Direito Eleitoral

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CARREIRAS JURÍDICAS – RENATO SARAIVA

DIREITO ELEITORAL

 Introdução

> O Direito Eleitoral surge da ideia da soberania popular.

> A soberania popular trás o conceito de direitos políticos que se


encontram na Constituição no Título de Direitos e Garantias
Fundamentais que são para a doutrina direitos humanos objetivados,
normatizados.

> Quando se fala de Direitos Políticos estamos trazendo a capacidade


que tem um cidadão de influenciar as decisões estatais.

# Instrumentos que o povo possui para que possa de alguma forma


interferir nas decisões estatais.

> Como os direitos políticos são direitos fundamentais.

# Clausula pétrea que não pode ser alterada nem por Emenda
Constitucional.

> É vedada a cassação dos direitos políticos sem que não haja nenhuma
fundamentação para tanto, já que a Constituição permite a Perda e
Suspensão dos direitos políticos.

# A diferença entre Perda e Cassação é que a perda tem fundamento


jurídico, enquanto a cassação tem fundamento político, ou seja,
cassasse os direitos por alguma repulsa política, e por isso é vedada.

# Como a Constituição não trás a definição de Perda e Suspensão de


direitos políticos cabe a doutrina essa tarefa o que acarreta inúmeras
divergências.

- Parte da doutrina afirma que cancelamento da naturalização é a única


possibilidade de perda e esse é o posicionamento do TSE.

- Outra parte afirma que outra possibilidade de perda é a recusa de


cumprir obrigação a todos imposta ou sua prestação alternativa.
Posicionamento comum entre os constitucionalistas.

# Perda é definitiva. Ocorre com:


- Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado

Obs.: Para que se possa exercer direito político é necessário que a


pessoa tenha a qualidade de cidadão e cidadania, portanto, é a
capacidade de exercício de direitos políticos.
Só será cidadão quem é nacional, com exceção dos portugueses
em caso de reciprocidade. Nacionalidade está relacionada ao vinculo de
determinada pessoa com o Estado enquanto cidadania está relacionada
a capacidade da pessoa de exercer direitos políticos. A cidadania é
própria de quem é nacional, logo quem não possui nacionalidade não
possui cidadania.

Obs.: Mesmo o Brasileiro Nato pode perder a nacionalidade.

# Suspensão é temporária.

- Incapacidade civil absoluta: O entendimento do professor em relação às


alterações trazidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência é que
apesar de aquelas pessoa que por situação transitória ou definitiva não
possa exprimir sua vontade seja considerada relativamente incapaz, se
ela estiver no momento sem poder exprimir sua vontade não poderá
exercer direitos políticos, já que esses direitos são personalíssimos.

- Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus


efeitos: Efeito automático da decisão, não a necessidade da sentença
suspender expressamente os direitos políticos.
Esse inciso é autoaplicável.
Não importa qual foi a sanção penal aplicada, seja privativa de
liberdade, pecuniária ou restritiva de direito, enquanto não for cumprida a
suspensão dos direitos políticos continuará.
Aplica-se a Suspensão tanto em caso de crime quanto em caso
de contravenção e Medida de Segurança.
Essa suspensão pode levar também a perda do mandato.
Súmula 9 TSE: “A suspensão de direitos políticos decorrente de
condenação criminal transitada em julgado cessa com o cumprimento ou
a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de
reparação dos danos.”

Obs.: Quanto a possibilidade de perda de mandato junto a essa


suspensão a jurisprudência e doutrina fazer a distinção com três
hipóteses:
I – Membros do Congresso Nacional e das Assembleia Legislativas,
podem vim a perder o mandato eletivo, contudo não é de forma
automática, essa perda deve ocorrer através de decisão da Casa em que
pertencem.
II – Vereadores e Membros do Poder Executivo, inclusive o Chefe, a
perda do mandado independe de decisão da casa legislativa. Na decisão
sobre a suspensão dos direitos políticos é obrigada a decretar a perda do
mandato. Contudo a perda do mandado só entrará em vigor, produz os
efeitos com decisão do legislativo.

- Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa,


nos termos do art. 5º, VIII: O TSE em resolução afirmou que é hipótese
de suspensão dos direitos políticos, mas entre os constitucionalistas
acreditam que se trata de hipótese de perda.

- Improbidade Administrativa: Não deve ser tratada como a condenação


penal em que a suspensão ocorre automaticamente.
Nesse caso a Suspensão dos Direitos
Políticos deve vim disposta na sentença para que ocorra.
Só ocorrerá suspensão dos direitos
políticos com o transito em julgado da sentença de improbidade.

> Sufrágio

# Sobre a definição de sufrágio existe certa divergência doutrinária:

- Alguns doutrinadores entendem que sufrágio é meio que sinônimo de


direito políticos. Ocorre sempre que o cidadão vier a intervir nos negócios
estatais seja diretamente como acontece com o plebiscito, referendo e
iniciativa popular seja indiretamente como acontece com a escolha de
representante do povo no poder acabaria sendo sufrágio. Gilmar Ferreira
Mendes segue esse posicionamento. A banca VUNESP em diversas
provas já cobrou o conceito nesse sentido.

- Já outra parcela da doutrina, a majoritária, entende que sufrágio é a


escolha de representantes.

# Segundo a CF é universal e nos trás um direito público subjetivo de


escolha em relação a escolha dos representantes do povo no poder.

# Por ser universal não permite descriminações ilegítimas, como o


sufrágio restrito como:

- Censitário: está relacionado com a capacidade econômica daquele que


o exerce.

- Capacitário: Existiu no Brasil até 1985. Está relacionado com a


capacidade intelectual do eleitor, não pode votar o eleitor analfabeto.

- Existem outras formas de restrições, todas vedadas pela Constituição.


# Esse sufrágio irá trazer o conceito de Capacidade Eleitoral que poderá
ser:

- Ativa: Que é o direito de votar.

- Passiva: O direito de ser votado.

# Não se pode confundir o sufrágio com o seu instrumento que é o voto.

# Voto como instrumento do sufrágio

- Secreto: Cláusula Pétrea, já que se ele não for secreto estará


submetido a diversas coações.
O voto ser secreto permite que ele seja livre.

- Direto: Votasse diretamente naquela pessoa que se acredita ser o


melhor para representar seus interesses.
Segue o Princípio da Imediaticidade do Voto, o eleitor vota
naquele representante que acha ser mais capacitado para exercer a
função pública. Não há voto colegiado no Brasil.
A doutrina entende que o sistema proporcional brasileiro não é
exceção a esse princípio. Já que nesse sistema o eleitor vota do
candidato ou no partido que ele entende ser o ideal para exercer o cargo.
Exceto: Eleição para Presidente e Vice em virtude de vacância
dupla nos últimos dois anos do mandato será indireta realizada pelo
Congresso Nacional.
Lembrando que essa norma não é de repetição
obrigatória nas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios.
E caso a Lei Orgânica seja silente opta-se pela eleição direta.

- Livre: Em relação ao seu conteúdo. O eleitor vota em quem quiser, nas


legendas dos partidos, votar em branco ou anular seu voto.
A obrigatoriedade é em relação a comparecer a votação ou
justificar o voto ou pagar a multa se não fizer nenhum dos dois.

- Personalíssimo: Não se admite voto por procuração.


Há resolução que afirma que o eleitor que estiver
impossibilitado fisicamente de votar, digitar na urna seu voto, pode ser
acompanhado por terceiro sem necessidade de autorização da justiça
eleitoral. O eleitor estará presente na cabine de votação, o terceiro só
realizará o ato físico de votar. Esse acompanhante não poderá ser
representante de partido político, justiça eleitoral ou candidato. O STF
não acredita que esse acompanhamento prejudique o fato do voto ser
secreto, já que o direito do sufrágio é mais importante.

> Processo Eleitoral


# Conjunto de atos interdependentes que tem por finalidade trazer qual é
a decisão popular na escolha dos seus representantes.

# Começa na Convenção Partidária e se encerra na Diplomação dos


Eleitos.

# Esse processo cuida do Sufrágio, já que ele só será conseguido e


legitimado se seguido corretamente esse processo.

# Esse processo é o objeto do Direito Eleitoral

> Direito Eleitoral

# É o ramo do direito público que tem por objeto de estudo o Processo


Eleitoral.

# O direito eleitoral também estuda os atos preparatórios do processo


eleitoral.

# O direito eleitoral também estuda a Justiça Eleitoral, o Ministério


Público Eleitoral e os Crimes Eleitorais.

# Também estuda o processo judicial eleitoral.

# A doutrina informa que o estudo sobre Partido Políticos não cabe ao


direito eleitoral, mas mesmo assim é estudado por esse ramo.

# Tem por finalidade garantir a lisura das eleições e concretização da


democracia.

# Competência legislativa para legislar sobre direito eleitoral


privativamente a União.

> Fontes do Direito Eleitoral

a) Diretas

# Constituição Federal

# Código Eleitoral

# Lei Complementar 64/90

# Lei 9096/95
# Lei 9504/97

# Resoluções do TSE: possuem força de lei.

b) Indiretas

# Doutrina

# Jurisprudência

# Respostas as consultas feitas a Justiça Eleitoral: não são vinculativas.

> Princípio da Anualidade

# Lei que altera o Processo Eleitoral (em sentido restrito) entra em vigor
com a sua publicação imediatamente (não cumpre vocatio legis), mas vai
ser aplicada somente as eleições que ocorrem a pelo menos um ano
após a sua entrada em vigor. Essa lei não tem aplicabilidade imediata.

- O STF entende que critérios de Elegibilidade e Inelegibilidade devem


seguir o princípio da anualidade.

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da
data de sua vigência.

# O STF entende que esse princípio se aplica as lei, as Emendas


Constitucionais e as interpretações do TSE sobre o processo eleitoral.

 Justiça Eleitoral

> Faz parte do Poder Judiciário da União.

# Para que haja imparcialidade na fiscalização das eleições já que nela


há jogo de poder.

> Composição

# Tribunal Superior Eleitoral, seu Órgão de cúpula.

# Tribunal Regional Eleitoral

# Juízes Eleitorais

# Juntas Eleitorais
Obs.: Mesa Receptora não é órgão da Justiça Eleitoral, já que não
desenvolve atividade jurisdicional.

> Peculiaridades

# Não existe carreira de magistrado eleitoral. Os magistrados eleitorais


laboram em outros ramos, são advogados e durante certo tempo
exercem o magistrado eleitoral.

- Princípio da Temporariedade na Investidura das Funções Eleitorais

- Os membros dos tribunais eleitorais servirão por 2 anos, no mínimo, ou


por 4 anos consecutivos, no máximo.

- Aos Juízes Eleitorais também se aplica a temporariedade, mas como


normalmente se aplica o regime de rodízio, eles normalmente
permanecem apenas 2 anos e não se aplicam ao biênio seguinte.

- Mesmo com a temporariedade, os membros da justiça eleitoral


possuem amplas garantias, inclusive a da inamovibilidade. A garantia
que eles não possuem é o na Vitaliciedade.

# A organização e a competência da Justiça Eleitoral serão definidas em


lei complementar.

- Hoje estão definidas no Código Eleitoral (Lei 4737/65) que se trata de


lei ordinária.

- O STF afirma que o Código Eleitoral foi recepcionado pela CF como lei
complementar na parte em que se refere à competência e organização
da Justiça Eleitoral.

- Sendo assim o Código Eleitoral possui hoje uma natureza jurídica mista
já que parte é lei ordinária parte é lei complementar.

> Tribunal Superior Eleitoral

# Possui a sua sede na Capital Federal

# É composto de no mínimo de 7 juízes.

- Número esse que poderá ser aumentado, mas nunca diminuído.

- São chamados de juízes porque a CF assim os denomina, mas são


conhecidos também como ministros.
- 3 deles são ministros do STF

- 2 deles são ministros do STJ

- 2 deles são Advogados denominados Juízes da classe de Juristas. Tem


se exigindo que tenha 10 anos de experiência na advocacia.

- Os 3 ministros do STF e os 2 do STJ são eleitos através do voto


secreto por seus respectivos tribunais.

- Os dois advogados serão nomeados pelo Presidente da República


depois que 6 foram indicados pelo STF.

- Não existe 5º Constitucional no TSE, por isso nenhum membro é


derivado do Ministério Público.

- A OAB não participa da escolha dos advogados que poderão ser


membros do TSE.

- Os advogados que atuam na justiça eleitoral poderão continuar


advogados, mas essa advocacia deve ser bastante limitada não podendo
ocorrer perante a Justiça Eleitoral para evitar o tráfico de influência.
(STF)

- Junto com a nomeação dos sete juízes serão nomeados Suplentes (ou
Substitutos) para atuarem em conjuntos com os membros efetivos no
TSE, de forma que se ausentando ou estando impedidos de atuar um
membro efetivo de um tribunal, caso haja necessidade em questão de
quórum será convocado suplente.

- Os suplentes serão escolhidos na mesma ocasião dos efetivos, em


mesmo número e através do mesmo processo.

# Impedimentos:

a) Não podem fazer parte do mesmo tribunal cônjuges e parentes até o


4º grau entre si.

b) Ficará afastado do tribunal aquele que for cônjuge ou parente até o 2º


grau de candidato a mandado eletivo na circunscrição (local onde os
cargos estão sendo disputados).

- No caso do TSE se fala de eleição no território nacional, ou seja, a


presidencial.
- Esse afastamento se dará da escolha do candidato na Convenção
Partidária até a diplomação.

c) Para os membros advogados:

- Existe a proibição de serem sócios e proprietários de empresas que


gozem de favores do poder público.

- São proibidos de terem cargos em comissão

- Não poderão fazer parte dos tribunais eleitorais.

# A contagem dos biênios não pode ser interrompida. Mesmo ocorrendo


férias ou licenças.

- A contagem do biênio só será suspensa quando afastamento se der por


parentesco com candidato.

# O TSE possui Presidente e Vice e ambos devem ser obrigatoriamente


membros do STF.

# O Corregedor Geral Eleitoral deverá ser obrigatoriamente membros do


STJ.

- Será responsável pela fiscalização da Justiça Eleitoral e trazer um bom


andamento aos cartórios eleitorais podendo se deslocar para qualquer
zona eleitoral em face de suas funções.

Código Eleitoral, Art. 17 § 1º As atribuições do Corregedor Geral serão


fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

- O TSE através de Resolução indicará as competências não apenas do


Corregedor Geral, mas também dos Corregedores Regionais que
atuarão junto aos TRE’s.

Código Eleitoral, Art. 17 § 2º No desempenho de suas atribuições o


Corregedor Geral se locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes
casos:
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral;
II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais;
III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral;
IV - sempre que entender necessário.
§ 3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral vinculam os
Corregedores Regionais, que lhes devem dar imediato e preciso
cumprimento.
- Os atos emanados pela Corregedoria são chamados de Provimentos.

# Os Tribunais Eleitorais sempre votarão através do seu Pleno. Não há


divisão em turmas, câmaras ou qualquer outra.

# O TSE vota por maioria de votos estando a maioria dos seus membros
presentes.

- Exceção de Voto pela maioria com a presença de Todos os


Membros:

Código Eleitoral, Art. 19 Parágrafo único. As decisões do Tribunal


Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da
Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre
quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou
perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos
os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum juiz, será
convocado o substituto ou o respectivo suplente.

a) Interpretação do Código Eleitoral em face da CF

b) Cessação de registro de Partido Político

c) Recurso que importem anulação geral das eleições

d) Recurso que importem perda de diploma, que acarreta perda do


mandato.

Obs.: Exceção da exceção – O TSE decidiu que se em determinado


caso se o ministro da classe dos advogados for impedido e seus
suplentes também estão à votação terá que ser feita com quórum
incompleto mesmo.

# O STF tem uma súmula que diz que quando o TSE realiza um
julgamento e contra esse julgamento há interposição de recurso
extraordinário para o STF os ministros do STF que participaram do
julgamento original não estão impedidos de participar do julgamento do
recurso.

- Súmula 72 STF: No julgamento de questão constitucional, vinculada a


decisão do TSE não estão impedidos os ministros do STF que ali tenham
funcionado no mesmo processo, ou no processo originário.

> Competências do TSE

a) Se a competência eleitoral for divida pelas eleições:


# Eleições Presidenciais são de competência do TSE assim qualquer ato
em relação a ela é competência do TSE.

# Eleições Federais (Para Senador e Deputado Federal) e Estaduais


será do TRE sendo assim qualquer discussão em relação a elas será de
competência do TRE.

# Eleições Municipais e qualquer questão em relação a elas será de


competência dos Juízes Eleitorais e das Juntas Eleitorais.

EXCEÇÕES:

- Fixar data de eleições: quando essa data não for indicada em lei, no
que tange as Eleições Presidenciais e Federais será competência do
TSE.

- Fixar data para eleição: quando não estiver prevista em lei nas Eleições
Estaduais e Municipais será de competência do TRE.

- Em relação ao Recurso Contra Expedição de Diploma, que apesar do


nome possui natureza jurídica de Ação (O Código Eleitoral trata como se
fosse recurso já que se interpõe essa ação perante o juízo a quo que deu
a decisão da diplomação, mas ela vai ser julgada pela instancia
superior), quando se tratar de Eleições Municipais a competência será do
TRE. Quando se tratar de Eleições Federais ou Estaduais será do TSE.
E nas Eleições Presidenciais não cabe esse Recurso contra a expedição
do diploma.

b) Competência Jurisdicional do TSE

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:


I - Processar e julgar originariamente:
a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus
diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e vice-presidência da
República;
b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais
de Estados diferentes;  Se os juízes forem do mesmo Estado a
competência é do TRE
c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral
e aos funcionários da sua Secretaria;
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos
pelos seus próprios juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais;  Não
foi recepcionado pela CF crime cometido por membro do TSE é julgado
no STF e por membro do TRE pelo STJ.
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral,
relativos a atos do Presidente da República, dos Ministros de Estado e
dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver
perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa
prover sobre a impetração;  A RSF nº 132 de 1984 trouxe a
inconstitucionalidade o TSE julgar Mandado de Segurança contra
Presidente da República e Ministros de Estado.
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos
políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus
recursos;  Diretórios Nacionais, já que os diretórios regionais são de
competência do TRE e dos diretórios municipais dos juízes eleitorais.
g) as impugnações á apuração do resultado geral, proclamação dos
eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice-
Presidente da República;
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais
Regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por
partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada.
 Se o atraso for do próprio TSE não tem desaforamento, já que não
existe para onde desaforar. A competência do TSE nesse caso seria de
apenas receber reclamação do atraso.
i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de trinta
dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles
distribuídos.  Hoje essa competência é do CNJ segundo decisão
monocrática.
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada
dentro de cento e vinte dias (prazo decadencial) de decisão irrecorrível,
possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em
julgado.  Ação Rescisória Eleitoral e só é aplicada em casos de
inelegibilidade. Essa última parte da alínea foi julgada inconstitucional na
ADI 1.459 STF, entendendo que havia uma ofensa ao instituto da coisa
julgada.
II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais
nos termos do Art. 276 inclusive os que versarem matéria administrativa.
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorrível, salvo
nos casos do Art. 281.

- Mandado de Segurança em matéria Eleitoral contra Presidente da


República será julgado pelo STF. E contra ato de Ministro de Estado será
julgado pelo STJ. E contra atos do TRE será julgado pelo TSE.

Obs.: Se for Mandado de Segurança for de matéria administrativa contra


ato do TRE será julgado pelo próprio TRE.
Caso o Mandado de Segurança seja contra ato monocrático de
algum membro do TRE ou seu próprio Presidente, a competência para
julgar será do próprio TRE.
- Habeas Corpus de matéria eleitoral contra ato do Presidente da
República (autoridade coautora) será julgado pelo TSE. Contra ato do
Ministro de Estado é do TSE. Contra ato do TRE também é do TSE.

- TSE – Dec. Monocrática do Min. José Delgado na Rcl nº 475, de


10.10.2007: a competência para o julgamento das reclamações desta
espécie passou ao Conselho Nacional de Justiça, nos termos do art. 103-
B, § 4º, III, da Constituição Federal.

- A Ação Rescisória Eleitoral vai ser de competência apenas do TSE. É


necessário que a decisão tenha transitado em julgado no próprio TSE.
Caso a ação transite em julgado no TRE já não caberá ação rescisória.

- A definição de inelegibilidade para o TSE segue a teoria tradicionalista


sendo bem restritivo já que faz uma interpretação literal. Se a causa
transitada em julgado tratar de elegibilidade, mesmo as causa trazidas
pelo Código de Processo Civil.

- O prazo decadencial dessa ação é de 120 dias da decisão do transito


em julgado.

- As decisões do TSE, por ser o órgão de cúpula, são em regra


irrecorríveis. Exceto: Quando houver decisão contra a CF (Recurso
extraordinário)
Quando a decisão foi denegatória de HC e MS
(Recurso ordinário)

- Caso haja recurso para o STF de decisão do TSE, mesmo havendo


ministros do STF que participaram do julgamento da decisão, o STF
entende que não há impedimento para esses ministros. Súmula 72 STF:
“No julgamento de questão constitucional, vinculada a decisão do
Tribunal Superior Eleitoral, não estão impedidos os ministros do Supremo
Tribunal Federal que ali tenham funcionado no mesmo processo, ou no
processo originário.”

c) Competência Administrativa do TSE

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 


Quando ele fala privativamente é competência administrativa.
I - elaborar o seu regimento interno;
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao
Congresso Nacional a criação ou extinção dos cargos administrativos e a
fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei;
III - conceder aos seus membros licença e férias assim como
afastamento do exercício dos cargos efetivos;  Quando o serviço
eleitoral exige dedicação exclusiva por determinado período. Enquanto
estiver afastado do seu cargo efetivo, os juízes não perderão os
subsídios dos tribunais de origem.
IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes
dos Tribunais Regionais Eleitorais;  Quem determina o afastamento
dos juízes do TRE é o próprio TRE, mas é ato composto. É necessário
aprovação pelo TSE.
V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos
Territórios;
VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de
qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento;
VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da
República, senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido
por lei:
VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de
novas zonas;  Zona Eleitoral tem o mesmo efeito, o mesmo sentido da
comarca. Quem cria e divide o Estado em Zonas é o TRE, mas é ato
composto necessitando de aprovação do TSE.
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste
Código;  Poder Regulamentar da Justiça Eleitoral. Competência
exclusiva do TSE.
X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e
auxiliares em diligência fora da sede;
XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos
Tribunais de Justiça nos termos do art. 25;
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas
em tese por autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de
partido político; Competência Consultiva. Não é exclusiva do TSE.
XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos
Estados em que essa providência for solicitada pelo Tribunal Regional
respectivo;
XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas
próprias decisões ou das decisões dos Tribunais Regionais que o
solicitarem, e para garantir a votação e a apuração  O STF entende
que esse inciso foi recepcionado pela CF.
XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência;
XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o
exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria;
XVII - publicar um boletim eleitoral;
XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à
execução da legislação eleitoral.

- Poder Regulamentar da Justiça Eleitoral: Quando a norma é muito


genérica, impedindo sua fiel execução, editasse instrução para acabar
com a omissão e lacunas daquela lei. Competência do TSE de expedir
instruções para a fiel execução da lei eleitoral. Essas regulamentações
ora serve para acabar com omissões ora serve especificar mais a norma
ora serve até mesmo para que se tenha interpretação da norma.

- Não se pode confundir Instrução com Resolução. A resolução é a forma


a instrução é o conteúdo.

- Essas instruções possuem força de lei federal, sendo assim


obrigatórias. Mas por ter apenas força de lei, porém não ser lei, não pode
criar direito e obrigações.

Lei 9504, Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal
Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem
restringir direitos ou estabelecer sanções distintas (Reserva de lei)
das previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias
para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os
delegados ou representantes dos partidos políticos.

- Por essas instruções não serem lei, apesar de ter força de lei, não se
aplica, em regra, o princípio da anterioridade. A não ser que altere de
alguma forma o processo eleitoral, porque se alterar se aplica o princípio
da anterioridade.

- Essas instruções são em regra vistas como ato normativo secundário e,


portanto, não cabe controle concentrado de constitucionalidade, mas isso
deve ser analisado dentro do caso concreto.

- Competência Consultiva é a competência que o TSE possui para


responder consultas em matéria eleitoral que são feitas em tese.

- Por serem de matéria eleitoral essas consultas não podem ser sobre
plebiscito e referendo, já que é matéria constitucional.

- O TSE entende que não pode responder as consultas durante o


processo eleitoral, já que elas não podem ser baseadas em casos
concretos.

- As consultas devem ser feitas por: Autoridade Federal


Diretória Nacional de Partido Político

- A consulta possui efeito erga ominis, mas não é vinculativa. São


igualadas a meras jurisprudências.

- A resposta dada a consulta em matéria eleitoral não tem natureza


jurisdicional, sendo ato normativo em tese, sem efeitos concretos e sem
força executiva com referência a situação jurídica de qualquer pessoa em
particular.
- A finalidade da consulta é para servir de base, orientação sobre o
posicionamento do TSE acerca de determinadas situações e normas.

Ex.: Foi feito consulta perguntando se indígena completamente


incorporado aos costumes poderia se alistar como eleitor. O TSE
respondeu que é completamente possível já que eles são brasileiros
natos.

> Tribunal Regional Eleitoral

# Existe 1 em cada Capital de cada Estado bem como do DF.

- Sendo assim não pode um Estado tem dois TRE ou um Estado sem
nenhum TRE.

# 7 Membros do TRE

- Pode ter os membros aumentado até 9 (nove)

Obs.: Para a FCC o mínimo de membros do TRE é 7 e pode ser


aumentado para 9 membros. Para CESPE o número é de exatos 7
membros e não pode ser aumentado esse número.

- Esses membros são chamados de juízes ou desembargadores


eleitorais.

- 2 deles são Desembargadores do TJ

- 2 deles são Juízes de Direito

- 1 deles é Juiz do TRF ou Juiz Federal daquelas Capitais onde não são
sede dos TRFs.

- 2 deles são advogados (chamados de juristas)

- Os 2 desembargadores do TJ e os 2 juízes de direito serão eleitos por


voto secreto pelo Tribunal de Justiça.

- O Juiz do TRF ou Juiz Federal será escolhido pelo respectivo TRF.

- Os 2 advogados são nomeados pelo Presidente da República após 6


terem sido indicados pelo Tribunal de Justiça.

- Não há 5º Constitucional e a OAB não participa da escolha dos


advogados.
- Quanto à escolha dos advogados, o TJ fará duas listas tríplices não
podendo fazer parte dessa lista magistrados aposentados e membros do
Ministério Público. Essas listas são remetidas para o TSE. O TSE fará a
publicação dessas listas sendo aberto prazo para que ocorra
impugnação. Essa impugnação deverá ser realizada em 5 dias após a
publicação e poderá ser feita por Partidos Políticos ou pelo Ministério
Público Eleitoral ¹ (já que se trata do desenvolvimento de um direito
fundamental, o direito político, o MP tem legitimidade para tratar de ato
de ordem pública como os eleitorais). O TSE decidirá a impugnação.
Caso entenda que a impugnação tem procedência devolve-se a lista ao
TJ que realizará uma nova. Caso entenda que a impugnação não
procede o TSE remete a lista ao Presidente da República.

