Avaliação Do Uso de Agentes Saneantes em UANs
Avaliação Do Uso de Agentes Saneantes em UANs
Avaliação Do Uso de Agentes Saneantes em UANs
BRASILIA – DF
2009
MARCUS FERNANDO DE LIMA JACULI
BRASÍLIA – DF
2009
JACULI, Marcus Fernando de Lima.
Avaliação do uso de agentes saneantes em serviços de
alimentação coletiva/ Marcus Fernando de Lima Jaculi. –
Brasília, 2009.
39f.
Aprovado em:
____________________________________________________________
Prof.a MSc. Lucianne Cardoso
____________________________________________________________
Prof.a MSc. Lívia de Lacerda de Oliveira Pineli
____________________________________________________________
Prof. MSc. Manoel Silva Neto
BRASÍLIA – DF
2009
DEDICATÓRIA
RESUMO
RESUMO................................................................................................................... vii
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 11
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 12
2.1 TIPOS DE SUJIDADES....................................................................................... 12
2.2 SUPERFÍCIES UTILIZADAS PARA CONTATO COM ALIMENTO ..................... 13
2.3 FUNDAMENTOS DA HIGIENIZAÇÃO ................................................................ 14
2.3.1 Etapa Preliminar ............................................................................................. 15
2.3.2 Pré-lavagem .................................................................................................... 15
2.3.3 Limpeza com Detergentes ............................................................................. 16
2.3.3.1 Detergentes alcalinos .................................................................................... 16
2.3.3.2 Detergentes ácidos........................................................................................ 17
2.3.3.3 Detergentes tensoativos ................................................................................ 18
2.3.3.3.1 Detergentes tensoativos aniônicos ............................................................. 18
2.3.3.3.2 Detergentes tensoativos catiônicos ............................................................ 18
2.3.3.3.3 Detergentes tensoativos não-iônicos.......................................................... 19
2.3.3.3.4 Anfóteros .................................................................................................... 19
2.3.3.4 Formulação de detergentes na indústria de alimentos .................................. 20
2.3.4 Enxagüe .......................................................................................................... 22
2.3.5 Sanitização...................................................................................................... 22
2.3.5.1 Meios físicos .................................................................................................. 22
2.3.5.1.1 Calor ........................................................................................................... 22
2.3.5.1.2 Radiação ultravioleta .................................................................................. 23
2.3.5.2 Meios químicos ............................................................................................. 23
2.3.5.2.1 Compostos clorados ................................................................................... 23
2.3.5.2.2 Compostos iodados .................................................................................... 24
2.3.5.2.3 Clorhexidina ............................................................................................... 25
2.3.5.2.4 Ácido peracético ......................................................................................... 26
2.3.5.2.5 Compostos quaternário de amônio (CQA) ................................................. 26
2.4 AVALIAÇÃO DE EFICIÊNCIA DOS SANITIZANTES .......................................... 27
2.4.1 Testes da Diluição de Uso ............................................................................. 27
2.4.2 Teste de Suspensão ....................................................................................... 28
2.4.3 Teste de Coeficiente Fenólico ....................................................................... 28
2.4.4 Teste de Capacidade ...................................................................................... 29
2.4.5 Teste de Ação Esporicida .............................................................................. 30
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 32
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 35
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 36
ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO SUBJETIVO .............................................................. 37
ANEXO 2 – CHECK LIST HIGIENE ......................................................................... 38
1 INTRODUÇÃO
10
Este trabalho tem a finalidade de avaliar o conhecimento dos
responsáveis técnicos acerca dos materiais e práticas de higiene e sanitização
utilizados em serviços de alimentação coletiva no Plano Piloto, Brasília - DF
11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
12
Quadro 1 – Solubilidade e ação do calor sobre os principais resíduos de
alimentos.
