RENASCIMENTOhh

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RENASCENTISMO OU RENASCIMENTO

RENASCENTISMO
PERÍODO - ENTRE O SÉCULO XIV E XVII
Renascimento: Características e Contexto Histórico

O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político, surgido na Itália no século XIV e se
estendeu até o século XVII por toda a Europa.

Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações econômicas, o Renascimento
reformulou a vida medieval, e deu início à Idade Moderna.

Origem do Renascimento
O termo Renascimento foi criado no séc. XVI para descrever o movimento artístico que surgiu um século
antes. Posteriormente acabou designando as mudanças econômicas e políticas do período também e é
muito contestado hoje em dia.
Cultura renascentista - Destacamos cinco características marcantes da cultura renascentista:

● Racionalismo - a razão era o único caminho para se chegar ao conhecimento, e que tudo podia ser
explicado pela razão e pela ciência.
● Cientificismo - para eles, todo conhecimento deveria ser demonstrado através da experiência
científica.
● Individualismo – o ser humano buscava afirmar a sua própria personalidade, mostrar seus
talentos, atingir a fama e satisfazer suas ambições, através da concepção de que o direito
individual estava acima do direito coletivo.
● Antropocentrismo - colocando o homem como a suprema criação de Deus e como centro do
universo.
● Classicismo – os artistas buscam sua inspiração na Antiguidade Clássica greco-romana para
fazer suas obras.
O Humanismo renascentista

O humanismo foi um movimento de glorificação do homem e da natureza humana, que surgiu na nas cidades da Península
Itálica (região cercada por água) em meados do século XIV.

O homem, a obra mais perfeita do Criador, era capaz de compreender, modificar e até dominar a natureza. Por isso, os
humanistas buscavam interpretar o cristianismo, utilizando escritos de autores da Antiguidade, como Platão.

A religião não perdeu importância, mas foi questionada e daí surgiram novas correntes cristãs como o protestantismo.

O estudo dos textos antigos, igualmente, despertou o gosto pela pesquisa histórica e pelo conhecimento das línguas
clássicas como o latim e o grego.

Desta forma, o humanismo se tornou referência para muitos pensadores nos séculos seguintes, como os filósofos
iluministas do século XVII.
Renascimento literário: O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura, entre eles:

● Dante Alighieri: escritor italiano autor do grande poema "Divina Comédia".


● Maquiavel: autor de "O Príncipe", obra precursora da ciência política onde o autor dá conselhos aos governadores
da época.
● Shakespeare: considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Abordou em sua obra os conflitos
humanos nas mais diversas dimensões: pessoais, sociais, políticas. Escreveu comédias e tragédias, como "Romeu
e Julieta", "Macbeth", "A Megera Domada", "Otelo" e várias outras.
● Miguel de Cervantes: autor espanhol da obra "Dom Quixote", uma crítica contundente da cavalaria medieval.
● Luís de Camões: teve destaque na literatura renascentista em Portugal, sendo autor do grande poema épico "Os
Lusíadas".
DANTE ALIGHIERI
Sinopse. O livro relata a viagem de Dante ao Inferno, ao Purgatório e ao Paraíso. O poeta Virgílio o
acompanha tanto ao inferno – um vale nas entranhas da terra – como ao Purgatório, local onde as almas
se purificam dos pecados capitais. Beatriz, a musa de Dante, o conduz ao Paraíso, formado por nove
céus.

A própria obra é dividida em três livros.

1. Inferno (34 contos – há um a mais por causa da introdução);


2. Purgatório (33 contos);
3. Paraíso (33 contos).
Por que o livro se chama A Divina Comédia? A Comédia foi o título escolhido por Dante, opção que ele justificava, numa
epístola (carta) endereçada a Cangrande della Scala, por a ação dramática, agitada e terrível no Inferno, tornar-se serena
e jubilosa (alegre) no Paraíso, para além do facto (origem portuguesa) de a obra ser escrita em vernáculo (vocabulário,
língua) e não em latim.
Resumo da Obra - A Divina Comédia do poeta italiano Dante Alighieri

Com teor histórico, mitológico, filosófico, político e religioso, a extensa obra de Dante está dividida em
três partes:

Inferno
A primeira parte é composta de 34 cantos com cerca de 140 versos cada um. Virgílio, o grande poeta
romano autor de Eneida, surge para guiar Dante pelo inferno e o purgatório em direção ao paraíso. Antes
de encontrar Virgílio, ele estava numa selva escura.

