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RESUMO
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2° Check do Paper, apresentado à disciplina Cirurgia Bucal II e Princípios da Implantodontia, do Centro
Universitário Unidade de Ensino Superior Dom Bosco –UNDB.
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Aluna do 5° Período, do curso de Odontologia, da UNDB.
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Aluna do 5° Período, do curso de Odontologia, da UNDB.
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Professor, Mestre, Doutor e Orientador.
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os riscos envolvidos. Uma avaliação abrangente por especialistas qualificados é essencial para
determinar o curso de ação mais adequado, priorizando alternativas temporárias e monitorização
consistente para garantir uma saúde oral ideal a longo prazo. Este estudo tem como objetivo
examinar os desafios e consequências associados aos implantes dentários durante a infância e
adolescência. Sendo uma revisão de literatura, Os artigos foram extraídos das plataformas:
Google Acadêmico, Scielo, PubMed e ResearchGate, totalizando 11 artigos examinados.
1 INTRODUÇÃO
A necessidade de uma higiene bucal meticulosa é crucial para adolescentes que optam
por implantes osseointegrados, semelhante ao cuidado exigido em adultos, a fim de prevenir
complicações periodontais futuras e evitar a perda dos implantes. No entanto, é importante notar
que os adolescentes frequentemente enfrentam desafios adicionais devido a problemas
periodontais pré-existentes, como gengivites resultantes de práticas inadequadas de higiene
bucal, má escovação e outros fatores agravantes, incluindo tabagismo e uso de substâncias
(SPEZZIA et al., 2018).
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O dentista está preocupado com o “crescimento” mandibular e maxilar durante a
adolescência, e é raro o uso de implantes nessa fase. Observar com antecedência o sucesso dos
implantes não é um desafio para o paciente, desde que ele siga as instruções e o seu período
ideal para que a inserção seja respeitada. Os implantes podem ser mais constantemente
usufruidos se forem efetuados durante a adolescência do que na infância, pois está
constantemente se modificando e evoluindo (Krsghnqpriya et al. ; Ganesh et al.; Gaur et al.;
Mathew et al.; Shilpa et al., 2016).
Estabelecer com exatidão o diagnóstico de uma situação clínica específica é essencial
para o sucesso do tratamento efetuado. É essencial comprovar os dados pertinentes, aumentar
essas informações com conhecimentos preliminares e tomar devidas decisões, começando o
tratamento de acordo com o paciente respeitando suas escolhas mas também alertando-o
(Bezemer et al.; De Groit et al.; Blasse et al.; Tem et al.; Kappen et al.; Bredenoord et al.,
2019). Todavia, no decorrer do processo de tomada de decisão clínica, os profissionais estão
sujeitos a imagináveis falhas que estão relacionadas a diversos agentes de risco e opções
terapêuticas para o enfermo (Cho et al.; Bates et al., 2018).
A idade do paciente e sua evolução ósseo são fatores primordiais a serem apontados na
classificação SAC. A colocação de maneira precoce de um implante pode danificar no
crescimento alveolar da maxila e mandíbula , agindo de forma similar a um dente anquilosado,
ou seja, ele está sem o ligamento periodontal. Isso pode vir a surgir, a longo prazo, em questões
estéticas, como incompatibilidade entre a borda incisal e a margem gengival da coroa do
implante em comparação com o dente adjacente ou oposto, além de problemas funcionais
relacionados à infra-oclusão do implante em que seria a distância da superfície oclusal do
implante em relação aos dentes adjacentes (Nilius et al; Kohlase et al.; Llorenzen et al.; Lauer
et al.; Schulz et al., 2019).
Planos de tratamento mal planejados ou mediações prévias mal executadas podem
aumentar as complicações da reabilitação com implantes. A inserção inadequada de implantes
pode causar complicações estéticas como algum grau de inchaço no rosto, biológicas como
infecções com placa bacteriana e técnicas como hemorragias, e em casos extremos, impedir a
realização da reabilitação planejada (Tallarico et al.; Scrascia et al.; Annucci et al.; Mmeloni et
al.; Lumbau et al.; Koshovari et al., 2020).
A dimensão dos tecidos moles adjacentes não apenas afeta a intervenção cirúrgica
necessária para a inserção do implante, mas também o processo de reabilitação protética
subsequente. Uma redução dessas estruturas pode comprometer a harmonia e simetria estética
com os dentes e tecidos vizinhos, aumentando, assim, os desafios estéticos e a complexidade do
tratamento. A saúde da mucosa peri-implantar está diretamente relacionada à presença de um
adequado volume ósseo na crista alveolar, incluindo uma parede óssea vestibular íntegra e com
dimensões apropriadas. A insuficiência de suporte ósseo vestibular nos tecidos moles peri-
implantares pode ser especialmente crítica nas áreas das papilas interdentárias ou entre os
próprios implantes dentários (Chappuis et al.; Aaraújo et al.; Buser et al., 2017).
