Subsdio Aorigemdaigrejan01 1Tm2024
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Esboço Da Lição 01
Do 1º Trimestre
De 2024
Por Murilo Alencar
DIREITOS AUTORAIS
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O Abra a Jaula é um projeto de pregação, evangelismo e ensino da palavra de Deus. O abrir a jaula
pode ser comparado com a ordenança máxima dada a igreja por Jesus "Ide por todo mundo e pregai o
evangelho a toda criatura". Spurgeon disse que o evangelho é como um leão faminto que está
enjaulado, de modo que nosso papel não é salvar ninguém, mas abrir a jaula e deixar que o Leão saia e
consuma os corações!
Nesse sentido, nos colocamos a disposição, principalmente de Deus, para promover um conteúdo
bíblico e pentecostal.
No acervo de vídeos do Abra a Jaula, temos pregações curtas, reflexões bíblicas, pré-aula da Escola
Dominical, dicas de pregação com O Pregador e a Pregação e o personagem da bíblia, além de vários
projetos que ainda estão para serem colocados em prática, pois estamos em constante crescimento.
É um privilégio muito grande contribuir com seu ministério. Nós gostaríamos de te conhecer melhor
e estar mais próximo de você. Faça parte da nossa família, é só clicar nos botões.
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O CORPO DE CRISTO
Origem, Natureza, e Vocação da Igreja no Mundo
A ORIGEM DA IGREJA
O QUE ESTUDAREMOS?
• Origem. A origem da igreja está fundamentada na obra redentora de Jesus Cristo. Ele mesmo
disse em Mateus 16.18: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno
não prevalecerão contra ela". A igreja tem sua origem na morte e ressurreição de Cristo, e foi
estabelecida no dia de Pentecoste.
• Natureza. A natureza da Igreja é espiritual, pois ela é formada por pessoas que nasceram de
novo pela fé em Jesus. A Igreja é santa, pois ela é separada do pecado e consagrada a Deus.
A Igreja é universal, pois ela abrange todos os salvos em Cristo, de todas as nações, línguas
e culturas. A Igreja é local, pois ela se reúne em comunidades específicas, para adorar a
Deus, edificar uns aos outros e testemunhar do evangelho.
• Vocação. A vocação da Igreja é glorificar a Deus em tudo o que faz. A Igreja é chamada a ser
o sal da terra e a luz do mundo, influenciando positivamente a sociedade com os valores do
Reino de Deus. A Igreja é enviada a pregar o evangelho a toda criatura, fazendo discípulos de
todas as nações. A Igreja é equipada com dons espirituais, para servir uns aos outros e ao
próximo com amor. A Igreja é esperançosa, pois ela aguarda a volta de Cristo, que a levará
para a glória eterna.
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Pedro respondeu: — Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo
para que os seus pecados sejam perdoados, e vocês receberão de Deus o Espírito Santo. (At 2.38 –
NTLH).
VERDADE PRÁTICA
A Igreja é a família de Deus, comprada com o sangue de Cristo e selada com o Espírito Santo.
• Família de Deus. Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos
dos santos e membros da família de Deus (Ef 2.19 – NVI).
• O preço pago pela igreja. Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a
Deus com o seu próprio corpo. (1Co 6.20 – NVI). Pois vocês sabem que não foi por meio de
coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de
viver, transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro sem mancha e sem defeito (1Pe 1.18 – NVI).
• O selo do Espírito. A mesma coisa aconteceu também com vocês. Quando ouviram a
verdadeira mensagem, a boa notícia que trouxe para vocês a salvação, vocês creram em
Cristo. E Deus pôs em vocês a sua marca de proprietário quando lhes deu o Espírito Santo,
que ele havia prometido. O Espírito Santo é a garantia de que receberemos o que Deus
prometeu ao seu povo, e isso nos dá a certeza de que Deus dará liberdade completa aos que
são seus. Portanto, louvemos a sua glória. (Ef 1.13,14 – NTLH).
INTRODUÇÃO
A LIÇÃO DIZ: Nesta lição, mostraremos o que a Bíblia, de fato, revela sobre a Igreja de Deus.
Veremos que a ekklesia, a Igreja de Deus, longe de ser meramente uma associação de pessoas, é
uma instituição divina.
Definição importante:
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Sobre a igreja, vejamos o que diz a Declaração de Fé das Assembleias de Deus (2017, pp.