Indicação pelo TJ  Encaminhamento ao TSE  Publicação da lista 


Impugnação 5 dias (MPE ou Partidos)  Decisão TSE 
Encaminhamento ao Presidente da República ou Devolução ao TJ

¹ A interpretação teleológica do Código Eleitoral conduz à legitimidade


abrangente para a impugnação à lista tríplice, incluindo aí o cidadão, o
Ministério Público, os parlamentares ou os integrantes do Executivo aos
partidos.

- Serão escolhidos Suplentes (ou substitutos) que vão ser convocados


quando houver necessidade de composição de quórum. Serão
escolhidos na mesma ocasião, no mesmo número e através do mesmo
processo dos efetivos.

- O Presidente e o Vice serão desembargadores do Tribunal de Justiça.

- O corregedor regional está disposto no Regimento Interno de cada


tribunal.

Lei 4737, Art. 26, § 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor


Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes casos:
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal
Regional Eleitoral;
II - a pedido dos juízes eleitorais;
III - a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal Regional;
IV - sempre que entender necessário.

# O TRE julga pelo pleno, não há divisões.

# O TRE julga pela maioria de voto estando à maioria dos seus membros
presentes. Aplica-se a exceção do TSE nesse caso para exigência de
presença de todos os membros:
- Cassação de registro.

- Anulação geral de eleições.

- Perda de diplomas.

# Competência

a) Como via de regra questões referentes as eleições federais e


estaduais.

b) Competência jurisdicional do TRE

Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:


I - processar e julgar originariamente:
a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e
municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a Governador,
Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e das
Assembléias Legislativas;
b) os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do respectivo Estado;
c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros ao Procurador
Regional e aos funcionários da sua Secretaria assim como aos juízes e
escrivães eleitorais;
d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais; O julgamento
por crime eleitoral terá por competência o TRE quando por crime comum
a competência por do tribunal de justiça.
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral,
contra ato de autoridades que respondam perante os Tribunais de
Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os
denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas
corpus quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz
competente possa prover sobre a impetração;
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos
políticos, quanto a sua contabilidade e à apuração da origem dos seus
recursos;  Para os diretórios regionais dos partidos.
g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juízes
eleitorais em trinta dias da sua conclusão para julgamento, formulados
por partido candidato Ministério Público ou parte legitimamente
interessada sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo.

- Quando há impedimento ou suspeição de mais da metade dos


membros do TRE a competência para o julgamento dessa exceção não é
do TRE nem do TSE é do STF.
- “Dirigida a arguição de suspeição à maioria dos juízes efetivos do TRE,
por fundamentos comuns a todos os exceptos, desloca-se para o STF a
competência originária para processar e julgar a própria exceção e não
apenas o agravo regimental da decisão do relator, na Corte de origem,
que liminarmente a rejeitara: incidente, em tal hipótese, o art. 102, I, n,
CF, não cabe declinar da competência questionada para o TSE, ainda
que, em recurso pendente e de sua competência, se tenha
preliminarmente alegado a suspeição objeto da exceção anterior.
(precedentes: AOR 88 (QO), 5-12-1990, RTJ 137/483; AO 146-AgR, 25-
2-92, RTJ 140/361)”

- TRE processará e julgará crime eleitoral quando cometido por: Juízes


Eleitorais, os Promotores Eleitorais, Prefeito, Deputado Estadual e Vice-
governador.

- “(...) a competência penal originária do TRE para processar e julgar, nos


crimes eleitorais, agentes públicos que detêm, em razão de seu ofício,
prerrogativa de foro perante o Tribunal de Justiça estadual (como os
deputados estaduais e os prefeitos municipais, p. ex.) tem sido
reconhecida por esta Suprema Corte, na linha da diretriz consagrada na
Súmula 702/STF” (Inq 3.357, rel. min. Celso de Mello, decisão
monocrática, julgamento em 25-3-2014, DJE de 22-4-2014)

- Súmula 702 STF: “A competência do tribunal de justiça para julgar


prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum
estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao
respectivo tribunal de segundo grau.”

c) Competência recursal do TRE

Art. 29, II - julgar os recursos interpostos:


a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas eleitorais.
b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou denegarem
habeas corpus ou mandado de segurança.
Parágrafo único. As decisões dos Tribunais Regionais são irrecorríveis,
salvo nos casos do Art. 276.

- Mesmo que a decisão do TRE for contrária a Constituição a


interposição do recurso será para o TSE. Não se admite pular a instancia
do TSE, nem interposição de recurso simultâneo para o TSE e STF.

CF, Art. 121 § 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior


Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias
de habeas corpus ou mandado de segurança.
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá
recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de
lei;  Lembrando que se entende que quando o TRE contraria a suas
instruções caberá recurso especial.
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais
eleitorais;  Caberá Recurso especial para TSE
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas
eleições federais ou estaduais;  Recurso Ordinário para o TSE
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos
federais ou estaduais;  Recurso Ordinário para o TSE
V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou
mandado de injunção.  Recurso Ordinário para o TSE

- “O acesso a esta Corte, considerada decisão proferida pela Jurisdição


Cível ou Penal Eleitoral, pressupõe o esgotamento dos recursos em tal
âmbito. Pronunciamento de TRE não é passível de impugnação
simultânea mediante os recursos especial, para o TSE, e extraordinário,
para o Supremo.” (STF. AI 477.243-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio,
julgamento em 30-6-2009, Primeira Turma, DJE de 28-8-2009)

d) Competência administrativa do TRE

Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:


I - elaborar o seu regimento interno;
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional provendo-lhes
os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por
intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de cargos e a
fixação dos respectivos vencimentos;  Trata-se de matéria reservada à
lei a necessidade do TRE iniciar o processo de formação de lei. Esse
projeto formulado pelo TRE é levado ao Congresso Nacional por
intermédio do TSE.
III – conceder aos seus membros e aos juízes eleitorais licença e férias,
assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos submetendo,
quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral.
IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador,
deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de
paz, quando não determinada por disposição constitucional ou legal;
V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e
jurisdição;
VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a
contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora;
VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais,
os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador de
membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas,
remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao
Tribunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos;  Apesar do
silêncio da lei, deve-se entender que inclui ainda os membros das
Assembleias Legislativas.
VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem
feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político;  O TRE
possui competência de responder a consultas de matéria eleitoral e
devem ser sempre em tese tanto por Autoridade Pública quanto
Partidos Políticos (Diretórios Estaduais). Essa consulta tem eficácia
erga ominis, mas é não vinculativa, servindo apenas como mera
orientação da interpretação da lei.
IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo
essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do
Tribunal Superior;  Essa divisão trata-se de um ato administrativo
composto, já que quem divide os Estados em zonas e cria novas zonas é
o TRE, mas, no entanto, essa divisão só produz os seus efeitos a partir
do momento que houver aprovação do TSE.
X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela
escrivania eleitoral durante o biênio;  Compete ao juiz eleitoral indicar
preferencialmente servidor da justiça eleitoral como chefe do cartório
eleitoral e designado pelo TRE. Será durante o biênio já que os juízes
eleitorais só passarão dois anos.
XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões
solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal;
XIII – autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu
presidente e, no interior, aos juízes eleitorais, a requisição de
funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os
escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional de serviço.
XIV – requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em
cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos quadros
administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas
Secretarias.
XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30
(trinta) dias aos juízes eleitorais;
XVI - cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal
Superior;  O TRE não possui competência regulamentar.
XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a execução da
lei na respectiva circunscrição;
XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado.
XIX – suprimir os mapas parciais de apuração mandando utilizar apenas
os boletins e os mapas totalizadores, desde que o menor número de
candidatos às eleições proporcionais justifique a supressão, observadas
as seguintes normas:  Não foi revogado, mas se encontra em desuso.
a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal Regional
que suprima a exigência dos mapas parciais de apuração;
b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou partido poderá,
no prazo de três dias, recorrer para o Tribunal Superior, que decidirá em
cinco dias; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)
c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida até seis
meses antes da data da eleição; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)
d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos Tribunais
Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal Superior; (Incluído pela Lei
nº 4.961, de 1966)
e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos modelos dos
boletins e mapas de apuração a fim de que estes atendam às
peculiaridade locais, encaminhando os modelos que aprovar,
acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos
partidos, à decisão do Tribunal Superior. (Incluído pela Lei nº 4.961, de
1966)

- É um procedimento utilizado quando a eleição ainda era feita por


cédula.

- Na apuração de uma urna era expedido dois documentos: o boletim de


urna, que informava o conteúdo de cada urna, e esse boletim era
transcrito em um Mapa Parcial, que é o documento que vai nos
mostrando qual é o andamento da apuração. Cada urna apurada ia para
o Mapa parcial. Só depois de finalizar esse procedimento em uma urna é
que se passava para uma segunda urna e assim sucessivamente.

- Quando todas as urnas fossem apuradas todos os seus Mapas Parciais


se tornavam um Mapa Totalizador, que já é o resultado da eleição com a
transcrição de um documento de apuração de todas as urnas de
determinada zona.

- Esse inciso permite a supressão de mapa parcial em caso de eleição


proporcional com poucos candidatos e que o boletim de urna fosse
transcrito imediatamente no Mapa Totalizador. Mas para tanto era
necessário requerimento a justiça eleitoral.

> Juízes Eleitorais

# Haverá um juiz eleitoral por zona eleitoal.

# O juiz eleitoral será um juiz de direito devendo possui as garantias da


magistratura, inclusive a vitaliciedade, sendo essa garantia em relação
ao fato de ser juiz de direito, já que a temporariedade também ocorre em
relação ao juiz eleitoral.

- Os tribunais entendem que não há problema um juiz de direito que


ainda não ganhou vitaliciedade (juiz substituto) ser juiz eleitoral.

# Esse juiz de direito terá a função de juiz eleitoral em sistema de


rodízio previsto na Resolução 21.009 do TSE.
- Havendo mais de um juiz de direito naquela área será feito um rodízio
entre eles. Permanecendo cada um pelo período de 2 anos como juiz
eleitora.

- Esse sistema de rodízio funciona, por exemplo, tendo três juízes de


direitos em uma zona eleitoral, o mais antigo exerce a função eleitoral
por 2 anos, ao término o outro juiz será nomeado, passados os dois anos
deste o terceiro será nomeado. Não havendo mais juízes, o primeiro será
nomeado novamente.

# Poderá indicar para o TRE o chefe do cartório eleitoral permanecendo


o escrivão pelos dois anos que tiver em exercício.

- Esse chefe do cartório eleitoral vai ser em regra servidor da justiça


eleitoral.

- Proibição ao Chefe do cartório: Fazer parte de diretório de partido


político.
Ser candidato ou parente de
candidato até 2º grau naquela circunscrição.

Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma serventia de
justiça, o juiz indicará ao Tribunal Regional a que deve ter o anexo da
escrivania eleitoral pelo prazo de dois anos.
§ 1º Não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de demissão, o
membro de diretório de partido político, nem o candidato a cargo
eletivo, seu cônjuge e parente consangüíneo ou afim até o segundo
grau.
§ 2º O escrivão eleitoral, em suas faltas e impedimentos, será substituído
na forma prevista pela lei de organização judiciária local.  A Lei
10.842/04 passou a chamar o escrivão eleitoral de Chefe de Cartório
Eleitoral.

Obs.: Quando se fala do impedimento de uma pessoa em relação a um


candidato, impedimento por parentesco, esse impedimento vai até o
segundo grau.
Quando esse impedimento é entre órgão a situação muda.

# Competências dos Juízes Eleitorais.

Art. 35. Compete aos juízes:


I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal
Superior e do Regional;
II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem
conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos
Tribunais Regionais;
III - decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria
eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída
privativamente a instância superior.
IV - fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e presteza do
serviço eleitoral;
V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas
verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as
providências que cada caso exigir;
VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de justiça
que deve ter o anexo da escrivania eleitoral;
VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão
de eleitores;
IX- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor;
X - dividir a zona em seções eleitorais;  Essa divisão é ato
administrativo simples. A única determinação é de que o juiz escolha
locais com maior acessibilidade para portadores de deficiência.
XI mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleitores de cada
seção, para remessa a mesa receptora, juntamente com a pasta das
folhas individuais de votação;
XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos cargos
eletivos municiais e comunicá-los ao Tribunal Regional;
XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições os locais das
seções;
XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública
anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência, os membros
das mesas receptoras;
XV - instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas funções;
XVI - providenciar para a solução das ocorrências que se verificarem nas
mesas receptoras;  Se esses problemas ocorrerem no momento da
contagem ou apuração é competência da junta eleitoral.
XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os atos
viciosos das eleições;
XVIII -fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não
alistados, por dispensados do alistamento, um certificado que os isente
das sanções legais;
XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização da eleição,
ao Tribunal Regional e aos delegados de partidos credenciados, o
número de eleitores que votarem em cada uma das seções da zona sob
sua jurisdição, bem como o total de votantes da zona.

- Infração cometida por criança ou adolescente que em tese se


configuraria crime eleitoral a competência é da justiça comum.
- Ac.-STJ, de 11.6.2003, no CC nº 38.430: competência do juízo da vara
da infância e da juventude, ou do juiz que exerce tal função na comarca,
para processar e julgar ato infracional cometido por menor inimputável,
ainda que a infração seja equiparada a crime eleitoral.

-Ac.-TSE, de 5.4.2011, no AgR-HC nº 31624: competência do juiz


eleitoral para o julgamento de crime eleitorais praticados por vereador.

- Enquanto o crime eleitoral cometidos por prefeitos será de competência


do TER, os cometidos pelo vereador é do juiz eleitoral.

> Juntas Eleitorais

# A principal atribuição das juntas eleitorais será a de apuração das


eleições.

# Junta Eleitoral é órgão colegiado de 1º grau da Justiça Eleitoral.

# É composta por 1 juiz de direito, que sempre será o Presidente da


Junta, e 2 ou 4 cidadãos de notória idoneidade, não se exigindo
conhecimento jurídico desses cidadãos. Tendo a junta 3 ou 5 membros.

- O juiz de direito que compõe a junta não é necessariamente aquele que


exerce a função de juiz eleitoral.

# Para cada zona eleitoral existe um juiz eleitoral, mas pode ter mais de
uma junta dependendo da necessidade.

# Após a apuração da eleição a junta acabará.

# A nomeação dos membros da junta

- Realizada 60 dias antes das eleições em audiência pública pelo


presidente do TRE com aprovação pelo TER.

- Será realizada pelo Presidente do TRE após aprovação do TRE

- A uma indicação de nomes e publicação dessas indicações 10 dias


antes da nomeação.

- Dessa publicação cabe impugnação em 3 dias por parte dos Partidos


Políticos ou Ministério Público. A impugnação ocorrerá se tiver alguma
causa de impedimento:

a) Candidato ou parente de candidato até o 2º grau.


b) Membro de diretório de partido

c) Policiais

d) Cargos em comissão do Executivo

e) Servidores da Justiça Eleitoral

f) Menores de 18 anos

- E na mesma junta:

a) Parentes entre si de qualquer grau

b) Empregados da mesma empresa

c) Servidores da mesma repartição

Obs.: Rol de impedimentos meramente exemplificativo.

# O Presidente da Junta poderá nomear escrutinadores e auxiliares, que


eram agentes que trabalhavam na contagem dos votos.

- Em regra é facultativa. Mas tornasse obrigatória quando há mais de 10


urnas a serem apuradas.

- Aplica-se os mesmos impedimentos da junta.

- Esta norma está em desuso, mas não foi revogada.

# Os membros da junta são honoríficos, não recebendo remuneração por


seu trabalho.

Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será


o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade.
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 (sessenta) dia
antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regional, pelo
presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede.
§ 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas
indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão oficial do
Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias, em petição
fundamentada, impugnar as indicações.
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas, escrutinadores ou
auxiliares:
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo
grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretorias de partidos políticos devidamente
registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente publicados;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no
desempenho de cargos de confiança do Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.

# Competência da Junta

Art. 40. Compete à Junta Eleitoral;


I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas
eleitorais sob a sua jurisdição.
II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os
trabalhos da contagem e da apuração;
III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178;  Boletim
de Urna
IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma junta eleitoral
a expedição dos diplomas será feita pelo que for presidida pelo juiz
eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os documentos da
eleição.

- Nas Eleições Presidenciais quem expede o diploma é o TSE

- Nas Eleições Federais e Estaduais quem expede o diploma é o TRE

- Nas Eleições Municipais quem expede o diploma são as Juntas.

- Sendo assim, apenas órgãos colegiados possui competência para a


diplomação.

- Exceção: Em caso de eleição indireta nas hipóteses previstas na


Constituição Federal, a competência para diplomar seria do respectivo
poder legislativo.

- Quando dentro do município possui mais de uma zona eleitoral, a junta


competente para realizar a diplomação será aquela presidida pelo juiz
eleitoral mais antigo.

 Ministério Público Eleitoral

> Todo ato eleitoral é matéria de ordem pública porque envolve direito
político. E isso faz com que haja legitimidade do Ministério Público para
atuar em qualquer ato eleitoral.

> Não existe como órgão autônomo, é uma função exercida pelo
Ministério Público Federal.
> Princípio da Federalização

# As funções eleitorais do ministério público são exercidas pelo ministério


público federal.

LC 75/93, Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que


couber, junto à Justiça Eleitoral, as funções do Ministério Público,
atuando em todas as fases e instâncias do processo eleitoral.
Parágrafo único. O Ministério Público Federal tem legitimação para
propor, perante o juízo competente, as ações para declarar ou decretar a
nulidade de negócios jurídicos ou atos da administração pública,
infringentes de vedações legais destinadas a proteger a normalidade e a
legitimidade das eleições, contra a influência do poder econômico ou o
abuso do poder político ou administrativo.

- Já que a norma trás que o MPE atuará em todas as fases e instancias o


MPE terá legitimidade na justiça eleitoral, mesmo quando não aparecer
na norma como tanto.

> O chefe do MPE é o Procuradores Geral Eleitoral

# Que será o Procurador Geral da República

LC 75/93, Art. 73. O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral da


República.
Parágrafo único. O Procurador-Geral Eleitoral designará, dentre os
Subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral,
que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o cargo em caso de
vacância, até o provimento definitivo.
Obs.: Com exceção do Embargo de Declaração, o MPE irá opinar em
todas as decisões da justiça eleitoral.

# Em algumas situações o Procurador Geral Eleitoral nomeia Assessores


dentro dos Membros do MPF.

- Esses Assessores não têm assentos nas sessões do Tribunal. Não


podem se manifestar.

LC 75/93, Art. 74, Parágrafo único. Além do Vice-Procurador-Geral


Eleitoral, o Procurador-Geral poderá designar, por necessidade de
serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua
aprovação, perante o Tribunal Superior Eleitoral.

# Ele atuará como Procurador Geral Eleitoral por tempo indefinido, já que
o Procurador Geral da República poderá ser reconduzido inúmeras vezes

Art. 75. Incumbe ao Procurador-Geral Eleitoral:


I - designar o Procurador Regional Eleitoral em cada Estado e no Distrito
Federal;
II - acompanhar os procedimentos do Corregedor-Geral Eleitoral;
III - dirimir conflitos de atribuições;
IV - requisitar servidores da União e de suas autarquias, quando o exigir
a necessidade do serviço, sem prejuízo dos direitos e vantagens
inerentes ao exercício de seus cargos ou empregos.

Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal


Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República, funcionando, em
suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.
Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros membros
do Ministério Público da União, com exercício no Distrito Federal, e sem
prejuízo das respectivas funções, para auxiliá-lo junto ao Tribunal
Superior Eleitoral, onde não poderão ter assento.

Art. 24. Compete ao Procurador Geral, como Chefe do Ministério Público


Eleitoral;
I - assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões;
II - exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os feitos de
competência originária do Tribunal;
III - oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal;
IV - manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os assuntos
submetidos à deliberação do Tribunal, quando solicitada sua audiência
por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua, se entender necessário;
V - defender a jurisdição do Tribunal;
VI - representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais,
especialmente quanto à sua aplicação uniforme em todo o País;
VII - requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao
desempenho de suas atribuições;
VIII - expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos
Tribunais Regionais;
IX - acompanhar, quando solicitado, o Corregedor Geral, pessoalmente
ou por intermédio de Procurador que designe, nas diligências a serem
realizadas.

> Perante o TRE atuará o Procurador Regional Eleitoral

# Nesse caso também se aplica o Princípio da Federalização

# O Procurador Regional Eleitoral será o Procurador Regional da


República designado pelo Procurador Geral Eleitoral.

# Ele exercerá essa função por 2 anos podendo ser reconduzido apenas
uma vez por igual período.

LC 75/93, Art. 76. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu


substituto, será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os
Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito Federal,
ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios,
para um mandato de dois anos.
§ 1º O Procurador Regional Eleitoral poderá ser reconduzido uma vez.
§ 2º O Procurador Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes do
término do mandato, por iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, anuindo
a maioria absoluta do Conselho Superior do Ministério Público Federal.

# O Procurador Regional Eleitoral poderá nomear Assessores, podendo


esses pertencer ao Ministério Público Estadual.

> Junto ao Juiz Eleitoral atuará o Promotor Eleitoral

# Esse Promotor Eleitoral será membro do Ministério Público Estadual.

# Nesse caso não será aplicado o Princípio da Federalização, e sim o


Princípio da Delegação.

- No 1º grau em virtude da impossibilidade quantitativo dos membros do


Ministério Público Federal de atuar em cada uma das zonas é a própria
lei que vai delegar ao Ministério Público Estadual a atividade eleitoral do
Ministério Público.
LC 75/93, Art. 78. As funções eleitorais do Ministério Público Federal
perante os Juízes e Juntas Eleitorais serão exercidas pelo Promotor
Eleitoral.

LC 75/93, Art. 79. O Promotor Eleitoral será o membro do Ministério


Público local que oficie junto ao Juízo incumbido do serviço eleitoral de
cada Zona.
Parágrafo único. Na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona
Eleitoral, ou havendo impedimento ou recusa justificada, o Chefe do
Ministério Público local indicará ao Procurador Regional Eleitoral o
substituto a ser designado.

# Em caso de impedimento, o Promotor Eleitoral será o Promotor de


Justiça indicado pelo Procurador Geral de Justiça e esse Promotor
Eleitoral será designado pelo Procurador Geral Eleitoral.

> O MPE não possui interesse processual para recorrer de decisões


proferida em conformidade com o parecer por ele ofertado nos autos.

 Alistamento Eleitoral

> Cidadania Jurídica

# Capacidade de exercer direitos políticos.

# É própria do nacional. Mas não se pode confundir cidadania com


nacionalidade.

# Ninguém nasce cidadão. A cidadania é adquirida posteriormente.

> O Alistamento Eleitoral é o termo inicial da cidadania jurídica.

> Código Eleitoral, Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação


e inscrição do eleitor.

# Qualificação porque ao requerer o alistamento eleitoral a justiça


eleitoral irá analisar se aquela pessoa possui todos os requisitos para
aquele alistamento.

# Uma vez observado todos os requisitos, o alistamento trás a Inscrição


do nome daquela pessoa no Cadastro de Eleitores, no rol de eleitores.

# Pode-se dizer que o alistamento é ato declaratório e constitutivo.

- Declaratório porque declara a existência dos requisitos.


- Constitutivo porque muda a qualificação jurídica do nacional que agora
passa a ser dito como cidadão já que seu nome será inscrito no rol de
eleitores.

> O Alistamento Proibido:

a) Estrangeiros

# Para que haja alistamento é necessário que tenha nacionalidade


brasileira.

# Exceção para os Portugueses que são chamados de quase nacionais


por conta do Estatuto de Igualdade, desde que haja reciprocidade por
parte de Portugal.

b) Conscritos no Serviço Militar Obrigatório

# Aquele em que o sujeito está no serviço militar obrigatório inicial.

# Se ao final do serviço militar obrigatório a pessoa seja integrada a


forças armadas, ela poderá recuperar seus direitos políticos.

# É possível que antes do serviço militar obrigatório o sujeito já seja


alistado eleitoralmente.

- Nesse caso não há necessidade de cancelamento da inscrição, será


apenas suspensa.

c) Causas de Perda ou Suspensão de Direitos Políticos

# Aqueles que possuem causa de perda ou suspensão antes mesmo de


se alistar, possui causa de Impedimento do Alistamento.

> Alistamento Facultativo

Obs.: Nesses casos o alistamento e o voto são facultativos.

a) Analfabetos

# Quando o analfabeto se alista o voto continua facultativo.

# Pela Resolução 21.538/TSE:

- A pessoa que deixou de ser analfabeta deverá se alistar, contudo


nenhuma penalidade será aplicada em caso de alistamento tardio.
Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo (Constituição
Federal, art. 14, § 1º, II, a).
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua
inscrição eleitoral, não ficando sujeito à multa prevista no art. 15 (Código
Eleitoral, art. 8º).

b) Maiores de 16 e menores de 18 anos

# Quando se alistam o voto continua facultativo.

# Pela Resolução 21.538/TSE:

- A Lei das Eleições afirma que é proibido o alistamento nos 150 dias
anteriores a eleição.

- Caso o sujeito complete os seus 16 anos durante esse período proibido


até a data da eleição (entende-se como data da eleição a data do 1º
turno), poderá se alistar antes do prazo proibido mesmo ainda sem
completar ano, mas o Título de Eleitor expedido só produzirá seus efeitos
com o implemento da idade.

Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições,


do menor que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive.
§ 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o
encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou
transferência  150 dias antes do pleito
§ 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá efeitos
com o implemento da idade de 16 anos (Res.-TSE nº 19.465, de
12.3.96).

c) Maiores de 70 anos

# Quando se alistam o voto continua facultativo.

Obs.: A jurisprudência entende que para os portadores de deficiência,


em regra, o alistamento e o voto são obrigatórios. No entanto há
Resolução do TSE que diz que se a deficiência for de tal gravidade que a
ponto de tornar muito difícil o exercício do seu direito de voto, é possível
que o juiz eleitoral conceda uma certidão de quitação sem prazo de data
determinada, pois essa certidão vai acabar trazendo o reconhecimento
de estado que é um esforço sobre-humano para que aquela pessoa vá
votar. Mas não é em regra, apenas situações específicas.

> Alistamento Obrigatório

# Alfabetizados que sejam maiores de 18 anos e menores de 70 anos.


# A norma punirá como multa aqueles que são obrigados a se alistar e
não o fazem no prazo correto.

- Prazo correto: Para o brasileiro nato até os 19 anos


Para o brasileiro naturalizado até 1 anos após a
naturalização.

- Exceção: Aquele brasileiro nato que completou 19 anos e não alistou,


não incorrerá em multa se houver o alistamento até o dia em que
possibilite o voto para as primeiras eleições após ter ele completado 19
anos.

Res. 21538, Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos
ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a
nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e
cobrada no ato da inscrição.
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer
sua inscrição eleitoral até o centésimo qüinquagésimo primeiro dia
anterior à eleição subseqüente à data em que completar 19 anos (Código
Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/97, art. 91).

# Consequências do não alistamento ou não ter votado:

Código Eleitoral, Art. 7º, § 1º Sem a prova de que votou na última


eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente,
não poderá o eleitor:
I - inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública,
investir-se ou empossar-se neles;  O STJ entende que os requisitos
para investidura devem ser observados da data da posse.
II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função
ou emprego público, autárquico ou para estatal, bem como fundações
governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer
natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam
serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente
ao da eleição;  Para o professor não foi recepcionado pelo CF porque
para quem paga o salário existe enriquecimento sem causa.
III - participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos
Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das
respectivas autarquias;
IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista,
caixas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de
previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito
mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com
essas entidades celebrar contratos; Obter empréstimo de entidades
particulares não há proibição.
V - obter passaporte ou carteira de identidade;
VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado
pelo governo;
VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar
ou imposto de renda.
§ 4º O disposto no inciso V no § 1º não se aplica ao eleitor no exterior
que requeira novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil.

