Doutrina de Cristo

Doutrina de
Cristo
GILEADE CHURCH
Copyright © 2022 por Paulo Macedo - Brasil
Título: Doutrina de Cristo
2ª Edição
Edição e Revisão: Aurenice De Sousa Launay
Todos os direitos reservados – Expressamente proibido, copiar e reproduzir sob

quaisquer meios, sem autorização por escrito do Copyright©.
Macedo, Paulo
Doutrina de Cristo / Paulo Macedo. -- 2. ed. – Vila Velha, ES : Ed. Do Autor, 2022.
ISBN 978-65-00-46254-8
1. Doutrina – Ensinamentos - 2. Cristã (Cristianismo) - 3. Jesus Cristo - Aspectos re-

ligiosos – Cristianismo I. Título.
Primeira Impressão: 2021

SUMÁRIO
NOSSA FÉ ........................................................................................................................................................ 5
NOSSOS PRINCÍPIOS........................................................................................................................................ 9
NOSSA VISÃO, MISSÃO, OBJETIVOS, PROPÓSITOS E VALORES..................................................................... 12
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 19
LIÇÃO 1 - A TRINDADE................................................................................................................................... 21
LIÇÃO 2 - QUEM É JESUS CRISTO .................................................................................................................. 29
LIÇÃO 3 - FUNDADOS SOBRE A ROCHA:........................................................................................................ 35
LIÇÃO 4 - A MORTE FÍSICA E REDENTORA DE CRISTO JESUS ........................................................................ 43
LIÇÃO 5- PODER E REVELAÇÃO DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO .................................................................... 51
LIÇÃO 6 – BÊNÇÃOS DE CRISTO E TROCAS NA CRUZ I .................................................................................. 59
LIÇÃO 7 – BÊNÇÃOS DE CRISTO E TROCAS NA CRUZ II ................................................................................. 65
LIÇÃO 8 - COMO SE APROPRIAR DOS BENEFÍCIOS DA CRUZ ........................................................................ 73
LIÇÃO 9 - O SENHORIO DE CRISTO ................................................................................................................ 81
LIÇÃO 10 - O PODER DO NOME DE JESUS ..................................................................................................... 89
LIÇÃO 11 - A REVELAÇÃO E O PODER DO SANGUE DE JESUS ....................................................................... 97
LIÇÃO 12 - OS OFÍCIOS E FUNÇÕES DE JESUS CRISTO NO CÉU ................................................................... 103

Doutrina de Cristo
NOSSA FÉ
- DEUS ETERNO, o Criador, é o meu Deus e Pai, eu sou o Seu FILHO, logo, vou
honrá-lo e obedecê-lo.
- JESUS CRISTO, o Filho de Deus, é o meu Senhor e Salvador; eu sou o seu SERVO,
sendo assim, vou temê-lo e servi-lo.
- O ESPÍRITO SANTO é o meu Consolador e Guia, por isso, eu sou o seu DISCÍPULO,
por isso, eu o ouvirei e o seguirei.
"O filho honra o pai, e o servo o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha
honra? e se eu sou Senhor, onde está o seu medo? diz o Senhor dos Exércitos
a vós, ó sacerdotes, que desprezais o Meu nome. E vós dizeis: "Em que é que
desprezamos o Vosso nome?" Malaquias 1:6
“Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Con-
solador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei.” “Quando vier, porém,
Aquele, o Espírito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não
falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas
vindouras.” João 16:7,13.
Declaração de fé
1. A Bíblia
Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, infalível e imutável, de Gênesis a

Apocalipse: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a re-
preensão, para a correção e para a instrução na justiça” (2 Timóteo 3:16).
2. Um Deus Trino
Cremos em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, e que os três são Um: “E
Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” (1 João
5:7).
3. A divindade de Jesus Cristo
5
Escola de Princípios – Gileade Church
Acreditamos que Jesus Cristo é o único Filho de Deus, nascido de uma mulher virgem;
que Ele foi crucificado, morreu e ressuscitou ao terceiro dia; que Ele acendeu aos céus
e agora está sentado à direita de Deus Pai: “E eis que em teu ventre conceberás e
darás à luz um filho, e porás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado
filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; E reinará
eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. E disse Maria ao anjo:
Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondendo o anjo,
disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com
a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho
de Deus” (Lucas 1:31-35).
4. Salvação
Acreditamos que a salvação é obtida através do arrependimento sincero para com

Deus e da fé no Senhor Jesus Cristo; que ela é dada pela graça divina e não pelas
obras, depois de confessar Jesus como o Senhor e salvador de nossas vidas, pois
Ele é o único mediador entre Deus e os homens: “E em nenhum outro há salvação,
porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo
qual devamos ser salvos” (Atos 4:12); Porque há um só Deus, e um só Mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2:5); (Atos 20:21, Efésios
2:8-9, Romanos 10:9-10).
5. A ressurreição dos mortos e a vida eterna
Acreditamos na segunda vinda de Cristo para o Seu povo, que todos os mortos serão
ressuscitados (salvos e não salvos), que os cristãos que estiverem vivos serão arre-
batados por Jesus, e que todos passarão pelo julgamento de Deus. Os crentes terão
vida eterna com Jesus e os incrédulos serão ressuscitados para a condenação eterna:
“...Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e
com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”
(1 Tessalonicenses 4:13-17); (Daniel 12:1-2, Apocalipse 20:11-15).
6. Santificação
Acreditamos na santificação como um trabalho feito no espírito, que deve ser desen-
volvido progressivamente, na alma e no corpo de um filho de Deus: “Segui a paz com
todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14); (Ro-
manos 6:19-22).
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Doutrina de Cristo
7. Batismo
• Acreditamos no batismo no Corpo de Cristo, pelo qual a pessoa que aceita

Jesus tem um novo nascimento, se torna parte do Corpo de Cristo e de Sua vida
eterna;
• Cremos no batismo nas águas, como símbolo de identificação com a morte do

pecado e a ressurreição de Jesus, para a vida eterna: “De sorte que fomos sepultados
com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os
mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Ro-
manos 6:4); (Mateus 28:19-20);
• Cremos no batismo do Espírito Santo com a evidência de falar em outras lín-

guas, e que através desse batismo recebe o poder de ser uma testemunha de Jesus
para o mundo inteiro: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre
vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Sa-
maria, e até aos confins da terra” (Atos 1:8); (Atos 2:4, Marcos 16:17).
8. A imposição de mãos
Acreditamos que esta é uma das formas de transmitir a bênção, a cura e poder de
Deus de um ser humano para outro: “Os quais, tendo descido, oraram por eles para
que recebessem o Espírito Santo (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido;
mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus). Então lhes impuseram as
mãos, e receberam o Espírito Santo.” (Atos 8:15-17); (Atos 19:1-6, 1 Timóteo 4:14, 2
Timóteo 1:6).
9. Os cinco ministérios
Acreditamos nos cinco ministérios de Efésios 4:11: “E ele designou alguns para após-
tolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mes-
tres”, como dons de Deus para o Corpo de Cristo: apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres.
10. Ministérios do governo
Acreditamos que o apóstolo e o profeta são ministérios governamentais, que estabe-

lecem a fundação e a doutrina bíblica para a igreja: “O qual noutros séculos não foi
manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos
seus santos apóstolos e profetas” (Efésios 3:5).
11. O Governo apostólico
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Acreditamos no estabelecimento do governo apostólico na igreja local, tendo um após-

tolo como líder principal, um profeta como parte do governo, pastores e anciãos: “E
ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas,
e outros para pastores e mestres” (Efésios 4:11); “E ele designou alguns para após-
tolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mes-
tres” (Atos 14:23).
12. O Reino de Deus
Acreditamos no Reino de Deus como governo e na pessoa de Jesus Cristo como Rei,
o nosso Sumo Sacerdote e Apóstolo Maior, que são verdades máximas e absolutas
da nossa crença: Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus,
que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.” (Hebreus 4:14);
“Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está as-
sentado nos céus à destra do trono da majestade” (Hebreus 8:1); “Chamado por
Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hebreus 5:10), (He-
breus 6:20).
13. O poder curativo e libertador do Reino
Nós acreditamos no poder do Reino para curar os doentes, expulsar demônios e rea-
lizar milagres, sinais e maravilhas: “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu
nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se
beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre
os enfermos, e os curarão” (Marcos 16:15-18); (Mateus 12:28).
14. Fé
Acreditamos que sem fé é impossível viver uma vida agradável a Deus, e que através
dela, as promessas são herdadas: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galar-
doador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).
15. Pregar o Evangelho
Acreditamos que o grande favor de Deus nos capacita para pregar o Evangelho nos
quatro cantos da terra. Ex.: regional, nacional e global, por todos os meios disponíveis:
“E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas
as nações, e então virá o fim” (Mateus 24:14).
Anotações:
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Doutrina de Cristo
NOSSOS PRINCÍPIOS
OS VALORES DE NOSSA IGREJA APOSTÓLICA
A visão é fundada e sustentada em valores do Reino; caso contrário, não seguiria o

desígnio de Deus. Os valores que sustentam a nossa igreja apostólica são:
• Deus – Nós cremos que Ele é um Deus triuno:
Deus Pai, Deus Filho, e Deus Espírito Santo, que são três em Um. Nós o amamos
com toda a nossa alma, espírito e mente, e com toda a nossa força. Ele é a prioridade
do nosso amor, obediência e adoração, acima de todas as coisas. Se retirarmos Deus,
tiramos nossa própria vida. E Ele respondeu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o
teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de toda a tua mente; e ao
teu próximo como a ti mesmo” Lucas 10:27.
• A Família
Acreditamos na família como um elo principal no Reino de Deus, e no casamento entre

um homem e uma mulher, como a célula master da sociedade: “E criou Deus o ho-
mem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis
1:27).
• O valor da Palavra e do Reino de Deus
Acreditamos nas Escrituras como a verdade absoluta, total e inspirada por Deus, que
é o fundamento de nossas vidas: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e pro-
veitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Timóteo
3:16). Acreditamos em cada declaração, palavras e ordens escritas na Bíblia e nos
comprometemos a colocá-las em prática: “Por isso, tendo recebido um reino que não
pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente,
com reverência e piedade” (Hebreus 12:28). Também acreditamos que o Reino de
Deus é o governo invisível, absoluto e verdadeiro de Deus. Fazer Sua vontade é nossa
paixão e o nosso desejo. Acreditamos e praticamos seus valores, princípios, mentali-
dade e leis. A Palavra de Deus é eterna e inviolável, na qual não podemos acrescentar
ou tirar uma vírgula. A Palavra não está para ser questionada e sim obedecida.
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• Paixão pelo progresso
O desejo de Deus é que prosperemos em tudo. Portanto, o crescimento constante é

um valor para nós: amadurecer, progredir, ir para outras dimensões e níveis de fé,
visão, glória e bênção: “...Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas...” (3
João 1:1-2).
• O valor da transferência geracional
Acreditamos que nosso Deus é tri-geracional: o Deus de Abraão, Isaac e Jacó, e que
os pais têm a capacidade e a graça de Deus para transmitir a seus filhos espirituais e
naturais, tudo o que eles alcançaram: herança material, emocional e espiritual.
• O propósito
Acreditamos que todo ser humano nasceu e foi criado por Deus com um propósito; e
quando esse ser descobre o seu destino, se desenvolve e deixa um legado aqui na
Terra (Eclesiastes 3:11). “Existe uma coisa pior do que a morte: é uma vida sem pro-
pósito.”
Você é um ser espiritual que está tendo uma experiencia humana, e o êxito da
sua vida está associado ao propósito que Deus tem preparado para você,
neste mundo.
• O Caráter de Cristo
Acreditamos que o objetivo de todo homem e mulher aqui Terra é formar, cada vez
mais, dia após dia, o caráter de Jesus Cristo em sua vida. Ou seja, estar cheio de
bondade, integridade, humildade, temor a Deus, santidade e maturidade. Acreditamos
que Jesus é o modelo que devemos imitar, honrar, glorificar, adorar e seguir até que
Ele retorne (Romanos 8:29, Gálatas 4:19).
O papel da igreja
1. Evangelizar
Que cada crente apresente Jesus Cristo como o único Senhor e Salvador dos homens,
por todos os meios possíveis. Que cada crente, sem exceção, entenda que estamos
em dívida com os homens, e com grande paixão e toda ousadia fale do grande amor
de Deus, para que a humanidade receba a vida eterna que está em Jesus Cristo.
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Doutrina de Cristo
Pregar o Evangelho a toda criatura, local, nacional e mundial. "Ide por todo o mundo
e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15). Paulo afirma ser devedor do
evangelho (Romanos 1:14), relacionado ao seu chamado e ministério como apóstolo,
para pregar ao maior número de pessoas, pois esse era o seu dever como Cristão.
Ele também sabia que o seu tempo era curto, por isso, trabalhou incansavelmente e
aproveitava todas as oportunidades para pregar o evangelho e formar discípulos, que
deu sequência ao avanço da igreja primitiva.
2. Confirmar
Que cada novo crente possa ser confirmado em sua fé, para que seus fundamentos
sejam firmes e ele possa compreender corretamente a nova relação que se adquire
quando se toma a decisão de aceitar a Jesus Cristo; também é necessário que ele
compreenda o grau de compromisso que precisa ter para seguir a Jesus e permane-
cer firme n’Ele.
3. Fazer Discípulo
O propósito de todo cristão é fazer discípulos e reproduzir a doutrina de Cristo no co-

ração das pessoas, para adquirir uma disciplina até alcançar uma transformação,
abandonando hábitos e mentalidades prejudiciais, para experimentar plenamente a
renovação do entendimento: “E não sede conformados com este mundo, mas sede
transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis
qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2) até alcan-
çar os padrões de conduta cristã e uma ética, segundo a Palavra, a fim de receber a
verdadeira identidade, como filhos de Deus.
4. Restaurar
A vida cristã é um processo que todo crente passará por ele. Para alcançar a maturi-
dade esse é o método do crescimento espiritual e emocional. O cristão maduro pre-
cisa ser suporte para aqueles que estão no processo de restauração, e assim, cum-
prirá o seu propósito no Corpo de Cristo.
Crescer dói, mas esse é o caminho do evangelho genuíno, que é seguir as pi-
sadas do mestre.
“Porque para isto sois chamado, porque Cristo padeceu por nós, deixando-nos
o exemplo, para que sigais as suas pisadas.” 1 Pedro 2:21
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Enviar
Após cada crente ter sido treinado, capacitado e descoberto o seu propósito e voca-
ção, ele é encorajado a ser enviado para fazer a vontade de Deus, para continuar a
estender o Reino em outros lugares, equipado com as poderosas armas do Senhor
(Efésios 6:10-18), com a demonstração do poder do Espírito Santo, com o propósito
de saquear o inferno e povoar o céu.
NOSSA VISÃO, MISSÃO, OBJET IVOS, PROPÓSI-

T OS E VALORES
BREVE HISTÓRICO DE COMO NASCEU O MINISTÉRIO GILEADE
A Igreja Gileade nasceu no coração de Deus com um desígnio especial. Assim como
cada crente tem um plano e um propósito específico de Deus, esta igreja nasceu com
uma visão apostólica profética e uma missão do que Ele queria fazer através desse
ministério, de acordo com os Seus desígnios e projetos.
O ministério foi fundado pelos Apóstolos Paulo e Yara Macedo. A Igreja nasceu de um
pequeno grupo de pessoas que se reuniam em um apartamento, na cidade de Vila
Velha – ES. Em pouco tempo que o grupo se reunia nessa célula, Deus deu um sonho
profético ao apóstolo Paulo, no qual apareceu um anjo da parte do Senhor, trazendo
todos os detalhes sobre a igreja.
Nesse sonho, a mando de Deus, o anjo disse que esse ministério se chamaria
GILEADE, cuja visão seria resgatar os princípios da igreja primitiva e seguir a Sã
Doutrina até o fim, logo em seguida o anjo se retirou. “Quando o sonho foi
compartilhado com o grupo de irmãos, todos foram envolvidos com a glória de Deus.
Assim nasceu o ministério Gileade, em 15 de dezembro de 2001. Atualmente, temos

várias igrejas implantadas no Brasil e no mundo, e continuamos em processo de ex-
pansão, todavia, solidificados no mesmo propósito de resgatar os princípios da Igreja
12
Doutrina de Cristo
Primitiva, com a missão de que todos conheçam a Jesus e sejam enraizados na rocha,
que é Cristo.
Nos dedicamos arduamente para que possamos continuar a ser uma igreja viva, ser-
vindo a um Deus vivo, que tem Jesus como o fundador e cabeça, no qual Ele é auto-
ridade absoluta e suprema, regida pela Sagrada Escritura.
Base bíblica da igreja apostólica Gileade
• Temos a visão e missão de resgatar os princípios da igreja primitiva, conforme

Atos 2:42-46: “Comunhão, temor, santidade, oração, sinais e maravilhas, culto
no templo e nas casas” (Atos 5:42).
• Cremos nos cinco ministérios que o Senhor Jesus deu para o aperfeiçoamento
dos santos, para a edificação do corpo de Cristo, conforme Efésios 4:11: “E ele
designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas,
e outros para pastores e mestres”; e 1 Coríntios 12:28: “Assim, na igreja, Deus
estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro
lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dom de curar, os
que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que
falam diversas línguas”.
• Caminhamos na visão profética, baseado na promessa de Joel 2:28: "E, depois

disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e
as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão vi-
sões” e na palavra do Senhor Jesus Cristo, em João 14:12, que diz: “... aquele
que crê em mim fará obras ainda maiores...”; onde trabalhamos como instrumen-
tos (Servos) nas mãos do Senhor, com a finalidade de transformar e curar a sua
igreja. Já estamos experimentando alguns sinais de avivamento e da shekinah
do Senhor, edificar a igreja para ser excelência e formosura na terra (Salmo
50:2), e ser instrumento de restauração da noiva de Cristo (Efésios 5:27): “E fez
isso para também pode trazer para perto de Si a igreja, em toda a sua beleza,
pura e perfeita, sem manchas, rugas ou qualquer outro defeito”.
• Cremos no cuidado do corpo da igreja, através dos pequenos grupos reunidos

em casas, conforme a palavra: “E todos os dias no templo, bem como de casa
em casa, não deixavam de ensinar que Jesus Cristo é o Messias” (Atos 5:42);
13
• Cremos que acrescido aos cinco ministérios, temos o ministério do Bispo como
ferramenta eficaz para a coordenação de igrejas, presbitério, departamentos e
líderes de células, que são discipuladores daqueles que o Espírito Santo, dia a
dia, acrescenta à igreja.
Antes de podermos compreender plenamente nossa visão e missão, devemos saber

o que é visão.
O que é visão?
É a perspectiva de Deus para o futuro; é uma janela para o amanhã. Isso significa
que se tivermos visão, teremos um futuro; caso contrário, se não tivermos visão, não
teremos nada para os anos vindouros.
Quando temos visão, podemos viver pela fé. A fé nos permite visualizar o que está no
futuro e esperar o que Deus tem reservado para nós, no futuro. Em Hebreus 11:1:
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas
que se não veem”. Ao longo de todo o capítulo 11, o escritor aos hebreus fala sobre
a fé. Ela é a expectativa de algo que se espera, todavia, sem fé é impossível ter ex-
pectativa.
Por que precisamos de visão?
A Bíblia, na Versão Amplificada, em Provérbios 29:18 diz: "Onde não há visão [ne-
nhuma revelação de Deus e de Sua palavra], o povo é incontrolável [perece]”. Se não
tivermos visão, não saberemos o que fazer, quando como fazê-lo. Nossa produtivi-
dade no Reino está ligada à visão de Deus. Precisamos de visão porque se não tiver
a visão, todos farão o que acharem melhor e não haverá ordem. A ordem vem quando
a visão é estabelecida. Se não tivermos a visão, não teremos ordem. Se tivermos a
visão de Deus, consequentemente, teremos a ordem do Senhor.
Oséias 4:6 nos diz: "Meu povo é destruído por falta de conhecimento [de Minha lei,
onde eu revelo a Minha vontade]" AMP. Simplesmente, sem visão, que é o conheci-
mento da vontade de Deus para nossas vidas, pereceremos e seremos destruídos.
Quando não temos visão...
1. Teremos um sistema O sistema é humano, a visão é de Deus. O sistema é o

homem no controle; a visão é Deus no comando. O que está no controle estabelece
os limites.
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Doutrina de Cristo
2. Buscaremos substitutos
Quando não temos a visão, buscamos substitutos com a intenção de preencher

aquele vazio que só Deus e a Sua visão podem preencher. Os substitutos não produ-
zem transformação. Podemos mencionar alguns substitutos que algumas igrejas têm
procurado, atualmente:
• Os administradores substituíram os apóstolos e os profetas;
• A razão e o otimismo substituíram a fé;
• A complacência (o pragmatismo) substitui o poder de Deus;
• As tradições e os costumes substituíram os princípios;
• A informação substituiu a divulgação;
• A experiência substituiu o Espírito Santo;
• A religião substituiu a relação;
• O aconselhamento substituiu a entrega;
• O entretenimento substituiu a adoração;
• O carisma substituiu o caráter;
• A conformidade substituiu a transformação.
3. Teremos uma ambição
A visão de Deus sempre nos beneficiará e nos levará a amar a outras pessoas. A
visão é realizada sob a orientação do Espírito Santo, mas a ambição é impulsionada
pelo "eu" (ego). A ambição não pode ser transmitida, a visão sim. A ambição tem
interesses pessoais e serve a si mesma, é egoísta, divide-se, e se autopromove. Em
contraste, a visão tem uma paixão por ajudar, se tornar apto para capacitar outras
pessoas.
A autenticidade de uma visão de Deus é o que funciona e permanece em tempos

difíceis.
4. Teremos uma divisão
Como resultado de não termos visão, teremos uma divisão, que, geralmente, é movida
pela ambição. Divisão é uma palavra composta por: "dois, duplo" e “visão”, ou seja,
dupla visão. A divisão ocorre quando há uma visão humana, que é diferente da visão
de Deus. É por isso que é necessário que cada líder do Ministério Gileade conheça,
15
ensine e pratique a visão que Deus deu aos apóstolos Paulo e Yara Macedo, caso
contrário, ele será o próximo que deixará a igreja, ou pior, a dividirá: “Quando quebra-
mos um princípio, o princípio nos quebra.”
"Vós que dissestes em vosso coração: 'Subirei ao céu, exaltarei meu trono
acima das estrelas de Deus e sentar-me-ei no monte da congregação, nos lados
do norte; subirei acima das alturas das nuvens, e serei como o Altíssimo.” Isaías
14:13-14
A divisão é o próprio espírito de Lúcifer. Ele teve uma visão diferente de Deus e pro-
curou tomar o lugar Altíssimo. O espírito de divisão visa tomar o lugar de sua autori-
dade. Além disso, este espírito nunca vai embora sozinho, mas sempre leva mais
alguém consigo, que são os amotinados. Lúcifer colocou um terço dos anjos contra
Deus.
Em Daniel 8:10 diz sobre Lúcifer: "E ele era grande para o exército do céu, e parte
do exército e das estrelas que ele lançou para baixo, e os pisoteou”. Além disso, isto
é confirmado sobre o Dragão (Satanás), que levou uma parte dos anjos com ele, em
sua queda: "E sua cauda desenhou a terceira parte das estrelas do céu, e lançou-as
ao chão..." (Apocalipse 12:4).
Quando ensinamos a visão e a colocamos em prática, fechamos a porta da divisão.
Visão da igreja ministério Gileade

