Roteiro de Estudos - Aula2
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ROTEIRO DE
ESTUDOS
Tecnologia da
Construção Civil
ESTRUTURA DA DISCIPLINA
Esta disciplina abordará os seguintes tópicos geradores: Implantação da Construção. Serviços Preliminares e Locação.
Equipamentos para Obras. Noções de Conforto Térmico e Acústico em Edificações. Alvenaria de Vedação. Forros. Coberturas.
Revestimentos. Impermeabilização. Telhados. Instalações Hidráulicas e Elétricas: execução. Revestimentos para Pisos e
Paredes. Esquadriais e Vidros. Pinturas e Acabamentos. Inovações e Alternativas Tecnológicas: Construções em Terra –
Solo/Cimento e Solo/Cal; Alvenaria Industrial; Construções Pré-Moldadas; Industrialização da Construção.
DINÂMICA DE ESTUDOS
Prezado (a) aluno (a)
Neste roteiro de estudos você encontrará todas as orientações e indicações para o desenvolvimento da sua formação na
disciplina de TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL.
Fique atento (a) ao cronograma das suas atividades.
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Observe que este roteiro vai orientar o seu estudo e você precisará de dedicação para cumprir com o que está proposto. É
importante que você separe algumas horas da sua semana para a realização dos estudos e conte sempre com o professor da
disciplina para o esclarecimento das suas dúvidas pedagógicas e com a equipe acadêmica para as demais informações ou
orientações.
AULA 2
METAS
CONTEÚDOS
Os materiais de construção são definidos como todo e qualquer material utilizado na construção de uma edificação,
desde a locação e infraestrutura da obra até a fase de acabamento, passando desde um simples prego até os mais conhecidos
materiais, como o cimento.
A expressão “materiais de construção”, portanto, abrange uma gama extensa de materiais, dos quais estudaremos
alguns dos principais, que denominamos “Materiais de Construção Básicos”.
Na construção civil temos materiais que são utilizados há muitos anos da mesma forma, como o concreto, e outros
que evoluem constantemente. E a evolução dos materiais de construção não é um processo recente, pois teve início desde
os povos primitivos, que utilizavam os materiais assim como os encontravam na natureza, sem qualquer transformação. Com
a evolução do homem surgem necessidades que levam à transformação desses materiais de uma maneira simplificada, a fim
de facilitar seu uso ou de criar novos materiais a partir deles. Assim, o homem começa a moldar a argila, a cortar a madeira
e a lapidar a pedra. Outro exemplo de evolução foi a descoberta do concreto que surgiu da necessidade do homem de um
material resistente como a pedra, mas de moldagem mais fácil.
Perceba que os materiais continuam evoluindo para satisfazer as necessidades do homem e de forma cada vez mais
rápida, com exigências cada vez maiores quanto a sua qualidade, durabilidade e custo. Além disso, há um cenário sustentável
no qual a produção e o emprego dos materiais de construção devem considerar a questão ambiental.
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Os materiais de construção podem ser classificados de acordo com diferentes critérios. Entre os critérios podemos
detacar como principais a classificação quanto à origem e à função.
Quanto à origem ou modo de obtenção os materiais de construção podem ser classificados em:
• Naturais: são aqueles encontrados na natureza, prontos para serem utilizados. Em alguns casos precisam de
tratamentos simplificados como uma lavagem ou uma redução de tamanho para serem utilizados. Como exemplo desse tipo
de material, temos a areia, a pedra e a madeira.
• Artificiais: são os materiais obtidos por processos industriais. Como exemplo, pode-se citar os tijolos, as telhas e o
aço.
• Combinados: são os materiais obtidos pela combinação entre materiais naturais e artificiais. Concretos e
argamassas são exemplos desse tipo de material.
Quanto à função onde forem empregados, os materiais de construção podem ser classificados em:
• Materiais de vedação: são aqueles que não têm função estrutural, servindo para isolar e fechar os ambientes nos
quais são empregados, como os tijolos de vedação e os vidros.
• Materiais de proteção: são utilizados para proteger e aumentar a durabilidade e a vida útil da edificação. Nessa
categoria podemos citar as tintas e os produtos de impermeabilização.
