Constipação Intestinal

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INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE FONTE DO SABER

Anatomia e fisiologia humana

constipação intestinal

Autores
1. Francisco S. José Seabra
Grupo:4
2. João Domingos da Costa
Sala:24
3. Milda Quimuanga Francisco
Classe:11⁰
4. Suzana Bernardo Tinguini
Período: Manhã
5. Márcia Manuel Benedito
Enfermagem geral
6. Moisés A. João

7. Osvaldo Coimbra

8. Jurelma Ngila

O Orientador

_____________________________
Yava Cristo Woma

Malanje, aos 2024

1
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE FONTE DO SABER

Anatomia e fisiologia humana

constipação intestinal

Grupo:7

Sala:21

Classe:11ª

Período: Manhã

Trabalho do Iºtrimestre do Instituto


Técnico Privado de Saúde Fonte Do Saber
como requisito para a disciplina de
Anatomia e Fisiologia Humana (AFH).

O Orientador

_____________________________

Yava Cristo Woma

Malanje, aos 2024

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Índice
RESUMO ------------------------------------------------------------------------------------------ 4

Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------ 5

Fundamentação teórica ---------------------------------------------------------------------------- 6

1- Definição de constipação intestinal ----------------------------------------------------- 6

2- Fisiopatologia ----------------------------------------------------------------------------- 6

3- Sinais e sintomas de constipação -------------------------------------------------------- 7

4- Causas -------------------------------------------------------------------------------------- 8

5- Diagnósticos ------------------------------------------------------------------------------- 9

6- Tratamento --------------------------------------------------------------------------------- 9

Cuidados de enfermagem ----------------------------------------------------------------------- 10

Conclusão ----------------------------------------------------------------------------------------- 11

Referências bibliográficas ---------------------------------------------------------------------- 12

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Resumo

A constipação intestinal ou prisão de ventre é uma doença provocada


principalmente pelo consumo insuficiente de fibras, porém, outros aspectos também são
importantes para manter um bom funcionamento intestinal, evitando essa e outras
doenças de origem gastrointestinal.

O bom funcionamento intestinal depende de três elementos inseparáveis. São eles:


a ingestão de água, o consumo de fibras e a prática de atividade física. A regularidade da
atividade intestinal só é adequada quando estes três fatores são atendidos. As fibras
auxiliam na formação do bolo fecal e, em parceria com a quantidade de água ingerida e a
atividade física, são responsáveis por estimular a atividade muscular intestinal.

A forte tendência de consumo de alimentos industrializados pode agravar ou


prejudicar o consumo diário de fibras. Os alimentos industrializados são, em sua grande
maioria, processados. O processamento acaba retirando alguns nutrientes do alimento,
sendo as fibras, um deles. Observe a rotulagem nutricional que especifica a quantidade
de fibras disponível nos alimentos selecionados para o seu consumo.

As frutas, os legumes e as verduras (por exemplo, mamão, tamarindo, laranja,


ameixa, manga, folhas em geral) são alimentos in natura e ótimas fontes de fibras e
micronutrientes, além de ter baixa densidade energética. Os cereais integrais como arroz
integral, pão integral, centeio, aveia, sementes de linhaça, farelo de aveia e trigo, dentre
outros, também são ótimas alternativas para aumentar a quantidade de fibras ingeridas.

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Introdução

A constipação intestinal encontra-se entre as doenças funcionais do intestino.


Constitui um dos sintomas mais frequentes de procura ao clínico geral e
gastroenterologista, acometendo cerca de 20% da população mundial. É mais comum nas
mulheres e nos idosos, representando para estes um problema terapêutico muito
preocupante. Constituem fatores desencadeantes e agravantes a baixa atividade física,
baixo nível socioeconômico e educacional, alimentação inadequada, história de abuso
sexual e os estados depressivos. A constipação intestinal consiste em condição clínica
comum que de- pende de uma inter-relação médico-paciente de qualidade para o sucesso
terapêutico.

Objectivos:

Objectivo Geral:

 Fornecer os principais assuntos bobre a constipação intestinal.

Objectivos específicos:

 Conceituar constipação intestinal;

 Descrever a sua fisiopatologia;

 Apresentar os sintomas, as causas, os diagnósticos e as formas tratamentos .

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Fundamentação teórica

1- Definição de constipação intestinal

Não existe uma definição de abrangência universal para constipação.


Fundamentando-se nas queixas dos pacientes, ela pode ser referida como fezes
endurecidas, esforço excessivo no ato evacuatório, evacuações infrequentes, sen- sação
de evacuação incompleta e até mesmo demora excessiva na toalete.

Podemos definir A constipação intestinal como sendo uma condição


caracterizada pela dificuldade em evacuar, seja pela passagem das fezes, pela baixa
frequência de evacuações ou ambos os casos. Em via de regra, ela não pode ser
considerada uma doença, já que se trata de um sintoma associado a doenças e demais
problemas de ordem física ou mental.