> O alistamento eleitoral será processado no Cartório Eleitoral e a


autoridade competente para deferir ou não o alistamento é o Juiz
Eleitoral.

> Processamento do Alistamento Eleitoral

# Primeiro será preenchido o documento de Requerimento de


Alistamento Eleitoral – RAE.

- Deve ser apresentado até 151º antes do pleito eleitoral.

- Sendo assim o Alistamento Eleitoral não pode ser feito de ofício.

- Esse RAE será preenchido por servidor da justiça eleitoral na presença


do requerente.

Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o servidor da


Justiça Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as informações no sistema
de acordo com os dados constantes do documento apresentado pelo
eleitor, complementados com suas informações pessoais, de
conformidade com as exigências do processamento de dados, destas
instruções e das orientações específicas.
§ 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na presença
do requerente.
§ 2º No momento da formalização do pedido, o requerente manifestará
sua preferência sobre local de votação, entre os estabelecidos para a
zona eleitoral.
§ 3º Para os fins o § 2º deste artigo, será colocada à disposição, no
cartório ou posto de alistamento, a relação de todos os locais de votação
da zona, com os respectivos endereços.
§ 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão digital do
polegar será feita na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que
deverá atestar, de imediato, a satisfação dessa exigência.

- Documentos utilizados para o RAE


Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos seguintes
documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira (Lei nº 7.444/85,
art. 5º, § 2º):
a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei
federal, controladores do exercício profissional;
b) certificado de quitação do serviço militar;  Será obrigatório para
pessoas do sexo masculino com mais de 18 anos.
c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil;
d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a
idade mínima de 16 anos e do qual constem, também, os demais
elementos necessários à sua qualificação.  O TSE entende que não
pode ser Passaporte, já que o atual não trás mais a filiação, ou CNH, não
indica a nacionalidade do condutor.
Parágrafo único. A apresentação do documento a que se refere a
alínea b é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino.

Obs.: Não se utiliza a CNH porque nela não se trás a nacionalidade do


condutor.

- O RAE deverá ser datado e assinado pelo requerente.

# Entregue ao requerente um recibo que já vem com o número da


inscrição.

- O número da inscrição vai ter até 12 algarismos:

a) Os 8 primeiros são números sequenciais

b) Os 2 seguintes representam a Unidade da Federação (UF)

c) Os 2 últimos trazem os chamados Dígitos Verificadores.

- Esse número de inscrição não muda, mesmo que o eleitor transfira o


seu título para outra Unidade da Federação.

# Os autos do alistamento se tornam conclusos e são enviados ao juiz


eleitoral:

a) Podendo o juiz deferir

- Cabendo recurso ao TRE no prazo de 10 dias.

- O prazo começa a ser contado da publicação quinzenal dos pedidos


deferidos e indeferidos em relação ao alistamento eleitoral.
- Esse recurso é interposto pelo Delegado de Partido Político, já que os
partidos políticos tem interesse direto na legitimidade do pleito e o pleito
só é legitimo se o corpo de eleitores foi formado também de forma
legitima.

b) Podendo o juiz Indeferir

- Ato vinculado, se houver falta de alguns dos requisitos para o


alistamento.

- Cabe recurso ao TRE no prazo de 5 dias.

- O prazo começa a ser contado da publicação quinzenal dos pedidos


deferidos e indeferidos em relação ao alistamento eleitoral.

- Será interposto pelo próprio alistando.

c) Diligência

- Caso necessite confirmar alguma informação.

- Deverá ser realizada no prazo de 72 horas.

Obs.: O Ministério público tem legitimidade para interpor recurso nas


duas possibilidades com prazo de 10 dias.

 Domicílio Eleitoral

> O local onde o eleitor exerce a sua opção política.

> É muito importante a fixação do domicílio eleitoral para se fixar


corretamente o corpo de eleitores

> Domicílio eleitoral segundo o Código Eleitoral seria o lugar no qual


reside o eleitor. Como o Código não fala de animus de permanecer no
local, é necessário para o domicílio apenas o aspecto objetivo, os
aspectos de lugar.

CE, Art. 42, Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio


eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter
o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas.

> O TSE exige para a definição do domicílio eleitoral exista um desses


vínculos:
# Profissional ou negocial: Se a pessoa morar em um local e exercer sua
profissão em outro poderá optar por qualquer um deles como domicílio
eleitoral.

# Patrimonial: Se a pessoa tem patrimônio em mais de um município


pode optar por qualquer um deles como domicílio eleitoral.

# Familiar ou afetivo: Se a pessoa mora em um local, mas tem família em


outro pode optar pode qualquer um deles como domicílio eleitoral pelo
vinculo afetivo.

# Político: Se uma pessoa se candidatando a cargo federal ou estadual


recebe mais votos num município diferente daquele que é seu domicílio
pode transferir para aquele município onde recebeu mais votos pelo
vinculo político.

> Mudar o domicílio eleitoral – Transferência

# Mudar de município para outro município.. Mesmo que esses


municípios pertençam a mesma zona.

# Dar-se o nome dessa mudança de Transferência.

Res. 21.538, Art. 5º. Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 –


TRANSFERÊNCIA sempre que o eleitor desejar alterar seu domicílio e
for encontrado em seu nome número de inscrição em qualquer município
ou zona, unidade da Federação ou país, em conjunto ou não com
eventual retificação de dados.

# Para que aja transferência é necessário prévio alistamento.

# Requisitos da Transferência:

- Não se admite requerimento de transferências nos 150 dias antes da


eleição.

Res. 21.538, Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se


satisfeitas as seguintes exigências:
I – recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no
prazo estabelecido pela legislação vigente;  Esse requerimento
também se faz através do RAE. Não é possível a transferência eleitoral
de ofício. Toda transferência eleitoral deve ser requerida.
Domicílio Histórico: Mudança de domicílio civil, mas não muda o
domicílio eleitoral. O único vínculo que permanece é o histórico. Isso é
possível porque não há limite de justificativa ou multa.
II – transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última
transferência;
III – residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob
as penas da lei, pelo próprio eleitor (Lei nº 6.996/82, art. 8º);
IV – prova de quitação com a Justiça Eleitoral.
§ 1º O disposto nos incisos II e III não se aplica à transferência de título
eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro
de sua família, por motivo de remoção ou transferência (Lei nº
6.996/82, art. 8º, parágrafo único).  Ou seja, só será necessário o RAE
e a quitação eleitoral.
§ 2º Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do
cartório o título eleitoral e a prova de quitação com a Justiça Eleitoral.
§ 3º Não comprovada a condição de eleitor ou a quitação para com a
Justiça Eleitoral, o juiz eleitoral arbitrará, desde logo, o valor da multa a
ser paga.
§ 4º Despachado o requerimento de transferência pelo juiz eleitoral e
processado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional
Eleitoral responsável pelos serviços de processamento de dados enviará
ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos,
relações de inscrições atualizadas no cadastro, com os respectivos
endereços.
§ 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, caberá
recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do que o deferir,
poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de dez
dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos
partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no
primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao requerente
antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem (Lei nº
6.996/82, art. 8º).
§ 6º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 5º,
relações contendo os pedidos indeferidos.

# A transferência é de competência do juiz eleitoral que poderá:

- Deferir, sendo possível recurso ao TRE no prazo de 10 dias a ser


interposto pelo Delegado de Partido Político.

- Indeferir, sendo possível recurso ao TRE no prazo de 5 dias a ser


interposto o próprio eleitor.

- O termo inicial para o recurso é a publicação feita dos dias 1 ao 15 de


cada mês da lista de alistamentos e transferências deferidas.

> Revisão

# Uma vez fixada à seção de votação do eleitor ela não mudará.


# Irá mudar em duas situações:

a) Quando houver mudança de domicílio, hipótese de transferência

b) Quando houver mudança de seção dentro do próprio domicílio da


localidade onde residia, seria essa a hipótese de Revisão.

# Na Revisão ocorre:

a) Ou Retificação de dados do eleitor

b) Ou a mudança de seção eleitoral

Res. 21.538, Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 – REVISÃO


quando o eleitor necessitar alterar local de votação no mesmo
município, ainda que haja mudança de zona eleitoral, retificar dados
pessoais ou regularizar situação de inscrição cancelada nas mesmas
condições previstas para a transferência a que se refere o § 3º do art. 5º.

> Caso haja extravio ou dilaceração do Título Eleitoral o eleitor poderá


pedir uma 2ª via do Título, podendo ser requerida:

# Fora do domicílio, devendo ser feita até 60 dias antes do pleito.

# No seu domicílio, devendo ser feita até 10 dias antes do pleito.

# Nos dois casos a 2ª via deverá ser entregue até a véspera do pleito.

Res. 21.538, Art. 7º. Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 – SEGUNDA


VIA quando o eleitor estiver inscrito e em situação regular na zona por
ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu título eleitoral, sem
nenhuma alteração.

Res. 21.538, Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim
de sua inutilização ou dilaceração, o eleitor deverá requerer
pessoalmente ao juiz de seu domicílio eleitoral que lhe expeça segunda
via.
§ 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento será
instruído com a primeira via do título.
§ 2º Em qualquer hipótese, no pedido de segunda via, o eleitor deverá
apor a assinatura ou a impressão digital do polegar, se não souber
assinar, na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar
a satisfação dessa exigência, após comprovada a identidade do eleitor.
Obs.: O Código Eleitoral ainda fala que o alistamento eleitoral de
portador com deficiência é facultativo. Hoje entende os doutrinadores que
o alistamento dos portadores com deficiência, em regra, é obrigatória.
Mas o TSE, através de Resolução, permite que se a deficiência torna
extremamente difícil ou impossível o exercício do voto a justiça eleitoral
poderá fornecer ao deficiente quitação eleitoral com prazo de validade
indeterminado.

Obs.: O alistamento dos deficientes visuais pode ser feito inclusive nos
Estabelecimentos de Proteção aos Cegos. Nesse caso o servidor da
justiça eleitoral se varia acompanhar de um funcionário do
estabelecimento de proteção aos cegos que fosse conhecedor do
método braile, sendo que a própria fórmula para se preitear o alistamento
poderia ser preenchida e assinada utilizando-se do método braile.

Obs.: É possível fazer seções só com portadores de deficiência visual,


mas se não preencher o mínimo necessário pode incluir pessoa sem a
deficiência.

> Características do Título Eleitoral

# Vai medir 9,5 por 6 cm pesando 120 gramas e impresso nas cores
verde e preta e tem marca d’água as armas da república.

# Normalmente assinado pelo eleitor e pelo juiz eleitoral.

# Expedição de Título Eleitoral online

- A assinatura do juiz é substituída pela chancela do Presidente do TRE


respectivo.
Res. 21.538, Art. 23. § 1º Os tribunais regionais poderão autorizar, na
emissão on-line de títulos eleitorais e em situações excepcionais, a
exemplo de revisão de eleitorado, recadastramento ou rezoneamento, o
uso, mediante rígido controle, de impressão da assinatura (chancela) do
presidente do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, em exercício na
data da autorização, em substituição à assinatura do juiz eleitoral da
zona, nos títulos eleitorais.

# O Título Eleitoral prova duas coisas:

a) O alistamento eleitoral

b) Quitação Eleitoral até a data da sua emissão

# Data da emissão do título:

Res. 21.538, Art. 23. § 2º Nas hipóteses de alistamento, transferência,


revisão e segunda via, a data da emissão do título será a de
preenchimento do requerimento.

# O título deverá ser entregue pessoalmente ao eleitor.

- O Código Eleitoral fala que pode ser entregue a terceiro, mas esse
dispositivo já foi revogado por normas posteriores.

- Para comprovar que o eleitor pegou esse título pessoalmente ele terá
que assinar um documento chamado PETE (Protocolo de Entrega de
Título Eleitoral) que ficará arquivado no cartório eleitoral pelo tempo
disposto em resolução.

Res. 21.538, Art. 24, § 1º O título será entregue, no cartório ou no posto


de alistamento, pessoalmente ao eleitor, vedada a interferência de
pessoas estranhas à Justiça Eleitoral.

> Partidos Políticos na Resolução 21.538

Art. 27. Os partidos políticos, por seus delegados, poderão:


I – acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, revisão,
segunda via e quaisquer outros, até mesmo emissão e entrega de títulos
eleitorais, previstos nesta resolução;
II – requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir
a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida;
III – examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos
servidores designados, os documentos relativos aos pedidos de
alistamento, transferência, revisão, segunda via e revisão de eleitorado,
deles podendo requerer, de forma fundamentada, cópia, sem ônus para
a Justiça Eleitoral.
Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de cancelamento
de inscrição deverá ser comunicada por escrito ao juiz eleitoral, que
observará o procedimento estabelecido nos arts. 77 a 80 do Código
Eleitoral.

# Diz a norma que os Partidos Políticos poderão nomear delegados:

- Três perante o juízo eleitoral

- Esses três poderão atuar, mas não atuaram concomitantemente.

Art. 28. Para os fins do art. 27, os partidos políticos poderão manter até
dois delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral e até três delegados
em cada zona eleitoral, que se revezarão, não sendo permitida a atuação
simultânea de mais de um delegado de cada partido.
§ 1º Na zona eleitoral, os delegados serão credenciados pelo juiz
eleitoral.
§ 2º Os delegados credenciados no Tribunal Regional Eleitoral poderão
representar o partido, na circunscrição, perante qualquer juízo eleitoral.

- A Resolução dos Partidos Políticos, feita pelo TSE, dirá que são 3
delegados frente ao juízo eleitoral (zona eleitoral), 4 delegados frente ao
TRE e 5 delegados frente ao TSE.

# Poderão fiscalizar:

a) Atos de alistamento, transferência, revisão e 2ª via.

b) Analisar a documentação referente a esses atos desde que o faça na


presença de servidor da justiça eleitoral.

c) Podem fazer requerimento de cancelamento de inscrição de eleitor


cuja inscrição seja ilícita.

d) Assumir a defesa de eleitor em processo de cancelamento ou


exclusão.

> Cadastro Eleitoral

# Dirá quais são os eleitores de cada zona

# É acessível nos termos da resolução, mas interpretando essa


resolução 21.538 percebe-se que esse acesso é apenas a dados
estatísticos.
# Dentro desse cadastro a informações individualizadas de cada eleitor.
Essas informações são chamadas de informação personalizadas.

- Em regra, é proibido a acesso a essas informações.

- Exceções: Pedido do próprio eleitor


Aos magistrados e membros do Ministério Público no
exercício de suas funções.
Entidade conveniada com a Justiça Eleitoral, desde que haja
reciprocidade.
Lei 9096 – Partidos Políticos em referência aos seus filiados.

Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão acessíveis


às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas, nos termos desta
resolução (Lei nº 7.444/85, art. 9º, I).
§ 1º Em resguardo da privacidade do cidadão, não se fornecerão
informações de caráter personalizado constantes do cadastro eleitoral.
§ 2º Consideram-se, para os efeitos deste artigo, como informações
personalizadas, relações de eleitores acompanhadas de dados pessoais
(filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, escolaridade,
telefone e endereço).
§ 3º Excluem-se da proibição de que cuida o § 1º os pedidos relativos a
procedimento previsto na legislação eleitoral e os formulados:
a) pelo eleitor sobre seus dados pessoais;
b) por autoridade judicial e pelo Ministério Público, vinculada a utilização
das informações obtidas, exclusivamente, às respectivas atividades
funcionais;
c) por entidades autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, desde que
exista reciprocidade de interesses (Lei nº 7.444/85, art. 4º).

> Cancelamento de Inscrição Eleitoral

# Caso o nome do eleitor tenha o seu nome tirado desse cadastro, deixa
de ser eleitor e por consequência cidadão, não podendo assim exercer
os seus direitos políticos

# Quando se fala em cancelamento, para o Código Eleitoral é sinônimo


de exclusão.

# Já na Resolução 21538 a exclusão vai ocorrer após 6 anos do


cancelamento. Sendo assim não são institutos iguais.

- Apesar de cancelada a inscrição ainda estaria no sistema, sendo assim


se a pessoa requeresse novamente receberia o mesmo número de
inscrição.
- Já na exclusão a inscrição é expurgada do sistema, sendo assim caso a
pessoa requeira novamente será dado um novo número de inscrição.

# Hipóteses de Cancelamento

Art. 71. São causas de cancelamento:


I - a infração dos artigos. 5º e 42;
II - a suspensão ou perda dos direitos políticos;
III - a pluralidade de inscrição;
IV - o falecimento do eleitor;
V - deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas
§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo
acarretará a exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex officio , a
requerimento de delegado de partido ou de qualquer eleitor.
§ 2º No caso de ser algum cidadão maior de 18 (dezoito) anos privado
temporária ou definitivamente dos direitos políticos, a autoridade que
impuser essa pena providenciará para que o fato seja comunicado ao juiz
eleitoral ou ao Tribunal Regional da circunscrição em que residir o réu.
§ 3º Os oficiais de Registro Civil, sob as penas do Art. 293, enviarão, até
o dia 15 (quinze) de cada mês, ao juiz eleitoral da zona em que
oficiarem, comunicação dos óbitos de cidadãos alistáveis, ocorridos no
mês anterior, para cancelamento das inscrições.
§ 4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de
uma zona ou município, o Tribunal Regional poderá determinar a
realização de correição e, provada a fraude em proporção
comprometedora, ordenará a revisão do eleitorado obedecidas as
Instruções do Tribunal Superior e as recomendações que,
subsidiariamente, baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições
correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão

- Infração do art. 5º: Pessoas que possui inscrição eleitoral cujo


alistamento é proibido. Esse artigo não foi recepcionado pela CF. Apenas
os estrangeiros, conscritos no serviço militar obrigatório e aqueles que
estejam com os seus direitos políticos suspensos ou perdidos são
proibidos de se alistarem enquanto durar a causa da proibição.

- Infração do art. 42: A interpretação que se faz sobre domicílio eleitoral.


A inscrição deverá ser cancelada quando não corresponder ao domicílio
eleitoral daquela pessoa.

- Acontece a partir do momento que CF determina que o sufrágio é


universal, sendo, portanto, igual. Sendo assim cada voto terá o mesmo
peso, o mesmo valor. Sendo assim um eleitor só pode ter uma inscrição
já que se o contrário fosse o peso dos votos não seriam iguais.
- Batimento: Sistema utilizado pela justiça eleitoral para identificar e
expurgar inscrição eleitoral em pluralidade. Quem declara o
cancelamento é a justiça eleitoral, o batimento só aponta a pluralidade.

Res. 21.538, Art. 33. O batimento ou cruzamento das informações


constantes do cadastro eleitoral terá como objetivos expurgar possíveis
duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais e identificar
situações que exijam averiguação e será realizado pelo Tribunal Superior
Eleitoral, em âmbito nacional.
§ 1º As operações de alistamento, transferência e revisão somente serão
incluídas no cadastro ou efetivadas após submetidas a batimento.
§ 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade ficará sujeita a
apreciação e decisão de autoridade judiciária.
§ 3º Em um mesmo grupo, serão sempre consideradas não liberadas as
inscrições mais recentes, excetuadas as inscrições atribuídas a gêmeos,
que serão identificadas em situação liberada.
§ 4º Em caso de agrupamento de inscrição de gêmeo com inscrição para
a qual não foi indicada aquela condição, essa última será considerada
não liberada.

- No que tange a pluralidade:

a) Mesma zona: a competência para decidir sobre essa pluralidade no


âmbito administrativo eleitoral para o cancelamento de todas até que
permaneça só uma é do juiz eleitoral.

b) Zonas diversas dentro do mesmo Estado: a competência será do


Corregedor Regional Eleitoral.

c) Estados Diferentes: a competência será do Corregedor Geral


Eleitoral.

- Preferência de Cancelamento no caso de pluralidade:

a) Deverá ser cancelada preferencialmente a inscrição mais recente


realizada de forma contrária as instruções em vigor, segundo a Res.
21.538.

b) Não sendo possível a primeira forma de cancelamento, deverá ser


cancelada a que não corresponde ao domicílio eleitoral. Essa é a
primeira do Código Eleitoral.

c) Se ambas corresponderem ao domicílio eleitoral, deverá ser cancelada


a que não foi entregue pelo Cartório Eleitoral.
d) Caso todas tenham sido entregues, deverá ser cancelada aquela que
não foi utilizada na última votação.

e) Se nenhuma das anteriores forem usadas, deverá ser cancelada


aquela que seja mais antiga.

- A pluralidade de inscrição também é tipificada como crime eleitoral. O


cancelamento é administrativo. A competência dos aspectos penais da
pluralidade será sempre do juiz eleitoral da inscrição eleitoral mais
recente.

Res. 21.534, Art. 44. A competência para decidir a respeito das


duplicidades e pluralidades, na esfera penal, será sempre do juiz
eleitoral da zona onde foi efetuada a inscrição mais recente.

- O Código Eleitoral declara que os oficiais de Registro Civil têm por


obrigação informar até o dia 15 de cada mês os óbitos de prováveis
eleitores ocorridos no mês anterior.

- Já que o inciso fala de três eleições consecutivas, caso o eleitor deixe


de votar em três eleições não consecutivas está em debito com a justiça
eleitoral, mas não dará causa ao cancelamento de sua inscrição.

- A justiça eleitoral possui uma interpretação mais ampla ao que se refere


“três eleições” dizendo que para o efeito do cancelamento cada turno de
uma eleição é considerado como eleição autônoma.

- Plebiscitos e referendos para o efeito do cancelamento são


considerados também como eleição.

- O cancelamento nesse caso se dá 6 meses após a terceira ausência


consecutiva.

- Quando se diz “deixar de votar” significa deixar de cumprir suas


obrigações eleitorais através do:

a) Voto

b) Justificativa Eleitoral

c) Pagamento de multa

- A Justificativa Eleitoral poderá ocorrer:

i) Até 60 dias da realização da eleição


ii) Até 30 dias do retorno do eleitor que estava fora do país.

- A Resolução 21.534 informa que há diferença entre a justificativa feita


no dia da eleição e a da feita até 60 dias depois da realização da eleição.
A justificativa no dia da eleição prova que o eleitor não estava no seu
local de domicílio eleitoral sendo o juiz eleitoral obrigado a aceitá-la. Já a
justificativa apresentada posteriormente o juiz eleitoral ainda vai analisá-
la podendo deferir ou não.

- Quem não justifica deverá pagar multa. O Código Eleitoral afirma que
essa multa será de 3% a 10% do salário mínimo. Mas o salário mínimo
não poderá ser utilizado como indexador dessa situação. Hoje a multa
será de 3% a 10% do valor de referencia usado pela justiça eleitoral que
é de R$ 35,14.

- A Resolução 21.534 informa que a pessoa que não pode pagar, não
tem condições de subsistência, essa multa poderá ficar isenta.

- A Res. 21.534 informa que estão excluídos da possibilidade de


cancelamento aqueles que por disposição Constitucional não estejam
obrigados a votar

Art. 80, § 6º Será cancelada a inscrição do eleitor que se abstiver de


votar em três eleições consecutivas, salvo se houver apresentado
justificativa para a falta ou efetuado o pagamento de multa, ficando
excluídos do cancelamento os eleitores que, por prerrogativa
constitucional, não estejam obrigados ao exercício do voto.

# Procedimento do Cancelamento:

- Instauração:

a) De ofício

b) Mediante requerimento do Ministério Público Eleitoral

c) Mediante requerimento de Partido Político

d) Mediante requerimento de qualquer eleitor

- Após o requerimento é publicado edital para que em 10 dias seja


oferecida uma Defesa Escrita em 5 dias pelo:

i) Excluendo

ii) Partidos Políticos


iii) Por qualquer eleitor

- Após essa defesa, caso seja necessário, poderá haver uma dilação
probatória que será realizada entre 5 a 10 dias.

- Após a dilação probatória será realizado Julgamento em 5 dias após a


conclusão dos autos.

- Enquanto não houver julgamento, o eleitor que está respondendo a


processo de cancelamento poderá exercer sua cidadania em todos os
seus termos.

- Do Julgamento cabe recurso ao TRE no prazo de 3 dias, interposto por:

i) Ministério Público Eleitoral

ii) Partidos Políticos

iii) Excluendo

- Esse processo também é chamado de Processo Individual de


Cancelamento, já que para cada inscrição que deva ser cancelada há
necessidade de instauração de um processo autônomo.

- Enquanto o processo não chegar ao seu final o eleitor poderá continuar


votando validamente. Só deixará de votar quando a decisão for
prolatada.

- Quando a decisão for prolatada o eleitor sairá do rol de eleitores já que


o recurso que pode ser interposto não tem efeito suspensivo.

- Quando for constatado indício de fraude deve ser realizada uma


Correição, mas se nessa Correição se perceber a existência de fraude
em proporção comprometedora deverá ser iniciado a Revisão do
Eleitorado

> Revisão do Eleitorado

# Será feita pelo TRE ou pelo TSE

# Processo Coletivo de Cancelamento de Inscrições

# Poderá ser determinada pelo TRE:


- É necessário analise de aspectos subjetivos que resultam em um
conceito jurídico indeterminado.

- Esse conceito indeterminado é o de fraude comprometedora.

Res. 21.534, Art. 58. Quando houver denúncia fundamentada de fraude


no alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional Eleitoral
poderá determinar a realização de correição e, provada a fraude em
proporção comprometedora, ordenará, comunicando a decisão ao
Tribunal Superior Eleitoral, a revisão do eleitorado, obedecidas as
instruções contidas nesta resolução e as recomendações que
subsidiariamente baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições
correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão
(Código Eleitoral, art. 71, § 4º).

# Poderá ser determinada pelo TSE

- Para o TSE determinar a Revisão do Eleitorado vai se utilizar de


aspectos objetivos determinados por norma.

- Número de eleitores maior do que 65% da população.

- Número de transferências superior em 10% em relação ao ano anterior

- Numero de eleitores maior que a soma do dobro da população entre 10


e 15 anos, com a população com idade maior que 70 anos.

Res. 21.538, Art. 58, § 1º O Tribunal Superior Eleitoral determinará, de


ofício, a revisão ou correição das zonas eleitorais sempre que:
I – o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja
dez por cento superior ao do ano anterior;
II – o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze
anos, somada à de idade superior a setenta anos do território daquele
município;
III – o eleitorado for superior a sessenta e cinco por cento da
população projetada para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) (Lei nº 9.504/97, art. 92).

- O TSE entende que só haverá Revisão do Eleitorado feita por ele


quando ocorrer às três situações objetivas.

# Processo de Revisão do Eleitorado

- Não poderá ocorrer no ano da eleição segundo a norma. Mas o TSE


entende que se a situação de fraude for muito grave poderá ocorrer
revisão mesmo em ano de eleição.
- Essa Revisão poderá ser determinada pelo TSE ou TRE, mas sempre
será presidida pelo Juiz Eleitoral.

- Será iniciada no prazo de 30 dias no máximo contado da sua


determinação.

- Terá duração de no mínimo 30 dias após sua iniciação, podendo ser


dilatado.