A agenesia é uma condição congênita, predominantemente de origem genética, que
resulta na falta de formação ou desenvolvimento dos germes dentários, levando à ausência de
um ou mais dentes desde os primeiros anos de vida. O tratamento convencional da agenesia
múltipla geralmente é realizado em várias etapas, variando de acordo com a idade do paciente,
e envolve diferentes opções protéticas, dependendo do número de dentes presentes na cavidade
oral. Quando há um número significativo de dentes, são consideradas próteses adesivas; em
casos com poucos dentes remanescentes, é indicada uma prótese parcial removível; e quando
há ausência total de dentes, a única opção é recorrer a uma prótese total (El-Kalla et al.; Shalan
et al.; Bakr et al., 2017).
Para tratar efetivamente a anodontia mandibular, diversos estudos de caso têm sugerido
o uso de próteses removíveis desde aproximadamente os 3 anos de idade até o término do
desenvolvimento lateral, e sobredentaduras suportadas por implantes na área dos caninos entre
as idades de 3 e 6 anos após o fechamento da sutura mediana. Pesquisas indicam que deve-se
evitar implantes na maxila e que a anodontia/oligodontia grave pode ser abordada precocemente
com uma prótese suportada por implantes na mandíbula, com acompanhamento
mensal(Nedumgottil et al.; Sam et al.; Abraham et al., 2020).
Em crianças com hipodontia, decisões desafiadoras devem ser tomadas com base em
diversas considerações, como o número de dentes ausentes, o sexo do paciente, a localização e
extensão da área sem dentes, a necessidade de preservar o osso para futuros implantes, a possível
necessidade de tratamento ortodôntico, questões psicológicas e potenciais efeitos nas mudanças
no crescimento esquelético e dentário (Nedumgottil et al.; Sam et al.; Abraham et al., 2020).
Como não há marcadores confiáveis, estudos sugerem que a colocação do implante seja
agendada após uma interrupção no crescimento, identificada por meio de traçados
cefalométricos sequenciais (sem mudanças esqueléticas visíveis por pelo menos 1 ano). É
fundamental manter os pais informados e cientes do cronograma de crescimento para qualquer
procedimento adicional de correção cirúrgica ou instalação de prótese (Nedumgottil et al.; Sam
et al.; Abraham et al., 2020).
A utilização de implantes osseointegrados em crianças e adolescentes requer, assim
como em adultos, uma higiene bucal rigorosa e precisa para evitar problemas periodontais
futuros e possível perda dos implantes. No entanto, é importante considerar que muitos
adolescentes já enfrentam problemas periodontais devido à negligência na higiene bucal e outros
fatores contribuintes, como gengivites decorrentes de má higienização. Portanto, o perfil
odontológico dos adolescentes é uma preocupação significativa que deve ser cuidadosamente
avaliada antes de optar por procedimentos com implantes (Spezzia et al., 2018).
O emprego de próteses na odontologia evoluiu para ser uma commodity de excelência,
considerada como a alternativa mais próxima à integridade natural do dente. Seu emprego é
predominantemente regulado em cenários como traumas dentários resultantes em perda do
dente permanente, ausência congênita de dentes e irregularidades no desenvolvimento dentário
(Agarwal et al.; kumar et al.; Anand et al.; Bahetwar et al., 2016).
Mini implantes têm sido outra opção que está sendo utilizada para abordar tais
condições. No entanto, esses dispositivos têm a tendência de se fundir ao osso e, quando
inseridos em pessoas em desenvolvimento, podem interferir no desenvolvimento ósseo,
tornando crucial o planejamento preciso para sua colocação. Por outro lado, esses dispositivos
raramente causam danos aos tecidos quando removidos. Além disso, a técnica é
economicamente vantajosa e pouco invasiva; também oferece a vantagem adicional de permitir
a reabilitação protética em um único procedimento (Oh et al.; Nguyen et al.; Lee et al.;.Jeon et
al.; Bae et al.; Kim et al., 2014).