119-120):
A LIÇÃO DIZ: O termo hebraico qahal é usado para se referir a um ajuntamento do povo de
Deus debaixo do Antigo Pacto. Nesse aspecto, o seu uso é o de “uma convocação para uma
assembleia” ou “o ato de reunir-se em assembleia”. Dessa forma, qahal é descrito como o povo
reunido (Dt 4.10); congregação do povo (Jz 20.2); multidão (1 Sm 17.47 – NAA); congregação (1 Rs
8.22); congregação de Israel (1 Cr 13.2) e grande ajuntamento (Ne 5.7). O termo qahal, portanto, no
contexto do Antigo Testamento, se refere ao Israel étnico, uma nação que se juntava ou reunia tanto
com fins cúlticos ou não.
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A LIÇÃO DIZ: O termo grego ekklesia se refere à igreja cristã. Contudo, no contexto
neotestamentário, o seu sentido diferirá do que lhe é dado no Antigo Testamento, tanto na forma
como na função. Não é apenas uma raça ou nação, mas todos aqueles, de diferentes raças e
nações, que foram comprados pelo sangue de Cristo (Ef 3.6; At 20.28; Ap 5.9).
No subponto em questão, o professor pode ressaltar que o pastor José Gonçalves, ao definir
e comparar os termos "qahal" e "ekklêsia", chegou à conclusão de que a Igreja não existia no Antigo
Testamento e que a Igreja não substituiu Israel no Plano de Deus. Portanto, Israel e a Igreja são
entidades distintas, e Deus lidará com cada uma de forma singular. Vamos agora examinar o que o
comentarista diz no livro de apoio:
No Antigo Testamento, o uso do termo qahal refere-se ao povo de Deus no seu sentido étnico,
enquanto no Novo Testamento ekklesia não possui esse sentido. A ekklesia do Novo
Testamento é constituída por pessoas de todas as raças, línguas e povos (Ap 5.9). E o mais
significativo é que a ekklesia no Novo Testamento tem a função de tornar-se a habitação, o
templo, do Espírito Santo (1 Co 3.16), o que não acontece com o povo do Antigo Pacto. Assim,
podemos destacar que, no Novo Testamento, a ekklesia refere-se a crentes nascidos de novo,
e não simplesmente a um ajuntamento de pessoas.
Nesse contexto, Israel e a igreja ocupam papéis distintos no plano da salvação. Uma não é a
extensão do outro. Como observa Gregg R. Alisson: "ambos participam, à sua maneira, do
reino de Deus e de suas bênçãos multiformes". A igreja foi idealizada por Deus para ocupar um
lugar de destaque na plenitude dos tempos (Ef 1.4). A sua importância é inegável (At 20.28).
Israel, contudo, não ficou esquecido por Deus (Rm 8.25). A seu tempo, terá cumprimento aquilo
que o Senhor projetou para essa nação (Rm 11.26).
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Justo González, em sua obra Breve Dicionário de Teologia (2009, pp. 166-167), diz:
Termo que deriva do grego ekklesia através do latim ecclesia. A disciplina teológica
que estuda a igreja se chama eclesiologia.
Mesmo que sempre se refira à comunidade dos fiéis, o termo “igreja” tem diversos
significados segundo seu contexto. Algumas vezes se refere à congregação local,
como no caso da “igreja de Éfeso” ou “a igreja se reunirá esta noite”. Outras vezes
inclui todos os crentes em todas as partes, como em Efésios 3.10. Também é utilizado
como nome de uma denominação ou comunidade de fé particular, como quando se
fala da Igreja Assembleia de Deus ou igreja Presbiteriana.
John Davis, em sua obra Novo Dicionário da Bíblia (2005, p. 593), diz:
Igreja - tradução do grego ekklesia, que nos Estados da Grécia significava a reunião
dos cidadãos convocados às assembleias legislativas, ou para outros fins, At 19.32,41.
Os escritores sagrados empregam essa palavra para designar uma comunidade que
reconhece o Senhor Jesus Cristo como supremo legislador, e que congregam para a
adoração religiosa, Mt 16.18; 18.17; At 2.47; 5.11; Ef 5.23,25.
