Projeto Executivo Da ETE Barão Geraldo - Vol XII

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SANASA

C A M P I N A S

PROJETO EXECUTIVO
DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS
BARÃO GERALDO

MANUAL DE OPERAÇÃO

VOLUME XII
TEXTO E DESENHOS

FEVEREIRO/2004- REV-2
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO

O presente trabalho constitui o Projeto Executivo da Estação de Tratamento de Esgotos Barão


Geraldo, no âmbito do Contrato nº 2003/3668-00-0 firmado entre o Consórcio Proesplan,
composto pelas empresas Proesp Engenharia LTDA e Projeplan - Planejamento e Consultoria
LTDA, e a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (SANASA) em Agosto de
2003.

Este trabalho é apresentado em treze volumes:

- Volume I - Projeto Hidráulico - Texto;


- Volume II - Projeto Hidráulico - Desenhos;
- Volume III - Projeto Hidráulico - Desenhos;
- Volume IV - Projeto Hidráulico - Desenhos;
- Volume V - Projeto Estrutural - Texto e Desenhos;
- Volume VI - Projeto Estrutural - Desenhos;
- Volume VII - Projeto Estrutural - Desenhos;
- Volume VIII - Projeto Elétrico - Texto e Desenhos;
- Volume IX - Projeto Elétrico - Desenhos;
- Volume X - Projeto Elétrico - Texto e Desenhos;
- Volume XI - Especificações Técnicas - Texto;
- Volume XII - Manual de Operação - Texto e Desenhos;
- Volume XIII - Orçamento - Texto.
ÍNDICE
ÍNDICE

1 - CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO 1.1


1.1 - UNIDADES DO SISTEMA DE TRATAMENTO 1.1
1.2 - DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE TRATAMENTO 1.1

2 - MANUAL DE OPERAÇÃO 2.1


2.1 - PARTIDA DO SISTEMA 2.1
2.2 - GRADEAMENTO GROSSEIRO 2.1
2.2.1 - ESQUEMA DO GRADEAMENTO GROSSEIRO 2.1
2.3 - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO 2.3
2.3.1 - ESQUEMA DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO 2.3
2.4 - TRATAMENTO PRELIMINAR 2.7
2.4.1 - ESQUEMA DO TRATAMENTO PRELIMINAR 2.7
2.4.2 - GRADEAMENTO 2.7
2.4.3 - CALHA PARSHALL 2.9
2.4.4 - CAIXA DE AREIA 2.10
2.4.5 - OUTROS PROCEDIMENTOS 2.12
2.5 - CAIXA DISTRIBUIDORA DE VAZÃO PARA OS REATORES UASB 2.12
2.6 - REATOR UASB 2.13
2.7 - UNIDADE DE DOSAGEM DE HIDRÓXIDO DE SÓDIO 2.16
2.8 - UNIDADE DE QUEIMA DE GASES 2.18
2.9 - CAIXA DE CONCENTRAÇÃO DE ESCUMA 2.21
2.10 - FILTROS BIOLÓGICOS PERCOLADORES 2.21
2.11 - CAIXA REDISTRIBUIDORA DE VAZÃO Nº 1 2.23
2.12 - CAIXA REDISTRIBUIDORA DE VAZÃO Nº 2 2.24
2.13 - DECANTADORES SECUNDÁRIOS 2.24
2.14 - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE RECIRCULAÇÃO 2.26
2.14.1 - CONJUNTOS DE RECALQUE DE RECIRCULAÇÃO 2.27
2.14.2 - CONJUNTO DE RECALQUE DE DESCARTE DE EXCESSO DE
LODO 2.28
2.15 - UNIDADE DE DESIDRATAÇÃO MECANIZADA DE LODO 2.29
2.16 - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE SERVIÇO 2.35
2.17 - UNIDADE DE ARMAZENAMENTO E DOSAGEM DE
ANTIESPUMANTE 2.36
2.18 - SISTEMA DE ÁGUA POTÁVEL E DE SERVIÇO 2.39
2.19 - DEMAIS UNIDADES DA ETE 2.39

3 - DESENHOS 3.1
1 - CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO
1 - CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO

1.1 - UNIDADES DO SISTEMA DE TRATAMENTO

A ETE Barão Geraldo será implantada em uma área de 3,8 ha, localizada ao norte do município
de Campinas, entre as coordenadas (7.480850;285.425) e (7.480.550;285.400).

A estação empregará o processo de tratamento com reatores anaeróbios tipo UASB seguidos de
filtros biológicos percoladores de alta taxa e decantadores secundários. Esta solução foi definida
pela própria SANASA tendo como base o relatório “Estudo de Alternativas de Tratamento de
Esgotos: ETE Barão Geraldo”, elaborado pela mesma em agosto de 2002.

Basicamente, a estação de tratamento será composta pelas seguintes unidades principais:

 Gradeamento grosseiro;
 Estação elevatória de esgoto bruto;
 Tratamento preliminar;
 Caixa divisora de vazão para reatores UASB;
 Reatores UASB;
 Caixa Redistribuidora vazão nº1;
 Filtros biológicos percoladores de alta taxa;
 Caixa Redistribuidora vazão nº2;
 Decantadores secundários;
 Unidade de medição de efluente tratado;
 Emissário de efluente tratado;
 Unidade de desidratação mecanizada de lodo;
 Estação elevatória de recirculação;
 Unidade de queima de gases;
 Unidade de dosagem de hidróxido de sódio (soda);
 Estação de tratamento de água de serviço;
 Reservatório de água potável e de serviço;
 Casa de operação, vestiários, oficina, depósito, almoxarifado e portaria;
 Subestação de energia.

1.2 - DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE TRATAMENTO

Na concepção proposta, serão construídos quatro módulos compostos por reator UASB, filtro
biológico percolador e decantador secundário, sendo três na 1ª Etapa e um na 2ª Etapa.

Em linhas gerais, a operação da ETE Barão Geraldo pode ser assim descrita:

1. O esgoto bruto chegará à área da estação por meio de um coletor-tronco que desembocará em
um PV situado no interior da área. Deste PV, o esgoto será encaminhado à unidade de
gradeamento grosseiro, onde serão retidos materiais com diâmetro médio superior a 2 cm. O
gradeamento, composto por grades de limpeza mecanizada, depositará os resíduos retidos em
uma caçamba para posterior transporte até aterro sanitário;
1.1
2. Depois de gradeado, o esgoto seguirá para o poço da estação elevatória de esgoto bruto. Daí
será recalcado para o tratamento preliminar;
3. No tratamento preliminar, o esgoto passará por um conjunto de grades finas mecanizadas,
onde serão retidos resíduos com diâmetro médio maior do que 3 mm. O material retido será
despejado em caçambas para posterior transporte até aterro sanitário. A seguir, o esgoto
passará por uma calha Parshall cuja função será medir a vazão afluente à ETE e manter a
velocidade constante ao longo do canal de gradeamento fino. Depois do Parshall, o esgoto
seguirá para as caixas de areia, onde será desarenado. A areia retida será removida por meio
de equipamentos mecanizados e acondicionada em caçambas, com destino final igual ao dos
materiais gradeados;
4. O esgoto gradeado e desarenado passará, a seguir, por uma caixa distribuidora de vazão, que
dividirá eqüitativamente a quantidade de esgoto que entrará nos reatores UASB. Nos reatores
UASB ocorrerá a digestão anaeróbia da matéria orgânica presente no efluente. Estima-se que
cerca de 70% da carga de DBO será removida nos reatores. O efluente dos reatores UASB
seguirá para uma caixa redistribuidora de vazão, cuja função será reunir o efluente
proveniente dos reatores e redistribuí-lo eqüitativamente para os filtros biológicos, situados a
jusante. Devido à síntese celular decorrente da digestão anaeróbia da matéria orgânica,
ocorrerá a formação de lodo no interior do UASB, que regularmente precisará ser removido
(descarte de excesso de lodo). Esse descarte de lodo seguirá para uma unidade de
desidratação, onde o mesmo será desaguado até atingir um teor de sólidos da ordem de 20%
a 25%. Depois de desidratado, o lodo será acondicionado em caçambas e depois levado para
aterro sanitário. O líquido clarificado (filtrado), resultante da desidratação do lodo, retornará
para o início do tratamento, sendo lançado na estação elevatória de esgoto bruto;
5. Nos filtros biológicos, o efluente dos reatores UASB será distribuído na superfície de um
leito permeável onde ocorrerá a digestão aeróbia da matéria orgânica remanescente. Após
percolar o leito, o efluente seguirá para os decantadores secundários. Estes últimos serão
necessários pois, pela própria cinética celular dos filtros, ocorrerá o desprendimento de
placas de biofilme (colônias de microorganismos) formadas no leito que, se não forem
retidas, sairão com o efluente final;
6. Nos decantadores secundários, as placas de biofilme presentes no efluente dos filtros
sedimentarão, formando o chamado lodo biológico que, por sua vez, será recirculado para a
entrada dos reatores UASB. O efluente clarificado será coletado na superfície dos
decantadores e, por meio de tubulações em conduto livre, seguirá para a unidade de medição
de efluente tratado. Desta unidade, o efluente tratado seguirá para o lançamento no ribeirão
Anhumas;
7. Os gases formados no interior dos reatores UASB (metano e sulfídrico) serão coletados e
conduzidos a uma unidade de queima de gases, evitando-se riscos de explosões e de
surgimento de maus odores. Eventualmente, e pouco provável, caso persistam maus odores,
uma unidade de remoção de odores composta por lavador de gás poderá ser instalada junto à
unidade de queima;
8. A escuma que eventualmente se formar na superfície dos reatores UASB será coletada por
meio de calhas coletoras e levada a uma caixa de concentração, com o objetivo de retirar o
excesso de água (clarificado) que a acompanha. O clarificado retornará para o início do
tratamento enquanto a escuma concentrada seguirá para unidade de desidratação de lodo,
onde será misturada ao lodo descartado dos reatores UASB;
9. Em algumas situações, o efluente no interior dos reatores UASB poderá apresentar um valor
de pH incompatível. Por esse motivo foi prevista a instalação de uma unidade de dosagem de
soda (hidróxido de sódio) para correção de pH.

