Aula 01: PETROBRAS (Todos Os Cargos) Português - 2021 (Pós-Edital)

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Aula 01

PETROBRAS (Todos os Cargos)


Português - 2021 (Pós-Edital)

Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos

20 de Dezembro de 2021
Equipe Português Estratégia Concursos
Aula 01

Índice
1) Noções Iniciais de Classes de Palavras I
..............................................................................................................................................................................................3

2) Classes variáveis e invariáveis


..............................................................................................................................................................................................4

3) Substantivo
..............................................................................................................................................................................................5

4) Adjetivo
..............................................................................................................................................................................................
11

5) Expressões com Substantivo e Adjetivo


..............................................................................................................................................................................................
14

6) Pronome
..............................................................................................................................................................................................
18

7) Advérbio
..............................................................................................................................................................................................
29

8) Artigo
..............................................................................................................................................................................................
34

9) Numeral
..............................................................................................................................................................................................
36

10) Interjeição
..............................................................................................................................................................................................
38

11) Palavras especiais


..............................................................................................................................................................................................
39

12) Questões comentadas - Emprego das Classes de palavras I - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
42

13) Lista de Questões - Emprego da Classes de Palavras I - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá, pessoal!
Professora e Coach Patrícia Manzato aqui para iniciarmos o estudo das Classes de Palavras.
Para aqueles que ainda não me conhecem, gostaria apenas de me apresentar brevemente:
Graduada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie, sou Especialista e Mestre em Letras, também pela USP. Tenho experiência na área de
concursos públicos desde 2015 e já fui aprovada em mais de 10 certames, nos mais diversos cargos
municipais, estaduais e federais. Atualmente sou servidora pública federal, do Tribunal Superior do
Trabalho, certame no qual fui aprovada em 9º lugar.
Ressalto que essa aula é fundamental para entendermos análises sintáticas e semânticas mais elaboradas
que virão. Se você não entende o uso das classes de palavras, fica muito mais difícil aprender sintaxe e
interpretar textos.
Atualmente, as palavras da língua portuguesa são classificadas dentro de dez classes gramaticais, conforme
reconhecidas pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição,
preposição, artigo, numeral e pronome.
Uma palavra é enquadrada numa classe pelas suas características, embora existam muitas palavras que não
são enquadradas nas classes tradicionais, pois não funcionam exatamente como nenhuma delas. As palavras
denotativas parecem advérbios, mas não fazem o que o advérbio faz, isto é, não modificam verbo, adjetivos
ou outro advérbio.
Além disso, estudaremos que um conjunto de palavras pode equivaler a uma classe gramatical e, assim,
substituir essa palavra sem prejuízo à correção ou ao sentido. Esses conjuntos são chamados de locuções e
serão classificadas de acordo com a classe que substituem. Por exemplo, podemos ter uma pessoa “corajosa”
(adjetivo) ou uma pessoa “com coragem” (locução adjetiva).
Por fim, se quiser conhecer melhor meu trabalho e ter ainda mais dicas de Estudos e de Língua Portuguesa,
me siga nas redes sociais
Grande abraço e ótimos estudos!
Profª Patrícia Manzato

@prof.patriciamanzato

Prof. Patrícia Manzato

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CLASSES VARIÁVEIS X CLASSES INVARIÁVEIS


Algumas classes são variáveis, seguem regras de concordância, ou seja, flexionam-se em número e gênero,
como o substantivo, o adjetivo, o pronome, o numeral e o verbo.
Outras classes permanecem invariáveis, sem flexão, sem concordância, como advérbios, conjunções e
preposições.
“João é bonito, Joana é feia e seus filhos são medianos”
“João anda apressadamente e Joana, lentamente”.
Na primeira sentença há concordância de gênero e número. Isso porque “bonito” é adjetivo, “seus” é
pronome e “filhos” é substantivo, todas classes variáveis. No segundo, o termo “lentamente” não varia,
porque é advérbio, uma classe invariável.
A diferença é simples, mas deve ser lembrada sempre que formos estudar cada uma das classes de palavras,
ok?!

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SUBSTANTIVOS
O substantivo é a classe que dá nome a seres, coisas, sentimentos, qualidades, ações (homem, gato, carro,
mesa, beleza, inteligência, estudo...). Em suma, é o nome das coisas em geral, é a palavra que nomeia tudo
o que percebemos.
É uma classe variável, pois se flexiona em gênero, número e grau: um gato, dois gatos, três gatas, quatro
gatinhas, cinco gatonas...

Classificação dos substantivos


Relembremos rapidamente as classificações dos substantivos.
CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇÃO EXEMPLOS
PRIMITIVO Não se origina de outra palavra da pedra, mulher, felicidade
língua e, portanto, não traz afixos
(prefixo ou sufixo).
DERIVADO Deriva de uma palavra primitiva, pedreiro, mulherão, infelicidade
traz afixos (sufixos ou prefixos).
SIMPLES É constituído por uma única homem, pombo, arco
palavra, possui apenas um
radical.
COMPOSTO É constituído por mais de uma homem-bomba, pombo-
palavra, possui mais de um correio, arco-íris
radical.
COMUM Designa uma espécie ou um ser mulher, cidade, cigarro
qualquer representativo de uma.
PRÓPRIO Designa um indivíduo específico Maria, Paris, Malboro
da espécie.
CONCRETO Designa um ser que existe por si pedra, menino, carro, Deus, fada
só, de existência autônoma e
concreta, seja material, espiritual,
real ou imaginário.
ABSTRATO Designa ação, estado, criação, coragem, liberalismo
sentimento, qualidade, conceito.
COLETIVOS Designa uma pluralidade de seres tropa (soldados),
da mesma espécie. cardume (peixes),
frota (veículos).
A classificação de um substantivo não é fixa e absoluta, depende do contexto. Observe:
Ex: Judas foi um apóstolo (Próprio) x O amigo revelou-se um judas (Comum => traidor)

Os substantivos ainda podem ser classificados de acordo com a sua flexão de gênero (masculino/ feminino).

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BIFORMES Mudam de forma para indicar lobo x loba


gêneros diferentes. capitão x capitã
boi x vaca
UNIFORMES São os que possuem apenas uma o estudante / a estudante
forma para indicar ambos os o artista famoso/ a artista
gêneros. famosa

Os substantivos uniformes ainda subdividem-se em:


EPICENOS Referem-se a animais que só têm A águia, A cobra, O gavião.
um gênero para designar tanto o A variação de gênero se dá com
masculino quanto o feminino. acréscimo de “macho/fêmea”: a
cobra macho, o gavião fêmea...
SOBRECOMUNS Referem-se a pessoas de ambos A criança, O cônjuge, O carrasco,
os sexos. A pessoa, A vítima.
COMUNS DE DOIS GÊNEROS Apresentam uma forma única O chefe, A chefe, O cliente, A
para masculino e feminino e a cliente, O suicida, A suicida.
distinção é feita pelo “artigo” (ou
outro determinante, como
pronome, numeral...).

Formação de substantivos
Para reconhecer um substantivo, ajuda muito saber como podem ser formados e quais são suas principais
terminações.
Quanto à sua formação, os substantivos podem ser classificados em primitivos e derivados:
Os primitivos são a forma original daquele substantivo, sem afixos: pedra, fogo, terra, chuva.
Os derivados se originam dos primitivos, com acréscimo de afixos (prefixos ou sufixos): pedreiro, fogareiro,
terrestre, chuvisco. Esse processo é chamado de derivação sufixal e ocorre também com verbos que recebem
sufixos substantivadores:
pescar => pescaria; filmar => filmagem;
matar => matador; militar => militância;
dissolver => dissolução; corromper => corrupção.
Há também o processo inverso, chamado derivação regressiva, em que um substantivo abstrato indicativo
de ação é formado por uma redução:
Cantar => canto Almoçar => almoço
Além disso, destaco que substantivos podem surgir por processos de nominalização de outras classes. Os
verbos têm formas nominais:
Verbo Fazer: gerúndio (fazendo), infinitivo (fazer) e particípio (feito).
Ex: Feito é melhor que perfeito.
Mesmo não fazendo perfeito, o fazer é melhor que não o fazer.

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Note que o artigo tem o poder de substantivar qualquer classe:

Ex: O fazer é melhor que o esperar. (verbo “fazer” foi substantivado pelo artigo “o”)

Esse processo acima possibilitado pelo artigo se chama “derivação imprópria”, pois utiliza uma palavra de
uma classe em outra classe, da qual não é “própria”, ou seja, à qual não pertence.
Conhecer esses mecanismos ajuda a ‘reconhecer’ os substantivos nas questões de prova.

(CEBRASPE / PREF. DE BARRA DOS COQUEIROS (SE) / PROFESSOR / 2020 - Adaptada)


No texto 25A1-I, as palavras “alpercatas” (l.13) e “muito” (l.16) pertencem à classe de palavras dos
substantivos.
Comentários:
"Alpercatas" é substantivo, mas "muito" é advérbio de intensidade. Questão incorreta.

