Resumo Da Literatura
Resumo Da Literatura
Resumo Da Literatura
Humanismo
Voc viu que o Trovadorismo foi o perodo de produo literria da Idade Mdia
marcado pelas cantigas, que eram cantadas (acompanhadas de msica).
Da cantiga para a poesia palaciana
Depois de um tempo, as cantigas deixaram de existir e foram substitudas por
poesias mais elaboradas, que deixaram de ser cantadas e passaram a ser
escritas. Essas poesias se restringiam aos palcios e s pessoas mais nobres
e cultas. Por isso, esse tipo de poesia era chamado de poesia palaciana. Ou
seja: no Trovadorismo, as poesias eram cantadas (cantigas) pelos trovadores.
No Humanismo, a poesia deixou de ser acompanhada de msica e ficou mais
elaborada e mais culta (poesia palaciana).
Perodo de Transio
O Humanismo tambm o perodo da histria da Literatura Portuguesa
situado entre a Idade Mdia e a Idade Moderna (Renascimento). O que vemos
aqui um momento onde o ser humano procura se valorizar mais, ou seja:
o Teocentrismo (Deus no centro de tudo) e o domnio da Igreja Catlica so
substitudos pelo Antropocentrismo (o homem no centro de tudo). uma
poca de grandes avanos cientficos (destaque para Galileu, que provou a
teoria heliocntrica, dizendo que o sol o centro do sistema planetrio) e,
assim, o homem passa a ser mais racional (Racionalismo).
Tipos de textos escritos no Humanismo:
Poesia Palaciana (Poesia Lrica): como ns j vimos, uma poesia mais
elaborada do que as cantigas do Trovadorismo. caracterizada por:
redondilhas (maior e menor), ambiguidades, aliteraes, assonncias, figuras
de linguagem. A viso da mulher continua sendo idealizada, porm existe mais
sensualidade e intimidade. Os sentimentos do eu-lrico so mais aprofundados.
Crnicas
de
Ferno
Lopes
(Prosa): Crnicas
que
relatavam
os
Classicismo
O Trovadorismo foi o perodo literrio da Idade Mdia e o Classicismo foi o
perodo literrio da poca do Renascimento (Idade Moderna). Entre esses
dois perodos h um momento de transio chamado de Humanismo.
O que voc precisa saber sobre o Renascimento
A doutrina da Igreja Catlica dominou a vida do povo durante a Idade Mdia.
Agora, na Idade Moderna, a Igreja vive a crise da Reforma Protestante e entra
em choque com a evoluo cientfica, que passa a considerar o homem como o
centro do universo (antropocentrismo) ao invs de Deus (teocentrismo), alm
de exaltar o pensamento baseado na razo (racionalismo). Portanto, o homem
passa a ser valorizado e, alm disso, h uma volta antiga cultura clssica da
Grcia e da Roma antiga (da vem o nome "Renascimento"), trazendo a
mitologia e seus deuses de volta (paganismo). por isso que nas pinturas
renascentistas bem comum vermos as pessoas sem roupa (valorizao do
corpo humano), alm das figuras mitolgicas (como a deusa Vnus, que
aparece na pintura abaixo).
O perodo literrio dessa poca chamado de "Classicismo" justamente por
todas essas caractersticas do Renascimento: antropocentrismo (o homem no
centro de tudo), racionalismo (valorizao da razo) e paganismo (mitologia
grega e romana). Era a poca tambm das Grandes Navegaes
(universalismo: o homem rompe fronteiras e conquista o resto do mundo) e o
grande destaque literrio do perodo foi Lus de Cames, que escreveu Os
Lusadas, um poema pico que gira em torno da expanso de Portugal nas
Grandes Navegaes.
Os Lusadas
"Os Lusadas" era a obra que representava o Renascimento, pois falava a
respeito do povo heroico portugus que foi desbravar o mar, que descobriu o
novo continente (antropocentrismo e universalismo). O heri o povo
portugus (e no apenas os marinheiros que desbravaram o mar). Os
portugueses avanaram contra os mares desconhecidos, esmagaram as
supersties dos monstros invisveis que habitavam as guas e redesenharam
os mapas do mundo.
Quinhentismo
At agora, vimos os perodos literrios da histria da Literatura
Portuguesa: Trovadorismo (Idade Mdia),Humanismo (transio da Idade
Mdia para Renascimento) e Classicismo (Renascimento).
E ento, ocorreram as Grandes Navegaes e o Brasil foi descoberto em 1500.