- Deverá haver divulgação 5 dias antes do início da Revisão. Devendo


essa divulgação ser a mais ampla possível.

- Se o eleitor não comparecer para provar sua situação de eleitor sua


inscrição será cancelada.

- O eleitor poderá ir ao Cartório Eleitoral ou aos Postos de Revisão que


deverão funcionar por no mínimo 6 horas diárias de Segunda a Sábado.
Os postos de revisão poderão funcionar nos domingos e feriados se
houver necessidade.

- O comparecimento do eleitor deverá ser pessoal e deverá comparecer


munido de:

a) Carteira de Identificação com foto

b) Título Eleitoral

c) Comprovante de Residências.

- É feito um parecer do Ministério Público Eleitoral onde se retorna ao juiz


para proferimento de decisão.

- Essa decisão trará o cancelamento de todas as inscrições que não


forem Revistas.

- Dessa decisão caberá recurso ao TRE no prazo de 3 dias. Esse recurso


só poderá versar sobre os cancelamentos realizados. Será interposto em
autos apartados.

- O Juiz elaborará um relatório e o remeterá junto aos recursos ao


Corregedor Regional, mesmo que a Revisão tenha sido designada pelo
TSE.

- O Corregedor Regional poderá:


a) Determinar retificar de alguma coisa

b) Remete ao pleno do TRE que realizará o julgamento homologando ou


não a decisão do juiz.

- A decisão de cancelamento das inscrições não revisadas só começa a


produzir efeitos com a homologação do TRE.

Obs.: Uma vez cessada a causa do cancelamento ou da exclusão o


eleitor poderá requerer novamente o seu alistamento eleitoral.

 Elegibilidade

> Relacionada com a capacidade eleitoral passiva

> Elegibilidade é o conjunto de requisitos que são necessários para o


exercício da capacidade passiva. O “jus honorum”

# Esses requisitos podem ser trazidos pela Constituição Federal, por Lei
Ordinária e por Resolução do TSE (divergência doutrinária, alguns
doutrinadores dizem que as resoluções trazem apenas condições de
registrabilidade).

- Condições de Registrabilidade seriam os documentos necessários para


a comprovação a condição de elegibilidade.

> Requisitos Constitucionais para aquisição da Capacidade Passiva:

1 – Nacionalidade Brasileira

2 – Gozo dos Direitos Políticos

# Não poderá estar submetida a nenhuma causa de suspensão ou perda


de direito político

3 – Alistamento Eleitoral

4 – Domicílio Eleitoral que deve existir na circunscrição do pleito eleitoral.

# Deve existir 1 ano antes das Eleições

5 – Filiação Partidária

# É um vínculo existente entre um cidadão e um partido político.


# Toda candidatura se dará por intermédio de um partido político.

- Não se admite a chamada “candidatura avulsa”

# A filiação deve existir 6 meses antes das eleições

# Situações especiais da filiação de 1 ano

a) Membros do Ministério Público, Magistrados, membros dos Tribunais


de Conta  Perdeu a importância esse comentário já que com a
alteração da lei o prazo de desincompatibilização de 6 meses é o mesmo
de filiação atual. A única exceção que ainda não pode enxergar é para
concorrer a prefeito ou vice que o prazo para desincompatibilização é de
4 meses.

- São proibidos, pela CF, de filiação partidária.

- Caso queiram concorrer a mandatos eletivos é necessário renunciar


aos seus cargos. Não podem apenas se afastar temporariamente.

Obs.: O TSE entende que para membros do Ministério Público essa


proibição e necessidade de renuncia se aplicam tanto para aqueles que
adentraram no serviço antes ou depois da Emenda 45.

- Eles podem renunciar dos seus cargos até o prazo de


desincompatibilização. Sendo a desincompatibilização o afastamento em
definitivo ou temporário de certas funções determinadas em norma no
prazo previsto, porque se não houver esse afastamento incidirá uma
inelegibilidade.

- Esse prazo de desincompatibilização se dar, em regra, 6 meses antes


do pleito eleitoral.

- Após a renúncia eles poderão se filiar a partido político.

- No mesmo prazo da desincompatibilização ocorrerá a filiação.

Obs.: O artigo 366 do Código Eleitoral proíbe que os servidores da


justiça eleitoral exerçam qualquer atividade político-partidária e se filiem
a partido político. Não valendo essa regra estudada a cima. Nesse caso,
para o TSE o servidor deverá pedir exoneração a tempo de estar filiado a
1 ano antes das eleições.

b) Militares

# Os militares que são alistáveis podem se filiar a partido político.


# Os que não podem se filiar são os conscritos em serviço obrigatório

# Condições para a filiação do militar:

- Se o militar tiver menos de 10 anos de serviço, ele deve pedir


afastamento definitivo.

- O TSE informa que na convenção partidária o militar deve pedir para se


candidatar pelo partido. Caso o partido concorde registrará a candidatura
desse militar. Quando ocorrer o deferimento do registro da candidatura, o
militar se afastará definitivamente do seu posto e se filiará ao partido.

- O militar com mais de dez anos de serviço será agregado pela


autoridade competente passando para a inatividade automaticamente
após a sua diplomação caso seja eleito.

- Ser agregado significa uma espécie de licença onde o militar perde o


seu posto, mas mantém a patente. Sendo assim o afastamento é
temporário.

- É a única hipótese do direito brasileiro onde alguém concorre a


cargo político sem estar filiado a partido.

- Essa candidatura do militar com mais de 10 anos de serviço não é


considerada candidatura avulsa, já que ele deverá participar da
convenção do partido e pedir para se candidatar. O partido, caso aceite,
irá requerer o registro da candidatura. Apenas quando está for deferida é
que o militar será agregado. Participará das eleições sem estar filiado.
Caso eleito, na sua diplomação passará para inatividade deixando assim
de ser militar devendo se filiar ao mesmo partido com o qual concorreu e
foi eleito, sob pena de perda de mandato por infidelidade partidária.
Sendo assim, mesmo não estando filiado, o militar participa das eleições
por intermédio de um partido, por isso não é candidatura avulsa.

6 – Idade Mínima.

# Deverá ser verificada com base na data da posse, exceto quando essa
idade mínima for de 18 anos, hipótese em que deverá ter como base o
último dia para pedido de registro de candidatura.

- Porque como a base era a posse poderia um menor de idade cometer


crime eleitoral durante a eleição para vereador e não seria da
competência da justiça eleitoral julgar ato infracional cometido por ele.

# 35 anos: Presidente, vice-presidente e Senador


# 30 anos: Governador e vice-governador

# 21 anos: Deputado Federal, Deputado Estadual, Prefeito, Vice-prefeito


e Juiz de Paz.

Obs.: As condições de elegibilidades do Juiz de Paz são de lei federal. O


STF entende que o Juiz de Paz deve cumprir todas as condições de
elegibilidade, inclusive o de filiação a partido político.

# 18 anos: Vereador

Obs.: Convenção partidária e quitação eleitoral são condições de


elegibilidade infraconstitucionais.

 Inelegibilidades

> O TSE segue a Teoria Tradicionalista das Inelegibilidades

# Para esta teoria não se pode confundir elegibilidade com


inelegibilidade. Enquanto a elegibilidade é o conjunto de requisitos
necessário para o exercício da capacidade eleitoral passiva. A
Inelegibilidade é o conjunto de causas que impedem a capacidade
eleitoral passiva.

# Essas Inelegibilidades só poderão ser previstas pela Constituição


Federal e por Lei Complementar.

# Por causa dessa teoria, o TSE tem uma interpretação extremamente


literal, por exemplo, afirma que não cabe ação rescisória eleitoral em
caso de condições de elegibilidade.

> Classificação

a) Inelegibilidade Absoluta

# Ocorre quando o impedimento para concorrer abrange todos os cargos


eletivos.

Ex.: Anafalbetismo.

b) Inelegibilidade Relativa

# Ocorre quando o impedimento ocorre apenas para certos cargos


públicos.
Ex.: Reeleição:

> Reeleição

# Para mandato do legislativo essa reeleição pode ocorrer de maneira


indeterminada, mas para o executivo será no máximo dois mandados
consecutivos.

CF, Art. 14. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado


e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único
período subseqüente.

# Quando o vice sucede o chefe do executivo durante seis meses antes


das eleições é considerado chefe do executivo durante esse período e
assim sendo incide por ele os impedimentos da reeleição.

Ex.: Tempos um prefeito e um vice, no primeiro mandato o vice sucede o


prefeito durante seis meses antes das eleições e no segundo mandato
ocorre à mesma coisa. Entende-se que esse vice após o segundo
mandato não poderá concorrer para prefeito, porque foi considerado
como chefe do executivo por dois mandatos consecutivos.

# Existe uma decisão do TSE, que não teve repercussão, contrária a


esse entendimento: Ac. TSE de 17.10.13, no Agravo Regimental no
Recurso Especial Eleitoral nº 374-42, Maringá/PR, O Plenário do Tribunal
Superior Eleitoral, por maioria, assentou que vice-prefeito reeleito,
mesmo que tenha substituído o prefeito em ambos os mandatos, poderá
se candidatar ao cargo de prefeito na eleição subsequente. O
entendimento de que o vice não poderia se candidatar só ocorreria em
caso se sucessão.

# O que se entende, majoritariamente, é que vice que sucede ou substitui


o chefe do executivo pelos últimos 6 meses em dois mandatos
considerasse que efetivamente foi chefe do executivo incidindo os
impedimentos da reeleição.

# Chefe do executivo reeleito não poderá se candidatar na eleição


subsequente a cargo de vice. Porque bastaria que o prefeito renunciasse
para ele se tornar prefeito uma terceira vez.

# Prefeito Itinerante: Ocorria quando Prefeito após reeleição em


determinado município A se candidatava como prefeito no município B.
A partir de 2008 o TSE mudou o seu
entendimento. O TSE passou a entender que quando se fala de cargo de
chefe do executivo, ele vai exercer o mesmo cargo independentemente
de que município ele esteja administrando. Sendo assim se o sujeito foi
prefeito por dois mandatos no município A não poderá se candidatar
subsequentemente a mandato no município B.
Caso o sujeito exerça o cargo de prefeito no
município A e depois mais um mandato no município B. Nesse caso não
poderia concorrer a prefeito nas eleições seguintes, pois já realizou dois
mandatos de prefeito consecutivos.
Esse novo posicionamento segue ao princípio
da anuidade sendo aplicado apenas nas eleições seguintes já que o
posicionamento afetou o processo eleitoral.

> Incompatibilidade

# É uma espécie de inelegibilidade em virtude do exercício de certa


função em um período vedado pela lei.

- Essas funções devem estar presentes na Constituição ou em Lei


Complementar, se houver silêncio da legislação não como se pedir o
afastamento daquela pessoa daquela função.

- Princípio da Atipicidade Eleitoral ou in dubio pro candidato: qualquer


restrição a direito político deve vim expressa na ordem jurídica.

# Desincompatibilização: Afastamento no período previsto em lei para


assim evitar a inelegibilidade. Podendo ser definitiva ou temporária.

CF, Art. 14. § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da


República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses
antes do pleito.

- Presidente da República, o Governador de Estado ou DF e o Prefeito


caso queriam concorrer para outros cargos deverão renunciar ao cargo
atual 6 meses antes das eleições.

- Como a inelegibilidade é uma restrição aos direitos políticos deve ser


interpretada restritivamente. Sendo assim não se estende aos seus
vices.

- Os vices, deputados federais e estaduais, senadores e vereadores não


precisam desincompatibilizar.

- Os chefes do executivo necessitam de desincompatibilização quando


concorrem para outros cargos. Caso concorram à reeleição não é
necessário.
# Lei Complementar 64/1990 – Lei das Inelegibilidades

- Ela traz inúmeras outras formas de desincompatibilização

- Quando for necessária a desincompatibilização, ela ocorrerá em regra


no prazo de 6 meses antes das eleições.

Obs.: Observando a jurisprudência do TSE no caso de Presidente do


Partido Político e de Proprietário de Empresas de Radio e Televisão a
desincompatibilização não é necessária, já que a lei não se refere a eles.

- Exceções ao prazo de 6 meses:

1 – LC 64/90, Art. 1ª, II, g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses
anteriores ao pleito, ocupado cargo ou função de direção,
administração ou representação em entidades representativas de
classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas
pelo poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela
Previdência Social;

Obs.: O TSE decidiu que o conselheiro da OAB não necessita


desincompatibilizar. Porque apesar da OAB sendo entidade
representativa de classe e que receba valores próprios do poder público,
o cargo de conselheiros não era cargo de direção, administração ou
representação.

2 – LC 64/90. Art. 1º, II, l) os que, servidores públicos, estatutários ou


não, dos órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos
Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público,
não se afastarem até 3 (três) meses anteriores ao pleito, garantido o
direito à percepção dos seus vencimentos integrais;  Esse
afastamento será temporário, como regra, exceto o Servidor Pública
que possui apenas cargo de comissão devendo esse se afastar
definitivamente 3 meses antes do pleito.

Exceção da exceção da alinha “l”: d) os que, até 6 (seis) meses antes


da eleição, tiverem competência ou interesse, direta, indireta ou
eventual, no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos,
taxas e contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais,
ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades;  Mesmo
sendo servidores terá o prazo de 6 meses.

3 – LC 64/90. Art. 1º, IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:


a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis
para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República,
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal,
observado o prazo de 4 (quatro) meses para a desincompatibilização; 
Para concorrer para o cargo de Prefeito e vice-prefeito a
desincompatibilização 4 meses antes do cargo, se para os demais
cargos a desincompatibilização for de 6 meses. Se for servidor público
continua sendo de 3 meses.
b) os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em
exercício na Comarca, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, sem
prejuízo dos vencimentos integrais;  O final do artigo hoje só se
refere a defensoria, já que após a Emenda 45 os membros do MP foram
proibidos de exercer atividade político-partidária.
c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no
Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito;  Por ser servidor
normalmente seria de 3 meses, mas a norma afirma que com exercício
no município será de 4 meses.

> Inelegibilidade Reflexa ou por parentesco

# O Cônjuge ou companheiro e os parentes até 2º grau por afinidade ou


consaguinidade do Presidente da República, Governador e do Prefeito
são inelegível dentro do seu território de jurisdição.

- Essa inelegibilidade trás uma presunção absoluta de que esse


parentesco em relação ao chefe do executivo trás um abuso do poder
político-econômico desse parente.

- É uma presunção absoluta com um vinculo objetivo que seria o


parentesco.

- O TSE já entendia que a união estável de relação homoafetivas se


enquadrava nessa inelegibilidade antes mesmo das decisões do STF e
STJ.

- O TSE afirma a inelegibilidade reflexa em relação à concubina do chefe


do executivo, mas não em relação à família dessa.

- Como o parentesco é até o 2º grau, não alcança a relação entre tios e


sobrinhos.

- Como deve ser realizada uma interpretação restritiva do tema não


ocorrerá inelegibilidade reflexa para cônjuge, companheiro ou parentes
do vice-prefeito, vice-governador ou vice-presidente, senador, deputado
e vereador.
- No caso do vice, para que não haja inelegibilidade reflexa ele não
poderá substituir ou suceder o chefe do executivo nos seis meses antes
do pleito.

- Essa inelegibilidade só ocorrerá no território de jurisdição do titular.

- Caso o meu pai seja prefeito do município A, eu só não poderei me


candidatar naquele município podendo concorrer no município B. Caso
meu pai seja governador do estado A poderei me candidatar por outro
Estado. Pelo Estado A não poderei concorrer nem para senador nem
deputado estadual. Já no caso do presidente o parente é inelegível para
todos os cargos.

- A inelegibilidade reflexa sempre ocorrer do maior território de jurisdição


ao menor. Sendo assim se a esposa for prefeita do município A o marido
poderá concorrer a governador no estado que o município faz parte.

# Forma de evitar a inelegibilidade reflexa

a) O Chefe do Poder Executivo poderá renunciar seu mandato 6 meses


antes do pleito eleitoral.

b) Não é aplicável quando o parente for titular de mandato eletivo


concorrendo à reeleição.

Obs.: A inelegibilidade reflexa não existe se ainda não estiver no cargo.


Ou seja, o marido pode concorrer para prefeito e a mulher na mesma
eleição pode concorrer a vereadora.

# É possível que o cônjuge ou companheiro e os parentes de 2º grau


suceda o Chefe do Executivo se:

- O Chefe do Executivo renuncie 6 meses antes do pleito eleitoral

- E é necessário que o Chefe do Executivo ainda esteja no seu 1º


mandato para evitar a perenização de casta hereditária no poder.

Ex.: Governador no 1º Mandato renunciou 6 meses antes do pleito 


Sua Esposa concorre e ganha, mas esse já é considerado o seu 2º
mandato  Após seu mandato nem o primeiro governador pode se
candidatar nem ela poderia concorrer a reeleição.

# O divórcio e a separação judicial ocorrida no curso do mandato,


mantém para fins eleitorais o vinculo conjugal até o final daquele
mandato.
Ex.: O prefeito se divorcia da esposa durante o curso do mandato. O
prefeito concorre à reeleição, mas nesse segundo mandato o vinculo
conjugal não mais existe. Nas próximas eleições a ex-esposa poderia
concorrer a eleição como se fosse no seu primeiro mandato.

Obs.: Hoje a Lei Complementar 64/90 alterada pela Lei Complementar


135 acabou acrescentando uma hipótese de inelegibilidade combinada
quando o cidadão desfaz ou simula desfazer vinculo conjugal para
descaracterizar a inelegibilidade.

- Súmula Vinculante 18 STF: A dissolução da sociedade ou do vínculo


conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no §
7º do art. 14 da Constituição Federal.

> Inelegibilidades Combinadas

# Segundo os tribunais superiores a inelegibilidade não são sanções, não


é pena.

# O Art. 1º, I, a é caso de inelegibilidade absoluta. O resto é


inelegibilidade combinada.

Art. 1º São inelegíveis:


I - para qualquer cargo:
a) os inalistáveis e os analfabetos;  As resoluções do TSE entende que
entre os documentos para a registro de candidatura se inclui o histórico
escolar ou outra prova de escolaridade. Se não possuir essas provas
deverá fazer uma declaração de próprio punho afirmando sua
alfabetização ou o juiz eleitoral fazer uma prova com o candidato. O
analfabetismo funcional não é caso de inelegibilidade.
 Súmula 15 TSE: “O exercício de
cargo eletivo não é circunstância suficiente para, em recurso especial,
determinar-se a reforma de decisão mediante a qual o candidato for
considerado analfabeto.” O exercício anterior de mandato eletivo não trás
consigo presunção absoluta de alfabetização.
 O TSE entende que se o registro
de candidatura é feito apresentando-se a carteira nacional de habilitação
ocorrerá uma presunção de alfabetização, já que só poderá ser condutor
aquele que for alfabetizado.
b) os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da
Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os
respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II
do art. 55 da Constituição Federal, dos dispositivos equivalentes sobre
perda de mandato das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos
Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem
durante o período remanescente do mandato para o qual foram
eleitos e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura; 
Essa perda de mandato é determinado pelo Poder Legislativo e não pela
justiça eleitoral.
 Temos por consequência dessa perda de mandado a
inelegibilidade. Ocorrerá pelo período remanescente do mandato e nos
oito anos subsequentes.
c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o
Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por
infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do
Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se
realizarem durante o período remanescente e nos 8 (oito) anos
subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos; 
Será o legislativo que decretara esse impeachment que decorrerá perda
de mandato que decorrerá inelegibilidade que terá duração pelo período
remanescente do mandato e nos oito anos subsequentes.

Obs.: Quando se fala do impeachment do Presidente da República a


consequência é a Inabilitação, que seria a proibição de no prazo de 8
anos exercer qualquer função pública. É mais grave que a
inelegibilidade, já que nela só se perde a capacidade política passiva
enquanto a inabilitação proíbe inclusive qualquer função alcançada
através de eleições e concurso público ou nomeação em comissão.

d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente


pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida
por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder
econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido
diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes;  Abuso do poder político ou econômico que é assim
indicado pela justiça eleitoral na forma da lei e isso irá tornar a pessoa
inelegível.
 Hoje não é necessária a decisão transitada em julgado. A
inelegibilidade poderá surgir por decisão proferida por órgão colegiado da
justiça eleitoral.
 Pelo período de 8 anos seguintes a eleição.
 Mesmo que a decisão que proferir essa inelegibilidade
ocorra em dada posterior começa a contar o prazo da eleição na qual
ocorrer o abuso.
 Ac,-TSE, de 04/09/2012, no REspe nº 18984: incidência
da norma prevista nesta alínea ainda que se trata de condenação
transitada em julgado referente a eleição anterior vigente da LC
135/2010. Já que não se trata de sanção.

Obs.: O TSE entender que os oito anos são contados da data da eleição.
De data a data. Independentemente de quando tenha sido prolatada a
decisão que impôs a inelegibilidade. Ac.-TSE, de 29.5.2014, na Cta nº
43344: o prazo de inelegibilidade desta alínea inicia-se na data da
eleição do ano da condenação e expira no dia de igual número de início
do oitavo ano subsequente.

e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou


proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o
transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos
crimes:  Não se pode confundir perda e suspensão de direitos
políticos com a inelegibilidade. Na perda ou suspensão existe a
incapacidade de exercício da capacidade eleitoral ativa e passiva.
Enquanto na inelegibilidade é apenas do exercício da capacidade
passiva, continua exercendo sua capacidade ativa.
 Com a prática qualquer crime, enquanto a pena não for
integramente cumprida haverá suspensão dos direitos políticos.
Acabando essa independente de prova de reabilitação ou indenização
dos danos se volta a ter direitos políticos.
 A norma considera alguns crimes mais graves e após o
cumprimento da pena ocorrerá uma inelegibilidade pelos 8 anos
seguintes ao cumprimento da pena. Sendo assim teria de volta sua
capacidade ativa, mas não a capacidade passiva.
 Essa inelegibilidade não ocorrerá nos crimes considerados de
menor potencial ofensivo, quando for Crime Culposo e crime de Ação
Penal Privada.
1. Contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o
patrimônio público;  Ac,-TSE, de 4.10.2012, no Respe nº 12922: os
crimes contra a administração e o patrimônio públicos abrangem os
previstos na Lei de Licitações.
2. Contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de
capitais e os previstos na lei que regula a falência
3. Contra o meio ambiente e a saúde pública;
4. Eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de
liberdade;
5. De abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à
perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública;
6. De lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;
7. De tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo
e hediondos;
8. De redução à condição análoga à de escravo;
9. Contra a vida e a dignidade sexual;
10. Praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;

§ 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo não se


aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor
potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada.
f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele
incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos;  Deve ser declarada pelo
Tribunal Militar em condenação de militar a pena privativa de liberdade
superior a dois anos. A Declaração de Inidoneidade ou Incompatibilidade
com o Oficialato. A declaração deve ser feita com a sentença.

g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou


funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que
configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão
irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou
anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8
(oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se
o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os
ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem
agido nessa condição;  Contas Rejeitadas do administrador do direito
público.
 Essas contas foram rejeitadas por causa de vício insanável
e que se constitui em Ato Doloso de Improbidade Administrativa.
 Cabe ao TSE qualificar se de fato o ato é doloso de
improbidade não se vinculando ao argumento usado pelo órgão que
rejeitou as contas.
 Essas contas foram rejeitadas pelo órgão competente por
decisão irrecorrível.
 Quando essa inelegibilidade ocorre será por 8 anos
contados da decisão.
 Essa inelegibilidade não ocorrerá caso tenha o judiciário
tenha concedido decisão liminar ou final que tenha suspendido ou
anulado a decisão irrecorrível do órgão competente na rejeição de
contas.
 Nesse caso não basta o ajuizamento da ação. É
necessário que se obtenha um provimento judicial, ainda que esse
provimento seja liminar.
 Entende-se que esse final da alínea não se aplica ao chefe
do executivo. Ac.-TSE de 25.9.2012, no Respe nº 12061; de 8.9.2010, no
RO nº 75179: a ressalva final constante desta alínea de que se aplica o
disposto no art. 71, II, da CF/88 a todos os ordenadores de despesa, sem
exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição, não
alcança os chefes do Poder Executivo.
 Não há bis in idem nesse caso. “Inclusão em lista para
remessa ao órgão da Justiça Eleitoral do nome do administrador público
que teve suas contas rejeitadas pelo TCU, além de lhe ser aplicada a
pena de multa. Inocorrência de dupla punição, dado que a inclusão do
nome do administrador público na lista não configura punição.
Inelegibilidade não constitui pena. Possibilidade, portanto, de aplicação
da lei de inelegibilidade, LC 64/1990, a fatos ocorridos anteriormente a
sua vigência. À Justiça Eleitoral compete formular juízo de valor a
respeito das irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas, vale
dizer, se as irregularidades configuram ou não inelegibilidade”
 Ac.-TSE, de 26.8.2014, no RO nº 40137: a inelegibilidade
prevista nesta alínea pode ser examinada a partir de decisão irrecorrível
dos tribunais de contas que rejeitam as contas do prefeito que age como
ordenador de despesas.

h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta


ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do
poder econômico ou político, que forem condenados em decisão
transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a
eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para
as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;  O agente se utiliza
das prerrogativas próprias de agente público, que são postas pela
legislação vigente, em benefício da sociedade e se utilizou dessas
prerrogativas como abuso do poder político ou econômico em benefício
de alguém.
 Não necessita que
a decisão condenatória parta da Justiça Eleitoral. Qualquer órgão do
judiciário poderá proferir a decisão.

i) os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro, que


tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial
ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à
respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou
representação, enquanto não forem exonerados de qualquer
responsabilidade;  O STF já julgou essa alínea constitucional. Ac,-TSE
nº 22739/2004: este dispositivo não é inconstitucional ao condicionar a
duração da inelegibilidade à exoneração de responsabilidade, sem
fixação de prazo.
 Realiza uma inversão da presunção de inocência.
 Única dessas inelegibilidades que não possui prazo
certo. Ficarão inelegíveis enquanto permanecerem responsáveis pela
quebra.

j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou


proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção
eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos
ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes
públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro
ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição; 
Condenados por corrupção, arrecadação e gastos ilícitos de campanha,
capitação ilícita de sufrágio e conduta vedada a agente público em
campanha desde que por causa desses atos tenha sido caçado o seu
registro ou a sua diplomação haverá a inelegibilidade na eleição que se
verificou e nos 8 anos subsequentes. É contado de data a data
começando da eleição.
 Se não houver cassação do registro ou do
diploma não é causa de inelegibilidade.

k) o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito


Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional, das
Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras
Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de
representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por
infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição
Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do
Município, para as eleições que se realizarem durante o período
remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos
subsequentes ao término da legislatura;  Para aquele que renuncia seu
mandato para evitar a cassação a partir do momento de inicio de
representação ou petição capaz de levar a cassação do mandato. O STF
o declarou constitucional. Se essa renuncia for feita para
desincompatibilização não incide essa inelegibilidade.
 Não há necessidade do
processo já ter sido instaurado.

l) os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em


decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,
por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao
patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o
trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o
cumprimento da pena;  Condenação a suspensão de direitos políticos
em virtude de um ato doloso de Improbidade Administrativa que traga
enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio.
 A suspensão deve vim imposta na sentença,
não ocorrerá de forma automática.
 Havendo condenação por decisão transitada
em julgado ou por órgão colegiado, o sujeito estará inelegível desde a
decisão até oito anos após o cumprimento da sanção de suspensão dos
direitos políticos. Ou seja, a inelegibilidade só começa quando acaba a
suspensão.
 Ac.-TSE, de 17.12.2014, no AgR-RO nº
22344: a análise do enriquecimento ilícito pode ser realizada pela Justiça
Eleitoral, a partir do exame da fundamentação do decisum, ainda que
não tenha constado expressamente do dispositivo.

m) os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão


sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de
infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato
houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;  Decisão
sancionatória do órgão profissional competente decorrente de uma
infração ético-profissional do cidadão.

n) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou


proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou
simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar
caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos após a
decisão que reconhecer a fraude;  Ela se aplica a inelegibilidade
reflexa. Fraude de desfazer o vínculo conjugal ou de união estável.
 Ac.TSE, de 21.08.2014, no
REspe nº 39723: a incidência desse dispositivo pressupõe ação judicial
que condene a parte por fraude.

o) os que forem demitidos do serviço público em decorrência de


processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos,
contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado
pelo Poder Judiciário;

p) a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por


doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8
(oito) anos após a decisão, observando-se o procedimento previsto no
art. 22;  Súmula 21 do TSE: O prazo para ajuizamento da
representação contra doação de campanha acima do limite legal é de
180 dias, contados da data da diplomação.
 Tem como foco os doadores.
 O STF entende que a única Pessoa Jurídica hoje que pode
doar é o Partido Político.

q) os magistrados e os membros do Ministério Público que forem


aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham
perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou
aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo
disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos;  Entende-se que foi pedido
exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo
administrativo para escapar da responsabilidade.