Ser uma igreja viva, sem fins lucrativos, que busca a comunhão dos santos, tendo
como autoridade absoluta e suprema o Senhor Jesus Cristo, regida pelas Sagradas
Escrituras do Antigo e Novo Testamento.
"Ser uma igreja capaz de apresentar cada homem perfeito em Cristo Jesus, atra-
vés da admoestação e do ensino em toda a sabedoria." Colossenses 1:28
Fomos chamados para apresentar diante de Deus, perfeitos em Cristo Jesus a todos
os homens, isto é, para que cada crente desenvolva o caráter de Cristo em sua vida,
para amadurecer e ser como Cristo, através de admoestações e ensinamentos, em
toda a sabedoria. O objetivo é que possamos dizer o que o apóstolo Paulo disse: "Eu
16
Doutrina de Cristo
vivo, e não sou mais eu, mas Cristo vive em mim" Gálatas 2:20. Gálatas 5,22-23 revela
que o fruto do Espírito Santo é o caráter de Cristo (Filipenses 3:10, 14-15,17; 1 Corín-
tios 11:1).
Qual é a nossa missão?
Resgatar os princípios da Igreja Primitiva e ver Deus tocar e sarar a nossa geração,
através do Bálsamo da Cura. Trabalhamos como instrumentos “Servos” nas mãos do
Senhor, com a finalidade de transformar e curar a Sua igreja; edificar a Igreja para ser
a excelência e formosura na terra (Salmo 50:2); ser instrumento de restauração da
Noiva de Cristo: “E fez isso para também para poder trazer para perto de Si a igreja
em toda sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, rugas ou qualquer outros defeitos”
(Efésios 5:27).
Nossa missão também é cumprir a Grande Comissão através de: Evangelizar, Confir-
mar, Discipular, Restaurar e Enviar cada crente, para cumprir o seu chamado (voca-
ção e ministério) e propósito, em Deus. Fomos chamados a pregar as boas novas do
Evangelho do Reino de Deus a todas as pessoas; depois confirmar, alimentar, curar,
libertar, restaurar, discipular, equipar e aperfeiçoar, para que cada indivíduo que co-
nheceu a Jesus, amadureça e sirva para a expansão do Reino de Deus.
"Ide, pois, e fazei discípulos a todas as nações..." Mateus 28:19
- Evangelizar
Levar as boas novas do Reino de Deus aos pobres de espírito, aos desanimados, aos
cativos, aos cegos, aos oprimidos, aos doentes e a cada pessoa da face da terra, por
todos os meios disponíveis.
- Confirmar
Conduzir todos os cristãos para ser um discípulo de Cristo e um líder com uma lide-
rança no Reino de Deus, baseando-se nos valores do Reino e na doutrina apostólica;
renovando sua mente em Cristo (Hebreus 12:1), para que o seu ser se transforme na
íntegra: espírito, alma e corpo.
- Fazer Discípulo (ou discipular)
Treinar, equipar, aperfeiçoar e ajudar cada discípulo a descobrir e cumprir o propósito,

o chamado e a vontade de Deus para a sua vida; levando-o a conhecer sua identidade
de filho, com direitos, privilégios, herança, assim como as suas responsabilidades no
Reino de Deus.
17
- Restaurar
Acreditamos que todo crente tem um propósito dado por Deus, que ele foi criado à
Sua imagem e semelhança, mas por causa do pecado, o projeto original de Deus foi
corrompido e perdido com o tempo. Portanto, é necessário que o homem seja restau-
rado e restabelecido a esse projeto original. Essa restauração ocorre no âmbito espi-
ritual, ministerial e pessoal. Entendemos também que a restauração pode ocorrer em
qualquer ponto de nossa missão.
- Enviar
Encarregar cada discípulo a fazer a vontade de Deus, para chegar ao seu destino
profético, levando o Reino para onde quer que ele vá. Enviar líderes com armas po-
derosas para estender o Reino de Deus pela força, expulsando demônios, curando os
doentes, realizando sinais, milagres, maravilhas e prodígios; ressuscitando os mortos,
pregando, ensinando e profetizando os mistérios do Reino, para causar uma reforma
e um impacto na sociedade. Tudo isso, com o objetivo final de transferir um legado de
bênçãos, prosperidade e justiça para as próximas gerações.
Objetivo global
Estabelecer o Reino de Deus na Terra, através da expansão da igreja. Estar em cons-

tante expansão, implantando novas igrejas e alargar as fronteiras no Brasil e no
mundo, porém, sempre fundamentados no mesmo propósito, que é resgatar os prin-
cípios da igreja primitiva e fazer Jesus conhecido a toda humanidade. Ser uma igreja
viva, que tem Jesus como Cabeça.
Nosso propósito
Levar cada pessoa a viver uma vida de santidade e adoração, tendo um relaciona-
mento íntimo com Jesus, dia após dia, para ser um discípulo de Cristo.
Nossos valores
Nosso maior valor é servir, pois Jesus, o nosso Senhor, tomou a forma de servo e
deixou o grande exemplo para a humanidade. Em Gileade, todos podem servir com
àquilo que sabem, um ajudando o outro!
18
Doutrina de Cristo
INT RODUÇÃO
"Portanto, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai n'Ele, enraiza-
dos e edificados n'Ele, e estabelecidos na fé, como fostes ensinados, abun-
dando em ação de graças.” Colossenses 2:6-7
Cada novo crente, depois de ter experimentado uma verdadeira conversão, deve ba-
sear sua vida na pessoa e nos ensinamentos de Jesus Cristo.
Por quê?
Em primeiro lugar, em Efésios 2:19-22: “Assim, já não sois estrangeiros, nem foras-
teiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus” , descobrimos que somos
agora concidadãos dos céus e membros da família de Deus; e por isso, devemos
construir sobre o fundamento dos apóstolos e profetas (a Bíblia: Antigo e Novo Tes-
tamento), sendo o próprio Jesus Cristo a principal pedra angular.
Em outras palavras, o novo crente deve conhecer os fundamentos da sua vida; uma
vez que a vida cristã está cheia de conflitos, aflições, medos, dúvidas, tempestades,
... Todavia, se a sua vida estiver fundamentada na pessoa de Jesus, o novo convertido
poderá obter a vitória, face a toda a adversidade:
"Se alguém ouvir estas minhas palavras e as fizer, vou compará-lo a um homem
sábio que construiu a sua casa sobre a rocha. E a chuva desceu, e vieram as
cheias, e os ventos sopraram, e bateram naquela casa; e ela não caiu, porque
estava fundada sobre a rocha. Mas quem ouvir estas minhas palavras e não as
fizer, compará-lo-ei a um homem tolo que construiu a sua casa sobre a areia; e
a chuva desceu, e vieram as cheias, e os ventos sopraram, e bateram naquela
casa, e ela caiu, e grande foi a queda. Mateus 7:24-27
A segunda razão, podemos vê-la em 2 Pedro 3, que somos advertidos que todo o
cristão é ameaçado pelos erros doutrinários de pessoas más, por isso, não devemos
19
permanecer na ignorância para não sermos enganados e afastados por eles. O novo
crente deve "crescer" na graça e no conhecimento do seu Senhor e Salvador, para
que seja "fundamentado e enraizado" na rocha, que é sobre a pessoa de Jesus Cristo.
"Por isso, vós, amados, sabendo isto de antemão, temei que vos deixeis levar
pelo erro do ímpio, e que caiais da vossa própria firmeza. Mas crescei na graça
e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória
agora e para o dia da eternidade. Amém!” 2 Pedro 3:17-18
Apóstolos Paulo e Yara Macedo
20
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 1 - A TRINDADE
Através de todo o estudo da Santa Trindade, compreende-

remos que Deus se manifestou em três pessoas, não como
OBJETIVOS
três deuses independentes, mas como um Deus verda-
deiro em três pessoas, onde cada um trabalha em mútuo
➢ Permitir que o acordo e cooperação. Fazem-no sob um só propósito,
estudante compre- sendo assim Três em Um.
enda a importância
da Trindade.
"Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, bati-
zando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo." Mateus 28:19
A doutrina do Deus Trino
A. Deus é espírito: "Deus é Espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em

espírito e em verdade” (João 4:24).
1. Não se pode ver o que é o Espírito, Ele é invisível: "Ninguém jamais viu a Deus;
o Filho unigênito, que está no seio do Pai, deu-o a conhecer” (João 1:18).
2. Podeis ver que existe um Deus pelo que Ele é feito: "Porque do céu se revela a
ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em
injustiça; porque o que é conhecido de Deus é-lhes manifesto; porque Deus lho deu a
conhecer. Pois as coisas invisíveis dele, o seu poder eterno e divindade, são clara-
mente vistas desde a criação do mundo, sendo compreendidas pelas coisas que são
feitas, de modo que não têm desculpa” (Romanos 1:18-20).
B. Deus é imortal: "Portanto, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus
sábio, seja a honra e glória para todo o sempre. Amém” (1 Timóteo 1:17).
C. Deus é onipresente: Ele está presente em todos os lugares, ao mesmo tempo:

"Para onde irei eu do vosso Espírito? E para onde fugirei da vossa presença? Se eu
subir aos céus, ali Tu estás; e se eu fizer a minha cama no Sheol, eis que também
21
estás lá. Se eu tomar as asas da manhã, e habitar nas partes mais altas do mar,
mesmo aí a tua mão me guiará, e a tua mão direita me segurará” (Salmo 139:7-10).
D. Deus é onipotente: Ele é Todo-Poderoso, Ele pode fazer tudo o que é huma-
namente impossível: "E Jesus olhou para eles, e disse-lhes: para os homens isto é
impossível; mas para Deus todas as coisas são possíveis” (Mateus 19:26).
E. Deus é onisciente: “Sabes Tu como ficam suspensas as nuvens nos céus,

essas maravilhas daquele que detém o pleno conhecimento?” (Jó 37:16).
A doutrina da Trindade
Em Mateus 28:19-20 diz: "Ide, pois, e ensinai todas as nações, batizando-as em nome
(singular, não nomes: Deus é um) do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
Em 2 Coríntios 13:14: "A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus, e a comu-
nhão do Espírito Santo, estejam convosco. Amém".
Em 1 Pedro 1:2: "Escolhido segundo a presciência de Deus Pai na santificação do

Espírito, para obedecer e ser aspergido com o sangue de Jesus Cristo".
A. Definição de Trindade
A palavra trindade não é literalmente encontrada na Bíblia. Esta palavra foi introduzida
por causa das manifestações trinas de Deus encontradas nos relatos bíblicos. É uma
palavra descritiva de um conceito encontrado dentro da Bíblia que descreve uma ver-
dade sobre Deus. Significa a união de três partes em uma, e qualquer combinação
dos três faz uma parte.
Na teologia, é o termo que designa o Deus Único, Vivo e Verdadeiro que subsiste em
três pessoas distintas, que estão perfeitamente unidas em Um: Pai, Filho e Espírito
Santo.
A palavra trindade não foi revelada no Antigo Testamento, mas existem pistas nas
Escrituras, tais como a palavra Elohim: que é uma palavra no plural.
"E Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem, à nossa semelhança: e que
tenham domínio sobre os peixes do mar, e sobre as aves do ar, e sobre o gado,
e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se arrasta sobre a terra.” Gênesis
1:26
• A Bíblia é uma revelação progressiva
22
Doutrina de Cristo
Os santos do Antigo Testamento conheciam a doutrina de Deus. Eles tinham a Lei e

o que Deus lhes revelou: Deus é um só: "Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é um
só” (Deuteronômio 6:4).
B. O conceito da Trindade foi revelado pelo próprio Jesus Cristo
- Ele revelou a existência de três pessoas divinas que constituem o único Deus;
- Ele revelou o Pai, o Filho, e o Espírito Santo;
- Revelado historicamente: "Então Jesus veio da Galileia a João, no Jordão, para ser
batizado por ele. Mas João se opôs, dizendo: 'Preciso de ser batizado por ti, e vens
ter comigo? Mas Jesus respondeu-lhe: 'Permite que assim seja agora, pois assim nos
convêm cumprir toda a justiça. Depois deixou-o. Então Jesus, depois que foi batizado,
saiu imediatamente da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus
descendo como uma pomba e vindo sobre ele. E havia uma voz do céu, que dizia:
"Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:13:17).
C. Deus é Um
1. Os três estão unidos em perfeita unidade e propósito: "Porque há três que dão
testemunho no céu, o Pai, o Verbo e o Espírito Santo: e estes três são um só” (1 João
5:7).
Os três trabalham sempre juntos com o mesmo objetivo e nunca atuam sozinhos. O
Pai perdoa, o Filho intercede e o Espírito Santo regenera.
2. Os três possuem todos os atributos de Deus:
O Pai possui todos os atributos e é perfeito. O Filho e o Espírito Santo são como o
Pai, coexistem em perfeita união e nunca existem separadamente. Um são três e Três
é Um.
D. Deus é Triuno
1. Todos estão um no outro;
2. Três pessoas diferentes com diferentes ofícios, mas com o mesmo objetivo:
• O Pai - Ele é o planejador e criador: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso

Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares
celestiais em Cristo” (Efésios 1:3).
23
• O Filho - é a Palavra, o executor: Ele põe o plano em ação. Ele executou o

plano de redenção: "Eu glorifiquei-te na terra; terminei o trabalho que me deste para
fazer” (João 17:4).
• O Espírito Santo - Ele é o revelador: Ele revelou a criação e o plano de re-

denção através da Palavra: "Mas quando Ele, o Espírito da verdade, vier, Ele guiar-
vos-á a toda a verdade: porque não falará de Si mesmo; mas tudo o que Ele ouvir, Ele
falará; e Ele mostrar-vos-á as coisas futuras” (João 16:13).
As Características da Divindade são partilhadas pelo Pai, Filho e o Espírito Santo.

Vejamos o seguir.
Ensinamentos bíblicos revelando a Trindade – a fórmula da Trin-

dade:
1. O Pai é Deus;
2. O Filho é Deus;
3. O Espírito Santo é Deus;
4. Há um só Deus.
A fórmula da Trindade é bíblica que Deus nos ensina

1. O Pai é Deus: A Bíblia ensina que existe um só Deus, o Pai: "E agora, ó Senhor,
tu és o nosso Pai; nós somos o barro, e tu nos formaste; por isso somos todos obra
das tuas mãos” (Isaías 64:8).
2. O Filho é 100% homem e Deus: A Bíblia ensina que Jesus Cristo é Deus. Deus,
o Filho, Jesus Cristo, combina a natureza divina e humana numa só união. Deus, o
Pai, enviou Jesus Cristo à terra na forma humana, ao mesmo tempo, mantendo a Sua
natureza divina: "Porque nele habita toda a plenitude do corpo da divindade" (Colos-
senses 2:9).
"No princípio era o Verbo (a Palavra), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus." João 1:1
"Porque para nós nasceu um menino, para nós foi dado um filho; e o governo
estará sobre os seus ombros; e o seu nome será chamado Maravilhoso, Conse-
lheiro, O Deus poderoso, O Pai eterno, O Príncipe da Paz.” Isaías 9:6
24
Doutrina de Cristo
3. O Espírito Santo é Deus: A Bíblia ensina que o Espírito Santo é Deus. Em várias
passagens, menciona o Espírito de Deus com qualidades pessoais. O Espírito Santo
é parte da natureza trina de Deus, mas o Espírito Santo também tem uma personali-
dade individual.
"Então disse Pedro, Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que
mentisses ao Espírito Santo, e tirasses o preço da herança? Segurá-lo, não lhe
foi deixado? e vendido, não estava em seu poder? por que pôs isto no seu co-
ração? não mentiu aos homens, mas a Deus." Atos 5:3-4
4. O Pai não é o Filho: A Bíblia não diz que o Pai não é o Filho, mas dá a entender.
Há passagens que dão a entender que o Filho é o Pai, no sentido de que ambos são
Deus e Deus é um só: "Filipe disse-lhe: 'Senhor, mostra-nos o Pai, e será suficiente
para nós. Jesus disse-lhe: "Estou há tanto tempo contigo, e ainda não me conheces,
Filipe? Quem me viu, viu o Pai; como dizes então: "Mostra-nos o Pai" (João 14:8-9)?
Jesus dá a entender que Ele está no Pai e o Pai está Nele. O profeta Isaías profetizou
que o Messias seria um bebê humano e que o seu nome seria o Emanuel – Deus
conosco. Mas a Bíblia mostra muitas passagens de conversas entre o Pai e o Filho,
que mostram que são diferentes quando interagem um com o outro; há também vários
ensinamentos bíblicos sobre o Pai e o Filho, que os diferenciam ao mencionar os dois:
"Estas coisas falou Jesus, e levantou os seus olhos ao céu, e disse: Pai, é chegada a
hora: glorifica o teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique; como tu lhe deste
poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida
eterna é esta: que te conheçam o único Deus verdadeiro, e Jesus Cristo a quem en-
viaste. Eu glorifiquei-te na terra; terminei a obra que me deste para fazer. Agora, pois,
Pai, glorifica-me aos teus olhos, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo
fosse” (João 17:1-5)
Podemos ver no texto acima, que ele fala do Pai e do Filho como sendo diferentes,
mas partilhando a mesma glória.
5. O Filho não é o Espírito Santo: A Bíblia também não diz que o Filho não é o
Espírito Santo, mas aponta para isso, pois o Filho, Jesus Cristo, diz em João 15:26:
"Mas quando vier o Consolador, que eu vos enviarei do Pai, o Espírito da verdade,
que procede do Pai, ele testemunhará de mim". Cristo não disse que Ele próprio viria
como o Espírito Santo. Mais uma vez, as pessoas da Trindade são diferenciadas.
"Mas quando vier o Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade; por-
que não falará com a sua própria autoridade, mas somente o que ouvir, e vos
25
anunciará as coisas que estão para vir. Ele me glorificará, porque tomará o que
é meu e vos fará saber. Tudo o que o Pai tem é meu. É por isso que vos disse
que o Espírito tomará do que é meu.” João 16:13-15
Nota-se que o Filho iria embora, mas Ele deixaria o Espírito Santo, a quem o Pai
enviaria. O Espírito Santo também glorifica a Jesus.
6. O Espírito Santo não é o Pai
"Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-
vos-á todas as coisas e trará à vossa memória tudo o que vos tenho dito.” João
16:5
“Agora vou voltar para aquele que me enviou. É vantajoso para vós que eu vá
embora, pois se eu não me for embora, o Ajudador não virá até vós; mas se eu
for embora, eu o enviarei até vós. E quando ele vier, condenará o mundo do seu
erro no que diz respeito ao pecado, à justiça e ao juízo; no que diz respeito ao
pecado, porque vós não credes em mim; no que diz respeito à justiça, porque
eu vou para o Pai e vós já não me podeis ver.” João 16:7-10.
7. Só existe um Deus: O ensinamento central de Deus para Israel sempre foi que
Deus é um e não há outro Deus além d'Ele.
- Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus, o Senhor é um só;
- "Tu acreditas que Deus é um; tu fazes bem...";
- "Assim diz o Senhor: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, além de mim não
há Deus.” Isaías 44:6;
- "Vós sois minhas testemunhas, diz o Senhor, e meu servo a quem escolhi, para
que me conheçais e creiais, e entendais que eu sou ele; diante de mim não se
formou nenhum deus, nem será depois de mim” Isaías 43:10.
A doutrina histórica da Trindade afirma que existe apenas um Deus, e que Deus é Um
em essência e em Três pessoas.
Conclusão:
Vimos que Deus é Onipotente, Onipresente e Onisciente; no Novo Testamento é re-

velado que Deus é uma Trindade. Ele é Um, mas também Três pessoas distintas. Eles
também agem em conjunto e nunca sozinhos.
26
Doutrina de Cristo
Quanto mais claro tivermos este conhecimento da Trindade de Deus, mais fundamen-
tados estaremos na nossa convicção e ninguém poderá vir até nós com crenças erra-
das sobre esse assunto, porque temos o apoio bíblico que nos mantém firmes no que
acreditamos.
Pondo em prática a lição

1. Faça uma oração com convicção, com base na crença e fé na Trindade.
Anotações:
27
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 2 - QUEM É JESUS CRIST O
1. QUEM É JESUS?
OBJETIVOS "Quando Jesus entrou na região de Cesaréia de Fi-
➢ Que o estudante lipe, perguntou aos seus discípulos, dizendo: 'Quem
tenha uma nova e dizem os homens que é o Filho do Homem? Simão
pessoal revelação
Pedro respondeu e disse: 'Tu és o Cristo, o Filho do
de Jesus Cristo.
Deus vivo.'” Mateus 16:13-16
A pergunta de Jesus mostra o seu interesse em saber o que as pessoas pensavam

sobre Ele. Sem dúvida, é muito importante e necessário que a humanidade saiba tudo
sobre a pessoa de Jesus, o verdadeiro Deus; mas acima de tudo, ter o conhecimento
correto sobre Ele.
O que significa jesus, o filho de Deus?

Vejamos algumas definições e conceitos sobre a pessoa de Jesus.
A. Deus manifestado, na forma humana
Jesus não é o Filho de Deus, no mesmo sentido em que percebemos um pai e o

seu filho humano. Deus não se casou e teve um filho. Jesus é o Filho de Deus no
sentido de que Ele é Deus, manifestado na forma humana.
"No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus...
E o Verbo foi feito carne, e habitou entre nós, (e vimos a sua glória, a glória como
do único gerado do Pai,) cheio de graça e verdade” João 1:1 e 14.
Jesus é o Filho de Deus, assim que foi concebido pelo Espírito Santo. Lucas 1:35
declara: "E o anjo respondeu-lhe: O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo
te cobrirá; pelo que também o Santo, que há de nascer, será chamado Filho de Deus.”
Nos tempos bíblicos, a frase "filho do homem" era usada para descrever um ser hu-
mano. O filho de um homem é apenas um homem.
B. Ter a mesma natureza que Deus
29
"Mas Jesus permaneceu em silêncio. E o sumo sacerdote disse-lhe: Eu te con-

juro pelo Deus vivo, que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Disse-lhe
Jesus: Tu assim o disseste; e ainda mais vos digo que doravante vereis o Filho
do homem sentado à direita de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu. Então o
sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: 'Ele blasfemou! Que mais pre-
cisamos nós de testemunhas? Vede, ouvistes a sua blasfémia. O que pensais
vós? E eles responderam e disseram: "Ele é culpado de morte." Mateus 26:63-
66
"Os judeus responderam-lhe: Nós temos uma lei, e segundo a nossa lei ele deve
morrer, porque ele se fez o Filho de Deus." João 19:7
Nesses versículos, descobrimos que durante o julgamento de Jesus pelos líderes ju-
deus, Ele foi condenado por se chamar a si próprio Filho de Deus. Porque se declarar
e afirmar ser o Filho de Deus seria considerado uma blasfémia digna da pena de
morte? Os líderes judeus compreenderam exatamente o que Jesus quis dizer com a
frase "Filho de Deus". Ser o "Filho de Deus" significa ter a mesma natureza que Deus.
O "Filho de Deus" é "parte de Deus", afirmar ser da própria natureza de Deus, de fato,
era "ser o próprio Deus" e era uma blasfêmia para os líderes judeus; por isso, exigiram
a morte de Jesus. Hebreus 1:2-3 exprime essa verdade muito claramente: "Nestes
últimos dias, Ele falou-nos pelo Seu Filho, a quem Ele nomeou herdeiro de todas as
coisas, através de quem também fez o universo; sendo o brilho da Sua glória e a
imagem expressa da Sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do Seu
poder, tendo Ele mesmo feito a purificação dos nossos pecados, sentou-se à destra
da Majestade nas alturas".
O que significa Jesus, o filho do homem?

A. É o Messias esperado
Jesus é chamado de "Filho do Homem" 88 vezes no Novo Testamento. O que isso

significa? A Bíblia não diz que Jesus era o Filho de Deus? Como pode Jesus também
ser o Filho do Homem? O primeiro significado da frase "o Filho do Homem" está em
referência à profecia de Daniel: "Vi na visão da noite, e eis que um como um filho do
homem veio nas nuvens do céu, e chegou ao Ancião dos dias, e o trouxeram à sua
frente. E a ele foi dado domínio, e glória, e o reino, para que todos os povos, nações
e línguas o servissem: o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu
reino um reino que não será destruído” (Daniel 7:13-14).
30
Doutrina de Cristo
A descrição "Filho do Homem" era um título messiânico. Jesus é Aquele a quem foi
dado o domínio, a glória e o reino. Quando Jesus usou esta frase em relação a Si
próprio, estava a atribuindo a Si próprio a profecia do "Filho do Homem".
"Quando Jesus entrou na região de Cesaréia de Filipe, perguntou aos seus dis-
cípulos, dizendo: 'Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?" Mateus
16:13
Os judeus da época devem ter ficado intimamente familiarizados com a frase e a quem
ela se referia. Ele estava proclamando a si próprio como o Messias.
B. É ter uma natureza humana
O segundo significado da frase "Filho do Homem" é porque Jesus era verdadeira-

mente um ser humano. Deus chamou ao profeta Ezequiel "filho do homem" 93 vezes.
Deus estava simplesmente chamando Ezequiel um ser humano. Um filho do homem
é um homem. Jesus era totalmente Deus.
"No princípio era a Palavra (verbo), e a Palavra (verbo) estava com Deus, e a
Palavra (verbo) era Deus". João 1:1
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, (e vimos a sua glória, a glória como
do único gerado do Pai,) cheio de graça e verdade. João 1:14
Em 1 João 4:2 diz: "Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que con-
fessa que Jesus Cristo veio em carne e osso é de Deus.” Sim, Jesus é o Filho de
Deus. Ele era em essência Deus. Sim, Jesus era também o Filho do Homem. Era, na
sua essência, um ser humano. Em suma, a frase "Filho do Homem" indica que Jesus
é o Messias e que Ele é verdadeiramente um ser humano.
Agora vejamos o nome de Jesus e o título de Cristo; por outras palavras:
Quem é Jesus Cristo?