Stanley Horton (Org.), em Sua Teologia Sistemática Pentecostal (1996, pp. 537-38)
complemente as definições até aqui expostas quando diz:
No livro de apoio, a intenção do comentarista fica mais evidente e melhor explicada. Seu
objetivo é demonstrar a diferença entre a eclesiologia católica romana e a eclesiologia protestante.
Na lição, o espaço para o comentário é bem resumido, portanto, vamos nos valer de ambos os
textos.
A LIÇÃO DIZ: Há quem creia que a Igreja subsiste governada pelo sucessor de Pedro e pelos
bispos em comunhão com ele. Evidentemente, a tradição protestante rejeita esse conceito, visto que
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ele não reflete o contexto do Novo Testamento onde a figura do sucessor de Pedro é totalmente
estranha e desconhecida.
"A Igreja Santa, Católica, Apostólica e Romana A Declaração de Fé das Assembleias de Deus
como a mãe e mestra de todas as igrejas [...] o diz: A Igreja foi fundada por nosso Senhor Jesus
Pontífice Romano, o sucessor do bem- Cristo, pois Ele mesmo disse: "sobre esta pedra
aventurado Pedro, chefe dos apóstolos e edificarei a minha igreja, e as portas do inferno
representante [vicarius] de Jesus Cristo [...] Esta não prevalecerão contra ela" (Mt 16.18). Essa
verdadeira fé católica (sem a qual ninguém pode pedra é o próprio Cristo.
estar em estado de salvação)"
A igreja que persevera e vence a morte e o
Observa-se que a igreja católica é posta como inferno, não poderia está fundamenta em um
sendo a Igreja-mãe; o Papa, como sendo o homem frágil. O próprios Pedro reconhece que
sucessor do apóstolo Pedro e vigário de Cristo, Cristo é a Pedra (1 Pe 2.4-8). Cristo é o
e a fé católica, como garantia de salvação. fundamento.
A LIÇÃO DIZ: Desde a eternidade, a Igreja estava no coração de Deus e foi idealizada por
Ele. Em sua essência, ela é um projeto divino: “Como também nos elegeu nele [Cristo] antes da
fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.4).Na
sua Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo fala de um “mistério” que estava oculto (Ef 3.3-6). Esse
mistério que fora revelado era exatamente a Igreja! Na mente de Deus, portanto, a Igreja já existia.
Quando Deus, na sua presciência, previu a queda do homem que haveria de criar, por seu
grande amor concebeu um plano de salvação para esse homem, e isso através do sacrifício do seu
Filho amado (cf. Ef 1.4,5; 1 Pe 1.19,20). O Filho aceitou o plano divino. E por isso que a Bíblia diz do
“Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8).
No seu eterno plano, Deus também determinou as bases e a forma da comunhão que deveria
haver entre os que aceitassem a salvação por Jesus Cristo. Foi então que a Igreja surgiu como um
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plano embrionário no coração de Deus. Esse embrião se manteve “oculto em mistério” (cf. 1 Co 2.7)
desde os séculos dos séculos, até que o Pai, na plenitude dos tempos, o quis revelar pelo Espírito
Santo (cf. Ef 3.2-6; 1 Co 2.10).
A LIÇÃO DIZ: Como vimos, a Igreja não ficou apenas na mente de Deus; ela passou a existir
de uma forma concreta. “Quando a Igreja passou a existir de fato? Quando ela se estabeleceu na
sua forma concreta?” A maioria dos teólogos defende que foi no Pentecostes. A Igreja, por exemplo,
não é citada nos Evangelhos de Marcos, Lucas e João. Mateus fala de sua existência, mas como um
evento futuro (Mt 16.18).
Nos círculos teológicos, a questão da origem exata da Igreja do Novo Testamento tem sido
alvo de muitos debates. Alguns têm adotado uma abordagem bastante ampla, e sugerem que a
Igreja existe desde o início da raça humana, incluindo todas as pessoas que já exerceram fé nas
promessas de Deus, a partir de Adão e Eva (Gn 3.15). Outros apoiam um início veterotestamentário
para a Igreja, especificamente nos relacionamentos pactuais entre Deus e o seu povo, a partir dos
patriarcas e continuando durante o período mosaico.