 Sistemas Eleitorais

> São o conjunto de regras que define quem serão os eleitos em


determinada eleição.

> No Brasil há dois sistemas eleitorais:

a) Majoritário
# É considerado vencedor aquele que tiver o maior número de votos
considerados validos.

# Os votos validos são os votos nominais

# Trás como característica o Princípio da Unicidade ou Unidade de


Chapas

- O voto concedido ao candidato ao cargo principal se estende ao vice ou


suplente com ele registrado.

- Ocorrendo morte ou renuncia de um dos integrantes da chapa:

I – Antes do 1º Turno: poderá ocorrer substituição.

II – Entre o 1º e o 2º Turno: nesse caso a chapa incompleta é


desclassificada, devendo a outra chapa remanescente concorrer com
aquele que ficou em terceiro lugar.

III – Após as eleições: como já se têm eleitos, aquele remanescente da


chapa será normalmente diplomado.

- Ocorrerá um litisconsórcio passivo necessário entre todos os


integrantes da chapa, assim uma decisão contra um abrange a esfera
jurídica dos demais.

# O sistema majoritário se subdivide em:

- Sistema Majoritário Por Maioria Absoluta: É necessário atingir a metade


dos votos + 1 dos votos considerados validos.
Nesse caso existe a
possibilidade de um 2º Turno.
Ocorrerá esse sistema nas
eleições para Presidente e vice, governador e vice e prefeito e vice
(municípios com + 200.000 eleitores).

- Sistema Majoritário por Maioria Simples ou Relativa: Trará o eleito o


maior número de voto independentemente da diferença do segundo
lugar.
Não haverá de
forma alguma o 2º Turno.
Será usado nas
eleições para Senador, Prefeito e vice (municípios com até 200.000
eleitores).

b) Proporcional
# Trazer para determinada Casa Legislativa a maior representatividade
possível de vários setores da sociedade.

# Nesse caso não vencerá necessariamente aquele com maior número


de votos, porque antes é necessário observar quantas vagas na casa
legislativa o Partido Político terá.

# Regras do sistema proporcional:

- Os votos considerados validos são aqueles que sejam nominais e os de


legenda.

Obs.: Institutos que explicam o sistema proporcional:

Quoeficiente Eleitoral: Número de votos validos divido pelo número de


cadeiras a serem divididas na casa legislativa.
O coeficiente eleitoral define quantos votos são
necessários para que se possa ter uma vaga na casa legislativa. Se o
partido político obtiver esse número necessário de votos faz com que ele
tenha direito a uma vaga na casa. O partido que não obtiver não terá
direito a nenhuma vaga. Alguns doutrinadores chamam essa situação de
“uma cláusula de barreira”.
Quando do calculo do coeficiente eleitoral se
encontra uma fração que seja igual ou inferior a 0,5, essa fração será
desprezada. Se for superior a 0,5 é considerado um número inteiro.
Gilmar Mendes o considera uma Clausula de
Barreira para o voto.

Quoeficiente Partidário: Número de votos válidos dados aos partidos ou


coligações dividido pelo quoeficiente eleitoral.
Entram nesses votos válidos tanto os votos
nominais ganhados por aquele partido ou coligação quanto os votos
dado para a legenda.
Esse quoeficiente mostra quantas vagas cada
partido terá direito na Casa.

Distribuição de sobras: Como no quoeficiente partidário toda fração é


rejeitada, essas frações vão se somando e formando vagas.
Dá-se pelo número de votos obtido pelo partido
ou coligação dividido pelo quoeficiente partidário + 1.
Tem por finalidade a distribuição das sobras
em relação às cadeiras de determinada Casa Legislativa.
Em caso de empate na média a vaga irá para
o partido que obtiver o maior número de voto segundo o Código Eleitoral.
- Para saber quais membros do partido entraram nas Casas pelas vagas
obtidas observam-se as Listas Abertas. Esse sistema de Listas Abertas
que são considerados eleitos os mais votados dentro de cada partido no
número de vagas obtidos.

- Caso nenhum partido obtenha o quoeficiente eleitoral segundo o CE


serão considerados eleitos os candidatos mais bem votados
independente do partido.

- A mini reforma de 2015 trouxe uma norma informando que só teria


direito a vaga candidato que recebesse votos correspondentes a 10% do
coeficiente eleitoral. Contudo o STF na ADI 5420 considerou essa norma
inconstitucional a nova redação do art. 108.

 Processo Eleitoral

> O Partido só participara do Processo Eleitoral se tiver o seu estatuto


registrado um ano antes das eleições e que exista diretório na
circunscrição do pleito até a data da realização da convenção partidária.

> O Partido pode participar lançando campanha própria ou poderá lançar


candidatura através de coligação.

> Coligação: é a união temporária de Partidos Políticos com fim de


participar de determinada eleição.

# A coligação pode existir para eleições majoritárias, proporcionais ou


ambas dentro da mesma circunscrição.

Obs.: A Emenda Constitucional 52 proibiu a obrigatoriedade da


verticalização das coligações.

# Pode haver coligações diferentes entre as eleições majoritárias e


proporcionais, mas nas proporcionais devem estar coligados os mesmos
partidos da majoritária.

Ex.: ABCD se coligaram para a eleição majoritária, mas o Partido D


decide lançar eleição sozinho na proporcional sendo assim a coligação
da proporcional é ABC.

Lei 9504/97, Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma


circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional,
ou para ambas, podendo, neste último caso, formar-se mais de uma
coligação para a eleição proporcional dentre os partidos que integram
a coligação para o pleito majoritário.
# O TSE tem decidido que: “Não é possível a formação de coligação
majoritária para o cargo de senador distinta da formada para o de
governador, mesmo entre partidos que a integrem” – possibilidade de
lançamento, isoladamente, de candidatos ao Senado.

- Caso o partido tenha se comprometido a se coligar na convenção


partidária tanto nas eleições para governador quanto nas para senador,
ele não poderia sequer uma candidatura própria para senador. Ac.-TSE,
de 1.9.2010, no AgR-Respe nº 963921: admissibilidade de formação, na
eleição majoritária, de uma só coligação, para um ou mais cargos;
impossibilidade de lançamento de candidatura própria ao Senado
Federal, se o partido tiver deliberado coligar para as eleições majoritárias
de governador e senador.

# A coligação é faculdade do partido, portanto não pode ser imposta.

- Res.-TSE nº 22.580/2007: “A formação de coligação constitui faculdade


atribuída aos partidos políticos para a disputa do pleito, conforme prevê o
art. 6º, caput, da Lei 9504/1997, tendo a sua existência caráter
temporário e restrita ao processo eleitoral”.

# Toda coligação terá uma denominação própria.

- Poderá ser feita pela junção das siglas dos partidos que a compõe ou
por outro nome próprio ressalvado:

Lei 9504/97, Art. 6º, § 1o-A. A denominação da coligação não poderá


coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato, nem
conter pedido de voto para partido político.

Lei 9504/97, Art. 6º, § 1º A coligação terá denominação própria, que


poderá ser a junção de todas as siglas dos partidos que a integram,
sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político
no que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um
só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos
interesses interpartidários.

- A coligação será tratada como se fosse um único partido no


relacionamento com a Justiça Eleitora assim como o relacionamento
interpartidário. Sendo assim o partido não poderá atuar em nome próprio,
a não ser que vá a justiça sobre a própria validade da coligação.

# O TSE entende que a coligação é considerada formada a partir do


acordo de vontades dos partidos políticos e não da homologação pela
Justiça Eleitoral.
# Em relação à propaganda eleitoral é necessário ter o nome da
coligação e as siglas dos partidos que a compõe no que tange as
eleições majoritárias.

- É considerada uma norma imperfeita, já que se descumprida não se


determina a nulidade do evento que a descumpriu e não se aplica
qualquer tipo de sanção.

Lei 9504/97, Art. 6º, § 2º Na propaganda para eleição majoritária, a


coligação usará, obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas
de todos os partidos que a integram; na propaganda para eleição
proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da
coligação.

- Ac.-TSE, de 3.4.2012, no REspe nº 326581: ausência de previsão legal


de sanção pecuniária por descumprimento ao disposto neste parágrafo.
Ac.-TSE n 439/2002: na propaganda eleitoral gratuita, na hipótese de
inobservância do que prescreve este dispositivo e o correspondente do
Código Eleitoral, deve o julgador advertir – à falta de norma sancionadora
– o autor da conduta ilícita, sob pena de crime de desobediência.

# Poderão concorrer pela coligação os filiados a quaisquer partidos dela


integrantes. Assim como um partido pode não lançar qualquer candidato.

# Quando existe coligação é ela quem requer o registro da candidatura


dos candidatos.

- O registro de candidatura não é assinado pelo candidato, esse dá


autorização ao partido para que o faça um requerimento de registro de
candidatura.

- No caso, quem assina pela coligação será todos os presidentes dos


partidos coligados, ou a maioria dos membros dos diretórios dos partidos
coligados, ou os delegados dos partidos coligados ou o representante da
coligação.

- Esse representante da coligação é escolhido pelos partidos coligados


funcionando como o presidente da coligação.

Lei 9504, Art. 6º, § 3º, III - os partidos integrantes da coligação devem
designar um representante, que terá atribuições equivalentes às de
presidente de partido político, no trato dos interesses e na
representação da coligação, no que se refere ao processo eleitoral;

# Assim como representante, essas coligações possuem delegados que


irão atuar perante os diversos juízos eleitorais.
- Será possível até 3 delegados perante cada zona eleitoral.

- Será possível até 4 delegados perante o TRE

- Será possível até 5 delegados perante o TSE

# A coligação age perante a justiça eleitoral, perdendo os partidos


coligados a autonomia para entrar em juízo sozinhos.

Lei 9504/97, Art. 6º, § 4o O partido político coligado somente possui


legitimidade para atuar de forma isolada no processo eleitoral
quando questionar a validade da própria coligação, durante o período
compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a
impugnação do registro de candidatos.

# Pagamento de multa pela coligação por causa de propaganda

- Não atinge os demais partidos coligados, apenas o candidato que


causou a multa e o seu partido.

Lei 9504/97, Art. 6º, § 5o A responsabilidade pelo pagamento de multas


decorrentes de propaganda eleitoral é solidária entre os candidatos
e os respectivos partidos, não alcançando outros partidos mesmo
quando integrantes de uma mesma coligação.

# O diretório nacional do partido pode trazer regras sobre a entrada do


partido em coligações em convenções de nível inferior.

- Caso haja ato contrário a essas regras está passível de anulação.

- Caso haja anulação essa deve ser comunicada a justiça eleitoral até 30
dias após o último dia para Requerimento de Registro de Candidatura.

- Se houver necessidade de novos candidatos, o Registro de


Candidatura deverá ser feito no prazo de 10 dias contados da decisão
pela anulação.

> Convenção Partidária

# É o órgão de deliberação dos partidos políticos.

# Será feita da forma preconizada no Estatuto do Partido.

# Essas convenções partidárias trarão duas decisões importantes:


I) Que filiados serão candidatos

II) Se aquele partido lançara candidatura própria ou através de coligação.

# Ocorrerá entre os dias 20 de Julho e 05 de Agosto.

# É necessário a publicação do resultado dessa convenção por qualquer


meio no prazo de 24 horas após sua realização.

# Para a Convenção o Partido Político poderá solicitar a utilização de


imóveis públicos. Esses imóveis lhe serão cedidos gratuitamente e serão
responsabilizados por qualquer dano que vier a ocorrer a esse imóvel.

# A convenção será organizada na forma determinada pelo estatuto do


partido, já que os partidos se baseiam no Princípio da Autonomia
Partidária.

- Se o estatuto for omisso valerão as regras publicadas no Diário Oficial


da União até 180 dias antes das eleições para definição de filiados que
participarão das eleições e para entrada ou não daquele partido em
coligação.

# É possível que o estatuto permita que o diretório do partido traga


regras acerca de coligação. Ex.: Proibição de se coligar com um
determinado partido.

- Caso uma convenção de nível inferior desobedeça à ordem


legitimamente realizada por diretório nacional a cerca das coligações é
possível que se tenha a anulação dessa decisão de coligação. Devendo
essa decisão ser comunicada a Justiça Eleitoral em 30 dias contados do
último dia para registro de candidatura.

- Se houve essa anulação de coligação por desobediência a regra do


diretório nacional e dessa anulação surgir a necessidade de
requerimento de novos candidatos será possível desde que feito até 10
dias após a decisão para anulação.

# Candidatura Nata

- Era uma determinação do artigo 8º, § 1º dessa lei das eleições

- Dizia que quem já foi nos últimos quatro anos ou exerceu por certo
período nos últimos quatro anos os cargos de deputado federal, estadual
ou distrital e vereador não precisariam passar por uma nova convenção
partidária caso quisessem concorrer à reeleição.
- Essa candidatura nata foi julgada inconstitucional pelo STF por ofensa a
autonomia partidária.

# Condição infraconstitucional de elegibilidade.

> Registro de Candidatura

# Quantos candidatos cada partido ou coligação podem lançar:

- Eleições Majoritárias: Poderão lançar 1 única chapa.

- Eleições Proporcionais: Em regra Partidos e Coligações podem


requerer o registro de mais candidatos do que vagas disponíveis, no
caso 150%.
Estados com até 12 Deputados Federais
Partidos e Coligações podem requerer até 200%. Isso nas eleições para
deputados federais e estaduais.
Nas eleições para vereador nos Municípios
com até 100.000 eleitores, a coligação poderá requerer até 200% e o
Partido 150%. Se o município tiver mais de 100.000 eleitores segue a
regra geral.
Deve haver percentual entre os Gêneros
com Máximo de 70% de um gênero e Mínimo de 30% do outro.

Obs.: Nesse caso a fração de 0,5 será considerada um número inteiro.

Obs.: Em relação ao percentual entre os gêneros não poderá um partido


lançar apenas um candidato para eleição proporcional porque seria
100% de um gênero e a lei fala de máximo de 70% e mínimo de 30%.
Sendo assim deve haver pelo menos dois candidatos para eleição
proporcionais um de cada gênero.

- Esse é o número máximo de requerimento de registro. Se em uma


Convenção não indicar o número máximo a que um partido teria direito, o
diretório do partido poderá, dentro da circunscrição do pleito, requerer o
registro de outros candidatos até completar o máximo que teria direito.
Essa é uma decisão que cabe unicamente ao diretório.

Obs.: Essa é a primeira exceção a condição infraconstitucional de


elegibilidade da Convenção Partidária.

# Requerimento de Registro de Candidatura

- O Código Eleitoral determina que uma mesma pessoa não poderá ter
na mesma eleição mais de um registro de candidatura, mesmo que para
cargos diferentes.
- O Requerimento do Registro deverá ser feito até 19:00 horas do dia 15
de agosto.

- O Requerimento do Registro será feito pelos partidos ou pelas


coligações

- Após o requerimento será publicada uma lista que tornará público as


pessoas que requereram candidatura. Serve para inicio de prazo,
inclusive de impugnação de candidatura. Ou para uma aprovado em
convenção cujo nome não houve requerimento de candidatura poderá
diretamente requerer sua candidatura à Justiça Eleitoral até 48 horas da
publicação da lista.

- Documentos necessários para o requerimento de registro ou como


alguns doutrinadores chamam Condições de Registrabilidade.

Lei 9504/97, Art. 11, 1º O pedido de registro deve ser instruído com os
seguintes documentos:
I - cópia da ata a que se refere o art. 8º;  Cópia da ata da convenção
partidária.
II - autorização do candidato, por escrito;  Porque ninguém é obrigado
a se candidatar sem a sua anuência.
III - prova de filiação partidária;
IV - declaração de bens, assinada pelo candidato;
V - cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de
que o candidato é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou
transferência de domicílio no prazo previsto no art. 9º;
VI - certidão de quitação eleitoral;  Outra condição infraconstitucional
de elegibilidade.
VII - certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da
Justiça Eleitoral, Federal e Estadual;
VIII - fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução
da Justiça Eleitoral, para efeito do disposto no § 1º do art. 59.
IX - propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de
Estado e a Presidente da República.

- A quitação eleitoral aqui tem dos sentidos. O primeiro a pessoa não tem
qualquer dívida com a Justiça Eleitoral, a JE não lhe aplicou nenhum tipo
de multa, que não esteja sendo contestada e que não tenha sido
efetivamente paga. Para o fim de obter a quitação eleitoral é possível que
quando houver condenação de mais de uma pessoa pela JE ao
pagamento de uma multa, basta que para aquele que quer se candidatar
pague a sua parte. Em caso de parcelamento é necessário provar que
ele esteja sendo cumprido.
- O segundo é que há quitação eleitoral quando aquele cidadão foi
candidato a mandado eletivo e prestou suas contas. Não importa se as
contas forem rejeitadas. A ausência de quitação nesse caso continuará
enquanto primeiro não se prestar contas e segundo enquanto não
decorrer completamente a legislatura ou mandato para o qual se
disputou.

Ex.: Se disputei mandato para deputado para quitação tenho que prestar
contas e esperar quatro anos.

Art. 11, § 7o A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a


plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, o
atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos
relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter
definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de
contas de campanha eleitoral.

§ 8o Para fins de expedição da certidão de que trata o § 7 o, considerar-


se-ão quites aqueles que:
I - condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da
formalização do seu pedido de registro de candidatura, comprovado o
pagamento ou o parcelamento da dívida regularmente cumprido
II - pagarem a multa que lhes couber individualmente (não existe
responsabilidade solidária), excluindo-se qualquer modalidade de
responsabilidade solidária, mesmo quando imposta concomitantemente
com outros candidatos e em razão do mesmo fato.
III - o parcelamento das multas eleitorais é direito do cidadão, seja ele
eleitor ou candidato, e dos partidos políticos, podendo ser parceladas em
até 60 (sessenta) meses, desde que não ultrapasse o limite de 10% (dez
por cento) de sua renda.

- Alguns desses documentos exigidos para o requerimento de registro


podem ser trazidos diretamente pela Justiça Eleitoral que é o que vai
acontecer com a sua própria certidão com a prova de filiação partidária e
com o título eleitoral.

# É possível que a autoridade competente converta o pedido de registro


de candidatura em diligência solicitando a apresentação de algum
documento que tenha faltado no prazo de 72 horas.

- Súmula TSE nº 3: “Possibilidade de juntada de documento com o


recurso ordinário em processo de registro de candidatos quando o juiz
não abre prazo para suprimento de defeito de instrução do pedido”

# Se após a publicação de lista de Requerimento de Registro de


Candidatura após a Convenção um pré-candidato percebe que houve
omissão do seu nome poderá o próprio cidadão requerer o registro de
sua candidatura perante a Justiça Eleitoral desde que o faço até 48 horas
contadas da publicação da lista.

- É a única hipótese do cidadão pedir seu próprio registro de candidatura.

# Momento de observar as condições de elegibilidade

- Do pedido de requerimento de registro de candidatura

§ 10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade


devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro
da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas,
supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade

- O TSE entende que se até a data da diplomação, e não mais a data da


eleição, esse fato superveniente ocorra poderá o registro de candidatura
então negado seja deferido. Agora eles passaram a entender que
quando um pessoa que não era elegível adquiri condição de elegibilidade
posteriormente ao pedido de registro que isso é suficiente para o
deferimento do pedido.

- São causas supervenientes que afastam a inelegibilidade: Ac. TSE, de


6.5.2014, no REspe nº 15705 (decisão da Justiça Comum, posterior à
interposição do REspe, mas anterior ao pleito, declarando a nulidade do
decreto legislativo de rejeição de contas); Ac.TSE, de 30.10.2012, no
AgR-REspe nº 9564 (provimento de embargos de declaração, pelo
Tribunal de Contas, para julgar regulares as contas de candidato); Ac-
TSE, de 25.10.2012, no REspe nº 20919 (obtenção de medidas liminares
ou quaisquer outras causas supervenientes ao pedido de registro que
afastem a inelegibilidade, exceto quando a extinção desta se der por
eventual decurso de prazo, caso em que será aferida à data da
formalização do pedido de registro); (obtenção de tutela antecipada na
Justiça Comum ou de liminar posterior ao pedido de registro);
(procedência de pedido de revisão pelo próprio TCU); (aplicabilidade
deste parágrafo às condições de elegibilidade e não somente às
causas de inelegibilidade).

- Essa causa superveniente só poderá alterar o estado do pedido de


registro de candidatura, se o seu indeferimento não tiver transitado em
julgado.

- Concessão de liminar afastando condenação por improbidade


administrativa e prazo para consideração das causas supervenientes ao
registro que afastam a inelegibilidade. O Plenário do TSE, por maioria,
assentou, que a concessão de liminar, até a data da diplomaçãp,
suspendendo os efeitos de condenação por improbidade administrativa,
causa do indeferimento de candidatura, constitui fato superveniente a
permitir o registro do candidato. Destacou que, estando em curso o
processo eleitoral e não havendo trânsito em julgado da decisão de
indeferimento do registro de candidatura, cabe conhecer provimento
judicial liminar deferido após as eleições, que afasta a causa de
indeferimento do registro do candidato.

# Nas eleições proporcionais há uma grande chance de homonímia,


sendo assim nessas eleições o candidato no registro de candidatura
poderá requerer com até 3 variações nominais indicando a ordem de
preferência.

- Mas se mesmo assim ocorra o problema de homonímia, nesse caso:

I – Aquele que disputou mandato eletivo nos últimos 4 anos poderá


manter a variação por ele adotado.

II – Aquele conhecido pelos seus meios sociais, profissionais e


comunitários pela variação escolhida.

III – Tentar um acordo entre os candidatos sobre a variação escolhida.

IV – Súmula nº 4 TSE: “Não havendo preferência entre candidatos que


pretendam o registro da mesma variação nominal, defere-se o do que
primeiro o tenha requerido.”

- Será indeferida a variação nominal de candidato cuja variação conflita


com a de um candidato de eleições majoritárias. Exceto se o candidato
da proporcional já venha usando essa variação nominal em mandato
anterior.

# Todos os registros de candidatura já devem ter sido julgados nos 30


dias que antecedem as eleições devendo haver comunicação ao TSE de
todos os processos de pedido de registro de candidatura julgados.

# Enquanto não houver decisão irrecorrível de deferimento do registro de


candidatura a candidatura estará sub judice.

- Em uma candidatura sub judice o candidato poderá praticar todos os


atos de campanha. Poderá arrecadar valores, realizar gastos, participar
das propagandas.

- Essa regra se aplica ainda aos candidatos que não teve seu registro
analisado pela Justiça Eleitoral.
- Os votos atribuídos ao candidato sub judice têm sua validade vinculada
ao deferimento do registro da candidatura. Se o registro for indeferido os
votos serão nulos.

Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar
todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário
eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna
eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos
votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro
por instância superior.
Parágrafo único. O cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos
votos atribuídos ao candidato cujo registro esteja sub judice no dia da
eleição fica condicionado ao deferimento do registro do candidato.

Obs.: Os únicos votos nulos que podem levar a anulação de uma eleição
são aqueles considerados nulos por determinação legal. Não se leva em
conta, nesse caso, votos nulos por decisões apolíticas.
Código Eleitoral, Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade
dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições
federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-
ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova
eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.

> Condições de Elegibilidade da Lei das Eleições

# Convenções Partidárias

- Aquele que é aprovado em uma convenção partidária passa a ter direito


público subjetivo a que seu registro de candidatura seja pleiteado junto a
justiça eleitoral.

- Exceção da convenção como condição de elegibilidade:

a) Diante de uma convenção que não indicou o número máximo de


candidatos que teria direito o diretório daquela circunscrição poderá
requerer, contato que o faça 60 dias antes das eleições, o registro de
candidatos até completar o número máximo que o partido tenha direito.
Esses candidatos, portanto, não passaram pela convenção.
O TSE declarou que isso é faculdade do diretório.

> Nas eleições proporcionais é necessário que se tenha 70% no máximo


e 30% no mínimo das candidaturas de cada sexo.

# Caso a proporção não seja atendida o partido será intimado para que
corrija.
# Se não houver o número suficiente no partido será necessário diminuir
o número de candidatos.

# Sendo assim um partido não poderia lançar a candidatura de apenas


um candidato já que a proporção seria de 100% de um sexo.

> Substituição

# Substituição de candidato que faleceu, renunciou, que foi considerado


inelegível, que o registro da candidatura foi indeferido.

# Essa substituição é facultativa e poderá ocorrer até 10 dias do evento


que a determinou.

# Não é possível a substituição nos 20 dias que antecedem o pleito


eleitoral.

- Esse prazo só não será respeitado em caso de falecimento podendo


haver a substituição.

# Na substituição não haverá uma nova convenção partidária. Sendo


assim aqui está a segunda exceção a convenção como condição de
elegibilidade.

# No caso de substituição de candidato em eleição majoritária através de


coligação, o substituto virá do mesmo partido a quem pertencia o
substituído, salvo se esse partido renunciar a preferência.

> Identificação Numérica dos Candidatos

# Quando veio as Urnas Eletrônicas se tornou ainda mais importante


quando os analfabetos começaram a poder votar já que era só digitar o
número do candidato.

# Se tratando de Eleições Majoritárias:

- A identificação numérica será o número da legenda.

- Número da legenda é o número do partido político formado por dois


algarismos.

- Se na chapa estão concorrendo candidatos de partidos distintos através


de coligação o número será o do Presidente, Governador ou Prefeito.

# Se tratando de Eleições Proporcionais:


- Para Deputado Federal será o número da legando com dois algarismos
a direita. Ex. NLXX

Obs.: Se o eleitor colocar só o número da legenda ou número incorreto,


mas acertar a legenda será considerado Voto de Legenda.

- Para Deputado Estadual será o número da legenda com três algarismos


a direita. Ex.: NLXXX

Obs.: Se o eleitor colocar só o número da legenda ou número incorreto,


mas acertar a legenda será considerado Voto de Legenda.