"Mas estas foram escritas para que acredites que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus, e para que ao acreditares que podes ter vida em seu nome." João 20:31
Portanto, ele era também um ser humano. A palavra "Jesus Cristo" está cheia de sig-
nificado. É uma combinação de duas palavras: Jesus e Cristo. Vejamos primeiro:
O que significa o nome “Jesus”?
31
Jesus é a forma grega de um nome comum em hebraico. O nome que conhecemos

em inglês como Joshua é o mais próximo do hebraico, Yeshua.
O nome Jesus (Joshua ou Yeshua) significa "Jeová salva" ou "O Salvador". Em Ma-
teus 1:20-21 está muito claro porque o Seu nome é Jesus: é porque Ele é o Salvador
do Seu povo: "E enquanto ele pensava nestas coisas, eis que um anjo do Senhor
lhe apareceu num sonho, e lhe disse: José, filho de Davi, não temas tomar para
ti Maria, tua mulher; porque o que nela é concebido é do Espírito Santo. Ela dará
à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus
pecados.
O que significa Cristo?

Cristo não é um nome, é um título! A palavra também tem uma forma em hebraico: "o
Messias". Cristo é uma palavra cheia de significado, mas é impossível explicar tudo
aqui. Porém, em poucas palavras, Cristo (Messias) significa: "o Ungido ". Ungir alguém
é escolhê-lo para um trabalho especial.
A Bíblia nos diz que Cristo foi escolhido antes da fundação do mundo:
"Sabendo que foste resgatado dos caminhos fúteis da tua vida, que recebeste
dos teus pais, não com coisas corruptíveis, como ouro ou prata, mas com o
sangue precioso de Cristo, como o de um cordeiro sem mancha e sem mácula,
que estava destinado antes da fundação do mundo, mas que se manifestou nos
últimos dias por tua causa" 1 Pedro 1:18-20
O que significa Jesus Cristo?
Então, Jesus Cristo significa "a pessoa escolhida por Deus para salvar o Seu
povo". Esta verdade é confirmada em Romanos 3:21-24: "Mas agora a justiça de
Deus tem sido manifestada à parte da lei, como testemunhado pela lei e pelos
profetas, a justiça de Deus através da fé em Jesus Cristo a todos os que creem
n’Ele. Pois não há diferença, porque todos pecaram e destituídos estavam da
glória de Deus, sendo justificados livremente pela sua graça através da reden-
ção que está em Cristo Jesus."
Nas Epístolas de Paulo, "Jesus" aparece apenas 13 vezes, e em hebraico, 8 vezes;

neste último, o título "Senhor" é acrescentado apenas uma vez. Nas Epístolas de
32
Doutrina de Cristo
Tiago, Pedro, João e Judas, homens que acompanharam o Senhor nos dias da sua
carne, "Jesus Cristo" é a ordem divina, porque esta era a ordem da sua experiência;
conheceram-no primeiro como "Jesus", aprendendo, finalmente, na sua ressurreição,
que Ele era o Messias. Mas Paulo veio a conhecê-lo pela primeira vez na glória ce-
lestial (Atos 9:1-6), e sendo a sua experiência o inverso da dos outros, a ordem in-
versa, "Cristo Jesus", encontra-se frequentemente nas suas epístolas, mas, exceto
em Atos 24:24, não aparece em nenhum outro lugar. Nas cartas de Paulo, a ordem
está sempre em harmonia com o contexto. Assim, "Cristo Jesus" descreve o Exaltado
que se humilhou (Filipenses 2:5), e dá testemunho da sua ressurreição. "Cristo Jesus"
sugere a sua graça; "Jesus Cristo" sugere a sua glória".
O que significa Jesus Cristo? O Cristo, o Salvador, a esperança do mundo que veio:
Jesus Cristo é a única esperança!
Por que Jesus cristo é a única esperança?

1. Porque Ele é o único em quem o homem pode obter a salvação da sua alma (Atos
4:12);
2. Sem Jesus não se pode ter uma relação próxima de Deus (1João 4:15);
3. Porque só Ele pode dar-nos uma nova natureza para vivermos uma vida agradável
a Deus (2 Coríntios 5:17).

1. Faça uma oração pedindo para que a sua compreensão se abra e você compreenda
a revelação de quem é Jesus Cristo.
Anotações:
33
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 3 - FUNDA DOS SOBRE A ROCHA:

CRIST O JESUS
Quando nós cristãos dizemos que estamos fundados na

OBJETIVOS rocha que é Jesus Cristo, na realidade, estamos expres-
sando que Cristo é a base fundamental sobre a qual a
➢ Conhecer as eta-
nossa vida é construída ou constituída.
pas que levam a
que Cristo seja o
fundamento da sua
"Fundamentar" é "lançar as bases, fundamento ou funda-
vida.
ções de algo". Na indústria da construção, quando se quer
➢ Compreender a construir um grande edifício capaz de resistir às investidas
importância de
da natureza, procura-se o melhor material para a funda-
construir sobre os
ção, que é uma rocha sólida, porque outros materiais, tais
alicerces que é Je-
como areia ou terra, não conseguem resistir a terremotos,
sus Cristo.
ventos ou tempestades.
A necessidade de uma fundação na vida

No capítulo 7 do evangelho de Mateus, Jesus mostra aos seus discípulos vários prin-
cípios do Reino que são fundamentais para a construção de uma nova vida de bên-
çãos. Para superar todos os ventos e tempestades de adversidade que possam surgir
nas nossas vidas, precisamos de ter uma fundação segura. Jesus conclui o seu ensi-
namento explicando que, para construir, existem dois tipos de fundações que podem
ser utilizadas, uma melhor do que a outra. A fundação forte e resistente é utilizada por
pessoas sábias ou sensatas, a outra é utilizada pelos tolos. Jesus resume o seu ensi-
namento desta forma:
"Quem ouvir estas minhas palavras e as fizer será comparado a um homem sá-
bio que construiu a sua casa sobre a rocha". E a chuva desceu, e vieram as
cheias, e os ventos sopraram, e bateram naquela casa; e não caiu, porque foi
fundada sobre a rocha. Mas quem ouvir estas minhas palavras e não as fizer,
compará-lo-ei a um homem tolo que construiu a sua casa sobre a areia; e a
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chuva desceu, e vieram as cheias, e os ventos sopraram, e bateram naquela

casa; e ela caiu, e grande foi a queda dela (Mateus 7:24-27).
Note-se que ambas as casas passaram exatamente pelos mesmos testes. As duas
foram duramente atingidas pela chuva, rio e vento, mas o seu fim foi diferente. Na
nossa caminhada cristã podemos ter aflições e tempestades, contudo, o Senhor nos
chama a permanecermos confiantes n'Ele, porque estamos fundamentados na rocha
(pedra) que é Jesus Cristo, e Ele venceu o mundo (João 16:33).
Tal como não podemos erguer paredes ou colocar um telhado onde não colocarmos
uma boa fundação, não podemos construir uma fundação espiritual firme se não esti-
vermos sólidos, por isso, é importante lançar a base da nossa vida sob a rocha, que
é Jesus Cristo (1 Coríntios 3:11). Que aprendamos a construir sobre Ele, para perma-
necermos firmes, a ouvir e a obedecer à Palavra de Deus, e a viver uma vida de arre-
pendimento!
Desta forma, estaremos bem fundamentados como crentes, sobre uma base firme, e
quando as tempestades vierem não cairemos, mas ficaremos de pé.
A. A única fundação: Jesus Cristo
1. A nossa fé é fundamentada em Jesus
Há um só fundamento, e este fundamento é Jesus Cristo.
O Apóstolo Paulo diz que somos a lavoura de Deus, o edifício de Deus.
"Porque ninguém pode lançar outro fundamento senão aquele que é lançado,
que é Jesus Cristo." 1 Coríntios 3:11
Em 1 Coríntios 3:9 o apóstolo Paulo usa duas metáforas: a lavoura e um edifício. Uma
refere-se ao trabalho agrícola e a outra à construção. Afirma que o único fundamento
para a vida cristã é Jesus Cristo. Qualquer coisa que não seja construída sobre essa
base não resistirá ao teste do tempo: tempestades e tribulações. Levanta-se então a
questão, nós estamos construídos sobre Cristo Jesus? Temos uma relação pessoal
com Cristo? Temos um conhecimento pessoal que nos permite relacionar com Ele?
2. Pedro é um fragmento de "pedra", mas Jesus é a fundação, o fundamento
36
Doutrina de Cristo
"Quando Jesus entrou na região de Cesaréia de Filipe, perguntou aos seus dis-
cípulos, dizendo: 'Quem dizem os homens que é o Filho do Homem? Disseram:
Uns dizem João Baptista, outros Elias, e ainda outros Jeremias ou um dos pro-
fetas. Disse-lhes ele: Mas quem dizeis vós que eu sou? Simão Pedro respondeu
e disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Jesus respondeu-lhe: Bendito és
tu, Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou,
mas meu Pai que está nos céus. E eu também te digo que tu és Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela.” Mateus16:13-18
Esse foi um momento crucial na vida de Pedro, que criou certas controvérsias. Veja-
mos agora na Escritura, através da expressão: "Eu digo-te que és Pedro" a palavra
"Pedro" vem de "petros", que significa "uma pedra solta ou pedra, uma pedra que pode
ser facilmente atirada ou movida"; enquanto, que na expressão "nesta pedra" a pala-
vra grega usada para "pedra" é "petra", o que equivale dizer "uma grande massa de
pedra, uma gigantesca pedra, uma cadeira de montanhas". É assim que a Bíblia dis-
tingue entre Pedro, que é uma rocha pequena e solta ou rochedo, e Jesus Cristo, que
é a rocha grande e firme na qual se baseia a nossa fé.
O catolicismo afirma erroneamente que Pedro é a fundação da igreja, mas se assim

fosse, este seria um edifício itinerante. Não há dúvida de que Pedro é uma parte im-
portante da igreja de Cristo, mas ele não é o "fundamento" porque, então, o cristia-
nismo seria fundado em um ser humano com todas as suas fraquezas.
Pedro, por medo, negou três vezes ser discípulo de Cristo, quando os soldados roma-
nos prenderam Jesus. Mais tarde, o apóstolo Paulo teve que repreender Pedro em
público, por comprometer alguns princípios, mais uma vez por medo dos judeus (Gá-
latas 2:11, Marcos 14:68, João 18:27). Como é bom que a igreja não seja construída
sobre Pedro, mas sobre Jesus!
Cristo é a "Petra", a rocha firme sobre a qual assenta a nossa fé. Tal como Pedro
respondeu corretamente à pergunta de Jesus, graças a revelação do Espírito Santo,
nós também precisamos ter a mesma revelação de que Jesus é "o Filho do Deus vivo".
Não seremos transformados apenas pela frequência na qual vamos à igreja, mas pre-
cisamos de ter um encontro pessoal com Cristo, para mudar real e drasticamente as
nossas vidas.
Ninguém que tenha um encontro pessoal com Cristo pode permanecer o mesmo. Per-
gunto-lhe: Teve algum encontro pessoal com o Senhor Jesus Cristo? Se a sua
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resposta for sim, ative o fogo dessa relação para que ela nunca morra. Se ainda não
o fez, comece hoje a procurar intimidade com Deus e Ele se revelará ao seu espírito.
B. O encontro pessoal de Pedro com Jesus
No encontro pessoal de Pedro com Jesus, podemos distinguir três fases e aprender
com elas:
1. Pedro teve um encontro sobrenatural, enfrentando cara a cara com Jesus
Nesse encontro sobrenatural não houve mediador, foi um encontro direto e pessoal
com Jesus. Todos nós temos acesso direto ao Pai através de Jesus. Cristo não é uma
doutrina, uma religião ou uma denominação. Ele próprio diz:
"Eu sou a porta: aquele que entrar por mim será salvo, e entrará e sairá, e en-
contrará pastagens." João 10:9
Ele é o único caminho para o céu, ao Pai e ao Reino de Deus. Disse Jesus: "Eu sou
o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão através de mim" (João
14:6).
2. O Pai deu a revelação a Pedro pelo Espírito Santo
Voltemos mais uma vez ao encontro entre Jesus e Pedro, que sabia quem Jesus era
ao ter a revelação do Espírito Santo. Jesus disse-lhe: "Abençoado sejais vós, Simão,
filho de Jonas, porque a carne e o sangue não vos revelaram isto, mas o meu Pai que
está nos céus” (Mateus 16:17).
Através dos nossos sentidos naturais, da inteligência humana e da razão, não pode-
mos conhecer senão um Cristo histórico. No entanto, se realmente queremos saber
quem é Jesus Cristo, essa revelação precisa ser descortinada no nosso espírito. Nin-
guém pode conhecer Jesus como "o Filho de Deus" sem uma revelação pessoal do
Espírito Santo. Pode ser um bom estudante de teologia, ir aos melhores institutos
bíblicos, até obter um doutorado em teologia, mas se não tiver a revelação pessoal de
Jesus, que é dada por Deus Pai, através do Espírito Santo, você não O conhece ver-
dadeiramente.
Quando recebemos a revelação de que Jesus é o único Filho de Deus e que Ele mor-
reu por nós, que Ele tomou o lugar que nós devíamos ocupar na cruz, devemos res-
ponder, reconhecendo e recebendo-O. Devemos dizer como Pedro disse: "Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo". "Senhor, eu acredito em Ti e o recebo em meu coração"!
3. Pedro fez uma confissão pública de Cristo
38
Doutrina de Cristo
Em Mateus 16:16 Pedro faz uma confissão diante dos seus companheiros para que
não tivessem dúvidas sobre quem é Jesus. Como os outros se desviaram na sua res-
posta, Pedro afirmou confiantemente: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Aqui,
podemos notar que o Senhor dá sempre duas opções: confessá-lo publicamente ou
negá-lo publicamente.
Como verdadeiros cristãos, devemos confessar e declarar a nossa fé em Cristo, tanto

em público como em privado. Hoje em dia, infelizmente, há muitos crentes que vão à
igreja, mas não querem que ninguém saiba disso. Dizem que acreditam em Jesus,
mas as suas ações negam essa afirmação, pois constantemente negam a Jesus. É
necessário que por onde que passemos, exalemos o bom perfume de Jesus, decla-
rando para todos ouvirem que acreditamos em Jesus como o Filho de Deus. Jesus
Cristo falou claramente sobre isto quando disse:
"Aquele, portanto, que me confessar diante dos homens, eu também o confes-

sarei diante do meu Pai que está nos céus". E quem quer que me negue perante
os homens, eu também o negarei perante o meu Pai que está no céu.” Mateus
10:32-33
Hoje, é possível ter uma revelação de Jesus como Pedro tinha? Claro que sim! Cristo
não mudou, Ele é o mesmo. A revelação que veio a Pedro foi através do Espírito
Santo, que também não mudou.
Edificando sobre o fundamento

• Que é Jesus Cristo
Quando as tempestades entrarem na sua vida, não as subestime. Em vez disso, peça
a Deus que ajude a conhecer a sua finalidade. Há coisas que só se aprenderão no
meio de tempestades.
A. As duas formas de construir
"Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos
mostrarei a quem ele é semelhante. Tal é o homem que, ao construir uma casa,
cavou e abriu bem fundo, e lançou a fundação sobre a rocha; e quando veio uma
inundação, o rio bateu com ímpeto sobre essa casa, mas não a conseguiu mo-
ver, porque foi fundada sobre a rocha. Mas aquele que ouviu, e não fez, é seme-
lhante a um homem que construiu a sua casa sobre a areia, e não tinha alicerces;
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contra a qual o rio bateu forte, e logo caiu, e a ruína daquela casa foi grande.”
Lucas 6:47-49
B. De acordo com a Bíblia, existem duas formas de construir:
1. Com prudência e sabedoria - Isso acontece quando ouvimos e obedecemos ao

que a Palavra diz, mas também a aplicamos às nossas vidas.
2. Com insensatez e desobediência - Acontece quando agimos de forma tola, irra-

zoável ou com o desejo de ouvir, mas não de obedecer.
Para construirmos com prudência e sabedoria, temos que remover certas coisas da
nossa vida, como por exemplo:
- Tradições: muitas delas são contra a Palavra de Deus;
- Discriminação: por causa da raça ou posição social;
- Descrença: esse é um espírito e temos de aprender a expulsá-lo;
- Rebelião: cada descendente de Adão tem um rebelde dentro dele e a solução é

crucificar essa natureza pecaminosa que se rebela contra Deus.
Ter conhecimento e fé na Palavra de Deus nos ajuda a eliminar tradições, discrimina-

ção, descrença e rebeldia. Tudo isso nos impede de crescer e de mantermos firmes,
fundamentados na rocha, que é Jesus Cristo. Temos que acreditar que as Escrituras
contêm o que Deus falou ao Seu povo, mas independentemente do que as pessoas
digam, a Palavra será plenamente cumprida.
"A Escritura não pode ser anulada." João 10:35
C. Cristo é a Palavra
Cristo é a Palavra (verbo) de Deus de eternidade em eternidade. No seu nascimento

como homem, tornou-se carne e viveu entre nós. Em João 1:1 a Bíblia diz que "No
princípio era a Palavra (Verbo), e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus".
Mais tarde, no versículo 14, acrescenta "e o verbo se fez carne e habitou entre nós".
Jesus foi, é e sempre será a Palavra, a Palavra de Deus. Não se pode dizer que
acredita em Cristo, mas não acredita na Bíblia, porque Cristo é a Palavra que se fez
carne. Portanto, para construir sobre o fundamento que é Cristo Jesus, e para o fazer
com sabedoria e prudência, é preciso obedecer a Palavra de Deus. Quando obede-
cemos a Palavra:
- Cristo manifesta-Se através da Sua própria Palavra (Tito 1:3);
40
Doutrina de Cristo
- O Pai e o Filho são revelados a nós (Lucas 10:22);
- Podemos distinguir os verdadeiros discípulos daqueles que não estão ou que ainda
estão no mundo (João 8:31);
- Sabemos pela Sua Palavra que Deus nos ama (João 13:1);
- Ele nos enche de amor uns pelos outros (João 13:35).
D. A nossa responsabilidade como discípulos
Quando guardamos a Palavra e nos tornamos discípulos de Cristo, fundamentados

na rocha, temos certas responsabilidades a cumprir:
- Somos responsáveis pela construção pessoais, em relação as escolhas: "Apro-

ximando-se d'Ele, a pedra viva, rejeitada de fato pelos homens, mas escolhida e pre-
ciosa para Deus, vós também, como pedras vivas, ser edificada uma casa espiritual e
um sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus por Jesus
Cristo." 1 Pedro 2:4-5
Uma maneira de edificar ou crescer espiritualmente é através da oração no Espírito:

"Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito
Santo." Judas 1:20
- Somos responsáveis pela construção das nossas vidas: Isto é precisamente o

que a carta aos Efésios nos diz quando fala: "No qual todo o edifício, bem ajustado,
cresce para templo santo no Senhor; no qual também vós sois edificados juntamente
para morada de Deus em Espírito" (Efésios 2:21-22).
"Vós também, como pedras vivas, estais a construir uma casa espiritual e um
sacerdócio sagrado.” 1 Pedro 2:5
Ao aplicarmos os ensinamentos de hoje nas nossas vidas, seremos verdadeiramente

fundados sobre a rocha, que é Jesus Cristo. Só assim nos tornaremos os discípulos
que Ele descreve em Sua Palavra, quando Ele afirma:
"Aquele que tem os meus mandamentos, e os guarda, ele é aquele que me ama;
e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei, e manifestar-me-
ei a ele.” João 14:21
A motivação certa para obedecer à Palavra deve ser sempre o amor a Deus.
41
1. Faça uma oração de arrependimento genuíno por não terem Jesus como funda-
mento das suas vidas. Deve ser um ato público de confessar com a boca e acreditar
com o coração, que Jesus é o seu Senhor. (Romanos 10:9)
2. Comprometa-se em seguir a Jesus, por amor amar a Cristo e serem seus discípulos
e a obedecerem à Palavra. Declare através de uma oração.
Anotações:
42
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 4 - A MORTE FÍSICA E REDENTORA DE

JESUS
O nascimento físico de Jesus ocorreu há mais de 2.000

anos, mas, na realidade, Ele já existia antes da fundação
OBJETIVOS
do mundo. (João 17:24, Efésios 1:4, 1 Pedro 1:20) Ele é
o Criador de todas as coisas e tudo foi feito por Ele e para
➢ Compreender as Ele.
duas fases da morte
de Jesus: redentora
e física. A presença física de Jesus na terra dividiu a história
da humanidade em duas: antes de Cristo e depois
de Cristo.
Mas quem era Jesus? De onde é que Ele veio e para quê? Como é que a Sua vida
nos afeta depois de tanto tempo? Nesta aula e nas seguintes, à luz da Palavra de
Deus, você encontrará respostas às suas perguntas.
Vamos estudar alguns fatos importantes na vida de Jesus, e depois conhecer os tipos
de morte que Jesus experimentou.
Antes do nascimento de Jesus, o lugar e as condições de Sua vinda foram profetiza-

dos no Antigo Testamento. Em Daniel 9:25, é assinalado o momento em que isso
ocorreria. Miquéias 5:2 fala da cidade que O veria nascer. Isaías 7:14 especifica que
ele nasceria de uma mulher virgem. Os profetas colocaram-no como descendente de
Isaque (Gênesis 17:19), Jacó (Gênesis 49:10), Jesse (Isaías 11:1) e Davi (Jeremias
23:5-6). Eles próprios anunciaram que a linhagem de Jesus viria da tribo de Judá (Gê-
nesis 49:19), que Ele seria herdeiro do trono de Davi (Isaías 9:7) e que viria pastorear
o Seu povo (Ezequiel 37:24). Jesus não veio procurando governar (João 18:36), mas
cresceu obedecendo (Hebreus 5:8) e servindo os seus pais naturais.
De acordo com a cultura hebraica, um filho toma conta dos negócios do seu pai
quando faz 30 anos, por isso foi nessa idade que Jesus começou o seu ministério
(Lucas 3:23), e três anos depois, morreu na cruz do Calvário (Filipenses 2:8). O poder
43
do Seu sacrifício, obediência e ressurreição foi tal que hoje usamos esse mesmo po-
der de Deus para a salvação (1 Coríntios 1:18).
Cristo é chamado na Bíblia "o último Adão" (1 Coríntios 15:45) e por vezes chamava-
se a si mesmo de "Filho do Homem" (Mateus 9:6). Cristo veio à terra como descen-
dente de Abraão para redimir a humanidade. Como vimos em outras aulas, teve um
intercâmbio divino na cruz do Calvário. Jesus tomou o nosso devido lugar e suportou
os nossos pecados, rebelião, doenças, e todos os castigos que nos pertenciam. Em
troca, deu-nos as suas bênçãos e tudo o que não merecíamos por causa da Sua obe-
diência e inocência (Isaías 53).
A morte entrou na humanidade
A morte vem à humanidade como consequência do pecado:
"A luxúria, depois de concebida, dá à luz o pecado; e o pecado, quando termina,

dá à luz a morte." Tiago 1:15
Morte redentora de Jesus
Sabemos que a morte espiritual do homem acontece mesmo antes do nascimento.

