Acesso Direto (Adacedirt02) - Tipo 2

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 24

TIPO 2 EXAME NACIONAL DE RESIDÊNCIA

EDIÇÃO 2024/2025

TARDE

ACESSO DIRETO (ADACEDIRT02)


PROVA OBJETIVA
TIPO 2
SUA PROVA INFORMAÇÕES GERAIS

Além deste caderno de questões contendo cem • As questões objetivas têm cinco alternativas de
questões objetivas, você receberá do fiscal de sala: resposta (A, B, C, D, E) e somente uma delas está
correta
• uma folha de respostas para a marcação das
alternativas • Verifique se este caderno de questões está completo e
sem falhas de impressão. Caso contrário, notifique
imediatamente o fiscal da sala, para que sejam
tomadas as devidas providências

TEMPO • Na folha de respostas, confira seus dados pessoais,


especialmente nome, número de inscrição e
documento de identidade, e leia atentamente as
• 5 horas é o período disponível para a realização
instruções para preencher a folha de respostas
da prova, já incluído o tempo para a
marcação da folha de respostas • Use somente caneta esferográfica, fabricada em
material transparente, com tinta preta ou azul
• 1 hora após o início da prova, é possível
retirar-se da sala, sem levar o caderno de • Assine seu nome apenas no espaço reservado na folha
questões nem qualquer tipo de anotação de suas de respostas
respostas
• Confira o programa, a cor e o tipo do seu caderno de
• 30 minutos antes do término do período de questões. Caso tenha recebido caderno de questões
prova, é possível retirar-se da sala levando o com programa, cor ou tipo diferente do impresso em
caderno de questões sua folha de respostas, o fiscal deve ser
obrigatoriamente informado para o devido registro
na ata da sala
• O preenchimento das respostas é de sua
NÃO SERÁ PERMITIDO responsabilidade e não será permitida a substituição
da folha de respostas em caso de erro
• Qualquer tipo de comunicação entre os candidatos • Para fins de avaliação, serão levadas em consideração
durante a aplicação da prova apenas as marcações realizadas na folha de respostas
• Usar o sanitário ao término da prova, após deixar • Os candidatos serão submetidos ao sistema de
a sala detecção de metais quando do ingresso e da saída de
sanitários durante a realização das provas
• Anotar informações relativas às respostas em
qualquer outro meio que não seja este caderno de
questões
Boa sorte!
Residência Médica FGV Conhecimento

3
Clínica Médica
Mulher de 65 anos procura o gastroenterologista com queixas de
astenia, prurido palmar e plantar e elevação de fosfatase alcalina
1
(1005 UI/ml) e Gama GT (1200 UI/ml). As enzimas hepáticas TGO
Uma mulher de 42 anos, com história de “reumatismo” na e TGP estão elevadas (300 e 250 UI/ml, respectivamente) e a
infância, procura ambulatório com um quadro de cansaço aos bilirrubina total é de 6,0 mg/dl, às custas da bilirrubina direta.
esforços. Tem história de “isquemia cerebral” há 2 anos, sem Apresenta plaquetopenia de 85.000/mm³, e a ultrassonografia de
sequelas motoras. Ao exame físico, a pressão arterial é de abdômen aponta alterações compatíveis com doença
110 x 68 mmHg e a frequência cardíaca é de 60 batimentos por parenquimatosa crônica do fígado, sem dilatação das vias biliares
minuto. Apresenta ritmo cardíaco regular, bulhas intra e extra-hepáticas e vesícula biliar anecoica.
normofonéticas e B1 acentuada. Na ausculta cardíaca, há um A principal hipótese diagnóstica para o caso e o exame
sopro diastólico em foco mitral. Nos exames laboratoriais, há complementar a ser solicitado são, respectivamente:
um clearance de creatinina estimado em 46 mL/min/1,73 m². (A) hepatite colestática autoimune; FAN e antimúsculo liso;
No ecocardiograma, foram observados estenose mitral (B) colangite esclerosante primária; CPER e P-Anca;
moderada e episódios de fibrilação atrial no Holter de 24 horas. (C) colangite biliar primária; anti-LKM1;
Em relação à prevenção de embolização sistêmica, está mais (D) colangite biliar primária; antimitocôndria;
indicado o uso de: (E) hepatite medicamentosa; FAN e antimúsculo liso.
(A) rivaroxabana de 15 mg, uma vez ao dia;
(B) aspirina na dosagem de 200 mg ao dia;
(C) apixabana de 2,5 mg, duas vezes ao dia; 4
(D) varfarina, com a dose de acordo com o INR; Um paciente de 22 anos apresentou quadro clínico com início
(E) metoprolol para manutenção do ritmo sinusal. abrupto de febre, cefaleia, mialgia, anorexia, náuseas e vômitos.
Foi avaliado na UPA e liberado com prescrição de sintomáticos.
Vinte e quatro horas depois, apresentou diarreia, artralgia, dor
2
ocular, fotofobia e hemorragia conjuntival, além de tosse. Foi
Uma paciente de 60 anos foi internada para investigação de internado, recebendo hidratação venosa e sintomáticos venosos.
anemia associada a déficit cognitivo. O médico percebeu lentidão Foram solicitados exames complementares, com os seguintes
de raciocínio e redução da capacidade executiva. A paciente resultados: leucocitose, neutrofilia e desvio à esquerda,
estava atenta e cooperando com o examinador quando se plaquetopenia, aumento de ureia e creatinina, CPK elevada, baixa
queixou de parestesias (dormência e queimação) simétricas em densidade urinária, proteinúria, hematúria microscópica e
ambos os membros inferiores. Em relação à anemia, havia leucocitúria.
macrocitose e reticulocitopenia. O nível de vitamina B12 sérica Foi então iniciada antibioticoterapia com sulfametoxazol +
foi 125 pg/mL (normal: acima de 200 pg/mL). trimetoprima. Logo a seguir, o paciente apresentou exantema,
Diante desse quadro clínico, além da investigação da causa da eritema macular, papular purpúrico, distribuídos no tronco ou na
anemia, deve-se proceder à reposição: região pré-tibial. USG exibiu hepatomegalia, esplenomegalia e
(A) oral de cianocobalamina (1000 microgramas por dia) e linfadenopatia. Na ocasião, reclamou de intensa mialgia,
manutenção da mesma dose uma vez por mês; principalmente em região lombar e nas panturrilhas.
(B) de cianocobalamina parenteral (1000 microgramas por dia) e Apesar do uso de antibiótico, não apresentou melhora, com
manutenção da mesma dose por via oral a cada mês; evolução para tríade insuficiência renal, icterícia rubínica e
(C) de cianocobalamina intramuscular (1000 microgramas por hemorragia pulmonar discreta (síndrome de Weil). Foi intubado e
dia) e posterior injeção intramuscular uma vez por semana no CTI iniciou penicilina G cristalina em dose plena e cuidados
até reavaliação dos sintomas e investigação da causa; intensivos. Após 10 dias, apresentou melhora clínica, sendo
(D) de hidroxicobalamina parenteral ou oral três vezes por transferido para enfermaria até concluir seu tratamento.
semana seguida da dose de 1000 microgramas, uma vez por A doença descrita acima é:
semana, para o resto da vida; (A) febre maculosa;
(E) de hidroxicobalamina parenteral (1000 microgramas por dia) (B) endocardite bacteriana;
até a mitigação dos sintomas. (C) leptospirose;
(D) dengue hemorrágica;
(E) infecção urinária por pseudomonas aeruginosa.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 3


Residência Médica FGV Conhecimento

5 6
Uma mulher de 20 anos se queixa de edema generalizado iniciado Uma paciente de 49 anos foi internada na enfermaria de clínica
há 3 semanas, que evoluiu com piora progressiva. Relata hiporexia médica por quadro de síndrome consumptiva, ascite e fraqueza
e astenia nesse período. Desconhece ser portadora de doenças em membros inferiores. A paciente conta que tudo começou 1
atuais ou prévias e não faz uso de quaisquer medicamentos ou ano antes com dormência nas pernas ascendendo até o meio da
drogas. Ao exame físico, PA: 160 x 90 mmHg, FC: 97 bpm, FR: 22 perna e posterior redução de força em membros inferiores.
ipm, SpO2 98% (em ar ambiente). As mucosas estão hipocoradas, Naquela época, houve turvação visual e cefaleia. Com
ictéricas e hidratadas. Há edema na face, pálpebras, parede aproximadamente 4 meses de sintomas, sem limitação para
abdominal e membros inferiores. Há também ascite e síndrome de trabalhar e realizar as tarefas da vida diária, a cefaleia e a
derrame pleural. turvação visual ficaram mais proeminentes. Segundo a paciente,
Exames de laboratório: sangue: Hb: 7,0 g/dL; Hct: 24%; VCM: 98 fL; foram realizados diversos exames (ressonância de crânio, coluna
HCM: 31 pg; CHCM: 32 g/dL; RDW: 18, 3%; leucócitos: 3.400/mm³; cervical e lombar), sem evidência de alterações. A pressão do
neutrófilos segmentados: 1.500/mm³; linfócitos: 700/mm³; Plq.: liquor estava alta, motivando o uso de acetazolamida por 8
201.000/mm³; PCR: 28m g/dL; FAN reagente: 1:320 padrão nuclear meses (até a internação). No dia da internação, pôde-se observar
homogêneo; anti-DNA reagente; anti-SSA reagente; anti-SSB hepatoesplenomegalia, ascite de grande volume, déficit
reagente; anti-Sm reagente; ANCA não reagente; C3: 43 mg/dL (90- sensitivo-motor distal em membros inferiores com hiporreflexia,
170 mg/dL); C4: 10 mg/dL (VR: 12-36 mg/dL); exame de urina: fenômeno de Raynaud, cistos em tireoide (ultrassom
densidade 1.020; pH 6,0; nitrito negativo; proteínas ++++; confirmando e uso prévio de levotiroxina) e lesões cutâneas
hemoglobina ++; 4 piócitos/campo, 145 hemácias/campo; hipercrômicas. Outros exames demonstraram lesões
presença de cilindros hemáticos. Para investigação da anemia osteoescleróticas em esterno, derrame pleural e pericárdico e
apresentada pela paciente, são solicitados os seguintes exames: padrão de polirradiculoneuropatia desmielinizante crônica.
LDL: 1150 UI/L (VR: 120-246 UI/L); BT: 4,2 mg/dL; BD: 0,4 mg/dL; A conduta adequada para o quadro é:
reticulócitos: 18%, Coombs direto positivo; ferro sérico: 52 mcg/dL (A) dosagem de fator reumatoide, fator antinuclear, anti-Scl-70,
(VR: 65-175 mcg/dL); ferritina 650 ng/mL (VR: 10-291 ng/mL); anticentrômero e pulsoterapia por provável doença do tecido
capacidade total de ligação do ferro: 200 mcg/dL (250-425 mcg/dL). conjuntivo indiferenciada ou sobreposição de lúpus com
A conduta imediata mais adequada para o tratamento da anemia esclerodermia em evolução grave;
é: (B) dosagem de eletroforese de proteínas séricas e urinárias com
(A) administração de eritropoetina; imunofixação em busca de pico monoclonal;
(B) administração de corticoide; (C) biópsia de gordura abdominal em busca de proteína amiloide;
(C) reposição de ferro parenteral; (D) biópsia de peritônio se o gradiente soro-ascite for menor que
(D) hemotransfusão; 1,1;
(E) prescrição de hidroxicloroquina oral. (E) punção aspirativa de cisto tireoidiano.