Flexão dos substantivos


Como vimos, o substantivo é a palavra que se flexiona em gênero e número.
Os substantivos podem ser simples, formados por apenas uma palavra, ou, mais tecnicamente, um só radical;
ou compostos, formados por mais de uma palavra ou radical.
Em geral, os substantivos simples normalmente têm seu plural formado com mero acréscimo da letra /S/:
Carro(s), Menina(s), Pó(s)...
Contudo, também podem ter outras terminações:
Reitores, Males, Xadrezes, Caracteres, Cônsules, Reais, Animais, Faróis, Fuzis, Répteis, Projéteis.
Palavras como “ônix” e “tórax” não vão ao plural.
Outras palavras, por sua vez, só são usadas no plural: núpcias, fezes, férias, arredores, costas...
De modo geral, palavras terminadas em “ão” basicamente recebem o /S/ de plural (mãos, irmãos, órgãos)
ou fazem plural em “es” (capelães, capitães, escrivães, sacristães, tabeliães, catalães, alemães).
Contudo, há palavras que admitem duas e até três formas de plural:

Charlatão: charlatões — charlatães Vilão: vilãos — vilões — vilães

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Corrimão: corrimãos — corrimões Aldeão: aldeãos — aldeões — aldeães


Cortesão: cortesãos — cortesões Ancião: anciãos — anciões — anciães
Anão: anãos— anões Ermitão: ermitãos — ermitões — ermitães
Guardião: guardiões — guardiães Cirurgião: — cirurgiões— cirurgiães
Refrão: refrãos — refrães Vulcão: vulcãos — vulcões
Sacristão: sacristãos — sacristães Zangão: zangãos — zangões

Plural dos substantivos compostos


A regra geral é “quem varia varia; quem não varia não varia”. O que isso significa na prática?
Significa que se o termo é formado por classes variáveis, como substantivos, adjetivos, numerais e pronomes
(exceto o verbo), ambos variam.
Ex: Substantivo + Substantivo: Couve-flor => Couves-flores
Numeral + Substantivo: Quarta-feira => Quartas-feiras
Adjetivo + Substantivo: Baixo-relevo => Baixos-relevos
Por consequência, as classes invariáveis (e os verbos) não variam em número:
Ex: Verbo + Substantivo: Beija-flor => Beija-flores
Advérbio + Adjetivo: Alto-falante => Alto-falantes
Interjeição + Substantivo: Ave-maria => Ave-marias
Essa é a regra geral. Contudo, há exceções quando falamos em plural de nomes compostos. Vamos ver as
mais importantes e que caem com mais frequência em sua prova:

Quando o segundo substantivo especifica o primeiro


Na composição de dois substantivos, se o segundo especificar o primeiro por uma relação de tipo,
semelhança ou finalidade, é mais comum que o segundo termo, por ser delimitador, não varie, fique no
singular. Contudo, é também correto flexionar os dois!
Ou seja, nesses casos são corretas as duas formas!
banhos-maria OU banhos-marias pombos-correio OU pombos-correios
salários-família OU salários-famílias
Note que o “pombo” tem a finalidade de ser correio, o “peixe” parece uma espada e assim por diante...

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Estrutura “substantivo + preposição + substantivo”


Se a estrutura for “substantivo+preposição+substantivo”, apenas o primeiro item da composição se
flexiona:
Ex: Pé de moleque => Pés de moleque
Mão de obra => Mãos de obra
Pôr do sol => Pores do sol ( “pôr” é visto de forma substantivada, não verbo)

Guarda (verbo) x Guarda (substantivo)


Em "Guarda-chuva" e "Guarda-roupa", "guarda" é verbo e por isso somente o segundo item
se flexiona: Guarda-chuvas e Guarda-roupas.
Em "Guarda-noturno", "Guarda-florestal" e "Guarda-civil", “guarda” é substantivo, ou seja,
o próprio sujeito, o homem. Por isso, nesse caso, como temos substantivo + adjetivo, os
dois termos são flexionados: Guardas-florestais, Guardas-civis e Guardas-noturnos.

Lembre-se ainda que o plural de “mal-estar” é “mal-estares”, pois "estar", nesse caso, é sua forma
substantivada (e não verbo). Assim, como temos a estrutura "advérbio + substantivo", o segundo termo é
flexionado.
Por outro lado, "louva-a-deus" não varia.
Para finalizar, lembre-se que o plural de “arco-íris” é “arcos-íris”.

(CEBRASPE / TRF 1ª REGIÃO / 2017) Haveria prejuízo gramatical para o texto caso a palavra “procedimentos-
padrão” fosse alterada para procedimentos-padrões.
Comentários:
Não haveria prejuízo para o texto caso se efetuasse a referida troca, pois há duas regras válidas: flexionar os
dois substantivos pela regra geral, ou flexionar somente o primeiro pela regra específica de delimitação por
tipo/finalidade/semelhança. Questão incorreta.

Grau do Substantivo
O substantivo também pode variar em grau, aumentativo e diminutivo.

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É importante lembrar que o diminutivo/aumentativo pode ter valores discursivos de afetividade e de


depreciação irônica.
Ex: Olha o cachorrinho que eu trouxe para você. (afetividade)
Queridinho, devolva o que roubou. (depreciativo; irônico)
Há diversos outros sufixos de grau do substantivo. Vejamos também seus valores no discurso:
Ex: Então... O sabichão aí se enganou de novo? (ironia)
Não trabalho tanto para dar dinheiro àquele padreco! (depreciação)
O Porsche é um carrão! (admiração)
Kiko, não se misture com essa gentalha! (desprezo)
O plural do diminutivo se faz apenas com o acréscimo de "ZINHOS" ou "ZITOS" ao plural da palavra, cortando-
se o /S/. Assim:
animalzinho = animais + zinhos => animaizinhos
coraçãozinho = corações + zinhos => coraçõezinhos
florzinha = flores + zinhas => florezinhas
papelzinho = papéis + zinhos => papeizinhos
pazinha = pazes + zinhas => pazezinhas
Em alguns casos, são aceitas como corretas duas formas. É o caso de:
colherzinha OU colherinha
florzinha OU florinha
pastorzinho OU pastorinho

(CEBRASPE / SEDF /2017)


(...) Recebi sua cartinha. (...) A menina de Zulmira está muito engraçadinha. Já tem 2 dentinhos.(...)
O emprego do diminutivo no texto está relacionado à expressão de afeto e ao gênero textual: carta familiar.
Comentários:
O diminutivo, aqui formado pelo sufixo “-inha”, pode ter valor afetivo, subjetivo, carinhoso. Esse uso é
perfeitamente coerente com a linguagem familiar e cheia de afeto usada pela avó para falar com seu neto
numa carta. Questão correta.

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ADJETIVO
O adjetivo é a classe variável que se refere ao substantivo ou termo de valor substantivo (como pronomes),
para atribuir a ele alguma qualificação, condição ou estado, restringindo ou especificando seu sentido.
Como vimos, é classe variável, que “orbita” em torno do substantivo e concorda com ele em gênero e
número.
Ex: homens maus, mulheres simples, céus azuis, casas arruinadas.
O adjetivo pode também ser substantivado:
“Céu azul” => “O azul do céu”.
É comum também substituir o adjetivo por “locução” ou “oração” adjetiva:
Ex: “Cidadão inglês”x “Cidadão da Inglaterra” x “Cidadão que é nativo da Inglaterra”.

Classificação dos adjetivos

CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇÃO EXEMPLOS


SIMPLES Possui apenas um radical. Estilo literário.
COMPOSTO Possui mais de um radical. Estilo lítero-musical.
PRIMITIVO Forma original, não derivado de Homem bom.
outra palavra.
DERIVADO É formado a partir de outra Ele é bondoso.
palavra.
EXPLICATIVO Indica característica inerente e Homem mortal.
geral do ser.
RESTRITIVO Indica característica que não é Homem valente.
própria do ser.
GENTÍLICO Relativos a povos e raças. israelita
PÁTRIO Relativos a cidades, estados, israelense
países e continentes.
Vejamos alguns exemplos de adjetivos pátrios, atenção à formação:
/ês/: português, inglês, francês, camaronês, norueguês
/ano/: goiano, americano, africano, angolano, mexicano
/ense/: estadunidense, fluminense, amazonense
/ão/, /eiro/: afegão, alemão, catalão, brasileiro, mineiro
/ol/, /eta/, /ita/, /tico/: espanhol, mongol, lisboeta, vietnamita, asiático
/ino/, /eu/, /enho/: argentino londrino, europeu, judeu, panamenho, costa-riquenho
Cuidado: esses adjetivos são grafados com letras minúsculas.