Estamos todos separados da vida de Deus, como resultado do pecado original. Foi o
tipo de morte que Adão sofreu quando pecou contra Deus (Gênesis 2:17). Embora
Adão tenha vivido muitos anos fisicamente, o seu espírito morreu quando ele foi se-
parado de Deus.
Entretanto, Jesus nasceu sem natureza pecaminosa porque foi concebido pelo Espí-
rito de Deus. Ele viveu em obediência e santidade, mantendo uma íntima comunhão
com o Pai Celestial. Jesus se entregou em uma morte redentora, por amor a nós e em
obediência ao propósito de Deus, Ele bebeu voluntariamente o cálice da iniquidade,
assumindo a responsabilidade por cada pecado cometido pela humanidade.
A morte redentora de Cristo foi a coisa mais dolorosa que Jesus ter que suportar, pois
teve que carregar toda aquela concentração de maldade humana. Pela primeira vez,
Ele sentiu as trevas da inveja, assassinato, prostituição, culpa, medo, falta de perdão,
ressentimentos...
Jesus suportou todos os atos, que desde o início da raça humana ofenderam a Deus.
44
Doutrina de Cristo
Ele tornou-se pecador por nós e recebeu o castigo que nos era devido pelos nossos
pecados (2 Coríntios 5:21).
Todo o ser humano nasce com a herança geracional da iniquidade, que herdamos de
Adão e Eva. Já nascemos separados de Deus porque o pecado nos separa d'Ele.
Esta é a primeira fase da morte espiritual que todo o ser humano está sujeito por
herança (porque são descendentes de Adão), pois segundo Romanos 3:23, todos sem
exceção pecaram; e aquele que diz não ter pecado é um mentiroso e a Sua palavra
não está em nós (1 João 1:10).
Quando reconhecemos Jesus como Senhor e Salvador, somos redimidos e reconcili-

ados com o Pai, e o nosso espírito é trazido de volta à vida. Portanto, só temos vida
espiritual quando estamos unidos a Cristo. Se essa união for quebrada, a vida espiri-
tual também é quebrada.
Morte física
Este tipo de morte, como o próprio nome sugere, acontece apenas no corpo. Quando
a pessoa perde o sopro da vida, a alma e o espírito deixam o corpo.
"Fui despejado como água, e todos os meus ossos estavam fora de junta; o meu
coração era como cera, derretendo-se no meio das minhas entranhas. A minha
força secou como um caco, e a minha língua fendeu-se ao meu paladar, e tu
puseste-me no pó da morte. Pois os cães cercaram-me; cercaram-me como um
bando de malfeitores; trespassaram as minhas mãos e os meus pés. Posso con-
tar todos os meus ossos; entretanto, eles olham para mim e observam-me. Divi-
diram as minhas peças de vestuário entre eles, e lançaram sortes sobre as mi-
nhas roupas." Salmo 22:14-18
No tempo de Jesus, a crucificação era reservada apenas aos piores criminosos, as-
sassinos, traidores ao Império Romano, desertores do exército, escravos, estrangei-
ros indesejáveis e ladrões de alto nível. Jesus foi despojados de todos os direitos
legais e submetido à forma mais humilhante de morte: a cruz. Contudo, a Palavra de
Deus diz que "Cristo nos redimiu da maldição (pois está escrito: 'Maldito todo aquele
que for pendurado numa árvore'” (Gálatas 3:13).
Alguns usam a cruz como um amuleto contra o diabo, mas esse objeto, em si mesmo,
não tem poder no mundo espiritual. Foi a morte de Cristo na cruz que desencadeou
45
todo o poder do céu contra a escuridão, a maldição, o cativeiro, e a condenação

eterna. A sua morte permitiu que ele fosse ao inferno para tirar do inimigo o poder que
ele tinha para escravizar os seres humanos.
Por que Cristo teve de sofrer? Jesus teve que sofrer pela humanidade porque o Pai o
tinha predeterminado (Atos 2:23), para que se cumprisse o que Deus tinha anunciado
através dos seus profetas (Atos 3:18): Por quê? Era necessário que o Filho do Homem
sofresse e fosse rejeitado (Marcos 8:31) e depois tornado perfeito através das aflições
(Hebreus 2:10)!
A. Jesus foi flagelado e açoitado
Quase 700 anos antes de acontecer, o castigo que o Salvador do mundo sofreria foi
revelado a Isaías. O profeta escreveu:
"Dei as minhas costas aos que me bateram, e a minha face aos que me arranca-
ram a barba; não escondi o meu rosto de calúnias e cuspidos.” Isaías 50:6
Quando alguém era entregue para ser flagelado na terra, no tempo de Jesus, essa
pessoa era amarrada a uma cruz e colocada sobre um madeiro fixado no chão. De-
pois, as suas costas, nádegas e pernas eram repetidamente espancadas com tiras de
couro, que nas extremidades havia bolas ou pontas de chumbo, pedaços afiados de
osso, ou dentes de ovelha. Isto rasgava a carne, causando muita perda de sangue,
que destinava-se enfraquecer a pessoa até ao ponto de colapso ou morte.
B. Jesus foi crucificado
A Escritura revela a dor, aflição, tormento, desânimo, dificuldade, desprezo e opressão

que Jesus sofreu. A sua morte foi uma tortura absoluta, completa e sistemática. Tor-
nou-se pobre, amaldiçoado, pecador e vil aos olhos dos homens, para que pudésse-
mos ser enriquecidos, abençoados, purificados e justificados pelo poder do Seu san-
gue (2 Coríntios 5:21). Ele o fez de uma vez por todas (Hebreus 10:10). Isaías viu
Jesus profeticamente ser zombado sem queixas, por isso escreveu: "Foi oprimido, e
foi afligido, mas não abriu a boca: foi levado como um cordeiro para o matadouro, e
como uma ovelha muda perante os seus tosquiadores, não abriu a sua boca. Por
intermédio de julgamento tirano, ele foi preso; e quem pode falar dos seus descen-
dentes? Pois foi cortado da terra dos vivos, e pela transgressão do meu povo foi ferido.
E deram-lhe a sua sepultura com os ímpios, mas com os ricos foi na sua morte: em-
bora jamais tivesse cometido injustiça, nem havia qualquer engano em sua boca.
46
Doutrina de Cristo
Contudo, o Senhor teve o prazer de moê-lo e de fazê-lo passar por toda dor" (Isaías
53:7-10)
Só para termos uma ideia aproximada do que significava para Jesus carregar a pe-
sada cruz do palácio de Pôncio Pilatos até o topo do Monte Calvário, e depois ser
pregado nela, vejamos alguns fatos que podem nos ajudar a compreender o Seu sa-
crifício físico. Estima-se que a cruz pesava 300 libras (136,78 quilos). Só a viga trans-
versal (poste horizontal), chamada andaime, pesava entre 75 e 125 libras (34 a 56
quilogramas).
Na altura da crucificação, a pessoa estava geralmente meio nua e atirada ao chão, de

costas, com os braços estendidos. Os seus pulsos eram pregados com pregos de
ferro de 5 a 7 polegadas (12,7 a 17,78 cm) de comprimento e 1/3 polegada (0,8466
cm) de largura. Desidratação, perda de sangue, transpiração excessiva, obstrução
circulatória e respiratória causada pela sua postura física, mais febre traumática, té-
tano e exaustão, acabavam por matar a vítima. Para acelerar a morte de uma pessoa
crucificada, era costume partir as pernas com um martelo, o que não aconteceu com
Jesus, uma vez que Ele foi apenas trespassado por uma lança no lado do corpo. Ne-
nhum dos Seus ossos foi quebrado, segundo o testemunho de João, que estava aos
pés da cruz (João 19:36). Isto aconteceu para cumprir o que diz a Escritura (Êxodo
12:46, Números 9:12, Salmo 34:20).
Jesus foi desfigurado pelas muitas feridas. O seu corpo foi espancado, a sua pele
rasgada pelo flagelo, a sua barba arrancada, a sua cabeça e testa laceradas por uma
coroa de espinhos, ele sofreu o desprezo e a impotência do seu povo. Os mesmos
que Ele tinha curado e perdoado queriam agora matá-lo. Jesus não era uma vítima,
pois Ele sabia quem Ele era e porque tinha vindo à terra. Ele estava ciente da razão
pela qual estava morrendo, por quem estava a morrer e o que iria acontecer a seguir.
O seu corpo foi colocado no túmulo e ali permaneceu durante três dias sem ver a
corrupção (Salmo 16:9-10, Mateus 12:40), enquanto o seu Espírito realizou uma
grande tarefa.
Após a morte e ressurreição de Cristo, somos salvos ao confessarmos Jesus como

Senhor. Já não há qualquer necessidade de sacrifício animal ou humano. Tudo o que
temos que fazer é aceitar Jesus como Senhor e Salvador. Só desta forma é arrancada
a nossa iniquidade e o nosso pecado é perdoado. Fomos lavados, santificados e jus-
tificados em nome do Senhor Jesus, pelo poder do Seu sangue e pelo Espírito de
Deus (1 Coríntios 6:10-11).
47
O que aconteceu na morte de Jesus?

1. Jesus recebeu o julgamento pelo pecado acumulado de toda a humanidade
"Puseste-me no buraco profundo, Na escuridão, em lugares profundos". A tua

ira repousa sobre mim, e tu afligiste-me com todas as tuas ondas. A Tua ira
passou sobre mim, e os Teu terrores afligem-me". Salmos 6-7 e 16.
O Filho foi violentamente separado do amor e da proteção do Pai. Jesus carregou

todos os nossos pecados e iniquidades.
2. Jesus proclamou a Sua vitória sobre os espíritos aprisionados
"A quem também foi e pregou aos espíritos na prisão." 1 Pedro 3:19
Jesus pregou aos demônios? Não! A palavra grega para "pregar" neste verso é ke-
rússo, que significa proclamar, anunciar, como um arauto. Não é a mesma palavra
usada para "pregar o evangelho" mencionada em outras partes da Bíblia, que em
grego é equivalente a evangelizar, que é sempre usada para anunciar as boas novas
do Filho de Deus (Gálatas 1:8, 1 Pedro 4:6). O que 1 Pedro 3:19 diz é que Cristo,
como arauto, mensageiro, representante ou enviado de Deus, foi para onde estavam
os espíritos aprisionados, espíritos de anjos caídos, e "proclamou" a sua vitória para
os humilhar. É como se Jesus lhes dissesse: "Agora sou eu que tenho as chaves do
inferno e da morte", " Eu te venci Satanás”!
3. Jesus pregou o evangelho àqueles que estavam mortos à espera do Messias

"Pois é por isso que o evangelho foi pregado também aos mortos, para que fos-
sem julgados na carne segundo os homens, mas vivessem no espírito segundo
Deus." 1 Pedro 4:6
Jesus pregou o Evangelho do Reino para a salvação daqueles que tinham morrido na
fé antes de vir à terra e que estavam no paraíso ou no seio de Abraão. Eles levanta-
ram-se das suas sepulturas (Mateus 27:52-53) e foram os primeiros a receber o evan-
gelho depois que Cristo derrotou a Satanás no próprio inferno.
Cristo restaura a nossa relação com Deus, o Pai

Ele morreu na cruz carregando no Seu corpo todos os nossos pecados e iniquidades:
morte redentora e física; depois desceu ao inferno durante três dias e três noites e
pagou pelos nossos pecados: segunda morte, tirando de Satanás as chaves do Hades
(inferno) e da morte; depois ressuscitou da sepultura. Cristo, com a sua morte e
48
Doutrina de Cristo
ressurreição, recuperou tudo o que o diabo tinha nos roubado e deu-nos vida, e vida
em abundância (João 10:10). Cristo restaurou completamente a nossa relação
com o Pai.
Os benefícios do Seu sacrifício não expiram, mas estendem-se a cada novo ser hu-
mano e a cada nova geração que entra nesse mundo. Todos os dias ocorrem milagres
de redenção, cura e libertação que a ressurreição de Cristo traz para as vidas daque-
les que O aceitam como Senhor e Salvador de suas vidas.
Se está enfrentando situações difíceis na sua vida, tais como: doença, amargura ou
quebra de relacionamentos; se está cansado de suportar tanto sofrimento; se procu-
rou na filosofia, medicina, dinheiro, drogas, falsas religiões ou álcool, a solução para
os seus problemas e não foi capaz de preencher o vazio na sua alma, hoje, apresento-
lhe a única resposta a todas as suas perguntas: Jesus! Ele quer tornar-se real na sua
vida e no seu coração. Hoje, Ele deseja manifestar o seu poder transformador na sua
família, nas suas relações, nas suas finanças, na sua vida e, acima de tudo, no seu
destino eterno!

1. Faça uma oração para entregar completamente sua vida a Jesus, Faça uma oração
declarando que fará a vontade do Pai, renunciando os seus desejos, pensamentos
e problemas ao único Deus verdadeiro.
2. Declare em oração, que a partir desse momento Jesus será o centro de sua vida,
entronizando-o em primeiro lugar e lhe dará honra como Senhor e Salvador de sua
vida.
Anotações:
49
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 5- PODER E REVELAÇÃO DA

RESSURREIÇÃO DE CRIST O
Na aula anterior vimos como Jesus atravessou as fases da

OBJETIVOS morte:
- A morte física, pela qual o Seu espírito e alma foram se-

parados do Seu corpo físico na cruz.
➢ Compreender o
significado da res- - A morte redentora de Cristo, quando ele morreu levando
surreição de Jesus sobre si todos os pecados e dores da humanidade (Isaías
e conhecer as suas 54:4-12).
provas.
Jesus desceu ao inferno, tomou de Satanás a chaves da
➢ Receber a reve-
morte e do inferno e proclamou a Sua vitória, ressurgindo
lação de Jesus e
do mortos.
para saber por que
é que isto é essen-
cial para a humani-
dade e para a sua
Questões importantes sobre a ressurreição
caminhada em Vamos agora estudar a ressurreição, que completa a obra
Cristo. de Cristo na terra e sela a Sua vitória sobre Satanás, a
morte e o pecado.
A. O que é a ressurreição?
De acordo com o Dicionário, a ressurreição é a "ação da ascensão". Ressurreição

significa "trazer uma pessoa morta de volta à vida". É também para ressuscitar ou
acordar da morte e regressar à vida. Nos textos bíblicos vemos, em várias ocasiões,
que Deus ressuscita os mortos. Um dos exemplos mais conhecidos é a ressurreição
de Lázaro, que voltou à vida após vários dias de enterro. Outro exemplo é a ressur-
reição da filha do chefe da sinagoga, a filha de Jairo (Marcos 5:35-42). No entanto,
devemos fazer uma distinção.
B. Qual é a diferença entre a ressurreição de Jesus e outras ressurreições na

Bíblia?
51
Todas as pessoas que foram ressuscitadas regressaram à vida, sendo as mesmas de

antes e depois morreram novamente, mas com Jesus não foi assim, Ele ressuscitou
com um corpo glorificado para não morrer nunca mais e reinar eternamente.
Ele está vivo hoje e para sempre! Ele próprio o disse: "Eu sou a ressurreição e a vida"
João 11:25.
A ressurreição de Cristo é uma forte afirmação que estabeleceu uma nova era: a res-
tauração da relação entre Deus e os homens. Jesus subiu ao céu e sentou-se à direita
do Pai (Hebreus 10:12), e dali Ele é o único mediador entre Deus e os homens (1
Timóteo 2:5)
C. Que provas existem de que Cristo voltou realmente à vida?
1. As Escrituras
"Porque primeiro vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos
nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou
ao terceiro dia, segundo as Escrituras;" 1 Coríntios 15:3-4
A Escritura é sempre a mais alta autoridade que afirma, testemunha e confirma a res-
surreição de Cristo, porque é a verdade absoluta e totalmente inspirada por Deus.
2. As profecias do Antigo Testamento
Cerca de setecentos e oitenta anos antes de Cristo, o profeta Oséias profetizou que
Jesus iria morrer e ressuscitar dos mortos, ao terceiro dia.
"Passados dois dias, ele nos revivificará; ao terceiro dia, nos erguerá e restau-
rará, a fim de que possamos viver em sua presença." Oséias 6:2
Mas há mais, sete séculos antes do nascimento de Cristo, e sob a inspiração do Es-
pírito de Deus, o profeta Isaías também anunciou que Jesus viria para se doar e sofrer
pela humanidade. Em Isaías 52:13-15, bem como em Isaías 53:12, o profeta escreve
sobre a grandeza de Jesus depois de ter desistido da sua vida por nós, levando sobre
si os nossos pecados.
No Novo Testamento, o apóstolo Pedro confirma o que foi dito através dos profetas,
testemunhando que Jesus morreu e ressuscitou, tal como foi profetizado centenas de
anos antes (Atos 2:22-36). Paulo, como já vimos antes, em 1 Coríntios 15:3-4, também
destaca o cumprimento das antigas profecias das Escrituras sobre Jesus Cristo.
3. O Testemunho dos Discípulos de Jesus
52
Doutrina de Cristo
"No primeiro livro, ó Teófilo, falei de todas as coisas que Jesus começou a fazer
e a ensinar, até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado manda-
mentos pelo Espírito Santo aos apóstolos que escolhera; a quem também, de-
pois de ter sofrido, apareceu vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante
quarenta dias, e falando-lhes do reino de Deus.” Atos 1:1-3
Os quatro Evangelhos foram escritos por discípulos que testemunharam a vida e a

ressurreição de Jesus. O seu testemunho é em primeira mão quando o viram fazer
milagres, curar os doentes, ressuscitar os mortos, multiplicar pães e peixes, acalmar
a tempestade, derramar lágrimas de sangue enquanto ele orava, e teimosamente con-
frontar os fariseus. Mas quando estes homens viram Jesus ser preso, torturado, calu-
niado e arrastado pela cidade, ficaram com medo e esconderam-se dos perseguido-
res. No entanto, depois de ressurreto, Jesus veio ter com eles e deu-lhes provas con-
vincentes de que ele estava vivo (João 20:19-20). Ver Jesus vivo e partilhar com Ele
antes de Ele subir ao céu produziu uma mudança dramática neles, ao ponto de esta-
rem dispostos a arriscar as suas próprias vidas para testemunharem sobre o que ti-
nham visto e ouvido. Nada poderia afastá-los dessa verdade ou fazê-los calar ou
negá-la. Eles tinham visto o Cristo ressuscitado!
4. Mais de 500 testemunhas oculares da ressurreição
“... Ele apareceu ao Cefas, e depois aos doze anos. Depois apareceu a mais de
quinhentos irmãos ao mesmo tempo, muitos dos quais ainda estão vivos, e ou-
tros já estão a dormir. Depois apareceu a Tiago, e depois a todos os apóstolos,
e por último apareceu-me como a alguém que nasceu de uma criança." 1 Corín-
tios 15:5-8
Segundo a lei judaica, o testemunho de dois homens de confiança era suficiente para
estabelecer uma verdade.
Deus encheu o mundo de testemunhas fiáveis que viram o Cristo Ressurreto! As Es-
crituras anunciaram-no e aqueles que o viram deram o seu testemunho apaixonada-
mente.
5. Nós e todos os outros que tivemos uma experiência pessoal com Ele
Já passaram mais de dois mil anos desde o nascimento de Jesus. Durante todo esse
tempo, Ele continuou a se revelar como o Cristo vivo que continua a transformar os
seres humanos que O aceitam como seu Senhor e Salvador. Mais e mais, milhões de
pessoas, em todas as partes do mundo, testemunham ter experimentado o poder da
53
ressurreição de Jesus. Todos tiveram uma experiência sobrenatural com o Cristo res-
suscitado, que produziu neles a salvação, libertação e cura. Eles são testemunhas
de que o Cristo vivo restaurou as suas famílias e lhes deu um propósito.
D. Por que é que a ressurreição de Jesus é tão importante para a humanidade?
1. Redime-nos do pecado
(Jesus) "entregou-se por nós, para nos redimir de toda a iniquidade, e purificar
para si um povo peculiar, zeloso de boas obras." Tito 2:14
Se Jesus não tivesse ressuscitado, não haveria redenção para nós. O que significa
redimir? É comprar de volta o que foi perdido. A raça humana tinha perdido a comu-
nhão com Deus e era escrava do pecado (João 8:34). Cristo pagou o preço do nosso
resgate com o Seu sangue e deu-nos liberdade. Ele trouxe-nos do reino das trevas,
onde éramos prisioneiros, e salvou-nos para o seu maravilhoso reino de luz (1 Pedro
2:9)
2. Ele nos justifica
(Jesus) "foi entregue pelas nossas transgressões, e ressuscitado para a nossa

justificação." Romanos 4:25
Segundo o Dicionário, justificar é "provar" a própria inocência com razões, testemu-

nhas e documentos convincentes. A ressurreição de Jesus nos apresenta perante o
Pai como se nunca tivéssemos pecado.
O Pai já não se lembra dos nossos pecados, porque vê a morte e a ressurreição de

Jesus como razões convincentes de que fomos justificados n'Ele. Só recebemos isso
através da fé em Jesus Cristo. Se Jesus não tivesse ressuscitado, não teríamos sido
justificados.
3. Devolveu-nos à união e a comunhão com Deus
Quando aceitamos e confessamos o sacrifício de Jesus na cruz e a Sua ressurreição

dentre os mortos, o nosso espírito nasce de novo. A ressurreição de Cristo devolve-
nos uma relação de comunhão com o Pai e a uma nova vida espiritual. Em 1 Coríntios
6:17 diz que: "aquele que se une ao Senhor é um só espírito com Ele" e por isso
voltamos à vida de comunhão que tínhamos originalmente com Deus.
4. Dá-nos um corpo físico com vida de ressurreição
A vida da ressurreição será manifestada no nosso corpo não somente quando Cristo
regressar uma segunda vez, mas também agora. Ao morrer, Jesus levou todos os
54
Doutrina de Cristo
nossos pecados e doenças para a cruz, para que pudéssemos ter uma vida abun-
dante. O poder da ressurreição de Jesus dá-nos saúde total. Isto significa que não
temos de aceitar as doenças nas nossas vidas.
5. Garante a nossa própria ressurreição
"E ele é a cabeça do corpo que é a igreja, aquele que é o princípio, o primogênito
dos mortos, para que em todas as coisas tenha a preeminência.” Colossenses
1:18
Jesus como o primogênito de toda a criação (Colossenses 1:15), o primogênito que

foi ressuscitado dos mortos, é a garantia de que os corpos dos justos também O se-
guirão para ressuscitarem com Ele.
Tal como seguimos Adão até à morte pelo pecado, agora seguimos Jesus na sua
ressurreição e vida eterna.
A morte física não é para deixar de existir, mas para passar para outro nível de exis-
tência. Embora o nosso corpo seja mortal, a nossa alma e espírito são imortais.
6. A ressurreição manifestou a glória de Jesus
“... Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, que era da linhagem de Davi, segundo
a carne, que foi declarado Filho de Deus com poder, segundo o Espírito de san-
tidade, pela ressurreição dos mortos." Romanos 1:3-4
Quando Jesus foi acusado, dois tribunais humanos condenaram-no à morte: um era
religioso (Mateus 26:57-66) e o outro era laico (Mateus 27:22-30). O primeiro julga-
mento foi perante o Conselho, à noite, e o segundo foi perante Pôncio Pilatos, o go-
vernador romano. Jesus morreu, mas quando ressuscitou dos mortos, o "supremo
tribunal" que é Deus "justificou-o".
O que significa vindicar? É "defender alguém que tenha sido injustamente caluniado
ou difamado", é "devolver a alguém o que lhe pertence". Jesus era o Cordeiro imacu-
lado que caminhava em total obediência como homem, por isso o Pai ressuscitou-O
dos mortos e vindicou-O. Toda a Deidade, Pai, Filho e Espírito Santo, esteve envolvida
no cumprimento do plano divino de redenção, que foi selado pela ressurreição de
Cristo.
7. A ressurreição garante o poder de Cristo para nos salvar
"E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é em vão; ainda estais nos vossos pe-
cados." 1 Coríntios 15:17
55
Se Cristo não tivesse ressuscitado, ainda estaríamos em pecado e não teríamos opor-
tunidade de redenção. Se Jesus tivesse ficado no túmulo, como os líderes de outras
religiões, como ele poderia nos salvar? A ressurreição de Cristo é o que torna a sal-
vação possível. Após a sua ressurreição, o Pai deu-lhe todo o poder e autoridade na
terra, no céu e debaixo da terra (Mateus 28:18).
8. Se Cristo não tivesse ressuscitado a nossa fé e a nossa pregação teria sido

em vão:
"E se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é em vão, e a vossa fé

também é em vão.” 1 Coríntios 15:14
Se apenas pregamos sobre a cruz, mas omitimos o poder da ressurreição, a nossa

mensagem permanece incompleta. Muitos, mesmo alguns que afirmam ser cristãos,
negam a ressurreição de Jesus. Vivem em confusão e autoengano; não são verda-
deiros cristãos e não podem ser salvos se não acreditarem que Cristo ressuscitou dos
mortos. A Palavra de Deus é muito clara a este respeito.
9. A ressurreição de Jesus destronou o reino de Satanás
"E vós, estando mortos nos vossos pecados e na incircuncisão da vossa carne, Ele
vivificou juntamente com Ele, tendo-vos perdoado todos os vossos pecados, tendo
anulado a cédula de ordenanças que era contra nós, que era contrário a nós, tendo-o
tirado do caminho, e pregado na cruz" (Colossenses 2:13-14). Deus deu a Adão e Eva
o domínio de tudo que havia sobre a face da terra e o domínio para subjugar Satanás,
mas ao cair em tentação o homem perdeu a sua autoridade. Quando Jesus foi à cruz,
ele morreu e ressuscitou ao terceiro dia, tirando as chaves da autoridade de Satanás
e deu-as à igreja para governar novamente a terra e subjugar Satanás.
Com a sua vitória sobre a morte, Jesus recebeu a validação do Pai para reinar e des-
tronar o reino das trevas.
O diabo pensava que a cruz era a humilhação de Cristo, mas a ressurreição

tornou-se a humilhação de Satanás.
10. Ele nos concede a eternidade na presença de Deus
Isso nos confirma que por causa da ressurreição de Cristo, viveremos eternamente
na presença de Deus, quando o Senhor vier:
56
Doutrina de Cristo
"nós, que ficamos, seremos arrebatados juntamente com eles (os mortos em
Cristo) nas nuvens para encontrar o Senhor no ar; e assim estaremos sempre
com o Senhor." 1 Tessalonicenses 4:17
Esta é a consumação da obra perfeita de Cristo na cruz, e a Sua ressurreição traz a

restauração de cada crente na presença de Deus.
A sua ressurreição é o que torna Jesus diferente do resto dos grandes líderes religio-
sos que existiram. A maioria dos seguidores de outras religiões até argumentam, mas
sabem que os seus líderes estão mortos. Jesus é o único que tem o testemunho de
ter morrido e ressuscitado. O seu corpo foi glorificado e está vivo, sentado à direita do
Pai, com todo o poder e autoridade no céu, na terra e debaixo dela (Mateus 28:18).
Foi isso que tornou o cristianismo diferente: o nosso líder está vivo e vem novamente
para os seus! Estão prontos para o receber e pertencer-lhe? As vossas prioridades
estão certas?
Se você está vivendo em pecado, arrependa-se hoje, Jesus está à sua espera. A sua
morte e ressurreição não são uma teoria. Hoje, Jesus quer dar-lhe vida para ressus-
citar todas as áreas que estão mortas: saúde, finanças, casamento e até mesmo os
seus sonhos.

