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TP Propriedades Dos Gases

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Módulo III – PROPRIEDADES DOS GASES

1. Diga se as seguintes frases são verdadeiras ou falsas


a) Os gases tomam o volume e a forma dos recipientes onde estão contidos.
b) O estado gasoso é o menos compressível dos estados da matéria.
c) Nas condições de pressão e temperatura ambientes, dois ou mais gases contidos
no mesmo recipiente misturam-se completamente e de um modo homogéneo.
d) Os gases têm densidades muito mais altas do que os líquidos e os sólidos.

R: a) Verdadeira.
b) Falsa, uma vez que o estado gasoso é o mais compressível dos estados da matéria.
c) Verdadeira.
d) Falsa, porque as suas densidades são muito mais baixas do que as dos líquidos e
as dos sólidos.

2. Enuncie a Lei de Boyle.


R: Para um gás perfeito, se a temperatura e o número de moles se mantiverem
constantes, o volume ocupado pelo gás é inversamente proporcional à pressão a que o
gás está sujeito.

3. Uma amostra de 16 g de oxigénio gasoso ocupa um volume de 700 mL a uma pressão


de 730 mmHg. Qual será a pressão a que o gás ficará sujeito (em mmHg) se o volume
for reduzido de 50 mL, mantendo-se constante a temperatura e a massa do gás?

R: Uma vez que a temperatura e a pressão não variam, podemos aplicar a Lei de Boyle,
que diz que PV = constante ou que P1V1 = P2V2.
Assim, P1 = 730 mm Hg; V1 = 700 mL;
V2 = (700-50) mL = 650 mL (pois o volume foi reduzido de 50 mL, e não para 50 mL)
P1V1 730 mm Hg x 700 mL
P2 = = = 786 mm Hg
V2 650 mL
Nota: Na equação dos gases perfeitos, quando o R (constante dos gases perfeitos) toma
o valor de 0,082 atm L mol-1 K-1, a pressão vem expressa em atm, o volume em L e a
temperatura em K. Neste caso, como usamos a forma de Boyle P1V1 = P2V2, podemos
usar outras unidades para P e V, desde que P1 e P2 estejam expressas nas mesmas
unidades (mm Hg, por exemplo) e V1 e V2 também (mL, como foi o caso desde
exercício).
4. Enuncie a Lei de Charles e Gay-Lussac.

R: Para um gás perfeito, se a pressão e o número de moles se mantiverem constantes, o


volume ocupado pelo gás é directamente proporcional à temperatura (em K!) a que o
gás se encontra.

5. Uma amostra de 16 g de oxigénio gasoso ocupa um volume de 3200 mL a 125 ºC.


a) A que temperatura ocupará um volume de 1,5 L, se a pressão e a massa se
mantiverem constantes?
b) Qual a pressão a que o gás se encontra?

R: a) Visto a massa e a pressão se manterem constantes ao longo da transformação,


podemos usar a Lei de Charles e Gay-Lussac, que se pode escrever do seguinte modo:
V V1 V2
= constante ou = tendo em atenção que a temperatura tem de
T T1 T2
estar expressa em K. Assim,
T1 = 125 º C = 398,15 K;
V1 = 3200 mL;
V2 = 1,5 L = 1500 mL (pois o volume V1 está expresso em mL)
V2 T1 1500 mL x 398,15 K
T2 = = = 186,6 K
V1 3200 mL

b) Como a pressão do gás não varia ao longo do processo, podemos usar as condições
iniciais ou finais para o seu cálculo. Precisamos, contudo, de saber o número de moles.
Como existem 16 g e a massa molar do oxigénio é aproximadamente 32 g mol-1, então
o recipiente contém 0,50 mol de O2. Usando a equação dos gases perfeitos e as
condições iniciais para o cálculo da pressão, obtemos:

PV=nRT ou
nRT 0,50 mol x 0,082 atm L mol-1 K -1 x 398,15 K
P= = = 5,1 atm
V 3, 200 L
6. Enuncie a Lei de Avogadro.