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Como apresentado na tabela, os adjetivos chamados de “uniformes” têm uma só forma para masculino ou
feminino e normalmente são os terminados em /a/, /e/, /ar/, /or/, /s/, /z/ ou /m/:
Ex: hipócrita, homicida, asteca, agrícola, cosmopolita
árabe, breve, doce, constante, pedinte, cearense
superior, exemplar, ímpar
simples, reles, feliz, feroz, ruim, comum

Flexão dos adjetivos compostos


No plural dos adjetivos compostos, como luso-americanos, afro-brasileiras, obras político-sociais, a primeira
parte do composto é reduzida e somente o segundo item da composição vai para o plural.
Essa é a regra para o plural dos adjetivos compostos em geral. Contudo, vejamos algumas exceções que são
recorrentes em sua prova:
Adjetivo composto formado por “adjetivo + substantivo”
Se houver um substantivo na composição do adjetivo composto (adjetivo + substantivo), nenhuma das
partes vai variar:
Ex: amarelo-ouro => camisa amarelo-ouro; camisas amarelo-ouro
verde-oliva => parede verde-oliva; paredes verde-oliva
Adjetivos compostos invariáveis
Alguns adjetivos, no entanto, são sempre invariáveis. Vejamos:
azul-marinho => camisa azul-marinho; camisas azul-marinho
azul-celeste => parede azul-celeste; paredes azul-celeste
zero-quilômetro => caminhonete zero-quilômetro; caminhonetes zero-quilômetro

Valor objetivo (fato) x Valor subjetivo (opinião)


Os adjetivos podem ter valor subjetivo, quando expressam opinião; ou podem ter valor objetivo, quando
atestam qualidade que é fato e não depende de interpretação.
Os adjetivos opinativos, por serem marca de expressão de uma opinião, são acessórios, podem ser retirados,
sem prejuízo gramatical.
Adjetivos opinativos X Adjetivos objetivos
carro bonito carro preto
turista animado turista japonês
Os adjetivos chamados “de relação” são objetivos e, por isso, não aceitam variação de grau e não podem
ser deslocados livremente, posicionando-se normalmente após o substantivo.
São derivados de substantivos e estabelecem com o substantivo uma relação de tempo, espaço, matéria,
finalidade, propriedade, procedência etc.

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Tais adjetivos indicam uma categorização “técnica”, “objetiva” e tornam mais preciso o conceito expresso
pelo substantivo, restringindo seu significado.
O gramático Celso Cunha dá os seguintes exemplos:
Nota mensal => nota relativa ao mês
Movimento estudantil => movimento feito por estudantes
Casa paterna => casa onde habitam os pais
Vinho português => vinho proveniente de Portugal
Observe que não podemos escrever “português vinho” nem “vinho muito português”. Ser “português” é
uma categorização objetiva do vinho, não expressa opinião.
Essas características vão nos ajudar em questões sobre a inversão da ordem “substantivo + adjetivo”,
estudada adiante.

(CEBRASPE / TCE PB / 2018)


Maus hábitos cotidianos muitas vezes são, na verdade, práticas antiéticas e até ilegais, que devem, sim, ser
combatidas.
Os termos “antiéticas”, “ilegais” e “combatidas” qualificam a palavra “práticas”.
Comentários:
“antiéticas” e “ilegais” qualificam sim o substantivo “práticas”. Contudo, “combatidas” é um verbo numa
frase em voz passiva: “devem ser combatidas” (ver aula de verbos), não é um adjetivo. Questão incorreta.

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ORDEM DA EXPRESSÃO NOMINAL “SUBSTANTIVO +


ADJETIVO”
Agora veremos o efeito da troca de ordem em algumas palavras.
Uma expressão formada por substantivo + adjetivo é uma expressão nominal (ou sintagma nominal), porque
o núcleo é um nome (substantivo). A ordem “natural” do sintagma é essa. Quando trocamos essa ordem,
poderemos ter 3 casos:
1) Não muda nem a classe nem o sentido.
Ex: Cão bom x Bom cão
(Sub. + Adj.) (Adj. + Sub.)
2) Muda o sentido sem mudar as classes.
Ex: Candidato pobre x Pobre candidato
(Sub. + Adj.) (Adj. + Sub.)
Mudança no sentido: "pobre" é um adjetivo objetivo relativo a recursos financeiros. Na segunda expressão,
"pobre" significa coitado, digno de pena.
Vejam os pares principais que se encaixam nesse segundo caso.
simples questão (mera questão) único sabor (não há outro, só um)

questão simples (não complexa) sabor único (sabor inigualável)

grande homem (grandeza moral) alto funcionário (patente)

homem grande (grandeza física) funcionário alto (altura física)

3) Muda a classe, e muda necessariamente o sentido.


Ex: alemão comunista x comunista alemão
(Sub. + Adj.) (Sub. + Adj.)
Mudança no sentido: "Alemão", no segundo sintagma, se tornou característica, especificação, do
substantivo comunista, ou seja, um comunista nascido na Alemanha. No primeiro caso, temos um alemão
que é "comunista" (em oposição, por exemplo, a um alemão guitarrista, turista, generoso).

Sempre que houver essa alteração morfológica, ou seja, troca de classes, haverá mudança de
sentido, porque muda o foco, ainda que pareça coincidir bastante o sentido.

Esse critério salva sua pele em questões em que fica difícil enxergar a sutil mudança semântica
que ocorre.

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Lembre-se da famosa frase de Machado de Assis:


“não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor”.
No primeiro caso, temos “um autor que veio a falecer”. No segundo, temos um “defunto que
passou a escrever”.

Em alguns casos, pode ser difícil detectar quem é o substantivo (Ex: sábio religioso), então a gramática nos
diz que a tendência lógica é considerar o primeiro termo substantivo e o segundo adjetivo.

Locuções Adjetivas
Como mencionei, locuções são grupos de palavras que equivalem a uma só.
As locuções adjetivas são formadas geralmente de preposição+substantivo e substituem um adjetivo.
Essas locuções funcionam como um adjetivo, qualificam um substantivo, e desempenham normalmente uma
função chamada adjunto adnominal.
Ex: Homem covarde => Homem sem coragem
Cara angelical => Cara de anjo
Alguns exemplos de outras locuções e seus adjetivos correspondentes:
de irmão fraternal de frente frontal

de paixão passional de porco suíno ou porcino

de trás traseiro de terra telúrico, terrestre ou terreno

de lua lunar ou selênico de velho senil

de macaco simiesco, símio ou macacal de vento eólico

de mestre magistral de vidro vítreo ou hialino

de monge monacal de aluno discente

de neve níveo ou nival de visão óptico

Grau dos adjetivos


Basicamente, qualidades podem ser comparadas e intensificadas pela via da flexão de grau comparativo
(mais belo, menos belo ou tão belo quanto) e superlativo (muito belo, tão belo, belíssimo).
Vejamos a divisão que cai em prova:
Comparativo:
O grau comparativo pode ser de superioridade, inferioridade ou igualdade.
Ex: Sou mais/menos ágil (do) que você => grau comparativo de superioridade/inferioridade

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Sou tão ágil quanto/como você. => comparativo de igualdade


Perceba que o elemento "do" é facultativo nas estruturas comparativas.
Algumas palavras têm sua forma comparativa terminada em /or/. No latim, essa terminação significava
“mais”, por essa razão o “mais” não aparece nessas formas: “melhor”, “pior”, “maior”, “menor”, “superior”.
Por suprimir essa palavra, a gramática o chama de comparativo sintético.
Temos que conhecer também o grau superlativo, que expressa uma qualidade em grau muito elevado.
Divide-se em relativo e absoluto:

Superlativo relativo:
Ex: Sou o melhor do mundo.
Senna é o melhor do Brasil!
Gradua uma qualidade/característica (“bom”) em relação a outros seres que também têm ou podem ter
aquela qualidade, ou seja, em relação à totalidade (o mundo todo).

Superlativo absoluto:
Indica que um ser tem uma determinada qualidade em elevado grau. Não se relaciona ou compara a outro
ser. Pode ocorrer com:
1. uso de advérbios de intensidade (absoluto analítico): “sou muito esforçado” e
2. de sufixos (absoluto sintético):
difícil => dificílimo; comum => comuníssimo;
bom => ótimo; magro => macérrimo.
Assim, quando as Bancas falam em variação do adjetivo em grau, querem dizer que o adjetivo está sofrendo
algum processo de intensificação, ou seja, terá seu sentido intensificado, por um advérbio (tão bonito), por
um sufixo (caríssimo) ou por um substantivo (enxaqueca monstro), por exemplo.
Para esquematizar, vejamos um quadro resumo:

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Normal Alto

Superioridade Mais alto

GRAU DOS Comparativ


Inferioridade Menos alto
ADJETIVOS o
Tão alto
Igualdade
quanto/como
Superioridade
o mais alto
Relativo
Inferioridade
o menos alto
Superlativo
Sintético
Altíssimo
Absoluto
Analítico
muito alto

(CEBRASPE / PGE-PE / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2019)


A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de um juízo fundado em
argumentos extraídos da razão ou da experiência.
Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam mantidos se fosse inserido o vocábulo do imediatamente
após a palavra “espírito”.
Comentários:
Sim, nas estruturas comparativas, o “do” é facultativo.
A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito (do) que de um juízo fundado
em argumentos extraídos da razão ou da experiência. Questão correta.