2- Fisiopatologia

A constipação intestinal é uma condição multifatorial, sendo na maioria das vezes


decorrente da ingesta inadequada de fibras e água. Subdivide-se em primária e secun-
dária, tendo esta última causa bem definida, como doenças endócrinas e neurológicas ou
uso inadvertido de substâncias obstipantes

Em termos fisiopatológicos, divide-se em três categorias: 1. constipação de


trânsito normal; 2. constipação de trânsito lento; e 3. doenças do ato evacuatório.

Constipação de trânsito intestinal normal

Também denominada funcional, é a forma mais comum de apresentação. Em-


bora o tempo de passagem pelo cólon seja normal, o paciente refere ser constipado,
queixando-se de fezes endurecidas ou in- satisfação com a evacuação. São indivíduos
com distúrbios psicossociais frequentes, e queixam-se também de desconforto abdo-
minal e flatulência.

Geralmente respondem à adição de fibras à dieta e à melhor hidratação. Algumas


vezes se beneficiam de laxativos osmóticos, como o polietilenoglicol.

A falta de resposta adequada a esta con- duta induz-nos a avaliação etiológica mais
criteriosa.

Distúrbios da defecação

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Ocorrem em virtude da disfunção do as- soalho pélvico ou do esfíncter anal.
Também são conhecidos como “anismos”, dissinergia do assoalho pélvico, contração
paradoxal do assoalho pélvico, constipação obstrutiva, obs- trução funcional do
retossigmoide, síndrome espástica do assoalho pélvico e retenção fecal funcional na
infância.

Medo da dor ao defecar (fezes volumosas e endurecidas), fissura anal e


hemorroidas podem estar associados a distúrbios da de- fecação, assim como abuso físico
ou sexual ou distúrbios alimentares. Causas menos comuns incluem anormalidades
estruturais: intussuscepção retal, retocele, sigmoidocele obstrutiva e deiscência perineal
extrema.

O não preenchimento total do reto pode levar à falta de coordenação dos músculos
abdominais, reto-anais e do assoalho pélvico durante a defecação.

Ignorar ou suprimir a urgência de evacua- ção pode contribuir para uma evolução mais
grave.

Constipação de trânsito lento

É de ocorrência mais comum em mulheres jovens que evacuam até uma vez por
semana, comumente iniciando-se na puberdade. Clini- camente, apresenta-se como dor
abdominal ou desconforto, flatulência e urgência fecal, essa menos frequente. Os quadros
leves respondem bem a tratamento dietético com aumento de fibras, o que não ocorre nos
casos mais graves.

O trânsito colônico lento, associado à falta de incremento na atividade motora


após ingesta de carnes, ou administração de subs- tâncias, caracteriza a inércia colônica.

O exame histopatológico mostra um número diminuído de neurônios do plexo


mioentérico, bem como outras anormalidades que alterariam motilidade gastrointestinal.
A doença de Hirschsprung é uma forma extrema de constipação de trânsito lento, em que
as células ganglionares do intestino distal são inexistentes.

3- Sinais e sintomas de constipação

A constipação intestinal pode ser classificada como aguda ou crônica.

A forma aguda é caracterizada pelo surgimento repentino e facilmente perceptível pelo


paciente.

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Já a constipação crônica começa de forma gradual, podendo durar meses ou mesmo anos.

Entre os sintomas da constipação intestinal, podemos citar:

 Dor ao evacuar;
 Desconforto e mal-estar;
 Inchaço do abdômen;
 Gases;
 Distúrbios digestivos.

4- Causas

Para entender a constipação, é fundamental conhecer como o cólon (intestino grosso)


trabalha. Ao chegar no início do cólon, as fezes apresentam-se como uma pasta líquida
(conteúdo de 90% água).

Com os movimentos da parede muscular do intestino (peristalse), esta pasta é


compactada, e principalmente, a água é absorvida. São os movimentos peristálticos que
empurram as fezes em direção da saída (reto).

Fezes endurecidas e secas típicas da constipação ocorrem quando a peristalse está


muito lenta e o intestino absorve muita água.

Causas comuns de constipação:

 Baixa ingesta de fibra


 Baixa ingesta de água
 Sedentarismo
 Medicamentos
 Síndrome do Intestino irritável
 Mudanças no estilo de vida, viagem, idade
 Gravidez
 Uso abusivo de laxantes
 Não respeitar o reflexo (vontade) de evacuar
 Acidente vascular cerebral
 AVC (derrame cerebral)
 Ingestão excessiva de proteína animal
 Alto consumo de alimentos industrializados
 Problemas do cólon e reto
 Baixa ingestão de fibra
A causa mais comum de constipação é a baixa ingesta de alimentos com fibras e o
grande consumo de gorduras.

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As fibras, tanto solúveis como insolúveis, fazem parte das frutas, vegetais e
cereais. Elas não são digeridas e também não são absorvidas pelo intestino delgado (órgão
especializado na absorção dos nutrientes).