Portanto, o estudo da Literatura Brasileira comea com a descoberta do Brasil
em 1500 e esse primeiro perodo de nossa histria literria chamada
de Quinhentismo (por causa do "1500").
O que ?
O Quinhentismo foi o perodo das manifestaes literrias do sculo XVI (ou
seja, a partir de 1500). O Brasil era recm descoberto e tudo o que tnhamos
eram textos sobre o Brasil no ponto de vista dos europeus. Portanto, nessa
poca, tudo o que tnhamos em termos de produo literria se resumia a dois
tipos de escrita:
Literatura de Informao: narram e descrevem as viagens e os primeiros
contatos com a terra brasileira. A linguagem era simples e cheia de descries
e de informaes a respeito das viagens e das terras descobertas. Grande
destaque: A Carta de Caminha, escrita por Pero Vaz de Caminha para o rei de
Portugal (D. Manoel), documento considerado o marco inicial da Literatura
Brasileira (afinal, foi o primeiro texto escrito sobre o Brasil).
Literatura de Catequese: Jesutas foram enviados para catequizarem os
ndios no Brasil e o grande destaque desse perodo foi o padre Jos de
Anchieta. Seus textos eram escritos para serem representados (teatro e
encenaes) j que o pblico era muito diversificado (ndios, marujos, colonos,
comerciantes, soldados...). Porm, seu alvo maior era o ndio. Para isso, o
padre Anchieta escreveu em mais de uma lngua (ele inclusive aprendeu Tupie
escreveu uma gramtica sobre a lngua dos ndios). Enquanto que no Brasil
(Literatura Brasileira) ocorria o Quinhentismo com a produo da Literatura de
Informao e de Catequese, em Portugal (Literatura Portuguesa) continuava
ocorrendo o Classicismo.
Barroco
O Barroco foi o perodo da Literatura Brasileira que se iniciou nos anos 1600,
vindo depois do Quinhentismo (por isso pode ser chamado tambm de
Seiscentismo).
Caractersticas que voc precisa saber:
Dualidades e Antteses
Conflito entre o corpo e a alma, a vida terrena e a vida eterna, a
vida virtuosa e a vida do pecado, a vida e a morte, a razo e a f. o conflito
entre os princpios cristos da Igreja Catlica e os princpios do Renascimento
e do Classicismo (paganismo, racionalismo, antropocentrismo). O Barroco
uma poca de conflitos de princpios opostos, a poca das antteses, a
poca em que se tenta conciliar o inconcilivel. A Igreja Catlica reage
Reforma Protestante com a Contrarreforma e com a Inquisio, procurando
reprimir as manifestaes culturais que vo contra as suas doutrinas. Portanto,
esse um perodo de contradies e de dualidades, onde o homem se v
perdido entre a doutrina crist e as ideias do Renascimento (Classicismo).
Cultismo e Conceptismo
O homem barroco valoriza o cultismo, ou seja: a linguagem difcil e
rebuscada, cheia de inverses e de jogo de palavras, empregando demais as
figuras de linguagem. Ele tambm valoriza o conceptismo, que est associado
ao pensamento complexo, ao raciocnio lgico, ao jogo de ideias. Ou seja: as
palavras so rebuscadas e difceis (cultismo) e as ideias e o raciocnio so
complexos (conceptismo).
O Tempo (Carpe Diem)
O tempo passa rpido, a vida efmera ( rpida), o tempo veloz e destri
tudo. Tudo instvel e passageiro. O homem barroco vive esse conflito de
modo angustiado.
Barroco em Portugal: Pe. Antnio Vieira.
No Barroco Portugus, quem se destaca o padre Antnio Vieira. Seus
sermes estavam a servio das causas polticas que abraava e defendia.
Defendia os ndios contra a escravido (mas no tinha a mesma postura com a
escravizao dos negros, limitando a apontar-lhes uma perspectiva de vida
aps a morte que compensasse os sofrimentos da vida). Seus sermes eram
Arcadismo
O Arcadismo o perodo que vem depois do Barroco, podendo ser chamado
tambm de "Setecentismo", j que ele ocorreu nos anos 1700 (sculo XVIII).
Entenda o contexto
Era a poca do Iluminismo na Europa, da Revoluo Francesa, da
Independncia das Treze Colnias na Amrica do Norte e essas ideias de
"liberdade", "igualdade" e "fraternidade" que nasceram na Filosofia Francesa
chegaram ao Brasil, inspirando a Inconfidncia Mineira. O Brasil era colnia de
Portugal e o desejo de liberdade e de independncia ficava cada vez mais
intenso por aqui. Porm, escrever sobre isso era perigoso e, por conta disso,
os escritores do perodo costumavam usar pseudnimos.
importante observar que o Arcadismo brasileiro passa a ter caractersticas
mais prprias, diferenciando-se da Literatura europeia. Sendo assim, a
Literatura Brasileira passa a ter mais identidade, passa a "andar mais com as
prprias pernas", a ter mais autonomia.
