Monitoria Revisão Prova

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Monitoria

Monitoras: Amine Pereira e Lara Coimbra


Professora: Soraya Trindade

Questões para revisão – Prova de Periodontia 5° semestre

A influência do trauma nos tecidos periodontais

1. Discuta a influência do trauma oclusal nos tecidos periodontais, abordando os


mecanismos pelos quais as forças oclusais podem provocar alterações na saúde
periodontal:

O trauma oclusal exerce uma influência significativa sobre a saúde periodontal, sendo mediado
por diversos mecanismos patológicos. As forças oclusais excessivas podem desencadear uma
resposta inflamatória local, caracterizada pela liberação de citocinas e mediadores
inflamatórios, resultando na degradação da matriz extracelular e do colágeno. Esse processo
contribui para o aumento da mobilidade dentária e a reabsorção óssea, comprometendo a
integridade do suporte periodontal. Além disso, alterações na microcirculação vascular
reduzem a oxigenação dos tecidos, prejudicando a cicatrização e a função imunológica. A
desregulação da resposta imunológica local favorece a progressão de doenças periodontais.
Portanto, a correção da oclusão é fundamental para a preservação da saúde periodontal e a
prevenção de complicações associadas.

2. Quais as diferenças entre trauma primário e secundário, os sinais clínicos que podem
surgir e as implicações para o tratamento e a manutenção da saúde periodontal a
longo prazo?

PRIMÁRIO: Forças oclusais excessivas são aplicadas ao dente ou dentes com estruturas
saudáveis. Por exemplo: a gente faz uma restauração com contato prematuro, o que vai
acabar gerando trauma de oclusão, pulpite, periodontite... vão ser respostas agudas e depois
acostuma porque o sistema ortognático entende que há um problema e foge dessa dor através
da readaptação nas estruturas e a gente tem um problema maior (muscular e ósseo).

SECUNDÁRIO: Forças normais ou anormais causam trauma no aparelho de inserção de um


dente ou dentes com inadequado ou reduzido suporte. Por exemplo: o paciente *.chega com
mobilidade. Posso fazer uma avaliação se é trauma primário, porque se for, posso fazer ajuste
oclusal. Se é um trauma secundário não adianta fazer desgaste, tenho que bolar estratégias
para que essa força que é normal, seja distribuída para mais dentes porque esse dente sozinho
não está dando conta. Então preciso tratar a periodontite e pensar em conseguir fazer a
dissipação de forças. Se for por perda dentária, colocar prótese, pode ser tratamento
ortodôntico, etc.

3. Cite exemplos práticos e a importância da avaliação clínica e radiográfica na


identificação dessas condições mencionadas nas questões anteriores:

SINAIS CLÍNICOS: mobilidade, facetas de desgaste, vitalidade pulpar, hábitos. Desvio


mandibular na abertura e fechamento;

SINAIS RADIOGRÁFICOS: alteração do espaço do ligamento periodontal; alteração da lâmina


dura; reabsorção radicular; fraturas de restaurações; fraturas dentárias e hipercementose.

4. Responda Verdadeiro ou Falso para as proposições a seguir:

( v ) O trauma oclusal primário pode ser facilmente revertido com ajustes oclusais,
desde que não tenha ocorrido dano irreversível ao ligamento periodontal.
( v ) A análise da relação cêntrica é essencial para determinar a presença de trauma
oclusal, pois essa posição reflete o estado de conforto do sistema ortognático
( v ) O trauma oclusal pode levar a alterações nos músculos da mastigação, resultando
em dor e disfunção temporomandibular, independentemente da saúde periodontal do
paciente.
( F ) A presença de facetas de desgaste nos dentes é um sinal confiável de que o
paciente sofre de trauma oclusal, independentemente de outros fatores oclusais.

5. Explique o mecanismos da proteção mútua e sua relação com trauma oclusal

-Não podemos ter todos os grupos de dentes trabalhando ao mesmo tempo. Por isso,
a divisão entre lado de trabalho e balanceio e a posição de protusão e MIH. Caso isso
não seja seguido, há a sobrecarga seguida de trauma oclusal.

Periodontia na infância e adolescência – infecções bacterianas e virais


1. Quais são as principais infecções bacterianas que podem afetar a saúde periodontal
em crianças e adolescentes? Discuta suas causas e consequências.

