Aul 5 - Dos Direitos Políticos: 1. Considerações Iniciais
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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Capacidade Capacidade
eleitoral eleitoral SUFRÁGIO
ativa passiva
3. ELEGIBILIDADE
Elegibilidade é a possibilidade de o cidadão ser votado em pleitos
eleitorais, observadas as condições exigidas para o gozo dessa capacidade
eleitoral passiva.
1 As condições de elegibilidade, prevista no art. 14, § 3º, da CRFB/88, e as hipóteses de inelegibilidade do art. 14, §§ 4º a 8º, da CRFB/88,
inclusive aquelas decorrentes de legislação complementar, aplicam-se de pleno direito, independentemente de sua expressa previsão na lei
local, à eleição indireta para Governador e Vice-Governador do Estado, realizada pela Assembleia Legislativa em caso de dupla vacância
desses cargos executivos no último biênio do período de governo. STF, ADIn 1.057-MC, Rei. Min. Celso de Mello, Dl de 6-4-2001t.
DIREITO CONSTITUCIONAL | OAB 2ª FASE
XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO
Nacionalidade brasileira
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
Alistamento eleitoral
Filiação partidária
Idade mínima
IDADE CARGO
18 anos Vereador
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4. SOBERANIA POPULAR
O art. 14, da CRFB/88 traz as formas pelas quais é possível a participação
popular direta sobre decisões políticas da nação. Assim, a soberania popular é
exercida por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, nos termos da lei 9.709/98, e das normas constitucionais pertinentes,
mediante:
ü Plebiscito;
ü Referendo;
ü Iniciativa popular.
4.1. Plebiscito
O plebiscito é o instrumento prévio de soberania popular, que ocorre
antes de aprovação de um ato legislativo ou administrativo acerca de
assunto de grande projeção constitucional.
Por ser uma forma de exercício direto da democracia, o que ficar decidido
no plebiscito terá caráter vinculativo, tendo, necessariamente, que ser acatado
pelo Congresso Nacional.
4.2. Referendo
A denominação vem do latim referendu, mas é com a expressão ad
referendum, que significa “para aprovação”, que o termo encontrou a sua
verdadeira identidade com o instituto que representa.
O referendo é o instrumento de consulta posterior do povo, após a
aprovação de um ato legislativo ou administrativo sobre matéria de acentuada
relevância constitucional, cumprindo ao povo, pelo voto, ratificar ou rejeitar a
medida aprovada. Na consulta referendatória, a decisão popular é vinculada,
ou seja, caso o povo não compactue com a decisão adotada, validando-a, o
efeito é revogatório e torna o ato legislativo ou administrativo ineficaz.
5. INELEGIBILIDADE
A inelegibilidade é a ausência de capacidade eleitoral passiva e ocorre
quando a pessoa é impedida por alguma circunstância de se candidatar à um
mandato eletivo. Podemos compreender inelegibilidade como a
impossibilidade de o cidadão exercer seus direitos políticos negativos em
razão de circunstâncias impeditivas elencadas na Constituição Federal e também
pela Lei Complementar 64/90, com as alterações acertadas da lei complementar
135/2010 – Lei da Ficha Limpa.
De acordo com o art. 14, § 5o, da CRFB/88, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um
único período subsequente.
As inelegibilidades relacionadas a cargos eletivos impõem restrições à
candidatura do chefe do poder executivo para o mesmo ou para outros cargos.
O instituto da reeleição tem fundamento não somente no postulado da
continuidade administrativa, mas também no princípio republicano, que
impede a perpetuação de uma mesma pessoa ou grupo no poder. O princípio
republicano condiciona a interpretação e a aplicação do próprio comando da
norma constitucional, de modo que a reeleição é permitida por apenas uma
única vez.
O art. 14, § 6o, da CRFB/88, estabelece que para concorrerem a outros
cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos –
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desincompatibilização – até seis meses antes do pleito. Ressalte-se que o
Tribunal Superior Eleitoral entende que o Vice-Presidente, o Vice-Governador e
o Vice-Prefeito poderão candidatar-se a outros cargos preservando os seus
mandatos respectivos, desde que nos seis meses anteriores ao pleito não
tenham sucedido ou substituído o titular.
2 CAVALCANTE FILHO, João Trindade. Direito constitucional objetivo: teoria & questões. 2. ed. Brasilia: Alumnus, 2013.
3 ZAVASCKI, Teori Albino. Direitos políticos: perda, suspensão e controle jurisdicional. Revista de Informação Legislativa, Brasília, ano 31,
4ARAUJO, Luiz Alberto David; NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Curso de direito constitucional. 11. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva,
2007.