Nas crianças, uma variedade de condições pode resultar na ausência de dentes. A
fisiologia relacionada ao contínuo desenvolvimento e crescimento das estruturas orofaciais
torna o manejo ainda mais complexo. Tradicionalmente descrita como a falta de um ou mais
dentes, seja na dentição decídua ou permanente, a anodontia parcial difere da anodontia total,
que implica na ausência completa da dentição decídua e permanente. A oligodontia é
caracterizada pela falta congênita de seis ou mais dentes, excluindo os terceiros molares. Já a
hipodontia, ou ausência congênita de dentes, refere-se à ausência de um ou mais dentes decíduos
ou permanentes, excluindo os terceiros molares (Rakhshan et al., 2015).
3 DISCUSSÃO DO TEMA
Segundo Spezzia (2018), o uso dos implantes osseointegrados em adolescentes, é
necessário ocorrer uma higienização bucal bastante aprimorada, que é preciso ser realizada de
forma correta para que não ocorram problemas periodontais e perda dos implantes
É comum os adolescentes, por si só, já apresentarem problemas periodontais como por
exemplo, gengivite, má higienização e fatores pontencializadores das alterações periodontais
tais como, os que ocorrem pelo tabagismo e pelo uso de droga (Spezzia, 2018).
Quando se trata da frequência, o emprego de implantes em adolescentes é menos quando
se compara ao uso em adultos. Em crianças e adolescentes, o crescimento ósseo ainda está em
formação e torna-se essencial averiguar cuidadosamente como se procede o crescimento e o
desenvolvimento da mandíbula e do complexo nasomaxilar em relação ao planejamento de
técnica para instalação dos implantes. Tem enormes riscos de complicações, por conta do
crescimento ósseo que ainda estar em curso (Ely; Tavares, 2014).
A partir da afirmação de Agarwal (2019), na primeira infância, o crescimento transversal
da maxila é baseado pelo aumento da largura da base do crânio e pelo crescimento na sutura
mediana. Esse crescimento faz com que a puberdade fique acelerada, e é a primeira das três
dimensões que competem a adolescência. Quando se opta pela colocação precoce do implante,
pode gerar um diastema com os dentes adjacentes à medida que o crescimento transversal
acontece, apesar que os problemas transversais não sejam relatados na colocação de implantes
na maxila anterior, mesmo aos 9 anos de idade.
Os implantes dentários feitos na reabilitação de crianças e adolescentes com alguma
displasia, obtiveram resultados animadores. Com isso, os pacientes, em geral, relataram
melhorias após a colocação de suas próteses e houve um acompanhamento que variou de 1 a 6
anos, os benefícios foram confirmados (Machado et al., 2018).
Segundo Aguiar (2018), algumas das variáveis que limitam a realização de implantes
em crianças que apresentam alguma anomalia são, a idade, a quantidade, qualidade óssea e o
espaço disponível. Embora os dados para implantes dentários únicos sejam favoráveis, pode
ocorrer possíveis problemas a longo prazo.
Para o tratamento de pacientes com alguma displasia ou anomalia, é necessário uma
abordagem ampla e multidisciplinar. A estratégia de reconstrução depende de alguns fatores tais
como, a idade do paciente, estágio de desenvolvimento, anatomia dos tecidos duros e moles e
a quantidade de dentes perdidos (Hassani et al., 2018).
Krishnapriya et al., (2016), afirma que os implantes dentários são raramente usados em
adolescentes, porque o profissional se preocupa com “surtos de crescimento” do osso da
mandíbula e maxila. Se o paciente aderir às indicações e o período de inserção, o sucesso dos
implantes não será nenhum problema para ele. Eles até podem ser mais utilizados com mais
frequência se o procedimento de inserção de implante adolescente for seguido de maneira
correta.
4 CONCLUSÃO
A deliberação de realizar implantes dentários em crianças e adolescentes ddemandade
uma análise minuciosa por conta do contínuo desenvolvimento ósseo e dentário nessa faixa
etária do paciente. Existem riscos, como interferência no crescimento facial e complicações
cirúrgicas, se destacam pela necessidade de cuidados especiais e reavaliações futuras. A
participação de uma equipe multidisciplinar é de extrema relevância para uma avaliação mais
profunda, considerando não apenas os aspectos imediatos, mas também os impactos a longo
prazo no seu desenvolvimento bucal. Algumas alternativas temporárias oferecem uma
abordagem menos invasiva, porém o acompanhamento regular é crucial para ajustes conforme
seja necessário. Em resumo, embora os implantes possam trazer vantagens estéticas e
funcionais, a complexidade envolvida exige uma abordagem criteriosa, priorizando sempre o
bem-estar e saúde a longo prazo do paciente.
REFERÊNCIAS
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