Gun- gengivite ulcerativa necrosante condição que tem um curso rápido e destrutivo. Sua
causa está associada à infecção por fusobacterias e espiroquetas, stress, fumo, resposta
deficiente do hospedeiro, deficiência nutricional e gengivite pré-existente. É raro em crianças
(15-30 anos). Leva a perda de inserção, periodontite necrosante, sequestro ósseo e
envolvimento da mucosa alveolar.

Pericoronarite: Reação aguda ou subaguda ao redor de um dente parcialmente irrompido,


impactado ou em erupção. Causadas por projeções de tecido folicular e alveolar sobre a coroa,
restos alimentares, bactérias e irritação mecânica. E suas consequências são Vermelhidão
localizada, edema, trismo, febre moderada, linfadenopatia regional

2. Como as infecções virais, como o herpes simples, podem impactar a saúde periodontal
em crianças e adolescentes?
As infecções virais, como o herpes simples, podem impactar a saúde periodontal em
crianças e adolescentes ao induzir uma resposta inflamatória que compromete a
integridade dos tecidos periodontais. O vírus provoca lesões ulcerativas nas mucosas
orais, resultando em dor e desconforto, o que pode prejudicar a higiene bucal e
aumentar a acumulação de placa bacteriana. Essa situação propicia um ambiente
favorável à infecção bacteriana secundária, podendo exacerbar condições
inflamatórias já existentes. Além disso, a resposta imunológica do organismo pode ser
modulada, influenciando a gravidade das manifestações periodontais.

3. Quais são as diferenças na apresentação clínica de infecções periodontais em crianças


em comparação com adultos?
As crianças podem desenvolver doenças periodontais, como gengivite, em idades precoces,
frequentemente associadas a fatores locais, como a higiene oral deficiente. Além disso, as
respostas inflamatórias em crianças tendem a ser mais exuberantes, manifestando-se mesmo
na presença de biofilme reduzido. Em contraste, as infecções periodontais em adultos
geralmente progridem de forma mais lenta e são frequentemente influenciadas por fatores
sistêmicos, resultando em alterações como a retração gengival e perda óssea mais evidentes.

4. Qual o papel da microbiota oral na patogênese das infecções periodontais em crianças


e adolescentes?
A microbiota oral desempenha um papel fundamental na patogênese das infecções
periodontais em crianças e adolescentes, com bactérias patogênicas, como Aggregatibacter
actinomycetemcomitans, associadas a formas agressivas de periodontite. Fatores como
higiene bucal, dieta e alterações hormonais durante a puberdade influenciam a maturação da
microbiota e a resposta inflamatória. A disbiose, favorece estados inflamatórios crônicos,
aumentando a suscetibilidade a infecções.

5. Responda Verdadeiro ou Falso para as proposições a seguir:

( v ) A gengivite é uma condição periodontal comum na infância e pode ser tratada


eficazmente com higiene oral adequada e intervenções de profilaxia.
( v ) As doenças periodontais em adolescentes são frequentemente associadas à
presença de fatores de risco, como o uso de tabaco e a má higiene oral.
( v) O tratamento das infecções bacterianas periodontais em adolescentes pode incluir
terapia antibiótica, dependendo da gravidade da condição.

Terapia de manutenção
1. Defina o que significado de terapia de manutenção periodontal e explique sua
importância no tratamento periodontal a longo prazo:
A terapia de manutenção periodontal consiste em um conjunto de intervenções
sistemáticas e regulares que visam manter a saúde periodontal após o tratamento
inicial. Sua importância reside na prevenção da recidiva das doenças periodontais, na
detecção precoce de problemas e no controle da placa bacteriana. Além disso, a
terapia de manutenção proporciona educação contínua ao paciente sobre cuidados de
higiene bucal, o que é fundamental para a eficácia a longo prazo do tratamento. Essa
abordagem não apenas aumenta a longevidade dos dentes, mas também contribui
para a saúde geral do indivíduo, reduzindo o risco de doenças sistêmicas associadas.
Assim, a manutenção periodontal é crucial para assegurar resultados duradouros e
sustentáveis no manejo das doenças periodontais.