1. Faça uma oração de arrependimento por caminhar sozinho e não dar o lugar a
Jesus para guiar a sua vida
2. Faça uma oração se rendendo completamente a Jesus e a submeter a sua vida a

Ele.
3. Faça uma declaração do poder da ressurreição de Cristo, de acordo com a revela-

ção da palavra, para que possa receber todos os benefícios concedidos para aqueles
que creem.
Anotações:
57
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 6 – BÊNÇÃOS DE CRIST O E T ROCAS NA

NA CRUZ - I
Na cruz do Calvário, teve lugar uma troca divina. De um

OBJETIVOS: lado Jesus tomou o fardo de todas as nossas doenças e
sofreu as nossas dores, foi ferido pelas nossas transgres-
sões, foi desprezado e rejeitado pelos homens e recebeu
➢ Que o estudante
todo o castigo que nos era devido (Isaías 53:3-5). Em troca,
compreende a obra
Ele nos deu as bênçãos que lhe pertenciam por levar uma
de Cristo na cruz e a
importância que ela vida de obediência e santidade. Ele deu-nos a Sua paz,
tem na sua vida que ultrapassa todo o entendimento, Ele deu-nos a cura
como crente. divina, pois está escrito que "pelas Suas pisaduras somos
➢ Que o estudante curados" (versículo 5), e Ele deu-nos vida em abundância.
conhece 5 dos 10 as- Deus Pai colocou sobre Ele todos os nossos pecados, e
pectos mais impor-
embora Ele estivesse aflito e perturbado, Ele não abriu a
tantes do intercâm-
Sua boca (versículos 6 e 7), nem se queixou ou desistiu.
bio (troca) divino que
teve lugar na cruz e Muitos crentes têm apenas uma vaga ideia do que a cruz
faz deles os seus.
representa, por isso veem-na apenas como um pedaço de
madeira ou metal que é colocado nas entradas das igrejas,
ou que é pendurado em volta do pescoço. No entanto, a cruz é muito mais do que
isso. Ela tem um poderoso sentido espiritual.
O QUE É A CRUZ?
A cruz é o instrumento de morte sobre a qual Jesus morreu. Para os romanos, ser
crucificado foi a tortura mais cruel e horrenda de todas e eles só a aplicavam ao pior
dos criminosos. Para os gentios daquela época parecia uma loucura que o Messias
tivesse morrido tão desonrosamente, e para os judeus era certamente um tropeço (1
Coríntios 1:23). Para nós, cristãos, a cruz contém toda a mensagem de salvação (1
Coríntios 2:2).
A cruz não é apenas o madeiro onde Jesus se ofereceu em sacrifício, em nosso

lugar. É também o local onde se realizou a maior troca divina.
59
A. Dez aspectos da troca divina na cruz
De todos os pontos de vista, o trabalho de Jesus na cruz é perfeito em todos os sen-

tidos. Claro que podemos encontrar mais, mas vamos estudar 10 destaques de troca
divina que teve lugar na cruz do Calvário. Hoje vamos conhecer os 5 primeiras:
1. A cruz é a fonte da provisão total de Deus para cada crente
"Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós,
como não nos dará também com ele todas as coisas?” Romanos 8:32
Todas as nossas necessidades, quer emocionais, espirituais, materiais, de saúde ou

financeiras, já foram supridas por Deus através da cruz. Portanto, sempre que rece-
bemos algo, temos de reconhecer que a fonte ou origem de toda a provisão de Deus
é a cruz.
Não há outra fonte de provisão tão poderosa como a cruz.
2. Na cruz, Jesus impôs a Satanás uma derrota total, irrevogável, eterna e per-
manente.
Nada do que Satanás possa fazer pode mudar o fato da sua derrota. É eterna e irre-
vogável, porque a vitória de Jesus é total e permanente.
Se confrontarmos a Satanás em qualquer outra base que não seja a cruz, sere-
mos derrotados, mas se o fizermos a partir da cruz, seremos sempre vitoriosos.
Ele não pode mudar o que Jesus conquistou na cruz, por isso a tática do inimigo é
tentar esconder da igreja o verdadeiro poder da cruz. O diabo quer por todos os meios
diluir, suavizar, rebaixar e depreciar o poder da cruz para que a igreja não receba a
provisão completa que tem direito.
3. Jesus recebeu o castigo pelos nossos pecados para que fôssemos perdoados
e levou nossas enfermidades e dores para que fôssemos curados
"Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza, familiarizado

com a dor: e como se lhe escondêssemos a face, assim foi desprezado, e nós
não o estimamos. Certamente ele suportou as nossas tristezas, e carregou as
nossas dores; e nós o estimamos ferido, golpeado por Deus, e afligido. Mas ele
60
Doutrina de Cristo
foi ferido pelas nossas transgressões, foi ferido pelas nossas iniquidades: o
castigo da nossa paz estava sobre ele; e com as suas feridas estamos curados.”
Isaías 53:3-5
Nesse versículo, devemos enfatizar três pontos:
• Perdão dos pecados: O castigo devido à desobediência de toda a humanidade

veio sobre Jesus. Ele tomou sobre Si as nossas rebeliões e pecados. Isto faz
parte do plano de salvação de Deus.
• Paz com Deus: O segundo ponto mostra que, até que o castigo pelo pecado ou
iniquidade fosse executado, não haveria possibilidade de paz e reconciliação
com Deus. Jesus fez a paz, que através da cruz reconciliou a humanidade com
Deus.
• Cura: Ele concedeu-nos a cura suportando as nossas doenças e dores. Por-

tanto, só temos de entrar pela fé e apropriar-nos dessa verdade.
Nos Evangelhos encontramos também referências que se relacionam com esta pro-
fecia de Isaías:
"E quando chegou à noite, trouxeram-lhe muitos que estavam possuídos por
demônios; e com a palavra ele expulsou demônios, e curou todos os que esta-
vam doentes; para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, dizendo:
Ele próprio tomou as nossas enfermidades, e suportou as nossas doenças.”
Mateus 8:16-17
A Bíblia declara categoricamente "Ele curou-os a todos". Isto são boas notícias! Já
não precisamos de estar doentes! Jesus levou as nossas doenças! Este é o evangelho
do reino, que nós também pregamos. Devemos compreender que uma das principais
razões pelas quais as multidões seguiram Jesus foi para ver milagres (João 6:2).
Infelizmente, há muitas pessoas que não têm dificuldade em acreditar que Jesus per-
doa os pecados, mas que têm muita dificuldade em aceitar que Jesus ainda hoje con-
tinua a curar os doentes.
O perdão dos pecados é um dos maiores milagres que a humanidade já recebeu. No

entanto, não devemos considerar a cura levianamente, pois ela está incluída na pro-
visão total que Deus nos oferece através da cruz de Cristo. Embora existam médicos
muito respeitáveis que, por vezes, podem ajudar, só Deus conhece perfeitamente o
nosso corpo, alma e espírito e sabe como curá-los completamente. A única solução é
Jesus!
61
4. Jesus tornou-se pecador para que pudéssemos ser justificados pela Sua jus-
tiça
"Porque todos pecaram e estavam destituídos da glória de Deus, sendo justifi-

cados gratuitamente por sua graça através da redenção que há em Cristo Jesus,
a quem Deus propôs como propiciação pelo seu sangue, pela fé; para manifes-
tar a sua justiça, por ter esquecido em sua paciência, os pecados passados."
Romanos 3:23-25
O corpo de Jesus suportou as nossas doenças e enfermidades, mas a Sua vida, a

Sua alma, foi colocada como uma oferta pelos nossos pecados. Como vimos em aulas
anteriores, no Antigo Testamento, quando alguém pecava, tinha de trazer uma ofe-
renda, um animal, para ser sacrificado. Assim, a alma de Jesus, que é pura e limpa,
foi colocada como oferta pelo pecado da humanidade.
"Aquele que não conheceu o pecado, o fez pecado por nós, para que fôssemos
feito justiça de Deus." 2 Coríntios 5:21
Jesus, como o cordeiro de Deus, morreu em nosso lugar, assumindo a nossa natureza
pecaminosa, revestindo-nos com o seu manto de justiça para, quando apresentarmo-
nos perante o Pai, não estaremos mais como condenados, mas justificados pelo san-
gue do Filho de Deus.
5. Jesus tornou-se uma maldição para que pudéssemos receber uma bênção
Em Gálatas 3:13 a Palavra diz que "Cristo nos redimiu da maldição da lei, fazendo-se
maldição por nós; pois está escrito: Maldito é todo aquele que é pendurado em um
madeiro” (Deuteronômio 21:23).
No tempo de Jesus, morrer numa cruz era a pior maldição que alguém podia sofrer.
Todos os que foram crucificados trouxeram uma maldição para si próprios e sobre à
sua família, e foram vistos como altamente poluidores da terra que pisaram. Isto é
confirmado pela Escritura quando esta diz:
"Se um homem, culpado de um crime que merece a pena de morte, é morto e

suspenso a uma árvore, seu cadáver não poderá permanecer na árvore durante
a noite; tu o sepultarás naquele mesmo dia, pois o que for pendurado num ma-
deiro está debaixo da maldição do desprezo de Deus. Sendo assim, não tornarás
impura a terra que o Eterno, o SENHOR, teu Deus, te dá como herança!” Deute-
ronômio 21:22-23
62
Doutrina de Cristo
Jesus foi feito uma maldição para que recebêssemos a bênção, mas também para
que fôssemos e libertássemos outros. Muitas pessoas que têm maldições que operam
em suas vidas nem sequer o sabem.
Indicadores que mostram que uma pessoa está debaixo uma maldi-
ção:
Há indicadores chaves que mostram que uma pessoa vive sob uma maldição. A pre-
sença de um único indicador não significa que uma maldição esteja a operar sobre
ela, mas se vários estiverem presentes, então a maldição é óbvia:
- Desmaios e perturbações nervosas e mentais;
- Doenças crônicas repetidas, especialmente hereditárias;
- Abortos repetidos, não provocados;
- Separação matrimonial ou destruição da família (vários divórcios);
- Crises econômicas contínuas;
- Acidentes contínuos de todo os tipos;
- Histórico de suicídios e mortes prematuras.
Há esperança para quem se identifica com isto, porque Jesus se tornou uma maldição
para que recebêssemos uma bênção. Cristo já conquistou e já venceu!
Hoje, prepare-se para renunciar e deixar de ser um escravo do pecado. A força da

cruz irá libertá-lo. Quando lançamos esta fundação, temos fé nos resultados, por isso,
sabemos que hoje veremos pessoas livres de maldições. Jesus foi feito uma maldição
para que pudéssemos receber a bênção!
1. Faça uma oração pedindo ao Senhor que receba a revelação da troca que houve
na cruz e a importância que ela tem em sua vida, como crente.
2. Faça uma oração renunciando todas e quaisquer maldições que estejam a ope-
rando em sua vida, e orará pela libertação para que sejam quebradas e possa receber
as bênçãos que foram impedidas em sua vida.
63
3. Faça uma oração, para que o Espírito Santo revele alguma maldição específica que
você desconheça, para que Ele traga à Luz e seja desfeita. Ore e quebre a maldição
que você desconhecia, peça perdão de todo o coração e cancele as maldições em
Nome de Jesus.
Anotações:
64
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 7 – BÊNÇÃOS DE CRIST O E T ROCAS NA

CRUZ - II
Na aula anterior, estudamos as trocas que ocorreram

quando Cristo morreu na cruz. Sabemos que houve um
OBJETIVOS
confronto entre dois reinos e que Jesus deu a Sua vida
para que tivéssemos acesso a todas as bênçãos que vêm
➢ Que o estudante do Pai.
compreende a obra
de Cristo na cruz e
a importância que ANALISAMOS CINCO BÊNÇÃOS BÁSICAS QUE A
ela tem na sua vida CRUZ PROPORCIONA A CADA CRISTÃO:
como crente.
1) A provisão total para cada crente;
➢ Que o estudante
conhece 5 dos 10 2) A derrota total, irrevogável, eterna e permanente que Je-
aspectos mais im- sus infligiu a Satanás;
portantes do inter- 3) O perdão dos nossos pecados e a cura das nossas do-
câmbio divino que
res e doenças;
teve lugar na cruz e
faz deles os seus. 4) A nossa justificação através da Sua justiça;
5) A Sua bênção, tornando-se uma maldição em nosso lu-

gar, na cruz. Essas cinco bênçãos relacionadas acima, que
Jesus, através da cruz do Calvário, nos deu como herança,
à qual temos direito, como filhos de Deus.
Jesus suportou a nossa pobreza, para que pudéssemos receber a sua prospe-
ridade.
"Porque vós conheceis a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, para que, por
amor de vós, ele se tornasse pobre, sendo rico, para que, através da sua po-
breza, fôsseis ricos.” 2 Coríntios 8:9
Sem dúvida, é uma verdade que incomoda a muitos. Deus é capaz de nos dar tudo e
em abundância. A abundância de Deus é recebida pela fé e pela graça de dar; assim,
65
comecemos a declarar repetidamente o versículo acima, com a plena convicção de

que “Jesus é o sumo sacerdote da nossa confissão.” (Hebreus 3:1).
"Porquanto não serviste ao Senhor teu Deus com alegria e alegria de coração,
pela abundância de todas as coisas, pelo que servirás os teus inimigos, que o
Senhor enviará contra ti, com fome, e com sede, e com nudez, e com falta de
todas as coisas; e ele porá um jugo de ferro sobre o teu pescoço, até que sejas
destruído.” Deuteronômio 28:47-48
A pobreza é uma maldição que traz consigo fome, sede, nudez e falta das coisas. A
grande comissão que Jesus nos deixou ordena-nos que levemos o evangelho do
Reino e a mensagem da cruz a todos os cantos da terra. Isso inclui a pregação aos
pobres.
Jesus experimentou a pobreza, pois Ele sabia o que é sentir fome e sede; morreu
nu e foi enterrado com um manto que não era Seu e em um túmulo emprestado.
Porém, ao morrer na cruz, Ele destruiu a maldição da pobreza para que nós vivêsse-
mos em abundância!
"Em tudo vos ensinei que, ao fazê-lo, deveis ajudar aqueles que estão em ne-
cessidade, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: 'É mais abenço-
ado dar do que receber’.” Atos 20:35
Dar sem que nada tenha sido forçado indica que o doador adquiriu, pelo menos nessa
área, o carácter de Cristo, cuja natureza é o de dar. Infelizmente, quando se vive em
um nível de insuficiência ou suficiência, não se pode dar, só se pode receber. No
entanto, Deus já providenciou a abundância para si, de modo que será suficiente até
para semear na vida de outros. Não interpretem mal, não estamos dizendo que todos
os crentes devem ser milionários, mas acredito que o nível de provisão que Deus nos
quer abençoar é o de abundância. Ele quer que paguemos todas as nossas contas e
que ainda tenhamos muito para cada bom trabalho.
Declare isso em voz alta: "Jesus tirou a nossa pobreza para que pudéssemos partilhar
a Sua abundância.” Se você acreditar sem duvidar, hoje mesmo começará uma mu-
dança permanente na sua vida.
6. Jesus carregou a nossa vergonha e culpa para que pudéssemos receber a

Sua glória
66
Doutrina de Cristo
Muitas pessoas têm um grave problema de vergonha. Eles sentem que nunca poderão
levantar o rosto perante Deus. Quando isso acontece, uma das causas mais frequen-
tes é o abuso de todos os tipos, alguns sofridos durante a infância, incluindo o abuso
sexual.
A boa notícia é que a cruz também lhes oferece um remédio. Na passagem bíblica
seguinte, vemos que Jesus foi desnudado e envergonhado em público.
"Quando O crucificaram, dividiram as Suas vestes entre si, lançando à sorte,

para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: 'Dividiram entre eles as Mi-
nhas vestes, e sobre as Minhas vestes lançaram à sorte. E eles sentaram-se ali
e observaram-no." Mateus 27:35-36
Os soldados não só flagelaram Jesus, não só lhe puseram uma coroa de espinhos e
cuspiram nele, como também o deixaram nu. Assim, permaneceu durante horas antes
do escárnio dos soldados e das pessoas que por ali passavam.
Por que é que Jesus teve de passar por tudo isso sendo o Filho de Deus? A resposta
é simples: Ele carregou a nossa vergonha para que pudéssemos partilhar a Sua glória.
O profeta Isaías diz que Ele foi "desprezado e rejeitado pelos homens..." (Isaías 53:3).
No entanto, uma das razões pelas quais Jesus suportou toda essa vergonha foi para
nos levar à glória do Pai e para que todas as nossas gerações viessem conosco (He-
breus 2:10).
7. Jesus suportou a nossa rejeição para que pudéssemos ganhar a Sua aceita-
ção
Não há dúvida de que a rejeição é um dos problemas emocionais mais comuns entre
as pessoas do nosso tempo. Sentir-se excluído do círculo que frequentamos ou não
ser aceito por eles é uma ferida profunda que pode ocorrer na alma de uma pessoa.
- Quais são as principais causas de rejeição?
Basicamente, podemos identificar três causas principais de rejeição:
- Quando os pais não sabem como expressar o amor
É nossa firme convicção que cada bebê vem ao mundo com o desejo de ser amado.
O amor deve ser expresso abertamente; se for amado em segredo ou em silêncio,
não produz o efeito desejado, especialmente nas crianças.
- Quando nasce uma criança não desejada
67
Para muitos, a rejeição começa no ventre da mãe, quando ela descobre que está
grávida, e tanto ela quanto o pai do bebê ou outros familiares não querem a criança.
A rejeição pode também vir do sexo do bebê, quando é desejada uma menina e vem
um menino, ou vice-versa.
- Quando há um desmembramento na família
Muitas vezes, os filhos de uma família que passam por um divórcio sentem-se culpa-
dos pela separação do lar e adquirem um espírito de rejeição. Esse espírito desenca-
deia uma série de maldições que arrasta tanto homens como mulheres. Muitos casam
demasiadamente jovens tentando compensar a falta de amor através do sexo, mas
em vez disso recebem rejeição, abusos e mais rejeições. Jesus Cristo retirou-nos a
rejeição para que pudéssemos obter a Sua aceitação.
- O que significa ser aceito?
Em termos simples, o oposto de ser rejeitado está em ser aprovado. Na sua carta aos
Efésios, o apóstolo Paulo diz que Deus Pai nos abençoou com toda a sorte de bên-
çãos espirituais, adotou-nos como Seus filhos por Jesus Cristo e fez-nos aceitos (Efé-
sios 1:3-6).
A palavra grega usada para significar "aceitação" é charis, que significa "ter graça",
"contar com o favor de alguém". Isto significa que somos agora tanto filhos de Deus
"pela graça" ou "pelo favor de Deus" como Jesus é por natureza. Muitas pessoas,
mesmo nas igrejas, sofrem de rejeição porque não conhecem esta verdade. Jesus
quer libertá-los agora mesmo da rejeição. Receba a graça de Deus e a Sua aceitação
pela fé, agora. Amém!
8. Jesus foi separado do Pai pela morte para que pudéssemos ser um com Deus
Quando José de Arimateia foi a Pilatos pedir o corpo de Jesus para que fosse enter-
rado, Pilatos ficou surpreendido ao saber que Jesus já tinha morrido (Marcos 15:44),
pois a crucificação é uma morte muito lenta. O que partiu o coração de Jesus: a se-
paração do Pai e o seu silêncio. O desamparo é o mais cruel de todos os abandonos.
Jesus gritou no meio da Sua agonia e disse: "Meu Deus, meu Deus, por que me aban-
donaste (Mateus 27:46)? Esta frase reflete o peso de todos os pecados da humani-
dade e o verdadeiro abandono que Ele sofreu do seu Pai. Pela primeira vez na história
do universo, Jesus orou e não obteve resposta. Depois gritou de novo e entregou o
seu espírito, ao morrer.
Quando Jesus expirou, o véu do templo foi rasgado em dois, de cima para baixo (Ma-
teus 27:51), como uma demonstração de que era obra de Deus. Era o véu que
68
Doutrina de Cristo
separava o homem pecador de um Deus santo, e quando Jesus morreu o véu da

separação foi rasgado, deixando-nos o caminho aberto para entrarmos plenamente
na presença do Pai.
Outra profecias de Isaías que se cumpriu em Jesus é a que, provavelmente, gerou os

piores comentários em sua época:
"Ele foi levado para a prisão e a julgamento. E quem deve declarar a sua gera-
ção? Pois foi cortado da terra dos vivos, e pela transgressão do meu povo foi
ferido." Isaías 53:8
Provocou comentários e controvérsias? Claro que sim, porque na cultura hebraica, a

pior coisa que podia acontecer a um homem era ser cortado da sua linhagem; isto é,
não deixar um descendente para continuar depois dele.
No entanto, Deus o Pai tinha tudo calculado, porque o mesmo profeta explica alguns
versículos mais tarde que:
"Quando tiver feito expiação pelo pecado, verá a sua semente, prolongará os
seus dias, e o prazer do Senhor prosperará na sua mão. Ele verá o fruto da afli-
ção da sua alma, e ficará satisfeito." Isaías 53:10-11
Nós somos o cumprimento desta profecia. A morte de Jesus na cruz pôs fim a uma
geração de pecado e corrupção, mas começou uma nova geração. Esta é uma nova
descendência que se levanta para fazer a vontade de Deus, para cumprir os Seus
princípios, para atender ao Seu chamado e para encher a terra com a Sua glória. Você
é um deles, homem e mulher, que segundo a promessa de Deus, viverá muito tempo
e a tua mão prosperará, porque Jesus nos redimiu na cruz e agora somos um só com
Deus.
9. O nosso velho homem foi executado para que o novo homem possa viver em
nós.
"Sabendo isto, que o nosso velho está crucificado juntamente com ele, para
que o corpo do pecado seja destruído, a fim de não servirmos mais ao pe-
cado." Romanos 6:6
Segundo as Escrituras, todos nós que fomos batizados em Cristo fomos batizados na
Sua morte, pois assim como Cristo foi ressuscitado para glória do Pai, também nós
pudéssemos ter uma nova vida (Romanos 6:3-4). Ao tornar pública a nossa decisão
de seguir Cristo e sermos batizados, reconhecemos que morremos para o velho ho-
mem.
69
- Quem é o velho homem?
Ele é o "corpo do pecado", também conhecido como "a carne", também chamada de
"natureza Adâmica". Embora este velho homem queira esconder-se atrás de muitos
nomes, podemos defini-lo com uma palavra: "rebelião". Podemos afirmar que dentro
de cada um de nós há um rebelde, no entanto, Deus tem um plano para esse rebelde.
Ele não o envia para ter aulas de etiqueta para aprender a comportar-se, nem o sujeita
a longas horas de aconselhamento. A solução de Deus é crucificá-lo. Foi isso que
Jesus fez na cruz há mais de dois mil anos. Ao morrer, o nosso velho morreu com Ele.
Saber e acreditar nisso nos tornam livres!
O apóstolo Paulo afirma que nós também devemos nos considerar mortos para pecar,
mas vivos para Deus (Romanos 6:11). Mas o que significa estar morto para pecar?
Significa que o pecado já não nos atrai, que já não domina mais as nossas vidas. A
provisão de Deus através do sacrifício de Jesus na cruz inclui a execução da nossa
natureza rebelde. Não podemos ter uma vida de vitória se o velho homem rebelde que
vive em nós não for executado.
- Uma mudança de vida
"Quanto ao antigo modo de vida, despojados do velho homem, que é corrupto

segundo as luxúrias enganosas, e renovem-se no espírito da vossa mente, e
vistam-se do novo homem, criado segundo Deus na justiça e na santidade da
verdade.” Efésios 4:22-24
O homem velho é corrupto e pecador, corrompido pelos "desejos enganosos".
A natureza do velho homem é emocional, é moral e fisicamente corrupta.
O fim da corrupção é a morte, porque a corrupção é irreversível. Deus não edifica

sobre ruínas; é por isso que quando Deus quer trabalhar em nós, tem que tornar-nos
totalmente novos. A salvação é a execução do velho homem. Pelo contrário, o novo
homem é o resultado da verdade, que traz justiça e santidade. Quem é o novo ho-
mem? O homem novo é a natureza de Jesus em nós. A natureza de Jesus não pode
pecar porque Ele nasceu de Deus (1 João 3:9). A natureza de Jesus é a única que
pode nos levar à perfeição.
70
Doutrina de Cristo
"Anunciamos (a Cristo), admoestando a todo homem, e ensinando a todo ho-

mem com toda a sabedoria, para que possamos apresentar perfeito em Cristo
Jesus a todo homem." Colossenses 1:28
Como podemos ver, o novo homem é uma pessoa com a natureza incorruptível de
Jesus, para que possa adotar o carácter de Cristo. Essa natureza incorruptível é a
semente de Deus que permite ao crente viver como um novo homem. Isto não significa
que um cristão nascido de novo nunca peca, mas que em cada crente existe uma
natureza divina capaz de não pecar: essa é a natureza de Jesus. A Palavra diz isso:
"Quem nasce de Deus não comete pecado, pois a semente de Deus permanece
nele: e ele não pode pecar.” 1 João 3:9
Na primeira carta escrita pelo apóstolo Pedro, Ele declara que somos: "Nascido de
novo, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela palavra de Deus,
que vive e permanece para sempre." 1 Pedro 1:23.
Então, o que determina o fruto que damos na nossa vida? A forma como vivemos! Se
crucificarmos diariamente o velho homem, viveremos em vitória. Matar o velho é um
processo contínuo e uma decisão diária, que tem de ser tomada em todas as áreas
da nossa vida.
O apóstolo Paulo proclama isso categoricamente

"Se então ressuscitaste com Cristo, procura as coisas que estão acima, onde
Cristo está, sentado à direita de Deus". Pensem em coisas que estão acima, não
em coisas que estão na terra. Pois tu morreste, e a tua vida está escondida com
Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, for revelado, então também
vós sereis revelados com Ele em glória.” Colossenses 3:1-4
Resumindo, o que aprendemos sobre o que Jesus fez na cruz?