1.2
No final do relatório, apresentam-se os desenhos de fluxograma para as duas etapas de
implantação.

1.3
2 - MANUAL DE OPERAÇÃO
2 - MANUAL DE OPERAÇÃO

Nos capítulos que se seguem, são apresentados os aspectos básicos de operação da ETE Barão
Geraldo bem como ações a serem realizadas diante de situações comuns a sistemas desse tipo.

É importante lembrar que os dados e os procedimentos aqui apresentados são apenas de


referência. Com a efetiva operação do sistema, todas as ações e parâmetros envolvidos deverão
ser revisados e, eventualmente, ajustados para as condições reais de campo.

Todos os esquemas e diagramas apresentados neste manual são apenas esquemáticos, não
representado, graficamente, a verdadeira interface oferecida pelo sistema de gerenciamento da
ETE (computador, chaves, painéis, etc). Para tanto, deve-se exigir o manual dos equipamentos
do(s) respectivo(s)fornecedor(es).

A seguir, apresentam-se os procedimentos básicos de operação de cada unidade que compõe o


sistema.

2.1 - PARTIDA DO SISTEMA

A partida do sistema de tratamento irá requerer alguns cuidados especiais:

1. O descarte de lodo só terá início a partir do momento em que o teor de sólidos nos reatores
UASB atingir valores adequados à eficiência do tratamento;
2. As desaguadoras de lodo só poderão ser acionadas quando houver volume de lodo suficiente
no tanque de lodo para a correta operação dos mesmos;
3. A ETE somente poderá entrar em operação após atender às exigências e recomendações
pertinentes à Segurança do Trabalho.

2.2 - GRADEAMENTO GROSSEIRO

2.2.1 - Esquema do Gradeamento Grosseiro

Localizada na entrada da estação elevatória de esgoto bruto, esta unidade tem a função de reter
sólidos com diâmetro médio acima de 20 mm, protegendo as instalações a jusante,
principalmente os conjuntos de recalque da elevatória. O sistema de gradeamento é composto
por duas grades mecanizadas, instaladas em câmaras individuais e isoladas. Cada câmara está
equipada com comportas de duplo sentido de fluxo na entrada e saída, de tal forma que a grade
localizada em seu interior possa ser isolada do fluxo de escoamento.

Resumidamente, as grades mecanizadas apresentarão as seguintes características unitárias:

 Largura útil: 1,00 m;


 Altura útil: 9,00 m;

2.1
 Altura total1: 11,00 m;
 Espaçamento entre barras: 20 mm.

Figura 2.2.1.1 - Gradeamento Grosseiro

Caçamba

Grade
Comporta Comporta

Recipiente
Coletor

Recipiente
Coletor
Comporta Comporta

Grade

As grades operarão paralela e simultaneamente, em condições normais. Cada grade possui um


sistema de rastelos para remoção contínua de detritos barrados, sendo os mesmos conduzidos até
recipientes junto às mesmas. Ao lado do gradeamento ficará uma caçamba para despejo do
material armazenado nesses recipientes para posterior transporte até um aterro sanitário
devidamente licenciado. Enquanto uma caçamba estiver sendo levada ao aterro sanitário, outra
deve ser colocada no lugar, sendo portanto necessária a presença de uma caçamba reserva. Em
princípio, não há como se prever a freqüência de transporte até o aterro, visto que a quantidade
de material retido varia muito de uma localidade para outra. Recomenda-se a inspeção diária da
caçamba e das grades. Em dias chuvosos a freqüência deverá ser maior.

Em condições excepcionais, o esgoto poderá passar apenas por uma grade, caso a outra grade
apresente problemas ou seja necessária a realização de manutenção preventiva. Essa condição
deverá ser transitória e breve para não haver comprometimento nas instalações da unidade ou de
outros pontos da ETE.

No caso de manutenção preventiva ou consertos, uma grade poderá ser isolada mediante a
colocação de “stop-logs” de madeira ou fibra de vidro na entrada e saída de seu respectivo canal,
evitando-se assim a passagem do esgoto e facilitando o acesso ao equipamento.

Em condições normais, as duas grades e a rosca transportadora deverão operar 24 horas


por dia.

A seguir, apresenta-se um quadro resumo com o estado de operação do gradeamento e


respectivas ações a serem executadas:

1
Variável em função do fabricante
2.2
Grade Mecanizada nº 1
Estado Ação
manutenção / verificar problemas e saná-los
desligado
imediatamente.
bloqueado/sobrecarga verificar problemas e saná-los imediatamente.
operação normal
nenhuma ação requerida.
(ligado)
inspecionar equipamento (obstruções, problemas
ação diária mecânicos, etc).
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

Grade Mecanizada nº 2
Estado Ação
manutenção / verificar problemas e saná-los
desligado
imediatamente.
bloqueado/sobrecarga verificar problemas e saná-los imediatamente.
operação normal
nenhuma ação requerida.
(ligado)

inspecionar equipamento (obstruções, problemas


Ação diária mecânicos, etc)
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

O gradeamento deverá contar com um plano de manutenção a ser definido junto com o
fornecedor dos equipamentos.

2.3 - Estação Elevatória de Esgoto Bruto

2.3.1 - Esquema da Estação Elevatória de Esgoto Bruto

A estação elevatória de esgoto bruto, assim como o gradeamento grosseiro, está implantada
dentro da área da ETE, exercendo importante papel dentro do fluxograma do processo de
tratamento. Além de recalcar os esgotos que chegam na ETE, esta unidade também recirculará
uma série de efluentes gerados no processo tais como filtrado da desidratação de lodo,
extravasões e descargas de unidades, esgoto da casa de operação, entre outros.

No que se refere a sua concepção, elevatória projetada é composta por um poço de sucção de
esgoto e um poço seco onde serão instaladas bombas centrífugas de eixo horizontal com sucção
afogada. Como os conjuntos de recalque ficam instalados bem abaixo da cota de drenagem da
ETE, o poço seco precisa ser esgotado por dois conjuntos de recalque submersíveis, que lançam
as águas de drenagem diretamente no poço de sucção. Basicamente, a elevatória apresenta as
seguintes características:

2.3
 Número de conjuntos de recalque para esgoto: 4 cj (3+1 reserva);
 Características de 1 conjunto para recalque de esgoto:
 Vazão: 173,00 l/s;
 Altura manométrica: 30,84 m.c.a.;
 Linha de Recalque:
 Diâmetro: 600 mm;
 Extensão: 95,50 m;
 Poço de sucção:
 Largura útil: 7,00 m;
 Comprimento útil: 4,50 m;
 Profundidade útil: 1,00 m
 Volume útil: 31,50 m³;
 Poço Seco:
 Largura útil: 7,00 m;
 Comprimento útil: 8,00 m;
 Profundidade : 11,80 m;
 Número de conjuntos de recalque para drenagem: 2 cj;
 Características de 1 conjunto de recalque para drenagem:
 Vazão: 5,00 l/s;
 Altura manométrica: 12,00 m.c.a;
 Talha Elétrica
 Capacidade: 2 ton.

O poço seco fica confinado em uma edificação de 10,00 x 10,00 m².

Na 1ª Etapa de implantação da ETE serão instalados apenas 3 conjuntos de recalque (2 + 1


reserva), ficando a instalação do quarto conjunto para a 2ª Etapa.

Figura 2.3.1.1 - Estação Elevatória de Esgoto Bruto

Conjunto de Recalque

Conjunto de Recalque
Poço de Sucção

Conjunto de Recalque

Conjunto de Recalque

Poço Seco

2.4
Na concepção proposta para a ETE, o esgoto é recalcado até uma cota tal que não sejam
necessários novos recalques dentro do processo de tratamento, isto é, após a estação elevatória
de esgoto bruto, todo o caminhamento hidráulico é feito por gravidade até o lançamento do
efluente tratado no ribeirão Quilombo, com exceção da recirculação de lodo para a unidade de
desidratação (1ª Etapa) e para os reatores UASB (2ª Etapa).