• Materias com função estrutural: são aqueles que suportam as cargas e demais esforços atuantes na estrutura. A
madeira, o aço e o concreto são exemplos de materiais utilizados para esse fim.
Os materiais de construção estão constantemente submetidos a solicitações como cargas, peso próprio, açao do
vento, entre outros, que chamamos de esforços. Dependendo da forma como os esforços se aplicam a um corpo, recebe uma
donominação. Os principais esforços aos quais os materias podem ser submetidos são:
• Compressão: esforço aplicado na mesma direção e sentido contrário que leva a um “encurtamento” do objeto na
direção em que está aplicado.
• Tração: esforço aplicado na mesma direção e sentido contrário que leva o objeto a sofrer um alongamento na
direção em que o esforço é aplicado.
• Flexão: esforço que provoca uma deformação na direção perpendicular ao qual e aplicado.
Outro material muito comum utilizado na construção civil é o agregado, definido como o material particulado,
incoesivo, de atividade química praticamente nula, constituído de misturas de partículas cobrindo extensa gama de
tamanhos. Especificamente na construção civil a definição de agregado pode ser resumida como: material granuloso e inerte,
que entra na composição das argamassas e concretos, contribuindo para o aumento da resistência mecânica e redução de
custo na obra em que for utilizado.
A maioria dos agregados encontra-se disponível na natureza, como é o caso das areias, seixos e pedras britadas.
Alguns passam por processos de beneficiamento como é o caso das britas, cuja rocha é extraída de uma jazida e precisa
passar por divesos processos de beneficiamento para chegar aos tamanhos adequados aos diversos usos.
Existem ainda alguns subprodutos de atividades industriais que são utilizados como agregados, como é o caso da
escória de alto-forno, que é um resíduo resultante da fabricação de ferro gusa e alguns materiais reciclados, porém, seu uso
se restringe a aplicações onde o critério resistência é menos significativo.
Existem diversos critérios de classificação para os agregados, porém, o principal deles é aquele que classifica os
agregados de acordo com o tamanho dos grãos. A NBR 7211 classifica os agregados de acordo com o tamanho em:
• Agregado Míudo: Materiais que cujos grãos, em sua maioria passem pela peneira ABNT 4,75 mm e ficam retidos
na peneira de malha 150 μm. As areias são os principais exemplos de agregado míudo.
• Agregado Graúdo: Materiais cujos grãos passam pela peneira de malha nominal 75 mm e ficam retidos na peneira
ABNT 4,75 mm. Cascalho e britas são exemplos de agregados graúdos.
A pedra brita é um agregado originado da britagem ou diminuição de tamanho de uma rocha maior, que pode ser
do tipo basalto, granito, gnaisse, entre outras. O processo de britagem dá origem a diferentes tamanhos de pedra que são
utilizadas nas mais diversas aplicações. De acordo com a dimensão que a pedra adquire após a britagem, recebe nomes
diferentes. Os principais produtos do processo de britagem são:
• Brita: agregado obtido a partir de rochas compactas que ocorreram em jazidas, pelo processo industrial de
fragmentação da rocha maciça.
• Rachão: agregado constituído do material que passa no britador primário e é retido na peneira de 76mm. É a fração
acima de 76mm da bica-corrida primária. O rachão também é conhecido como “pedra de mão” e geralmente tem dimensões
entre 76 e 250mm.
• Bica-corrida: material britado no estado em que se encontra à saída do britador. Chama-se primária quando deixa
o britador primário (graduação na faixa de 0 a 300 mm) e secundária, quando deixa o britador secundário (graduação na faixa
de 0 a 76 mm).
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
• Pedra Britada: produto da diminuição artificial de uma rocha, geralmente com o uso de britadores, resultando em
uma série de tamanhos de grãos que variam de 2,4 a 64mm. Esta faixa de tamanhos é subdividida em cinco graduações,
denominadas, em ordem crescente, conforme os diâmetros médios: pedrisco, brita 1, brita 2, brita 3 e brita 4.
• Pó de pedra: Material mais fino que o pedrisco, sendo que sua graduação varia de 0/4,8mm. Tem maior
porcentagem de finos que as areias padronizadas, chegando a 28% de material abaixo de 0,075, contra os 15% da areia para
concreto.