As fibras solúveis dissolvem na água tornando-se macia e pastosa. Já as insolúveis


passam através do intestino sem alterar muito sua forma. Além disto, a fibra tem a
capacidade de reter água, fazendo com que o bolo fecal tenha aspecto macio e volumoso.
Isto ajuda a prevenir que as fezes tornem-se duras e secas, facilitando seu transporte.

5- Diagnósticos

O primeiro passo para um diagnóstico completo passa pela investigação do


histórico médico do paciente. Em seguida, o médico deve realizar um exame clínico
criterioso para determinar a origem e a causa do problema. Sendo assim, podem ser
solicitados exames laboratoriais para complementar o diagnóstico, como hemograma e
de imagem.

De modo geral, além de pesquisar eventuais ocorrências de sangue oculto nas


fezes e analisar a anatomia dos intestinos, são realizados procedimentos como
colonoscopia, enema opaco e de tempo de transição das fezes para determinar
adequadamente as causas desse tipo de distúrbio, bem como estabelecer e conduzir a
melhor forma de tratamento.

Podemos saber se a dor é no intestino e quais exames podem ajudar na


identificação das causas através dos seguintes exames:

 Hemograma;
 Sangue oculto nas fezes;
 Colonoscopia;
 Tempo de trânsito das fezes;
 Enema opaco.4
Dessa forma, é possível receitar um tratamento mais personalizado e de acordo
com as especificidades orgânicas do paciente.

6- Tratamento

Embora o tratamento dependa da causa, gravidade e duração da prisão de ventre,


na maioria dos casos mudanças na dieta e estilo de vida ajudam a aliviar os sintomas e
prevenir o retorno da doença.
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Mudar estilo de vida para tratar e prevenir a prisão de ventre

Para evitar casos de constipação intestinal, é necessário manter alguns hábitos


regulares, como por exemplo:

 Consumir mais líquidos


 Consumir alimentos mais fibrosos
 Reduzir o estresse diário
 Mastigar os alimentos corretamente e com calma
 Fazer refeições em horários fixos, evitando o descontrole do “relógio biológico”
 Fazer exercício físicos regularmente
Entendidas as causas da constipação intestinal, vamos falar agora do tratamento.
De maneira geral, a melhor maneira de prevenir ou controlar a prisão de ventre é por meio
de mudanças comportamentais e de hábitos de vida.

Uma reeducação alimentar para uma dieta mais balanceada com o consumo
adequado de fibras, como citamos acima, é fundamental nesse processo, pois esses
macronutrientes são importantes para a formação do bolo fecal.

Invista também em alimentos laxativos, como mamão, laranja e ameixa e


açucarados, por exemplo, goiabada, marmelada e geleia de mocotó.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica o consumo médio de dois litros


de água por dia para uma vida saudável.8 Mas isso é apenas uma estimativa, pois a
quantidade pode variar de indivíduo para indivíduo de acordo com suas particularidades
fisiológicas e hábitos de vida.

Já a prática regular de exercícios físicos é fundamental para o bom trânsito


intestinal, assim como atua na prevenção de inflamações e até agente contra o câncer no
intestino.

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Cuidados de enfermagem

Não é novidade para ninguém que a prevenção é o melhor remédio para qualquer
problema. Portanto, tomar alguns cuidados é indispensável para evitar uma série de
problemas médicos além de poder se beneficiar de diferentes formas a curto prazo.
Pensando nisso, separamos algumas dicas para prevenir a constipação intestinal e viver
com mais saúde. Como técnicos de enfermagem aconselhamos o seguinte:

1. Evite adiar a urgência de ir ao banheiro quando houver vontade de evacuar;

2. Consuma bastante líquido, incluindo águas e sucos;

3. Evite o consumo exagerado de álcool, pois ele contribui para uma maior
desidratação das fezes, logo, maior ressecamento;

4. Crie o hábito de ingerir frutas com casca aos intervalos de cada refeição
importante;

5. Busque controlar situações de estresse de modo a reduzir o nível de ansiedade ou


depressão;

6. Procure ajuda médica sempre que perceber alterações incomuns nos hábitos
intestinais. Não descarte a casca das frutas, caso elas sejam facilmente digeríveis,
pois são ricas em fibras;

7. Não exagere no álcool, pois ele contribui para o ressecamento das fezes;

8. Não segure a vontade de defecar, demorando assim para ir ao banheiro;

9. Cuida da saúde física e mental, procurando administrar os estresses e


desequilíbrios emocionais;6

10. Em casos de sintomas como cólica na barriga,


busque medicamentos antiespasmódicos eficazes.

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Conclusão

Concluindo, a constipação intestinal é uma condição cujo tratamento não exige


cuidados especiais, mas demanda atenção em alguns casos. Por isso, os pacientes
acometidos devem se preocupar sempre que houver uma mudança repentina do trânsito
intestinal sem que haja uma razão específica para tal condição, ou seja, quando o caso
não é explicado pelo hábito alimentar ou pela introdução de medicamentos novos.

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Referências bibliográficas

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alihttps://bvsms.saude.gov.br/constipacao-intestinal/mentação saudável

https://medfocus.com.br/constipacao-intestinal-sintomas-e-quando-se-
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