2. Descreva os componentes principais de uma sessão de terapia de manutenção


periodontal:

Os componentes principais de uma sessão de terapia de manutenção periodontal incluem: a


avaliação clínica da saúde periodontal, que envolve medições de profundidade de sondagem e
avaliação da gengiva; a remoção de biofilme e cálculo durante a limpeza profissional; a
educação do paciente sobre técnicas de higiene bucal e autocuidado; a avaliação de fatores de
risco que podem afetar a saúde periodontal; e o planejamento de acompanhamento, com
agendamento de futuras consultas para monitorar e ajustar o tratamento conforme
necessário.

3. Quais são os principais objetivos da terapia de manutenção periodontal?

-Conservação dos resultados obtidos da terapia periodontal ativa ou da fase


terapêutica associada à causa
- Permitir aos pacientes previamente tratados de doenças periodontais a manutenção,
em longo prazo, do estado de saúde obtido com o tratamento, prevenindo-se a
recorrência e a progressão da doença

4. Quais fatores podem influenciar a necessidade e a frequência da terapia de


manutenção em pacientes periodontais?

A necessidade e a frequência da terapia de manutenção em pacientes periodontais são


influenciadas pela gravidade da doença periodontal inicial, com condições mais severas
requerendo manutenções mais frequentes. A resposta ao tratamento, incluindo a estabilidade
da saúde periodontal e a eficácia das práticas de higiene bucal, também é determinante.
Fatores de risco, como tabagismo e doenças sistêmicas, podem aumentar a necessidade de
visitas regulares. Além disso, a cooperação e motivação do paciente em manter uma boa
higiene oral são essenciais para o sucesso da terapia.

5. Responda Verdadeiro ou Falso para as proposições a seguir:

( F ) A frequência das visitas de manutenção periodontal deve ser a mesma para todos
os pacientes, independentemente de sua condição periodontal inicial.
A frequência das visitas de manutenção periodontal não é a mesma para todos os
pacientes, pois depende da gravidade da condição periodontal inicial, resposta ao
tratamento e fatores de risco individuais
( F ) O sucesso da terapia de manutenção é medido apenas pela ausência de
sangramento à sondagem.
O sucesso da terapia de manutenção não é medido apenas pela ausência de
sangramento à sondagem; outros fatores, como a profundidade das bolsas, a
estabilidade dos tecidos periodontais e a saúde geral do paciente, também são
importantes.
( F ) A terapia de manutenção é desnecessária em pacientes que apresentam boa
higiene oral e saúde periodontal estável.
A terapia de manutenção não é desnecessária em pacientes com boa higiene oral e
saúde periodontal estável, pois a manutenção regular é fundamental para prevenir a
recorrência de doenças periodontais, mesmo em casos estáveis.
( V ) A terapia de manutenção deve incluir avaliações radiográficas periódicas para
monitorar a saúde periodontal do paciente.

6. A terapia periodontal de suporte tem como objetivo a prevenção da recorrência de


doença periodontal (perda dental e perda de inserção adicional). Em relação a esta
fase do tratamento periodontal, assinale a alternativa incorreta:

A) A terapia periodontal de suporte tem papel fundamental na manutenção do


sucesso nos resultados da terapia periodontal ativa

B) A terapia periodontal de suporte não inclui apenas remoção de placa, mas também
atualização da história médica do paciente, avaliação do controle de placa do paciente,
motivação da higiene oral, reforço das instruções de higiene e promoção de saúde

C) Nyman et al., 1977 relataram que pacientes com doença periodontal avançada,
tratados com técnicas cirúrgicas e não incorporados a terapia periodontal de suporte,
exibiram periodontite recorrente a uma taxa de perda de inserção três a cinco vezes
maior do que a documentada na progressão natural da doença periodontal nos grupos
de população com alta suscetibilidade à doença

D)Para individualizarmos um programa de terapia periodontal de suporte, devemos


estabelecer o risco de cada paciente para a recorrência da periodontite de acordo com
o diagrama funcional preconizado por Lindhe & Nyman, 1984

7. Cite as fases do plano de tratamento e explique cada uma.

Terapia associada à causa- interrupção da progressão da doença.

Terapia corretiva- 3 a 4 semanas depois. Após a confirmação de que o periodonto realmente


está saudável, é o momento do restabelecimento da função e da estética.