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PRONOMES
Os pronomes são palavras que representam (substituem) ou acompanham (determinam) um termo
substantivo. Esses pronomes vão poder indicar pessoas, relações de posse, indefinição, quantidade,
familiaridade, localização no tempo, no espaço e no texto, entre outras.
Quando acompanham um substantivo, são classificados como “pronomes adjetivos” e quando substituem
um substantivo, são classificados como “pronomes substantivos”.

Ex: Estes livros são do Mario, aqueles são do Ricardo.


Verificamos que “estes” é um pronome adjetivo, pois modifica o substantivo “livros”.
Por outro lado, o pronome “aqueles” é classificado como pronome substantivo, pois não está ligado a um
substantivo, mas sim “na própria posição” do substantivo “livros”, que não aparece na oração, estando
apenas implícito, representado pelo pronome.
Vamos aos apontamentos principais sobre essa importante classe que lhe garantirá mais pontos em sua
prova.

Pronomes Interrogativos
Servem basicamente para fazer frases interrogativas diretas (com ponto de interrogação) ou indiretas (sem
ponto de interrogação, mas com “sentido/intenção de pergunta”).
São eles: “Que, Quem, Qual(is), Quantos”.
Ex: (O) que é aquilo? => nessa frase, “o” é expletivo e pode ser retirado
Qual a sua idade? / Quantos anos você tem?
Nas interrogativas indiretas, não temos o (?), mas a frase tem uma intenção interrogativa e normalmente
envolve verbos com sentido de dúvida “perguntar, indagar, desconhecer, ignorar”...
Ex: Perguntei o que era aquilo. Indaguei quem era ele.
Não sei qual sua idade. Desconheço quantos anos você tem.
Observe a frase “O que é que ele fez”. Nesse caso apenas o primeiro “que” é pronome interrogativo. Os
termos sublinhados são expletivos, com finalidade de realce.

Pronomes Indefinidos
Os pronomes indefinidos são classes variáveis que se referem à 3ª pessoa do discurso e indicam quantidade,
sempre de maneira vaga.
São eles: ninguém, nenhum, alguém, algum, algo, todo, outro, tanto, quanto, muito, bastante, certo, cada,
vários, qualquer, tudo, qual, outrem, nada, menos, que, quem.
Ex: Recebi mais propostas e tantos elogios.

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Muita gente não chegou a tempo de fazer a prova.


Nada é por acaso, tudo estava escrito.
Há também expressões de valor indefinido, as locuções pronominais indefinidas: qualquer um, cada um /
qual, quem quer que seja quem / qual for, tudo o mais, todo (o) mundo.
As palavras certo e bastante são pronomes indefinidos quando vêm antes do substantivo.
Quando vierem depois do substantivo, certo e bastante e serão adjetivos. Veja a diferença:
Ex: Quero certo modelo de carro x Quero o modelo certo de carro
(determinado) (adequado)
Tenho bastante dinheiro X Tenho dinheiro bastante
(muito) (suficiente)
Atenção à palavra bastante, que pode ser confundida com um advérbio:

Tenho bastante talento.


Já temos bastantes aliados
(modifica substantivo => pronome indefinido. Tem sentido de "muito").
X
Já temos aliados bastantes
(modifica substantivo => adjetivo. Tem sentido de “suficientes”).
X
Sou bastante talentoso
(modifica adjetivo => advérbio)
Estudei bastante
(modifica verbo => advérbio)

(CEBRASPE / CGM JOÃO PESSOA / 2018)


Os sentidos originais do texto seriam alterados caso, em “...hierarquias que colocam certas pessoas (negros,
pobres e mulheres) implacavelmente debaixo da lei.”, a palavra “certas” fosse deslocada para
imediatamente após “pessoas”.
Comentários:
Veja a mudança de sentido que ocorreria com a inversão:
Certas pessoas (Certas é pronome indefinido, indicando pessoas indefinidas, algumas pessoas, quaisquer

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pessoas).
Pessoas certas (Certas é adjetivo, indicando pessoas específicas, exatas, corretas). Questão correta.

Pronomes Possessivos
Esses pronomes têm sentido de posse e geralmente aparecem em questões sobre ambiguidade ou
referência, pois podem se referir à:
Primeira pessoa do discurso: meu(s), minha(s), nosso(s) nossa(s);
Segunda pessoa do discurso: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s);
Terceira pessoa do discurso: seu(s), sua(s).
É importante salientar que o pronome pessoal oblíquo (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) também pode ter
“valor” possessivo, ou seja, sentido de posse:
Ex: Apertou-lhe a mão (= sua mão);
Beijou-me a testa (= minha testa);
Penteou-lhes os cabelos (= cabelos delas).

É importante saber que pronomes possessivos:


- Delimitam o substantivo a que se referem.
- Concordam com o substantivo que vem depois dele e não concorda com o referente.
- Vêm junto ao substantivo, são acessórios e têm função de adjunto adnominal.
Eu respeito o Português por sua importância na prova.
(importância “do Português")
Observe que “sua” é adjunto adnominal, pois vem junto ao nome "importância" e concorda com
ele em gênero (feminino), apesar de seu referente ser “Português”, palavra no masculino.

(CEBRASPE / SEFAZ-RS / AUDITOR / 2018)


Mesmo agora, quando já diviso a brumosa porta da casa dos setenta, um convite à viagem tem ainda o poder
de incendiar-me a fantasia.
Com relação ao trecho “incendiar-me a fantasia”, é correto interpretar a partícula “me” como o possuidor
de “fantasia”.

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Comentários:
Aqui, temos exemplo clássico de pronome pessoal com sentido possessivo:
Incendiar-me a fantasia equivale a “incendiar minha fantasia”. Questão correta.

Pronomes Demonstrativos
São pronomes demonstrativos: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), isto, isso, aquilo, o(s),
a(s), mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s), tal, tais, semelhante(s).

Pronomes demonstrativos apontam, demonstram a posição dos elementos a que se referem em relação às
pessoas do discurso (1ª pessoa: que fala; 2ª pessoa: para quem se fala / que ouve; 3ª pessoa: de quem se
fala), no tempo, no espaço e no texto.

Outros pronomes demonstrativos:


As palavras o, a, os, as também podem ser pronomes demonstrativos, geralmente quando antecedem um
pronome relativo ou a preposição “DE”. Veja:
Ex: Entre as cuecas, comprei a de algodão. (aquela)
Quero o que estiver em promoção. (aquilo)
Sabia que devia estudar, mas não o fiz. (isso - estudar)
Não confunda!! Essas palavras também podem ser artigos definidos (a menina caiu) ou pronomes pessoais
(encontrei-as na praia).
Além desses, há outros pronomes demonstrativos. Vejamos:
Não diga tais/semelhantes besteiras. (essas besteiras)
Sei que está triste, mas não diga tal. (não diga isso)
Ele próprio se demitiu. (ele em pessoa, sozinho; valor reforçativo)
Eu mesma cozinho a comida/ Cozinho do mesmo modo que minha mãe. (próprio, em pessoa
/ exato, igual).

(CEBRASPE / STM / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)


Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras
variantes, estão os costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e
Torrinhas, algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
Na linha 1, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de modo que sua substituição
por nesse resultaria em incorreção gramatical.
Comentários:

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O autor fala em primeira pessoa, em referência ao próprio escritório em que está, o escritório próximo.
Então, a forma correta é “neste”. O pronome “nesse” faria referência a um escritório próximo de quem
ouve. Questão correta.

Pronomes Relativos
Os principais são: que, o qual, cujo, quem, onde.
Esses pronomes retomam substantivos antecedentes, coisa ou pessoa, e, por isso, têm função coesiva
(retomar ou anunciar informação) e se prestam a evitar repetição.
Podem ser variáveis, quando se flexionam (gênero, número), ou invariáveis, quando trazem forma única:
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
MASCULINOS FEMININOS
o qual (os quais) a qual (as quais) quem
cujo (cujos) cuja (cujas) que
quanto (quantos) quanta (quantas) onde
Como disse, são ferramentas para evitar a repetição. Vejamos um parágrafo escrito num mundo sem
pronomes relativos:

O aluno foi aprovado. O aluno é primo de João. João tem mãe. A mãe de João é professora. A mãe
do João foi professora da menina. A menina roubava livros. Os livros eram caríssimos. Os livros foram
comprados numa loja distante. Havia muitos enfeites na loja. Perguntaram a várias pessoas a
localização da loja. As pessoas não souberam responder.

Agora vamos usar pronomes relativos para retomar os antecedentes e evitar toda essa repetição de termos:

O aluno que foi aprovado é primo de João, cuja mãe foi professora daquela menina que
roubava livros, os quais eram caríssimos e foram compradas numa loja onde havia muitos
enfeites. As pessoas a quem perguntaram a localização da loja não souberam responder.

Muito melhor, não acha?!