7
Um jovem de 24 anos refere lombalgia e dor sacroilíaca crônicas
há aproximadamente 6 meses. Apresenta também dor
progressiva em membro inferior esquerdo. No último mês, vem
apresentando rigidez matinal que melhora com exercícios físicos.
A dor lombossacra chega a acordá-lo no meio da noite. Afirma
também ter certa dificuldade em expandir a parede torácica.
O diagnóstico mais provável é:
(A) artrite reumatoide;
(B) esclerose sistêmica;
(C) doença de Crohn atípica;
(D) artrite reativa do HIV;
(E) espondilite anquilosante.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 4


Residência Médica FGV Conhecimento

8 10
A pneumonia em organização criptogênica (POC) tem sua forma Após o início de tratamento antirretroviral (TARV) há 1 mês, um
idiopática de pneumonia em organização, anteriormente paciente com síndrome consumptiva, candidíase e diarreia
chamada de bronquiolite obliterante com pneumonia em crônica foi internado por outras manifestações. O grupo de
organização (BOOP). É uma doença pulmonar intersticial difusa residentes da clínica médica percebeu, durante os primeiros três
decorrente de lesão na parede alveolar tipicamente caracterizada dias de internação, febre vespertina, linfadenomegalias cervicais
por infiltrados pulmonares periféricos e difusos com áreas de e axilares com fistulização e constipação intestinal com cólicas
preenchimento alveolar e responsividade a terapia sistêmica com abdominais. Os exames demonstraram anemia e VHS e PCR
glicocorticoides. A manifestação clínica é de uma pneumonia elevados, bem como imagens reticulonodulares difusas e
subaguda ou de difícil resolução, com tosse pouco produtiva, bilaterais em ambos os hemitóraces. As tomografias reforçaram
dispneia, febre baixa e fraqueza ou cansaço. No entanto, há os infiltrados reticulonodulares com linfadenomegalias
diversas condições autoimunes, pneumonias de mediastinais com centro necrótico, além de linfadenomegalias
hipersensibilidade e efeitos colaterais que devem ser excluídos mesentéricas com espessamento de íleo distal. O paciente piorou
para que a POC seja dada como idiopática. clinicamente, apresentando-se prostrado e com hipoxemia no 4º
Em uma análise mais profunda sobre a POC, o quadro descrito dia de internação. A contagem de linfócitos CD4 no início do
acima pode indicar pneumonia em organização caso se tratamento era de 45 células/mm³ e a PPD (prova tuberculínica
verifique(m): anérgica) era 0 mm.
(A) paciente com tosse, febre e dispneia há 3 semanas e imagem Diante do exposto, a conduta mais adequada é:
apical fibrótica e cavitação adjacente; (A) suspender a TARV até finalizar a investigação para infecções
(B) aspecto tomográfico reticulonodular difuso em paciente com intestinais relacionadas ao HIV;
dispneia importante iniciada há 1 semana; (B) proceder à biópsia de linfonodo por provável diagnóstico de
(C) aspecto radiográfico de consolidação lobar em paciente com linfoma;
febre alta de início recente; (C) iniciar tratamento empírico para tuberculose e micobactérias
(D) aspecto tomográfico de consolidação irregular do espaço atípicas e prescrever procinéticos e laxativos;
aéreo, opacidades em vidro fosco e pequenas opacidades (D) realizar biópsia de linfonodo e coleta de escarro para análise
nodulares em paciente usuário de cocaína; de baciloscopia, teste rápido molecular para tuberculose e
(E) aspecto tomográfico com opacidades evanescentes, cultura para micobactéria; suspender a TARV e avaliar início
bronquiectasias e achados relacionados a impactação de corticoide;
mucoide e obstrução brônquica em paciente com eosinofilia (E) manter a TARV e acrescentar corticoide até o final da
e broncoespasmo. investigação, devido a reação imune.

9 11
Um paciente de 45 anos, tabagista, apresentava diabetes mellitus Uma paciente de 44 anos e com diagnóstico de hepatite C, não
e dislipidemia, porém não era hipertenso. Foi atendido no tratada, desenvolveu quadro de porfiria. O tratamento instituído
pronto-socorro com quadro de edema agudo do pulmão consistiu em antivirais de ação direta contra o HCV,
hipertensivo. Apresentou melhora clínica e foi liberado com hidroxicloroquina e flebotomias regulares.
prescrição de losartana e hidroclorotiazida. O tipo de porfiria em questão é:
A hipertensão ficou refratária ao tratamento e o paciente (A) porfiria aguda intermitente;
desenvolveu insuficiência renal aguda, que foi associada ao uso (B) protoporfiria eritropoiética;
da losartana. No exame físico, foi detectado um sopro em linha (C) porfiria cutânea tardia;
mamilar esquerda na altura da cicatriz umbilical. O doppler de (D) porfiria variegata;
carótidas mostrou obstrução de 50% à direita e 40% à esquerda. (E) protoporfiria ligada ao X.
A doença em questão é:
(A) doença de Kawasaki;
(B) arterite de Takayasu; 12
(C) hiperaldosteronismo primário; Um homem de 48 anos foi admitido no hospital com erupção
(D) estenose de artéria renal; cutânea generalizada, mal-estar geral e febre. Ele relatou ter
(E) feocromocitoma. iniciado recentemente alopurinol para controle de hiperuricemia.
Nos últimos dias, ele notou o surgimento de uma erupção
cutânea que começou no tronco e se espalhou para membros,
região cervical e face. Além disso, queixava-se de náuseas e dor
abdominal. No exame físico, foram observados erupção cutânea
maculopapular generalizada, adenomegalia generalizada e
edema em face, mãos e pés bilateralmente. Nos exames
laboratoriais, foram encontradas leucocitose, eosinofilia e
elevação das transaminases.
A principal hipótese diagnóstica nesse caso é:
(A) eritema multiforme;
(B) urticária medicamentosa;
(C) síndrome de Stevens-Johnson (SSJ);
(D) púrpura trombocitopênica idiopática (PTI);
(E) síndrome de hipersensibilidade induzida por drogas (DRESS).

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 5


Residência Médica FGV Conhecimento

13 15
Um homem de 31 anos, previamente saudável, apresenta-se com Durante o atendimento ambulatorial, José, de 68 anos, queixou-
uma história de 2 anos de disfagia intermitente, principalmente se de dor toracolombar de intensidade moderada, constante,
para alimentos sólidos. Relatou 2 episódios de impactação iniciada há 3 semanas. Foi associada a dormência nas duas
alimentar, com necessidade de endoscopia digestiva alta de pernas, havendo piora da dor quando ele ficava muito tempo em
urgência. Estava em uso de esomeprazol (40 mg ao dia) há pé e melhora quando se sentava ou se deitava. O paciente já
6 meses, sem melhora significativa dos sintomas de disfagia. estava em tratamento para diabetes mellitus há 10 anos, com
Realizou recentemente nova endoscopia, em que a biópsia foi elevação recente da dose de metformina para 2 g/dia. Segundo
compatível com esofagite eosinofílica, sem estenose esofágica. ele, a glicemia estava bem controlada, mas o tabagismo e o
Foi orientado a restringir alimentos que pudessem estar alcoolismo persistiam (75 maços x ano e 40 g de álcool por dia).
associados com essa forma de esofagite. Contudo, não houve Na anamnese dirigida, revelou-se constipação de início recente,
resposta satisfatória. sem mudança do volume ou consistência das fezes. Não houve
Nesse caso, a estratégia de intervenção mais adequada é: qualquer outra queixa ou sintoma relatado. No exame físico,
(A) associar sucralfato antes das refeições e à noite, antes de notam-se dor à palpação da musculatura paravertebral
deitar; bilateralmente, bem como dor em queimação agravada em
(B) trocar esomeprazol por outro bloqueador da bomba de flexão de quadril e coxa. Sinais de Lasègue e Kernig positivos
prótons; bilateralmente. O restante do exame físico não mostrou
(C) encaminhar para tratamento com terapia biológica alterações.
específica; Considerando o quadro exposto, é correto afirmar que:
(D) associar um procinético (como domperidona) antes das (A) uma conduta mais agressiva deve ser adotada, com
refeições; investigação de tumores devido à idade e ao tabagismo,
(E) associar um esteroide tópico (como fluticasona ou apesar de se tratar de uma dor lombar aguda;
budesonida) por via oral. (B) a ressonância de coluna torácica e lombar é obrigatória
devido à localização da dor, ao tempo de acometimento e aos
sinais neurológicos;
14 (C) radiografia de tórax, VHS, proteína C-reativa e hemograma
Um rapaz de 18 anos foi atendido no ambulatório de clínica devem ser solicitados, mas pode ser necessário solicitar
médica para acompanhamento de lúpus eritematoso sistêmico também uma ressonância nuclear magnética (RNM) de
com nefrite e cardite. Estava em bom estado geral após coluna torácica e lombar se as medidas comportamentais e
3 pulsoterapias com corticoide e ciclofosfamida, mas deveria analgesia não melhorarem;
fazer nova dose de corticoide sistêmico naquele mês. No entanto, (D) a dor lombar em pessoa acima de 50 anos deve ser sempre
apresentava lesões hiperemiadas com vesículas e algumas investigada, independentemente dos sintomas e sinais
pústulas em dermátomos oftálmico e maxilar da hemiface direita. associados. O principal exame é a ressonância nuclear
A impressão do médico foi de herpes-zóster. magnética (RNM) de coluna lombar com contraste venoso;
A conduta adequada para esse caso é: (E) os sinais de alarme associados a dor lombar subaguda ou
(A) prescrição de aciclovir oral 800 mg, 5 vezes ao dia, por 14 crônica (respectivamente, 4 a 12 semanas e mais de
dias, e encaminhar o paciente para casa; 12 semanas) em indivíduos com mais de 50 anos são
(B) profilaxia dos contactantes domiciliares e hospitalares com a desnecessários para indicação de exame específico, pois
vacina contra varicela-zóster, independentemente do estado todos esses pacientes devem ter exame de imagem.
de imunização, do estado imunológico e do tempo de
exposição;
(C) internação hospitalar para isolamento respiratório e de 16
contato, prescrição de aciclovir parenteral e Um homem de 50 anos em tratamento para hepatite C, com
acompanhamento de complicações pelo herpes-zóster cirrose hepática compensada CHILD PUGH A, tem histórico de
disseminado; falha terapêutica com uso prévio de antivirais de ação direta. O
(D) prescrição de aciclovir parenteral apenas se o rash e as médico assistente do serviço de atenção especializada prescreveu
vesículas tiverem iniciado há menos de 72 horas. Caso um novo esquema terapêutico, recomendado pelo Ministério da
contrário, fazer apenas a profilaxia dos contactantes com Saúde.
vacina e do paciente com antibiótico devido à alta O esquema prescrito foi:
prevalência de infecção bacteriana secundária; (A) sofosbuvir/velpastavir/ribavirina por 24 semanas;
(E) internação hospitalar em quarto com pressão negativa e (B) sofosbuvir/daclatasvir por 12 semanas;
precauções de contato como máscara cirúrgica, capote, luva, (C) sofosbuvir/pibrentasvir + glecaprevir por 12 semanas;
gorro e óculos para toda a equipe assistencial. O aciclovir de (D) sofosbuvir/velpastavir por 12 semanas;
800 mg pode ser feito de forma oral, 5 vezes ao dia, por 7 a (E) sofosbuvir/ribavirina por 24 semanas.
10 dias ou até a alta hospitalar.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 6