- Para Vereador dependerá de Resolução do TRE como será sua


identificação numérica.

> Candidatura Deferida, mas candidato for expulso pelo partido político.

# O partido pode requer o cancelamento da sua candidatura.

- Ou seja, não pode ser feito de ofício pela justiça eleitoral nem a
requerimento de outro partido que não aquele que o expulsou.

> Campanha Eleitoral

# Para que se faça uma campanha eleitoral é necessário que haja


disponibilidade de recursos financeiros.

# Financiamento de campanha

- Esse financiamento deve ser misto, em parte será público e outra parte
será privado.

# Cabe ao TSE definir, o valor máximo a ser gasto por cargo em disputa,
com os parâmetros definidos em lei.

- Esse valor máximo está referenciado aos mandatos que estão sendo
disputados.

- O gasto de valores além do limite fixado implica em multa no valor de


100% do excesso, sem prejuízo da investigação acerca do cometimento
de abuso de poder econômico.

- Serão contabilizadas nos limites de gasto de cada campanha as


despesas efetuadas pelos candidatos e as efetuadas pelos partidos que
puderem ser individualizadas.
# Candidato

- É o responsável por sua prestação de contas, sendo assim a


veracidade dessa prestação é de responsabilidade do candidato.

- As resoluções do TSE afirmam que a prestação de contas deve ser


assinada tanto pelo administrador quanto pelo candidato.

- Quando o candidato possuir administrador a responsabilidade é


solidária entre ele e o administrador pela veracidade das informações
prestadas.

- Segundo entendimento do TSE já uma espécie de presunção absoluta


de responsabilidade do candidato em se tratando de sua campanha
eleitoral.

# Para que se ocorra a arrecadação e gastos em campanha eleitoral, há


necessidade da existência de alguns requisitos:

- A inscrição dos candidatos no CNPJ

- A abertura de conta bancária específica

- A expedição de recibos eleitorais.

# É necessário atribuir tanto ao candidato CNPJ, tendo assim o


candidato uma existência autônoma a pessoa física que o representa.
Para se facilitar o controle da eleição.

- O número do CNPJ é fornecido pela JE, no prazo de 3 dias úteis após o


pedido de registro de candidatura.

- Como esse CNPJ é concedido apenas em razão das campanhas, este


deve ser cancelado pela Receita Federal, assim que se encerrar o ano
fiscal, em 31 de dezembro do ano da eleição.

- Esse CNPJ permitirá que tanto o candidato abram conta bancária


específica. Não podendo o candidato utilizar da sua conta bancaria
pessoa para movimentações econômicas de campanha. Dessa conta
não se pode cobrar nenhuma taxa de manutenção ou exigência de
deposito de valor mínimo para a sua criação. Mas é obrigatório que se
conste no extrato bancário o CPF ou CNPJ do doador, medida para
facilitar a fiscalização.

- As movimentações financeiras que não passam por essa conta


específica é considerada caixa dois.
- Essa conta especifica é em regra obrigatória. Exceto:

a) Quando se tratar de eleições municipais em que não há agencia


bancária na sede do município ou posto bancário.

# Serão expedidos recibos eleitorais que provarão arrecadação de


valores.

- Os recibos eleitorais serão impressos pelos partidos através de uma


numeração consignada pela JE.

- A doação pode ser feita em dinheiro ou em bens e serviços estimados


em dinheiro.

- É necessário que o doador faça doação através da conta especifica e


assine o recibo. Exceto quando de recibos eletrônicos feitos na internet.

- A Lei 12.891/13, no entanto, dispensa de expedição de recibo eleitoral


nos casos de:

a) Cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 por pessoa


cedente.

b) Doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos,


decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de
propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de
contas do responsável pelo pagamento da despesa.

# Doação de campanha

- Podem ser doadores de campanha tanto pessoas físicas quanto


jurídicas.

- Quando se trata de doação por pessoa física essa doação não poderá
superar 10% dos seus rendimentos do ano anterior.

- O STF, na ADI 4650, passou a entender ser inconstitucional a doação


efetivada por pessoas jurídicas. Em assim sendo, a única pessoa jurídica
que pode continuar doando para as campanhas eleitorais é o partido
político.

- O TSE entende que a Empresa Individual para fim de limite de doação


de campanha se equivale a pessoa física.
- O candidato poderá doar através da conta bancaria especifica, expedir
recibo e assinar. O limite de sua doação será o limite dos gastos da
campanha.

- Os Partidos também podem doar sendo o seu limite ao limite de gastos


da campanha.

- Doação oculta: é aquela feita ao partido que por sua vez repassa o
valor para o candidato. Apesar da Lei 13.165/15 ter criado essa
possibilidade novamente, o STF, na ADI 5395, acabou por entender ser
inconstitucional a doação oculta.

- A doação feita por partido político ao seu candidato deve ser expressa
em recibo eleitoral, pois, caso contrário, será considerada ilícita.

- É permitida a realização de eventos e comercialização de bens para


arrecadar valores para campanha eleitoral, como acontece com jantares,
onde cada convidado para uma quantia, que servirá para sustentar a
campanha. Para realização de tais eventos, algumas providências são
necessárias, entre elas, a de comunicar à JE, com pelo menos 5 dias de
antecedência, a realização do evento. A JE, por seu turno, poderá
designar fiscais para atuar no evento. Da doação recebida será expedido
um recibo eleitoral, sendo que o valor arrecadado deverá ser depositado
na conta específica, antes de qualquer utilização.

- Procedimento da doação:

I – Assinatura do recibo

II – Depósitos Identificáveis

III – Cheques nominais

IV – Meios eletrônicos
´
- É possível, no entanto, que algumas doações sejam realizadas através
de utilidades, como, por exemplo, o empréstimo de bens imóveis, para
que ali se faça a sede da candidatura. Segundo informa o § 7º do art. 23
da Lei 9504/97, o limite previsto para doação de pessoas físicas não se
aplica a doação referentes a utilização de bens móveis e imóveis de
propriedade do doador, que não poderá superar o valor de 80 mil reais.

# Pessoas proibidas de doar:


Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou
indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro,
inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I - entidade ou governo estrangeiro;
II - órgão da administração pública direta e indireta ou fundação mantida
com recursos provenientes do Poder Público;
III - concessionário ou permissionário de serviço público;
IV - entidade de direito privado que receba, na condição de beneficiária,
contribuição compulsória em virtude de disposição legal;
V - entidade de utilidade pública;
VI - entidade de classe ou sindical;
VII - pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior.
VIII - entidades beneficentes e religiosas;
IX - entidades esportivas;
X - organizações não-governamentais que recebam recursos públicos;
XI - organizações da sociedade civil de interesse público.
§ 1o Não se incluem nas vedações de que trata este artigo as
cooperativas cujos cooperados não sejam concessionários ou
permissionários de serviços públicos, desde que não estejam sendo
beneficiadas com recursos públicos, observado o disposto no art. 81
§ 4o O partido ou candidato que receber recursos provenientes de fontes
vedadas ou de origem não identificada deverá proceder à devolução dos
valores recebidos ou, não sendo possível a identificação da fonte,
transferi-los para a conta única do Tesouro Nacional. (Incluído pela Lei nº
13.165, de 2015)

- Com a decisão do STF sobre a vedação de doação por pessoa jurídica,


esse art. 24 perdeu parte da sua importância. O TSE, interpretando os
dispositivos vigentes, acabou por afirmar no art. 14 da Resolução 23.463,
o que se segue:

Art.14. Os recursos destinados às campanhas eleitorais, respeitados os


limites previstos, somente são admitidos quando provenientes de:
I - recursos próprios dos candidatos;
II - doações financeiras ou estimáveis em dinheiro de pessoas físicas;
III - doações de outros partidos políticos e de outros candidatos;
IV - comercialização de bens e/ou serviços ou promoção de eventos de
arrecadação realizados diretamente pelo candidato ou pelo partido
político;
V - recursos próprios dos partidos políticos, desde que identificada a sua
origem e que sejam provenientes:
a) do Fundo Partidário, de que trata o art. 38 da Lei nº 9.096/1995;
b) de doações de pessoas físicas efetuadas aos partidos políticos;
c) de contribuição dos seus filiados;
d) da comercialização de bens, serviços ou promoção de eventos de
arrecadação;
VI - receitas decorrentes da aplicação financeira dos recursos de
campanha.
§ 1º Os rendimentos financeiros e os recursos obtidos com a alienação
de bens têm a mesma natureza dos recursos investidos ou utilizados
para sua aquisição e devem ser creditados na conta bancária na qual os
recursos financeiros foram aplicados ou utilizados para aquisição do
bem.
§ 2º O partido político não poderá transferir para o candidato ou utilizar,
direta ou indiretamente, nas campanhas eleitorais, recursos que tenham
sido doados por pessoas jurídicas, ainda que em exercícios
anteriores (STF, ADI nº 4.650).

Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos


limites fixados nesta Lei:
I - confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho,
observado o disposto no § 3o do art. 38 desta Lei;
II - propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de
divulgação, destinada a conquistar votos;
III - aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
IV - despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de
pessoal a serviço das candidaturas;
V - correspondência e despesas postais;
VI - despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e
serviços necessários às eleições;
VII - remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que
preste serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais;
VIII - montagem e operação de carros de som, de propaganda e
assemelhados;
IX - a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de
candidatura;
X - produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os
destinados à propaganda gratuita;
XII - realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
XV - custos com a criação e inclusão de sítios na Internet;
XVI - multas aplicadas aos partidos ou candidatos por infração do
disposto na legislação eleitoral.
XVII - produção de jingles, vinhetas e slogans para propaganda
eleitoral.
Parágrafo único. São estabelecidos os seguintes limites com relação ao
total do gasto da campanha:
I - alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos
comitês eleitorais: 10% (dez por cento);
II - aluguel de veículos automotores: 20% (vinte por cento).
Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de
sua preferência, até a quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a
contabilização, desde que não reembolsados.

# Prestação de Contas

- Feita perante a Justiça Eleitoral

- Deverá ser feita por todos que requererem o registro de candidatura,


mesmo se o candidato falecer ou renunciar ou tenha tido seu registro
indeferido ou tenha sido declarado inelegível.

- Está prestação de contas deve encontrar a conta específica zerada.

- A norma permite que haja arrecadação de valores devendo ser feita até
as eleições. Admite-se arrecadamento após as eleições se ainda houver
dividas em aberto da campanha eleitoral.

- Hoje a dívida de campanha poderá ser assumida pelo partido, sendo o


candidato solidário na obrigação por seu pagamento.

- Se houver dinheiro sobrando, como o candidato não pode enriquecer


ilicitamente deverá doar esse dinheiro ao partido político. Em caso de
coligação, o candidato deposita o dinheiro para o partido e ele divide
entre os demais coligados. Devendo prestar contas dessa sobra.

- A nova redação trazida pela Lei 13.165/15 determina que os partidos


políticos, as coligações e os candidatos são obrigados a divulgarem os
recursos recebidos em dinheiro, até 72 horas de seu recebimento, bem
como devem publicar, no dia 15 de setembro do ano das eleições
relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os
recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como
os gastos realizados. Essas publicações devem ser feitas em sítio criado
pela JE na internet.

- A prestação de contas deverá ser realizada até 30 dias após a data do


pleito eleitoral. Caso o candidato tenha participado do segundo turno, a
prestação deverá ser realizada uma só vez no prazo de 20 dias contados
da realização do segundo turno.

- A Lei 13.165/15 trouxe a inovação ao determinar que a JE adote um


procedimento simplificado para prestação de contas de candidatos que
tenham tido movimentação de campanha correspondente, no máximo a
20 mil reais. Esse procedimento simplificado também deverá ser aplicado
nas eleições de prefeito e vereadores em municípios com menos de 50
mil habitantes.
- O julgamento daqueles que forem eleitos deve ser feito até 3 dias antes
da diplomação. A norma não fala sobre a data do julgamento dos não
eleitos.

- A JE, se tiver alguma dúvida, poderá determinar de ofício diligências no


prazo de 72 horas, após a apresentação das contas. Havendo indícios de
fraude poderá determinar a apresentação de informações
complementares ao candidato. O TSE tem entendido que essas
informações complementares, na realidade, são facultativas para a JE,
que não possui obrigação de solicitá-las.

- O julgamento ou será:

a) Aprovação

b) Aprovação com ressalvas: possui erros meramente formais.

c) Reprovação: não trás necessariamente efeitos automáticos. Abre o


processo de prestação de contas especial ou ajuizamento de uma ação
por arrecadação de gastos ilícitos em campanha com base no art. 30-A.

d) Não prestação: trás a ausência de não quitação eleitoral o tornando,


portanto, inelegível. Essa não quitação durará pelo prazo do mandato
que disputou, segundo as resoluções do TSE. Após passado o prazo ele
deverá prestar contas.

- Da Prestação caberá recurso no prazo de 3 dias. Caberá inclusive


recurso especial.

- A rejeição de contas, por si só, não acarretará a perda do mandato


eletivo que poderá ocorrer, no entanto, com o ajuizamento da
representação prevista no art. 30-A da Lei 9504/97.

- Em relação aos partidos poderá sobre como pena a devolução do valor


tido como irregular, acrescido de multa de até 20% de tal valor, sendo o
pagamento feito no desconto nos repasses devidos, entre 1 a 12 meses,
de acordo com a gravidade da conduta, nos termos previstos no § 3º do
art. 37 da Lei 9096/95, sendo certo que tal sanção será aplicada apenas
para o diretório que praticou a falta.

- Há obrigação de conservação da documentação concernente as contas


de campanha, para os partidos ou candidatos, pelo prazo de 180 dias,
contados da diplomação. Se houve pendência de processo judicial no
qual se discuta irregularidade concernente às contas, a documentação
deve ser conservada até o final da demanda.
- Com a Lei 13.165/15, a representação contra os doadores poderá ser
realizada até o final do ano seguinte ao da eleição, tendo sido cancelada
a súmula 21 do TSE que dispunha de forma diferente.

# Propaganda Política

- A propaganda política é um gênero que será subdivida em:

I – Propaganda Partidária

- Surge do chamado Direito de Antena que está previsto no art. 17. E se


trata do acesso gratuito ao rádio e televisão por parte dos partidos
políticos que tem seus estatutos registrados perante o TSE.

- Ela possui a finalidade publicizar o programa partidário. Esse programa


partidário é o documento onde se encontro os ideias políticos dos
partidos políticos.

- Visa ao se mostrar os ideia políticos buscar simpatizantes, quem sabe


até mesmo alguns filiados.

- Se buscar eleitores será imposto multa por propaganda eleitoral


antecipada e suspensão dessa propaganda partidária no semestre
seguinte.

- Essa propaganda poderá ser ao vivo ou gravada.

- Deverá ser vinculada a garantir um amplo acesso aos ideias daquele


partido. Por isso é vinculada no chamado “horário nobre” da televisão.

- O partido não poderá comprar horário no rádio ou na TV.

Lei 9096/95, Art. 45. A propaganda partidária gratuita, gravada ou ao


vivo, efetuada mediante transmissão por rádio e televisão será realizada
entre as dezenove horas e trinta minutos e as vinte e duas horas para,
com exclusividade:
I - difundir os programas partidários;
II - transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa
partidário, dos eventos com este relacionados e das atividades
congressuais do partido;  Espécie de prestação de contas.
III - divulgar a posição do partido em relação a temas político-
comunitários.
IV - promover e difundir a participação política feminina, dedicando às
mulheres o tempo que será fixado pelo órgão nacional de direção
partidária, observado o mínimo de 10% (dez por cento) do programa e
das inserções a que se refere o art. 49

- Vedações:

Art. 45, § 1º Fica vedada, nos programas de que trata este Título:
I - a participação de pessoa filiada a partido que não o responsável pelo
programa;  TSE tem permitido a participação de filiado de partido
não responsável pelo programa, desde que se limite a comentar
temas político-comunitário.
II - a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos e a
defesa de interesses pessoais ou de outros partidos;
III - a utilização de imagens ou cenas incorretas ou incompletas, efeitos
ou quaisquer outros recursos que distorçam ou falseiem os fatos ou a
sua comunicação.

- A propaganda partidária poderá ser vinculada por:

a) Cadeia ou bloco: Interrupção da programação normal do rádio e da


televisão. Só é possível em nível nacional.

b) Inserção: Ocorrerá nos intervalos comerciais das emissoras de rádio e


televisão. De 30 segundos ou de 1 minuto. É possível em nível nacional
e regional.
Só é possível uma inserção por intervalo comercial. A não
ser que quando tiver mais inserções para colocar do que propagandas.

*Deputado Federal

- Representação poderá ser feita perante o TSE se tratar de propaganda


em nível nacional e ao TRE se tratar-se de propaganda de nível estadual
usada quando houver alguma irregularidade na propaganda partidária.
- Essa Representação será feita em regra até o final do semestre da
divulgação. Agora se a vinculação da propaganda foi feita no último mês
do semestre, poderá ser feita até o 15º dia do mês seguinte.

- A legitimidade para Representação vai pertencer aos Partidos Políticos


e ao Ministério Público Eleitoral.

- Essa Representação pode trazer como consequência à aplicação de


uma sanção: Se for propaganda por cadeia ou bloco a sanção será a
suspensão de sua vinculação no semestre seguinte.
Se for propaganda por inserção a sanção será perda de
5x o tempo da inserção usada para ofender a norma.

- Da decisão do TRE caberá recurso ao TSE no prazo de 3 dias. Esse


recurso possui efeito suspensivo.

Art. 46, § 8o É vedada a veiculação de inserções idênticas no mesmo


intervalo de programação, exceto se o número de inserções de que
dispuser o partido exceder os intervalos disponíveis, sendo vedada a
transmissão em sequência para o mesmo partido político.

- Será suspensa no segundo semente do ano das eleições.

II – Propaganda Intrapartidária

- É uma propaganda cujos destinatários são os chamados convencionais.


Sendo os convencionais são aqueles filiados a partidos que possui uma
competência, um poder de decisão nas convenções partidárias.

- O estatuto do partido informará que são os convencionais.

- Nessa propaganda o filiado tenta convencer os convencionais a


concordarem com a sua indicação ao registro de candidatura.

- Essa propaganda não pode ser tão ofensiva ou ostensiva para alcançar
os eleitores já que os destinatários dessa propaganda são os
convencionais.

- Proibições: não pode ser feita por outdoor, rádio e televisão.

- O TSE tem permitido que essa propaganda seja feita até com faixas
colocadas a 100 metros do local onde será realizada a convenção.

- Deve ser realizada nos 15 dias que antecedem a convenção.


- Ao se terminar a convenção a propagando colocada em lugar diverso
ao da convenção deve ser imediatamente retirada.

III – Propaganda Eleitoral

- Tem por finalidade angariar votos.

- É regida pelos Princípios da:

a) Legalidade: deverá ser feita na forma da lei

b) Liberdade: se for feita em conformidade com a lei, não poderá ser


censura ou será necessário previa autorização ou licença do poder
público.

- Poderá ser direta ou subliminar a partir de 16 de agosto do ano das


eleições.

- Proibições:

a) Art. 243 Código Eleitoral


Art. 243. Não será tolerada propaganda:
I - de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem
política e social ou de preconceitos de raça ou de classes;
II - que provoque animosidade entre as forças armadas ou contra elas,
ou delas contra as classes e instituições civis;
III - de incitamento de atentado contra pessoa ou bens;
IV - de instigação à desobediência coletiva ao cumprimento da lei de
ordem pública;
V - que implique em oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro,
dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer natureza;
VI - que perturbe o sossego público, com algazarra ou abusos de
instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
VII - por meio de impressos ou de objeto que pessoa inexperiente ou
rústica possa confundir com moeda;
VIII - que prejudique a higiene e a estética urbana ou contravenha a
posturas municiais ou a outra qualquer restrição de direito;
IX - que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem como
órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública.

b) Propaganda Extemporânea (Antecipada): que é aquela que ocorre


antes de 16 de agosto.
Situação que mesmo ocorrendo antes de 16 de agosto não são
consideradas proibidas:
Art. 36-A. Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde
que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa
candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e
os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de comunicação
social, inclusive via internet:
I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em
entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na
internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos,
observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir
tratamento isonômico;
II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente
fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização
dos processos eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de
governo ou alianças partidárias visando às eleições, podendo tais
atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação
intrapartidária;
III - a realização de prévias partidárias (reuniões anteriores as
convenções) e a respectiva distribuição de material informativo, a
divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a
realização de debates entre os pré-candidatos;
IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde
que não se faça pedido de votos;  O TSE entende que mesmo que
haja pedido de voto se ocorrer durante os debates legislativos
dentro das Casas legislativas a pessoa estará protegida pela
imunidade parlamentar.
V - a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas,
inclusive nas redes sociais;
VI - a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa
da sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio
partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e
propostas partidárias.

c) Art. 36-B. Será considerada propaganda eleitoral antecipada a


convocação, por parte do Presidente da República, dos Presidentes da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal
Federal, de redes de radiodifusão para divulgação de atos que denotem
propaganda política ou ataques a partidos políticos e seus filiados ou
instituições.
Parágrafo único. Nos casos permitidos de convocação das redes de
radiodifusão, é vedada a utilização de símbolos ou imagens, exceto
aqueles previstos no § 1o do art. 13 da Constituição Federal.

d) Propaganda vinculada em bens públicos


Exceto: - Nas casas legislativas, desde que haja autorização da mesa
- Ao longo das vias públicas, desde que não atrapalhe o
trânsito de pessoas e veículos; só poderá ser mesa para distribuir
materiais, bandeiras e móveis devendo permanecer entre 6hrs e 22hrs.
e) Propaganda em bens de concessionárias ou permissionárias.
Aqui se inclui taxis, já que o TSE considera que depende de permissão
do poder público.
Ex.: Não pode haver taxi participando de carreata.

f) Propaganda em bens de uso comum.


Para o Direito Eleitoral o conceito de bem comum é mais amplo que no
direito administrativo. É bem que mesmo particular acabe tendo um
amplo acesso ao público em geral.
Ex.: Shopping Center, Cinema, Teatro.

g) Propaganda através de outdoor. Considera-se outdoor qualquer


inscrição com mais de 4 m2. O mesmo se estende a uma junção de
painéis que acabem formando uma inscrição maior que 4 m2.

h) Propaganda em trios elétricos. Trio elétrico não é definido pelo


tamanho do carro, mas sim pela potência do som. Sendo assim trio
elétrico é um veiculo automotor que o som tem potência nominal superior
20 mil hotz. Obs.: pode ser usado de palanque do comício.

i) Showmícios. Mesmos shows gratuitos não serão aceitos.


Mesmo que o show seja do próprio candidato é proibido.

j) Qualquer tipo de propaganda no dia da eleição. Exceção: propaganda


já postada na internet poderá continuar. Admite-se manifestação do
eleitor desde que seja individual e silenciosa. Fiscais de partido não
podem mais usar uniforme, devem ser identificados por crachá.

l) Produção e distribuição que traga vantagem ao eleitor.

- Maneira como a propaganda deve ser realizada:

a) Em bens particulares, que não sejam considerados bens públicos;


forem de concessionária ou permissionária;
Esses bens particulares devem ser ofertados espontaneamente e de
forma gratuita.
É permitida através de adesivos e cartazes de até 0,5 m².

b) Realização de comícios, sem necessidade de licença ou autorização


apenas comunicação com pelo menos 24 horas de antecedência para as
autoridades competentes.
São proibidos nas 48 horas antes do pleito.
Podem ser realizados de 08hrs a 24hrs, sendo que no comício de
encerramento pode se estender por mais 2 horas.
c) Sonorização fixa: como o comício e aquela realizada nos comitês
eleitorais. Poderá funcionar das 08h00min às 24 horas.

d) Sonorização móvel: poderá ocorrer das 08h00min às 22 horas. Carros


ou mini-trios passando por toda a cidade.
hoje existe uma limitação de volume do som não
podendo ultrapassar 80 decibéis medidos a sete metros. Art. 39, § 11. É
permitida a circulação de carros de som e minitrios como meio de
propaganda eleitoral, desde que observado o limite de 80 (oitenta)
decibéis de nível de pressão sonora, medido a 7 (sete) metros de
distância do veículo, e respeitadas as vedações previstas no § 3 o deste
artigo.

e) Material gráfico: considera-se material gráfico tudo que é impresso.


Deve trazer obrigatoriamente do CPF ou CNPJ tanto
de quem produziu quanto de quem contratou.
É necessário trazer qual foi à tiragem.
Tratando de eleição majoritária é necessário vim a
imagem do vice e no caso de senador, dos suplentes. E essa informação
deve estar contida em fonte não inferior a 30% da usada para anunciar o
candidato principal.
Adesivos serão de no máximo 50x40 cm, não se
admite colar propaganda eleitoral em veículos, exceto adesivos
microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro e em outras
posições, respeitando o tamanho máximo.
É possível um material gráfico com mais de um
candidato. Indo para a prestação de contas de quem efetivamente pagou
pela impressão daquele material. Caso tenha o valor sido dividido,
deverá fazer parte das prestações de contas dos candidatos que a
pagaram, na proporção do desembolso de casa um.

f) Imprensa escrita: Uma propaganda que é sempre paga.