Vamos aos pontos mais importantes, que você deve saber para sua prova:
1- Os pronomes relativos introduzem orações subordinadas adjetivas, que levam esse nome por terem a
função de um adjetivo e, muitas vezes, podem ser substituídas diretamente por um adjetivo equivalente:
Ex: O menino estudioso passa = O menino que estuda muito passa.
2- Como o “que” faz referência a um termo anterior, podemos dizer que tem função anafórica.
3- Os pronomes “que”, “o qual”, “os quais”, “a qual”, “as quais” são utilizados quando o antecedente for
coisa ou pessoa.
Destaco também que o pronome relativo “o qual” e suas variações muitas vezes é usado para desfazer
ambiguidades. Como ele varia, a concordância em gênero e número denuncia a que termo ele se refere.
Vejamos o exemplo:
Ex: A representante do partido, que é popular, foi elogiada.
Quem é popular? O “que” pode retomar representante ou partido. Fica a dúvida.

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Antes do relativo “que”, devemos usar preposição monossilábica (“a, com, de, em, por;
exceto sem e sob”).
Com preposições maiores (ou locuções prepositivas), usaremos os pronomes variáveis (o
qual, os quais, a qual, as quais).
Compare:
Este é o livro de que gostamos x Este é o livro sobre o qual falamos

(CEBRASPE / MP-CE / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2020)


Nas Américas, estima-se que 77 milhões de pessoas sofram um episódio de doenças transmitidas por
alimentos a cada ano — metade delas são crianças com menos de 5 anos de idade. Os dados disponíveis
indicam que as doenças transmitidas por alimentos geram de US$ 700 mil a US$ 19 milhões em custos anuais
de saúde nos países do Caribe e mais de US$ 77 milhões nos Estados Unidos da América.
A substituição da expressão “metade delas” por cuja metade manteria a correção gramatical e a coesão do
texto.
Comentários:
Por regra, o pronome “cujo” deve vir entre substantivos, ligando possuidor e coisa possuída; então, não pode
ficar “solto” no texto, sem ligar esses dois elementos.
Em “cuja metade”, fica a dúvida: metade do quê? Metade de quem? Então, o pronome não está bem
utilizado. Poderia haver a leitura: metade do ano, metade dos alimentos, metade dos milhões...Questão
incorreta.
4- O pronome “quem” se refere a pessoa ou ente personificado (visto como pessoa) e é precedido por
preposição (monossilábica ou não).
Ex: A pessoa de quem falei chegou.
Em sentenças interrogativas, “quem” é pronome interrogativo: Quem gosta de acordar cedo?
5- O pronome “cujo” tem como principais características:

✓Indicar posse e sempre vir entre dois substantivos, possuidor e possuído;


✓Não poder ser seguido nem precedido de artigo, mas poder ser antecedido por preposição; (Para
lembrar: nada de cujo o, cuja a, cujo os, cuja as...)
✓Não pode ser diretamente substituído por outro pronome relativo.
Para achar o referente, pergunte ao termo seguinte: “de quem?”.
Ex: Vi o filme cujo diretor ganhou o Oscar. (diretor de quem? Do filme!)

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(CEBRASPE / TJ-PA / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2020 - Adaptado)


Observa-se que a solidez dos lugares ocupados por cada uma das pessoas, nos moldes da família nuclear,
não se adéqua à realidade social do momento, em que as relações são caracterizadas por sua dinamicidade
e pluralidade. De acordo com o médico e psicanalista Jurandir Freire Costa, “família nem é mais um modo de
transmissão do patrimônio material; nem de perpetuação de nomes de linhagens; nem da tradição moral ou
religiosa; tampouco é a instituição que garante a estabilidade do lugar em que são educadas as crianças”.
Seria mantida a correção gramatical do texto CG1A1-I se o segmento “em que”, nas linhas 2 e 5, fosse
substituído, respectivamente, por no qual e onde.
Comentários:
Retomando os trechos, temos que:
Observa-se que a solidez dos lugares ocupados por cada uma das pessoas, nos moldes da família nuclear,
não se adéqua à realidade social do momento, em que/no qual (retoma “momento”) as relações são
caracterizadas por sua dinamicidade e pluralidade.
tampouco e a instituição que garante a estabilidade do lugar em que/onde (retoma lugar físico) são educadas
as crianças.
Portanto, as substituições por "no qual" e "onde" são possíveis. Questão correta.
6- O pronome relativo “onde” deve ser usado quando o antecedente indicar lugar físico (ainda que virtual,
figurativo), com sentido de “posicionamento em”. Como preposição “em” também indica uma referência
locativa, podemos substituir “onde” por “em que” e por “no qual” e variações.
Ex: A academia onde treino não tem aulas de MMA.
A academia na qual/em que treino não tem aulas de MMA.
Veja que é inadequado usar "onde" para outra referência que não seja lugar físico.

 Ex: Essa é a hora onde o aluno se desespera.


✓ Ex: Essa é a hora em que/na qual o aluno se desespera.
O pronome relativo “aonde” é usado nos casos em que o verbo pede a preposição “a”, com sentido de “em
direção a”.
Ex: Gosto da cidade aonde irei.
O pronome relativo arcaico “donde”, que equivale a “de onde”, é usado nos casos em que o verbo pede a
preposição “de”, com sentido de “procedência”.
Ex: O lugar donde você voltou é distante.
7- O pronome relativo “como” é usado quando o antecedente for palavra como forma, modo, maneira, jeito,
ou outra, com sentido de “modo”.
Ex: Não aceito o jeito como você fala comigo.
8- O pronome relativo “quando” é usado nos casos em que antecedente tiver sentido de “tempo”.

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Ex: Sinto saudade da época quando eu não tinha preocupações.


9- O pronome relativo “quanto” é usado nos casos em que antecedente tiver sentido de “quantidade”.
Ex: Consegui tudo/tanto quanto queria, exceto tempo para desfrutar.
Reforçando: temos que ter atenção à preposição que o verbo/nome vai pedir, pois ela não deve ser
suprimida e vai aparecer antes do pronome relativo.
Lembre-se: temos que enxergar sintaticamente o pronome relativo como se fosse o próprio termo a que se
refere:
Ex: O menino a que me referi morreu. (referi-me “a” que => ao menino)
O escritor de cujos poemas gosto morreu. (gosto “de” cujos => dos poema

(CEBRASPE / SEFAZ-AL / AUDITOR FISCAL / 2020)


Tem meia dúzia de atendentes, conheço dois ou três pelo nome, e o dono do lugar é sempre simpático comigo.
Sabe que gosto do seu negócio, que, se me mudasse de novo para lá, seria seu freguês. Mas também sei que
me vê como um tipo que há vinte anos vive na capital, que a essa altura é mais metropolitano que interiorano,
um cara talvez meio esquisito, ou apenas ridículo, que se interessa por coisas de que não precisa, coisas das
quais não entende.
A substituição da expressão “das quais” (3º parágrafo) por que preservaria tanto o sentido quanto a correção
gramatical do período.
Comentário
Note que na reescritura, a preposição é suprimida e o pronome “as quais” é substituído por “que”:
Entender as coisas => as coisas que entende.
Gramaticalmente, é possível.
Contudo, ocorre mudança de sentido:
"entender de alguma coisa" é o mesmo que dominar um conhecimento, ser um especialista.
"entender alguma coisa" significa saber o que algo é, ser capaz de compreender o que é alguma coisa.
Perceba essa diferença. Por isso, a reescrita não é possível. Questão incorreta.

Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento são formas de cortesia e reverência no trato com determinadas autoridades.
A cobrança normalmente se baseia no pronome adequado a cada autoridade ou aspectos de concordância
com as formas de tratamento.
Abaixo, registro os principais pronomes de tratamento, com suas abreviaturas. Normalmente o plural da
abreviatura é feito com acréscimo de um “s”.

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Se quiser estudar esse tema a fundo e ler as dezenas de outros pronomes, recomendo consultar os Manuais
de Redação Oficial dos órgãos públicos, em especial da Presidência da República, do Senado Federal e do
Superior Tribunal de Justiça. Aqui, focaremos nos mais incidentes em prova:

Vossa Senhoria (V. S.a ou V. S.as): usado para pessoas com um grau de prestígio maior e em textos
escritos, como: correspondências, ofícios, requerimentos etc.

Vossa Excelência (V. Ex.a V. Ex.as): usado para autoridades de alto escalão:
Presidente da República, Senadores, Deputados, Embaixadores, Oficiais de Patente Superior à de
Coronel, Juízes de Direito, Ministros, Chefes de Poder.

Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.a Rev.ma V. Ex.as Rev.mas): usado para bispos e
arcebispos.

Vossa Eminência (V. Em.a V. Em.as): usado para cardeais.

Vossa Alteza (V. A. VV. AA.): usado para autoridades monárquicas em geral, príncipes, duques e
arquiduques. Para Imperador, Rei ou Rainha, usa-se Vossa Majestade.

Vossa Santidade (V.S.): usado para o Papa.

Vossa Reverendíssima (V. Rev.ma V. Rev.mas ): usado para sacerdotes em geral.

Vossa Paternidade (V. P. VV. PP): usado para abades, superiores de conventos.

Vossa Magnificência (V. Mag.a V. Mag.as): usado para Reitores de universidades, acompanhado
pelo vocativo: Magnífico Reitor.

