natação e correm regularmente é:
170
150
190
200
210
Perceba que, temos um total de 410 ciclistas, sendo que 30 não correm e nem nada, logo os que correm e
nadam são: .
Temos então 380 ciclistas,que correm ou nadam.Todavia,vemos que se somarmos os 260 que praticam
natação, com 330 que correm regularmente, obteremos um valor de 590, que é maior que 410 ciclistas, que
é nosso número total de ciclistas. Isso indica que há uma interseção, ou seja, que existem alguns ciclistas
que nadam e correm regularmente, sendo assim, vamos encontrar essa interseção fazendo a seguinte
subtração:
Questão 2
Em uma pesquisa realizada com todas as pessoas de uma pequena cidade sobre a leitura dos jornais A, B e C,
obteve-se que 28% das pessoas leem o jornal A, 35% leem o jornal B, 23% leem o jornal C, 15% leem os jornais
A e B, 8% leem os jornais B e C, 12% leem os jornais A e C e 5% leem os três jornais. Qual é o percentual das
pessoas dessa cidade não leem nenhum dos jornais?
44%
43%
34%
33%
0%
Para solucionar esse problema, teremos que montar um diagrama de Venn, mas para isso, precisamos
separar os dados:
Montando o diagrama de Venn, temos:
Veja que, ao somarmos todas as porcentagens existentes no diagrama, obtemos um total de 56%. Sendo
assim, para chegarmos à 100% (100%-56%=44%), restam 44%, que é a porcentagem de entrevistados que
não leem nenhum dos três jornais. A representação no diagrama de Venn é:
5. Conclusão
Considerações finais
Conforme vimos ao longo deste tema, existem várias maneiras de se trabalhar com conjuntos, sendo que o
melhor método a ser utilizado depende dos conjuntos envolvidos. As operações realizadas entre conjuntos
fornecem diversas informações de dados pertinentes, de acordo com aquilo que se deseja saber a respeito ou
de acordo com o que se espera sobre determinadas informações.
No caso particular em que os conjuntos são intervalos da reta, as operações entre intervalos geram novos
conjuntos, mas isso é assunto para outro momento do seu estudo matemático! Finalmente, utilizamos todos
os conceitos e todas as operações de conjuntos para resolvermos vários problemas do cotidiano, assim como
questões comuns em concursos para diversos setores da sociedade.
Podcast
Agora com a palavra o professor Marcelo Rainha, contando um pouco mais sobre a relação entre os
conjuntos e o nosso cotidiano. Vamos ouvir!
Conteúdo interativo
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diversas áreas do conhecimento, especialmente a Matemática.
Referências
GIOVANNI, J. R; BONJORNO, J.R; GIOVANNI Jr., J.R. Matemática Fundamental - Uma Nova Abordagem. Volume
único. São Paulo: FTD, 2002.
INSTITUTO BRASILEIRO DE IBGE. Brasil em Síntese. 2015. Consultado na internet em: 20 maio 2024.
LIMA, E. L. Curso de análise. v.1, 12. ed. Rio de Janeiro: IMPA, 2007.