1. Ele recebeu todo o castigo pelos nossos pecados para que recebêssemos o Seu
perdão;
2. Ele suportou as nossas enfermidades e sofreu as nossas dores para que pudésse-
mos ser curados;
3. Ele tornou-se pecador para que fossemos justificados pela Sua justiça;
71
4. Ele morreu para que pudéssemos receber a Sua vida;
5. Ele tornou-se uma maldição para que pudéssemos receber a Sua bênção;
6. Ele suportou a nossa pobreza para que pudéssemos receber a Sua prosperidade;
7. Ele carregou a nossa vergonha e culpa para que pudéssemos receber a Sua glória;
8. Ele suportou a nossa rejeição para que pudéssemos ganhar a sua aceitação;
9. Ele foi separado do Pai pela morte para que pudéssemos ser um com Deus;
10. O nosso velho homem foi executado para que o novo homem pudesse viver em
nós.
1. Ore pedindo ao Senhor que receba a revelação do que aconteceu na cruz e a troca
divina feito por Jesus, para nos dar acesso para receber as Suas bênçãos.
2. Faça uma oração de renúncia ao velho homem (velha mulher), as maldições, a

rejeição, a pobreza e a vergonha, e a se comprometerem perante Deus a crucificar o
velho homem, diariamente, em cada área das suas vidas, pela graça de Deus.
3. Faça uma oração de reconciliação com Jesus para aceitar o novo homem (uma
nova mulher) que Deus começa a construir em você, que reflete o caráter de Cristo.
Anotações:
72
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 8 - COMO SE APROPRIAR DOS

BENEFÍCIOS DA CRUZ
Sabemos que na cruz Jesus infligiu a Satanás uma derrota

OBJETIVOS total, irrevogável, eterna e permanente (perene). Temos
agora a certeza de que a batalha contra o nosso inimigo foi
➢ Conhecer os pas-
sos a seguir para se ganha, e tudo o que temos que fazer é usar a vitória de Je-
apropriar dos benefí- sus na cruz como a nossa arma de guerra mais poderosa
cios da cruz: arrepen-
contra o inimigo. Depender da cruz deve ser um modo de
der-se, acreditar, con-
fessar e agir. vida para nós, filhos de Deus. Devemos ter em mente que,
➢ Para orientar os es- como filhos do Deus Altíssimo, somos herdeiros e coerdei-
tudantes a orar para ros com Cristo, mas devemos aprender a nos apropriar de
que se apropriem de todas as bênçãos que a cruz nos proporciona. Através da
cada bênção e para
agradecer antecipa-
ressurreição de Jesus, temos acesso a muitos benefícios,
damente a Deus por incluindo a saúde física, a paz e a provisão, mas o primeiro
tê-las recebido. de tudo é a salvação.
Os requisitos para alcançar a salvação e receber todos os benefícios

da cruz
A. São quatro os requisitos: arrepender-se, acreditar, confessar e agir:
1. Arrepender-se
Jesus começou o seu ministério com um apelo ao arrependimento, dizendo:
"O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos, e acre-
ditai no evangelho." Marcos 1:15
Porém, no nosso tempo é comum as igrejas pregarem mensagens muito simpáticas

que, no entanto, omitem falar de arrependimento. Isso não é bíblico. O Novo Testa-
mento mostra-nos que o arrependimento é o primeiro passo para a salvação. A Escri-
tura diz:
"E quando ouviram isto, compungiram-se em seus corações, e disseram a Pe-

dro e ao resto dos apóstolos, Homens e irmãos, o que faremos? Então Pedro
73
disse-lhes: 'Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus

Cristo para o perdão dos vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito San-
to'.” Atos 2:37-38
A igreja de hoje não pode mudar a mensagem da cruz.
• O que é o arrependimento?
O arrependimento significa mudar de direção; é dar um giro de 180 graus em

nossa maneira de viver.
Arrependimento também é uma mudança de mentalidade e de objetivo. O Novo Tes-

tamento nos mostra que é sempre uma mudança para melhor. O arrependimento não
é uma emoção, é uma decisão! Arrepender-se é tomar uma decisão sincera de se
submeter a Deus e guardar os Seus mandamentos. É uma Metanoia, uma mudança
na sua mente para viver de uma forma que agrada a Deus.
• Por que é que temos de nos arrepender?
"Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, foi ferido pelas nossas iniquida-
des: o castigo da nossa paz estava sobre ele; e pelas suas pisaduras fomos
curados. Todos nós nos extraviamos como ovelhas, cada uma seguiu o seu pró-
prio caminho; mas o Senhor pôs sobre Ele a iniquidade de todos nós.” Isaías
53:4
Segundo a Palavra, todos devem arrepender-se, porque estávamos como ovelhas

desviadas, cada um seguindo os impulsos da própria carne, tornando-nos indepen-
dentes de Deus e impondo-Lhe a nossa vontade. Isso é rebelião! É por isso que de-
vemos nos arrepender.
As pessoas que apenas fazem uma parte do que Deus lhes ordenou são rebeldes,
quer falem em línguas, quer sejam líderes. A obediência incompleta é equivalente a
desobediência. Infelizmente, há pessoas que não nasceram de novo, que tomam a
igreja como uma espécie de clube social onde se reúnem para compartilhar, mas
saem com a mesma natureza pecaminosa que entraram. Não há mudança, não são
transformadas e não podem transformar ninguém, porque o pecado da rebelião habita
neles. Continuam a viver de acordo com os seus desejos e vontades, padrões e valo-
res. Elas não vivem como Deus estabelece na Sua Palavra. A solução é arrepender-
se do pecado que não só ofende a Deus, mas também traz consequências.
74
Doutrina de Cristo
• Quais são algumas das consequências do pecado?
A Palavra de Deus nos dá muitas razões para não pecarmos. Vamos rever as princi-
pais:
• O pecado escraviza, degrada e humilha
"Que direis? Pecaremos, porque não estamos debaixo da lei, mas sob a graça?
De forma alguma! Não sabeis que se os submeteis a alguém como escravos
para obedecer-lhes, sois escravos daqueles a quem obedeceis, quer do pecado
que conduz à morte, quer da obediência que conduz à justiça?" Romanos 6:15-
16
No exato momento em que uma pessoa peca, ela é apanhada e torna-se um escravo
(a) de Satanás. Quando isso acontece, a pessoa não pode desfrutar da sua vida como
crente, mas também não pode aproveitar da vida mundana. Em outras palavras, ele
não goza nem de Deus nem do diabo. Quando pecamos, damos ao inimigo o direito
e a autoridade sobre a nossa vida. Mas não é só isso, o pecado degrada e humilha o
pecador.
"Porque não há nada oculto que não há de ser manifestado; nem escondido que
não haja de ser conhecido, para vir à luz." Lucas 8:17
Portanto, cada pessoa que peca é exposta e o seu pecado se torna público, causando
constrangimentos e humilhação.
• O pecado não satisfaz
As pessoas pecam por causa de um desejo interior que lhes dizem continuamente:
"Se fizerem isso, ficarão satisfeitas", "Precisam disso para não se sentirem frustradas
e aborrecidas.” Isso é uma mentira de Satanás! O pecado oferece uma satisfação
temporária, mas depois traz mais vazio que antes, e envolve a pessoa de tal forma
que ela vai querer continuar a pecar. Exemplos claros disso são: imoralidade sexual,
drogas, gula, e muito mais. Além do fato de não satisfazer, o pecado rouba o tempo,
e as pessoas arrependem-se mais tarde do tempo perdido por causa do pecado.
• Deus castiga o pecado, e o salário do pecado é a morte
"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna atra-
vés de Jesus Cristo nosso Senhor." Romanos 6:23
Muitos acreditam que o pecado não tem consequências, porque pecaram repetida-
mente e continuam vivendo como se nada tivesse acontecido. Mas a Palavra de Deus
75
é clara: "o salário do pecado é a morte". Não se trata necessariamente de uma morte
física. A primeira coisa que ocorre é a morte espiritual. De qualquer forma, o salário
do pecado alcançará essa pessoa, mesmo que seja lentamente, mas sempre virão as
consequências. No entanto, se nos arrependermos, Deus é fiel para nos perdoar.
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
nossos pecados, e para nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9
Pelo contrário: "Se dissermos que não pecamos, fazemos dele um mentiroso, e a Sua
palavra não está em nós" (1 João 1:10).
Deus castiga os pecadores, mas quem recebe a correção como filho não será julgado,
se ele se arrepender.
• O pecado fere a Deus, a si e aos outros
"Não deis lugar ao diabo. Que aquele que roubou não roube mais: mas sim que
trabalhe, fazendo com as suas mãos o que é bom, para que tenha de partilhar
com aquele que tem necessidade. Que nenhum discurso corrupto saia da sua
boca, mas tal como é bom para a edificação necessária, que possa dar graça
aos que o ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, pelo qual sois
selados até ao dia da redenção.” Efésios 4:27-33
Quando pecamos, entristecemos o Espírito Santo, e esquecendo que Ele vive em nós.
Então perguntamo-nos por que não tenho alegria? Por que não sinto a Sua presença?
Por que Deus não responde às minhas orações? Por que não sinto a Sua unção? A
resposta é clara: porque o Espírito Santo está entristecido.
Quando uma pessoa peca, a mais prejudicada é a si mesma, pois prejudica a sua
relação com Deus. O pecado de uma pessoa afeta todos à sua volta, que o ama. É
por isso que devemos pôr de lado o egoísmo e pensar na dor que causamos a nossa
família. Por exemplo, quando um homem comete adultério, isso afeta a sua esposa e
filhos, além das maldições que este homem submete a sua família, que pode perpe-
tuar por gerações.
• O pecado tem consequências eternas
"E os livros foram abertos; e outro livro foi aberto, que é o livro da vida: e os
mortos foram julgados a partir das coisas que estavam escritas nos livros, de
acordo com as suas obras.” Apocalipse 20:12
Tudo o que fazemos está escrito nos livros do céu e seremos julgados por cada uma
de nossas ações, se não houver um arrependimento genuíno. Não há nenhuma
76
Doutrina de Cristo
passagem na Bíblia que diga que um cristão pode viver como quer e ir para o céu de
qualquer maneira. A Bíblia nos ordena que devemos viver em obediência a Deus.
• Se aproprie do perdão de Cristo e vença o pecado
Deus Pai enviou o Seu Filho unigénito, Jesus, para fazer a remissão dos pecados,
não a expiação. O que é a remissão? Remissão significa desarraigar um pecado para
mudar o comportamento de uma pessoa; é perdoar uma dívida por completo. Há pes-
soas que tentam mudar o seu comportamento pela sua própria força, mas não conse-
guem. Elas tentam por diversas vezes, e podem até mudar durante algumas semanas,
mas depois voltam a pecar. A razão é que tentam mudar o seu comportamento, a
expressão exterior do seu ser sem terem mudado a sua natureza interior. O que muda
a natureza e desenraiza o pecado eterno do homem? Apenas o sacrifício de Cristo na
cruz e o Seu sangue. Recordemos que Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo (João 1:29). Este é um dos benefícios mais significativos que obtemos como
crentes, pois é a oportunidade de receber o Seu perdão e ser redimido através do
arrependimento.
2. Acreditar
"Sem fé é impossível agradar a Deus; pois é necessário que aqueles que se

aproximam de Deus deve acreditar que Ele existe, e que é galardoador dos que
o procuram diligentemente." Hebreus 11:6
Não há nenhum substituto para a fé. Acreditar é ter confiança no caráter de Deus, que
Ele é um Deus justo e fiel. Por que é pecado ser descrente? Porque significa atribuir
a Deus traços de maldade e infidelidade, o que implica acreditar que Deus não fará o
que prometeu. Precisamos renunciar à incredulidade, pois é um espírito que nos incita
a não acreditar em Deus e na Sua Palavra.
3. Confessar
“... Se confessares com a tua boca que Jesus é Senhor, e acreditares no teu
coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o
coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação."
Romanos 10:9-10
Para ganhar a salvação, é preciso "acreditar com o coração," mas também "confessar
com a boca". Da mesma forma se aplica para receber todas as bênçãos que Jesus
conquistou na Cruz. Confessar é fazer com que as palavras que falamos com a nossa
boca concordem com o que Deus estabelece na Sua Palavra.
77
Jesus é o Sumo Sacerdote da nossa confissão
"Por isso, irmãos santos... consideremos o Apóstolo e Sumo Sacerdote da

nossa confissão, Cristo Jesus." Hebreus 3:1
Jesus é chamado na Bíblia de Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão. A

palavra, "profissão" vem de "professar" que também significa "confessar". O que a
Bíblia está nos dizendo é que o ministério sacerdotal de Jesus está diretamente rela-
cionado com aquilo que confessamos. Quando dizemos a mesma coisa que Jesus
declara na Sua Palavra, Ele apoia essa confissão. Se não dissermos nada, então Ele
não tem nada para nos respaldar.
Agarremo-nos a nossa confissão, declarando a Palavra de Deus em oração.
Primeiro, confessamos e depois mantemos a nossa confissão com firmeza. Estamos

certos de encontrar oposição, problemas, circunstâncias e pessoas que vão querer
tirar-nos da nossa confissão, mentindo, declarando contra a Palavra de Deus, falando
palavras de incredulidade, desânimo e maldição. Permanecer firme na Palavra é uma
parte essencial da salvação.
“A arma mais poderosa que Deus nos dá é a Sua Palavra, que nos permite com-
bater o inimigo em todas as áreas das nossas vidas.” Hebreus 4:12
Se o inimigo ataca as suas finanças, repreenda-o com a Palavra de Deus; em oração,

invoque a superabundância de Deus confessando, por exemplo, este versículo:
"O meu Deus suprirá todas as vossas necessidades conforme as suas riquezas
em glória, por Cristo Jesus." Filipenses 4:19
Se o inimigo tocar na sua saúde, confesse em oração o que a Bíblia diz:
"Certamente ele (Jesus) suportou as nossas dores ... e pelas suas pisaduras
fomos curados." Isaías 53:4-5
Essa confissão não é um ato religioso ou uma vã repetição; é declarar a Palavra con-
tinuamente e acreditar que Deus o fará. Se apenas acreditamos e pensamos, mas
não falamos, não funciona porque o poder da vida e da morte está na nossa boca. Até
Jesus, o nosso exemplo, respondeu a cada tentação do diabo confessando a Palavra
de Deus: "Está escrito” (Lucas 4:1-13).
78
Doutrina de Cristo
4. Tomar posse
Temos que fazer uma ação relacionada com o que está sendo confessado. Isso sig-
nifica que, uma vez arrependidos, acreditados e confessados a Palavra, temos de agir
com fé. Esse é o maior teste: agir! Não permaneçamos passivos, peçamos a orienta-
ção do Espírito Santo todos os dias, em todas as situações. Passemos de uma atitude
passiva, de simplesmente dizer "eu acredito", para uma atitude ativa que diga "eu
acredito e por isso ajo"!
O ato de fé mais simples que se pode fazer
• Agradecimento em ações de graças
O simples ato de dar graças desencadeia o poder sobrenatural de Deus. A Escritura

nos ordena que estejamos sempre gratos.
O apóstolo Paulo recomenda: "Sede cheios do Espírito, falando uns com os outros em
salmos e hinos e cânticos espirituais, cantando e fazendo melodia nos vossos cora-
ções ao Senhor, dando sempre graças a Deus e ao Pai por tudo, em nome de nosso
Senhor Jesus Cristo” (Efésios 5:18-20). Jesus deu graças.
A Bíblia mostra numerosas passagens em que Jesus aparece dando graças ao Pai.
Uma das mais conhecidas está descrita nos Evangelhos, quando teve de alimentar
mais de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. João diz que o ato de
ações de graças multiplicou os pães e os peixes, que foi suficiente para todos e ainda
sobraram algum cestos.
"E Jesus tomou aqueles pães, e, tendo dado graças, distribuiu-os aos discípu-
los, e os discípulos aos que estavam sentados; da mesma forma, dos peixes,
tanto quanto eles queriam. E quando estavam cheias, disse aos seus discípulos:
'Recolham as peças que sobram, para que nada se perca.” João 6:11-12
Para superar e alcançar o objetivo, devemos manter os nossos olhos fixos em Jesus
e na cruz. Pelo poder da ressurreição de Jesus devemos apropriar-nos primeiro da
nossa salvação, mas também da plena provisão da cruz, que inclui saúde física, acei-
tação, perdão dos pecados, riqueza, vida abundante, cura interior, paz e alegria no
Senhor, entre muitos outros benefícios.
79
1. Se comprometa em praticar os quatro requisitos necessários para alcançar não

somente a salvação, mas também para receber todos os benefícios da cruz, que são:
arrependimento, confissão, crer e ação.
2. Em voz alta confesse os benefícios da cruz, como o Espírito Santo o conduzir, por
saúde física, paz, provisão financeira, etc., e dar graças a Deus como um ato de fé,
acreditando que receberá o que confessar, desde que esteja de acordo com a Palavra
de Deus.
Anotações:
80
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 9 - O SENHORIO DE CRIST O
Na antiga sociedade greco-romana, a escravidão era uma

prática comum, social e econômica. Os escravos eram ven-
OBJETIVOS
didos nas antigas praças, amarrados de pés e mãos e, mui-
➢ Compreender
tas vezes, torturados.
o significado do
senhorio de Nós também éramos escravos do pecado, torturados e pre-
Cristo. sos pelo diabo, até que um dia apareceu um novo Senhor:
Jesus de Nazaré. Ele, com o seu sangue, pagou pelas nos-
➢ Compreender
sas vidas. Essa é a base do nosso pacto e compromisso
as razões pelas
quais Cristo é o para com Ele. A Bíblia nos ensina que Jesus Cristo é o nosso
nosso Senhor. Salvador, mas também que Ele é o mestre e Senhor das
nossas vidas (Romanos 6:23).
➢ Saiba quais
são alguns dos
benefícios que
O QUE SIGNIFICA A FRASE “JESUS É O SE-
recebemos, di-
zendo: "Jesus é o NHOR”?
Senhor".
➢ Para saber se
Vejamos agora o que significa que Jesus é o nosso amo e
estamos sujeitos
Senhor:
ao senhorio de
Cristo em todas Para compreender o verdadeiro significado do Senhorio de
as áreas da Cristo, devemos primeiro compreender o significado das pa-
nossa vida. lavras “Senhor” e “servo”.
➢ Assumir o A palavra “senhor” ou kúrios é uma expressão territorial que
compromisso de inclui os seguintes significados:
seguir, obedecer
e estar disponível 1) Proprietário e mestre: Aquele que possui direitos de pro-
para Cristo. priedade sobre bens e mesmo sobre pessoas;
2) Autoridade absoluta e soberana: Aquele que dá ordens

e instruções que devem ser obedecidas exatas e imediatamente.
A palavra “servo” ou doulos inclui os seguintes significados:
81
1) Escravo: É uma pessoa que é propriedade do senhor e perde não só a sua liber-
dade, direitos e privilégios, mas também a sua vontade e identidade;
2) Servo incondicional: Aquele que está disposto a servir o seu senhor sem impor
condições pessoais;
3) Pessoa dependente e sob autoridade: Aquele que não ousa tomar as suas pró-
prias decisões nos assuntos da sua vida, e que consulta sempre a vontade do seu
mestre para saber o que deve fazer, que se submete ao que o mestre tem a dizer.
“Não posso fazer nada de mim mesmo; como ouço, assim julgo; e o meu julga-
mento é justo, porque não procuro a minha própria vontade, mas a vontade da-
quele que me enviou, a do Pai.” João 5:30
Agora que compreendemos o significado das palavras “senhor” e “servo”, vejamos por
que é que Jesus é o nosso Senhor.
A. Razões pelas quais Jesus Cristo é Senhor
1. Jesus sempre existiu, assim como Deus: “No princípio era a Palavra (verbo), e
a Palavra (verbo) estava com Deus, e a Palavra (verbo) era Deus” (João 1:1).
2. Jesus tinha poder e uma posição privilegiada desde os dias da eternidade
3. Jesus esvaziou-se a si mesmo e se humilhou, procurando fazer a vontade do