Aqui nos interessa principalmente saber sobre a concordância.


Embora os pronomes de tratamento se refiram à segunda pessoa gramatical (pessoa com quem se fala:
"vós"), a concordância é feita com a terceira pessoa, ou seja, com o núcleo sintático. Por essa razão, não
usamos pronome possessivo “vossa” com Vossa Excelência, usamos apenas o possessivo “seu” ou “sua”, por
exemplo.
Como assim?
O macete é pensar na concordância com o pronome “Você”.
Vejamos o exemplo do próprio Manual de Redação da Presidência:
Vossa senhoria nomeará seu substituto.
(E não Vosso ou Vossa. Concordância com senhoria, o núcleo da expressão.)
Os Adjetivos e Locuções de voz passiva concordam com o gênero (masculino/feminino) da pessoa a que se
refere, não com a o substantivo que compõe a locução (Excelência, Senhoria).
Ex: Maria, Vossa Excelência está muito cansada.

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Pronomes Pessoais
Vamos às principais informações relevantes:

PESSOAS DO DISCURSO PRONOMES RETOS PRONOMES OBLÍQUOS


1ª pessoa do singular Eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular Tu te, ti, contigo
3ª pessoa do singular Ele/Ela se, si, o, a, lhe, consigo
1ª pessoa do plural Nós nos, conosco
2ª pessoa do plural Vós vos, convosco
3ª pessoa do plural Eles/Elas se, si, os, as, lhes, consigo
Pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) costumam substituir sujeito.
Ex: João é magro => Ele é magro.
Pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) substituem complementos verbais: o, a,
os, as substituem somente objetos diretos (complemento sem preposição); me, te, se, nos, vos podem ser
objetos diretos ou indiretos (complemento com preposição), a depender da regência do verbo. Já o pronome
–lhe (s) tem função somente de objeto indireto.
Ex: Já lhe disse tudo. (disse a ele)
Informei-o de tudo. (informei a pessoa)
Você me agradou, mas não me convenceu. (agradou a mim)
Os pronomes oblíquos tônicos são pronunciados com força e precedidos de preposição. Costumam ter
função de complemento. São eles:
1a pessoa: mim, comigo (singular); nós, conosco (plural).
2a pessoa: ti, contigo (singular); vós, convosco (plural).
3a pessoa: si, consigo (singular ou plural); ele(a/s) (singular ou plural).

Após a preposição “entre” em estrutura de reciprocidade, devemos usar pronomes


oblíquos tônicos, não retos.
Ex: Entre mim e ela não há segredos.
É melhor que não pairem dúvidas entre ti e ele.

Se o pronome for sujeito, podemos usar pronome reto:


Ex: Entre eu sair e você ficar, prefiro sair.

Após preposições acidentais e palavras denotativas, podemos também usar pronome


reto:
Ex: Com raiva, minha mãe maltrata até eu.

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(até: palavra denotativa de inclusão)


A aprovação não virá até mim de graça. (até: preposição essencial)

Regras para a união de pronomes oblíquos


Como substituem substantivos, os pronomes oblíquos poderão ser usados como complementos. Ao unir o
pronome ao verbo por hífen, há alterações na grafia:
Quando os verbos são terminados em /r/, /s/, /z/ + o, os, a, as, teremos: lo, los, la, las.
Ex: Não pude dissuadir a menina = > dissuadi-la
Vamos pôr o menino de castigo => pô-lo de castigo
Quando os verbos são terminados em som nasal, como /m/, /ão/, /aos/, /õe/, /ões/ + o, os, a, as, teremos
simples acréscimo de /n/: no, nos, na, nas.
Ex: Viram a barata e mataram-na /
Lembre-se: após verbos na primeira pessoa do plural (nós: amamos, bebemos, cantamos), seguidos do
pronome -nos, corta-se o /s/ final:
Ex: Alistamo-nos no quartel. Animemo-nos!

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ADVÉRBIO
O advérbio é classe invariável que se refere essencialmente ao verbo, indicando a circunstância em que uma
ação foi praticada, como “tempo, lugar, modo...” .
Porém, o advérbio também pode modificar adjetivos (você é muito linda), outros advérbios (você dança
extremamente mal) e até mesmo orações inteiras (Infelizmente, o Brasil não vai bem).
Quando modifica adjetivos e advérbios, o advérbio tem função de intensificar/acentuar o sentido.
Quando se refere a uma oração inteira, normalmente indica uma opinião sobre o conteúdo daquela oração.

Apesar de invariável, existe um advérbio que aceita variação, é o advérbio TODO:


Ex: Chegou todo sujo e a esposa o recebeu toda paciente.

Usados em interrogativas, onde, como, quando, por que são advérbios interrogativos, justamente porque
expressam circunstâncias como lugar, modo, tempo e causa, respectivamente.
Vejamos esse uso nas interrogativas diretas (com ?) e indiretas (sem ?).
Onde você mora? => Ignoro onde você mora.
Quando teremos prova? => Não sei quando teremos prova.
Como organizaram tudo? => Perguntei-lhes como organizaram tudo.
Por que tantos desistem? => Não disseram por que tantos desistem.
Rigorosamente, “por que” é considerada uma locução adverbial interrogativa de causa.

(CEBRASPE / SEDF/ 2017)


Ver você me deu muito prazer.
A menina está muito engraçadinha.
Como modificadora das palavras “prazer” e “engraçadinha”, a palavra “muito” que as acompanha é, do
ponto de vista morfossintático, um advérbio.
Comentários:
Observe: “muito prazer”. Aqui “muito” se refere a substantivo, é pronome indefinido, indica quantidade
vaga, imprecisa. Já em “muito engraçadinha”, “muito” se refere ao adjetivo “engraçadinha”. O advérbio é a

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única classe que modifica adjetivo. Portanto, somente nesta segunda ocorrência temos advérbio. Questão
incorreta.

Circunstâncias adverbiais (valor semântico)


Quando uma ação for praticada, ou melhor, quando um verbo for conjugado, podemos perguntar como,
onde, quando, por que aquele verbo foi praticado.
As respostas serão circunstâncias adverbiais, que podem ser expressas por advérbios, expressões com mais
de uma palavra (as locuções adverbiais) e até orações (chamadas por isso de “orações adverbiais”). Veja:
Ex: Estudo sempre (“advérbio” de tempo).
Estudo a todo momento. (“locução adverbial” de tempo).
Estudo sempre que posso. (“oração adverbial” de tempo).
Vejamos algumas circunstâncias muito cobradas:

Dúvida: talvez, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, casualmente, mesmo,


por certo.
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
tanto, assaz, que (= quão), tudo, nada, todo, quase, extremamente, intensamente,
grandemente, bem...
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito
nenhum.
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente,
deveras, indubitavelmente, com certeza.
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima,
onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures (em algum lugar), defronte,
nenhures (em nenhum lugar), adentro, afora, alhures (em outro lugar), embaixo,
externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à
esquerda, ao lado, em volta.
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda,
antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal,
amiúde (frequentemente), breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de
repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em
tempos, em breve, hoje em dia.
Modo: bem, mal, assim, adrede (de propósito), melhor, pior, depressa, acinte (de
propósito), debalde (em vão), devagar, calmamente, tristemente, propositadamente,
pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente,
generosamente.
às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito,
desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão...

Essa lista é apenas ilustrativa, mas não há como decorar o valor de cada advérbio, pois só o contexto dirá

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seu valor semântico.


Na sentença “nunca mais quero ser eliminado”, o advérbio “mais” tem sentido de tempo. Já na sentença
“cheguei mais rápido”, o advérbio traz ideia de intensidade/comparação.
Não decore, busque o sentido global, no contexto!!!
A terminação “-mente” é típica dos advérbios de modo, contudo pode ser omitida na primeira palavra
quando temos dois advérbios modificando o mesmo verbo:
Ex: Ele fala rapidamente. Ele fala claramente => Ele fala rápida e claramente.
Atenção! O “rápida” continua sendo advérbio. Não é adjetivo, pois não dá qualidade, mas sim modifica um
verbo, dando a ele circunstância (de modo rápido).

Advérbio com “aparência” de adjetivo


O adjetivo é classe variável, mas pode aparecer invariável se referindo a um verbo; nesse caso, dizemos que
ele tem “valor ou função de advérbio”.
Ex: A cerveja que desce redondo...
Para você ter certeza de que se trata de um advérbio, tente mudar o gênero ou número do substantivo para
ver se atrai alguma concordância...
Ex: As cervejas que descem redondo...
Confirmado, a palavra em negrito é um advérbio e, portanto, permanece invariável.

(CEBRASPE / TCE-PB / AGENTE DOCUMENTAÇÃO / 2018)


Quando nos referimos à supremacia de um fenômeno sobre outro, temos logo a impressão de que se está
falando em superioridade.
O vocábulo “logo” tem o sentido adverbial de imediatamente.
Comentários:
Exato. A impressão vem imediatamente após a referência à supremacia...Correta!

