Estética - Trabalho Dirigido
Estética - Trabalho Dirigido
Estética - Trabalho Dirigido
Conceito e história do termo estética - Embora a arte faça parte do mundo humano
desde a Pré-história e tenha ocupado lugar de grande importância em todas as
civilizações, a palavra estética só foi introduzida no vocabulário filosófico em 1750
pelo filósofo alemão Alexander Baumgarten. QUEM? Alexander Gottlieb
Baumgarten, filósofo alemão, nasceu em 1714. Deu o primeiro curso de estética em
1742, que constituiu a base do livro Aesthetica e que ficaria inacabado até sua morte,
em 1762. Graças a ele, a filosofia foi enriquecida com essa nova área do
conhecimento. Para Baumgarten, a estética tem exigências próprias em termos de
verdade, pois alia a sensação e o sentimento à racionalidade. A estética, para ele,
completa a lógica e deve dirigir a faculdade do conhecer pela sensibilidade. Em seu uso
inicial, a estética se referia ao estudo das obras de arte enquanto criações da
sensibilidade (isto é, experiência dos cinco sentidos e dos sentimentos causados por
elas). Mais tarde, passou a usar o termo com referência à percepção da beleza,
especialmente na arte. Como o próprio nome indica, a estética se ocupa
preferencialmente com a expressão da sensibilidade e da fantasia do artista e com
o sentimento produzido pela obra sobre o espectador ou receptor.
Kant (filósofo alemão, nascido em 1724)* daria continuidade a esse uso, utilizando a
palavra "estéticá' para designar os julgamentos de beleza, tanto na arte quanto na
natureza. Mais tarde, no século XX, a constatação da existência de muitos valores
estéticos além da beleza levou o objeto da estética a deixar de ser "a produção
voluntária do belo". Mais recentemente, o conceito foi ampliado para se referir, além de
aos julgamentos e às avaliações, também às qualidades de um objeto, às atitudes do
sujeito para considerar o objeto e, principalmente, à experiência prazerosa que o
indivíduo pode ter diante de uma obra de arte. Mais importante do que tudo, o estético
passou a denominar outros valores artísticos, que não só a beleza no sentido tradicional.
Por isso, sob o nome de ESTÉTICA enquadramos um ramo da filosofia que estuda
racionalmente os valores propostos pelas obras de arte e o sentimento que suscita nos
seres humanos. Ao estudar a história das artes, entretanto, encontramos expressões
como: estética renascentista, estética realista, estética socialista etc. Nesses casos, a
palavra "estética', usada como substantivo designa um conjunto de características
formais que a arte assume em determinado período, que corresponde ao que chamamos
estilo. Esse é um significado restrito do termo estética.
*Immanuel Kant foi um filósofo alemão e um dos principais pensadores do Iluminismo. Seus
abrangentes e sistemáticos trabalhos em epistemologia, metafísica, ética e estética fizeram dele uma
Sentimos e percebemos várias qualidades nas coisas, água fria, azul, transparente,
maleável; alimento quente, pastoso, colorido, salgado. Percebemos várias qualidades e a
sentimos como integrantes das coisas. Nesse sentido, podemos dizer que não temos uma
sensação isolada da outra. Sentimos e percebemos formas como totalidades
estruturadas, percepções globais. A percepção sempre percebe uma totalidade completa.
A PERCEPÇÃO é sempre uma experiência dotada de significação, o percebido é
dotado de sentido e tem sentido na nossa história. Como quando olhamos uma
paisagem, a paisagem não é apenas uma reunião de coisas próximas uma das outras,
mas é a percepção de um todo complexo de sentido. Percebemos a paisagem na sua
relação entre céu, montanha, árvores, azul, vento, o marrom da terra , o verde da
vegetação, a chuva, cheiro e cores. Na percepção, o mundo possui forma e sentido e
ambas são inseparáveis do sujeito da percepção.
• Gosto e subjetividade
Objetivo. O que tem validade para todos os indivíduos, não somente para este ou
aquele; diz-se do conhecimento que é fundado sobre a observação do objeto.
O conceito de gosto não deve ser encarado como uma preferência arbitrária e
imperiosa da nossa subjetividade.
Quando o gosto é entendido dessa forma, ele refere-se mais a si mesmo do que ao
mundo dentro do qual ele se forma, e esse tipo de julgamento estético decide o que
prefiro em virtude do que sou. Passo a ser a medida absoluta de tudo (aquilo de que eu
gosto é bom e aquilo de que eu não gosto é ruim), e essa atitude só pode levar ao
dogmatismo e ao preconceito.