Pai: "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo
Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens” (Filipenses 2:5-7).
4. Jesus desceu na hierarquia ao tornar-se um homem e ao morrer para salvar

o mundo
5. Jesus teve obediência absoluta: "E, achado na forma de homem, humilhou-se a

si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus
o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que
ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e
debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para
glória de Deus Pai” (Filipenses 2:8-11).
Pela sua obediência, Deus Pai o exaltou ao mais alto grau, concedendo-lhe o título de
Senhor e colocando o Seu nome acima de todo nome.
82
Doutrina de Cristo
6. Jesus pagou um preço pelas nossas vidas: "Mas ele foi ferido pelas nossas
transgressões, foi ferido pelas nossas iniquidades: o castigo que nos trouxe a paz
estava sobre ele; e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5).
Cristo tem o direito de ser o dono e mestre das nossas vidas, porque Ele pagou o
preço exigido. Portanto, Ele é digno de todo o poder, autoridade, força e domínio.
Jesus é a mais alta autoridade e por isso é Rei dos reis e Senhor dos senhores.
7. Jesus tem autoridade no mundo espiritual: "Quem, tendo subido ao céu, está à
direita de Deus, e anjos e autoridades e poderes a ele estão sujeitos" (1 Pedro
3:22).
8. Jesus tem autoridade sobre todo o ser humano
Ele tem poder sobre todos os seres espirituais, tantos bons quanto demoníacos.
"Para que no nome de Jesus se dobre todo o joelho, dos que estão no céu, na
terra e debaixo da terra." Filipenses 2:10
9. Deus O exaltou a posição mais alta
Jesus tem uma posição especial e única: Ele senta-se à direita do Pai. A partir daí Ele
governa, é adorado e exaltado pelos Seus servos e por toda a criação.
"Eram milhões e milhões, dizendo em voz alta: 'O Cordeiro que foi morto é digno
de tomar o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória, e o louvor. E
a toda a criação que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a
todas as coisas que neles há, ouvi dizer: Àquele que está sentado no trono, e ao
Cordeiro, sejam louvores e honra e glória e poder para todo o sempre.” Apoca-
lipse 5:11-13
B. Benefícios que recebemos por dizer "Jesus é Senhor"
Todo aquele que confessa a Jesus como Senhor é salvo (Romanos 10:9). Alguns
cristãos conhecem esse benefício, mas outros não. Outros benefícios que os crentes
recebem através do trabalho redentor de Jesus na cruz são:
• Começamos uma nova vida
"E morreu por todos, para que aqueles que vivem não vivessem mais por si
próprios, mas por aquele que morreu por eles e ressuscitou. Portanto, se algum
homem está em Cristo, ele é uma nova criatura: as coisas velhas são passadas;
eis que todas as coisas se tornam novas.” 2 Coríntios 5:15-17
83
Na essência, esses versos indicam que, ao acreditarmos em Jesus e ao aceitá-lo

como o Senhor das nossas vidas, deixamos de viver para nós mesmos uma vida ego-
ísta, independente de Deus e cheia de fracassos, para viver para Ele em uma vida de
serviço incondicional, dependente da Sua vontade, cheia de fé, esperança e amor (1
Coríntios 13:13).
• Jesus torna-se nosso mestre
Ao pagar o preço por nós, Jesus tornou-se o nosso mestre, a tal ponto que "já não
nos pertencemos", não somos donos de nós mesmos.
"Não sabeis vós que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está em
vós, que tendes de Deus, e que não sois vossos? Porque fostes comprados com
um preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, que são
de Deus.” 1 Coríntios 6:19-20
Quando dizemos "Jesus é o meu Senhor", Ele nos toma pela mão e nos tira da
escravidão.
Já não somos propriedade do diabo, mas pertencemos a Deus. Por consequência,

devemos nos manter Nele; até mesmo os nossos pensamentos devem ser colocados
sob o Seu Senhorio.
"Derrubando argumentos e toda altivez que se levantam contra o conhecimento

de Deus, e levando cativo todo o pensamento e obediência a Cristo.” 2 Coríntios
10:5
• Tornamo-nos administradores ou mordomos do que somos e possuímos
"Cada um de acordo com o dom que recebeu, ministra-o aos outros, como bons
mordomos da multiforme graça de Deus." 1 Pedro 4:10
Quando recebemos Jesus como nosso Senhor e Salvador, deixamos de ser escravos
do diabo e tornamo-nos administradores ou mordomos do que Deus coloca nas nos-
sas mãos e, como tal, somos encontrados fiéis (1 Coríntios 4:2).
Em essência, de acordo com o tratamento da graça que recebemos, assim Deus nos
abençoará. Ele nos deu talento e dinheiro para que pudéssemos multiplicar. Deu-nos
uma família e quer que tomemos conta dela. Então, Deus nos responsabilizará porque
nos comprou no mercado de escravos, ao preço do precioso sangue de Cristo (1 Pe-
dro 1:18-19).
84
Doutrina de Cristo
• O desejo de buscar a vontade de Deus para as nossas vidas aumenta
Dizer que Jesus é "Senhor", é chamá-lo de “meu senhor”, e isso implica que o nosso
desejo se torna uma busca contínua de fazer a Sua vontade, reconhecendo o Seu
Senhorio, tal como Davi fez quando disse:
"Tu és o meu Deus, de madrugada te buscarei. A minha alma tem sede de Ti, a
minha carne anseia por Ti." Salmo 63:1
Ou como fez Paulo: "Tremendo e temeroso, disse ele, Senhor, o que queres que eu
faça"? (Atos 9:6).
• Recebemos a capacidade de exercer poder e autoridade na terra
No momento em que confessamos Cristo como nosso Senhor, Ele nos delega a Sua
autoridade. O resultado da nossa submissão a Cristo é poder usar a autoridade do
nome de Jesus. Um cristão pode agir com poder e caminhar em um nível de fé que
agrada a Deus, porque compreende que pode exercer autoridade sobre todas as for-
ças do inimigo (Lucas 10:19).
Como sei se Jesus Cristo é o meu Senhor?
A. Perguntas que podem nos ajudar a saber se estamos sujeitos ao senhorio de

Cristo
Para viver sob o Senhorio de Jesus, primeiro devemos fazer algumas perguntas que
nos ajudarão a buscar a Sua direção e a ouvi-Lo com a atitude certa, com o compro-
misso de sermos transformados. Medite em cada uma das seguintes questões e es-
teja atento ao que Deus lhe revela nesse momento de avaliação.
- Há alguma área da minha vida que eu não tenha submetido ao Senhorio de Cristo,
que ainda esteja sob o meu controle?
- Quais situações da minha vida mostram a minha necessidade de Cristo?
- Qual situação que o Espírito Santo usou para me indicar a vontade de Deus para
comigo?
- Estou sendo obediente a vontade de Deus ou estou em conformidade com o mundo?
- O que a Palavra de Deus me ensina nas diferentes áreas da minha vida?
- Estou dando ao Espírito Santo a oportunidade de falar comigo?
85
- Estou dando tempo suficiente a Palavra de Deus, estudando-a, estudando e rumi-

nando-a, para conhecer a vontade de Deus para a minha vida?
B. Diretrizes que podem nos ajudar a determinar se Jesus é o Senhor das nossas
vidas
- Jesus é o meu Senhor, quando obedeço a voz do Espírito Santo sem tentar racio-
ciná-la, e faço o que Ele me pede sem esperar por trinta confirmações; - Jesus é o
meu Senhor, quando me comprometo a fazer a Sua vontade, mesmo antes de saber
o que Ele quer de mim eu obedeço, mesmo sem compreender o que Ele me pede;
- Jesus é o meu Senhor, quando persevero em fazer a Sua vontade e servi-Lo, quer
seja conveniente, lucrativo ou confortável, independentemente do tempo, lugar ou cir-
cunstâncias. Ele é o meu Senhor, quando não deixo de servi-Lo, mesmo quando sur-
gem crises ou situações difíceis (Hebreus 6:10).
- Jesus é o meu Senhor, quando agradar a Ele excede o meu desejo de agradar aos
outros, incluindo a minha família;
- Jesus é o meu Senhor, quando reconheço que Ele é o Senhor total e absoluto da
minha vida e de todos os meus bens materiais, incluindo o meu dinheiro;
- Jesus é o meu Senhor, quando reconheço que Ele é a minha única fonte de provisão,
que supre todas as minhas necessidades e desejos, e não o meu trabalho, negócio,
conhecimento ou capacidades (Filipenses 4:19). Jesus é o meu Senhor, quando vejo
cada dificuldade e fracasso como uma oportunidade de crescimento espiritual (2 Co-
ríntios 4:17);
- Jesus é o meu Senhor, quando procuro conhecê-lo intimamente e amá-lo com toda
a minha alma, mente e força (Marcos 12:29-30). Se queremos ter êxito na nossa vida
cristã, temos de reconhecer o Senhorio de Cristo todos os dias e em todos os momen-
tos, comprometendo-nos, estar sempre disponíveis, nos rendendo sem reservas.
Essa condição é tão essencial para a nossa vida espiritual como a respiração é para
a nossa vida natural. Avaliemos a nossa vida dia após dia, à luz da Palavra de Deus,
em uma atitude de oração, para ver se estamos verdadeiramente sujeitos ao Senhorio
de Cristo.
86
Doutrina de Cristo
1. Faça uma oração de arrependimento pelas áreas de suas vidas em que Jesus não
é o Senhor, e a submeter-lhe todas as áreas.
2. comprometa-se em servir a Deus sem reservas, mesmo que isso signifique deixar
o conforto para trás.
3. Finalmente, em oração, se comprometa ainda em seguir, obedecer e estar dispo-

nível em espírito, alma e corpo para o Senhorio de Cristo.
Anotações:
87
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 10 - O PODER DO NOME DE JESUS
Os planos de Deus para nós são imensos e vão além do

OBJETIVOS que podemos imaginá-los, que nossa própria vida não é o
suficiente para cumprir. Devido ao pouco conhecimento
➢ Alcançar uma
que os crentes têm sobre o poder que há em declarar o
compreensão pro-
funda da relação nome de Jesus, não conseguiram obter o que Deus esta-
entre o homem e o beleceu como seu. Deus procura homens e mulheres
seu Criador. como nós para acreditar no poder que Ele nos deu, através
➢ Conhecer o po- do Seu Filho Jesus, para que as coisas que ganhamos no
der que o nome de âmbito espiritual se realizem no mundo natural, que se ma-
Jesus tem e o be- terialize.
nefício de o utilizar Uma das armas que Jesus nos deu foi o poder do Seu
com a autoridade
nome. Tudo no céu, na terra e debaixo da terra têm um
que Ele nos deu.
nome, porém, o nome de Jesus está acima de todos esses
nomes. Todavia, para muitos, essa revelação é indiferente,
uma atitude que Satanás se aproveita para atacá-los livre-
mente.
"Por isso também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que está
acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, dos que
estão no céu, e na terra, e debaixo da terra." Filipenses 2:9-10
Os nomes têm significados

Os nomes significavam muito mais para as pessoas que viveram nos tempos bíblicos
que para a maioria de nós hoje em dia. Mesmo nos primeiros tempos da história bí-
blica, vemos que os nomes eram da maior importância, porque descreviam o carácter
de uma pessoa.
Em Gênesis 17:15-16 notamos que Deus deu novos nomes a Abrão e Sarai: Porque
Ele estava mudando algumas coisas na vida deles, por isso, Ele deu-lhes nomes que
diziam em que consistiam essas mudanças. Eles Sabiam muito bem a importância
89
dos nomes, por isso, quando Deus mudou os seus nomes, estavam bem cientes do
que significava tal mudança. Quando mudaram os seus nomes, o Senhor começou a
chamar as coisas que não são como se fossem. (Romanos 4:17).
O que há em um nome? Muito mais do que pensamos. Quando chamamos uma pes-
soa pelo seu nome, fazemos uma declaração sobre ela. Ao trocar Sarai por Sara,
Abraão e todos aqueles que falavam o seu novo nome ajudaram-na a mudar a sua
identidade. Antes, uma mulher estéril, agora, uma mulher que tinha a promessa de
que seria mãe de uma grande multidão.
A. O que significa o nome de Jesus? Mateus 1:21-23
Quando o anjo do Senhor apareceu a José e lhe disse para não ter medo de receber
Maria como sua esposa, apesar de ela estar grávida, disse-lhe claramente que a cri-
ança concebida no seu ventre era do Espírito Santo. O anjo também lhe disse qual
seria o seu nome. Um nome que descreve a pessoa. "Chamarás o seu nome Jesus,
porque ele salvará o seu povo dos seus pecados". Em outras palavras, dar-lhe um
nome de acordo com a obra que Ele iria realizar.
Do hebraico Yeshua, Jesus significa que Jeová é a Salvação. No Novo Testamento,

salvação é a tradução grega de soteria, que significa salvação, cura, libertação, pro-
teção, prosperidade, força e segurança. Soteria é um processo contínuo de salvação,
sempre dinâmico e nunca estático. Deus vive no presente eterno, assim como o Seu
nome, "Eu Sou o que Sou". O nome de Jesus, quando falado com fé, libera poder,
pois toda a herança do céu está sobre Ele. Jesus é e tem tudo o que o seu nome
implica.
B. Quem tem o direito ou autoridade legal para usar o nome de Jesus?
Cada crente nascido de novo tem o direito legal de usar o nome que está acima de
todo nome. Deus deu à igreja, para o seu próprio benefício, o nome de Jesus, que
inclui expulsar demônios, curar os doentes, destruir as obras do inimigo e muito mais.
"Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de

Deus, mesmo aos que acreditam no seu nome..." João 1:12
A importância de aplicar o nome de Jesus na oração
90
Doutrina de Cristo
"E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, isso farei, para que o Pai seja
glorificado no Filho". Se pedirem alguma coisa em meu nome, eu fá-lo-ei.” João
14:13-14
Cada oração ao Pai, que estiver de acordo com a Palavra e feita em nome de Jesus,
será respondida. A tradução da Bíblia Amplificada diz: "E eu farei (eu mesmo conce-
derei) tudo o que pedirdes em meu nome (apresentando tudo o que sou) para que o
Pai seja glorificado e exaltado no Filho (e através do) Filho. Sim, concederei (eu
mesmo farei por vós) o que pedirem em meu nome (apresentando tudo o que eu sou)".
Jesus fez o mesmo pelos seus discípulos e, em essência, por todos os que nele acre-
ditaram. Ele disse: "Tenho de ir, mas deixo-vos o meu nome. Podeis usá-lo quando
orardes ao meu Pai e Ele conceder-vos-á tudo o que pedirem em meu nome."
Que privilégio admirável!
Aspectos importantes do nome de Jesus
A. O nome de Jesus traz salvação e saúde
“E não há salvação em mais ninguém, pois não há outro nome sob o céu dado
entre os homens pelo qual podemos ser salvos.” Atos 4:12
A Palavra de Deus nos revela que somos salvos em nome de Jesus. O batismo, tanto
na água quanto no Espírito Santo são realizados em Seu nome. Oramos e esperamos
que as nossas petições sejam respondidas em o nome de Jesus. Os doentes são
curados e os demônios são expulsos em Seu Nome maravilhoso.
Leia o livro de Atos e perceberá rapidamente como os primeiros discípulos usaram o

Nome de Jesus.
B. Há poder nesse nome
O diabo não quer que você e eu utilizemos o Nome de Jesus corretamente.
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem
crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes
sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; fala-
rão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortí-
fera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os cura-
rão.” Marcos 16:15-18
91
Em Atos capítulo 3:1-6 vemos Pedro e João, como eles usaram o Nome de Jesus de
maneira apropriada, pela fé n'Ele, mediante o Seu poder, um homem coxo foi comple-
tamente curado. Em Atos 4 lemos que os chefes dos sacerdotes, o chefe da guarda
do templo e os saduceus se apoderaram deles e os prenderam por causa do que eles
estavam fazendo, através desse Nome.
As pessoas estavam se convertendo ao cristianismo e os líderes religiosos tinham

medo, por isso, tentaram parar o movimento que estava ganhando força com o ensino
e a pregação de Pedro e João.
Vejamos as palavras destes líderes religiosos tal como registada no livro de Atos 4:16-
18: "Dizendo: Que havemos de fazer a estes homens? porque a todos os que habi-
tam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal notório, e não o pode-
mos negar; Mas, para que não se divulgue mais entre o povo, ameacemo-los para
que não falem mais nesse nome a homem algum. E, chamando-os, disseram-lhes
que absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus.”
É óbvio que estas pessoas tinham medo do poder que viam manifestado naquele
Nome e queriam impedir a sua propagação, por isso, proibiram os discípulos de não
mais utilizarem. É claro que Pedro e João responderam:
"Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, di-
ante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; Porque não podemos dei-
xar de falar do que temos visto e ouvido.” Atos 4:19-20
Jesus tinha partido fisicamente, mas os seus discípulos continuaram o seu ministério,
usando o seu Nome, que tomou o Seu lugar. Assim foi e assim será para todo o sem-
pre.
Use o nome de Jesus! Use o poder legal que lhe foi dado. O seu nome é uma das
armas mais poderosas e importantes com a qual se pode defender, mas também para
atacar o reino das trevas. A sua esperança não se baseia em si mesmo, mas na Sua
Palavra, no Seu Nome e no Seu Sangue.
C. Há autoridade no nome de Jesus
Os crentes têm o direito legal ao Nome de Jesus como resultado do seu novo nasci-
mento, mas a sua utilização com poder é estabelecida através de uma comunhão
permanente com Deus. Vá ao Pai em nome de Jesus, ore e peça em Seu Nome ma-
ravilhoso, o que quiser e precisar. Depois, quando fizer o trabalho do Reino, exerça a
92
Doutrina de Cristo
Autoridade em Seu nome. Como você representa o Senhor em todos estes casos,
deve agir em Seu nome e usar o poder legal que Ele lhe deu.
1. Para expulsar demônios
"E depois de reunir os seus doze discípulos, deu-lhes poder e autoridade sobre
todos os demônios, e para curar doenças. E enviou-os para pregar o reino de
Deus, e para curar os doentes." Lucas 9:1-2
Ao olharmos para os muitos exemplos em que o Nome de Jesus foi usado em oração,
devemos também reconhecer que o poder legal dá o direito de ordenar em Seu Nome.
Oramos e pedimos ao Pai coisas em Seu Nome e damos ordens ao inimigo. Falamos
às circunstâncias, aos principados e as potestades, fazemos uso da autoridade em
virtude do poder que nos foi dado pelo próprio Senhor Jesus.
Pedro e João ordenaram ao coxo que andasse. Eles disseram claramente: "Em nome
de Jesus Cristo de Nazaré, levanta-te e anda".
No exercício do nosso ministério, quando expulsamos demônios, não colocamos as

mãos sobre as pessoas possuídos e começamos a orar pela libertação de Deus, nós
ordenamos ao diabo que saia em Nome de Jesus.
Já oramos e nos aproximamos do Pai, em nome do Seu Filho e desfrutamos da nossa

comunhão com Ele. Já Falamos com Ele, pedindo-Lhe que nos dê poder sobre os
demônios para que possamos ajudar as pessoas quando elas precisam deste tipo de
ministério. Agora, vamos sair e usar esse poder que Ele nos deu e exercer a Autori-
dade inerente, em Nome do Seu Filho Jesus.
2. Para curar os doentes
O mesmo princípio aplica-se a saúde dos doentes. Há momentos em que fazemos a

oração da fé no Nome de Jesus, ou ungimos os doentes com óleo como ensinado em
Tiago 5:15; mas há outros momentos em que simplesmente ordenamos as doenças
que saiam no mesmo Nome do Senhor Jesus.
Quando colocamos as mãos sobre os doentes, podemos dizer: "Sê curado em nome
de Jesus", ou ordenamos com autoridade sobre a doença, no corpo da pessoa, em o
nome de Jesus. Creio que é importante para nós sabermos quando orar e quando
ordenar (decretar).
Quando Jesus ministrou as pessoas ou lidou com demônios, Ele ordenou a cura e a
libertação. Ele não parou nesse momento para orar. Ele já tinha orado. Ao procurar
no Novo Testamento, encontramos que Jesus frequentemente estava em períodos de
93
oração e meditação. Algumas passagens dizem: "E ele subiu à montanha e passou a
noite inteira em oração", e outras dizem algo semelhante.
O mesmo princípio se aplica a nós. Se queremos ser eficazes no ministério, devemos

estar em comunhão e harmonia com o nosso Pai celestial.
Passar um tempo todos os dias com o Senhor, manter comunhão com Ele, buscar,
orar, pedir e passar um tempo de intimidade com Deus, para estar equipado para
realizar as tarefas em questão. Portanto, bem equipados, vá e faça-os. Exerça a Au-
toridade que recebeu em nome de Jesus.
A vitória não está somente em ter o Nome do Senhor, ou mesmo em usá-lo; a vitória
está em ter fé nele e usá-lo adequadamente. Em Atos 3, Pedro e João usaram o Nome
do Senhor Jesus, o coxo foi curado e o povo ficou espantado. No versículo 12 Pedro
disse à multidão maravilhada: "...porque é que eles estão surpresos e maravilhados
ou porque é que olham para nós, como se pelo nosso poder (próprio ou pessoal) ou
piedade tivéssemos feito este homem caminhar? Pedro declarou sabiamente: "este
milagre não foi feito pelo nosso poder ou santidade". Na essência, o que ele disse foi:
"não somos nada, somos apenas homens. Este milagre não foi feito por nós; o Deus
de Abraão, Isaac e Jacob glorificou o seu Filho, o Senhor Jesus Cristo” (Atos 3:13).
Então, no versículo 16, acrescenta: “E pela fé no seu nome fez o seu nome fortalecer
a este que vedes e conheceis; sim, a fé que vem por ele, deu a este, na presença
de todos vós, essa perfeita saúde.”
O que devemos fazer para desencadear o poder que está em nome

de Jesus
A. Submeter-nos a Deus
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras
que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no
Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” João 14:12-14
O papel da obediência em relação ao uso bem-sucedido do Nome de Jesus foi breve-

mente mencionado, mas penso que será útil expor um pouco mais sobre o assunto.
Filipenses 2:8-10 nos diz que Jesus foi extremamente obediente, por isso, recebeu
um Nome que está acima de todo nome, que tem total autoridade, e na menção deste
nome todo joelho deve se dobrar, no céu, na terra e debaixo da terra, mas ao
94
Doutrina de Cristo
considerarmos a Sua autoridade e poder não esqueçamos a obediência que a passa-

gem também descreve.
No texto bíblico que lemos anteriormente, Jesus assegura-nos que Ele fará por nós
tudo o que pedirmos em Seu Nome. Reflita por um momento e considera novamente
essa passagem. Que promessa maravilhosa! Mas agora prepare-se para o que diz o
versículo 15: “Se realmente me amam, cumpre (obedece) os meus mandamentos”. O
versículo 16 descreve então o resultado da obediência! “E orarei ao pai, e Ele dar-vos-
á outro consolador [conselheiro, ajudante, intercessor, advogado, consolador, amigo
fiel], para que ele possa permanecer contigo para sempre”. Que coisa maravilhosa
Jesus nos disse! Parafraseando, é isso que acredito que Ele diz nessa passagem:
"Se acreditarem e permanecerem em mim, poderão fazer as mesmas obras que

me viram fazer e ainda mais, porque o meu Espírito trabalhará em cada um de
vós. Eu vos dou poder em meu nome. Utilize-o para ajudar as pessoas. O meu
Pai concederá todas as petições apresentadas em meu nome, porque quando
vocês orarem em meu nome, apresentam ao meu Pai tudo o que EU SOU. Se
vocês forem sinceros e se me ama de todo o coração, então me obedecerão. Se
andarem em obediência e sinceridade, o Espírito Santo vos ajudará.” [grifo
nosso]
Essa é a conclusão que podemos chegar acerca desses versos. Se escolhermos ape-
nas uma delas, podemos acabar com uma meia verdade, quando temos meias ver-
dades, acabamos sempre em total decepção e desilusão. A obediência é o que é há
de mais importante!
B. Resistir ao diabo
"Sede sóbrios, vigiai; pois o vosso adversário, o diabo, que ruge como um leão,
anda ao derredor buscando a quem possa devorar; ao qual resisti firmes na fé,
sabendo que as mesmas aflições se cumprem nos vossos irmãos que estão em
todo o mundo.” 1 Pedro 5:8-9
Tal como Jesus encorajou os seus discípulos a orar para não entrar em tentação,
encorajo-os a fazer o mesmo. Antes mesmo ou quando sentir, ore em seu nome para
não cair na tentação.
A Bíblia diz que a tentação deve vir (João 16:33). Não podemos impedi-la de vir, mas
podemos orar para ultrapassá-la sem danos colaterais. Jesus disse aos seus discípu-
los para orarem por esse fim (Mateus 6:13 e Marcos 14:35). Ele deu-lhes o Seu nome
para orar (João 14:14; 15:16). Pense em como podemos ser muito mais eficazes na
95
utilização do Seu Nome. Sim, enfrente em nome de Jesus todas as tentações que têm
que combater e terá bons resultados. Não tem que travar apenas as suas batalhas.
Há poder em Nome de Jesus. Use-o!
C. Viver em santidade
A palavra santidade significa separado para Deus (não é perfeição, porque ninguém
é perfeito). Se estamos separados para Deus, significa que vivemos separados das
coisas do mundo, temos uma consciência limpa, e estamos atentos às exigências do
Espírito Santo. Quando se faz algo que não agrada a Deus, não há algo dentro de si
que o deixa desconfortável? É o Espírito Santo apelando à sua consciência.
"Não ameis o mundo, nem as coisas que estão no mundo. Se alguém ama o
mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo, a luxúria da
carne, a luxúria dos olhos, e o orgulho da vida, não é do Pai, mas é do mundo."
1 João 2:15-16
D. Viver pela fé
Isto é estabelecido quando declaramos pela fé a Palavra, e o que pedimos é feito.