Caractersticas que voc precisa saber:
Crtica da vida nas cidades ("fugere urbem" ou "fuga da cidade"), valorizao
da vida no campo (vida buclica), vida mais simples e natural, uso de apelidos,
linguagem mais simples, pastoralismo (vida pastoril no campo), sentimentos
mais espontneos, pureza dos nativos (mito do "bom selvagem", de
Rousseau).
Autores do perodo:
Cludio Manuel da Costa (apelido: Glauceste Satrnio)
Poesia Lrica: Obras Poticas, a obra que marcou o incio do Arcadismo no
Brasil. O autor se declara para sua musa (Nise), mas vive se lamentando por
no ser correspondido por ela. Nise uma figura distante, no se manifesta e
nem descrita com detalhes. A lrica se limita a lamentao do autor em no
ser correspondido. Possui traos do barroco (como inverses) apesar de ser
rcade e tem afinidade com a tradio clssica ( lrica de Cames).
Poesia pica: Vila Rica. Diz a respeito a descoberta das minas, fundao de
Vila Rica, entradas e bandeiras, revoltas locais, etc... Destaca-se a descrio
da paisagem local. Tem afinidade s tradies clssicas.
Romantismo
O Romantismo (seculo XIX) o perodo literrio que veio depois do Arcadismo
(sculo XVIII) e dividido em trs fases: Primeira Gerao (Indianismo),
Segunda Gerao (Ultrarromantismo) e Terceira Gerao (Condoreirismo).
De modo geral, o Romantismo caracterizado pela subjetividade, pela
emoo, pelo sentimentalismo e pelo lirismo ( grosso modo, tudo isso a
mesma coisa). Ou seja: os escritores romnticos escreviam de modo mais
emotivo e sentimental, explorando as emoes e o drama humano.
A primeira fase d destaque ao nacionalismo e ao ndio (smbolo brasileiro), a
segunda fase explora o drama humano, investigando o prprio "eu" ( uma
fase mais dramtica e depressiva) e a terceira fase explora a temtica social.
Primeira Gerao (Indianismo)
No sculo XIX, o Brasil finalmente deixou de ser colnia de Portugal e
conquistou a sua independncia. Sendo assim, surgiu o desejo de fazer com
que a nossa produo literria ficasse, de fato, mais "brasileira", afastando-se
da literatura europeia e ganhando caractersticas mais prprias, ou seja:
ficando mais nacional. Afinal, o Brasil agora independente e precisa de uma
literatura prpria, precisa construir a sua cultura.
Surgiu, ento, a primeira fase do Romantismo, que era o Indianismo (Primeira
Gerao), que tinha como caracterstica valorizar e exaltar tudo o que o Brasil
tinha de bom: exaltao do ndio (da vem o nome "indianismo"), da natureza,
da liberdade, alm da presena do forte esprito patritico (nacionalismo
ufanista).
Destacam-se nesse perodo: Gonalves Dias (que escreveu Cano do
Exlio, I-Juca-Pirama e Os Timbiras) e Gonalves de Magalhes (que
escreveu Suspiros Poticos e Saudades, obra que iniciou o Romantismo no
Brasil).
Exemplo de texto indianista:
Cano do Exlio (Gonalves Dias)
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabi
As aves que aqui gorjeiam
No gorjeiam como l
Nosso cu tem mais estrelas
Nossas vrzeas tem mais flores
Realismo
Vimos que o Romantismo foi um perodo da histria da Literatura Brasileira
caracterizado pela emoo e pelo sentimentalismo. Depois do Romantismo
vieram dois movimentos: o Realismo e o Naturalismo.
O Realismo e o Naturalismo foram dois movimentos literrios que ocorreram ao
mesmo tempo, aparecendo depois do Romantismo. Neste artigo, ns vamos
falar a respeito do Realismo.
Contexto Histrico
Para entendermos o Realismo, ns precisamos entender o que estava
acontecendo no Brasil naquela poca. De modo geral, o nosso pas estava
sendo "sacudido" por uma srie de mudanas sociais, econmicas e polticas.
