Lei de Improbidade Administrativa - Atualizada
Lei de Improbidade Administrativa - Atualizada
Lei de Improbidade Administrativa - Atualizada
O STF entendeu que, salvo o Presidente da República, os agentes políticos estão sujeitos
à dupla responsabilidade e se submetem tanto à responsabilização civil pelos atos de
improbidade administrativa quanto à responsabilização político-administrativa por
crimes de responsabilidade.
→ Ação no art. 12 que estabelece as sanções. Especialmente, nos prazos de suspensão dos
direitos políticos
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o servidor
público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas
no art. 1º desta Lei.
origem pública, sujeita-se às sanções previstas nesta Lei o particular, pessoa física ou jurídica,
que celebra com a administração pública convênio, contrato de repasse, contrato de gestão,
termo de parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo equivalente.”(NR)
as disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo
agente público, induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de improbidade.
O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente
estão sujeitos apenas à obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança ou do
patrimônio transferido.
→ Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação
ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
ATENÇÃO!
O DISPOSITIVO EXIGE QUE A EVOLUÇÃO PATRIMONIAL DESPROPORCIONAL NÃO
COMPROVADA SEJA “EM RAZÃO” DA FUNÇÃO PÚBLICA.
→ Incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
→ Pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie
→ Doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins
educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais
e regulamentares aplicáveis à espécie;
→ Agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou de renda, bem como no que diz respeito à
conservação do patrimônio público;
→ Liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular;
→ Celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços
públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
(Incluído pela Lei n. 11.107, de 2005)
→ Permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei n. 13.019, de 2014) (Vigência)
→ Liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas
sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular. (Incluído pela Lei n. 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei n.
13.204, de 2015)
→ Liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas
sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular.
A nova disposição exige para a configuração dos atos do art. 10 o efetivo dano econômico.
I – Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na
regra de competência;
III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva
permanecer em segredo, propiciando beneficiamento por informação privilegiada ou
colocando em risco a segurança da sociedade e do Estado;
IV – negar publicidade aos atos oficiais, exceto em razão de sua imprescindibilidade para a
segurança da sociedade e do Estado ou de outras hipóteses instituídas em lei;
Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem lesividade relevante ao bem jurídico
tutelado para serem passíveis de sancionamento e independem do reconhecimento da
produção de danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos.
ENTENDIMENTOS STF
Não se configurará improbidade a mera nomeação ou indicação política por parte dos
detentores de mandatos eletivos, sendo necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita
por parte do agente.”(NR)
A nova Lei 14.230/2021 aplica-se aos atos de improbidade administrativa culposos praticados
na vigência do texto anterior, porém sem condenação transitada em julgado, em virtude da
revogação expressa do tipo culposo, devendo o juízo competente analisar eventual dolo por
parte do agente. O novo regime prescricional previsto na Lei 14.230/2021 é irretroativo,
aplicando-se os novos marcos temporais a partir da publicação da lei.
A nova sistemática, MAIS FAVORÁVEL AOS ACUSADOS, não poderá ser aplicada a quem já
tem condenação definitiva.
PRESCRIÇÃO: os novos prazos não são retroativos, e só passam a contar de 26.10.2021 (data
da publicação da norma) em diante. Esse entendimento foi mais benéfico aos réus que
respondiam a processos por improbidade, POIS ANTES O PRAZO ERA DE 5 ANOS, AGORA A
PRESCRIÇÃO É DE 8 ANOS.
I – na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos,
pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de
contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos;
II – na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos até 12 (doze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano
e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos;
Na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes
o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público
ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda
que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior
a 4 (quatro) anos;
ATOS QUE ATENTAM CONTRA PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS NÃO tem mais a sanção
de suspensão dos direitos políticos perda da função.
A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação
econômica do réu, o valor calculado na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é
ineficaz para reprovação e prevenção do ato de improbidade.
No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção limitar-
se-á à aplicação de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores
obtidos, quando for o caso, nos termos do caput deste artigo.
Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei deverá
deduzir o ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por
objeto os mesmos fatos.
As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na Lei n. 12.846, de 1º de agosto
de 2013, deverão observar o princípio constitucional do non bis in idem.
As sanções previstas neste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito em
julgado da sentença condenatória.
Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, computar-
se-á retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado
da sentença condenatória.
A declaração de bens a que se refere o caput deste artigo será atualizada anualmente e na
data em que o agente público deixar o exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da
função.
A declaração de bens a que se refere o caput deste artigo será atualizada anualmente e na
data em que o agente público deixar o exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da
função.