Residência Médica FGV Conhecimento

17 20
Durante a tragédia das enchentes no estado do Rio Grande do Sul Um paciente de 45 anos, sem doenças prévias, desenvolveu
em 2024, ocorreram vários casos de leptospirose que enfermidade de instalação súbita e progressiva com quadro de
acometeram principalmente voluntários que atuaram no resgate náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. Logo após,
da população atingida. queixou-se de cefaleia, vertigem e tontura. Foi internado na
A insuficiência renal causada pela doença tem como lesão emergência, onde foi iniciada hidratação venosa e administração
histopatológica: de sintomáticos. Entretanto, 3 horas depois começou a
(A) nefrite tubulointersticial; apresentar visão turva, ptose palpebral, diplopia, disfagia,
(B) necrose tubular aguda; disartria, boca seca e fraqueza muscular simétrica, acometendo
(C) glomerulonefrite membranosa; com maior intensidade os membros superiores, sem perda da
(D) glomerulonefrite rapidamente progressiva; sensibilidade. Notaram-se hipotensão sem taquicardia e retenção
(E) glomeruloesclerose focal e segmentar. urinária. Cerca de 6 horas após a internação, evoluiu para
paralisia flácida motora descendente, associada a
comprometimento autonômico disseminado. Durante todo esse
18 período, o paciente se manteve consciente. A fraqueza muscular
Uma paciente de 47 anos, que vinha em uso de medicações para descendente afetou os músculos do tronco e dos membros,
controle de transtorno bipolar, é levada para atendimento com levando a dispneia, insuficiência respiratória e tetraplegia flácida.
alteração do nível de consciência, confusão mental, sudorese e Foi necessária a transferência do paciente para o CTI, com
desorientação. Ao exame, foi observada rigidez muscular instalação de tubo orotraqueal e ventilação mecânica, além de
generalizada, especialmente em membros superiores e rotinas terapêuticas para pacientes graves.
inferiores. Apresentou pressão arterial de 172 por 104 mmHg, O diagnóstico mais provável é:
frequência cardíaca de 109 batimentos por minuto, frequência (A) meningite por Haemophilus influenzae;
respiratória de 24 incursões respiratórias por minuto e (B) síndrome de Guillain-Barré;
temperatura axilar de 39,2 °C. O exame laboratorial revelou (C) doença de Lyme;
aumento significativo de creatinofosfoquinase sérica, sem (D) infecção pelo Clostridium botulinum;
alterações nas transaminases. Como a equipe médica suspeitou (E) raiva.
de síndrome neuroléptica maligna, suspendeu as medicações em
uso e iniciou terapia de suporte clínico.
Fazem parte do arsenal terapêutico da síndrome neuroléptica
maligna as seguintes medicações: Cirurgia Geral
(A) haloperidol e fenitoína;
(B) quetiapina e olanzapina; 21
(C) dantrolene e bromocriptina;
Um homem de 55 anos sofreu queda de uma altura de
(D) risperidona e carbamazepina;
aproximadamente dois metros enquanto trabalhava em uma
(E) oxcarbazepina e prometazina.
obra. Ele caiu diretamente sobre o braço direito estendido. No
pronto-socorro, apresentava dor intensa, incapacidade de mover
19 o braço direito e deformidade visível no meio do braço. As
radiografias mostraram uma fratura diafisária do úmero com
Um jovem de 20 anos foi admitido com um quadro de hepatite, desvio. O exame neurovascular estava normal.
esplenomegalia com hiperesplenismo, anemia hemolítica com O tratamento mais apropriado para esse paciente é:
Coombs negativo, hipertensão portal e confusão mental. (A) fixação externa;
O exame neurológico mostrou síndrome rígida-acinética (B) redução aberta e fixação interna;
semelhante ao parkinsonismo, tremores e ataxia. Foram também (C) imobilização com uma tipoia e observação;
observadas disartria, disfagia e incoordenação motora. Tais (D) redução fechada e imobilização com gesso;
achados neurológicos se associam a disfunção dos gânglios da (E) administração de analgésicos e alta para casa.
base.
O tratamento instituído foi D-penicilamina oral (0,75 - 2 g/dia em
doses divididas, tomadas 1 hora antes ou 2 horas após a refeição) 22
associada a piridoxina oral, 50 mg por semana. Foi também
O escore BISAP tem sido amplamente utilizado na avaliação
prescrito zinco elementar na dose de 50 mg três vezes ao dia.
prognóstica da pancreatite aguda.
Houve melhora clínica e indicação para que o tratamento fosse
Dentre os critérios abaixo, o único que NÃO faz parte desse
continuado indefinidamente, além de uma dieta específica.
escore é:
A doença em questão é:
(A) presença de derrame pleural;
(A) hemocromatose;
(B) glicemia maior que 200 mg/dL;
(B) hepatite autoimune;
(C) ureia nitrogenada sérica maior que 25 mg/dL;
(C) colangite esclerosante primária;
(D) idade maior que 60 anos;
(D) doença de Wilson;
(E) alteração do estado mental.
(E) síndrome de Budd-Chiari.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 7


Residência Médica FGV Conhecimento

23 25
Um homem de 47 anos de idade, fumante há 30 anos e com Um homem de 28 anos, admitido no pronto-socorro após um
histórico de consumo de bebidas alcoólicas destiladas, apresenta acidente automobilístico, apresenta ectoscopicamente sinais
uma úlcera dolorosa na língua há 3 meses. Relata que a lesão não evidentes de trauma abdominal. Na avaliação neurológica inicial,
cicatriza e está aumentando de tamanho. Além disso, nota está consciente, mas confuso. Seus sinais vitais são: pressão
dificuldade para engolir e dor referida no ouvido. Ao exame arterial de 85/60 mmHg, frequência cardíaca de 130 bpm,
físico, observa-se uma úlcera irregular na borda lateral da língua, frequência respiratória de 28 ipm, saturação de oxigênio de 94%
com margens endurecidas e base infiltrada. Não há linfonodos em ar ambiente. Sua pele está fria e pegajosa, com enchimento
cervicais palpáveis. capilar prolongado. Refere dor intensa no abdômen. O abdômen
O diagnóstico provável e o tratamento inicial mais adequado para está tenso e distendido, com dor à palpação e sem peristaltismo
esse paciente são, respectivamente: audível.
(A) adenoma; ressecção com anestesia local; Os exames complementares mostram hemoglobina 8 g/dL com
(B) candidíase oral; iniciar tratamento antifúngico tópico; hematócrito de 24%. Foi realizado um FAST (Focused Assessment
(C) ulceração traumática; recomendações de higiene oral with Sonography for Trauma), que mostrou líquido livre na
rigorosa e acompanhamento; cavidade peritoneal. Radiografia de tórax e pelve não mostrou
(D) líquen plano oral; encaminhar para biópsia e tratamento com fraturas.
corticosteroides tópicos; Nesse momento, seu diagnóstico é de choque hipovolêmico
(E) carcinoma espinocelular; biópsia da lesão, estadiamento e grau III por hemorragia intra-abdominal.
tratamento cirúrgico. A conduta adotada deverá ser:
(A) administração de solução salina isotônica e monitoramento
em observação;
24 (B) transfusão sanguínea de hemoderivados na relação 1/1/1 e
Um homem de 26 anos, atlético, em boas condições físicas, se intervenção cirúrgica imediata;
apresenta ao pronto-socorro com dor abdominal intensa no (C) administração de medicamentos vasopressores para
quadrante inferior direito, que começou há 3 dias e piorou aumentar a pressão arterial;
progressivamente. Ele relata náuseas, vômitos e febre. Ao exame (D) administração de diuréticos para reduzir a pressão
físico, está taquicárdico, febril (38,5 °C), com defesa muscular e intra-abdominal;
dor à descompressão brusca no quadrante inferior direito. A (E) realização de tomografia computadorizada (TC) de abdômen
palpação abdominal revela sinais de irritação peritoneal. Os para avaliação adicional antes de qualquer intervenção.
exames laboratoriais mostram leucocitose com desvio à
esquerda. Uma tomografia computadorizada de abdômen revela
apêndice distendido com parede espessada, líquido livre na 26
cavidade abdominal e sinais de abscesso periapendicular. Um adolescente de 16 anos foi admitido no pronto-socorro após
O diagnóstico mais provável e a abordagem mais adequada para queda de motocicleta. Ele estava lúcido e com sinais vitais
esse paciente são, respectivamente: estáveis. Realizou-se uma tomografia computadorizada do
(A) apendicite não complicada; apendicectomia laparoscópica abdômen, que mostrou uma laceração esplênica grau II. Optou-se
com recomposição hidroeletrolítica e antibioticoterapia; por um tratamento conservador inicial com monitoramento em
(B) apendicite perfurada com peritonite; apendicectomia aberta, unidade de terapia intensiva. Após 24 horas de internação, o
drenagem do abscesso e antibioticoterapia; paciente apresentou uma queda súbita na pressão arterial,
(C) apendicite retrocecal; observação e antibioticoterapia; aumento da frequência cardíaca e sinais de irritação peritoneal.
(D) gastroenterite viral; hidratação oral e observação; Uma nova TC de abdômen mostrou aumento significativo do
(E) doença inflamatória intestinal; corticosteroides e observação. hemoperitônio e sinais de ruptura esplênica adicional.
Diante desse quadro, a conduta mais apropriada para esse
paciente é:
(A) indicar a cirurgia de Warren;
(B) realizar uma embolização seletiva da artéria esplênica;
(C) transferi-lo para a sala de cirurgia para uma esplenectomia de
emergência;
(D) continuar com o manejo conservador e aumentar a
frequência de monitoramento hemodinâmico;
(E) administrar fluidos intravenosos e realizar a transfusão
sanguínea, mantendo o paciente sob observação.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 8