É permitida desde 16 de agosto até a antevéspera
das eleições.
Não poderá ser superior a 1/8 da página do jornal
nem ¼ da página de revista.
Só é possível até 10 anúncios por veículo e em datas
diversas.
Não pode ocorrer a propaganda do mesmo candidato
em mais de um período da região ao mesmo dia.
Hoje é obrigatório que se contenha o valor gasto com
o anuncio.
Se a imprensa escrita tiver versão online, a
propaganda constará nela também.
g) No rádio e na televisão: Sempre gratuita sendo vinculada apenas no
horário eleitoral gratuito.
Art. 45. Encerrado o prazo para a
realização das convenções no ano das eleições, é vedado às emissoras
de rádio e televisão, em sua programação normal e em seu noticiário:
(Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)  A partir de 6 de agosto.
I - transmitir, ainda que sob a forma de
entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer
outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível
identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;
II - usar trucagem, montagem ou outro
recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou
ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular
programa com esse efeito; (Julgado inconstitucional pelo STF)
III - veicular propaganda política (partidária)
ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação,
a seus órgãos ou representantes; (Inconstitucional a segunda parte do
inciso)
IV - dar tratamento privilegiado a candidato,
partido ou coligação;
V - veicular ou divulgar filmes, novelas,
minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a
candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto
programas jornalísticos ou debates políticos;
VI - divulgar nome de programa que se
refira a candidato escolhido em convenção, ainda quando preexistente,
inclusive se coincidente com o nome do candidato ou com a variação
nominal por ele adotada. Sendo o nome do programa o mesmo que o do
candidato, fica proibida a sua divulgação, sob pena de cancelamento do
respectivo registro.
§ 1o A partir de 30 de junho do ano da
eleição, é vedado, ainda, às emissoras transmitir programa apresentado
ou comentado por pré-candidato, sob pena, no caso de sua escolha na
convenção partidária, de imposição da multa prevista no § 2 o e de
cancelamento do registro da candidatura do beneficiário. (Redação dada
pela Lei nº 13.165, de 2015)

h) Debates: Poderá ocorrer tanto nas eleições proporcionais quanto nas


eleições majoritárias.
Os debates não podem ser considerados como propaganda
eleitoral, apesar de sua importância.
Nas eleições proporcionais haverá um número equivalente
de candidatos de cada partido. Sendo vedada a participação de um
mesmo candidato em mais de um debate na mesma emissora.
A obrigação nas eleições majoritárias é a de convidar
candidatos de partidos que possuam representação na Câmara dos
Deputados, superior a 9 deputados.
A obrigação nas eleições proporcionais é a de convidar
candidatos de partidos que tem representação na Câmara dos
Deputados.
Obs.: Essa regra da majoritária de representação na Câmara dos
Deputados superior a 9 deputados pode se estender as eleições
proporcionais segundo o STF, mas os partidos cujo convite é obrigatório
não podem vetar a presença dos candidatos dos demais partidos que
não possuem mais de 9 deputados federais, se a emissora entendeu por
convidá-los.
Nos debates para as eleições proporcionais, não é possível
a participação de um mesmo candidato a mais de um debate da mesma
emissora.
Nas eleições majoritárias é possível que um mesmo
candidato compareça a mais de um debate, mas de qualquer maneira, se
houver um excessivo número de candidatos, a emissora poderá dividi-lo
em mais de um dia, com a participação, ou convite, a pelo menos 3
candidatos por dia. A divisão dos candidatos por cada dia deve ser
efetuada através de sorteio.
É possível nas eleições majoritárias o não comparecimento
do candidato a emissora deverá comprovar o convite com 72 horas
antes.
As regras do debate são fixadas entre os partidos (eleição
proporcional) ou candidatos (eleição majoritárias) e a emissora.
Consideram-se as regras aceitas quando houve acordo com aceitação
de 2/3 dos candidatos.
Apesar do silêncio da Lei, tem-se admitido a realização de
debates através da internet, que deverá seguir as mesmas regras já
vistas para os debates nas emissoras de rádio e televisão.
À emissora que desatender as normas acerca dos debates,
poderá ser aplicada a pena de suspensão de sua programação, pelo
prazo de 24 horas, sendo dobrado a cada reincidência. Neste caso, a
cada 15 minutos a emissora deverá informar que a suspensão ocorreu
por desatendimento às normas estabelecidas pela Lei 9504/97.

i) Horário Eleitoral: É necessário que se use o recurso de libras ou


legendas para alcançar o maior número de pessoas.
É proibida qualquer propaganda comercial.
É proibido o uso de língua estrangeira em
propaganda eleitoral (art. 242 Código Eleitoral)
A transmissão da propaganda eleitoral no rádio e na
televisão deve ser realizada por emissoras que são autorizadas pelo
Poder Público a funcionar. Dessa maneira, qualquer emissora de rádio e
televisão que não está autorizada a funcionar, nos termos do § 3º do art.
44 da Lei das Eleições, se veicularem propaganda eleitoral estão sujeitas
a multa de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00, fora as penalidades
administrativas e civis que podem ser tomadas pelo Poder Público, nos
termos das normas pertinentes.
Segundo o TSE as rádios comunitárias também
devem transmitir o horário eleitoral gratuito.
Art. 45. § 6o É permitido ao partido político utilizar
na propaganda eleitoral de seus candidatos em âmbito regional, inclusive
no horário eleitoral gratuito, a imagem e a voz de candidato ou militante
de partido político que integre a sua coligação em âmbito nacional.
Será realizado nos 35 dias que antecedem a
antevéspera das eleições.
Para evitar o desequilíbrio no pleito, é proibido que
se utilize o tempo de propaganda de candidatos às eleições majoritárias
para fazer propaganda para os candidatos às eleições proporcionais e
vice-versa.
É permitido a veiculação de entrevistas de que
participe o candidato, em que ele, pessoalmente, exponha: Realizações
de governo e administração pública; Falhas administrativas e deficientes
verificadas em obras e serviços públicos em geral; e Atos parlamentares
e debates legislativos.
Caso a emissora de rádio ou de televisão
descumpra as normas previstas sobre propaganda eleitoral, por
requerimento do partido, coligação, Ministério Público ou candidato a
Justiça Eleitoral poderá determinar a suspensão da propaganda normal
da emissora pelo prazo de 24 horas, duplicado a cada reiteração de
conduta.
Nas eleições gerais ele terá 25 minutos por
veiculação. No rádio será das 7:00 às 7:25 e 12:00 às 12:25. E na
televisão será das 13:00 às 13:25 e 20:30 às 20:55.
Nas terças, quintas e sábados serão as
propagandas para presidente e deputado federal. Com 12 minutos e 30
segundos para o Presidente e vice e 12 minutos e 30 segundos para o
Deputado Federal. Sendo dividido:
3ªs, 5ªs e sábado Presidente e Vice Deputado Federal
Rádio 07:00 às 07:12:30 07:12:30 às 07:25
Rádio 12:00 às 12:12:30 12:12:30 às 12:25
TV 13:00 às 13:12:30 13:12:30 às 13:25
TV 20:00 às 20:42:30 20:42:30 às 20:55
Nas segundas, quartas e sextas serão propagadas
para governados, deputado estadual e senador. Quando está sendo
substituído 1/3 do senado será 10 minutos para governador e deputado
estadual e 5 minutos para o senador e quando estiver sendo substituído
2/3 do senado será 9 minutos para depurado estadual e governador e 7
minutos para o senador. Sendo dividido:
HAVENDO SUBSTITUIÇÃO DE 1/3 DOS SENADORES
2ªs, 4ªs e 6ªs Senador Dep. Estadual Governador
Rádio 07:00 às 07:05 07:05 às 07:15 07:15 às 07:25
Rádio 12:00 às 12:05 12:05 às 12:15 12:15 às 12:25
TV 13:00 às 13:05 13:05 às 13:15 13:15 às 13:25
TV 20:30 às 20:35 20:35 às 20:45 20:45 às 20:55

HAVENDO SUBSTITUIÇÃO DE 2/3 DOS SENADORES


2ªs, 4ªs e 6ªs Senador Dep. Estadual Governador
Rádio 07:00 às 07:07 07:07 às 07:16 07:16 às 07:25
Rádio 12:00 às 12:07 12:07 às 12:16 12:16 às 12:25
TV 13:00 às 13:07 13:07 às 13:16 13:16 às 13:25
TV 20:30 às 20:37 20:37 às 20:46 20:46 às 20:55
Nas eleições municipais o horário eleitoral será de
10 minutos. A Lei 13.165/15 acabou com a propaganda eleitoral de rádio
e televisão através de cadeia para candidatos a vereador. Agora, os
candidatos a vereador terão apenas a propaganda através de inserções,
quando se tratar de rádio e televisão.
No segundo turno a propaganda recomeça após 48
horas do resultado oficial do primeiro turno. O tempo de propaganda será
de 20 minutos.
Também haverá horário gratuito por inserção. As
emissoras deverão separar 70 minutos diários, para que os partidos e
candidatos possam manifestar as suas opiniões em inserção de no
máximo 30 e 60 segundos.
Em relação a inserção os 70 minutos serão divididos
entre os partidos em partes iguais entre candidaturas às eleições
majoritárias e proporcionais. Em relação as eleições municipais a divisão
será de 60% do tempo de propaganda para prefeito e 40% para
vereador.
As inserções poderão aparecer em três blocos de
horários: 05:00 às 11:00; 11:00 às 18:00; e 18:00 às 24:00. As
transmissões devem ser realizadas de forma em que os partidos possam
fazer as propagandas de seus candidatos em todos os blocos.
As mídias com as gravações da propaganda serão
entregues às emissoras, inclusive nos sábados, domingos e feriados,
com a antecedência mínima: de 6 horas do horário previsto para início da
transmissão, no caso dos programas em rede, e de 12 horas no caso de
inserção.
O tempo da propaganda eleitoral deve ser dividido
entre todos os partidos que participem do pleito eleitoral. Essa divisão é
realizada: 90% distribuídos proporcionalmente ao número de
representantes da Câmara dos Deputados, considerados, no caso de
coligação para eleições majoritárias, o resultado da soma do número de
representantes dos seis maiores partidos que a integrem e, nos casos de
coligação para eleições proporcionais, o resultado da soma do número
de representantes de todos os partidos que a integrem; 10% distribuídos
igualitariamente.
Caso ocorra coligação, o tempo de todos os
partidos que a compõe, deve ser somado, a fim de se estabelecer o
tempo de cada coligação. É importante ressaltar que, apesar do disposto
no § 7º do art. 47 dispor que o número de representantes na Câmara dos
Deputados é aquele decorrente das últimas eleições, o STF entendeu ser
tal dispositivo inconstitucional, pois não se pode limitar o acesso de
novas agremiações partidárias ao fundo partidário e a propaganda
eleitoral, sob pena de ofensa ao art. 17 CF. Assim, caso surja um novo
partido, tendo deputados federais migrado para a nova agremiação, esse
número será utilizado para o cálculo dos tempo de propaganda no rádio
e na televisão.
Se, com a distribuição do tempo, o partido ou a
coligação permanecer com um tempo inferior a trinta segundos, poderá
acumular o tempo de sua propaganda para manifestar-se pelo menos por
tempo equivalente em um dia.

j) Internet: Deverá ser sempre gratuita.


Só poderá ser realizada a partir do dia 16 de agosto do ano das
eleições.
Essa propaganda poderá ser feita em site do candidato.
Será feita também nos sites dos partidos políticos.
Admite-se propagando por meio de mensagens eletrônicas.
A norma vai exigir que os endereços para essas mensagens
eletrônicas tenham sido obtidas gratuitamente. Não se admite a doação
de Cadastro de endereços eletrônicos por pessoas que não possam
realizar doações para campanhas eleitorais ou para partidos políticos. Ou
seja, com a decisão do STF, não é possível que esses cadastros sejam
doados por pessoas jurídicas, já que não se admite mais tal doação nas
campanhas eleitorais.
É possível a realização de campanha delas redes sociais.
Nas redes sociais é livre a manifestação de pensamento,
sendo vedado o anonimato.
É a única que poderá permanecer do dia das eleições.
É vedada a propaganda paga.
É vedada propaganda hospedada em site do exterior.
É vedada propaganda em sites oficial.
É vedada propaganda em sites de pessoas jurídicas ainda que
não possuam fins lucrativos.

- Direito de Resposta: O TSE entendeu que para o direito de resposta ser


deferido é necessário que se trate de uma inverdade absoluta, que não
seja necessária dilação probatória para provar que é uma inverdade ou
quando se trate de abuso.
O direito de resposta será deferido a partido
político, coligação e para candidato. O simples eleitor não é parte
legitima para pedir direito de resposta, exceto se a ofensa ocorrer no
horário político obrigatório.
O direito de resposta poderá ser deferido a partir
da convenção partidária. Art. 58. A partir da escolha de candidatos em
convenção, é assegurado o direito de resposta a candidato, partido ou
coligação atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem
ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica,
difundidos por qualquer veículo de comunicação social.
§ 1º O ofendido, ou seu representante legal, poderá pedir o exercício do
direito de resposta à Justiça Eleitoral nos seguintes prazos, contados a
partir da veiculação da ofensa:
I - vinte e quatro horas, quando se tratar do horário eleitoral gratuito;
II - quarenta e oito horas, quando se tratar da programação normal das
emissoras de rádio e televisão;
III - setenta e duas horas, quando se tratar de órgão da imprensa escrita.
Esse direito de resposta terá prioridade junto a
representação de propaganda ilícita.
O procedimento é igual independente de qual foi o
tipo da ofensa e por qual meio foi vinculada. O ofensor será notificado
para apresentar defesa no prazo de 24 horas. Após haverá decisão no
prazo de 72 horas do pedido. Dessa decisão caberá recurso no prazo de
24 horas não tendo efeito suspensivo.
Em relação ao pedido de direito de resposta de
ofensa vinculada em impressa escrita a resposta deverá ser publicada no
mesmo veículo, espaço, local, página, tamanho, caracteres e outros
elementos de realce usados na ofensa, em até 48 horas após a decisão
ou, tratando-se de veículo com periodicidade de circulação maior que
quarenta e oito horas, na primeira vez que circular. É possível que a
resposta seja publicada no mesmo dia em que foi veiculada a ofensa.
Sobre a resposta na programação normal deve
ser feita no mesmo tempo que foi vinculada a ofensa. No mínimo essa
resposta terá 1 mínimo.
Sobre a resposta no horário eleitoral gratuito o
tempo da resposta será igual o da ofensa tendo no mínimo 1 minuto. Se
determinado candidato não tiver 1 minuto, a resposta será repetida até
completar um minuto.
O ofendido deve se utilizar daquele tempo que lhe
foi consentido exclusivamente para resposta, não podendo se utilizar o
tempo para propaganda já que se o fizer vai perder o tempo respectivo
que usou erroneamente no seu próprio horário.
Na internet, o tempo da resposta que ficará
vinculada no site será 2x o tempo que a ofensa ficou no ar. Dar-se-á no
mesmo veículo, espaço, local, horário,página eletrônica, tamanho,
caracteres e outros elementos de realce usados na ofensa.
O direito de reposta ocorrerá se ofensa for feita
em qualquer meio de comunicação, inclusive mensagens eletrônicas.
Poder de Polícia: Na propaganda eleitoral é exercido pelo juiz eleitoral,
Independentemente de que eleição se trate.
Para suspender o ato ilegal de propaganda o juiz
pode atuar de ofício.
Súmula 18 TSE: “Conquanto investido de poder de
polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral para, de ofício, instaurar
procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de
propaganda eleitoral em desacordo com a Lei 9504/97”.
Para que ocorra sanção por propaganda irregular é
necessário Representação. Perante o TSE se for eleições presidenciais,
o TRE em eleições federais e estaduais e juiz eleitoral nas municipais.
A legitimidade para a representação do ministério
público, das coligações e dos candidatos.
Art. 96, § 5º Recebida a reclamação ou
representação, a Justiça Eleitoral notificará imediatamente o reclamado
ou representado para, querendo, apresentar defesa em quarenta e oito
horas.
§ 7º Transcorrido o prazo previsto no § 5º, apresentada ou não a defesa,
o órgão competente da Justiça Eleitoral decidirá e fará publicar a decisão
em vinte e quatro horas.
Evidentemente, aqui não há que se falar em
responsabilidade objetiva. Por isso, para que o candidato venha a ser
punido, na forma da lei, pela propaganda irregular, é necessário se
comprovar o seu anterior conhecimento do ilícito, a teor do art. 40-B da
Lei das Eleições.

IV – Propaganda Institucional

- Como esse tipo de propaganda diz respeito a atos do governo não é da


seara do direito eleitoral.

- Proibida nos 3 meses antes das eleições, com a preocupação de


equilibrar o pleito.

> Partidos Políticos

# Agremiação que se constitui em uma união de pessoas que tenham


ideais políticos parecidos e que por tanto pretendem a tomada legitima
do poder.

# Agente essenciais para democracia.

# Regidos pelo Princípio da Autonomia dos Partidos Políticos

- Os partidos têm liberdade na forma da lei.


- São Pessoas Jurídicas de Direito Privado, sendo permitida a livre
criação, extinção, fusão e incorporação do partido político. Mas devem
respeitar a soberania nacional, ao pluripartidarismo, ao sistema
representativo, aos direitos fundamentais.

Lei 9096/95, Art. 2º É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de


partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da
pessoa humana.

- A uma diferença entre o programa e o estatuto do partido. Enquanto o


programa é um documento informa os ideias do partido e o estatuto
informa qual é a estrutura interna do partido.

Art. 2º É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos


políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa
humana.
Parágrafo único. É assegurada aos candidatos, partidos políticos e
coligações autonomia para definir o cronograma das atividades eleitorais
de campanha e executá-lo em qualquer dia e horário, observados os
limites estabelecidos em lei.

# Vedações aos Partidos

- Os partidos não podem tem qualquer vinculação com organismo ou


Estado estrangeiro.

- Proibição de ministrar instrução militar ou paramilitar.

- Vedação de adoção de uniformes para filiados.

# Criação dos Partidos

- Ele é criado a partir do momento que seus atos constitutivos são


registrados no Cartório competente.

- É necessário possuir caráter nacional devendo ser criados perante


cartório de pessoa jurídica da capital federal.

- Haverá publicação do programa e do estatuto no Diário Oficial da


União. E uma vez publicado haverá requerimento da sua criação pelos
seus fundadores. Que serão no mínimo 101 com domicílios eleitorais em
pelo menos 1/3 dos estados (9 estados).
- Para aquisição da personalidade jurídica não é necessário recorrer a
justiça eleitoral, mas enquanto o estatuto do partido não for registrado no
TSE ele não poderá participar do processo eleitoral, acesso ao horário
gratuito em rádio e televisão, não receberão fundos do Fundo Partidário
e não terão direito ao uso exclusivo do seu nome e siglas.

- Após a aquisição da personalidade jurídica, o partido irá registrar o seu


estatuto no TSE devendo comprovar o apoiamento mínimo de 0,5%
votos para deputado federal nas últimas eleições devendo esses votos
estarem espalhados em 1/3 dos Estados com 0,1% de cada estado.

Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma


da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 1o Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha
caráter nacional, considerando-se como tal aquele que comprove o
apoiamento de eleitores não filiados a partido político,
correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos
dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não
computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por 1/3 (um
terço), ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por
cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.

- O TRE declara que naquele estado foi obtido x apoio. Depois de


conseguir 1/3 dos Estados leva-se essas listas para o TSE.

- Devendo o estatuto estar registrado no TSE um ano antes das eleições.

- Com a alteração da Lei 13.165/15, esse apoiamento mínimo deve ser


obtido no prazo de 2 anos.

Ex.: Iremos considerar como se houvessem, nas eleições passadas,


sendo consignados 50 milhões de votos válidos:
a) Assim, seria necessário que o partido em procedimento em registro de
estatuto obtivesse o apoio de pelo menos 250 mil eleitores (0,5% de 50
milhões)
b) Esses 250 mil eleitores devem estar distribuídos por pelo menos 9
estados (1/3 dos Estados)
c) Em cada Estado é necessário que se obtenha o apoio de pelo menos
0,1% do número de eleitores que naquele Estado votaram para deputado
federal. Imaginando que na Bahia foram obtidos 4 milhões de votos para
deputado federal, seria necessário que o partido obtivesse 4 mil votos.
(0,1% de 4 milhões).

- Segundo o TSE não se admite pedido de encaminhamento de fichas de


apoiamento por meio da internet.
- Na lista de apoiamento pode constar apoio de analfabeto.

- Uma vez protocolado o requerimento de registro frente ao TSE, será o


mesmo distribuído a um relator, no prazo de 48 horas. Uma vez ouvida a
Procuradoria Geral Eleitoral, no prazo de 10 dias, em igual prazo deverá
determinar que sejam suprimidas falhas no procedimento, caso existam.
Após tal procedimento, o estatuto será registrado no prazo de 30 dias.

- Se ocorrer alguma modificação no programa ou no estatuto do partido


político, tal alteração deverá ser registrada no Ofício Civil competente e
somente após, encaminhadas para registro no TSE. Já que segundo o
TSE não é possível o registro de alteração de programa ou estatuto
perante a Justiça Eleitoral antes de ocorrido o registro no cartório civil
competente.

Art. 14. Observadas as disposições constitucionais e as desta Lei, o


partido é livre para fixar, em seu programa, seus objetivos políticos
e para estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura interna,
organização e funcionamento.

# Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. Mas


apesar disso, de acordo com a Lei de Mandado de Segurança é possível
a impetração de mandado de segurança contra ato de dirigente
partidário. Neste caso, a competência para decidir a ação não será da
Justiça Eleitoral, desde que não influencie diretamente no processo
eleitoral.

# A intervenção de um órgão partidário sobre outro deve ser decidida


pela Justiça Comum, a mesma coisa acontece na expulsão de algum
filiado. Mas, se essa expulsão ocorre durante o processo eleitoral (a
partir de 15 de agosto do ano das eleições) e que pode vir a inviabilizar a
candidatura do cidadão, é possível o ajuizamento da ação perante a
Justiça Eleitoral. Mas está é a exceção, pois a regra é que a competência
seja da justiça estadual.

# É possível o partido se subdividir em órgãos de:

a) Direção

- Diretórios: Nacional (Deve ser registrado perante TSE)


Estadual (Deve ser registrado perante TRE)
Municipal (Deve ser registrado perante TRE)
Zonal (Deve ser registrado perante TER, existindo apenas no
Distrito Federal)
Acabam tendo uma autonomia entre si. Como a autonomia,
apesar de não possuir personalidade jurídica, não pode ser cobrada
divida de um diretório a outro. Mesmo que seja possível haver
solidariedade por escolha dos próprios diretórios.
Art. 15-A. A responsabilidade, inclusive civil e trabalhista,
cabe exclusivamente ao órgão partidário municipal, estadual ou
nacional que tiver dado causa ao não cumprimento da obrigação, à
violação de direito, a dano a outrem ou a qualquer ato ilícito, excluída a
solidariedade de outros órgãos de direção partidária. Parágrafo
único. O órgão nacional do partido político, quando responsável,
somente poderá ser demandado judicialmente na circunscrição especial
judiciária da sua sede, inclusive nas ações de natureza cível ou
trabalhista.

b) Deliberação

- Convenção partidária

c) Ação Parlamentar

- Bancadas: São órgãos internos da casa legislativa pertencentes ao


partido para determinar as decisões nos votos pelo partido.
Só é necessário que o partido tenha participação na
câmara para poder ter bancada.

d) Órgãos diversos

- Força jovem

- Forma Feminina

- Velha guarda entre outros.

# Qualquer filiado a partido político, ainda que não seja candidato, é


parte legítima para impugnar a validade da coligação, conforme entende
o TSE na Súmula 53.

# Filiação partidária

- Vínculo entre o partido e o cidadão.

- Esse vínculo surge na forma estabelecida pelo partido no seu estatuto.

- Para que se possa filiar a partido é necessário estar em gozo dos seus
direitos políticos.
- Aquele com inelegibilidade não é impedido de se filiar a partido. A
proibição de filiação está relacionada com a perda ou suspensão dos
direitos políticos.

- Os filiados a partido políticos possuem os mesmos direitos e deveres,


sendo vedada a discriminação realizada por agremiação partidária, em
relação aos seus filiados.

Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de
seus direitos políticos.

- O partido deve apresentar lista dos filiados na segunda semana de abril


e de outubro. Se deixar de apresentar será como se a lista anterior
estivesse inalterada.

- Desfiliação irá ocorrer por simples comunicação. É ato potestativo. O


cidadão irá fazer uma dupla comunicação, ao partido e ao juiz eleitoral da
sua zona. A ausência de tal procedimento poderá inviabilizar a
candidatura do requerente, uma vez que pode ser entendida como dupla
filiação no caso em que decida se candidatar por outro partido político.

- Caso o cidadão pretenda filiar-se a outro partido, poderá fazê-lo, sendo


considerada a filiação anterior como cancelada. Dessa forma, não mais
ocorre a nulidade das filiações quando o cidadão encontra-se filiado a
mais de um partido. Apenas, irá prevalecer a filiação mais recente.

- Para concorrer é necessário que esteja filiado a pelo menos um ano,


mas o partido poderá optar um número maior de anos. Mas essa decisão
não poderá ser alterada no ano das eleições com base no princípio da
anuidade.

Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto,


prazos de filiação partidária superiores aos previstos nesta Lei, com
vistas a candidatura a cargos eletivos.
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do
partido, com vistas a candidatura a cargos eletivos, não podem ser
alterados no ano da eleição.

- Cancelamento da filiação:

Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos


casos de:
I - morte;
II - perda dos direitos políticos;
III - expulsão;
IV - outras formas previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao
atingido no prazo de quarenta e oito horas da decisão.
V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz
da respectiva Zona Eleitoral.
Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias,
prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o
cancelamento das demais.

# Normas disciplinares

- É necessária uma tipificação de conduta. A infração deve estar descrita


no estatuto.

- É necessário respeitar a ampla defesa e o contraditório.

# Fidelidade Partidária

- A perda de mandato por infidelidade partidária é entendimento


jurisprudência já que o TSE entende que o mandato é do partido e não
do seu ocupante.

Art. 26. Perde automaticamente a função ou cargo que exerça, na


respectiva Casa Legislativa, em virtude da proporção partidária, o
parlamentar que deixar o partido sob cuja legenda tenha sido eleito.

- Resolução 22610 TSE: Informa que a perda de mandatos federais será


determinado pelo TSE e os estaduais e municipais pelo TRE.

- A perda de mandato só ocorrerá com uma desfiliação voluntária.

- Não pode haver justa causa para a desfiliação.

Obs.: Pode haver parlamentar sem partido. Já que a filiação só é


exigência para a candidatura.

Art. 1º O partido político interessado pode pedir, perante a Justiça


Eleitoral, a decretação da perda de cargo eletivo em decorrência de
desfiliação partidária sem justa causa.
§ 1º Considera-se justa causa:
I – incorporação ou fusão do partido;
II – criação de novo partido;
III – mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
IV – grave discriminação pessoal.
§ 2º Quando o partido político não formular o pedido dentro de 30 (trinta)
dias da desfiliação, pode fazê-lo, em nome próprio, nos 30 (trinta)
subseqüentes, quem tenha interesse jurídico ou o Ministério Público
Eleitoral.  A doutrina entende que o prazo é de interesse.

- Caso haja desfiliação com justa causa, o cidadão não perderá o seu
mandato, mas aquele mandato continuará sendo do partido. Caso haja
morte ou renuncia o suplente que assumirá será do primeiro partido.

- São consideradas como justa causa:

a) Mudança substancial ou desvio reiterado do programa.

b) Grave descriminação política pessoal

c) Mudança de partido efetuada durante o período de 30 dias que


antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrerem à eleições,
majoritárias ou proporcionais, ao término do mandato vigente.

Art. 2º O Tribunal Superior Eleitoral é competente para processar e julgar


pedido relativo a mandato federal; nos demais casos, é competente o
tribunal eleitoral do respectivo estado.

- A infidelidade partidária é hipótese de perda de filiação.

- Atualmente o STF entende que não há perda de mandato por


infidelidade partidária quando se trata de cargo majoritário.

# Sanção contra Partido

Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de


decisão, determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do
partido contra o qual fique provado:
I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência
estrangeira;
II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;
III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à Justiça
Eleitoral;  Só ocorrerá se essa omissão partir do diretório nacional. Se
tratando de diretório estadual ou municipal ocorrerá suspensão de
repasse do fundo partidário.
IV - que mantém organização paramilitar.
§ 1º A decisão judicial a que se refere este artigo deve ser precedida de
processo regular, que assegure ampla defesa.
§ 2º O processo de cancelamento é iniciado pelo Tribunal à vista de denúncia
de qualquer eleitor, de representante de partido, ou de representação do
Procurador-Geral Eleitoral.
§ 3º O partido político, em nível nacional, não sofrerá a suspensão das
cotas do Fundo Partidário, nem qualquer outra punição como
conseqüência de atos praticados por órgãos regionais ou municipais.
§ 4o Despesas realizadas por órgãos partidários municipais ou estaduais
ou por candidatos majoritários nas respectivas circunscrições devem ser
assumidas e pagas exclusivamente pela esfera partidária
correspondente, salvo acordo expresso com órgão de outra esfera
partidária.

# Prestação de contas pelo partido

- O diretório nacional prestará contas perante o TSE, o regional perante o


TRE e o municipal e zonal ao juiz eleitoral.

Obs.: O juiz eleitoral não é competente para registrar diretório, mas será
para prestação de contas.