Afinal, nesse perodo, ocorreu a Abolio da Escravatura (1888), a decadncia
da economia aucareira, o crescimento da cafeicultura, a influncia do
pensamento positivista (vindo da Frana) e a Proclamao da Repblica
(1889). Ou seja: era muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.
Surgiu, ento, o Realismo, uma tendncia literria que era oposta ao
Romantismo. Ao invs de os escritores se afundarem nos sentimentos e nas
emoes interiores (como os romnticos faziam), os escritores realistas,
influenciados pela filosofia positivista, ficaram mais interessados em observar o
mundo de um modo mais real e coerente (da vem o nome "Realismo").
Caractersticas
Os escritores realistas, ao contrrio dos romnticos, no se envolviam
emocionalmente. Ou seja: no existia mais aquele sentimentalismo do
Romantismo. No Realismo, os escritores estavam mais preocupados
em representar a realidade da forma mais concreta e fiel possvel. Por
isso, suas narrativas eram bem detalhadas e seus personagens eram
trabalhados psicologicamente (anlise psicolgica).
Portanto, o objetivo do Realismo era observar a sociedade do modo mais
real, concreto e objetivo possvel (sem a interferncia das emoes),
analisando os valores da sociedade e criticando suas instituies e os
comportamentos da poca. O casamento, por exemplo, era visto como uma
instituio decadente por causa do adultrio. A burguesia (classe social dos
comerciantes urbanos) tambm era criticada.
Machado de Assis
Naturalismo
Na postagem anterior ns falamos a respeito do Realismo, perodo literrio
onde se buscava escrever a respeito da realidade brasileira, criticando-se a
sociedade e o comportamento das pessoas de modo fiel realidade (sem
emotividade ou sentimentalismo, coisa que acontecia l no Romantismo).
O Naturalismo uma ramificao do Realismo e ambos os movimentos se
manifestaram na mesma poca. Os naturalistas tambm faziam o que os
realistas faziam (retratar a realidade humana), porm eles eram um pouco mais
radicais, j que eles tratavam a realidade de um modo mais cientfico, ou seja:
tratavam o ser humano como um objeto de estudo que deveria ser estudado
por meio da observao fiel da realidade e tambm da experincia.
Portanto, a caracterstica principal do Naturalismo o excesso da linguagem
cientfica (cientificismo exagerado), que tratava o homem como um objeto de
estudo cientfico. Por isso, a escrita naturalista simples e objetiva, porm
repleta
de descries e
de detalhes.
Os
naturalistas
observavam
os
Parnasianismo
O Parnasianismo nada mais do que o Realismo/Naturalismo na poesia. De
modo geral, o Naturalismoe o Parnasianismo fazem parte do Realismo, sendo
que o Naturalismo um Realismo mais cientfico e o Parnasianismo o
Realismo na poesia. Os trs movimentos aconteceram na mesma poca.
Ao contrrio dos romnticos do Romantismo (que eram movidos pelo excesso
de sentimentos e de emoes), os poetas do Parnasianismo gostavam da
linguagem rebuscada e racionalista, ou seja: eles gostavam da poesia mais
elaborada.
So caractersticas da poesia parnasiana: preocupao com a forma,
vocabulrio culto e formal, objetivismo, apego poesia clssica (com
referncias mitologia grega e romana), a "arte pela arte" (compara a poesia
como escultura, pintura ou qualquer outra arte), o gosto pela descrio
(poesias que descrevem os fatos, as cenas, os objetos).
Exemplo de poesia parnasiana:
Vaso Grego (Alberto de Oliveira)
Esta de ureos relevos, trabalhada,
De divas mos, brilhante copa, um dia,
J de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que o suspendia
Ento, e, ora repleta ora esvasada,
A taa amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas ptalas colmada.
Depois... Mas, o lavor da taa admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, s bordas
Finas hs de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada msica das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.
Observe que: o vocabulrio bem rebuscado e formal (busca pela perfeio
esttica), no existe o sentimentalismo dos romnticos (a poesia descritiva,
objetiva e racional), h diversas referncias cultura e mitologia clssica
("aos deuses servir", "vinda do Olimpo", "Teos", "Anacreonte"), "arte pela arte"
(a poesia tratada como o vaso; o vaso representa a poesia).
Principais Poetas do Parnasianismo: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e
Raimundo Correia.
Outras informaes: a poesia parnasianista foi o principal tipo de poesia do
sculo XIX. Isso significa que a poesia s era considerada poesia de verdade
se ela tivesse as caractersticas parnasianas (busca pela perfeio esttica,
formalidade, vocabulrio culto, etc).