O inferno é um local no interior da terra formado por nove círculos. A imagem descrita por Dante esteve
baseada na cultura medieval, onde o universo era formado por diversos círculos concêntricos
(semelhantes) .
Resumo da Obra - A Divina Comédia do poeta italiano Dante Alighieri

Os nove círculos do inferno estão associados aos pecados cometidos, sendo o último o de maior gravidade:

● Primeiro Círculo: o Limbo (virtuosos pagãos)


● Segundo Círculo: Vale dos Ventos (luxúria)
● Terceiro Círculo: Lago de Lama (gula)
● Quarto Círculo: Colinas de Rocha (ganância)
● Quinto Círculo: Rio Estige (ira)
● Sexto Círculo: Cemitério de Fogo (heresia, insulto)
● Sétimo círculo: Vale do Flegetonte (violência)
● Oitavo círculo: o Malebolge (fraude)
● Nono Círculo: lago Cocite (traição)
Resumo da Obra - A Divina Comédia do poeta italiano Dante Alighieri

Nessa trajetória, até chegarem às portas do paraíso, eles encontram diversas personalidades
importantes (filósofos, poetas, escritores) e figuras mitológicas. Dante analisa a punição para cada
um dos pecadores que estão no inferno e no purgatório.

De acordo com a gravidade dos pecados cometidos em vida, Dante descreve o castigo para cada
grupo: os tiranos, os traidores, os aduladores, os suicidas, os heréticos, dentre outros.

Na última parte ele encontra com Lúcifer, o demônio traidor que devora os três maiores traidores
da história: Judas, Brutus e Cassius.
Resumo da Obra - A Divina Comédia do poeta italiano Dante Alighieri

Purgatório
A segunda parte da obra é composta de 33 cantos. No purgatório, localizado numa alta montanha, Dante
descreve o encontro com as almas que aguardam para serem avaliadas.

Ou seja, elas esperam saber se mediante os pecados cometidos em vida vão para o inferno ou para o paraíso.

Assim, o purgatório é um local intermediário entre o inferno e o paraíso. Ali, Dante encontra diversos pecadores
arrependidos, mais precisamente no local denominado de ante-purgatório.

O purgatório é formado por sete círculos, os quais representam os sete pecados capitais: Orgulho, Inveja, Ira,
Preguiça, Avareza (mesquinho) , Gula e Luxúria (indecência) .
Paraíso

A terceira e última parte da Divina Comédia é formada por 33 cantos. Quando chegam ao final da trajetória, Virgílio, seu
guia e mentor, não pode entrar pois era pagão.

Assim, o local do poeta romano é o inferno. No paraíso Dante reencontra seu grande amor, Beatriz.

Em vida, ele se casou com Gemma Donati, no entanto, seu amor foi sempre de Beatriz, sua amada e musa inspiradora,
que na realidade, chegou a falecer com aproximadamente 25 anos. Ela que o guiou pelo paraíso.

Todavia, Dante não pode permanecer com ela, visto que ainda seu caminho como mortal não havia terminado.

De tal modo, a obra relata a visita de Dante ao local que as pessoas vão quando morrem. Essa viagem espiritual e de forte
teor moral serviu de reflexão ao personagem e narrador: Dante. A trajetória de Dante termina quando ele encontra com
Deus. https://www.todamateria.com.br/a-divina-comedia/
Os Lusíadas de Luís de Camões

Os Lusíadas é uma das obras mais importantes da literatura de língua portuguesa


e foi escrita pelo poeta português Luís Vaz de Camões e publicada em 1572. Ela
foi inspirada nas obras clássicas a “Odisseia”, de Homero, e a “Eneida”, de
Virgílio. Ambas são epopeias que narram as conquistas do povo grego. No caso
dos Lusíadas, Camões narra as conquistas do povo português na época das
grandes navegações.
Estrutura da Obra

Os Lusíadas é um poema épico do gênero narrativo, o qual está dividido em dez cantos. É composta de 8816 versos
decassílabos (em maioria os decassílabos heroicos: sílabas tônicas 6ª e 10ª) e 1102 estrofes de oito versos (oitavas). As
rimas utilizadas são cruzadas e emparelhadas.