PALAVRAS E EXPRESSÕES DENOTATIVAS


São palavras/expressões que parecem advérbios, muitas vezes até são classificadas como tal, mas não o são
exatamente, porque não se referem a verbo, advérbio ou adjetivo.
Adianto que é uma polêmica gramatical: as listas variam entre as gramáticas, alguns listam certas palavras
denotativas como advérbios.... Porém, há algumas informações claras que precisamos saber e que caem em
prova.
O sentido é a parte mais importante!

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Vamos aos exemplos:


Designação: eis
Ex: Eis o filho do homem.

Explicação/Retificação: isto é, por exemplo, ou seja, a saber, qual seja, aliás, digo, ou antes,
quer dizer etc. Essas expressões devem ser isoladas por vírgulas.
Ex: Comprei uma ferramenta, isto é, um martelo.
Vire à direita, ou melhor, à esquerda, aliás, melhor ir reto mesmo.

Expletiva ou de realce: é que (ser+que), cá, lá, não, mas, é porque etc. (CAI DEMAIS!)
A característica principal das palavras denotativas expletivas é: podem ser retiradas, sem
prejuízo sintático ou semântico. Sua função é apenas dar ênfase.
Ex: São os pais que bancam sua faculdade, mas têm lá seus arrependimentos.
Eu é que faço as regras.
Quanto não vale um diamante desses?
Vão-se os anéis, ficam os dedos.
Ele riu-se e tremeu-se por dentro.
Não me venha com historinhas!
Reforço que a retirada dessas expressões não altera o sentido nem causa erro gramatical,
apenas há uma perda de realce/ênfase.

Situação: então, mas, se, agora, afinal etc.


São verdadeiros marcadores discursivos, expressões que introduzem, situam um comentário,
muito comuns na linguagem falada.
Ex: Afinal, quem é você?
Então, você vai ao cinema ou não?
Mas quem é essa pessoa que insiste em me ligar?
Observem que “afinal e então” não têm sentido de tempo, tampouco o “mas” tem sentido de
oposição; tais expressões apenas introduzem/situam uma fala.

Exclusão: somente, só, salvo, exceto, senão, sequer, apenas etc.


Ex: Só frutos do mar estão à venda, exceto lagosta, que ninguém compra.
Todos morreram, salvo um.

Inclusão: até, ainda, mesmo, também, inclusive etc.

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Ex: Qualquer pessoa, até/mesmo/ainda o mais ignorante, sabe isso!


João é bombeiro, lutador também...
A posição da palavra pode determinar sua classe e seu sentido, de acordo com a “parte” da frase que está
sendo modificada pela palavra. Compare:
Só João fuma charutos. (palavra denotativa de exclusão)
João só fuma charutos. (advérbio de exclusão)
João fuma charutos só. (adjetivo)
No primeiro caso, “só” restringe “João”, excluindo outras pessoas: apenas João faz isso, mais ninguém. Trata-
se de palavra denotativa de exclusão; no segundo, “só” restringe o verbo “fumar”, então João só pratica
essa ação, apenas fuma, não faz outra coisa. Trata-se de advérbio de exclusão; no terceiro, “só” indica que
João fuma “sozinho”. Trata-se de adjetivo.
Essa é a lógica que deve ser aplicada às questões, especialmente quando a Banca pede “deslocamento” de
palavras.

(CEBRASPE / PRF / POLICIAL / 2019)


Mas e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta
no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da luz solar, acionava um interruptor, e a cidade
toda se iluminava.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se suprimisse o trecho “é que”, em “como
é que se fazia”.
Comentários:
A expressão “é que” é expletiva, foi usada apenas para realce, ênfase. Portanto, pode ser retirada sem
qualquer prejuízo sintático ou semântico:
“como é que se fazia”
“como se fazia” (como era feito). Questão correta.

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ARTIGO
O artigo é classe variável em gênero e número que acompanha substantivos, indicando se o substantivo é
masculino ou feminino, singular ou plural, definido ou indefinido.
Por sempre estar modificando um substantivo, sempre exerce a função de adjunto adnominal. Pode ocorrer
aglutinado com preposições (em e de): “no”, “na”, “dos”, “das”.
O artigo definido (o, os, a, as) se refere a um substantivo de forma precisa, familiar: “o carro”, “a casa”,
nesse caso, indicando que aquele “carro” ou aquela “casa” são conhecidos ou já foram mencionadas no
texto.
Ex: Na porta havia um policial parado. Assim que me viu, o policial sacou sua arma.
Observe que na segunda referência ao policial, ele já é conhecido, já foi mencionado, é aquele que estava
parado na porta. Isso justifica o uso do artigo definido, no sentido de familiaridade.
Por essa razão, a ausência do artigo deixa o enunciado indefinido, mais genérico:
Ex: Não dou ouvidos ao político (com artigo definido: político específico, definido)
Não dou ouvidos a político (sem artigo definido: qualquer político, em geral)
O artigo definido diante de um substantivo indica que este é familiar, conhecido ou que já foi mencionado.
Por essa razão, quando tratamos de um nome em sentido geral, sem especificar, não deve haver artigo e,
consequentemente, não haverá crase (artigo “a”+ preposição “a”).
Por outro lado, se um termo já trouxer determinantes que o especifiquem, não poderemos considerá-lo
genérico, então deve-se usar artigo definido.
Esse fato explica várias regras de crase, como diante da palavra casa e de alguns nomes de lugares
(topônimos) que não trazem artigo (Portugal, Roma, Atenas, Curitiba, Minas Gerais, Copacabana).
Observe:
Ex: Estou em casa (sem artigo).
Estou na casa de mamãe (a casa é determinada, então deve ter artigo definido).
Pelo mesmo raciocínio, temos:
Ex: Vou a Paris (sem artigo).
Vou à Paris dos meus sonhos (“Paris” está determinada => artigo definido)
Após o pronome indefinido “todo”, o artigo definido indica “completude”, “inteireza”:
Ex: Toda casa precisa de reforma. (todas as casas, qualquer casa, casas em geral)
Toda a casa precisa de reforma. (a casa inteira)
Por sua vez, o artigo indefinido (um, uns, uma, umas) se refere ao substantivo de forma vaga, inespecífica:
“um carro qualquer”
“uma casa entre aquelas”
Pode também expressa intensificação:“ela tem uma força!”
Ou ainda aproximação: “ela deve ter uns 57 anos”.

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Assim como os definidos, também pode ocorrer aglutinado com preposições (em e de): “duns”, “dumas”,
“nuns”, “numas”.
Por outro lado, o artigo, ao lado de substantivo comum no singular, também pode ser usado para
universalizar uma espécie, no sentido de “todo”:
“o (todo) homem é criativo”
“o (todo) brasileiro é passivo”
“a (toda) mulher sofre com o machismo”
“uma (toda) mulher deve ser respeitada”
“uma empresa deve ser lucrativa” (toda/qualquer empresa).

(CEBRASPE / PRF / POLICIAL / 2019)


Mas e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta
no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da luz solar, acionava um interruptor, e a cidade
toda se iluminava.
A substituição da locução “a cidade toda” por toda cidade preservaria os sentidos e a correção gramatical do
período.
Comentários:
O artigo faz toda a diferença no sentido:
“a cidade toda”— a cidade inteira, a cidade por completo.
“toda cidade”— todas as cidades, qualquer cidade. Questão incorreta.

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NUMERAL
O numeral é mais um termo variável que se refere ao substantivo, indicando quantidade, ordem, sequência
e posição.
Como sabemos, ter “papel adjetivo é referir-se a substantivo”. Então, podemos ter numerais substantivos e
adjetivos.
Ex: Duas meninas chegaram [numeral adjetivo, pois acompanha um substantivo], eu conheço as
duas [numeral substantivo, pois substitui o substantivo "meninas"].
Os numerais são classificados em:

Ordinais: primeiro lugar, segunda comunhão, terceiras intenções... septuagésimo quarto,


sexagésimo quinto...

Cardinais: um cão, duas alunas, três pessoas...

Fracionários: um terço, dois terços, quatro vinte avos...

Multiplicativos: o dobro, o triplo, cabine dupla, duplo carpado...

“Último, penúltimo, antepenúltimo, derradeiro, posterior, anterior” são considerados meros adjetivos, não
numerais.
Os numerais também podem sofrer derivação imprópria e funcionar como adjetivos em casos como:
“Este é um artigo de primeira/primeiríssima qualidade.”
“Teu clube é de segunda categoria.”
Substantivos que expressam quantidade exata de seres/objetos são chamados de “numerais coletivos” ou
“substantivos coletivos numéricos”:
a) par, dezena, década, dúzia, vintena, centena, centúria, grosa, milheiro, milhar...
b) século, biênio, triênio, quadriênio, lustro ou quinquênio, década ou decênio, milênio, centenário
(anos); tríduo e novena (dias); bimestre, trimestre, semestre (meses).
Então, palavras como “milhão, bilhão, trilhão” podem ser classificadas como substantivos ou numerais.
Flexionam-se em gênero os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos (um, uma, dois,
duas, duzentos, duzentas, trezentos, trezentas...).
Por fim, acrescento que “ambos” e “zero” são considerados numerais.