Residência Médica FGV Conhecimento

27 30
Pedro Paulo, um homem de 41 anos, foi admitido no Uma paciente de 23 anos realizou ultrassonografia abdominal de
pronto-socorro após sofrer queimaduras extensas em um rotina, na qual foi observado nódulo sólido de 4 cm de diâmetro
incêndio no seu local de trabalho. Ele apresentava queimaduras no fígado. Foi realizada tomografia abdominal com contraste
de segundo grau que cobriam aproximadamente 45% de sua venoso trifásico, que mostrou lesão hipercaptante, bem
superfície corporal total (SCT). O paciente pesava 70 kg e estava circunscrita, com cicatriz central localizada em segmento VII do
consciente e lúcido, mas sentia dor intensa e desconforto. Os fígado.
sinais vitais eram: frequência cardíaca: 120 bpm; pressão arterial Dentre os diagnósticos abaixo, o mais provável é:
de 100/60 mmHg; frequência respiratória de 24 ipm e saturação (A) adenoma hepático;
de oxigênio de 94% em ar ambiente. Seu médico decidiu iniciar a (B) hepatocarcinoma;
reanimação hídrica imediatamente. (C) hemangioma hepático;
A melhor abordagem inicial para a reanimação hídrica de Pedro (D) hiperplasia nodular focal;
Paulo é: (E) colangiocarcinoma periférico.
(A) administrar 2 ml/kg/%SCT de solução de Ringer Lactato nas
primeiras 24 horas, dividindo o volume total igualmente ao
longo do período; 31
(B) administrar 8 ml/kg/%SCT de solução cristaloide de NaCl a Um paciente de 81 anos, com diagnóstico de doença pulmonar
0,9% nas primeiras 24 horas, com um ajuste para cada %SCT obstrutiva crônica e insuficiência cardíaca congestiva, é internado
adicional acima de 50%; para tratamento de pneumonia. Após alguns dias de tratamento
(C) administrar 6 ml/kg/%SCT de solução de Ringer Lactato nas com antibióticos e repouso no leito, ele começa a apresentar
primeiras 24 horas, com um ajuste de 10% para cada grau distensão abdominal significativa, dor leve e náuseas, mas sem
adicional de queimadura acima do segundo grau; vômitos. Não apresenta sinais clínicos de peritonite aos exames
(D) administrar 4 ml/kg/%SCT de solução de Ringer Lactato nas físico e laboratorial. Radiografias do abdômen mostram dilatação
primeiras 24 horas, dividindo o volume total em duas importante dos cólons, principalmente no ceco e cólon
metades: uma nas primeiras 8 horas e a outra nas 16 horas ascendente, porém sem evidência de obstrução mecânica.
seguintes; Diante desse quadro clínico, o diagnóstico mais provável e a
(E) administrar 4 ml/kg/%SCT de solução coloidal de albumina melhor abordagem inicial para o manejo desse paciente são,
nas primeiras 24 horas, dividindo o volume total em duas respectivamente:
metades: uma nas primeiras 8 horas e a outra nas 16 horas (A) síndrome de Ogilvie e tratamento com neostigmina;
seguintes. (B) colite pseudomembranosa e tratamento com metronidazol;
(C) obstrução intestinal por brida e tratamento com cirurgia
exploratória;
28 (D) volvo de sigmoide e tratamento com sigmoidoscopia
Um paciente de 58 anos buscou atendimento médico queixando- descompressiva;
se de febre e dor em fossa ilíaca esquerda. Realizou tomografia, (E) íleo paralítico e tratamento com reposição de eletrólitos e
que mostrou sigmoide espessado com vários divertículos e mobilização precoce.
presença de abscesso pericólico de 6 cm, restrito ao mesentério.
A melhor conduta inicial para esse paciente é:
(A) antibioticoterapia oral ambulatorial; 32
(B) antibioticoterapia venosa exclusiva; Uma paciente de 22 anos apresentou quadro de dor pélvica
(C) antibioticoterapia venosa e drenagem percutânea; súbita há cerca de 2 horas. Ao exame, constata-se que está
(D) laparotomia com irrigação da cavidade abdominal; hipocorada ++/4, com PA = 90 x 40 mmHg e FC = 118 bpm. Seu
(E) laparotomia com procedimento de Hartmann. abdômen está atípico com dor à palpação difusa, mais
acentuada em fossa ilíaca direita, com descompressão dolorosa.
O diagnóstico mais provável é:
29 (A) apendicite aguda;
Um paciente de 58 anos foi submetido a uma gastrectomia (B) cisto ovariano direito roto;
subtotal devido a um adenocarcinoma gástrico. Após a cirurgia, (C) gravidez tubária rota;
ele desenvolveu episódios frequentes de sudorese, palpitações, (D) mittelschmerz;
tonturas e diarreia após as refeições. (E) torção de ovário direito.
Essa complicação pós-operatória está relacionada:
(A) ao desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2;
(B) a uma trombose venosa profunda;
(C) à síndrome de dumping;
(D) ao aumento da densidade óssea;
(E) à presença de úlcera alcalina.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 9


Residência Médica FGV Conhecimento

33 36
Uma paciente de 45 anos, com diagnóstico de colelitíase há Um paciente de 55 anos apresenta-se no consultório com queixa
1 ano, apresenta dor em hipocôndrio direito, icterícia ++/4, de uma protuberância na região inguinal direita que se estende
temperatura axilar de 38 °C, PA: 110 x 70 mmHg e bilirrubina até o escroto. Ele relata que a protuberância aparece
total de 4,6 mg/dL, com bilirrubina direta de 3,2 mg/dL. Realizou principalmente quando faz esforço físico, como levantar pesos, e
ultrassonografia de abdômen, que mostrou vesícula de paredes desaparece quando está deitado. Não há sinais de dor intensa,
finas, contendo múltiplos cálculos e discreta dilatação das vias febre ou outros sintomas sistêmicos. Ao exame físico, observa-se
biliares extra-hepáticas. uma massa inguinoescrotal redutível ao repouso e com manobras
Além da antibioticoterapia venosa, a conduta mais apropriada de redução manual. Não há sinais de estrangulamento ou
neste momento é: obstrução.
(A) hidratação e medidas de suporte, somente; A melhor técnica cirúrgica para tratar a hérnia inguinoescrotal
(B) papilotomia endoscópica de urgência; redutível desse paciente será:
(C) drenagem cirúrgica das vias biliares com dreno de Kehr; (A) herniorrafia convencional pela técnica de Shouldice;
(D) colecistectomia de urgência com colangiografia; (B) redução digital, observação clínica sem intervenção cirúrgica
(E) drenagem biliar externa trans-hepática. e uso de funda;
(C) herniorrafia laparoscópica transabdominal pré-peritoneal
(TAPP);
34 (D) herniorrafia convencional pela técnica de Lichtenstein;
Uma paciente de 24 anos chega ao consultório relatando dor anal (E) herniorrafia convencional sem reforço de tecido à Bassini.
intensa há 4 dias. Ao exame, constata-se nódulo violáceo perianal
de 1 cm, localizado posterior à direita, distal à linha denteada e
muito doloroso ao toque. 37
Dentre as condutas abaixo, a mais apropriada é: Uma paciente jovem, sem histórico familiar de câncer colorretal,
(A) analgésicos tópico e oral, e banho de assento; apresenta sintomas como alterações no hábito intestinal,
(B) excisão do trombo com anestesia local; pequeno sangramento retal, dor abdominal, perda de peso
(C) ligadura elástica; inexplicada e palpação abdominal dolorosa no quadrante inferior
(D) escleroterapia com fenol; direito.
(E) hemorroidectomia de urgência. A hipótese diagnóstica mais provável é:
(A) síndrome do intestino irritável;
(B) doença de Crohn;
35 (C) retocolite ulcerativa;
Um homem de 64 anos de idade, saudável, agricultor, (D) polipose adenomatosa familiar;
apresenta-se no consultório com uma lesão cutânea que ele (E) síndrome de Gardner.
notou há cerca de 6 meses. A lesão está localizada no dorso da
mão direita e tem crescido lentamente. O paciente relata que a
área está um pouco dolorosa e pruriginosa. Ao exame físico, 38
observa-se uma lesão de 1,2 cm de diâmetro, de cor Após um traumatismo torácico contuso, um paciente apresenta
acastanhada, bordas irregulares, e com algumas áreas de sinais de tamponamento cardíaco, incluindo hipotensão,
ulceração, e há linfadenomegalia palpável na axila. taquicardia, aumento da turgência jugular e pulso fino.
Com base na descrição clínica e no exame físico, as melhores A conduta clínico-cirúrgica mais apropriada para esse paciente é:
propostas diagnóstica e terapêutica para esse paciente são, (A) realização de pericardiocentese emergencial;
respectivamente: (B) ultrassonografia e punção aspirativa por agulha fina;
(A) carcinoma basocelular; tratamento com crioterapia; (C) administração de fluidos intravenosos e monitoramento
(B) queratoacantoma; tratamento com antibioticoterapia; contínuo;
(C) dermatofibroma; tratamento com observação e seguimento; (D) realização de toracotomia de emergência para drenagem do
(D) carcinoma espinocelular; tratamento com eletrocoagulação e pericárdio;
curetagem; (E) inserção de um tubo torácico para drenagem do espaço
(E) melanoma maligno; tratamento com excisão cirúrgica ampla pleural esquerdo.
e avaliação do linfonodo.

39
Durante o pneumoperitônio para realização de cirurgias por
acesso videolaparoscópico, algumas alterações hemodinâmicas
podem ocorrer no paciente.
Em relação a essas alterações, é correto afirmar que:
(A) há diminuição do débito cardíaco, com aumento do retorno
venoso;
(B) ocorre hipotensão por compressão mecânica da aorta
abdominal;
(C) a oligúria ocorre devido à hipercapnia e retenção de
bicarbonato pelos rins;
(D) a bradicardia ocorre por estímulo vasovagal pela distensão
abdominal;
(E) arritmias cardíacas e outros distúrbios de ritmo cardíaco são
raros.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 10


Residência Médica FGV Conhecimento

40 42
Um paciente de 48 anos apresenta-se no pronto-socorro com A síndrome urêmica hemolítica típica (SHU) é uma doença do
dor abdominal intensa e intermitente há 18 horas, com náuseas grupo das microangiopatias trombóticas. São distúrbios
e vômitos. Ele relata não ter evacuado ou eliminado gases nas caracterizados por anemia hemolítica microangiopática não
últimas 48 horas. Sua história patológica pregressa inclui uma imune, trombocitopenia e insuficiência multissistêmica. A SHU
apendicectomia realizada há 20 anos e uma cirurgia para está associada a infecções intestinais por bactérias produtoras da
correção de hérnia inguinoescrotal há 5 anos. O exame físico toxina Shiga, em especial a Escherichia coli enterohemorrágica
mostrou o paciente lúcido e apirético; sinais vitais: invasiva (STEC - Shiga-toxin– producing strains of E coli). Carne
PA 125/80 mmHg, FC 90 bpm, FR 20 ipm, T 36,8 °C. O abdômen mal-cozida, especialmente hambúrguer, leite e suco não
está distendido. Peristalse de luta apresenta ruídos metálicos e pasteurizados, além de frutas e vegetais crus, podem estar
hipercinéticos. Sente dor à palpação difusa, porém sem sinais contaminados por essas bactérias.
de defesa e com ausência de hérnias palpáveis. Os exames A doença geralmente tem início abrupto com quadro de diarreia,
laboratoriais registram hemograma com leucócitos de muitas vezes com sangue e dor abdominal. Em adultos,
8.000/mm³ e eletrólitos dentro dos limites normais. Os exames geralmente é autolimitada a 5-10 dias. Porém, em crianças,
de imagem revelam rotina de abdômen agudo, mostrando observa-se maior associação à SHU.
distensão de alças intestinais com níveis hidroaéreos, e sem Com relação a essa doença em crianças, é correto afirmar que:
evidências de tumorações. (A) o antibiótico de escolha é o ciprofloxacino;
Diante desse quadro clínico, a etapa inicial mais apropriada (B) a terapia antibiótica pode aumentar o risco de SHU e a
para o manejo do caso é: plasmaférese pode auxiliar pacientes com doença por e. coli
(A) colonoscopia urgente; enterohemorrágica invasiva produtora da toxina SHIGA;
(B) administração de laxantes e observação; (C) rifaximina associada a fluorquinolona deve ser administrada
(C) cirurgia imediata para exploração abdominal; imediatamente em casos de diarreia hemorrágica;
(D) alta com orientação para retorno no caso de persistirem os (D) vancomicina 125 mg, por via oral, quatro vezes ao dia,
sintomas; associada a fidaxomicina 200 mg, duas vezes ao dia durante
(E) administração intravenosa de líquidos, descompressão 10 dias, é o tratamento indicando;
nasogástrica e observação. (E) sulfametoxazol + trimetoprima 800/160 mg a cada 6h por 28
dias é o tratamento de escolha.