Simbolismo
J vimos que o Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo foram
movimentos literrios que ocorreram na mesma poca, que eles reagiam
contra o sentimentalismo do Romantismo e que retratavam o mundo de modo
real, observando-o e o descrevendo exatamente como ele , sem emoo e
sem sentimento.
O Simbolismo foi um movimento literrio que reagiu contra essa forma
cientfica de ver o mundo, resgatando um pouco a segunda fase
do Romantismo (o Ultrarromantismo, o "mal do sculo"). Porm, os
simbolistas foram mais profundos no aspecto metafsico: eles eram muito mais
filosficos.
Caractersticas do Simbolismo: mergulho no "eu" (introspeco), emoo,
universo metafsico e filosfico, misticismo, desejo de transcender o mundo e
alcanar o "cosmos", pessimismo (interesse pela morte, pelo oculto, pelo
mistrio e pela noite), subjetivismo e decadncia humana (retoma as
caractersticas do Ultrarromantismo). Desse modo, eles viam a realidade do
mundo de uma maneira mais metafsica, usando uma linguagem cheia de
metforas, de imagens, de smbolos (da vem o nome "Simbolismo"), de
elementos sinestsicos (mistura de sensaes; exemplo: viso com olfato).
Principais Autores: Cruz e Souza e Eugnio de Castro.
Exemplo de texto simbolista:
Cavador do Infinito (Cruz e Souza)
Pr-Modernismo
Ao longo do sculo XIX a Literatura Brasileira foi caracterizada pelo Realismo,
pelo Naturalismo, peloParnasianismo e pelo Simbolismo. Depois de todos
esses movimentos literrios veio o Pr-Modernismo, um momento de
transio para o Modernismo.
O Pr-Modernismo no considerado uma escola literria (ou seja: um perodo
literrio com caractersticas prprias), mas sim uma fase de transio entre os
movimentos literrios do sculo XIX e XX, j que ele mistura, de modo
diversificado, as caractersticas do Modernismo, do Parnasianismo, do
Simbolismo e do Realismo.
De modo geral, so caractersticas do
movimentos literriosconservadores do
Parnasianismo) e modernos do sculo
linguagem
culta
e
coloquial,
brasileira,regionalismo, nacionalismo,
polticas e sociais.
Autores importantes:
Euclides da Cunha: escreveu Os Sertes.
Lima Barreto: escreveu Triste Fim de Policarpo Quaresma.
Monteiro Lobato: autor do Stio do Pica Pau Amarelo e do personagem Jeca
Tatu.
Modernismo
J estudamos que a Literatura Brasileira do sculo XIX foi caracterizada
pelo Realismo, peloNaturalismo, pelo Parnasianismo e pelo Simbolismo.
No sculo XX, surgiu um movimento que queria renovar o estilo da Literatura,
rompendo com a Literatura tradicional do sculo XIX (Realismo, Naturalismo,
Parnasianismo, Simbolismo), buscando, assim, inovaes modernas para o
novo sculo: o Modernismo (antes houve um momento de transio chamado
dePr-Modernismo). Os modernistas queriam uma Literatura livre, sem
"frmulas" e sem regras, sem palavras cultas e formais demais, sem o
rebuscamento do vocabulrio, sem a cultura tradicional e acadmica.
O Modernismo no Brasil comeou com a Semana de Arte Moderna de 1922,
que foi a reunio de vrios artistas (pintura, literatura, msica, arquitetura,
escultura, etc) de vrias tendncias artsticas que buscavam renovar as artes,
difundindo suas ideias e rompendo, assim, com a cultura tradicional e
conservadora do sculo XIX.
O Modernismo teve trs fases (geraes):
1 Gerao Modernista (1922 - 1930)
Os principais nomes dessa gerao foram: Manuel Bandeira, Oswald de
Andrade e Mrio de Andrade.
As principais caractersticas dessa gerao foram: linguagem livre (poesia sem
regras de rima e de mtrica), linguagem coloquial (livre de formalismos e de
palavras cultas), grias e at erros gramaticais (porque os erros de gramtica e
a linguagem coloquial a linguagem usada pelos brasileiros). Temas tratados
com irreverncia e ironia (bom-humor, piada, pardia), temas inspirados
no cotidiano das pessoas e poemas "relmpagos" (curtssimos e breves).
Claro que tudo isso irritava os mais conservadores e tradicionais.
Exemplo de texto modernista da primeira gerao:
Pronominais (Oswald de Andrade)
D-me um cigarro
Diz a gramtica
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nao Brasileira