Fase de manutenção- prevenção da recorrência do doença. É importante planejar a frequência


dessa terapia de manutenção de forma personalizada para cada paciente. Seja de 6 e 6 meses,
3 em 3 ou 1 em 1, vai depender da condição sistêmica, de quanto a higiene bucal em casa é
efetiva, profundidade a sondagem, bolsas residuais e o nível de perda dentária.

Controle químico do biofilme

1. Defina o controle químico do biofilme e explique sua importância na prevenção de


doenças periodontais:
O controle químico do biofilme refere-se à utilização de agentes antimicrobianos e
antissépticos para reduzir a carga bacteriana na cavidade bucal, complementando a
higiene bucal mecânica. A importância desse controle na prevenção de doenças
periodontais reside em sua capacidade de minimizar a inflamação gengival e a
progressão da periodontite, especialmente em indivíduos suscetíveis. Ele ajuda a inibir
a formação de biofilme dental e a manter um equilíbrio saudável entre bactérias
benéficas e patogênicas. Além disso, é útil para pacientes que têm dificuldades em
manter uma boa higiene bucal. Assim, o controle químico é essencial nas estratégias
de prevenção e manejo das doenças periodontais.

2. Quais considerações devem ser feitas ao prescrever agentes antimicrobianos para o


controle do biofilme em pacientes com condições periodontais específicas?
Ao prescrever agentes antimicrobianos para o controle do biofilme em pacientes com
condições periodontais específicas, é fundamental considerar a eficácia do
antimicrobiano contra os patógenos relevantes e a possibilidade de resistência
bacteriana. Além disso, é necessário avaliar comorbidades, como diabetes, que podem
influenciar a resposta ao tratamento. A adesão do paciente ao regime prescrito e a
clareza nas instruções são essenciais para o sucesso do tratamento.

3. Quais são os efeitos adversos potenciais associados ao uso de agentes químicos no


controle do biofilme?
Irritação das mucosas orais, alterações no paladar e a possível coloração dentária.
Além disso, o uso prolongado de agentes como a clorexidina pode levar a uma
alteração na microbiota oral, favorecendo o crescimento de microrganismos
resistentes.

4. Explique a diferença entre surfactantes, agentes antissépticos e agentes


antibacterianos:
Surfactantes são substâncias que reduzem a tensão superficial, facilitando a remoção
de biofilme, mas não têm efeito antimicrobiano direto. Agentes antissépticos são
compostos aplicados em tecidos vivos para inibir o crescimento de microrganismos,
como a clorexidina, que atuam em uma ampla gama de patógenos. Agentes
antibacterianos, por outro lado, são especificamente formulados para matar ou inibir o
crescimento de bactérias, como os antibióticos, visando processos metabólicos
bacterianos. Essa distinção é crucial para a seleção adequada de tratamentos em
saúde bucal.

5. Descreva os efeitos adversos associados ao uso de peróxidos como agentes oxidantes


no controle do biofilme dental:
Irritação das mucosas orais, hipersensibilidade dentária e descoloração dos dentes.
Além disso, o uso excessivo pode comprometer a integridade do esmalte dental,
levando a um aumento da susceptibilidade a cáries.

6. Responda Verdadeiro ou Falso para as proposições a seguir:


( NULA ) Os agentes antimicrobianos podem ser utilizados como uma abordagem
preventiva em pacientes com alto risco de desenvolver doenças periodontais.
( f ) O controle químico do biofilme é considerado mais eficaz do que o controle
mecânico em todas as situações.
O controle mecânico, que envolve a escovação e o uso de fio dental, é essencial para a
remoção da placa bacteriana e é a base para uma boa higiene oral. Embora o controle
químico possa ser um complemento importante, especialmente em situações
específicas, a eficácia de cada abordagem pode variar dependendo do paciente, da
condição periodontal e da situação clínica.
( v ) A clorexidina, como bisbiguanida, é conhecida por sua alta substantividade e por
ser pouco absorvida pelas mucosas, tornando-se um agente seguro para uso.
( v ) Compostos fenólicos, como o Listerine, são considerados menos eficazes a curto
prazo em comparação com a clorexidina no controle do biofilme dental.

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