R: Para um gás perfeito, se a pressão e a temperatura se mantiverem constantes, o


volume ocupado pelo gás é directamente proporcional ao número de moles existentes no
referido volume.
7. Uma amostra de 16 g de oxigénio gasoso ocupa um volume de 3200 mL a 125 ºC. Se
juntarmos 28 g de azoto à massa de oxigénio existente, e a pressão e a temperatura se
mantiverem constantes, qual será o volume final?

R: Visto a temperatura e a pressão se manterem constantes, podemos usar a Lei de


Avogadro, que se pode escrever do seguinte modo:
V V1 V2
= constante ou = . Assim,
n n1 n 2
V1 = 3200 mL;
n1= 0,50 mol (calculado no exercício 5);
n2= 0,50 mol de O2 + 1 mol de N2 (visto a massa molar do N2 ser 28 g) = 1,5 mol;
n 2 V1 1,5 mol x 3200 mL
V2 = = = 9600 mL
n1 0,5 mol

8. Admita que o ar que respiramos tem a seguinte composição molar:


O2 – 21 %
N2 – 79 %.
Calcule a massa molar média do ar e a sua densidade nas condições de Pressão e
Temperatura Padrão (PTP ou PTS, em que S é de Standard).

R: A massa molar do oxigénio é 32 g mol-1 e a do azoto é 28 g mol-1. Assim, a massa


molar média do ar é:

21 x 32,0 g mol−1 + 79 x 28,0 g mol−1


Mar = = 28,8 g mol−1
100

Quanto ao cálculo da densidade do ar nas condições PTS (1 atm e 0 ºC), podemos usar
uma forma modificada da equação dos gases perfeitos, pois a densidade, ρ, é dada por
m m nM
ρ= e m (massa) = n M. Assim, V= = . Substituindo V por esta
V ρ ρ
expressão na equação dos gases perfeitos, obtemos:

PM 1 atm x 28,8 g mol−1


ρ= = −1 −1
= 1,29 g L-1
RT 0,082 atm L mol K x 273,15 K

Atenção – enquanto as densidades dos sólidos e líquidos geralmente vem em g/mL


...nos gases, como são muito menos densos, as densidades geralmente vêm em g/L
9. Enuncie a Lei de Dalton.
R: Quando dois ou mais gases estão contidos no mesmo recipiente a pressão total é
dada pela soma das pressões parciais de cada gás, sendo a pressão parcial de cada um
dos gases a pressão a que esse gás estaria sujeito se ocupasse sozinho todo o volume do
recipiente, à mesma temperatura. Assim, se no mesmo recipiente estiverem contidos
dois gases, A e B, e se for P a pressão total, PA a pressão parcial de A e PB a pressão
parcial de B, então
P = PA + PB
em que
PA = YA P e PB = YB P
sendo YA, YB, respectivamente, as fracções molares de A e de B na mistura gasosa.

10. Uma mistura gasosa, à pressão de 5,00 atm e à temperatura de 500 K, contém 50,0 g
de metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2), ocupa um volume de 100 L. Determine a
composição, em fracção molar, da mistura e a massa de dióxido de carbono.

R: A massa molar do metano (A) é (12+4x1) g mol-1. Assim, 50 g de metano


correspondem a (50 / 16) mol, i.e., 3,125 mol. Logo, a pressão parcial do metano é
n A RT 3,125 mol x 0,082 atm L mol-1 K -1 x 500 K
PA = = = 1,28 atm
V 100 L
Como PA = YA P podemos calcular YA através de
PA 1, 28
YA = = = 0,256
P 5
Como o somatório das fracções molares é igual a 1, então YB = 1 – YA = 0,375.
Quanto ao cálculo da massa de dióxido de carbono, sabemos que a pressão total é de 5
atm, e portanto a pressão parcial do dióxido de carbono (B) é dada por
PB = (5 – 1,28) atm = 3,72 atm
Sabendo a pressão parcial de B, podemos calcular nB usando a expressão
PB V 3,72 atm x 100 L
nB = = = 9,07 mol
RT 0,082 atm L mol-1 K -1 x 500 K
Como a massa molar do CO2 é (12+2x16) g mol-1, a massa de dióxido de carbono é
m CO2 = 9,07 mol x 44 g mol-1 = 399 g
11. A azida de sódio NaN3 é usada na forma de pastilha em alguns airbags de
automóveis. Quando se dá uma colisão, é gerada uma descarga eléctrica e desenvolvida
a seguinte reacção:
2 NaN3 (s) 2 Na(s) + 3 N2 (g)
O azoto é produzido instantaneamente, libertando energia e enchendo a bolsa. Calcule o
volume de azoto produzido a 80 ºC e 823 mm Hg pela decomposição de 60,0 g de
NaN3.