Pediatria 43
Segundo os critérios de ROMA IV para lactentes, escolares e
41 adolescentes, na síndrome do intestino irritável:
(A) a criança tem diarreia associada a perda ponderal nos últimos
Coqueluche é uma infecção aguda do trato respiratório causada
2 meses;
pela bactéria Bordetella pertussis. A palavra coqueluche significa
(B) a dor abdominal é aliviada após resolução da constipação;
“tosse violenta”, expressão que descreve apropriadamente a
(C) a dor abdominal é acompanhada de alteração na frequência
característica mais consistente e proeminente da doença.
das evacuações;
O nome chinês para coqueluche é “tosse de 100 dias”, termo que
(D) a criança tem evacuação Bristol 6 na primeira evacuação do
descreve o curso clínico da doença com precisão. A identificação
dia, seguida por Bristol 1 nas demais evacuações;
de B. pertussis foi relatada pela primeira vez por Bordet e Gengou
(E) os sintomas acontecem por pelo menos 1 mês antes do
em 1906.
diagnóstico.
A classe de antibióticos mais adequada para tratamento dessa
doença é:
(A) fosfomicina; 44
(B) quinolona; Um lactente de 9 meses, com fácies sindrômica, assintomático,
(C) tetraciclina; apresenta ausculta cardíaca com ritmo regular, bulhas
(D) beta-lactâmico; normofonéticas com desdobramento variável da segunda bulha,
(E) macrolídeo. sopro sistólico 2+/6+ mais audível em borda esternal esquerda
baixa, sem irradiação, que diminui com a posição sentada. Os
pulsos femorais são palpáveis.
Nesse caso, o médico deve:
(A) internar a criança para realização de exames;
(B) encaminhar a criança para avaliação do cardiopediatra;
(C) iniciar medicação cardiológica (furosemida e captopril);
(D) solicitar teste de oximetria de pulso;
(E) considerar o achado como funcional, sem necessidade de
encaminhamento.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 11


Residência Médica FGV Conhecimento

45 48
Um escolar com 5 anos é atendido em uma unidade básica de Um adolescente saudável de 16 anos comparece à clínica da
saúde com história de diarreia iniciada 2 dias antes. Houve família para atualizar sua situação vacinal. Alega que só recebeu
aumento da frequência das evacuações há 24 horas, e o vacinas no primeiro ano de vida, mas, 2 meses antes, fez uma
paciente apresentou um episódio de vômitos há 12 horas. Ao dose de vacina para difteria e tétano (dT), para se matricular em
exame físico, mostrou-se intranquilo, chorando sem lágrimas, um curso. Em sua caderneta da criança, há registro das seguintes
com a língua levemente seca. vacinas: duas doses da vacina contra hepatite B (HB); duas doses
A conduta imediata é: da vacina contra difteria, tétano e pertússis (DTP); uma dose da
(A) fazer hidratação oral com 75 mL/kg (sais de reidratação) em vacina contra febre amarela (VFA); uma dose da vacina contra
4 horas; não medicar; observação no local; sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral).
(B) iniciar hidratação venosa com 10 mL/kg em 30 minutos; A atualização deverá ser feita com:
prescrever ondansetrona; transferir para unidade (A) duas doses da VFA, duas doses da dT, duas doses da tríplice
hospitalar; viral, duas doses de vacina contra HPV e uma dose da vacina
(C) orientar quando à ingestão de líquidos; não usar meningocócica ACWY;
medicamentos; dar alta com orientações sobre o retorno; (B) duas doses da HB, duas doses da VFA, uma dose da tríplice
(D) prescrever hidratação venosa com 70 mL/kg em 2,5 horas; viral, uma dose da vacina contra HPV e duas doses da vacina
usar antieméticos; manter naquela unidade de saúde; meningocócica ACWY;
(E) indicar hidratação oral com 20 mL/kg (sais de reidratação), (C) uma dose da HB, uma dose da VFA, uma dose da tríplice viral,
usar ondansetrona; retornar para casa com orientação. uma dose da vacina contra HPV e uma dose da vacina
meningocócica ACWY;
(D) uma dose da HB, uma dose da DTP, duas doses da tríplice
46 viral, duas doses da vacina contra HPV e uma dose da vacina
Os pais de um escolar em tratamento de rinite alérgica com meningocócica ACWY;
corticoide nasal procuraram o posto de saúde para aplicação da (E) uma dose da VFA, uma dose da dT, uma dose da tríplice viral,
vacina HPV (papilomavírus humano). uma dose da vacina contra HPV e duas doses da vacina
Em vista do quadro apresentado, o agente do posto de saúde meningocócica ACWY.
deverá:
(A) orientar os pais a vacinarem a criança após o término do
tratamento; 49
(B) suspender a medicação por 7 dias após a vacinação; Um escolar masculino de 9 anos está em acompanhamento na
(C) vacinar a criança com as orientações habituais; unidade básica por dor no joelho direito iniciada 2 meses antes.
(D) vacinar a criança com a dose dobrada da vacina; Há inchaço no local e a dor o impede de praticar basquete no
(E) vacinar a criança, advertindo quanto à possibilidade de time do clube. Não há história de trauma. No exame físico há
reações vacinais mais intensas. edema e dor sobre a porção distal do tendão patelar direito, além
de uma proeminência firme e fixa do tubérculo tibial.
A radiografia do joelho está normal. O médico orientou repouso,
47 afastamento temporário do basquete e fisioterapia.
Um escolar de 10 anos apresenta queixa de cansaço, dores nas A principal hipótese diagnóstica é:
pernas que o acordam durante a noite e emagrecimento de 2 kg (A) síndrome de Sinding-Larsen-Johansson;
no último mês. Apresenta as seguintes alterações ao exame (B) síndrome da dor patelofemoral;
físico: palidez cutâneo-mucosa 3+/4+, sopro sistólico 2+/6+ em (C) doença de Osgood-Schlatter;
bordo esternal esquerdo, taquicardia (FC = 120 bpm), fígado a (D) doença de Legg-Calvé-Perthes;
2,5 cm do RCD, ponta de baço palpável, dor à palpação do terço (E) rotura do ligamento cruzado anterior.
proximal da tíbia bilateralmente e petéquias esparsas em
membros.
O quadro clínico é sugestivo de: 50
(A) anemia falciforme; Uma primípara comparece à consulta de puericultura com seu
(B) leucemia; filho de 2 meses. Durante a consulta, o pediatra percebe que ela
(C) zika vírus; está prestes a abandonar o aleitamento materno exclusivo e
(D) endocardite infecciosa; conduz a conversa de forma a mantê-lo.
(E) toxoplasmose. Nessa conversa é importante ser empático, evitando:
(A) fazer perguntas abertas que permitam à mãe expressar
argumentos contra a manutenção da amamentação;
(B) recorrer à comunicação não verbal, uma vez que esta pode
induzir a erros de interpretação, tornar-se inapropriada ou
gerar problemas éticos;
(C) aceitar as opiniões da mãe durante a conversa, a fim de
demonstrar, de forma clara e incisiva, que a posição expressa
nessas opiniões está equivocada;
(D) usar palavras que possam ser interpretadas como
julgamento, exceto quando possam efetivamente levar ao
desmame;
(E) subestimar os sentimentos da mãe, a fim de demonstrar,
durante a conversa, que eles podem ser compreendidos e
valorizados.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 12


Residência Médica FGV Conhecimento

51 55
M-CHAT-R é um teste utilizado no transtorno do espectro autista A cólera é causada pela bactéria Vibrio cholerae toxigênica dos
para: sorogrupos O1 ou O139. O Vibrio cholerae O1 pode ser
(A) diagnóstico da síndrome de Asperger; classificado em dois biotipos: Clássico e El Tor, que apresentam
(B) triagem dos sinais precoces; diferenças em relação às propriedades fenotípicas e genotípicas,
(C) acompanhamento do neurodesenvolvimento; patogenicidade e padrões de infecção e sobrevivência nos
(D) avaliação de TEA entre 9 e 15 meses de idade; hospedeiros humanos. O uso de antibióticos é complementar ao
(E) estadiamento do grau de autismo. tratamento e não substitui a administração de líquidos e solução
de sais de reidratação oral ou de fluidos endovenosos (a
reidratação é a base da terapia).
52 Dessa maneira, o antibiótico de primeira escolha, indicado pelo
Um jovem de 18 anos foi atendido em uma unidade básica de Ministério da Saúde, para tratamento da cólera é:
saúde com um quadro de segundo episódio de uretrite (A) doxiciclina 2 mg/kg a 4 mg/kg, em dose única, por via oral;
gonocócica em 3 meses. (B) sulfametoxazol + trimetoprima 400/80 mg, 12/12h por 5 dias,
Após aconselhamento pela equipe, o tratamento instituído foi: por via oral;
(A) doxiciclina 100 mg, 1 comprimido via oral, 12/12h por 30 (C) amoxicilina + clavulanato 875/125 mg, 12/12h por 7 dias;
dias; (D) gentamicina 80 mg, por via oral, em dose única;
(B) ceftriaxona 1g, intramuscular, dose única; (E) cefepime 2 g, por via endovenosa, 8/8h por 10 dias.
(C) ceftriaxona 500 mg, intramuscular, dose única + azitromicina
500 mg, 4 comprimidos via oral, dose única;
(D) ciprofloxacino 500 mg, via oral, 12/12h por 7 dias; 56
(E) azitromicina 500 mg, via oral, por 10 dias. Um menino de 3 anos apresenta história de dificuldade para
evacuar desde o primeiro ano de vida. Fica alguns dias sem
evacuar e só evacua com o uso de doses altas de laxante ou com
53 enemas. A mãe refere que ele demorou 4 dias para evacuar após
Um recém-nascido de 21 dias, com idade gestacional de nascer e o fez porque usou supositório. Tem pouco apetite e não
32 semanas, peso de nascimento de 1.600 g, está internado na ganha peso adequadamente. O exame clínico revelou distensão
UTI neonatal com sépsis, em suporte ventilatório e abdominal e saída de fezes explosivas ao toque retal. Realizou
hemodinâmico. exames laboratoriais e clister opaco.
A vacinação do paciente deve: Com base na principal hipótese diagnóstica, é esperado encontrar
(A) ocorrer de acordo com sua idade corrigida; no exame radiológico uma área de intestino:
(B) ocorrer imediatamente para estimulação imunológica; (A) dilatada, apresentando extensão limitada, iniciando em
(C) ser realizada quando a criança tiver peso acima de 3 kg; qualquer local no colo, correspondendo à região
(D) ser realizada após a alta hospitalar; agangliônica;
(E) ser realizada durante a internação, sem vacinas com vírus (B) estreitada, que acomete o colo descendente, poupando as
vivos. porções distais, sendo a área com gânglios;
(C) estreitada, que inicia distalmente e se estende
proximalmente, correspondendo à região agangliônica;
54 (D) dilatada, de extensão variada, que ocorre nas porções mais
Uma adolescente de 12 anos apresenta pelos espessos e esparsos distais e que demonstra a parte agangliônica;
em genitália e mamas/mamilos aumentados, sem contorno (E) estreitada, que apresenta extensão limitada, tendo início
definido. proximal, traduzindo a porção com gânglios.
É correto afirmar que:
(A) a adolescente tem o desenvolvimento puberal adequado para
a sua idade;
(B) a adolescente tem o desenvolvimento puberal atrasado para
a sua idade;
(C) o diagnóstico de pubarca precoce deve ser investigado;
(D) o diagnóstico de telarca precoce deve ser investigado;
(E) os dados apresentados não permitem avaliação do
desenvolvimento puberal.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 13