A obra está dividida em 5 partes, a saber:

● Proposição: introdução da obra com apresentação do tema e dos personagens (Canto I).
● Invocação: nessa parte o poeta invoca as ninfas do Tejo (Canto I) como inspiração.
● Dedicatória: parte em que o poeta dedica a obra ao rei Dom Sebastião (Canto I).
● Narração: o autor narra a viagem de Vasco da Gama e dos feitos realizados pelos personagens. (Cantos II, III, IV,
V, VI, VII, VIII e IX).
● Epílogo: conclusão da obra (Canto X). https://www.todamateria.com.br/os-lusiadas-de-luis-de-camoes/
ATIVIDADES
1. (Mackenzie-SP) Sobre o poema Os Lusíadas, é incorreto afirmar que:

a) quando a ação do poema começa, as naus portuguesas estão navegando em pleno Oceano Índico, portanto no meio da
viagem;

b) na Invocação, o poeta se dirige às Tágides, ninfas do rio Tejo;

c) na ilha dos Amores, após o banquete, Tétis conduz o capitão ao ponto mais alto da ilha, onde lhe descenda a "máquina
do mundo";

d) tem como núcleo narrativo a viagem de Vasco da Gama, a fim de estabelecer contato marítimo com as Índias;

e) é composto em sonetos decassílabos, mantendo em 1.102 estrofes o mesmo esquemas de rimas.


GABARITO
Alternativa e) é composto em sonetos decassílabos, mantendo em 1.102 estrofes o mesmo esquemas de rimas.
ATIVIDADES
2. (UNISA) A obra épica de Camões, Os Lusíadas, é composta de cinco partes, na seguinte ordem:

a) Narração, Invocação, Proposição, Epílogo e Dedicatória.

b) Invocação, Narração, Proposição, Dedicatória e Epílogo.

c) Proposição, Invocação, Dedicatória, Narração e Epílogo.

d) Proposição, Dedicatória, Invocação, Epílogo e Narração.

e) N.d.a.
GABARITO
Alternativa c) Proposição, Invocação, Dedicatória, Narração e Epílogo.

https://www.todamateria.com.br/os-lusiadas-de-luis-de-camoes/
Renascimento artístico

Os principais artistas do renascimento foram:

Leonardo da Vinci: Matemático, físico, anatomista, inventor, arquiteto, escultor e pintor, ele foi o esteriótipo do homem
renascentista que domina várias ciências. Por isso, é considerado um gênio absoluto. A Mona Lisa e A Última Ceia são
suas obras primas.

Rafael Sanzio: foi um mestre da pintura e famoso por saber transmitir sentimentos delicados através de suas imagens de
Nossa Senhora. Uma de suas obras mais perfeitas é a Madona do Prado.

Michelangelo: artista italiano cuja obra foi marcada pelo humanismo. Além de pintor foi um dos maiores escultores do
Renascimento. Entre suas obras destacam-se a Pietá, David, A Criação de Adão e O Juízo Final. Também foi o responsável
por pintar o teto da Capela Sistina.
Renascimento científico

O Renascimento foi marcado por importantes descobertas científicas, notadamente nos campos da astronomia, da física, da
medicina, da matemática e da geografia.

O polonês Nicolau Copérnico, que negou a teoria geocêntrica defendida pela Igreja, ao afirmar que "a Terra não é o centro do universo,
mas simplesmente um planeta que gira em torno do Sol".

Galileu Galilei descobriu os anéis de Saturno, as manchas solares, os satélites de Júpiter. Perseguido e ameaçado pela Igreja, Galileu
foi obrigado a negar publicamente suas ideias e descobertas.

Na medicina os conhecimentos avançaram com trabalhos e experiências sobre circulação sanguínea, métodos de cauterização e
princípios gerais de anatomia.
Renascimento comercial

Todas essas inovações só foram possíveis graças ao crescimento comercial que houve na Idade Média.

Quando as colheitas eram boas e sobravam alimentos estes eram vendidos em feiras itinerantes. Com o incremento
comercial, os vendedores passaram a se fixar em determinados locais que ficou conhecido como burgo. Assim, quem
morava no burgo foi chamado de burguês.

Nas feiras era mais fácil usar moedas do que o sistema de trocas. No entanto, como cada feudo tinha sua própria moeda
ficava difícil saber qual seria o valor correto. Dessa forma, surgiram pessoas especializadas na troca de moeda (câmbio),
outras em fazer empréstimos e garantir pagamentos e que é a origem dos bancos.

O dinheiro, então, passou a ser mais valorizado do que a terra e isso inaugurou uma nova forma de pensar e se relacionar
em sociedade onde tudo seria medido pela quantidade de dinheiro que custava.

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