Também é estabelecido quando esperamos uma resposta e tomamos uma ação cor-
respondente.
"Porque tudo o que nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence
o mundo, a nossa fé. Quem é aquele que vence o mundo, sim o que crê que
Jesus é o Filho de Deus?" 1 João 5:4-5
Você é um em espírito com Jesus, então viva em Seu nome e seja vencedor em todas
as coisas, assim como Ele foi e sempre será, por meio daquele que nos amou (Ro-
manos 8:37).
"Mas alegrem-se todos os que confiam em ti; deem júbilo de alegria para sem-
pre, pois tu os defendes; Em ti se regozijem todos aqueles que amam o teu
nome." Salmo 5:11
1. O aluno se comprometerá a viver em santidade, e orará no poder e na autoridade

que há no nome de Jesus, pelas suas necessidades.
Anotações:
96
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 11 - A REVELAÇÃO E O PODER DO

SANGUE DE JESUS CRISTO
Como aprendemos nas lições anteriores, quando Jesus se

entregou como sacrifício vivo, na cruz, ocorreu uma troca
OBJETIVOS
divina. Ele assumiu a nossa natureza pecaminosa para
➢ Conhecer os que recebêssemos a Sua santidade. Dessa forma, derro-
sete benefícios tou o pecado e a morte que mantinham um império onde
mais importantes nossas vidas permaneciam escravizadas.
que o sangue de
Cristo produz na Através do sacrifício de Jesus, nos tornamos filhos de
vida do crente. Deus, herdeiros da Sua glória e coerdeiros com Cristo.
Esse evento sobrenatural permite-nos ter acesso a todas
➢ Para preparar os
as bênçãos da cruz que estudamos nas aulas anteriores:
crentes para aplicar
esses benefícios a bênção da provisão, libertação, salvação e vida eterna.
em suas vidas. Pela Palavra, sabemos que o ato de obediência de Cristo
nos redimiu.
O que nos dá o direito legal sobre toda potestade, maldição e pecados? O san-
gue de Jesus, que foi derramado na cruz para o perdão dos pecados.
O PODER DO SANGUE DE JESUS
Esse sangue é a prova visível e tangível do Seu sacrifício. Antes do acontecimento da

cruz, para que Deus perdoasse os pecados do povo, era necessário que um animal
fosse sacrificado, cujo tamanho tinha que ser proporcional à gravidade do pecado; ou
seja, quanto maior fosse o pecado, maior teria que ser o animal. O sangue do animal
substituía o sangue da pessoa que iria receber a punição pelas suas faltas. Hoje em
dia, não é mais necessário sacrifícios de animais porque temos o poder do sangue de
Cristo, que tem poder para quebrar todo o jugo mal.
No ensino de hoje, vamos concentrar em sete aspectos importantes que falam do

sangue de Cristo. Por que é necessário conhecer todos esses aspectos? Porque, tal
97
como todo crente, devemos conhecer a Palavra para poder testemunhá-la, também
devemos ter a revelação do que é o sangue de Cristo e compreender o seu poder
para testificá-lo. A Bíblia diz:
"E eles venceram-no pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho,
e não amaram as suas vidas até à morte.” Apocalipse 12:11
A. Sete aspectos fundamentais que o sangue de Cristo faz "em nós" e "por nós"
1. O sangue nos redimiu do pecado
"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo... Em quem temos a
redenção através do seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as ri-
quezas da sua graça." Efésios 1:3;7
A palavra redenção significa "comprar de volta". Segundo o dicionário da língua por-

tuguesa, a palavra resgate significa: "resgatar alguém que é mantido cativo, pagando
uma soma de dinheiro por ele". Poderíamos dizer que estávamos à venda no mercado
de escravos do pecado, governado por Satanás, até que Cristo veio e pagou o nosso
resgate com o Seu sangue, retirando-nos assim desse mercado de escravos. Agora,
pertencemos a Cristo, porque Ele nos resgatou, nos redimiu e nos comprou legal-
mente com o Seu sangue. Assim, quando o inimigo vem nos atacar, podemos expulsá-
lo e dizer: "você não é mais o meu dono, agora eu pertenço a Jesus Cristo".
"Sabendo que estais redimidos da vossa conversa vã, que recebestes dos vos-
sos pais, não com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, mas com o sangue
precioso de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem mácula.” 1 Pedro
1:18-19
• Qual é o nosso testemunho pessoal?
Se fomos redimidos, então devemos dizê-lo, testemunhá-lo e anunciar ao mundo. Pre-

cisamos compartilhar o nosso testemunho pessoal. Agora, vamos testemunhar o se-
guinte:
Diga comigo: "Pelo sangue de Cristo fui redimido e resgatado das garras de Sa-
tanás. O sangue de Jesus me limpa de todo o pecado. Fui legalmente comprado
pelo sangue de Jesus, por isso pertenço a Cristo”.
Quando você faz esta confissão, libera o poder do sangue de Jesus. Repita em casa,
no trabalho, na escola ou aonde quer que você vá. Faça com que os seus filhos
98
Doutrina de Cristo
repitam, juntamente com toda a sua família. Compartilha com eles o poder redentor
do sangue de Cristo.
2. O sangue de Jesus nos purifica
"Mas se andarmos na luz como Ele na luz está, temos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus Cristo Seu Filho nos purifica de todo o pecado.” 1
João 1:7
As expressões "caminhamos na luz" e "temos comunhão", que aparecem no verso

anterior, indicam uma ação no presente que se repete continuamente; portanto, equi-
vale a dizer que se "caminhamos continuamente na luz" e se "temos comunhão con-
tinuamente com os irmãos", o sangue de Cristo também nos purifica continuamente.
Segundo o versículo, enquanto caminhamos na luz e temos comunhão, o sangue de
Cristo nos purifica aqui, agora e continuamente de todo o pecado.
3. O sangue de Jesus nos justifica
Jesus tomou os nossos pecado para que pudesse ser feito a justiça de Deus. A Bíblia
diz que Jesus justificará muitos pois a suas iniquidades ele levou sobre si (Isaías
53:11). Ele foi condenado para que fôssemos justificados. Na sua carta aos Romanos,
Paulo fala de como somos justificados pelo sacrifício de Jesus na cruz. O apóstolo
nos explica isso: "Enquanto éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós; muito
mais então, sendo agora justificado pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira."
Romanos 5:8-9
Devemos então perguntar: pode uma pessoa ser justa perante Deus? A resposta é:
na sua própria força ele nunca poderá ser. A Bíblia diz: "Pelos atos da lei nenhum
homem será justificado à sua vista." Romanos 3:20
Mas também declara que somos "justificados pelo seu sangue" (Romanos 5:9).
• O significado da palavra "justo"
As palavras "justo" ou "justiça" estão associadas ao domínio jurídico. Por exemplo,

você pode ser levado a um tribunal, mas não ser culpado; ou ser condenado, mas ser
considerado inocente. Em outras palavras, é "contado como justo" ou "feito justo".
A palavra "justo" implica que uma pessoa age de acordo com a lei, a moral ou a razão;
que trabalha com a justiça. No reino espiritual, o sangue de Jesus Cristo não só nos
limpa de toda a culpa, como também nos justifica; faz que o nosso registo apareça
limpo, como se nunca tivéssemos pecado. Somos justificados com a justiça de Deus.
99
Ser justificado pelo sangue de Cristo significa que quando vamos perante o Pai, já não
entramos no uniforme dos condenados, mas estamos vestidos com uma armadura de
justiça (Efésios 6:14). Em outras palavras, em tudo o que não pudemos ser justificados
pela lei, somos justificados em Jesus Cristo se acreditarmos n'Ele (Atos 13:39). Não
há culpa, não há má consciência, não há pecado. Esse é o testemunho que temos
que partilhar. Que fomos justificados, limpos, redimidos e resgatados pelo sangue de
Jesus. Já não somos culpados. Nós somos justos, justificados no sangue de Jesus.
4. O sangue de Cristo nos santifica
"Por isso também Jesus, para santificar o povo através do seu próprio sangue,
sofreu fora da porta." Hebreus 13:12
• O que significa ser santo?
A palavra santo significa ter sido "separado" ou "guardado" para o uso exclusivo de
Deus. Através do sangue de Jesus fomos purificados e separados unicamente para
os Seus fins e propósitos. Isso não significa que sejamos perfeitos, mas que o Senhor
nos distinguiu para sermos usados por Ele. Estamos separados para um fim especí-
fico.
Faça comigo esta declaração: "Pelo sangue de Jesus sou santificado, separado
para Deus e de tudo o que é mau, separado apenas para o uso exclusivo de
Deus.”
5. O sangue de Jesus nos dá vida
Quando Jesus derramou o Seu sangue, Ele derramou a Sua vida e a vida de Deus foi
liberada no universo. É por isso que Jesus disse: "Aquele que come a minha carne e
bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia." João 6:54
João, ao relatar o que Jesus disse, salienta que ele "tem vida eterna". No verso ante-
rior, os verbos "come", "bebe", e "tem" parecem indicar uma ação no presente que se
repete continuamente. Isso equivale dizer que "quem comer o meu corpo e beber o
meu sangue continuamente tem a vida eterna". O eterno é algo que não tem fim. Como
podemos ver, comer a Sua carne e beber o Seu sangue nos leva a viver em contínua
comunhão com Deus, para podermos nos apropriar da vida eterna que Jesus Cristo
nos promete.
6. O sangue de Cristo intercede por nós e fala a nosso favor diante de Deus
"A Jesus, o Mediador do novo pacto, e ao sangue salpicado que fala melhor do
que o de Abel." Hebreus 12:24
100
Doutrina de Cristo
Jesus derramou o Seu sangue perante o trono da misericórdia e ele fala em nosso
nome.
• O sangue de Cristo é melhor que o sangue de Abel, por quê?
- O sangue de Abel foi derramado contra a sua vontade, mas o sangue de Jesus foi
derramado de boa vontade;
- O sangue de Abel clama por vingança, o sangue de Jesus clama por misericórdia e
perdão.
O sangue de Cristo intercede dia e noite por misericórdia. Mesmo quando estamos
errados, o Seu sangue clama sempre por misericórdia e perdão.
Repita esta afirmação: "Senhor Jesus, Te agradeço por ser o Mediador do novo pacto
e o Teu sangue fala por mim; clama por perdão e misericórdia”.
7. O sangue de Jesus nos dá acesso para entrarmos livremente no Lugar San-

tíssimo
"Portanto, irmãos, como temos confiança para entrar no Santíssimo Lugar pelo
sangue de Jesus Cristo, pelo novo e vivo caminho que Ele nos abriu através do
véu, isto é, através da Sua carne, e como temos um grande sacerdote sobre a
casa de Deus, aproximemo-nos com um coração sincero em plena certeza de fé,
tendo os nossos corações purificados da má consciência e os nossos corpos
lavados com água pura.” Hebreus 10:19-22
O sangue de Jesus Cristo nos permite entrar com confiança no Santíssimo Lugar e
entrar na presença de Deus! Contudo, temos também um SUMO SACERDOTE que
nos representa na presença de Deus: o seu nome é Jesus Cristo.
Sem o sangue de Jesus não temos redenção, limpeza ou justificação. Não temos san-
tificação, nem vida, nem intercessão, nem acesso ao Santíssimo Lugar. Sem derra-
mamento de sangue não há remissão! Sem sangue não há pacto! Qualquer pessoa
que professa ser cristã deve ter a revelação do poder do sangue de Jesus e dos seus
benefícios.
Confissão:
"Através do sangue de Jesus, posso entrar confiante na presença de Deus, no

Santo dos Santos."
Nota:
101
Como tarefa diária, cada estudante deverá declarar, no seu tempo de oração, um dos
sete benefícios do sangue de Cristo sobre a sua vida.
1. Faça uma oração de arrependimento por ter tomado o sangue de Cristo leviana-
mente.
2. Cada estudante tomará a autoridade e reconhecerá (declarando com palavras) que

só através do sangue de Cristo ele tem acesso a todos os benefícios da cruz.
3. Em oração, libere o poder do sangue de Jesus sobre a vida e família, confessando

em voz alta cada um dos benefícios do sangue de Jesus.
4. Faça uma oração se comprometendo perante Deus, para testemunhar o poder do

sangue do Cordeiro.
Anotações:
102
Doutrina de Cristo
LIÇÃO 12 - OS OFÍCIOS E FUNÇÕES DE JESUS

CRIST O NO CÉU
Muitos já se perguntaram quais são os ofícios de Je-

OBJETIVOS sus no céu? Hoje, vamos estudá-los claramente,
tendo em conta que:
- Depois que Jesus ressuscitou dos mortos, a Palavra

➢ Reconhecer Je-
sus como sumo sa- de Deus ensina que Ele subiu ao céu e sentou-se à
cerdote, mediador, mão direita (à destra) do Pai;
intercessor, defen- - O Pai está assentado no Seu trono, no terceiro céu;
sor e fiador.
Jesus Cristo está assentado à Sua mão direita e o Es-
pírito Santo está aqui na terra.
"Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Je-

sus homem, o qual se deu a si mesmo como resgate por todos, a quem deu o
seu testemunho em devido tempo.” 1 Timóteo 2:5-6
QUAIS SÃO OS OFÍCIOS QUE JESUS ESTÁ REALIZANDO NOS CÉUS?
Ofício ou função: É um trabalho, uma obra, e no caso de Jesus, tem a ver com a igreja
e o mundo.
A. Jesus é o nosso Sumo Sacerdote
"Porque todo sumo sacerdote tirado do meio dos homens é designado aos homens
aos olhos de Deus, para apresentar ofertas e sacrifícios pelos pecados.” Hebreus 5:1
1. Qual era o trabalho de um sumo sacerdote no Antigo Testamento?
- Era ele quem realizava todos os sacrifícios e ofertas no altar em nome do povo;
- O sumo sacerdote vinha uma vez por ano para trazer e apresentar os sacrifícios,
ofertas, etc., no santíssimo lugar.
2. Qual é o trabalho de Jesus como Sumo Sacerdote?
103
Para ministrar a nossa confissão. Ele ministra ao Pai o que fala. "Por isso, santos
irmãos, participantes da vocação celestial, considerai o apóstolo e sumo sacerdote da
nossa profissão, Cristo Jesus." Hebreus 3:1
No céu, o Sumo Sacerdote é aquele que nos representa diante do Pai. Então, você
precisa oferecer algo para ele representar. Por exemplo:
- Ofertas e dízimos: Quando entregamos os nossos dízimos e ofertas, é Jesus que

os recebe.
"E aqui os homens mortais recebem o dízimo, mas ali um deles testemunha que
ele vive." Hebreus 7:8
- Sacrifícios de culto: Ele leva o nosso louvor e adoração e ministra-os ao Pai.
"Portanto, ofereçamos sempre a Deus através dele o sacrifício de louvor, ou

seja, o fruto dos lábios que confessam o seu nome." Hebreus 13:15
3. Como é esse Sumo Sacerdote?
"Porque tal sumo sacerdote estava a tornar-se para nós, santo, inofensivo, ima-
culado, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os céus;" Hebreus
7:26.
"Porque Cristo não entrou no santuário feito com as mãos, que é a figura do
verdadeiro; mas no próprio céu, para aparecer agora na presença de Deus por
nós.” Hebreus 9:24
B. Jesus é o nosso mediador
"Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Je-

sus homem.” Timóteo 2:5
• O que é um mediador e o que é que ele faz?
Ele é aquele que faz a paz entre duas partes. Um mediador é aquele que compreende
ambas as partes. Jesus toma a mão de Deus e toma a mão do homem e os reconcilia
através do Seu sangue.
• Por que é Jesus o único mediador entre Deus e os homens?
- Por causa do que ele fez na cruz. Deu-se a si próprio como resgate por todos. Ele é
o único que morreu pela humanidade.
- Porque Jesus era 100% homem e 100% Deus. Jesus sabe como o homem se sente
no seu coração porque foi homem, e sabe como Deus se sente porque ele é o próprio
104
Doutrina de Cristo
Deus. Ele sente compaixão do que está acontecendo com você, Ele compreende a
sua situação, porque Ele também foi tentado em todas as coisas.
"Mas agora ele alcançou o ministério tanto mais excelente, quanto é mediador
de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas.” Hebreus
8:6
Este mediador abriu os céus e quebrou o véu para que pudéssemos entrar na Sua
presença sem a necessidade de uma pessoa para o fazer por nós. Você e eu não
precisamos de um homem para confessar os nossos pecados e falar com Deus por
nós; além disso, só Jesus tem o poder de perdoar os nossos pecados.
• Jesus é o nosso intercessor
O que é interceder? É intervir em nome de alguém, é intervir em nome de alguém que

está condenado. Jesus Cristo é o nosso mediador e o nosso intercessor.
"Pelo que também é capaz de os salvar até ao extremo que por ele chegam a
Deus, vendo que ele vive sempre para interceder por eles." 2 Coríntios 5:21
• Jesus é o nosso advogado
Advogado: É aquele que o defende, que está a seu favor, mesmo que o acuse tudo
(o advogado defende sempre, já aquele que acusa é o procurador; Jesus nunca nos
acusa, mas defende-nos a todo o momento). Jesus Cristo é o nosso defensor de todas
as acusações do diabo. Ele é o único que levanta a nossa cabeça em qualquer cir-
cunstância, desde que não façamos justiça com as nossas próprias mãos.
• Jesus é o nosso fiador
"Por conseguinte, Jesus transformou-se na garantia de uma aliança superior."

Hebreus 7:22
- Fiador: É a que fornece uma garantia de solvência no caso de o devedor não poder
pagar. Jesus é a nossa garantia (nosso penhor), porque o Seu sangue foi derramado,
pagando um alto preço que nenhum de nós podíamos pagar.
Exemplo 1: Dependendo do crime cometido, uma pessoa acusada pode ser libertada
sob fiança, com a restrição de não poder sair da cidade. Por vezes, este tipo de pessoa
deve até usar um dispositivo de localização no seu tornozelo (tornozeleira). Dessa
forma, ela pode ser monitorada e saber exatamente onde essa pessoa se encontra.
É fixada uma data de julgamento em que o arguido deve comparecer para que as
acusações sejam apresentadas e para que a defesa seja feita. Com certeza, essa
105
pessoa estará constantemente preocupada, durante os dias de espera pelo seu julga-
mento; frequentemente essa pessoa se vê pensando no que vai acontecer; fazendo
perguntas a si própria, tais como: serei considerada culpada? poderei sair em liber-
dade? No entanto, se for finalmente considerada culpada, na maioria dos casos, a
pessoa não recebe de volta o dinheiro da fiança.
Exemplo 2: Em tempos que outrora fomos pecadores e a nossa consciência era a

nossa acusadora e o nosso fiscal, no dia a dia, não tínhamos qualquer garantia que
quando morrêssemos iríamos para o céu ou para o inferno. Estávamos vazios e pre-
ocupados o tempo todo. Então, quando o dia do julgamento chegasse, o veredicto
seria "culpado", mas o nosso advogado levantou-se e disse: "Eu sou o fiador e ates-
tarei por ele". Ele libertou-nos da condenação eterna que merecíamos, por causa do
pecado.

1. Dê um exemplo da sua vida para uma pessoa, na qual você explicará como Jesus
interveio, aplicando um dos ofícios estudados nessa lição.
2. Demonstre com exemplos da sua vida quotidiana, na qual a participação de Jesus

é notória, em alguns dos casos acima mencionados.
Anotações:
106
Doutrina de Cristo
BIBLIOGRAFIA
Cetina C., Gabriel. Notas Pessoais, 2016
Meyer, Joyce. A Palavra, o Nome, o Sangue. Ed. Good Seed. Bogotá. Colombia. 1999
Vinha, W. E. Vine: Um Dicionário Expositivo de Palavras do Antigo Testamento e Pa-

lavras do Novo Testamento Abrangentes Nashvelle, TN: Editorial Caribe, Inc./Thomas
Nelson Division, Inc. 1999
http://firmesenlaverdad.com/latrinidad/
107

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Título: Doutrina de Cristo

Edição e Revisão: Aurenice De Sousa Launay

Todos os direitos reservados – Expressamente proibido, copiar e reproduzir sob

1. Doutrina – Ensinamentos - 2. Cristã (Cristianismo) - 3. Jesus Cristo - Aspectos re-

Primeira Impressão: 2021

NOSSA VISÃO, MISSÃO, OBJETIVOS, PROPÓSITOS E VALORES..................................................................... 12

LIÇÃO 2 - QUEM É JESUS CRISTO .................................................................................................................. 29

LIÇÃO 3 - FUNDADOS SOBRE A ROCHA:........................................................................................................ 35

LIÇÃO 4 - A MORTE FÍSICA E REDENTORA DE CRISTO JESUS ........................................................................ 43

LIÇÃO 5- PODER E REVELAÇÃO DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO .................................................................... 51

LIÇÃO 6 – BÊNÇÃOS DE CRISTO E TROCAS NA CRUZ I .................................................................................. 59

LIÇÃO 7 – BÊNÇÃOS DE CRISTO E TROCAS NA CRUZ II ................................................................................. 65

LIÇÃO 8 - COMO SE APROPRIAR DOS BENEFÍCIOS DA CRUZ ........................................................................ 73

LIÇÃO 9 - O SENHORIO DE CRISTO ................................................................................................................ 81

LIÇÃO 10 - O PODER DO NOME DE JESUS ..................................................................................................... 89

LIÇÃO 11 - A REVELAÇÃO E O PODER DO SANGUE DE JESUS ....................................................................... 97

LIÇÃO 12 - OS OFÍCIOS E FUNÇÕES DE JESUS CRISTO NO CÉU ................................................................... 103

Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, infalível e imutável, de Gênesis a

3. A divindade de Jesus Cristo

Acreditamos que a salvação é obtida através do arrependimento sincero para com

5. A ressurreição dos mortos e a vida eterna

• Acreditamos no batismo no Corpo de Cristo, pelo qual a pessoa que aceita

• Cremos no batismo nas águas, como símbolo de identificação com a morte do

• Cremos no batismo do Espírito Santo com a evidência de falar em outras lín-

10. Ministérios do governo

Acreditamos que o apóstolo e o profeta são ministérios governamentais, que estabe-

11. O Governo apostólico

Acreditamos no estabelecimento do governo apostólico na igreja local, tendo um após-

12. O Reino de Deus

13. O poder curativo e libertador do Reino

15. Pregar o Evangelho

OS VALORES DE NOSSA IGREJA APOSTÓLICA

A visão é fundada e sustentada em valores do Reino; caso contrário, não seguiria o

• Deus – Nós cremos que Ele é um Deus triuno:

Acreditamos na família como um elo principal no Reino de Deus, e no casamento entre

• O valor da Palavra e do Reino de Deus

• Paixão pelo progresso

O desejo de Deus é que prosperemos em tudo. Portanto, o crescimento constante é

• O valor da transferência geracional

O propósito de todo cristão é fazer discípulos e reproduzir a doutrina de Cristo no co-

NOSSA VISÃO, MISSÃO, OBJET IVOS, PROPÓSI-

BREVE HISTÓRICO DE COMO NASCEU O MINISTÉRIO GILEADE

Assim nasceu o ministério Gileade, em 15 de dezembro de 2001. Atualmente, temos

Base bíblica da igreja apostólica Gileade

• Temos a visão e missão de resgatar os princípios da igreja primitiva, conforme

• Caminhamos na visão profética, baseado na promessa de Joel 2:28: "E, depois

• Cremos no cuidado do corpo da igreja, através dos pequenos grupos reunidos

Antes de podermos compreender plenamente nossa visão e missão, devemos saber

Por que precisamos de visão?

Quando não temos visão...

1. Teremos um sistema O sistema é humano, a visão é de Deus. O sistema é o

Quando não temos a visão, buscamos substitutos com a intenção de preencher

• Os administradores substituíram os apóstolos e os profetas;

• A razão e o otimismo substituíram a fé;

• A complacência (o pragmatismo) substitui o poder de Deus;

• As tradições e os costumes substituíram os princípios;

• A informação substituiu a divulgação;

• A experiência substituiu o Espírito Santo;