Residência Médica FGV Conhecimento

57 60
Schistosoma, um helminto pertencente à classe Trematoda, à Uma adolescente com 11 anos é levada à emergência em
família Schistossomatidae e ao gênero Schistosoma, são vermes pediatria por apresentar vômitos. Reside com a avó, que
digenéticos, delgados, de coloração branca e sexos separados. A informalmente assumiu a guarda e que frequentemente
fêmea adulta, mais alongada, encontra-se alojada em uma fenda desvaloriza os genitores, pois a adolescente fora abandonada
do corpo do macho, denominada canal ginecóforo. pela mãe por ser fruto de gestação não desejada e nunca teve
O ser humano é o principal hospedeiro definitivo do S. mansoni. É contato com o pai. A avó está em tratamento de depressão,
nele que o parasita desenvolve a forma adulta e se reproduz imputando seu sofrimento à adolescente.
sexuadamente, gerando ovos que são disseminados no meio Nesse caso, a notificação:
ambiente por meio das fezes, ocasionando a contaminação das (A) deverá ser feita, pois existem fatos justificando a suspeita de
coleções hídricas. violência;
O ciclo biológico do S. mansoni depende da presença do (B) somente será feita após a localização da mãe, que possui a
hospedeiro intermediário no ambiente. Os caramujos guarda legal;
gastrópodes aquáticos, pertencentes à família Planorbidae e ao (C) deve ser registrada após concordância de ambas as
gênero Biomphalaria, são os organismos que possibilitam a envolvidas no caso;
reprodução assexuada do helminto. (D) só poderá ser feita caso existam provas da violência contra a
Com relação ao período de transmissibilidade dessa doença, é adolescente;
correto afirmar que: (E) poderá ocorrer caso a adolescente manifeste o desejo de que
(A) a pessoa infectada pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a haja denúncia.
partir de 5 semanas após a infecção e por um período de 6 a
10 anos, podendo chegar a até mais de 20 anos;
(B) os hospedeiros intermediários começam a eliminar miracídios
após 4 a 7 semanas da infecção pelas cercárias; Obstetrícia e Ginecologia
(C) os caramujos infectados eliminam cercárias por toda a vida,
que é aproximadamente de 3 anos; 61
(D) a pessoa infectada pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a
partir de 1 semana após a infecção e por um período de 6 Uma criança do sexo feminino, de 2 anos de idade, chega
meses a 1 ano; encaminhada pelo seu pediatra. A mãe relata corrimento vaginal
(E) os hospedeiros permissivos ou reservatórios, como os ora sanguinolento, ora aquoso e uma estrutura semelhante a
primatas, marsupiais (gambá), ruminantes, roedores e “cachos de uva” de aspecto gelatinoso na entrada da vagina.
lagomorfos (lebres e coelhos), são considerados reservatórios A principal hipótese é:
que não eliminam ovos. (A) má higiene;
(B) sarcoma botrioide;
(C) corpo estranho;
58 (D) contaminação com gel hormonal transdérmico da mãe;
(E) estímulo hormonal remanescente do intraútero.
Um lactente de 10 meses apresentou febre alta (39 °C) e coriza
hialina por 3 dias. No quarto dia de doença, 12 horas após o
último pico febril, surge exantema maculopapular em tronco que 62
se dissemina para os membros. Ao exame, apresenta discreta
hiperemia de orofaringe, linfonodos cervicais sem características Uma paciente de 24 anos, saudável, é usuária de dispositivo
inflamatórias e exantema maculopapular eritematoso difuso. intrauterino de cobre. Refere vida sexual ativa com uso de
Diante desse quadro, o diagnóstico correto é: preservativos e última menstruação há 10 dias. Há 2 horas,
(A) escarlatina; iniciou-se uma dor de instalação aguda, de padrão constante, em
(B) sarampo; fossa ilíaca direita, sem irradiação, associada a náuseas e
(C) varicela; vômitos. Nega sangramento vaginal, febre, dor lombar, mudança
(D) rubéola; de hábito intestinal ou urinário. A ultrassonografia transvaginal
(E) exantema súbito. evidenciou aumento do ovário direito, comprometimento do
fluxo sanguíneo em região anexial do mesmo lado e líquido livre
em fundo de saco.
59 A hipótese mais provável é:
(A) gestação ectópica à direita;
Dentre as situações a seguir, aquela em que o recém-nascido tem
(B) abscesso ovariano à direita;
dois critérios para icterícia patológica é:
(C) torção de ovário e tuba uterina à direita;
(A) RN a termo, icterícia desde 37 horas de vida, bilirrubina
(D) apendicite;
total = 4 mg/dl, bilirrubina indireta = 3,1 mg/dl;
(E) pielonefrite à direita.
(B) RN prematuro, 6º dia de vida, bilirrubina total = 3 mg/dl,
bilirrubina indireta = 2,2 mg/dl;
(C) RN a termo, icterícia desde 12 horas de vida, bilirrubina
total = 2 mg/dl, bilirrubina indireta = 0,8 mg/dl;
(D) RN prematuro, 39 horas de vida, bilirrubina total = 8 mg/dl,
aumento de bilirrubina em seis horas = 0,1 mg/dl/hora;
(E) RN prematuro, grupo sanguíneo/RH: RN = O+ e mãe =A+,
ictérico no 12º dia de vida.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 14


Residência Médica FGV Conhecimento

63 66
Uma menina de 6 anos é levada pela mãe ao ginecologista por ter Paciente, após gestação e parto complicados, está em
iniciado desenvolvimento mamário há 4 meses. Ao exame físico, acompanhamento com endocrinologista com diagnóstico de
apresenta mamas em estágio M2 de Tanner e genitália em síndrome de Sheehan.
estágio P1 de Tanner. De acordo com o gráfico de velocidade de A complicação obstétrica que mais provavelmente ocorreu nesse
crescimento, a paciente manteve um padrão de 4 cm/ano no caso foi:
último ano. Realizada uma radiografia de mão e de punhos pelo (A) diabetes gestacional em uso de insulina;
método de Greulich-Pyle, identifica-se que a idade óssea da (B) descolamento prematuro da placenta;
criança é estimada em 6 anos e 2 meses. A dosagem hormonal de (C) rotura prematura de membranas ovulares;
LH é 1,2 UI/L. (D) gestação gemelar monocoriônica;
Considerando as informações acima, o diagnóstico mais provável (E) restrição de crescimento intrauterino.
é:
(A) telarca precoce isolada;
(B) pubarca precoce isolada; 67
(C) menarca precoce isolada; Uma paciente de 18 anos chega à emergência do hospital
(D) puberdade precoce central; referindo ter sido vítima de violência sexual há 2 horas em uma
(E) puberdade precoce periférica. festa. Relata que, no ato, houve penetração. Ela desconhece o
agressor, o qual não usou preservativo.
A abordagem inicial deve incluir:
64 (A) atendimento inicial exclusivo por médico;
Uma mulher de 23 anos, sexualmente ativa, utilizando (B) encaminhamento da paciente primeiramente ao instituto
contracepção com pílula hormonal combinada, refere surgimento médico legal;
de lesões ulceradas, dolorosas em face interna de grande lábio (C) encaminhamento da paciente para realizar boletim de
esquerdo, há 3 dias. Precedendo o surgimento das lesões, refere ocorrência antes do atendimento médico;
que a região acometida apresentou um aumento de (D) início de profilaxia para as doenças sexualmente
sensibilidade. Além disso, relata ter apresentado quadro de transmissíveis e prevenção de gravidez em até 5 dias;
faringite há 1 semana. Ao exame, identifica-se a vulva trófica, (E) avaliação do estado geral de saúde, orientação e proteção
sem distopias aparentes, apresentando 5 lesões ulceradas, com contra doenças de transmissão sexual, prevenção de gravidez
menos de 0,5 cm cada, coalescendo, dolorosas ao toque. Há e coleta de materiais biológicos ou outros indícios materiais
presença de micropolilinfadenopatia inguinal bilateral, indolor. que permitam a identificação do agressor.
Considerando a principal hipótese diagnóstica, a opção adequada
de tratamento para a paciente é:
(A) aciclovir 400 mg, três vezes ao dia, por 7 a 14 dias; 68
(B) ceftriaxona 1g, IV ou IM, uma vez ao dia, por 8 a 10 dias; Paciente de 32 anos foi à consulta ginecológica de rotina para
(C) doxiciclina 100 mg, VO, duas vezes ao dia, por 10 a 15 dias; realização de colpocitologia oncótica. O exame evidenciou
(D) prednisona, 20 mg, VO, uma vez ao dia, até remissão da agrupamento de células escamosas com núcleos aumentados,
úlcera; hipercrômicos e irregulares, com alta relação
(E) penicilina G benzatina, 2,4 milhões UI, IM, dose única núcleo-citoplasmática sugestiva de lesão intraepitelial de alto
(1,2 milhão UI em cada glúteo). grau. Como a amostra foi coletada em meio líquido, foi solicitado
teste de HPV, que veio positivo para o subtipo 16.
Frente a essas informações, é correto afirmar que:
65 (A) se trata de exame normal, com seguimento em 3 anos;
Uma mulher de 25 anos chega ao ambulatório com um exame de (B) pela associação com HPV-16, a lesão é considerada de baixo
farmácia demonstrando gravidez. Ainda não realizou grau;
ultrassonografia e, pela data da última menstruação, estaria com (C) se trata de uma lesão de alto grau com infecção por HPV de
aproximadamente 8 semanas de gestação. alto risco oncogênico, sendo indicada colposcopia;
Ao toque, nota-se um amolecimento acentuado no istmo, que (D) por se tratar de uma infecção por HPV de baixo risco
configuraria o sinal de: oncogênico, está indicado seguimento semestral;
(A) Hegar; (E) se trata de uma infecção por HPV de alto risco oncogênico,
(B) Piskacek; sendo indicada a realização imediata da exérese da zona de
(C) Osiander; transformação (EZT ou LEEP), sem a necessidade de
(D) Nobile-Budin; colposcopia.
(E) Puzos.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 15


Residência Médica FGV Conhecimento

69 72
Uma mulher de 33 anos comparece ao médico com queixa de Uma mulher de 25 anos, sexualmente ativa, sem atraso
leucorreia há 2 semanas, com odor desagradável, que piora após menstrual, comparece ao ginecologista com uma ultrassonografia
a relação sexual. Ao exame especular, verifica-se conteúdo transvaginal de rotina que apresentou nódulo de aspecto misto,
vaginal aumentado, com coloração branco-acinzentada e algo com áreas hiperecogênicas difusas e sombra acústica posterior
bolhoso. O colo uterino apresenta mácula rubra de 2,0 cm de no ovário direito medindo 7,0 cm. O ovário esquerdo e o útero
diâmetro ao redor do orifício externo, e o muco cervical está com não apresentaram alterações à ultrassonografia. Ao toque
aspecto transparente. A fita de pH vaginal registra resultado de vaginal, identificou-se a presença de massa móvel, indolor,
5,2. O teste do KOH10% exacerbou o odor da leucorreia. Ao medindo em torno de 7,0 cm, palpável em região anexial direita.
toque vaginal, o colo móvel apresenta-se indolor. Realizada a Considerando a principal hipótese diagnóstica do caso, é correto
bacterioscopia, visualizaram-se células epiteliais recobertas por afirmar que:
cocobacilos Gram variáveis. (A) esse tipo de tumor ovariano é bilateral em 10% dos casos;
Considerando a principal hipótese diagnóstica, o melhor (B) usualmente o marcador tumoral CA125 é elevado nesses
tratamento para a paciente é: casos;
(A) fluconazol, 1 comprimido de 150 mg em dose única; (C) a chance de malignidade desse tipo de tumor é usualmente
(B) duchas vaginais com bicarbonato de sódio por 10 dias; alta;
(C) fenticonazol, creme vaginal, 0,02 mg/g, uma vez ao dia, (D) o principal subtipo histológico desses tumores é o
durante 7 dias; cistoadenocarcinoma seroso;
(D) metronidazol 500 mg, por via oral, duas vezes ao dia, durante (E) o tratamento de eleição para esse tipo de tumor é a
7 dias; histerectomia com ooforectomia bilateral.
(E) creme vaginal combinando clindamicina 2% e hidrocortisona
10%, por 14 dias.
73
Gestante realiza ultrassonografia obstétrica, que evidencia uma
70 medida do maior bolsão vertical do líquido amniótico de 12 cm.
Uma paciente de 23 anos tem queixa de irregularidade menstrual A condição que pode estar associada a esse quadro é:
de longa data. Relata que, desde a primeira menstruação, tem (A) insuficiência uteroplacentária;
intervalo de 50 a 60 dias entre os ciclos e períodos de (B) displasia tanatofórica no feto;
amenorreia. No último ano, estava em final de faculdade e (C) agenesia renal bilateral fetal;
ganhou muito peso em função de estresse e sedentarismo. Ao (D) restrição de crescimento fetal;
exame, apresenta bom estado geral, IMC 31 kg/m2, presença de (E) gravidez com pós-datismo.
acne em face e dorso e escurecimento de região de dobras.
Frente a esse cenário, a principal hipótese é:
(A) síndrome dos ovários policísticos; 74
(B) sobrepeso com aumento de gordura visceral; Uma paciente de 38 anos teve diagnóstico de câncer de mama há
(C) deficiência enzimática da suprarrenal da 21-hidroxilase; 18 meses, com realização de quimioterapia neoadjuvante e
(D) síndrome de Cushing; mastectomia à direita. Não menstrua há 12 meses. Há 6 meses
(E) hipotireoidismo. queixa-se de calores e suores todas as noites, com prejuízo
importante de sua qualidade de vida. Recentemente notou piora
da lubrificação vaginal.
71 Analisando o caso acima, o diagnóstico e a conduta apropriada
Uma mulher de 63 anos, portadora de diabetes mellitus e são, respectivamente:
hipertensão arterial sistêmica controlada, encontra-se em (A) menopausa precoce; início de terapia hormonal com
menopausa há 10 anos. Comparece ao ginecologista com queixas estrogênio e progesterona via oral e uso de lubrificantes
de sangramento vaginal há 3 meses. O exame físico não vaginais;
apresenta alterações aparentes ou sinais de sangramento ativo (B) menopausa precoce; início de escitalopram e hidratantes
no momento. É realizada uma ultrassonografia transvaginal, que vaginais;
evidencia endométrio com 3 mm de espessura, com imagem (C) menopausa precoce; início de estriol vaginal e laser vaginal;
ecogênica focal que ocupa a interface entre os folhetos (D) cessação temporária da menstruação; início de
endometriais e mede 5 mm no maior eixo. desvenlafaxina e lubrificantes vaginais;
A causa mais provável do sangramento nesse caso é: (E) transição menopausal; início de estriol transdérmico e
(A) adenomiose; fisioterapia pélvica.
(B) pólipo endometrial;
(C) miomatose uterina;
(D) hiperplasia endometrial;
(E) adenocarcinoma do endométrio.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 16