Art. 30. O partido político, através de seus órgãos nacionais, regionais e


municipais, deve manter escrituração contábil, de forma a permitir o
conhecimento da origem de suas receitas e a destinação de suas
despesas.
§ 4o Os órgãos partidários municipais que não hajam movimentado
recursos financeiros ou arrecadado bens estimáveis em dinheiro ficam
desobrigados de prestar contas à Justiça Eleitoral, exigindo-se do
responsável partidário, no prazo estipulado no caput, a apresentação de
declaração da ausência de movimentação de recursos nesse período.
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 5o A desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará
sanção alguma que o impeça de participar do pleito eleitoral. (Incluído
pela Lei nº 13.165, de 2015)

- A prestação de contas deverá ocorrer anualmente até o dia 30 de abril.

Art. 37. A desaprovação das contas do partido implicará exclusivamente


a sanção de devolução da importância apontada como irregular,
acrescida de multa de até 20% (vinte por cento). (Redação dada pela Lei
nº 13.165, de 2015)
§ 2o A sanção a que se refere o caput será aplicada exclusivamente à
esfera partidária responsável pela irregularidade, não suspendendo o
registro ou a anotação de seus órgãos de direção partidária nem
tornando devedores ou inadimplentes os respectivos responsáveis
partidários. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 3o A sanção a que se refere o caput deverá ser aplicada de forma
proporcional e razoável, pelo período de um a doze meses, e o
pagamento deverá ser feito por meio de desconto nos futuros repasses
de cotas do Fundo Partidário, desde que a prestação de contas seja
julgada, pelo juízo ou tribunal competente, em até cinco anos de sua
apresentação.(Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 9o O desconto no repasse de cotas resultante da aplicação da sanção
a que se refere o caput será suspenso durante o segundo semestre do
ano em que se realizarem as eleições. (Incluído pela Lei nº 13.165, de
2015)
§ 10. Os gastos com passagens aéreas serão comprovados mediante
apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem,
quando for o caso, desde que informados os beneficiários, as datas e os
itinerários, vedada a exigência de apresentação de qualquer outro
documento para esse fim. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 11. Os órgãos partidários poderão apresentar documentos hábeis para
esclarecer questionamentos da Justiça Eleitoral ou para sanear
irregularidades a qualquer tempo, enquanto não transitada em julgado a
decisão que julgar a prestação de contas. (Incluído pela Lei nº 13.165, de
2015)
§ 12. Erros formais ou materiais que no conjunto da prestação de contas
não comprometam o conhecimento da origem das receitas e a
destinação das despesas não acarretarão a desaprovação das
contas. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 13. A responsabilização pessoal civil e criminal dos dirigentes
partidários decorrente da desaprovação das contas partidárias e de atos
ilícitos atribuídos ao partido político somente ocorrerá se verificada
irregularidade grave e insanável resultante de conduta dolosa que
importe enriquecimento ilícito e lesão ao patrimônio do partido. (Incluído
pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 14. O instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação
política não será atingido pela sanção aplicada ao partido político em
caso de desaprovação de suas contas, exceto se tiver diretamente dado
causa à reprovação. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

Art. 37-A. A falta de prestação de contas implicará a suspensão de


novas cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a inadimplência e
sujeitará os responsáveis às penas da lei. (Incluído pela Lei nº 13.165, de
2015)

- O prazo prescricional para aplicação de sanção por irregularidade de


contas do partido é de 5 anos devendo os partidos manterem a
documentação referentes a comprovação.

Obs.: Os documentos referentes a campanha eleitoral deverá ser


guardada por 180 dias.

Art. 38. O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos


Políticos (Fundo Partidário) é constituído por:
I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do Código
Eleitoral e leis conexas;
II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter
permanente ou eventual;
III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por intermédio de
depósitos bancários diretamente na conta do Fundo Partidário;
IV - dotações orçamentárias da União em valor nunca inferior, cada ano,
ao número de eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior ao
da proposta orçamentária, multiplicados por trinta e cinco centavos de
real, em valores de agosto de 1995.

Art. 41-A. Do total do Fundo Partidário:


I - 5% (cinco por cento) serão destacados para entrega, em partes iguais,
a todos os partidos que atendam aos requisitos constitucionais de acesso
aos recursos do Fundo Partidário; e (Redação dada pela Lei nº 13.165,
de 2015)
II - 95% (noventa e cinco por cento) serão distribuídos aos partidos na
proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados. (Incluído pela Lei nº 12.875, de 2013) (Vide ADI-5105)
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II, serão
desconsideradas as mudanças de filiação partidária em quaisquer
hipóteses. (Redação dada pela Lei nº 13.107, de 2015)

Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:


I - na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o
pagamento de pessoal, a qualquer título, observado, do total recebido, os
seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
a) 50% (cinquenta por cento) para o órgão nacional; (Incluído pela Lei nº
13.165, de 2015)
b) 60% (sessenta por cento) para cada órgão estadual e
municipal; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - na propaganda doutrinária e política;
III - no alistamento e campanhas eleitorais;
IV - na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de
doutrinação e educação política, sendo esta aplicação de, no mínimo,
vinte por cento do total recebido.
V - na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da
participação política das mulheres, criados e mantidos pela secretaria da
mulher do respectivo partido político ou, inexistindo a secretaria, pelo
instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política
de que trata o inciso IV, conforme percentual que será fixado pelo órgão
nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5% (cinco por
cento) do total; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
VI - no pagamento de mensalidades, anuidades e congêneres devidos a
organismos partidários internacionais que se destinem ao apoio à
pesquisa, ao estudo e à doutrinação política, aos quais seja o partido
político regularmente filiado; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
VII - no pagamento de despesas com alimentação, incluindo restaurantes
e lanchonetes. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

- Não se aplica licitação para os gastos usando fundo partidário.

> Condutas vedadas a agentes públicos em campanha

Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as


seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades
entre candidatos nos pleitos eleitorais:  Nesse caso agentes públicos
será aquele que presta atividade própria de Estado, não importando se é
em caráter temporário ou definitivo, remunerada ou não.
I - ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou
coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta
ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios, ressalvadas a realização de convenção partidária; 
Para convenção partidária é possível a cessão de uso de imóveis
públicos para sua realização, ficando o partido responsável por qualquer
dano que vier ocorrer ao bem. Outras exceções é a utilização de
transporte oficial por presidente da república em campanha sendo pago
pelo partido; admitisse a utilização das residências oficiais pelos chefes
do executivo e seus vices quando estiverem em campanha para
reeleição sendo essas casas usadas para encontro de campanhas que
não tenha natureza de ato público.
II - usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou Casas
Legislativas, que excedam as prerrogativas consignadas nos
regimentos e normas dos órgãos que integram;  O que o TSE tem
interpretado é que não se pode utilizar desses materiais e serviços para
fins eleitorais. Pode se usar para divulgar atos parlamentares.
III - ceder servidor público ou empregado da administração direta ou
indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de
seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido
político ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o
servidor ou empregado estiver licenciado;
IV - fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido
político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de
caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público;
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa
causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou
impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou
exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses
que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de
pleno direito, ressalvados:
a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou
dispensa de funções de confiança;
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público,
dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da
República;
c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o
início daquele prazo (3 meses antes das eleições);
d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao
funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e
expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;
e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de
agentes penitenciários;
VI - nos três meses que antecedem o pleito:
a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e
Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de
pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação
formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento e
com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de
emergência e de calamidade pública;
b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham
concorrência no mercado, autorizar publicidade institucional dos
atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da
administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade
pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;
c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário
eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de
matéria urgente, relevante e característica das funções de governo;
VII - realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com
publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou
das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a
média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que
antecedem o pleito; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
VIII - fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos
servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder
aquisitivo ao longo do ano da eleição, a partir do início do prazo
estabelecido no art. 7º desta Lei e até a posse dos eleitos.  Proíbe que
nos 180 dias antes da eleição se faça uma revisão de remuneração dos
servidores que ultrapasse a mera recomposição salarial por causa da
inflação.
§ 1º Reputa-se agente público, para os efeitos deste artigo, quem exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos ou entidades da
administração pública direta, indireta, ou fundacional.
§ 2º A vedação do inciso I do caput não se aplica ao uso, em campanha,
de transporte oficial pelo Presidente da República, obedecido o disposto
no art. 76, nem ao uso, em campanha, pelos candidatos a reeleição de
Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, de
suas residências oficiais para realização de contatos, encontros e
reuniões pertinentes à própria campanha, desde que não tenham caráter
de ato público.
§ 10. No ano em que se realizar eleição, fica proibida a distribuição
gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração
Pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de
emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em
execução orçamentária no exercício anterior, casos em que o
Ministério Público poderá promover o acompanhamento de sua execução
financeira e administrativa.
§ 11. Nos anos eleitorais, os programas sociais de que trata o § 10 não
poderão ser executados por entidade nominalmente vinculada a
candidato ou por esse mantida.
§ 4º O descumprimento do disposto neste artigo acarretará a suspensão
imediata da conduta vedada, quando for o caso, e sujeitará os
responsáveis a multa no valor de cinco a cem mil UFIR.
§ 5o Nos casos de descumprimento do disposto nos incisos do caput e
no § 10, sem prejuízo do disposto no § 4o, o candidato beneficiado,
agente público ou não, ficará sujeito à cassação do registro ou do
diploma.  O TSE tem entendido que para a cassação do registro ou
diploma é necessário se observar a proporcionalidade e a razoabilidade
da infração. Se tornando o agente ainda inelegível.
§ 6º As multas de que trata este artigo serão duplicadas a cada
reincidência.
§ 7º As condutas enumeradas no caput caracterizam, ainda, atos de
improbidade administrativa, a que se refere o art. 11, inciso I, da Lei nº
8.429, de 2 de junho de 1992, e sujeitam-se às disposições daquele
diploma legal, em especial às cominações do art. 12, inciso III.
§ 8º Aplicam-se as sanções do § 4º aos agentes públicos responsáveis
pelas condutas vedadas e aos partidos, coligações e candidatos que
delas se beneficiarem.

Art. 75. Nos três meses que antecederem as eleições, na realização


de inaugurações é vedada a contratação de shows artísticos pagos com
recursos públicos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento do disposto neste
artigo, sem prejuízo da suspensão imediata da conduta, o candidato
beneficiado, agente público ou não, ficará sujeito à cassação do registro
ou do diploma.

Art. 77. É proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3 (três)


meses que precedem o pleito, a inaugurações de obras públicas.
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo sujeita o
infrator à cassação do registro ou do diploma.
Art. 78. A aplicação das sanções cominadas no art. 73, §§ 4º e 5º, dar-
se-á sem prejuízo de outras de caráter constitucional, administrativo
ou disciplinar fixadas pelas demais leis vigentes.

 Ações Eleitorais

I – Ação de Impugnação de Registro de Candidatura

> Terá por finalidade impedir que o cidadão que ostenta a qualidade de
pré-candidato passe a ter a qualidade de candidato. A finalidade,
portanto, é impedir o deferimento do registro de candidatura.

> Se a eleição for presidencial será competência do TSE, se a eleição for


federal ou estadual será do TRE e municipal do juiz eleitoral.

> O requerimento de registro de candidatura será decidido


independentemente da existência da impugnação, tanto pelo seu
deferimento quanto indeferimento.

> A finalidade é trazer a justiça eleitoral alguma informação que possa


levar o indeferimento do requerimento do registro de candidatura.

> A causa de pedir:

a) Ausência de condições de elegibilidade

b) Presença de alguma inelegibilidade

Obs.: Não se pode pedir impugnação por abuso de poder político, por
exemplo.

> Prazo decadencial: Deverá ser ajuizada até 5 dias da publicação da


lista com o requerimento de registro de candidatura.

# O novo CPC afirma que os prazos deverão ser contados em dias úteis.

# A lei complementar 64 afirma que a partir do dia 05 de julho os prazos


não se suspendem mais nos sábados, domingos e feriados.

# Nesse caso aplica-se a LC 64 já que quando a um choque de normas,


a especifica derrogará a geral no que deferirem.

> Legitimidade

a) Ativa: Ministério Público Eleitoral


Partidos
Coligações
Candidatos
O simples eleitor não pode entrar com a ação, mas poderá levar
essa informação à justiça eleitoral ou ao MPE.
A LC 64 informa que membro do MP que nos últimos quatro
anos exerceu atividade político-partidária não possuirá legitimidade para
o ajuizamento dessa ação. A lei orgânica do MP informa que é 2 anos.
O partido que se coliga perde a legitimidade de entrar com a
ação sozinho.
O candidato poderá entrar tanto contra registro de candidatura
daqueles que concorrem para o mesmo cargo que ele quanto para outros
cargos.

b) Passiva: Pré-candidato impugnado


Apesar da existência de chapas, o TSE entende que não é
litisconsórcio necessário entre eles nesse caso. Poderá ser impugnada
apenas a candidatura de um podendo as demais serem deferidas.
Caso ocorra o indeferimento de um, o partido deverá trazer
um substituto já que a chapa não poderá ficar incompleta.

> Rito

# Ordinário Eleitoral

# Está previstos nos art. 3º e seguintes da LC 64.

# Inicia-se com a Petição Inicial devendo ter todos os requisitos previstos


em lei para a sua aceitação.

- É um erro técnico colocar o valor da causa

- Poderá requerer a oitiva de 6 testemunhas

# Após essa PI haverá uma notificação para apresentação de Defesa


Escrita no prazo de 7 dias.

- Na defesa escrita pode ser requerida a oitiva de 6 testemunhas.

- Mesmo o partido político não podendo fazer parte do pólo passivo


dessa demanda, o partido poderá apresentar a defesa do seu pré-
candidato.

# Caso seja necessário haverá dilação probatória e essa dilação deverá


ocorrer nos 4 dias seguintes.
- Por se tratar de matéria de ordem pública, não se admite confissão, não
havendo então interrogatório ou depoimento pessoa.

# Caso haja necessidade de diligência, elas devem ser solicitadas em 5


dias.

# Após o prazo para diligências será apresentado Alegação Final no


prazo de 5 dias.

# Mesmo que o MPE não seja o autor da ação deverá funcionar como
fiscal da lei. Não havendo prazo diferenciado para o Ministério Público.

# Após as alegações finais haverá Decisão no prazo de 3 dias. Não


sendo essa decisão publicada no diário oficial da justiça, sendo publicada
no próprio cartório. Súmula 10 TSE: “No processo de registro de
candidatos, quando a sentença for entregue em cartório antes de três
dias contados da conclusão ao juiz, o prazo para o recurso ordinário,
salvo intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele
tríduo”.

- Não há intimação por imprensa oficial, é necessário comparecer em


cartório.

# Decisão

a) Procedência da Impugnação

- Causar o indeferimento do Requerimento de Registro de Candidatura.

- Existe uma relação de prejudicialidade entre a impugnação e o


indeferimento.

b) Improcedência de Impuganação

- Poderá haver tanto o deferimento quanto o indeferimento do


Requerimento do Registro de Candidatura.

- Não há relação de prejudicialidade.

# Da prolatação da decisão caberá recurso em até 3 dias.

- Súmula 11 TSE: “No processo de registro de candidatos, o partido que


não o impugnou não tem legitimidade para recorrer da sentença que o
deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional”.

- Prazo decadencial.
- O TSE estava estendendo essa súmula ao MPE, mas essa decisão foi
modificada após o STF realizar julgamento entendo que essa súmula não
se estendia ao MP.

# Desse recurso há contrarazões devendo ser apresentadas no prazo de


3 dias.

II – Ação de Investigação Judicial Eleitoral

> Sua finalidade é garantir a legitimidade do pleito. Evitando o abuso do


poder.

> Causa de pedir

# Diz respeito ao abuso de poder político, econômico ou dos meios de


comunicação.

# Hoje a norma exige a gravidade da conduta.

- É necessário analisar a proporcionalidade e razoabilidade. Não se pode


provar a extensão do abuso de poder devido ao nosso sistema de voto. A
LC 135 dizendo que não há necessidade de se comprovar nem a
influência no resultado do pleito nem a potencialidade de lesão. O que se
tem que provar é a gravidade da conduta.

> Prazo decadencial

# Até a diplomação.

# O ponto inicial seria o registro de candidatura, mas os fatos podem


ocorrer até mesmo antes.

> Legitimidade

a) Ativa: MPE
Partidos Políticos
Coligações
Candidatos
Entende o TSE que o partido só precisa se manter coligado até
a data das eleições, por isso o partido poderá entrar com a ação sozinho
caso tenha sido coligado.
b) Passivo: Nas eleições majoritárias fala-se em litisconsórcio passivo
necessário. Todos os integrantes de determinada chapa deverão
responder.
Nas eleições proporcionais será o candidato
Pessoa Jurídica não poderá fazer parte do pólo passivo,
sendo assim partido político não poderá ser parte passiva.

> Rito

# Sumaríssimo

# Previsto no art. 22 da LC 64

# Petição Inicial que deverá apresentar todos os requisitos determinado


em norma.

- Poderá se requerer até 6 testemunhas.

- Quando a ação for ajuizada perante o TSE e TRE a ação deverá ser
proposta ao Corregedor.

- Se o Corregedor entender que não há elementos mínimos para a


caracterização de abuso ele poderá indeferi-la de pronto e a parte
interessada poderá ir ao pleno do tribunal e se o pleno entender que há
elementos poderá fazer o Corregedor aceitar a petição.

- O Corregedor funcionará como eleitor.

# Após a PI haverá notificação para apresentação de Defesa Escrita no


prazo de 5 dias.

- Podendo ser requerida a oitiva de 6 testemunhas

- Em caso de litisconsórcio passivo necessário cada um terá direito a


indicar 6 testemunhas.

# Caso haja necessidade de dilação probatória ela ocorrerá no prazo de


5 dias.

- Como não cabe pena de confissão, não haverá interrogatório ou


depoimento pessoal.

# É possível solicitação ou requerimento de diligência no prazo de 3 dias.

# As Alegações Finais serão apresentadas no prazo de 2 dias.


# Após será prolatada Decisão

- Em caso de procedência irá caracterizar de um lado Inelegibilidade, na


eleição que ocorreu o abuso e por outro lado a cassação do registro ou
do diploma e ainda a anulação dos votos dados.

# Poderá haver interposição de Recurso no prazo de 3 dias.

- Nele é possível requerimento para efeito suspensivo se argua que a


verossimilhança da alegação e perigo dos efeitos daquela decisão.

- As contrarrazões no prazo de 3 dias.

> A três representações da Lei 9504/97 possuem o mesmo rito da AIJ,


com algumas diferenças

# Caso seja perante o tribunal o relator não será o Corregedor, será um


dos juízes auxiliares.

a) Art. 30-A

# Representação por conta de gastos e arrecadações que sejam ilícitos


em campanha eleitoral.

# A finalidade dessa ação é proteção a moralidade da eleição.

# Causa de Pedir:

- Existência de ilegalidade nos gastos ou arrecadações.

- O TSE tem exigido a gravidade nessa conduta.

# Prazo decadencial:

- Até 15 dias após a diplomação.

# Legitimidade:

a) Ativa: MPE
Partidos
Coligações

b) Passiva: Eleições Majoritárias haverá litisconsórcio passivo necessário


Eleições Proporcionais será o candidato.

# Decisão:
- Pela Procedência haverá perda da diplomação, inelegibilidade (art. 1º, I,
J) e anulação dos votos recebidos.

# Recurso no prazo de 3 dias.

b) Art. 41-A

# Requerimento de captação ilícita de sufrágio.

# Tem por finalidade o respeito à liberdade do eleitor.

# Causa de pedir:

- Doar, Oferecer, Prometer ou Entregar bens que tragam vantagem


pessoal ao eleitor em troca de voto.

# Prazo decadencial:

- Até a diplomação, mas os fatos dela só poderão ser investigados do


Requerimento de Registro de Candidatura as Eleições.

# Decisão:

- Na Procedência haverá cassação do registro ou diploma,


inelegibilidade, multa e anulação dos votos recebidos.

# Recurso no prazo de 3 dias.

c) Art. 73, §§ 12 e 13

# Requerimento das condutas vedadas aos agentes públicos em


campanha.

# Tem por finalidade buscar o equilíbrio no pleito eleitoral.

# Causa de Pedir:

- Alguma das condutas enumeradas no art. 73.

# Decisão

- Em caso de procedência haverá multa, as vezes cassação de registro


ou diploma, inelegibilidade e anulação dos votos recebidos.

# Recurso no prazo de 3 dias.


III – Ação de Impugnação ao Mandato Eletivo

> Tem por finalidade a perda de um mandato que acabou sendo obtido
de forma ilegítima.

> Causa de pedir

# Existência de fraude, corrupção e de abuso do poder econômico.

- Essa fraude deverá ocorrer durante a apuração dos votos segundo o


TSE.

> Prazo decadencial:

# Até 15 dias da diplomação.

# O TSE entende que caso termine em dia não-útil, prorrogasse para o


próximo dia útil.

> Legitimidade

a) Ativa: MPE
Partido
Coligação
Candidato

b) Passiva: Eleições Majoritárias o litisconsórcio passivo necessário.


Eleições Proporcionais será o candidato.

> Rito

# Art. 3º e SS da LC 64, mesmo rito da Impugnação do Requerimento do


Registro de Candidatura.

# Por determinação constitucional essa ação segue em segredo de


justiça.

# Começa com uma Petição Inicial com todos os seus requisitos.

- Rol de testemunha de até 6.


# Após haverá notificação para apresentação de Defesa Escrita em 7
dias.

- Pode pedir 6 testemunhas também.

# Se houver necessidade de dilação probatória nos 4 dias seguintes

# Se houver necessidade de diligência no prazo de 5 dias.

# Apresentação de Alegações Finais 5 dias.

Obs.: Nessa Ação os prazos vão se suspender nos sábados e domingos


porque já saiu do período eleitora.

# Decisão

- Nesse caso haverá publicação na imprensa oficial.

- Se houver procedência do pedido haverá perda de mandato e anulação


dos votos recebidos.

- O TSE entende que a inelegibilidade não é consequência.

- Como o recurso não possui efeito suspensivo a decisão começa a fazer


efeito imediatamente.

IV – Recurso Contra a Expedição de Diploma

> Natureza jurídica de ação.

> Finalidade de decretar a perda do diploma expedido.

> Causa de pedir:

# Ausência de condição de elegibilidade

# Presença de inelegibilidade

- Só poderá ser apontada nessa ação quando for constitucional ou


superveniente ao registro.

> Prazo decadencial

# 3 dias contados da diplomação


> Essa ação já deve vim com a prova da causa de pedir, prova pré-
constituída.

> Legitimidade

a) Ativa: MPE
Partidos
Coligações
Candidatos

b) Passiva: Eleições Majoritárias haverá litisconsórcio passivo necessário


Eleições Proporcionais será apenas o diplomado.

> Rito

# Art. 262 e SS

# Competência

- Eleições Municipais: TRE

- Eleições Federais e Estaduais: TSE

- Eleições Presidenciais: Não cabe essa ação.

# A defesa chamada de contrarrazões será apresentada em 3 dias

# É levada em julgamento em Tribunal e haverá Revisor sendo possível


uma sustentação oral de 20 minutos.

# Por consequência trás:

- Cassação do diploma

- Anulação dos votos.

 Recursos Eleitorais

> Peculiaridades dos recursos eleitorais cíveis

a) Não possuem efeito suspensivo

# Exceções:

- Art. 16-A da Lei 9504/97: Caso de eleição sub judice que continuará
realizando todos os atos de campanha.
- Art. 26-C da LC 64/90: Ao recorrer da decisão de inelegibilidade poderá
pedir que conceda o efeito suspensivo com base em dois requisitos, a
verossimilhança da matéria e o perigo na demora.

- Art. 216 CE: Enquanto o tribunal não julgar o recurso de contra


expedição de diploma poderá o diplomado continuar exercendo sua
função.

- Art. 27 Lei Orgânicas dos Partidos Políticos: Desaprovação de contas


do partida, terá recurso com efeito suspensivo.

- Art. 45 Lei Orgânica dos Partidos Políticos: Penalidade para abuso em


campanha política, o recurso será suspensivo.

b) O prazo para interposição será, em regra, 3 dias.

# O prazo de contrarrazões será sempre igual ao da interposição do


recurso.

# O STF entende que o recurso extraordinário eleitoral também terá


prazo de 3 dias.

c) Aqui se exerce um juízo de retratabilidade.

- O juiz a quo após a interposição do recurso poderá se retratar da sua


decisão. A outra parte poderá pedir que o juiz remeta ao tribunal para
julgamento no prazo de 3 dias.

d) Não há juízo de admissibilidade no 1º Grau. Será feito pelo juízo que


julgara o recurso.

e) Ocorrerá Juízo de Prevenção

# Aquele que recebe relatoria de recurso de eleição municipal ficará com


a competência preventa para todos os recursos interpostos daquela
eleição municipal.

# O relator que recebe um recurso de uma eleição federal ou estadual


ficará com a competência preventa para todos os recursos daquelas
eleições.

> Recursos em Espécie

a) Das decisões do juiz eleitoral


# Caberá recurso inominado.

- Prazo de 3 dias

b) Das decisões das Juntas Eleitorais

# Caberá recurso inominado

- Prazo de 3 dias

# Caberá recurso parciais

- Imediato

c) Das decisões do TRE

# Recursos Parciais

- Imediato

# Embargo de Declaração

- Prazo de 3 dias

- Apesar do CE falar que esses embargos suspendem o prazo de


interposição de outros recursos, o TSE interpretando o CPC informa que
não ocorre suspensão, e sim interrupção.

- Se o embargo é meramente protelatório esse efeito suspensivo não


existirá.

# Recurso Especial

- Prazo de 3 dias

- Ocorrerá quanto a decisão é contrária a CF ou a lei

- Ocorrerá quando houver divergência das decisões entre Tribunais


Eleitorais.

# Agravo de Instrumento

- Prazo de 3 dias

- Quando se nega provimento ao recurso especial


- Via de regra, as decisões interlocutórias no direito eleitoral são
irrecorríveis.

# Recurso Ordinário

- Prazo de 3 dias

- Não necessita de pré-questionamento e não há juízo de admissibilidade


por parte do presidente do TRE.

- Ocorrerá com a inelegibilidade e a diplomação ou perda de mandado e


cassação de diploma nas eleições federais e estaduais.

- Ocorrerá com denegação de Habeas Corpus, Mandado de Segurança,


Habeas Data e Mandado de Injunção.

# Agravo Regimental

- Prazo de 3 dias

- Recurso contra decisão monocrática de membro de Tribunal Eleitoral

d) Decisões do TSE

# Embargos de Declaração

- Prazo de 3 dias

- Eles têm por efeito, segundo o TSE, de interromper o prazo para


demais recursos a não ser que se julguem meramente protelatório.

# Recurso Extraordinário

- Prazo de 3 dias

- Será interposto perante o STF

- Decisão contrária a CF

- Há necessidade de pré-questionamento e juízo de admissibilidade pelo


Presidente do TSE.

# Agravo de Instrumento

- Prazo de 3 dias
- Decisão denegatória de recurso extraordinário

# Recurso Ordinário

- Prazo de 3 dias

- Não possui pré-questionamento nem juízo de admissibilidade pelo


Presidente do TSE.

- Ocorrerá com denegação de Habeas Corpus e Mandado de Segurança

# Agravo Regimental

- Prazo de 3 dias

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