R: A massa molar da azida de sódio é 65,00 g mol-1. Assim, 60,0 g correspondem a


60,0
mol = 0,932 mol.
65,00
De acordo com a reacção química, quando reagem 2 mol de NaN3 (s) formam-se 3 mol
de N2 (g). Logo, quando reagem 0,932 mol de NaN3 (s) formam-se X mole N2 (g), dadas
por
0,932 * 3
X= = 1,38 mol de N2 (g).
2
823
Estas 1,38 mol de gás, à pressão de = 1,08 atm e à temperatura de 80 ºC (= 353.15
760
K), de acordo com a equação dos gases perfeitos, vão ocupar um volume de:
nRT 1,38 mol * 0,082 atm L mol-1 K -1 * 353,15 K
V= = = 37, 0 L
P 1,08 atm

12. A nitroglicerina, que é um composto explosivo, decompondo-se de acordo com a


equação:
4 C3H5(NO3)3(s) 12 CO2(g) + 10 H2O(g) + 6 N2(g) + O2(g)
Calcule o volume total de gases recolhidos a 1,2 atm e 25 ºC a partir de 2,6 x 102g de
nitroglicerina.
Qual é a pressão parcial de cada gás nestas condições?

R: A massa molar da nitroglicerina é [3x12+5x1+3x(1x14+3x16)] g mol-1, i.e., 227 g


mol-1. Assim, as 2,6 x 102g correspondem a 1,15 mol.
De acordo com a reacção de combustão da nitroglicerina, 4 mole do composto sólido
dão origem a 29 mol de gás (12 de CO2 + 10 de H2O + 6 de N2 + O2), logo 1,15 mol
⎛ 1,15 x 29 ⎞
darão origem a ⎜ ⎟ mol = 8,30 mol de gás . Estas moles, a 1,2 atm e 25 ºC,
⎝ 4 ⎠
ocupam um volume de
nRT 8,30 mol * 0,082 atm L mol-1 K -1 * 298,15 K
V= = = 169 L
P 1,2 atm
A pressão parcial de cada gás pode ser calculada através da expressão Pi = Yi P, sendo
ni
Yi =
n total
12 mol 10 mol
Assim, PCO2 = x 1,2 atm = 0,50 atm ; PH 2O = x 1,2 atm = 0,41 atm
29 mol 29 mol
6 mol 1 mol
PN2 = x 1,2 atm = 0,25 atm ; PO2 = x 1,2 atm = 0,04 atm
29 mol 29 mol

13. Fez-se a combustão do acetileno segundo a reacção:


C2H2(g) + 5/2 O2(g) 2 CO2(g) + H2O(g)
O volume de acetileno que sofreu combustão foi de 98 cm3 à pressão de 75 mm Hg e à
temperatura de 25 ºC. O volume de oxigénio, nas mesmas condições de pressão e
temperatura, era três vezes o do acetileno. Admitindo que a reacção se deu até esgotar
um dos reagentes e que no final a pressão total era de 175 mm Hg, calcule a fracção
molar de oxigénio e a pressão parcial de CO2 na mistura gasosa final.

R: Usando a equação dos gases perfeitos, verifica-se que 98 cm3 de acetileno, à pressão
de 75 mm Hg e à temperatura de 25 ºC, correspondem a

PV (75/760) atm x 98 x 10-3 L


nacetileno = = = 4 x 10−4 mol
RT 0,082 atm L mol-1 K -1 x 298,15 K

Para o oxigénio, se as condições de P e T são iguais e se o volume é o triplo, de acordo


com a Lei de Avogadro, o número de moles também é o triplo, i.e., 12 x 10-4 mol. Por
outro lado, também podemos concluir que o oxigénio está em excesso, uma vez que são
necessárias 2,5 mol de oxigénio para fazer a combustão de 1 mol de acetileno e existem
3 mol de oxigénio por cada mol de acetileno. Assim, vão sobrar de oxigénio