Residência Médica FGV Conhecimento

75 79
Uma gestante de 20 semanas, moradora de área endêmica, Uma gestante realiza ultrassonografia com 24 semanas, que
chegou à admissão da maternidade com sinais e sintomas identifica gestação gemelar monocoriônica, diamniótica, com um
sugestivos de dengue. feto com peso estimado no percentil 3 e o outro com peso
Após o exame clínico-obstétrico e laboratorial, a equipe de estimado no percentil 43. Eles têm uma diferença de 28% entre
plantão resolveu internar e tratar a paciente, pois identificou os pesos. Ambos os fetos estão com volume do líquido amniótico
corretamente o seguinte sinal de alarme: normal e ambos com o doppler da artéria umbilical, da artéria
(A) vômitos esporádicos; cerebral média e do ducto venoso dentro da normalidade.
(B) dor abdominal moderada; O diagnóstico compatível com esse quadro é:
(C) hipotensão postural e/ou lipotimia; (A) gemelidade imperfeita;
(D) diminuição progressiva do hematócrito; (B) síndrome de transfusão feto-fetal;
(E) esplenomegalia 1 cm abaixo do rebordo costal. (C) sequência de anemia/policitemia;
(D) restrição de crescimento intrauterino seletiva;
(E) sequência TRAP.
76
Uma gestante de 38 anos, secundigesta e cardiopata, chega à
emergência referindo cólicas intensas, sangramento vaginal em 80
grande quantidade e sangue vivo. A idade gestacional, Uma mulher de 63 anos, portadora de carcinoma lobular invasivo
estabelecida pela ultrassonografia transvaginal realizada com de mama direita de 2,0 cm, com axila clinicamente livre, é
6 semanas, é de 9 semanas e 3 dias. Ao exame, o útero encontra- submetida a quadrantectomia com biópsia de linfonodo
se aumentado de volume, amolecido, com colo entreaberto e sentinela. Durante o exame de congelação intraoperatória, o
saída de material ovular identificada no exame especular. A patologista encontra a presença de células carcinomatosas nos
ultrassonografia mostra a presença de restos ovulares em grande linfonodos sentinelas biopsiados. É indicado o esvaziamento
quantidade. axilar. Para tanto, é importante definir quais são os 3 níveis dos
Diante desse quadro, a conduta deve ser: linfonodos axilares.
(A) esvaziamento uterino por aspiração a vácuo ou curetagem; A estrutura anatômica que define esses níveis é:
(B) ocitocina venosa, 20 UI em 500 ml de soro fisiológico; (A) a artéria axilar;
(C) expectante, monitorando a pressão arterial e sangramento; (B) o músculo peitoral maior;
(D) misoprostol retal na dose de 800 mcg em dose única; (C) o músculo peitoral menor;
(E) realização de nova ultrassonografia transvaginal em 12 horas. (D) a artéria mamária interna;
(E) o nervo intercostobraquial.

77
Uma gestante com 28 semanas tem o diagnóstico de infecção por
parvovírus B19. Medicina Preventiva e Social / Medicina
A melhor maneira de avaliar a principal complicação fetal nesse de Família e Comunidade / Saúde
caso é:
(A) realização do doppler da artéria cerebral média; Coletiva
(B) avaliação ultrassonográfica da movimentação fetal;
(C) pesquisa de células fetais livres no sangue materno; 81
(D) medida menor do fundo uterino ao exame clínico;
(E) realização do teste de Coombs direto no sangue materno. Um senhor de 82 anos comparece à consulta queixando-se de
uma cefaleia de início recente. HAS controlada com IECA. Exame
físico sem particularidades, exceto por espessamento da artéria
78 temporal à palpação.
A pré-eclâmpsia complicada com síndrome HELLP é caracterizada Nesse contexto:
por: (A) PCR elevada aumenta a chance de arterite de células
(A) trombocitopenia e convulsões maternas; gigantes;
(B) disfunção hepática e elevação da glicemia; (B) VHS > 100 mm/h aumenta a chance de arterite de células
(C) hemólise, disfunção hepática e trombocitopenia; gigantes;
(D) convulsões maternas, hemólise e hiperglicemia; (C) tomografia craniana é essencial para excluir diagnósticos
(E) diminuição dos reflexos profundos e hemólise. outros, antes de se pensar em arterite de células gigantes;
(D) radiografia craniana é essencial para excluir diagnósticos
outros, antes de se pensar em arterite de células gigantes;
(E) ressonância magnética craniana é essencial para excluir
outros diagnósticos, antes de se pensar em arterite de células
gigantes.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 17


Residência Médica FGV Conhecimento

82 86
Milton teve o diagnóstico de monkeypox confirmado por meio de Letícia está na 10ª semana de gestação. Diante do aumento de
PCR positivo. Ele se enquadra no grupo de indivíduos com alto casos de gripe entre familiares e conhecidos, ela foi à unidade
risco de desenvolver formas graves. básica de saúde para saber se precisava tomar a vacina contra
Seu monitoramento deve acontecer: influenza. Na análise em seu prontuário, verificou-se que sua
(A) a cada 2 dias; última vacina havia sido no ano anterior.
(B) a cada 3 dias; Em relação a esse caso, é correto afirmar que:
(C) a cada 7 dias; (A) não se recomenda a vacina nesse estágio da gestação;
(D) a cada 15 dias; (B) não é necessário o reforço da vacina, pois ela confere
(E) diariamente. imunidade por 10 anos;
(C) deve-se evitar a vacina na gestação;
(D) a paciente deve ser revacinada;
83 (E) a vacina deve ser tomada, por segurança, após 12 semanas
Segundo o Manual de Recomendações e Controle da Tuberculose de gestação.
no Brasil 2ª ed., atualizado em 29/05/2024, a transmissão e
adoecimento por TB são influenciados por fatores demográficos,
sociais e econômicos. Dentre os fatores que contribuem para a 87
manutenção e propagação da doença, destacam-se: urbanização Em uma atenção primária de qualidade, é papel da APS integrar
crescente e desordenada, desigualdade na distribuição de renda, verticalmente os serviços. A APS, como parte integrante da rede
moradias precárias e superlotação, insegurança alimentar e baixa de atenção à saúde, estrutura-se segundo atributos e funções.
escolaridade, bem como dificuldade de acesso aos serviços e Além da resolubilidade, são funções da APS:
bens públicos. Dessa maneira, no Brasil, assim como em outros (A) organização e responsabilização;
países que têm condições de vida semelhantes, alguns grupos (B) organização e primeiro contato;
populacionais apresentam maior vulnerabilidade para a TB. (C) primeiro contato e longitudinalidade;
Pelo exposto acima, em comparação com a população em geral, (D) integralidade e coordenação;
o risco de adoecimento por tuberculose é maior no seguinte (E) coordenação e orientação comunitária.
grupo:
(A) indígenas;
(B) profissionais de saúde; 88
(C) pessoas vivendo com o HIV; José, 55 anos, hipertenso há 3 anos, em uso regular de
(D) pessoas privadas de liberdade; medicação, vem para consulta de rotina apresentando PA =
(E) pessoas vivendo em situação de rua. 130 x 80 mmHg. Após exame clínico, conclui-se que tem baixo
risco cardiovascular.
Nesse caso, a conduta é:
84 (A) manter a medicação e reforçar a importância de manter a
Leonora, 60 anos, com diabetes mellitus diagnosticada há 5 anos, mudança de estilo de vida, pois a PA está dentro da meta;
em acompanhamento contínuo na unidade básica de saúde, vem (B) retirar a medicação e reforçar a importância de manter a
para a consulta de rotina. Após avaliação dos pés, identificamos: mudança de estilo de vida, pois a PA está dentro da meta;
sensibilidade presente, deformidade ausente e úlceras ou (C) modificar a medicação para que o organismo não crie
cicatrizes de úlceras ausentes. tolerância às medicações atuais, embora a PA esteja dentro
Segundo o exame clínico do pé diabético, conclui-se que a da meta;
categoria de risco e o melhor manejo para Leonora são, (D) reforçar a mudança de estilo de vida, pois a PA está fora da
respectivamente: meta;
(A) grau 0 – reavaliação anual; (E) modificar a conduta medicamentosa, pois a PA está fora da
(B) grau I – reavaliação anual; meta.
(C) grau II – reavaliação semestral;
(D) grau III – reavaliação semestral;
(E) grau IIIa – reavaliação semestral. 89
Carlos, 27 anos, vai à consulta médica com febre, exantema,
gânglios retroauriculares aumentados, conjuntivite, artralgia e
85 tosse. Em seu prontuário, não há registro de vacinação contra a
Com queixa de dor de cabeça, Jéssica, 37 anos, diarista, vai pela rubéola. Ele declara não ter viajado recentemente, nem ter tido
primeira vez à unidade básica de saúde. Ela reporta: “Doutor, contato com pessoas confirmadas para rubéola. Contudo, sua
sinto essa dor há mais de 2 meses, desde que precisamos sair da região encontra-se no estado que registrou um surto da doença
nossa casa porque não dava mais para pagar o aluguel depois que há 4 meses. Trata-se de um caso suspeito de rubéola.
meu marido foi demitido do emprego. Na minha casa somos eu, O melhor método para fazer a confirmação desse caso é:
meu marido e três filhas de 4, 6 e 14 anos”. (A) examinar se há vínculo epidemiológico com outros casos
É exemplo de crise acidental do ciclo de vida familiar da família confirmados;
de Jéssica: (B) realizar a sorologia de anticorpos IgM e IgG contra rubéola;
(A) família com filho pequeno; (C) verificar a associação temporal com a vacinação;
(B) família em estágio tardio; (D) considerar os critérios clínicos como suficientes, diante dos
(C) desemprego; sinais e sintomas presentes;
(D) família com criança em idade escolar; (E) observar o caso por 48 horas.
(E) família com adolescente.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 18


Residência Médica FGV Conhecimento

90 92
Rodrigo, 48 anos, casado, autônomo, vem à unidade básica de Mônica, 29 anos, professora, vem para a consulta na unidade
saúde se queixando de dores de cabeça de repetição e básica de saúde preocupada com seu sobrepeso. Diz que anda
apresentando PA = 165 x 90 mmHg. Em seu prontuário, muito estressada, que os cuidados com o filho mais novo têm
identifica-se que, nas últimas 5 consultas, no último ano, por tomado muito seu tempo e que o marido não ajuda e anda
motivos diversos, sua pressão arterial foi, respectivamente, de bebendo demais. Sua sogra Maria foi morar com eles e dá muito
147 x 99 mmHg; 180 x 100 mmHg; 152 x 90 mmHg; trabalho em virtude do quadro depressivo, que não melhora.
160 x 95 mmHg e 170 x 92 mmHg. Rodrigo tem história familiar O sogro, Mário, faleceu aos 53 anos, e isso a preocupa em relação
de hipertensão e é sedentário. a Mário Luís, seu marido, que também fuma e bebe demais. Eles
O fato que permite o diagnóstico de hipertensão arterial têm ainda um filho de 12 anos, que não dá trabalho nenhum.
sistêmica é: Considere o genograma a seguir.
(A) ter sido admitido em unidade de pronto atendimento com
pressão arterial 150 x 95 mmHg;
(B) ser sedentário;
(C) ter tido história familiar de hipertensão;
(D) ter tido aferições da pressão arterial maiores que
140 x 90 mmHg no último ano;
(E) ter 48 anos de idade.