Esta unidade opera de forma intermitente, com os conjuntos se alternando no recalque (2+1
reserva na 1ª Etapa; 3+1R na 2ª Etapa). A seqüência de liga/desliga dos conjuntos de recalque é
controlada por sensores de nível instalados no poço de sucção, sendo os conjuntos acionados
quando o nível de água atinge o nível máximo e desligados quando o mesmo atinge o nível
mínimo. De forma a otimizar a operação dos conjuntos de recalque, foram previstos três níveis
de máximo e mínimo na 2ª Etapa, um para cada conjunto que está operando, ou seja:

 NAmáx1: liga o primeiro conjunto de recalque;


 NAmáx2: liga o segundo conjunto de recalque;
 NAmáx3: liga o terceiro conjunto de recalque;
 NAmín1: desliga o primeiro conjunto de recalque;
 NAmín2: desliga o segundo conjunto de recalque;
 NAmin3: desliga o terceiro conjunto de recalque.

A instalação está projetada para fazer o revezamento automático com o conjunto reserva.

A operação desta unidade compreende, então, o acompanhamento do funcionamento das bombas


(ligadas ou desligadas), ajustes na rotação das bombas (caso exista inversor de freqüência),
inspeções periódicas das instalações e manutenção (preventiva e corretiva).

No quadro a seguir, apresentam-se as ações básicas a serem tomadas:

EEEB - Conjuntos de Recalque


Estado Estado Requerido na Ação
Operação
manutenção / verificar problemas e
desligado ligado saná-los imediatamente / substituir
equipamento se necessário
desligar equipamento imediatamente
/ verificar problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga ligado
imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
manutenção / verificar problemas e
ligado desligado saná-los imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

inspecionar equipamentos e poço de sucção (obstruções,


Ação diária problemas mecânicos, assoreamentos, etc).
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

2.5
O acompanhamento da operação das bombas é feito a partir da sala do operador, através de
computador, ou seletor no local da EEEB. Deverá ser exigido o manual de operação dos
equipamentos junto ao fornecedor, bem como um plano de manutenção.

Como o poço seco está em uma cota desfavorável, foram previstos dois conjuntos de recalque
submersíveis para drenagem do mesmo, instalados em poços com sensores de nível.
Basicamente foram definidos 3 níveis de água:
 NAmín, que ao ser atingido desliga o conjunto de drenagem;
 NAmáx, operacional; que ao ser atingido liga o conjunto de recalque;
 NAmáx de alarme; que ao ser atingido aciona o alarme de alagamento do poço seco.
Nesta condição, todos os conjuntos de recalque de esgoto bruto devem ser desligados.

No quadro a seguir, resumem-se os procedimentos para a operação do conjunto de recalque


destinado à drenagem:

EE de Drenagem
Estado Estado Requerido na Ação
Operação
manutenção / verificar problemas e
saná-los imediatamente / substituir
ligado
equipamento se necessário. Se o
desligado (quando atinge NAmáx
NAmáx de alarme for atingido,
operacional)
desligar imediatamente todos os
conjuntos de recalque de esgoto.
desligar equipamento
imediatamente / verificar
problemas e saná-los
ligado
imediatamente / substituir
bloqueado/sobrecarga (quando atinge NAmáx
equipamento se necessário. Se o
operacional)
NAmáx de alarme for atingido,
desligar imediatamente todos os
conjuntos de recalque de esgoto.
manutenção / verificar problemas e
desligado
ligado saná-los imediatamente / substituir
(quando atinge NAmín)
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

inspecionar equipamentos e poço de sucção (obstruções,


Ação diária problemas mecânicos, assoreamentos, etc).
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação variável.

Para auxiliar na manutenção, a EEEB possui talha elétrica para movimentação de peças e
equipamentos, além de tomadas de água potável e de serviço, localizadas na entrada da unidade.

2.6
2.4 - TRATAMENTO PRELIMINAR

2.4.1 - Esquema do Tratamento Preliminar

O tratamento preliminar é constituído pelos seguintes elementos:

- gradeamento, equipado com duas grades mecanizadas rotativas tipo escada e rosca
transportadora;
- calha Parshall equipada com medidor ultra-sônico de vazão;
- duas caixas de areia quadradas, com raspadores mecânicos circulares equipados com rosca
transportadorade;
- caçambas para transporte dos detritos.

Figura 2.4.1.1 – Tratamento Preliminar

2.4.2 - Gradeamento

O gradeamento é composto por duas grades mecanizadas instaladas em canais separados.


Operarão paralela e simultaneamente, em condições normais. Cada grade possui um sistema
rotativo para remoção contínua de detritos barrados, sendo os mesmos conduzidos até uma rosca
transportadora, comum às duas grades, que recolhe o material gradeado e o deposita numa
caçamba para posterior transporte até um aterro sanitário devidamente licenciado. Enquanto uma
caçamba estiver sendo levada ao aterro sanitário, outra deve ser colocada no lugar, sendo,
portanto, necessária a presença de uma caçamba reserva. Em princípio, não há como se prever a
freqüência de transporte até o aterro, visto que a quantidade de material retido varia muito de
uma localidade para outra. Recomenda-se a inspeção diária da caçamba e das grades. Em dias
chuvosos a freqüência deverá ser maior.

2.7
Em condições excepcionais, o esgoto poderá passar apenas por uma grade, caso a outra grade
apresente problemas ou seja necessária a realização de manutenção preventiva.

No caso de manutenção preventiva ou consertos, uma grade poderá ser isolada mediante a
colocação de “stop-logs” de madeira ou fibra de vidro na entrada e saída de seu respectivo canal,
evitando-se assim a passagem do esgoto e facilitando o acesso ao equipamento.

As grades possuem um sistema de retrolavagem, composto por dois conjuntos de pressurização


de água de serviço, de acionamento automático temporizado ou manual.

Em condições normais, as duas grades e a rosca transportadora deverão operar 24 horas


por dia.

A seguir, apresenta-se um quadro resumo com o estado de operação do gradeamento e


respectivas ações a serem executadas:

Grade Mecanizada nº 1
Estado Ação
manutenção / verificar problemas e saná-los
desligado
imediatamente.
bloqueado/sobrecarga verificar problemas e saná-los imediatamente.
operação normal
nenhuma ação requerida.
(ligado)

inspecionar equipamento (obstruções, problemas


ação diária mecânicos, etc).
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

Grade Mecanizada nº 2
Estado Ação
manutenção / verificar problemas e saná-los
desligado
imediatamente.
bloqueado/sobrecarga verificar problemas e saná-los imediatamente.
operação normal
nenhuma ação requerida.
(ligado)

inspecionar equipamento (obstruções, problemas


Ação diária mecânicos, etc).
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

2.8
Rosca Transportadora de Detritos
Estado Ação
manutenção / verificar problemas e saná-los
desligado
imediatamente.
bloqueado/sobrecarga verificar problemas e saná-los imediatamente.
operação normal
nenhuma ação requerida.
(ligado)
inspecionar equipamento (obstruções, problemas
Ação diária mecânicos, etc).
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

Conjuntos de Pressurização de Água de Serviço (Retrolavagem)


Estado Estado Requerido na Ação
Operação
manutenção / verificar
problemas e saná-los
desligado ligado
imediatamente / substituir
equipamento se necessário
desligar equipamento
imediatamente / verificar
bloqueado/sobrecarga ligado problemas e saná-los
imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
manutenção / verificar
problemas e saná-los
ligado desligado
imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

Ação diária inspecionar equipamentos (problemas mecânicos, etc).


tempo de operação 24 h/dia

O gradeamento deverá contar com um plano de manutenção a ser definido junto com o
fornecedor dos equipamentos.

2.4.3 - Calha Parshall

A calha Parshall tem a finalidade de medir a vazão afluente à ETE e manter a velocidade
constante nas caixas de areia.

As únicas ações requeridas são as inspeções diárias, com especial atenção em dias de chuva, e a
leitura de vazão. A calha Parshall está equipada com medidor ultra-sônico de vazão. Neste caso,
deve-se exigir o manual de operação do equipamento junto ao fornecedor, bem como um plano
de manutenção do mesmo.

2.9
A seguir, apresenta-se um quadro resumo com o estado de operação do medidor ultra-sônico e
respectivas ações a serem executadas:

Medidor Ultra-Sônico
Estado Ação
manutenção / verificar problemas e saná-los
desligado
imediatamente.
sem leitura verificar problemas e saná-los imediatamente.
operação normal
nenhuma ação requerida.
(ligado)

inspecionar equipamento (problemas mecânicos,


ação diária quebras, etc).
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

A calha Parshall possui um canal de “by-pass” a ser utilizado quando a mesma precisar ser
substituída ou receber manutenção. Para desviar o fluxo de água basta fechar a entrada do canal
do Parshall com um “stop-log” e retirar os “stop-logs” da entrada e saída do canal de “by-pass”.
Em condições normais, o canal de “by-pass” permanece fechado, sendo conveniente a inspeção
periódica de seu fechamento.

2.4.4 - Caixa de Areia

O tratamento preliminar conta com duas caixas de areia que podem operar em paralelo durante
24 horas por dia. Toda a areia retida é removida automaticamente, sendo encaminhada a uma
caçamba que transportará o material até um aterro sanitário, tal como o material gradeado. Para
facilitar a disposição na caçamba, a plataforma ao lado das caixas de areia possui uma caixa com
tubo de queda em direção à mesma, onde a areia deve ser despejada.