Muitos estudiosos preferem uma origem neotestamentária para a Igreja, mas neste contexto
também há diferenças de opinião. Alguns, por exemplo, acreditam que a Igreja foi fundada quando
Cristo começou publicamente seu ministério e chamou os 12 discípulos. Sobejam os pontos de vista,
inclusive o de alguns ultradispensionalistas, que acreditam não ter a Igreja começado realmente
antes do ministério e viagens missionárias do apóstolo Paulo. A maioria dos estudiosos, quer sejam
seus antecedentes pentecostais, evangélicos ou modernistas, acreditam que as evidências bíblicas
são favoráveis ao dia de Pentecostes, em Atos 2, para a inauguração da Igreja.
O pastor José Gonçalves, como exposta na revista e no livro de apoio, segue a corrente
teológica de que a igreja nasceu em Pentecostes. Essa posição é defendida por Pentecostais e
Reformados.
Tomando por base Efésios 3.1-6, Norman Geisler pontua algumas razões por que a igreja
começou no Pentecostes:
Diversos fatos deixam claro que a igreja não começou até depois da ascensão de Cristo.
Primeiro, ela envolvia um "mistério", o que significa algo antes escondido, oculto, e agora
revelado. Segundo, o mistério não foi revelado até o período dos "apóstolos e profetas do Novo
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Testamento. Terceiro, este período teve lugar depois do Antigo Testamento, um a vez que não
foi em "outros séculos" antes do período em que Paulo escreveu. Quarto, gramaticalmente,
"apóstolos" e "profetas" estão ambos precedidos por um artigo ("aos seus santos apóstolos e
profetas"), indicando que devem ser considerados como um a única classe. Quinto, os
"apóstolos e profetas do Novo Testamento" eram a base da igreja, o que mostra que a igreja se
iniciou com eles. Sexto, Cristo é a "principal pedra da esquina" (Ef 2.20), e o edifício não pode
existir, a menos que a pedra da esquina esteja no lugar. Sétimo, e finalmente, Efésios 3.4,5
(juntamente com passagens paralelas) revela que esta igreja do "mistério" não existiu antes do
tempo de Cristo: A igreja é o mistério de Cristo, não revelado em outras gerações "como,
agora, tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas" [...]. A igreja
simplesmente não existia no Antigo Testamento. Os gentios não eram coerdeiros das bênçãos
de Deus, mas estavam "separados da comunidade de Israel" (Ef 2.12); e a parede de
separação que estava no meio não foi derrubada (v. 14) até que a Cruz recebesse o suporte de
Romanos 16.25,26: "[Ele] é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a
pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve
oculto, mas que se manifestou agora". O contraste é claro: o mistério de como judeus e gentios
se uniriam em um corpo em Cristo não estava presente no Antigo Testamento, que revelou que
os gentios receberiam as bênçãos do evangelho; o Novo Testamento deu a conhecer como isto
seria possível (Ef 3.6). A igreja não começou até depois que Jesus veio, morreu, ressuscitou e
a estabeleceu sobre o fundamento dos apóstolos.
A LIÇÃO DIZ: Depois do Pentecostes, Lucas destaca que “todos os dias acrescentava o
Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2.47). Dessa forma, a Igreja, que existia
apenas no coração e na mente de Deus, se tornava uma realidade concreta quando o Espírito Santo
é derramado no Pentecostes após a ressurreição de Jesus (At 2.1,2).
O livro de Atos detalha o início da igreja e sua propagação miraculosa através do poder do
Espírito Santo. Dez dias após a ascensão de Jesus ao céu (At 1.9), o Espírito Santo foi derramado
sobre 120 seguidores de Jesus que estavam reunidos em oração (At 1.15, 2.1-4). Esses discípulos,
que anteriormente haviam tremido de medo de serem associados a Jesus (Mc 14.30, 50), foram
subitamente capacitados a proclamar corajosamente o evangelho do Messias ressuscitado,
validando sua mensagem com sinais milagrosos e maravilhas (At 2.4, 41, 3.6-7, 8.7). Durante a
Festa de Pentecostes, milhares de judeus de todas as partes do mundo estavam em Jerusalém.