(12 x 10-4 – 2,5 x 4 x 10-4) mol = 2 x 10-4 mol

Por outro lado, como reagem 4 x 10-4 mol de acetileno formam-se 2 x 4 x 10-4 mol de
CO2 e 4 x 10-4 mol de H2O. Portanto, no fim de todo o acetileno reagir temos
nO2 = 2 x 10-4 mol

nCO2 = 8 x 10-4 mol

nH2O = 4 x 10-4 mol

o que dá um total de 14 x 10-4 mol. Assim, a fracção molar do oxigénio na mistura final

2 x 10-4
YO2 = = 0,14
14 x 10-4

Em relação à pressão parcial do CO2,

n CO2 8 x 10-4 mol


PCO2 = P= 175 mm Hg = 100 mm Hg
n total 14 x 10-4 mol

14. A 47 ºC, o volume ocupado por 2,5 mol de NH3 é 5,2 L. Calcule a pressão do gás
(em atm) usando a equação de Van der Waals.
Dados:
a = 4,17 atm L2/mol2
b = 0,0371 L/mol

R: T = 47 ºC = 320,15 K
Tendo em atenção que a equação de Van der Waals é:
⎛ a n2 ⎞ n R T a n2
⎜P + ⎟(V − n b ) = n R T ⇔ P= −
⎜ V2 ⎟ V − n b V2
⎝ ⎠

2,5 x 0,082 x 320,15 4,17 x (2,5) 2


então P= − = 11,9 atm
5,2 − 2,5 x 0,0371 5,22

⎛ a n2 ⎞
15. A equação de van der Waals ⎜P + ⎟ (V − nb ) = n R T foi obtida a partir da
⎜ V2 ⎟
⎝ ⎠
equação dos gases perfeitos introduzindo correcções à pressão ideal e ao volume ideal.
Explique, sucintamente, as razões da introdução dessas correcções.

R: A correcção à pressão, an2/V2, é devida à existência de forças intermoleculares


atractivas e repulsivas. A correcção ao volume, nb, foi introduzida para contabilizar o
volume efectivamente ocupado pelas moléculas do gás.
16. Complete o seguinte texto:
De acordo com a Teoria Cinética dos Gases, um gás é constituído por moléculas,
separadas umas das outras por ____________ muito maiores que as suas próprias
dimensões. Deste modo, as moléculas podem ser consideradas como ________, isto é,
possuem massa mas têm _____________ desprezável.
Ainda de acordo com a mesma teoria, as moléculas de gás estão em movimento
constante em todas as __________ e colidem frequentemente umas com as outras. Estas
colisões entre as moléculas são perfeitamente __________, isto é, a energia é transferida
de uma molécula para outra como consequência de uma colisão. No entanto, a energia
total das moléculas de um sistema permanece __________. Também se pressupõe que
não existem forças ___________ nem __________ entre as moléculas do gás. Quanto à
energia cinética média das moléculas, esta é proporcional à temperatura ___________ a
que o gás se encontra, verificando-se que quaisquer gases à mesma _______________
têm a mesma energia cinética.

R: De acordo com a Teoria Cinética dos Gases, um gás é constituído por moléculas,
separadas umas das outras por distâncias muito maiores que as suas próprias dimensões.
Deste modo, as moléculas podem ser consideradas como pontos, isto é, possuem massa
mas têm volume desprezável.

Ainda de acordo com a mesma teoria, as moléculas de gás estão em movimento


constante em todas as direcções e colidem frequentemente umas com as outras. Estas
colisões entre as moléculas são perfeitamente elásticas, isto é, a energia é transferida de
uma molécula para outra como consequência de uma colisão. No entanto, a energia total
das moléculas de um sistema permanece constante. Também se pressupõe que não
existem forças atractivas nem repulsivas entre as moléculas do gás. Quanto à energia
cinética média das moléculas, esta é proporcional à temperatura absoluta a que o gás se
encontra, verificando-se que quaisquer gases à mesma temperatura têm a mesma energia
cinética.

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