Todas as observações feitas no gradeamento no que se refere à freqüência de transporte,


caçambas reservas, inspeções e manutenção são válidas para as caixas de areia e seus respectivos
equipamentos. Em condições normais, o esgoto poderá passar apenas por uma caixa de areia,
enquanto a outra permanece parada para limpeza ou manutenção.

No caso de manutenção preventiva, limpeza ou consertos, uma caixa poderá ser isolada mediante
a colocação de “stop-logs” de madeira ou fibra de vidro na entrada do respectivo canal, evitando-
se assim a passagem do esgoto e facilitando os trabalhos. As caixas possuem, ainda, um conjunto
de válvulas para descarga de fundo, caso seja necessário o esvaziamento das mesmas, além de
extravasores localizados nas laterais das caixas.

A seguir, apresenta-se um quadro resumo com o estado de operação das caixas de areia e
respectivas ações a serem executadas:

2.10
Raspador de Fundo da Caixa de Areia nº 1
Estado Ação
manutenção / verificar problemas e saná-
Desligado
los imediatamente.
verificar problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga
imediatamente.
operação normal
nenhuma ação requerida.
(ligado)
inspecionar equipamento (obstruções,
problemas mecânicos, etc).
ação diária
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes
ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

Raspador de Fundo da Caixa de Areia nº 2


Estado Ação
manutenção / verificar problemas e saná-
Desligado
los imediatamente.
verificar problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga
imediatamente.
operação normal
nenhuma ação requerida.
(ligado)

inspecionar equipamento (obstruções,


problemas mecânicos, etc)
Ação diária
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes
ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

Rosca Transportadora de Areia nº 1


Estado Ação
manutenção / verificar problemas e saná-
desligado
los imediatamente.
verificar problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga
imediatamente.
operação normal
nenhuma ação requerida.
(ligado)

inspecionar equipamento (obstruções,


problemas mecânicos, etc).
Ação diária
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes
ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

2.11
Rosca Transportadora de Areia nº 2
Estado Ação
manutenção / verificar problemas e saná-
desligado
los imediatamente.
verificar problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga
imediatamente.
operação normal
nenhuma ação requerida.
(ligado)
inspecionar equipamento (obstruções,
problemas mecânicos, etc).
Ação diária
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes
ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

As caixas de areia deverão contar com um plano de manutenção para os equipamentos a ser
definido junto com o fornecedor dos equipamentos.

2.4.5 - Outros procedimentos

Deverão ser feitas análises periódicas de DBO5,20 e DQO do esgoto bruto que chega na ETE,
cujos resultados serão confrontados com os valores obtidos na saída da ETE, visando a
determinação do grau de tratamento processo.

2.5 - Caixa Distribuidora de Vazão para os Reatores UASB

Responsável pela divisão da vazão que entrará nos reatores UASB, esta unidade não necessita
ser operada, exigindo apenas a inspeção diária, com especial atenção em dias de chuva.

Cada vertedor desta unidade possui guias para instalação de “stop-logs”, útil para o caso de se
querer interromper a entrada de esgoto em um reator.

Os “stop-logs” poderão ser de madeira, fibra de vidro alumínio ou aço inox.

Esta unidade também conta com uma tubulação de “by-pass” de 600 mm interligando-se
diretamente à caixa redistribuidora de vazão nº 1. A manobra, neste caso, é feita por um registro
acionado a partir de um pedestal localizado no topo da caixa.

2.12
Figura 2.5.1 - Caixa Distribuidora de Vazão

Planta de Fundo Chegada de lodo


da EE de Descarte de Lodo

Vertedores "By-Pass"

Planta de Cobertura

Pedestal de Manobra
do "By-Pass"

2.6 - REATOR UASB

A ETE contará com 4 reatores UASB no final de plano, sendo cada um composto por duas
células independentes com as seguintes características:

 Dimensões de 1 célula:
 Largura útil: 17,50 m;
 Comprimento útil: 17,00 m;
 Altura útil: 4,60 m;
 Altura total: 5,20 m;
 Número de campânulas: 5 un;
 Material das campânulas: lona de PVC.

2.13
Figura 2.6.1 - Reator UASB
Entrada de Esgoto

Caixa de Inspeção
Distribuição de Vazão com Fechamento
Hermético

Coleta de Gases
Inspeção Inspeção

Saída de Esgoto
Válvulas para
Coleta de Amostra de Lodo

Calha Vertedora
de Coleta de Efluente

Calha de Coleta de Escuma

Extravasor Extravasor
Coleta de Escuma Coleta de Escuma Coleta de Escuma Coleta de Escuma
Descarte de Lodo Descarga de Descarga de Descarte de Lodo
fundo fundo

Coleta de Escuma

Instalado logo após o tratamento preliminar, o reator UASB é responsável pela remoção de parte
da matéria orgânica presente no esgoto (cerca de 70%) através de digestão anaeróbia.

Para evitar a ocorrência de maus odores que possam incomodar a vizinhança da ETE, o reator
UASB é fechado hermeticamente, sendo as campânulas interligadas superiormente com as
câmaras de decantação, de tal forma que os gases gerados possam ser coletados por saídas
instaladas na laje superior do reator (duas por célula). As saídas de cada célula são interligadas
entre si por meio de tubulações que, por sua vez, reúnem-se em uma única linha que conduz os
gases coletados até a unidade de queima. A saída de cada célula é equipada com um medidor de
vazão de leitura local e um manômetro de leitura local com envio de informação para o centro de
operação da ETE.

Esta unidade não possui equipamentos hidromecânicos, sendo a operação limitada a inspecionar
periodicamente (pelo menos 1 vez ao dia) os seguintes itens:

 Entrada e distribuição de efluente: inspecionar a caixa vertedora (entrada do UABS) e


os tubos vertedores das caixas de distribuição. Deve-se observar se algum dos tubos
vertedores está afogado, o que indica obstrução do mesmo. Para desobstruí-lo, use jatos
de água e/ou cabos próprios para desobstrução de tubos de esgoto. Os tubos vertedores
2.14
são dotados de rosca, podendo ser removidos para que o material eventualmente
depositado no fundo das caixas de distribuição possa ser conduzido para o interior do
UASB. Além disso, através de maior ou menor rosqueamento, pode-se ajustar o nível de
cada tubo para uma melhor distribuição de vazão no reator. Também deve ser verificado
o estado de conservação de todas as tubulações;
 Saída de efluente: inspecionar visualmente o efluente que sai e coletar amostras para
ensaios, principalmente de pH;
 Coleta de gases: fazer a leitura de vazão de gás gerado e leitura de pressão no
manômetro. Em princípio, a pressão máxima admitida é de 0,35 m.c.a, caso contrário
haverá escape de gases pelo selo hídrico das caixas extravasoras. Nesta situação, verificar
se não existem obstruções na tubulação de gases. Cada célula do reator dispõe de uma
válvula de alívio ajustada para abrir quando a pressão no interior do reator atingir 0,35
m.c.a, devendo a mesma ser inspecionada periodicamente. Verificar também estado de
conservação das tubulações de coleta;
 Selos hídricos: presentes nas saídas dos extravasores, os selos hídricos deverão ser
verificados diariamente, e os níveis de água repostos em casos de perdas (evaporação,
etc);
 Remoção de escuma: eventualmente poderá ocorrer a formação de escuma no interior
dos reatores UASB. Neste caso, existem calhas e dutos de coleta que se interligam em
uma caixa. A remoção de escuma é feita hidraulicamente, mediante a abertura das
válvulas das caixas de reunião de escuma, localizadas junto ao reator UASB. Para acessar
as calhas de coleta de escuma existem aberturas com fechamento hermético que podem
ser destravadas para inspecioná-los. Entretanto é importante lembrar que ao abrir
qualquer tampa, o reator será despressurizado e cuidados devem ser tomados,
principalmente com chamas e faíscas, já que o interior está repleto de gás metano;
 Amostras do manto de lodo: regularmente deve-se retirar amostras de lodo para ensaios
por meio de 3 válvulas instaladas em cada célula do reator;
 Descarte de lodo: diariamente deve-se proceder a remoção do excesso de lodo formado
no reator UASB. Esse descarte deve estar sincronizado com a operação da unidade de
desidratação de lodo. Para o descarte de lodo, cada célula possui um par de tubulações de
descarga controladas por válvulas de acionamento elétrico, cuja operação pode se dar a
partir da unidade de desidratação ou no próprio local. Os volumes descartados e
intervalos são apresentados adiante, na descrição da unidade de desidratação;
 Correção de pH: o valor do pH no interior do UASB deverá ser periodicamente
verificado. Caso esteja muito baixo, o mesmo poderá ser corrigido mediante a adição de
hidróxido de sódio. Para isso a ETE conta com uma unidade de armazenamento e
dosagem de hidróxido de sódio para aplicação tanto na entrada (a partir da caixa
distribuidora de vazão) quanto na saída do reator (a partir da caixa redistribuidora de
vazão nº 1). A operação dessa unidade é descrita adiante.

O reator USAB possui, ainda, inspeções laterais no diâmetro de 800 mm fechadas com flange
cego e caixas com válvulas de descarga de fundo, para o caso de eventuais inspeções no interior
das células do reator.