91
Mylena, 42 anos, fuma 50 cigarros/dia desde os 16 anos. Seu
Fagerström é igual a 10. Na escala de razões para fumar, declara
que fuma para controlar o peso, para mediar situações de
estresse e ansiedade e porque o cigarro é uma companhia. Diz
que não consegue nem imaginar tentar parar de fumar e que, por
isso, nunca tentou fazê-lo. Declara não se ver sem o cigarro.
Recentemente, Mylena foi diagnosticada com neoplasia de O genograma de Mônica mostra que:
pulmão. (A) existe um padrão repetitivo de comportamento e saúde entre
Nesse caso, a abordagem a essa fumante deve considerar: Mário e Mário Luís;
(A) uso de vapers para iniciar o processo de mudança; (B) existe uma relação conflituosa entre Mônica e Maria;
(B) cessação do tabagismo sem uso de suporte farmacoterápico; (C) existe uma relação conflituosa entre Mônica e Mário Luís;
(C) cessação do tabagismo com uso de reposição de nicotina (D) Maria e Mário são divorciados;
apenas; (E) Mário Luís é o indivíduo índice do genograma.
(D) entrevista motivacional, com o suporte comportamental e
farmacoterápico necessário;
(E) prescrição de bupropiona para cessação do tabagismo.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 19


Residência Médica FGV Conhecimento

93 95
Os movimentos antivacina, causados por um sistema de Apolinário, 86 anos, perfil 3 de funcionalidade, com Alzheimer em
desinformação, trazem muitos danos para as pessoas não estágio avançado, hipertenso, diabético e com imobilidade grau
vacinadas, pois já está mais que provado pela ciência que vacinas IV, em uso de medicação para as doenças de base, é levado à
são muito efetivas e salvam vidas. consulta médica.
Uma dessas doenças preveníveis por vacinas tem como Sobre seu quadro clínico, é correto afirmar que:
manifestação clínica típica a presença de placas (A) deve ser feito controle rigoroso da hipertensão e diabetes,
pseudomembranosas branco-acinzentadas, aderentes, que se com vistas à reabilitação;
instalam nas amígdalas e invadem estruturas vizinhas. Essas (B) todas as medicações em uso certamente são essenciais e
placas podem se localizar na faringe, na laringe e nas fossas devem ser mantidas, independentemente de se configurar a
nasais; e, com menos frequência, também são observadas na polifarmácia;
conjuntiva, na pele, no conduto auditivo, na vulva, no pênis (pós- (C) Apolinário apresenta dependência parcial para as atividades
circuncisão) e no cordão umbilical. A doença manifesta-se básicas da vida diária;
clinicamente por comprometimento do estado geral do paciente, (D) uma equipe multiprofissional deve ser acionada para
que pode se apresentar prostrado e pálido. A dor de garganta é reabilitação de Apolinário;
discreta, independentemente da localização ou da quantidade de (E) Apolinário é um paciente em cuidados paliativos prolongados
placas existentes, e a febre normalmente não é muito elevada, ou em fase final de vida.
variando de 37,5 °C a 38,5 °C, embora temperaturas mais altas
não afastem o diagnóstico. Nos casos mais graves, há intenso
edema do pescoço, com grande aumento dos gânglios linfáticos 96
dessa área (pescoço taurino) e edema periganglionar nas cadeias Foram atendidas 5 irmãs na unidade básica de saúde. A única que
cervicais e submandibulares. Dependendo do tamanho e da tem características que permitem o diagnóstico de diabetes
localização da placa pseudomembranosa, pode ocorrer asfixia mellitus é:
mecânica aguda no paciente, o que muitas vezes exige imediata (A) Maria Hilma, de 49 anos, que realizou teste de glicemia
traqueostomia para evitar a morte. capilar com resultado 179 mg/dl;
A descrição acima é característica de: (B) Maria José, que, em 01/03/2024, apresentou hemoglobina
(A) vírus sincicial respiratório; glicada (HbA1c) = 5,6% e, em 12/07/2024, apresentou
(B) difteria; hemoglobina glicada (HbA1c) = 6,1%;
(C) faringo-amigdalite por estreptococo; (C) Maria Lina, que apresentou, em 01/03/2024, glicemia
(D) sífilis; de jejum = 136 mg/dl e, em 12/07/2024, glicemia de
(E) sarampo. jejum = 152 mg/dl;
(D) Maria Cláudia, que apresenta glicemia de jejum = 126 mg/dl;
(E) Maria Antônia, que apresenta hemoglobina glicada
94 (HbA1c) = 4,5%.
Vanda, 92 anos, hipertensa, com diagnóstico de Alzheimer há
16 anos, acamada, estável, sem lesões por pressão, sem histórico
recente de internação, tem uma filha, Joana, de 68 anos, que faz 97
o manejo diário: banho no leito, administração de medicação, De acordo com parâmetros do Ministério da Saúde, a definição
dieta enteral, mudança de decúbito. A filha está bem orientada e utilizada na vigilância da influenza e da covid-19 para determinar
procura se informar sobre o quadro e as melhores condutas. casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é:
Nesse caso, o plano terapêutico singular deve: (A) indivíduo com febre, mesmo que referida, acompanhada de
(A) dar suporte à cuidadora, acompanhá-la regularmente para tosse ou dor de garganta e com início dos sintomas nos
avaliação de sobrecarga no cuidado e manter o últimos sete dias;
acompanhamento de Vanda pela equipe da APS; (B) indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por
(B) agendar consultas regulares de fisioterapia e fonoaudiologia pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre
e encaminhamento ao geriatra para acompanhamento da (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de
doença de Alzheimer; cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios
(C) agendar consultas regulares de nutricionista e gustativos;
encaminhamento ao CER para reabilitação da deglutição; (C) em crianças, além da febre (mesmo que referida), calafrios,
(D) dar suporte à cuidadora e encaminhar Vanda para o serviço dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios
de atenção secundária domiciliar para reabilitação da olfativos ou distúrbios gustativos, também obstrução nasal,
deglutição por fonoaudióloga; na ausência de outro diagnóstico específico;
(E) fornecer acompanhamento regular com fonoaudióloga e (D) em idosos, critérios específicos de agravamento como
nutricionista e encaminhar a paciente ao serviço de cuidados síncope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade
paliativos. e inapetência;
(E) indivíduo com síndrome gripal que apresenta
dispneia/desconforto respiratório, ou pressão persistente no
tórax, ou saturação de O2 ≤94% em ar ambiente ou coloração
azulada dos lábios ou rosto.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 20


Residência Médica FGV Conhecimento

98 100
Geraldo, 37 anos, adscrito à unidade básica de saúde, chega para Tatiana vem à consulta médica com queixa de dor lombar. Em
consulta apresentando sintomas psicóticos. Como parte de seu sua consulta anterior, apresentou pressão arterial de
delírio persecutório, recusa-se a ser medicado e não aceita ser 120 x 65 mmHg, FC normal, peso 59 kg, altura 1,60 m e FR
encaminhado para o CAPS. normal. Ela declara ter alergia a dipirona. De acordo com seu
Nesse caso, a conduta correta é: prontuário, seu último Papanicolau foi há 3 anos. Tatiana relata
(A) encaminhar para o CAPS mesmo assim, pois a unidade não se sentir sem energia e ter medo de essas dores serem alguma
tem recurso para esse atendimento; doença ruim. Diz que não tem conseguido mais dormir de
(B) insistir com a medicação, que é condição para um plano preocupação.
terapêutico adequado; Em relação ao registro das informações fornecidas por Tatiana no
(C) fazer o acolhimento de Geraldo e convencê-lo a aderir ao Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP), é correto
tratamento para os problemas identificados; afirmar que:
(D) fazer o acolhimento de Geraldo, avaliar o quadro clínico geral (A) devem ser registradas no campo Subjetivo as informações
e pactuar o acompanhamento na medida de suas limitações, “apresentou pressão arterial 120 x 65 mmHg, FC normal,
lançando mão da entrevista motivacional se possível; peso 59 kg, altura 1,60 m e FR normal”;
(E) chamar a ambulância para levá-lo compulsoriamente para a (B) devem ser registradas no campo Objetivo as informações
internação. “apresentou pressão arterial 120 x 65 mmHg, FC normal,
peso 59 kg, altura 1,60 m e FR normal”;
(C) devem ser registradas no campo Avaliação as informações
99 “apresentou pressão arterial 120 x 65 mmHg, FC normal,
Alice, 30 anos, chega à unidade básica de saúde com tosse seca, peso 59 kg, altura 1,60 m e FR normal”;
chiado no peito e dispneia aos grandes esforços, com piora à noite. (D) devem ser registradas no campo Avaliação as informações
Não tem história de febre, não apresenta perda de peso e a “Tatiana relata se sentir sem energia e ter medo de essas
mucosa nasal está sem alterações. Piora com a fumaça de cigarro dores serem alguma doença ruim. Diz que não tem
do marido. Ao exame pulmonar, apresenta tosse, murmúrio conseguido mais dormir de preocupação”;
vesicular e sibilos difusos, especialmente na expiração forçada. Não (E) as informações “Tatiana relata se sentir sem energia e ter
apresenta outras alterações. Pesa 60 kg, tem 1,60 m de altura, seu medo de essas dores serem alguma doença ruim. Diz que não
IMC é 21,5 kg/m², a FC está em 77 bpm e a FR, em 15 irpm. O tem conseguido mais dormir de preocupação” não são
exame cardiovascular indica ritmo regular em 2 tempos, sem sopro relevantes; logo, não devem ser registradas no RCOP.
e sem alteração de ictus. O abdômen está normotenso,
depressível, sem organomegalias ou ruídos hidroaéreos presentes.
O diagnóstico provável é:
(A) asma;
(B) rinossinusite;
(C) DPOC;
(D) tuberculose;
(E) pneumonia adquirida na comunidade.

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02 – Página 21


Residência Médica FGV Conhecimento

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02


Residência Médica FGV Conhecimento

Acesso Direto  Tipo 2 – ADAceDirT02


Realização

Você também pode gostar