RESÍDUO SOLUBILIDADE FACILIDAD EFEITOS DO
E DE CALOR
REMOÇÃO
Geralmente solúveis em Fácil Caramelização
Carboidrato
água
Insolúveis em água, Difícil Polimerização
Gordura solúveis em alcalinos,
solúveis por tensoativos
Solúveis em alcalinos Difícil Desnaturação
Proteínas
Solúveis em ácidos
Sais Minerais Fácil Incrustações
mono-valentes Solúveis em água
(Na+, k+)
Sais Minerais Difícil Incrustações
divalentes (Na+, Solúveis em ácidos
k+)
Fonte: ANDRADE, 2008.
13
Quadro 2 – Característica das principais superfícies utilizadas na indústria
de alimentos.
Superfícies Características Cuidados
Aço Geralmente resistente à corrosão; Certas ligas podem ser
Inoxidável Superfície lisa e impermeável; corroídas por
Resistente à oxidação a altas halogênios
temperaturas; Fácil higienização
Aço- Corroído por detergentes ácidos e Deve ser galvanizado
carbono alcalinos. ou estanhado. Usar
detergente neutro na
higienização
Estanho Corroído por alcalinos e ácidos. Não deve entrar em
contato com alimentos.
Concreto Danificado por alimentos ácidos e Deve ser denso e
agentes de limpeza. resistente aos ácidos.
Vidro Liso e impermeável. Danificado por Deve ser limpo com
alcalinos fortes e outros agentes de detergente neutro ou de
limpeza. média alcalinidade.
Mármore Resistente ao calor, vulnerável a Deve ser limpo com
desgastes físico e reações detergente neutro ou de
químicas. média alcalinidade.
Borracha Não deve ser porosa, não Pode ser oxidada por
esponjosa. Não ser afetada por produtos de limpeza.
agentes alcalinos fortes. Não ser Possibilidade de adesão
atacada por solventes orgânicos e bacteriana.
ácidos fortes.
Madeira Permeável à umidade, gordura e Difícil de higienizar.
óleo. Difícil manutenção. É
destruída por alcalinos fortes.
Polipropilen Resistente a agentes químicos, Biodegradabilidade
o como ácidos e alcalinos extremamente difícil.
Pode ocorrer processo
de adesão microbiana
Fonte: ANDRADE, 2008.
14
Germano e Germano, 2003 dizem ainda que:
2.3.2 Pré-lavagem
15
Em 2003, Rêgo e Faro afirmaram que:
16
Dentre os alcalinos, incluem-se o hidróxido de sódio, o carbonato de
sódio, o metassilicato de sódio, o ortossiliciato de sódio e o sesquissilicato de sódio
(ANDRADE, 2008)
- Hidróxido de sódio (soda cáustica): é o mais forte agente alcalino, de
baixo custo, mas muito corrosivo. Tem excelentes propriedades saponificantes, é
ótimo dissolvente e tem poder bactericida. Não pode ser usado em metais, e seu
manuseio é perigoso, pois pode causar sérias queimaduras na pele (RÊGO; FARO,
2003).
- Metassilicato de sódio: é menos corrosivo e não é caustico. Quando
combinado com o hidróxido de sódio suspende a ação corrosiva. Como agente de
limpeza é bom, pois tem boa ação de dispersão e emulsificação, mas é de alto custo
(RÊGO; FARO, 2003).
- Ortossiliciato de sódio e sesquissilicato de sódio: tem bom poder
saponificante e são bastante efetivos na remoção de proteínas. São, no entanto,
caros e corrosivos para alumínio (RÊGO; FARO, 2003).
- Carbonato de sódio e fosfato trissódico: são pouco corrosivos. O
primeiro é usado em formulas de detergentes por sua ação tampão (estabiliza o pH),
por ser barato e por precipitar os sais de cálcio e magnésio. O segundo é bom
saponificante, emulsificante e dispersante além de amolecar a água (RÊGO; FARO,
2003).
17
Os ácidos orgânicos são menos corrosivos do que os inorgânicos, porém
mais caros. Os ácidos muitas vezes são formulados com tensoativos para diminuir a
tensão superficial da solução e melhorar o contato entre o resíduo mineral e o
detergente, pois as soluções ácidas não “molham” bem as superfícies.
18
detergentes. Os compostos de amônio quaternário são seus principais
representantes, devendo sua ação ao fat do átomo de nitrogênio possuir um par de
elétrons não emparelhados, permitindo assim um ataque eletrofílico (GERMANO;
GERMANO, 2003).
2.3.3.3.4 Anfóteros
19
exemplos o polifosfato tetrassódico, o hexametafosfato de sódio e o tetrafosfato de
sódio (GERMANO; GERMANO, 2003).
Com relação aos agentes quelantes, o ácido etilenodiamino tetra-acético
(EDTA), com sais de sódio e potássio, é o mais importante, sendo capaz de remover
Ca++, Mg++ e Fe++ de soluções com efeito similar aos polifosfatos. (GERMANO;
GERMANO, 2003).
20
Quadro 3: Sugestão de formulação de detergentes para diversas
aplicações:
Detergente para higienização de mãos
Concentração
Agentes químicos
%
Dodecilbenzeno sulfonado de sódio (LAS)
40% 10
Tensoativo não iônico 4
Tripolifosfato de sódio 25
Metassilicato de sódio 10
Borax ou sulfato de sódio 51
Detergente para higienização de garrafas
Concentração
Agentes químicos
%
Hidróxido de sódio 68
Fosfato de trissódio 4
Carbonato de sódio 14
Pirofosfato tetrassódico 8
Metassilicato de sódio 6
Detergente para Limpeza CIP (Clening in Place)
Concentração
Agentes químicos
%
Gluconato de sódio 5
Hidróxido de sódio 95
Detergente para higienização de tubulações de aço inoxidável
Concentração
Agentes químicos
%
Tensoativo não iônico 3
Tripolifosfato de sódio 25
Metassilicato de sódio 10
Carbonato de sódio 30
Sulfato de sódio 32
Detergente para remoção de minerais
Concentração
Agentes químicos
%
Tensoativo não iônico 0,3
Ácido fosfórico 31
Água 68,7
Fonte: TAMPLIM apud ANDRADE e MACÊDO apud GERMANO; GERMANO, 2003.
21
2.3.4 Enxágüe
2.3.5 Sanitização
2.3.5.1.1 Calor
22
2.3.5.1.2 Radiação ultravioleta
23
precursores na formação de cloraminas orgânicas, estas prejudiciais à saúde devido
ao seu alto potencial carcinogênico (McNEAL1, et al, 2007 apud SREBERNICH,
2007).
O dióxido de cloro, porém, vem recebendo atenção especial, pois embora
seja um derivado do cloro, ele gera quantidade insignificante de subprodutos
(trihalometanos) não se obtendo a formação de cloraminas, e sendo os fenóis
oxidados a formas mais simples, caracterizando-se assim como um produto de baixo
potencial carcinogênico (ANDRADE; MACEDO, 1996).
Além disso, o dióxido de cloro é um agente oxidante forte, que na maioria
das vezes reage por meio do mecanismo de transferência de elétrons atacando a
membrana celular, penetrando, desidratando, e por último, oxidando os
componentes internos da célula microbiana sem, no entanto, causar ação tóxica
como a maioria dos compostos de cloro (SREBERNICH, 2007).
Em seus estudos Srebernich, 2007, determinou que o tratamento com
dióxido de cloro a 50 ppm/10 minutos mostrou-se mais eficiente ou praticamente no
mesmo nível de redução de coliformes totais, E. coli e fungos que o hipoclorito de
sódio a 120 ppm. Para se obter resultado superior ao NaOCl seria conveniente
trabalhar com concentração superior a 50 ppm, provavelmente na faixa de 60
ppm/10 minutos
1
McNEAL, T. P.; HOLLIFIELD, H. C.; DIACHENKO, G. W. Survey of trihalomethanes and other
volatile chemical contaminants in processed foods by purge-and-trape capillary gas chromatography
with mass selective detection. Journal of the Association of Official Analytical Chemistry
International, v. 78, n. 2, p. 391-397, 1995.
24
Porém a utilização do iodo para desinfecção de cozinhas tem sido muito
discutida ultimamente. Desde 1979, a Food and Nutrition Board fixou a RDA
(Recomended Dietary Allowances) do iodo em 150 mcg/dia, ou seja, os níveis de
ingestão de nutrientes essenciais, adequados para suprir as necessidade das
pessoas sadias. Tem-se observado anomalias orgânicas em relação ao consumo de
iodo. O consumo diário de aproximadamente 200 mcg de iodo causa uma rápida e
transitória inibição de síntese de tiroxina e em pessoas normais pode ou não haver
uma adaptação, mas em pessoas com hipotiroidismo, as vezes, pode acarretar
aumento do tamanho da glândula, ocorrendo bócio. A ingestão elevada de iodo
(200mcg/dia), durante algumas semanas, pode gerar um quadro de hipertiroidismo
em pessoas normais, principalmente em idosos (SILVA Jr, 2007).
Estudos atuais relatados pelo FDA (USA) indicam que na dieta normal
diária já estamos ingerindo quantidade de iodo acima do normal, sendo assim, deve-
se tomar muito cuidado com qualquer resíduo de iodo em equipamentos e utensílios
(SILVA Jr, 2007).
2.3.5.2.3 Clorhexidina
25
Segundo Mazzola et al, em seu estudo para a determinação do tempo de
redução decimal (valor D) de agentes sanitizantes, observou que algumas cepas
vegetativas mostram uma melhor resistência a uma solução de digluconato de
clorhexidina a 0,4%, sendo S. aureus (D = 5,9 min) e E. coli (D = 3,0 min). Cepas de
B. stearothermophilus expostas a uma solução de 2% de clorhexidina apresentaram
valor D de 9,1 min.
26
com o conseqüente extravasamento dos constituintes celulares (GERMANO;
GERMANO, 2003).
Os CQA formam um filme bacteriostático sobre as superfícies, mas atuam
com menos eficiência sobre bactérias Gram-negativas (coliformes e psicrotróficos)
do que sobre as Gram-positivas (Staphylococcus spp e Streptococcus spp). A
atividade sobre bactérias Gram-negativas pode ser aumentada com o uso de EDTA,
pois este atua como quelante para algumas estruturas da parede celular,
possibilitando a penetração do composto na membrana (GERMANO; GERMANO,
2003).
27
as concentrações de sanitizante recomendadas pelos fabricantes (ANDRADE,
2008).
Esse teste consiste em submeter células de Salmonella choleraesuis
ATCC 10708, de Staphylococcus aureus ATCC 6538 e de Pseudomonas
aeruginosas ATCC 15442, aderidas às superfícies de cilindros de aço inoxidável, à
ação de soluções de sanitizantes, sendo aprovadas aquelas que destruírem o
organismo-teste aderido em 59 cilindros de 60 avaliações, após 10 minutos de
contato à temperatura de 20°C (ANDRADE, 2008).
28
células vegetativas de bactérias. É um método oficial preconizado pela AOAC
(ANDRADE, 2008).
O teste é realizado sob condições rigidamente definidas. A AOAC
recomenda como organismos de teste as culturas-teste de Pseudomonas
aeruginosa ATCC 15442, Salmonella typhi ATCC 6538. Na Tabela 4, encontram-se
resumidos os fundamentos, a interpretação dos resultados e as limitações do teste
do coeficiente fenólico (ANDRADE, 2008).
Quadro 4 – Fundamento, interpretação dos resultados e limitações do
teste do coeficiente fenólico
Testes do coeficiente fenólico
Fundamento Compara a eficiência do sanitizante contra uma solução de
fenol
Interpretação Determinação do coeficiente fenólico
dos Resultados Diluição de uso
Limitações Pouco reprodutível
Possibilidade de sobrevivência de células muito resistentes
Não permite simular condições usuais da indústria de
alimentos
Os resultados devem ser confirmados por outros testes
Sua precisão é discutível.
Fonte: ANDRADE, 2008.
29
2.4.5 Teste de Ação Esporicida
30
3 METODOLOGIA
31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
32
- 30% disseram ter realizado teste para determinar a eficiência de
diferentes produtos com o mesmo principio ativo, para assim determinar qual teria o
maior custo beneficio.
Sobre a freqüência de higienização, 100% dos entrevistados disseram
que os procedimentos de higienização são realizados sempre que necessário e no
final da produção conforme é determinado pela RDC 216 de 2004.
Quando questionados sobre como é feita a diluição, 100% dos
entrevistados disseram utilizar a diluição estabelecida pelo fabricante conforme é
recomendado pela RDC 216 de 2004.
Foram obtidos os seguintes resultados a partir da aplicação do check list
adaptado da RDC 216 de 2004:
- Somente um estabelecimento manteve 100% dos requisitos da RDC
216;
- Um estabelecimento apresentou 95% de conformidades;
- Dois estabelecimentos apresentaram 90% de conformidade;
- Cinco estabelecimentos apresentaram 85% de conformidade;
- e um estabelecimento apresentou 80% de conformidade.
Na tabela abaixo é possível visualizar quais os itens do check list
apresentaram não conformidades.
33
Quadro 5: Não conformidades apresentadas nos estabelecimentos.
Item do check list Estabelecimentos
que apresentaram
não
conformidade.
1.1 - As instalações, os equipamentos, os móveis e os 1
utensílios são mantidos em condições higiênico-sanitárias
apropriadas.
1.2 - As operações de higienização são realizadas por 2
funcionários comprovadamente capacitados e com
freqüência que garanta a manutenção dessas condições e
minimize o risco de contaminação do alimento.
1.4 - As operações de limpeza e, se for o caso, de 3
desinfecção das instalações e equipamentos, quando não
forem realizadas rotineiramente, são registradas.
1.6 - São tomadas precauções para impedir a 3
contaminação dos alimentos causada por produtos
saneantes, pela suspensão de partículas e pela formação
de aerossóis. Substâncias odorizantes e ou desodorantes
em quaisquer das suas formas não devem ser utilizadas
nas áreas de preparação e armazenamento dos alimentos.
1.9 - Os produtos saneantes são identificados e guardados 3
em local reservado para essa finalidade.
1.10 - Os utensílios e equipamentos utilizados na 2
higienização são próprios para a atividade e estão
conservados, limpos e disponíveis em número suficiente e
guardados em local reservado para essa finalidade.
1.12 - Os funcionários responsáveis pela atividade de 9
higienização das instalações sanitárias utilizam uniformes
apropriados e diferenciados daqueles utilizados na
manipulação de alimentos.
34
5 CONCLUSÃO
35
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RÊGO, Josedira Carvalho do; FARO, Zelyta Pinheiro de. Manual de limpeza e
desinfecção para unidades produtoras de refeições. São Paulo: Varela, 1999
36
ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO SUBJETIVO
FORMAÇÃO PROFISSIONAL:
TEMPO DE EXPERIENCIA PROFISSIONAL: ____
37
ANEXO 2 – CHECK LIST HIGIENE
NÃO
1. HIGIENE DE INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E NÃ SE
SIM
UTENSÍLIOS O APLIC
A
1.1. As instalações, os equipamentos, os móveis e os utensílios são
mantidos em condições higiênico-sanitárias apropriadas.
1.2. As operações de higienização são realizadas por funcionários
comprovadamente capacitados e com freqüência que garanta a
manutenção dessas condições e minimize o risco de contaminação do
alimento.
1.3. As caixas de gordura são periodicamente limpas. O descarte dos
resíduos atende ao disposto em legislação específica.
1.4. As operações de limpeza e, se for o caso, de desinfecção das
instalações e equipamentos, quando não forem realizadas rotineiramente,
são registradas.
1.5. As áreas de preparação do alimento são higienizada quantas vezes
forem necessárias e imediatamente após o término do trabalho.
1.6. São tomadas precauções para impedir a contaminação dos alimentos
causada por produtos saneantes, pela suspensão de partículas e pela
formação de aerossóis. Substâncias odorizantes e ou desodorantes em
quaisquer das suas formas não devem ser utilizadas nas áreas de
preparação e armazenamento dos alimentos.
1.7. Os produtos saneantes utilizados são regularizados pelo Ministério da
Saúde.
1.8. A diluição, o tempo de contato e modo de uso/aplicação dos produtos
saneantes obedecem às instruções recomendadas pelo fabricante.
1.9. Os produtos saneantes são identificados e guardados em local
reservado para essa finalidade.
1.10. Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização são próprios
para a atividade e estão conservados, limpos e disponíveis em número
suficiente e guardados em local reservado para essa finalidade.
1.11. Os utensílios utilizados na higienização de instalações são distintos
daqueles usados para higienização das partes dos equipamentos e
utensílios que entrem em contato com o alimento.
1.12. Os funcionários responsáveis pela atividade de higienização das
instalações sanitárias utilizam uniformes apropriados e diferenciados
daqueles utilizados na manipulação de alimentos.
NÃO
2. DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO SIM NÃO SE
APLICA
2.1. Os serviços de alimentação dispõem de Manual de Boas Práticas e
de Procedimentos Operacionais Padronizados. Esses documentos estão
acessíveis aos funcionários envolvidos e disponíveis à autoridade
sanitária, quando requerido.
2.2. Os POP contém as instruções seqüenciais das operações e a
freqüência de execução, especificando o nome, o cargo e ou a função
dos responsáveis pelas atividades. São aprovados, datados e assinados
pelo responsável do estabelecimento.
38
2.3. Os registros são mantidos por período mínimo de 30 (trinta) dias
contados a partir da data de preparação dos alimentos.
2.4. O serviço de alimentação implementa Procedimentos Operacionais
Padronizados relacionados aos seguintes itens: a) Higienização de
instalações, equipamentos e móveis; b) Controle integrado de vetores e
pragas urbanas; c) Higienização do reservatório; d) Higiene e saúde dos
manipuladores.
2.5. Os POP referentes às operações de higienização de instalações,
equipamentos e móveis contém as seguintes informações: natureza da
superfície a ser higienizada, método de higienização, princípio ativo
selecionado e sua concentração, tempo de contato dos agentes químicos
e ou físicos utilizados na operação de higienização, temperatura e outras
informações que se fizerem necessárias. Quando aplicável, os POP
contemplam a operação de desmonte dos equipamentos.
2.6. Os POP relacionados ao controle integrado de vetores e pragas
urbanas contemplam as medidas preventivas e corretivas destinadas a
impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou a proliferação de vetores e
pragas urbanas. No caso da adoção de controle químico, o
estabelecimento apresenta comprovante de execução de serviço
fornecido pela empresa especializada contratada, contendo as
informações estabelecidas em legislação sanitária específica.
2.7. Os POP referentes à higienização do reservatório especificam as
informações constantes POP referentes às operações de higienização de
instalações, equipamentos e móveis, mesmo quando realizada por
empresa terceirizada e, neste caso, é apresentado o certificado de
execução do serviço.
2.8. Os POP relacionados à higiene e saúde dos manipuladores
contemplam as etapas, a freqüência e os princípios ativos usados na
lavagem e anti-sepsia das mãos dos manipuladores, assim como as
medidas adotadas nos casos em que os manipuladores apresentem
lesão nas mãos, sintomas de enfermidade ou suspeita de problema de
saúde que possa comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos
alimentos. É especificado os exames aos quais os manipuladores de
alimentos são submetidos, bem como a periodicidade de sua execução.
O programa de capacitação dos manipuladores em higiene é descrito, e
determinada a carga horária, o conteúdo programático e a freqüência de
sua realização, mantem-se em arquivo os registros da participação
nominal dos funcionários.
39