O reator UASB deverá contar com um plano de manutenção preventiva e de procedimentos


corretivos estabelecidos pela SANASA.

2.15
2.7 - UNIDADE DE DOSAGEM DE HIDRÓXIDO DE SÓDIO

A ETE conta com uma unidade de dosagem de hidróxido de sódio (soda cáustica) para controle
do pH tanto para o controle da acidez nos interior do reator UASB quanto para o efluente que
sai dos mesmos em direção aos tanques de aeração/decantação. Basicamente, essa instalação será
composta por dois tanques de 10 m³ para estocagem de soda e duas bombas dosadoras com
capacidade unitária variando de 7 a 140 l/h. A dosagem de soda deverá ser definida em função
em análises do efluente do reator UASB. Recomenda-se que pelo menos 1 vez por semana sejam
feitas análises em laboratório.

Para abastecimento do tanque também foram previstos 2 conjuntos de recalque, bastando ao


caminhão de transporte do produto acoplar uma mangueira com engate rápido na sucção das
bombas. O acionamento das bombas é manual, podendo as duas bombas operar
simultaneamente.

A operação desta unidade é bastante simples, bastando regular a vazão nas bombas dosadoras e
manobrar as válvulas de saída das mesmas e as válvulas localizadas junto à caixa distribuidora
de vazão e à caixa redistribuidora de vazão nº1. Desta maneira a soda pode ser aplicada nos
seguintes pontos:

 apenas na entrada do reator UASB;


 apenas na saída do reator UASB;
 na entrada e na saída do reator UASB.

Figura 2.7.1 - Unidade de armazenamento


e Dosagem de Hidróxido de Sódio

Tanque de Hidróxido de
Sódio

Bombas de Alimentação

Bombas Dosadoras

Poço de Coleta
de Extravasamentos

Conforme pode ser observado, o tanque de soda é isolado por paredes, formando um tanque
com um poço em um de seus cantos. Caso ocorra transbordamento do tanque, toda a soda é
acumulada nesse poço para posterior coleta. Por questões operacionais e ambientais, a soda
transbordada não pode ser lançada no sistema de drenagem ou no sistema de extravasão da ETE.
2.16
O material dever ser coletado e reaproveitado, se possível, caso contrário deverá ter disposição
final compatível com o risco contaminante do mesmo.

No quadro a seguir, apresentam-se os procedimentos básicos de operação da unidade:

Bombas Dosadoras
Estado Estado Requerido na Ação
Operação
manutenção / verificar problemas e
desligado ligado saná-los imediatamente / substituir
equipamento se necessário
desligar equipamento imediatamente /
verificar problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga ligado
imediatamente / substituir equipamento
se necessário.
manutenção / verificar problemas e
ligado desligado saná-los imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

Ação diária inspecionar equipamentos (problemas mecânicos, conservação, etc).


realizar ensaios periódicos do efluente (pelo menos 1 vez por semana)
Definição de
para determinar a aplicação ou não de soda na entrada ou na saída do
aplicação e vazão
reator UASB
tempo de operação variável

Bombas de alimentação do Tanque de Soda


Estado Estado Requerido na Ação
Operação
manutenção / verificar problemas e
desligado ligado saná-los imediatamente / substituir
equipamento se necessário
desligar equipamento imediatamente /
verificar problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga ligado
imediatamente / substituir equipamento
se necessário.
manutenção / verificar problemas e
ligado desligado saná-los imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

Ação diária inspecionar equipamentos (problemas mecânicos, conservação, etc).


tempo de operação variável

2.17
Tanque de Soda
Item Estado Requerido na Ação
Operação
Volume de soda
pelo menos 1/4 do volume estabelecer rotina de compra do produto
armazenado
se ocorrer transbordamento, coletar
imediatamente o material. Se for
possível, deve-se reaproveitar o
material, caso contrário levar a
destinação adequada. Não lançar no
Extravasão sem transbordamento
sistema de drenagem, pois poderá
comprometer o corpo receptor. Não
lançar no processo de tratamento,
pois poderá causar desequilíbrio
biológico no mesmo.
Ação diária inspecionar instalação (problemas mecânicos, conservação, etc).
tempo de operação -

Esta unidade deverá contar com um plano de manutenção preventiva e de procedimentos


corretivos estabelecidos pela SANASA.

2.8 - UNIDADE DE QUEIMA DE GASES

A ETE conta com uma unidade de queima de gases provenientes do reator UASB composta
pelas seguintes instalações:

 1 queimador de gás tipo “flare” enclausurado;


 1 queimador tipo “flare” (queimador de emergência)
 Separador de sedimentos;
 Dispositivo corta-chamas com válvula térmica
 Painel de controle.

Os queimadores têm capacidade unitária de 180 Nm³ gás/hora, com concentração de metano de
75% a 85%.

O emprego de queimador do tipo “flare” enclausurado garante melhor queima dos gases
provenientes dos reatores UASB, eliminando-se a necessidade de instalações complementares
para remoção de odor.

Anexa a unidade, há uma instalação de GLP (tipo “Ultrasistem” da Ultragás ou similar) para
auxiliar na queima dos gases.

2.18
Figura 2.8.1 - Unidade de Queima de Gases

Sistema de GLP

Queimador
Tipo “Flare” Enclausurado

Queimador de Emergência
Tipo “Flare”

Caixa de Entrada
com Purga de Tubulação

Em condições normais, apenas o queimador com flare enclausurado irá operar. Neste caso a
operação pode ser assim resumida:

2.19
Unidade de Queima de Gases - Operação Normal
Item Estado Requerido na Ação
Operação
checar sistema de GLP (volume de gás
armazenado e funcionamento em geral)
/ verificar pressão e vazão de gás
metano / verificar obstruções nas
tubulações de gás desde a saída do
Queimador tipo flare
sem chama reator UASB até a unidade de queima /
enclausurado
dar nova ignição / mudar para
queimador de emergência / chamar a
assistência técnica imediatamente caso
se constate mau funcionamento do
queimador.
Queimador tipo flare
com chama nenhuma ação requerida
enclausurado
Queimador de
sem chama nenhuma ação requerida
emergência
checar se válvula de alimentação de gás
metano está aberta ou vazando. Fechar
válvula ou substituí-la imediatamente /
Queimador de
com chama checar sistema de alimentação de GLP
emergência
para este queimador. Em caso de
defeito, chamar assistência técnica
imediatamente
inspecionar instalação (problemas mecânicos, conservação, condições
de válvulas, medidores, etc) / fazer leitura periódica de vazão e checar
pressostato e válvula de alívio / Realizar purga periódica da
Ação diária tubulação usando a válvula de purga instalada na caixa de entrada de
gás proveniente do reator UASB / verificar se há chama no
queimador / verificar volume de GLP disponível e programar
reabastecimento.
desviar o gás proveniente do reator UASB para o queimador de
Manutenção do
emergência mediante a manobra das válvulas das tubulações de
queimador tipo
alimentação no interior da unidade / chamar assistência técnica
“flare” enclausurado
especializada para consertos e manutenção preventiva.
tempo de operação 24 h/dia

Além dos procedimentos descritos, solicitar, junto à empresa fornecedora do sistema de queima e
de GLP, informações complementares sobre a operação das instalações. Exigir manuais dos
equipamentos.

Esta unidade deverá contar com um plano de manutenção preventiva e de procedimentos


corretivos estabelecidos pela SANASA.

2.20
2.9 - CAIXA DE CONCENTRAÇÃO DE ESCUMA

Esta unidade tem a função de retirar o excesso de água da escuma retirada do reator UASB. Seu
funcionamento é análogo ao de uma caixa de gordura, sendo que o material sobrenadante
(escuma concentrada) verte para um canal lateral e daí segue para a unidade de desidratação de
lodo. Em princípio, não há intervenção do operador nesta unidade. Entretanto, quando houver
descarte de escuma do reator UASB, é conveniente inspecionar a unidade para se certificar de
que não há entupimento da tubulação de escuma e que o sobrenadante está sendo realmente
removido.

Figura 2.9.1 - Caixa de Concentração de Escuma

Chegada de
Escuma
do UASB Saída de Clarificado

Canal de Coleta de
Escuma Concentrada

2.10 - FILTROS BIOLÓGICOS PERCOLADORES

Figura 2.10.1 - Filtro Biológico

2.21
Visando complementar o grau de tratamento da ETE, mediante digestão aeróbia da matéria
orgânica remanescente no efluente dos reatores UASB, a ETE conta com 4 filtros biológicos
percoladores de alta taxa com as seguintes características básicas:

 Enchimento do filtro (leito):


 Tipo enchimento plástico não estruturado;
 Material: polipropileno;
 Área específica:  100 m²/m³;
 Índice de vazios:  90%;
 Diâmetro: 90 mm;
 Comprimento: 90 mm
 Dimensões de 1 filtro:
 Diâmetro útil: 18,50 m;
 Altura do leito: 3,00 m;
 Altura do fundo falso: 1,00 m;
2
 Distribuidor rotativo :
 Diâmetro do distribuidor: 18,00 m;
 Número de braços distribuidores: 4;
 Diâmetro da tubulação de braço distribuidor: 200 mm;
 Diâmetro da coluna central: 400 mm;
 Carga hidráulica na coluna central sobre
a superfície do meio suporte:  1,5 m;
 Distância entre o centro dos braços de distribuição
até a superfície de enchimento 0,6 m;
 Faixa de vazão: de 35 l/s a 180 l/s.

Quanto à manutenção, apresentam-se, no quadro a seguir, as ações básicas a serem tomadas:

Distribuidores dos Filtros


Estado Estado Requerido no Ação
Estágio de Operação
manutenção / verificar
problemas e saná-los
imediatamente / verificar
entupimentos e
desalinhamentos / Verificar
parado girando
se há vazão suficiente para
movimentação. Usar a
recirculação de lodo se
necessário / Substituir
equipamento se necessário
girando girando nenhuma ação requerida.
inspecionar equipamentos (obstruções, problemas
Ação diária mecânicos, etc).
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação 15 h/dia na 1ª Etapa e 11h/dia na 2ª Etapa.

2
Dependendo do fornecedor, o distribuidor rotativo poderá ter dimensões diferentes das
apresentadas.
2.22
Os distribuidores necessitam de um cuidado especial, devendo ser vistoriados periodicamente
(pelo menos uma vez por dia), já que são peças fundamentais para a distribuição de esgoto nos
filtros biológicos. Além disso, deve-se observar o estado do enchimento plástico dos leitos
percoladores ao longo do tempo.

Deverá ser estabelecido um plano de manutenção preventiva para os equipamentos conforme


recomendações dos fornecedores/fabricantes.

2.11 - CAIXA REDISTRIBUIDORA DE VAZÃO Nº 1

Figura 2.11.1 - Caixa Redistribuidora de Vazão Nº 1


Planta de Cobertura

Coleta de Gás

Vista Lateral

Chegada da
Recirculação de
Lodo

"By-Pass"
Planta de Fundo (vem da caixa distribuidora)
Chegada de Efluente Válvula de Manobra
dos Reatores UASB do "By-Pass"

Chegada da
Recirculação de
Lodo

Extravasor

Saída de Efluente
"By-Pass" para os Filtros
Saída de Efluente
(vai p/ da caixa redistribuidora nº 2) para os Filtros

Semelhante a caixa distribuidora de vazão para os reatores UASB, esta unidade tem a função
principal de reunir o efluente destes e dividi-lo eqüitativamente entre os filtros biológicos, não
precisando ser operada, exigindo apenas a inspeção diária, com especial atenção em dias de
chuva.

Cada vertedor desta unidade possui guias para instalação de “stop-logs”, útil para o caso de se
querer interromper a entrada de esgoto em um determinado filtro.

Os “stop-logs” podem ser de madeira, fibra de vidro alumínio ou aço inox.

2.23
Esta unidade contará, ainda, com duas tubulações de “by-pass” de 600 mm:
 uma de chegada, proveniente da caixa divisora de vazão dos reatores UASB;
 uma de saída, interligando-se diretamente à caixa redistribuidora de vazão nº 2.

A manobra destas tubulações é feita por registros localizados embaixo da caixa redistribuidora.

2.12 - CAIXA REDISTRIBUIDORA DE VAZÃO Nº 2

Figura 2.12.1 - Caixa Redistribuidora de Vazão Nº 2


Chegada de Efluente dos Filtros

Válvula de Manobra
do "By-Pass"
Chegada do "By-Pass"
da Cx. Redist. Nº1
Vertedores
Saída do "By-Pass"
(vai para PV-17)

Saída de Efluente para os Decantadores

Semelhante às outras caixas de distribuição de vazão, esta unidade tem a função principal de
reunir o efluente proveniente dos filtros biológicos e dividi-lo eqüitativamente entre os
decantadores secundários, não precisando ser operada, exigindo apenas a inspeção diária, com
especial atenção em dias de chuva.

Cada vertedor desta unidade possui guias para instalação de “stop-logs”, útil para o caso de se
querer interromper a entrada de esgoto em um determinado filtro.

Os “stop-logs” podem ser de madeira, fibra de vidro alumínio ou aço inox.

Esta unidade conta, ainda, com duas tubulações de “by-pass” de 600 mm:
 uma de chegada, proveniente da caixa redistribuidora de vazão nº1;
 uma de saída, interligando-se diretamente ao emissário de efluente tratado, no PV-17.

A manobra da tubulação de saída é feita por registro localizado ao lado da unidade, em uma
caixa anexa.

2.13 - DECANTADORES SECUNDÁRIOS

Na configuração final, a ETE conta com 4 decantadores secundários gravitacionais, de formato


circular, com poço central para acúmulo de lodo e equipados com raspador de acionamento
periférico. Instalados após os filtros biológicos, cada decantador deverá ter 22,00 m de diâmetro
2.24
e 3,25 m de profundidade útil. Cada decantador é equipado com um raspador mecânico diametral
de lodo, de acionamento periférico e equipado com lâmina raspadora de escuma. O decantador
conta, ao longo de toda periferia, com um defletor para evitar a saída de escuma junto com o
clarificado e com lâmina vertedora regulável em “V” para ajustes de nível.

Figura 2.13.1 - Decantador Secundário


Chegada de Efluente dos Filtros

Ponte Rolante
Raspadora de Lodo Descarte de Lodo para Reator UASB

Descarte de Lodo para Recirculação


dos Filtros

Coletor de Escuma

Saída de Efluente Tratado

Os decantadores secundários operam de forma automática, cabendo ao operador do sistema as


inspeções periódicas e a programação das atividades de manutenção preventiva e corretiva dos
equipamentos dessas unidades (pontes rolantes de acionamento periférico). Devem ser
vistoriados periodicamente o motor de acionamento e a estrutura da ponte rolante de cada
decantador. No quadro a seguir, apresentam-se as ações básicas a serem tomadas:

2.25
Ponte Rolante para Remoção de Lodo do Decantador Secundário
Estado Estado Requerido na Ação
Operação
manutenção / verificar problemas
e saná-los imediatamente /
desligado ligado
substituir peças e/ou
equipamento se necessário.
desligar equipamento
imediatamente / verificar
bloqueado/sobrecarga ligado problemas e saná-los
imediatamente / substituir peças
e/ou equipamento se necessário.
manutenção / verificar problemas
e saná-los imediatamente /
ligado desligado
substituir peças e/ou
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.
inspecionar equipamentos (obstruções, problemas mecânicos,
Ação diária etc).
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação 24 h/dia

Para esvaziar um decantador, deve-se proceder da seguinte maneira:

1. desligar a ponte rolante;


2. fechar totalmente (com “stop-log”) o vertedor da caixa redistribuidora de vazão nº 2
correspondente ao decantador.
3. esvaziar o decantador através do conjunto de recalque de recirculação da Estação Elevatória
de Recirculação correspondente, recalcando o conteúdo desse decantador a entrada do filtro
biológico;

A parada e o esvaziamento de um decantador só devem ser efetuados em situações especiais


(manutenção da ponte rolante, por exemplo) e num curto espaço de tempo, pois haverá
sobrecarga nas unidades que deverão receber o efluente destinado a esse decantador.

Cada decantador é equipado com um dispositivo para coleta de escuma, que é depositada em um
recipiente localizado ao lado da unidade. Diariamente, o operador deverá vistoriar os recipientes
e levar o material recolhido para a unidade de desidratação de lodo, onde será misturado ao lodo
descartado dos reatores UASB.

2.14 - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE RECIRCULAÇÃO

A ETE conta com duas estações elevatórias de recirculação, que recalcarão o lodo acumulado no
fundo dos decantadores secundários para os reatores UASB e para os filtros biológicos quando
preciso. Na concepção proposta, uma estação atende os decantadores 1 e 2, e a outra, os
decantadores 3 e 4.

2.26
Cada estação elevatória de recirculação é composta, na realidade, por duas unidades de recalque,
a saber:

 unidade de descarte de excesso de lodo, que retorna o excesso de lodo acumulado no


fundo do decantador para a entrada dos reatores UASB. Esta unidade é composta por dois
conjuntos de recalque (Q=5 l/s cada), cada um ligado a um determinado decantador, cuja
sucção é feita diretamente no poço central de acúmulo de lodo;
 unidade de recirculação para filtros biológicos, que tem a função inicial (1ª Fase) de
garantir uma vazão mínima nos filtros quando a vazão de esgoto afluente a ETE for
pequena. No futuro, esta unidade servirá como unidade recirculação de lodo, prevista
para as 2ª e 3ª Fases. Esta unidade também é composta por dois conjuntos de recalque, na
mesma configuração da unidade acima, só que para maior vazão (Q=100 l/s cada).

Resumindo, a ETE tem capacidade total de 20 l/s para descarte de excesso de lodo e 400 l/s para
a recirculação de lodo dos decantadores para os filtros.

Figura 2.14.1 - Estação Elevatória de Recirculação

Unidade de Recirculação
para os Filtros Biológicos

Medidor de Vazão
Medidor de Vazão

Unidade de Descarte de
Excesso de Lodo

2.14.1 - Conjuntos de Recalque de Recirculação

Esta unidade irá operar eventualmente durante a 1ª Fase da ETE, quando a vazão afluente a ETE
for insuficiente para manter os distribuidores rotativos dos filtros biológicos em movimento. A
operação desta unidade compreende, então, a definição da vazão recirculada (fator de
recirculação), ajustes na rotação das bombas, inspeções periódicas das instalações e manutenção
(preventiva e corretiva).

No quadro a seguir, apresentam-se as ações básicas a serem tomadas:

2.27
EERD - Conjuntos de Recalque de Recirculação
Estado Estado Requerido na Ação
Operação
manutenção / verificar
problemas e saná-los
desligado ligado
imediatamente / substituir
equipamento se necessário
desligar equipamento
imediatamente / verificar
bloqueado/sobrecarga ligado problemas e saná-los
imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
manutenção / verificar
problemas e saná-los
ligado desligado
imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

inspecionar equipamentos (obstruções, problemas


Ação diária mecânicos, etc).
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação eventual

A seleção da rotação da bomba, e conseqüente ajuste de vazão, será feito a partir da sala do
operador, através de computador, ou seletor no local da EE. Deverá ser exigido o manual de
operação do equipamento junto ao fornecedor, bem como um plano de manutenção.

2.14.2 - Conjunto de Recalque de Descarte de Excesso de Lodo

Este conjunto tem por finalidade descartar aquela parcela de lodo que não é mais necessária ao
processo de tratamento. A quantidade de lodo descartada é definida em função da eficiência do
processo, sendo, portanto, um processo iterativo com o acompanhamento periódico dos
parâmetros do tratamento (teor de sólidos no reator UASB, remoção de DBO, etc).

Em princípio, esta elevatória irá operar de 6 a 12 horas por dia, com as vazões estabelecidas no
projeto. Entretanto, o conjunto de recalque está equipado com inversor de freqüência, o que
permitirá que se regule a vazão de descarte, caso seja conveniente.

No quadro a seguir, apresentam-se as ações básicas a serem tomadas na operação desta unidade:

2.28
EERD - Conjunto de Recalque de Descarte de Excesso de Lodo
Estado Estado Requerido na Ação
Operação
manutenção / verificar
problemas e saná-los
desligado ligado
imediatamente / substituir
equipamento se necessário
desligar equipamento
imediatamente / verificar
bloqueado/sobrecarga ligado problemas e saná-los
imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
manutenção / verificar
problemas e saná-los
ligado desligado
imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

inspecionar equipamentos (obstruções, problemas


Ação diária mecânicos, etc).
Em dias de chuva, inspecionar várias vezes ao dia.
tempo de operação 6 a 12 h/dia

A seleção da rotação da bomba, e conseqüente ajuste de vazão, é feito a partir da sala do


operador, através de computador, ou seletor no local da EE. Deverá ser exigido o manual de
operação do equipamento junto ao fornecedor, bem como um plano de manutenção.

É importante lembrar que a ETE deverá ter conjuntos de recalque reservas, de iguais
características, adequadamente guardados no almoxarifado.

2.15 - UNIDADE DE DESIDRATAÇÃO MECANIZADA DE LODO

Necessária para a redução do volume de lodo descartado, esta unidade trabalha sincronizada com
o descarte de lodo dos reatores UASB.

Basicamente, compõem a unidade os seguintes equipamentos:

- Tanque de lodo;
- Estação elevatória de lodo descartado;
- Desaguadora tipo prensa-parafuso;
- Rosca transportadora de lodo;
- Caçambas, iguais às utilizadas em transporte de entulho, equipadas com sistema de rodas;
- Unidade de preparo e dosagem de polieletrólito;
- Bombas de pressurização de água de serviço;
- Compressor de ar;
- Talhas e monovias.
2.29
Na figura 2.10.1, apresenta-se a localização de cada equipamento dentro da unidade.

A operação da unidade pode ser resumida da seguinte maneira:

1. O lodo retirado dos reatores UASB é conduzido a um tanque de lodo instalado no interior da
unidade de desidratação, cuja finalidade é equalizar as vazões de lodo na entrada dos
equipamentos de desidratação (prensas-parafuso). Visando manter a homogeneidade do lodo,
foi instalado um misturador no interior do tanque. Estima-se que o lodo chegue ao tanque
com teor de sólidos da ordem de 3,0% a 5%;
2. Após o Tanque de Lodo, o lodo é bombeado pela Estação Elevatória de Lodo Descartado
até a entrada das Prensas-parafuso, onde recebe uma dosagem de polieletrólito. A dosagem
e a concentração de polieletrólito deverá ser definida em função do equipamento empregado.
3. Na prensa-parafuso, o lodo é efetivamente desidratado, atingindo um teor de sólidos da
ordem de 20% a 25%. O lodo desidratado então é transportado por meio de uma Rosca
Transportadora até as Caçambas, estacionadas na entrada da edificação da unidade de
desidratação. O lodo desidratado segue então para o seu destino final, o aterro sanitário. O
lodo desidratado deverá, obrigatoriamente, ser disposto em aterro sanitário devidamente
licenciado ou submetido a outra aplicação aprovada pelos órgãos ambientais
competentes, não sendo admitida qualquer outra destinação.

Todo o processo de desidratação deverá ser acompanhado “in loco” por operador qualificado.

2.30
Figura 2.10.1 - Unidade de Desidratação Mecanizada de Lodo
Mezanino

Prensa Parafuso

Prensa Parafuso

Térreo

Caçambas
Tanques de Polieletrólito

Dosadoras de Polieletrólito

Bombas de Pressurização

Compressor de Ar

Tanque de Lodo

Elevatória de Lodo Descartado

A seguir, apresenta-se um quadro resumo de todo o processo de desidratação de lodo, no


intervalo de 24 horas, incluindo a sincronização com o descarte de lodo dos reatores UASB.
Cabe ressaltar que os tempos estabelecidos são apenas orientativos, devendo os mesmos ser
ajustados em função das condições reais de operação. É importante lembrar que esses ajustes
devem visar sempre o perfeito funcionamento da ETE, buscando o maior grau de
2.31
tratamento possível e não a comodidade funcional. Esta observação é válida não somente
para esta unidade, mas para todo o processo de tratamento da ETE.

Operação da Unidade de Desidratação - Descarte do Reator UASB

Volume
Volume
Volume de Acumulado no Operação das
Acumulado no Volume de Lodo
Hora Descarte de Tanque de Lodo Prensas Parafuso
Tanque de Lodo Desidratado (m³)
Lodo (m³) do Dia Anterior (m³)
(m³)
(m³)

0
0 0,00 0,00
1
0 0,00 0,00
2
0 0,00 0,00
3
0 0,00 0,00
4
0 0,00 0,00
5
0 0,00 0,00
6
14 14,00 0,00
7
14 28,00 0,00
8
14 14 28,00 1,91
9
14 14 28,00 1,91
10
14 14 28,00 1,91
11
14 14 28,00 1,91
12
14 14 28,00 1,91
13
14 14 28,00 1,91
14
14 14 28,00 1,91
15
14 14 28,00 1,91
16
0 14 14,00 1,91
17
0 14 0,00 1,91
18
0 0,00 0,00
19
0 0,00 0,00
20
0 0,00 0,00
21
0 0,00 0,00
22
0 0,00 0,00
23
0 0,00 0,00
24

2.32
Quanto à manutenção, deverá ser vistoriada periodicamente toda a instalação, devendo-se estar
atento à condição de funcionamento de cada equipamento nos respectivos estágios operacionais.
No quadro a seguir, apresentam-se as ações básicas a serem tomadas:

Misturador do Tanques de Lodo


Estado Estado Requerido no Ação
Estágio de Operação
manutenção / verificar
ligado (enquanto há lodo problemas e saná-los
desligado
no tanque) imediatamente / substituir
equipamento se necessário
desligar equipamento
imediatamente / verificar
ligado (enquanto há lodo
bloqueado/sobrecarga problemas e saná-los
no tanque)
imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
manutenção / verificar
desligado (quando não há problemas e saná-los
ligado
lodo no tanque) imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

inspecionar equipamentos (obstruções, problemas


Ação diária
mecânicos, etc).
tempo de operação 24 h/dia.

Prensa-Parafuso
Estado Estado Requerido no Ação
Estágio de Operação
manutenção / verificar
problemas e saná-los
desligado ligado imediatamente / chamar
assistência técnica
imediatamente se necessário.
desligar equipamento
imediatamente / verificar
problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga ligado imediatamente / chamar
assistência técnica
imediatamente se necessário.
manutenção / verificar
problemas e saná-los
ligado desligado imediatamente / chamar
assistência técnica
imediatamente se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.
inspecionar equipamentos (obstruções, problemas
Ação diária
mecânicos, etc).
tempo de operação 10 h/dia a 12 h/dia.
2.33
Estação Elevatória de Lodo Descartado (Junto ao Tanque de Lodo)
Estado Estado Requerido no Ação
Estágio de Operação
manutenção / verificar
problemas e saná-los
desligado ligado
imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
desligar equipamento
imediatamente / verificar
bloqueado/sobrecarga ligado problemas e saná-los
imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
manutenção / verificar
problemas e saná-los
ligado desligado
imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

inspecionar equipamentos (obstruções, problemas


Ação diária
mecânicos, etc).
tempo de operação 10 a 12h/dia.

Bombas de Dosagem de Polieletrólito


Estado Estado Requerido no Ação
Estágio de Operação
manutenção / verificar problemas
e saná-los imediatamente / chamar
desligado ligado
assistência técnica imediatamente
se necessário.
desligar equipamento
imediatamente / verificar
problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga ligado
imediatamente / chamar
assistência técnica imediatamente
se necessário.
manutenção / verificar problemas
e saná-los imediatamente / chamar
ligado desligado
assistência técnica imediatamente
se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

inspecionar equipamentos (obstruções, problemas mecânicos,


Ação diária
etc).
tempo de operação 10 h/dia a 12 h/dia

2.34
Bombas de Pressurização de Água de Lavagem para a Prensa-Parafuso
Estado Estado Requerido no Ação
Estágio de Operação
manutenção / verificar problemas
e saná-los imediatamente / chamar
desligado ligado
assistência técnica imediatamente
se necessário.
desligar equipamento
imediatamente / verificar
problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga ligado
imediatamente / chamar
assistência técnica imediatamente
se necessário.
manutenção / verificar problemas
e saná-los imediatamente / chamar
ligado desligado
assistência técnica imediatamente
se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

inspecionar equipamentos (obstruções, problemas mecânicos,


Ação diária
etc).
tempo de operação variável

Além dos procedimentos descritos, solicitar informações complementares sobre a operação das
instalações e manuais dos equipamentos junto ao fabricante.

Esta unidade deverá contar com um plano de manutenção preventiva e de procedimentos


corretivos estabelecidos pela SANASA.

2.16 - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE SERVIÇO

Esta unidade é composta por três partes principais:

 captação de efluente tratado da ETE;


 ETA compacta de fluxo ascendente;
 unidade de aplicação de hipoclorito.

A captação é composta por dois conjuntos de recalque submersíveis instalados na parte final do
tanque de contato para desinfecção de efluente tratado da ETE. Estes conjuntos irão operar de
acordo com a necessidade de se abastecer o reservatório elevado de água de serviço, sendo que
em média irão trabalhar 12 h/dia com vazão de 30 m³/h. A operação e demais procedimentos são
análogos àqueles já estabelecidos para as outras elevatórias da ETE (EEEB, por exemplo).

2.35
Figura 2.12.1 - Estação de Tratamento de Água e Captação

Captação de Efluente
Tratado da ETE
Unidade de Aplicação ETA Compacta
de Hipoclorito de Sódio de Fluxo Ascendente

A ETA é formada por um filtro de fluxo ascendente, composto de camadas de porosidade


decrescente no sentido de fluxo (de baixo para cima). A lavagem do filtro consiste basicamente
em aplicar uma vazão maior que a capacidade nominal do filtro de tal forma que o leito filtrante
fique fluidificado, carregando as impurezas. Esse acréscimo de vazão pode ser obtido ligando-se
simultaneamente os dois conjuntos de recalque (a operação normal é 1+1reserva). Antes de
iniciar o processo de lavagem, deve-se fechar a válvula da tubulação que alimenta o reservatório
elevado e abrir a válvula de descarga que segue para o sistema de extravasão da ETE. Depois de
lavado o filtro, basta interromper o recalque de água (desligar a captação) que o leito se
recompõe automaticamente, por diferença de densidade de suas camadas.

Na saída da ETA existe uma unidade de aplicação de hipoclorito, que dosa o desinfetante
diretamente na tubulação de alimentação do reservatório elevado, sendo o tempo de contato
garantido no volume disponível no mesmo. Esta unidade é composta basicamente por uma
bombona de 100 l ou 200 l acoplada a um conjunto de bombas dosadoras, cuja operação é
análoga a das bombas dosadoras da unidade de hidróxido de sódio ou de hipoclorito (desinfecção
do efluente da ETE).

2.17 - UNIDADE DE ARMAZENAMENTO E DOSAGEM DE ANTIESPUMANTE

A ETE conta com uma unidade de dosagem de antiespumante para evitar a formação de espuma
no efluente que será lançado no corpo receptor . Basicamente, essa instalação é composta por
dois tanques de 5 m³ para estocagem de soda e duas bombas dosadoras com capacidade unitária
variando de 7 a 140 l/h. A dosagem de soda deve ser definida em função em análises do efluente
tratado. Recomenda-se que pelo menos 1 vez por semana sejam feitas análises em laboratório.

Para abastecimento do tanque também foram previstos 2 conjuntos de recalque, bastando ao


caminhão de transporte do produto acoplar uma mangueira com engate rápido na sucção das
bombas. O acionamento das bombas é manual, podendo as duas bombas operar
simultaneamente.

2.36
A operação desta unidade é bastante simples, bastando regular a vazão nas bombas que aplicarão
o produto na entrada da unidade de medição de efluente tratado

Figura 2.17.1 - Unidade de Armazenamento


e Dosagem de Antiespumante

Tanque de Hidróxido de
Sódio

Bombas de Alimentação

Bombas Dosadoras

Poço de Coleta
de Extravasamentos

Conforme pode ser observado, o tanque de soda é isolado por paredes, formando um tanque
com um poço em um de seus cantos. Caso ocorra transbordamento do tanque, toda o produto é
acumulada nesse poço para posterior coleta. Por questões operacionais e ambientais, não é
recomendado o lançamento no sistema de drenagem ou no sistema de extravasão da ETE. O
material dever ser coletado e reaproveitado, se possível, caso contrário deverá ter disposição
final compatível com o risco contaminante do mesmo.

No quadro a seguir, apresentam-se os procedimentos básicos de operação da unidade:

Bombas Dosadoras
Estado Estado Requerido na Ação
Operação
manutenção / verificar problemas e
desligado ligado saná-los imediatamente / substituir
equipamento se necessário
desligar equipamento imediatamente /
verificar problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga ligado
imediatamente / substituir equipamento
se necessário.
manutenção / verificar problemas e
ligado desligado saná-los imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

Ação diária inspecionar equipamentos (problemas mecânicos, conservação, etc).


2.37
realizar ensaios periódicos do efluente (pelo menos 1 vez por semana)
Definição de
para determinar a aplicação ou não de soda na entrada ou na saída do
aplicação e vazão
reator UASB
tempo de operação variável

Bombas de alimentação do Tanque de Antiespumante


Estado Estado Requerido na Ação
Operação
manutenção / verificar problemas e
desligado ligado saná-los imediatamente / substituir
equipamento se necessário
desligar equipamento imediatamente /
verificar problemas e saná-los
bloqueado/sobrecarga ligado
imediatamente / substituir equipamento
se necessário.
manutenção / verificar problemas e
ligado desligado saná-los imediatamente / substituir
equipamento se necessário.
ligado ligado nenhuma ação requerida.
desligado desligado nenhuma ação requerida.

Ação diária inspecionar equipamentos (problemas mecânicos, conservação, etc).


tempo de operação variável

Tanque de Antiespumante
Item Estado Requerido na Ação
Operação
Volume de
antiespumante pelo menos 1/4 do volume estabelecer rotina de compra do produto
armazenado
se ocorrer transbordamento, coletar
imediatamente o material. Se for
possível, deve-se reaproveitar o
material, caso contrário levar a
destinação adequada. Não lançar no
Extravasão sem transbordamento
sistema de drenagem, pois poderá
comprometer o corpo receptor. Não
lançar no processo de tratamento,
pois poderá causar desequilíbrio
biológico no mesmo.
Ação diária inspecionar instalação (problemas mecânicos, conservação, etc).
tempo de operação -

Esta unidade deverá contar com um plano de manutenção preventiva e de procedimentos


corretivos estabelecidos pela SANASA.

2.38
2.18 - SISTEMA DE ÁGUA POTÁVEL E DE SERVIÇO

Composto por reservatório elevado e rede de distribuição, sua finalidade é abastecer a ETE com
água potável e água de serviço (efluente tratado da ETE após tratamento em ETA compacta)
para diversas finalidades: consumo humano, limpeza das dependências da ETE, preparo de
produtos químicos, etc. A ETE conta com várias colunas-d’água com registro de engate rápido,
instaladas junto às diversas unidades para eventuais serviços de limpeza e manutenção, devendo
ser mantidas sempre em bom estado de conservação.

O reservatório deve ser periodicamente inspecionado, devendo-se mantê-lo em bom estado de


conservação e operação.

2.19 - Demais Unidades da ETE

Casa de operação, subestação e medição de energia, portões e alambrados irão requerer ações
normalmente previstas para tais unidades, ou seja, manutenção preventiva, manutenção
corretiva, conservação e limpeza, etc.

Por se tratar de um bem público, cuja imagem tem impacto direto com a população que atende, a
ETE deverá ter especial cuidado com o estado de conservação da sua urbanização, devendo
portões e alambrados estar devidamente pintados e conservados, gramado aparado, vias e
dependências limpas e bem conservadas.

2.39
3 - DESENHOS
3 - DESENHOS

Relação de Desenhos

Número do Desenho Título Folha

227-HID-ETE-103 Fluxograma do Processo de Tratamento 01/01

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