A recepção estética
Agora fica mais fácil entender a definição de estética como "compreensão pelos
sentidos" e "percepção totalizante". A arte desafia o nosso intelecto tanto quanto as
nossas capacidades perceptivas e emocionais. Quando nos expomos a uma obra de arte -
seja ela erudita ou popular - de peito aberto, sem preconceitos e sem impor limites à
experiência, todo o nosso ser, tudo o que somos, pensamos e sentimos, se faz presente e
contribui para o surgimento de um sentido no sensível. Ao mesmo tempo, cada
experiência estética educa o nosso gosto, torna a nossa sensibilidade mais aguda, nos
enriquece emocional e intelectualmente, por meio do prazer e da compreensão que nos
proporciona.
Numa experiência estética, a sensibilidade ou gosto individual perante uma obra de arte
é o resultado de um processo de socialização. Esse gosto é condicionado pelo tipo de
sociedade, pela época, raça, classe social ou padrões culturais. Quando exprime o seu
gosto, o indivíduo revela a cultura em que foi formado. Em cada época existem fatores
que determinam a formação de padrões ou critérios de beleza aos quais o indivíduo,
inserido num determinado contexto sociocultural, se submete quer para produzir obras
de arte, enquanto artista, quer para avaliá-las, enquanto espectador. Ao longo da história
surgiram diferentes ideais de beleza que solidificaram-se no seio social e que os artistas
ora imortalizaram com obras de arte ora transformaram com outros estilos, critérios e
formas de expressão artística. O gosto ou os cânones dominantes de uma determinada
sociedade numa certa época tende a condicionar eventuais novas formas de expressão
estética (BARROSO, 2004, p. 85).
O classicismo vai ainda mais longe, pois deduz regras para o fazer artístico a partir do
belo ideal, fundando a estética normativa. É o objeto que passa a ter qualidades que o
tornam mais ou menos agradável, independentemente do sujeito que as percebe.
Nos séculos XVII e XVIII, do outro lado da polêmica, os filósofos empiristas Locke e
Hume relativizam a beleza, uma vez que ela não é uma qualidade das coisas, mas só o
sentimento na mente de quem as contempla. Por isso, o julgamento de beleza depende
tão somente da presença ou ausência de prazer em nossas mentes.. O belo, portanto, não
está mais no objeto, mas nas condições de recepção do sujeito. No século seguinte, o
filósofo alemão Kant, pensa a questão do Belo, o Belo seria, portanto uma qualidade
que atribuímos aos objetos para exprimir um certo estado da nossa subjetividade. Mas ,
como já foi citado nesse texto: “ gosto é a capacidade de ter julgamento sem
preconceito”.
SENDO ASSIM, NÃO HÁ UMA IDEIA DE BELO NEM PODE HAVER REGRAS
PARA PRODUZI-LO. HÁ OBJETOS BELOS, MODELOS EXEMPLARES E
INIMITÁVEIS.
.
Hoje em dia consideramos o belo como uma qualidade de certos objetos singulares que
nos são dados à percepção. Beleza é, também, a imanência total de um sentido ao
sensível. O objeto é belo porque realiza sua finalidade, é autêntico, verdadeiramente
segundo seu modo de ser, isto é, por ser um objeto singular, sensível, carrega um
significado que só pode ser percebido na experiência estética. Não existe mais a ideia
de um único valor estético baseado no qual julgamos todas as obras. Cada objeto
singular estabelece seu próprio tipo de beleza.
E o feio ...
ETIMOLOGIA
Feio. Do latim foedus, que deu origem a "fealdade"; aquilo que é hediondo. feio.
Opostamente, a palavra latinafacia, que originou "face", refere-se à "presença",
"beleza". Etimologicamente, feio pode ser relacionado ao que não tem rosto,
fantasmagórico; o que é ausente; sem forma.
A questão do feio está implícita na problemática do belo. Por princípio, o feio não
pode ser objeto da arte. No entanto, podemos distinguir, de imediato, dois modos de
representação do feio:
A arte e suas relações com o mundo - Assim como o mito e a ciência são modos de
organização da experiência humana baseados na emoção e no intelecto. Também a arte
vai aparecer no mundo humano como forma de organização, maneira de transformar a
experiência vivida em objeto de conhecimento. É por meio da técnica, das emoções, do
intelecto, das percepções, da experiência e do contato que a artista ou o artista mantem
com o mundo que ela ou ele produz objetos artísticos ou realiza ações experimentações
artísticas. O entendimento do mundo não se dá somente por meio de conceitos
logicamente organizados que, pelo fato de serem abstrações genéricas, estão longe do
dado sensorial do mundo vivido. O conhecimento também pode se dar pela intuição,
pelo dado imediato, ou por práticas acumuladas e transmitidas pela ancestralidade
cultural de forma coletiva ou individual, mas que fala à razão, ao sentimento e à
imaginação.
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ATIVIDADE 1 –
Título e ano da obra: Qual o tema da obra? Qual estilo da obra ? (a escola )
Descreva os elementos que fazem parte dessa obra: Pessoas, elementos da natureza,
objetos, cores, formas abstratas (se houver)
Qual a história dessa obra?
Você considera essa obra bonita? O que mais lhe impressiona nessa obra? Qual a
sensação que essa obra lhe causa?