Eles ouviram o evangelho em suas próprias línguas (At 2.5-8) e muitos creram (At 2.41; 4.4). Os que
foram salvos foram batizados, contribuindo para o crescimento diário da igreja. Quando a
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O início da igreja envolveu judeus em Jerusalém, mas logo se espalhou para outros grupos de
pessoas. Em Atos 10, Deus deu a Pedro uma visão que o ajudou a compreender que a mensagem
de salvação não se limitava aos judeus, mas estava aberta a todos que acreditassem (At 10.34-35,
45). As experiências de salvação do eunuco etíope (At 8.26-39) e do centurião italiano Cornélio
(Atos 10) convenceram os crentes judeus de que a igreja de Deus era mais ampla do que
imaginavam. O chamado milagroso de Paulo no caminho de Damasco (At 9.1-19) preparou o terreno
para uma difusão ainda maior do evangelho entre os gentios (Rm 15.16; 1 Tm 2.7).
Millard J. Erickson observa que Lucas não emprega ekklêsia no seu evangelho, mas a palavra
aparece 24 vezes em Atos dos Apóstolos. Este fato sugere que Lucas não tinha nenhum conceito da
presença da Igreja antes do período abrangido em Atos. Imediatamente após aquele grande dia em
que o Espírito Santo foi derramado sobre os crentes reunidos, a Igreja começou a propagar
poderosamente o Evangelho, conforme fora predito pelo Senhor ressurreto em Atos 1.8. A partir
daquele dia, a Igreja continuou a propagar-se e a aumentar no mundo inteiro, mediante o poder e
orientação daquele mesmo Espírito Santo.
Duas promessas são feitas aos arrependidos, uma relacionada ao passado e outra ao futuro:
remissão de pecados e dom do Espírito Santo.
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Nicodemos fazia parte da sinagoga, era membro do Sinédrio, mas não membro da igreja de
Cristo (Me permita o anacronismo).
A LIÇÃO DIZ: Já foi dito que a Igreja tem sua origem no dia de Pentecostes. Por meio do
Espírito de Deus, somos batizados no Corpo de Cristo, a Igreja, então, passamos a fazer parte dela.
É exatamente isso o que o apóstolo Paulo diz aos Coríntios na sua Primeira Carta: “Pois todos nós
fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer
livres, e todos temos bebido de um Espírito” (1 Co 12.13).
O batismo do Espírito Santo é a operação divina por meio da qual o cristão se torna parte do
Corpo de Cristo. Não é sinônimo do batismo com água, como deixam claro Mateus 3.11; João 1.33 e
Atos 1.5.
Quando recebemos a Cristo como Salvador, é o Espírito Santo que nos batiza no Corpo de
Cristo. Esse é um batismo de iniciação. Ele faz de nós membros do Corpo de Cristo. A igreja, isto é,
o Corpo de Cristo, é o elemento em que somos batizados, e o Espírito Santo (1 Co 12.13) é o
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agente desse batismo. Por outro lado, o batismo no Espírito, no qual Cristo é o agente, é um batismo
de capacitação (At 2.1-4; 10.44-46; 19.1-6). São, portanto, duas coisas diferentes.
CONCLUSÃO
c. Como comunidade dos salvos, a Igreja é a reunião dos regenerados pelo sangue de Cristo e
selados pelo Espírito
A LIÇÃO DIZ: Nesta lição vimos como surgiu a Igreja fundada por Jesus Cristo. Ela existiu,
primeiramente, no plano de Deus até se estabelecer no Novo Testamento após a morte,
ressurreição de Cristo e a infusão dos Cristãos no Corpo de Cristo por meio do Espírito Santo. A
Igreja, portanto, não foi idealizada por homem algum, nem tampouco está fundada sobre teses
humanas. O seu fundamento é Cristo, que é a cabeça da Igreja. Por isso, é um grande privilégio
fazer parte da Igreja, o Corpo de Cristo.
• Origem divina da Igreja. A lição nos levou a compreender que a Igreja não é uma instituição
humana, mas sim uma criação de Deus. Sua fundação está enraizada no plano divino, e sua
manifestação no Novo Testamento é resultado da obra redentora de Cristo e da atuação do
Espírito Santo.
• Fundamento em Cristo. A lição enfatizou o fato de que a Igreja tem Cristo como seu
fundamento nos levando a refletir sobre a importância de manter Jesus como o centro de
nossa fé e prática cristã. Isso nos desafia a buscar uma comunhão mais profunda com Cristo
e a viver de acordo com os princípios que ele estabeleceu para a sua Igreja.
• Privilegio de pertencer à Igreja. A lição ressaltou o privilégio de fazer parte da Igreja, o Corpo
de Cristo. Devemos valorizar a comunhão e a participação ativa na vida da Igreja.
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