• Areia de brita: obtida dos finos resultantes da produção da brita dos quais se retira a fração inferior a 0,15mm. Sua
graduação é 0,15/4,8mm.
• Fíler: Agregado de graduação 0,005/0,075; com grãos da mesma grandeza de grãos de cimento. Material obtido
por decantação nos tanques das instalações de lavagem de britas das pedreiras. É utilizado em mastiques betuminosos,
concretos asfálticos e espessamentos de betumes fluídos.
• Restolho: material granular de grãos frágeis que pode conter uma parcela de solos. É retirado do fluxo na saída do
britador primário.
• Concreto de cimento: empregados principalmente o pedrisco, a pedra 1 e a pedra 2. Atualmente também se usa o
pó de pedra. Em concretos ciclópicos são utilizados a pedra 4 e o rachão.
• Concreto Asfáltico: uso de mistura de diversos agregados comerciais – fíler, areia, pedra 1, pedra 2 e pedra 3.
• Pavimentos Rodoviários: em subleitos usa-se a bica corrida secundária e o pó de pedra. Para a base, emprego de
pedra britada de graduação maior que 6mm (a ideal é 25 mm) originada de rocha sã e como material de enchimento a mistura
de areia grossa e fina. Para o concreto betuminoso, uso de várias faixas granulométricas de brita, dependendo da camada
(camada de rolamento – 1,7/9,5) e fíler para engorda de revestimentos betuminosos, evitando que o revestimento amoleça
em dias de muito calor.
• Lastro de estradas de ferro: uso de brita de graduação fechada com grãos de formas regulares variando de
12/50mm.
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A areia é um agregado miúdo que pode ser originário de fontes naturais como leitos de rios, depósitos eólios, bancos
e cavas ou de processos artificiais como a britagem. Quando proveniente de fontes naturais, a extração do material, na
maioria dos casos, é feita por meio de dragas e processos de escavação e bombeamento. Independente da forma de extração,
o material passa por processos de lavagem e classificação antes de ser comercializado.
Quanto ao tamanho de seus grãos, a areia é classificada em faixas granulométricas. A classificação da NBR 7225 é
apresentada a seguir:
Como material de construção, a areia pode ser destinada ao preparo de argamassas, concreto betuminoso, concreto
de cimento portland, pavimentos rodoviários, base de paralelepípedos, confecção de filtros para tratamento de água e
efluentes, entre outras aplicações.
O cascalho é um sedimento fluvial de rocha ígnea formado de grãos de diâmetro em geral superior a 5 mm, podendo
chegar a 100 mm. Os grãos são de forma arredondada devido ao atrito causado pelo movimento das águas onde se
encontram. É conhecido também como pedregulho ou seixo rolado e apresenta grande resistência ao desgaste, por já ter
sido exposto a condições adversas no seu local de origem. Concretos que têm cascalho como agregado graúdo apresentam,
em igualdade de condições, maior trabalhabilidade que os preparados com brita.
A argila expandida é classificada como uma agregado leve em função de seu peso específico reduzido. O processo
de obtenção desse agregado é o tratamento térmico da matéria-prima argila. A argila, formada por silicatos de alumínio e
óxidos de ferro e alumínio pode ter propriedades expansivas quando exposta a altas temperaturas, que promovem a
expansão de gases, fazendo com que o material se transforme em grãos porosos de variados diâmetros.
A argila expandida é utilizada principalmente como agregado leve para concreto (concreto de enchimento) com
resistência de até 30Mpa. Placas de concreto com este tipo de agregado servem como isolantes térmicos e acústicos. Também
é muito utilizada para fins ornamentais em jardins.
Resíduos resultantes da produção de ferro gusa em altos-fornos, chamados de escórias, constituída basicamente de
compostos oxigenados de ferro, sílicio e alumínio. Dependendo do modo de resfriamento resultam diferentes tipos de
escórias, que resultam diferentes tamanhos de agregados. Podem ser empregados em bases de estradas, asfaltos e agregado
para concreto. A principal utilização da escória granulada é a fabricação de cimento portland.
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https://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1312926097_ARQUIVO_Historia_Construcao_Brasil.pdf
FÓRUM
Realizada a leitura, convido você a participar do Fórum de Debates Pedagógicos desta aula.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS