Sistema Cardiovascular II

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SISTEMA

CARDIOVASCULAR II:

HEMODINÂMICA
PRESSÃO ARTERIAL

Prof. Maria Veronica Davila


Inter-relação entre fluxo, resistência, e pressão no
sistema circulatório
Relação entre o fluxos sanguíneo, pressão e resistência vascular

Quantidade de sangue que passa por um determinado ponto


Fluxo sanguíneo
do sistema circulatório, durante um período determinado
F (ou Q)
(ml/minuto)

Resistência Grau de impedimento ao fluxo pelos vasos = grau de


Vascular (R) dificuldades que impõem os vasos à circulação do sangue

Pressão Força exercida pelo sangue circulante nas paredes dos vasos
Sanguínea

Dinâmica do sangue no interior das artérias, arteríolas, capilares,


vênulas e veias
O fluxo sanguíneo pelo vaso (F ou Q)pode ser calculado pela
seguinte formula (lei de Ohm):

F = ∆P
R
F = Fluxo sanguíneo
∆P = gradiente de pressão (diferença de pressão
entre as duas extremidades do vaso)
R = resistência vascular

• No humano adulto, o fluxo sanguíneo é de aproximadamente


100ml/segundo, mas se utiliza o fluxo sanguíneo total.
• O fluxo sanguíneo total na circulação de um adulto, em repouso, é de
aprox. 5,0L/minuto. Isto é denominado DEBITO CARDÍACO.
...Lembrando que:
Débito cardíaco (DC): é o volume de sangue sendo
bombeado pelo coração (através da aorta) a cada minuto.

Como calculamos o debito cardíaco:

Débito cardíaco= Frequência cardíaca X Volume sistólico

Frequência cardíaca = Volume sistólico =


número de batimentos quantidade de sangue
cardíacos /minuto (70 a que sai do coração
74 batimentos/minuto). durante a sístole (70 ml).
• A resistência é o impedimento ao fluxo sanguíneo em um
vaso. Essa resistência ocorre como resultado do atrito
entre o sangue em movimento e o endotélio intravascular,
em todo o interior do vaso
• A resistência vascular sistêmica é controlada pelo sistema
nervoso simpático, que também controla o tônus
muscular da parede arteriolar.

A resistência vascular periférica total é igual à soma das resistências


das artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.
Para calcular a resistência poder ser utilizada a lei de Ohm

F= ∆P R= ∆P
R F

20 mmHg/L/minuto
PRESSÃO SANGUÍNEA
• A pressão sanguínea representa a força exercida pelo sangue
contra qualquer unidade de área da parede vascular.

• A pressão arterial é a tensão que o sangue exerce contra a


superfície das artérias, decorrente ao movimento de bombeamento
do coração.

Uma parte da energia da contração cardíaca é dissipada como fluxo


para os capilares (sístole) e o restante é armazenada como energia
potencial elástica nas artérias➔ durante a diástole essa energia
garante o fluxo sanguíneo.
Usando a lei de Ohm podemos calcular também a Pressão:

F = ∆P PA= F x R
R

F = Fluxo sanguíneo
P = Pressão
R = resistência vascular
Como usamos o débito cardíaco como o equivalente ao fluxo (F) sanguíneo
total , a equação para calculo da PA é:

PA= Debito cardíaco (DC) x Resistência Vascular Periférica RVP)


PA = Fluxo sanguíneo total x RVP

Fluxo sanguíneo total = Débito cardíaco

PA = Debito cardíaco X RVP.

100 5L 20
mmHg aprx. mmHg
DC
PA = DC x RVP

RVP

Lembrar que o Débito cardíaco é


calculado com
FC X Volume sistólico.
PRESSÃO ARTERIAL
• Na circulação sistêmica, a pressão mais alta
ocorre na aorta e reflete a pressão criada pelo
ventrículo esquerdo.
• A pressão aórtica alcança uma média alta de
120 mmHg durante a sístole ventricular até
uma baixa de 80 mmHg durante a diástole
ventricular.
Ao verificar a pressão:
A pressão na qual o fluxo
sanguíneo é primeiramente
ouvido representa a
pressão mais alta na
artéria, denominada
pressão sistólica.

O ponto no qual todos os


sons desaparecem é a
pressão mais baixa na
artéria, denominada
pressão diastólica.
PRESSÃO ARTERIAL
O coração bombeia sangue para aorta e pressão média nesse
vaso é alta, em torno de 100 mmHg. A partir da aorta, o sangue
desloca-se através das artérias porque a pressão na aorta é
mais alta do que nos vasos mais distantes. A medida que o
sangue flui para a circulação sistêmica a sua pressão média cai
progressivamente.
PRESSÃO ARTERIAL
• A pressão arterial varia também com o exercício
físico. Nesta situação, o coração tem que bombear
maior quantidade de sangue para que este
transporte mais oxigénio e nutrientes às células, a
fim de estas produzirem a energia necessária.
• Quando uma pessoa mantém valores de pressão
arterial acima da média, diz-se que esse indivíduo
sofre de hipertensão. A pressão arterial demasiado
alta conduz a um desgaste excessivo em todo o
sistema circulatório:
PRESSÃO ARTERIAL
ADULTO

No Brasil, 30% da população adulta têm hipertensão.


HIPERTENSÃO ARTERIAL
REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
Os mecanismos que mantém a pressão arterial (PA) são divididos em duas classes:
1. MECANISMOS A CURTO E MÉDIO PRAZO (Resposta Rápida): A:vos em segundos
ou minutos; ação menos duradoura.
A. Sistema Nervoso Autônomo
B. Mecanismos Reflexos:
• Reflexo Barorreceptor
• Quimiorreflexo
• Reflexo a:vado por receptores cardiopulmonares
2. MECANISMOS A LONGO PRAZO (Resposta Lenta): A:vos em horas ou dias;
possuem ação mais prolongada e duradoura:
A. Diurese e natriurese pressórica
B. Sistema Renina- Angotensina- Aldosterona
MECANISMOS DE
REGULAÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL

LONGO PRAZO
CURTO PRAZO

Mecanismos reflexos:
Baroreceptores
Sistema renina-
Sistema nervoso Quiorreflexo Diurese
autônomo angiotensina-
Reflexo ativado por aldosterona
receptores
cardiopulmonares
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
• O sistema nervoso autônomo é responsável pelo
controle neural da circulação.
• A ocorrência de rápidas alterações no débito cardíaco
e na resistência vascular periférica arterial pode ser
associada com alterações da PA, que são na maioria
de vezes adaptativo, facilitando trocas gasosas e
metabólicas.
• Contudo, a atividade simpática e parassimpática não
é descoordenada, ou seja, é regulada por um centro
específico, o chamado centro vasomotor, localizado
no tronco encefálico. Este, é responsável por gerar e
transmitir os impulsos simpáticos e parassimpáticos
através das regiões descritas anteriormente.
CONTROLE NERVOSO SIMPÁTICO DA PA
Da medula espinhal, através dos nervos torácicos e dos
dois primeiros nervosos lombares, saem fibras nervosas
vasomotoras, as quais se conectam às chamadas cadeias
simpáticas. Daí, seguem para a circulação por meio de
duas vias:
1. Nervos simpáticos específicos→ Inervam
principalmente a vasculatura do coração. A
estimulação simpática, dos nervos sob o coração,
aumenta acentuadamente a atividade cardíaca, tanto
pelo aumento da frequência cardíaca quanto pelo
aumento da força e do volume bombeado
2. Segmentos periféricos dos nervos espinhais→
distribuídos para a vasculatura das áreas periféricas.
As fibras simpáticas tem efeito vasoconstrição. De
todos os vasos sanguíneos, somente os capilares não
recebem inervação simpática.
CONTROLE NERVOSO SIMPÁTICO DA PA
Resumindo:
O aumento do tônus simpático determina:
Norepinefrina
• Aumento da Frequência cardíaca e da
contratilidade cardíaca (com elevação do
volume sistólico)
• Aumento do débito cardíaco (DC)
• Aumento do tônus simpático para os
vasos, promovendo vasoconstrição e
elevando a resistência vascular periférico Norepinefrina

Aumento da Pressão Arterial


CONTROLE NERVOSO PARASSIMPÁTICO
Centro Vasomotor
(bulbo)
NERVOS VAGOS

• Papel secundário na regulação da


circulação.
• Efeito circulatório mais importante→
controle da frequência cardíaca pelas
fibras nervosas parassimpáticas dos
nervos vagos.
• A estimulação parassimpática provoca
principalmente a diminuição da
frequência cardíaca; e ligeira redução
das contratilidade do músculo
cardíaco.
MECANISMOS DE
REGULAÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL

LONGO PRAZO
CURTO PRAZO

Mecanismos reflexos:
Baroreceptores
Sistema renina-
Sistema nervoso Quiorreflexo Diurese
autônomo angiotensina-
Reflexo ativado por aldosterona
receptores
cardiopulmonares
REFLEXO BARORRECEPTOR
• Os barorreceptores são
sensores de pressão,
localizados nas paredes
do seio caroMdeo
(caróNdas) e do arco
aórNco (aorta).
• Eles transmitem
informações sobre a
pressão arterial aos
centros vasomotores
cardiovasculares no
tronco encefálico.
REFLEXO BARORRECEPTOR
• Os barorreceptores do seio carotídeo são
reativos aos aumentos ou diminuições da
pressão arterial.
• Os barorreceptores do arco aórtico são
principalmente sensíveis aos aumentos
da pressão arterial.
• Esses barorreceptores funcionam como
mecanorreceptores, que percebem a
variação da pressão arterial por meio do
estiramento.
• Estes barorreceptores respondem
principalmente ao aumento de pressão.
REFLEXO BARORRECEPTOR

• O aumento da pressão
arterial causa aumento
do estiramento dos
barorreceptores, o que
leva a:
1. Redução da
estimulação
simpática
2. Aumento do estimulo
parassimpático.

Redução da PA
MECANISMOS DE
REGULAÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL

LONGO PRAZO
CURTO PRAZO

Mecanismos reflexos:
Baroreceptores
Sistema renina-
Sistema nervoso Quimiorreflexo Diurese
autônomo angiotensina-
Reflexo aFvado por aldosterona
receptores
cardiopulmonares
Qual é outro
mecanismo renal
para “compensar” a
diminuição da Mecanismo
pressão arterial? Renina-
Angiotensina-
Aldosterona
MECANISMO RENINA- ANGIOTENSINA-
ALDOSTERONA

• O sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) regula funções


essenciais do organismo, como a manutenção da pressão arterial,
balanço hídrico e de Na+.
• O SRAA é aNvado quando a secreção de renina no aparelho
justaglomerular do rim é esNmulada por:
A. Hipotensão na arterial renal
B. Diminuição da carga de na+ no túbulo distal do néfron
C. ANvação do sistema nervoso simpáNco em resposta à diminuição da
pressão arterial.
O QUE A RENINA FAZ?
• A renina cliva o angiotensinogênio (AGT) produzido pelo \gado, gerando angiotensina I
• A enzima conversora da angiotensina (ECA) cliva a angiotensina , gerando a angiotensina II
MECANISMO RENINA – ANGIOTENSINA - ALDOSTERONA

A Angiotensina II atua atua


através de dois receptores
principais:
1. receptor de angiotensina
Apo 1 (AT1R), que induz
vasoconstrição, anA-
natriurese, anA-diurese,
liberação de vasopressina
e aldosterona, fibrose e
proliferação celular.
2. receptor de angiotensina
Apo 2 (AT2R), que
contrabalança esses
efeitos.

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