(CEBRASPE / PREF. DE SÃO CRISTÓVÃO / 2019)


"Se os ministros da Fazenda de Israel e do Irã se encontrassem num almoço, eles teriam uma linguagem

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econômica comum e poderiam facilmente compartilhar agruras".


A respeito das propriedades linguísticas do texto 9A2-I, julgue o item subsecutivo.
O vocábulo “num” (l.9) é formado pela contração da preposição em com o numeral um.
Comentários:
Observem que na expressão "num almoço" ocorre, na verdade, a contração da preposição em com o artigo
indefinido um. Trata-se de um almoço qualquer, indefinido. O texto não está quantificando o substantivo
"almoço". Questão incorreta.

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INTERJEIÇÃO
Interjeição é classe gramatical invariável que expressa emoções e estados de espírito. Servem também para
fazer convencimento e normalmente sintetizam uma frase exclamatória (Puxa!) ou apelativa (Cuidado!):
Olá! Oba! Nossa! Cruzes! Ai! Ui! Ah! Putz! Oxalá! Tomara! Pudera! Tchau!
Não reproduzo aqui as tradicionais listas de interjeições e seus sentidos, porque não vale a pena decorar.

A lista é infinita, então é preciso verificar no contexto qual emoção é transmitida pela interjeição.

As locuções interjetivas são grupos de palavras que equivalem a uma interjeição, como: Meu Deus! Ora
bolas! Valha-me Deus!

Qualquer expressão exclamativa que expresse uma emoção, numa frase independente, com
inflexão de apelo, pode funcionar como interjeição.

Lembre-se dos palavrões, que são interjeições por excelência e variam de sentido em cada
contexto.

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PALAVRAS ESPECIAIS
Como vimos ao longo dessa aula, certas palavras podem apresentar mais de uma classificação morfológica
ou sentido. Sistematizaremos aqui as principais funções de algumas delas, muito cobradas em prova.

O a é uma vogal.
Substantivo O o é uma letra redonda.

A menina comeu as balas.


O menino comeu os bolos.
Artigo
definido João não ama Maria. Ele a odeia!
João não ama Mário. Ele o odeia!

Pronome *Entre as camisas, comprei a que estava mais barata.


oblíquo átono
*Entre as camisas, comprei a de menor preço.
O, A, Os, As
*Entre os ternos, comprei o que estava mais barato.
Pronome *Entre os ternos, comprei o de menor preço.
demonstrativo
Fui reprovado algumas vezes, o que me fez valorizar a
aprovação.
João finge que é generoso, mas não o é!
Preposição Ele se referiu a João.
Você está disposto a sacrifícios?
Faz compras a prazo.

Advérbio: Você só reclama.


modifica verbo Só bebe vinho fino. (exclusão/restrição)

Palavra Só você reclama.



denotativa (exclusão/restrição)

Estou só/estamos sós.


Adjetivo
(=sozinho)

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Fui até a última parte.


Preposição
(limite tempo/espaço)

Palavra Até o padre riu de mim.


Até
denotativa (inclusão/reforço)

Ele até riu de mim.


Advérbio
(inclusão/reforço)

Sentido de tempo Depois de tanto tempo, você ainda não entendeu.

Valor enfático Cheguei ainda agora.

Sentido de adição Ela cuida de sete filhos e ainda faz faculdade de


Ainda medicina.
= (Além disso)
Sentido de ressalva Ele vive atrasado, se ainda fosse competente, não o
= (Ao menos) demitiria.

Sentido de oposição
Seu filho só faz bobagem e você ainda o recompensa.
= (Apesar disso)

(CEBRASPE / STM / ANALISTA / 2018)


Um dia, mas Alá é maior, qualquer corrector de livros terá ao seu dispor um terminal de computador que o
manterá ligado, noite e dia, umbilicalmente, ao banco central de dados, não tendo ele, e nós, mais que
desejar que entre esses dados do saber total não se tenha insinuado, como o diabo no convento, o erro
tentador.
Em “não tendo ele, e nós, mais que desejar” (ℓ. 27 e 28), a palavra “mais” classifica-se como advérbio, sendo
sinônimo de já, de forma que, sem prejuízo do sentido do texto, tal trecho poderia ser reescrito da seguinte
forma: já não tendo ele, e nós, que desejar.
Comentário
Note que a estrutura "não ... mais" refere-se à circunstância de tempo.
Ex.: Não falo mais com você. (Assim, "mais" tem o sentido de "a partir de agora")
Há uma pequena mudança de sentido na substituição de "mais" por já". No original, temos a ideia de que é
a partir daquele momento, mas, ao substituir por "já", a ideia é de que já acontecia há algum tempo, não
necessariamente a partir de agora.

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A mudança de sentido é mínima. Questão incorreta.

Eu mesma cozinho.
(reforçativo=própria, em pessoa)

Pronome Elas falam do mesmo modo (comparativo =exata, duas


demonstrativo entidades, duas coisas iguais)

Somos da mesma cidade.


Pronome demonstrativo (especificativo=aquela/tal cidade; há
apenas uma entidade)

Palavra Todos morreram, mesmo a mãe.


denotativa (inclusão)
Mesmo
Advérbio de Ele canta mesmo!
afirmação (=de fato)

Preposição Mesmo cansado, não desisto.


acidental (sentido concessivo)

Locução Mesmo que eu falhe, não desanimarei.


concessiva (sentido concessivo)

Evite usar “o mesmo” retomando pessoas/objetos, como se fosse “ele”, em construções como:
Ex: O suspeito chegou ao local. O mesmo fugiu dos policiais sem que os mesmos pudessem
perceber. (troque por “ele” e “eles”)
Contudo, é correto usar “o mesmo”, invariável, quando significa “a mesma coisa/o mesmo fato”.
Ex: Todos têm dificuldade com essa matéria, o mesmo ocorrerá com você. (a mesma coisa
ocorrerá com você, isso também ocorrerá com você)

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QUESTÕES COMENTADAS – EMPREGO DAS CLASSES DE


PALAVRAS I - CEBRASPE
1. (CEBRASPE / MINISTÉRIO DA ECONOMIA / 2020)
Ele entrou tarde no restaurante. Poderia ter uns sessenta anos, era alto, corpulento, de cabelos brancos,
sobrancelhas espessas e mãos potentes. Num dedo o anel de sua força. Sentou-se amplo e sólido.
Perdi-o de vista e enquanto comia observei de novo a mulher magra de chapéu. Ela ria com a boca cheia
e rebrilhava os olhos escuros.
No momento em que eu levava o garfo à boca, olhei-o. Ei-lo de olhos fechados mastigando pão com vigor
e mecanismo, os dois punhos cerrados sobre a mesa. Continuei comendo e olhando. O garçom dispunha
os pratos sobre a toalha. Mas o velho mantinha os olhos fechados. A um gesto mais vivo do criado ele os
abriu com tal brusquidão que este mesmo movimento se comunicou às grandes mãos e um garfo caiu. O
garçom sussurrou palavras amáveis abaixando-se para apanhá-lo; ele não respondia. Porque agora
desperto, virava subitamente a carne de um lado e de outro, examinava-a com veemência, a ponta da
língua aparecendo — apalpava o bife com as costas do garfo, quase o cheirava, mexendo a boca de
antemão. E começava a cortá-lo com um movimento inútil de vigor de todo o corpo. Olhei para o meu
prato. Quando fitei-o de novo, ele estava em plena glória do jantar, mastigando de boca aberta, passando
a língua pelos dentes, com o olhar fixo na luz do teto.
Clarice Lispector. O jantar. In: Laços de família: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente.
No oitavo período do terceiro parágrafo do texto, a forma pronominal “lo”, em “cortá-lo”, refere-se ao
vocábulo “bife”, no período anterior.
Comentários:
Vamos analisar o trecho em questão "apalpava o bife com as costas do garfo, quase o cheirava, mexendo
a boca de antemão. E começava a cortá-lo com um movimento inútil de vigor de todo o corpo".
É importante lembrar que os pronomes "o, a, os, as" substituem objeto direto. Cortar o quê? O bife!
Ao unir o pronome ao verbo, há alterações na grafia:
Quando os verbos são terminados em R, S, Z + o, os, a, as, teremos: lo, los, la, las. Questão correta!
2. (CEBRASPE / MINISTÉRIO DA ECONOMIA / 2020)
Algumas das primeiras incursões pelos mundos paralelos ocorreram na década de 50 do século
passado, graças ao trabalho de pesquisadores interessados em certos aspectos da mecânica quântica —
teoria desenvolvida para explicar os fenômenos que ocorrem no reino microscópico dos átomos e das
partículas subatômicas. A mecânica quântica quebrou o molde da mecânica clássica, que a antecedeu, ao
firmar o conceito de que as previsões científicas são necessariamente probabilísticas. Podemos prever a
probabilidade de alcançar determinado resultado ou outro, mas em geral não podemos prever qual deles
acontecerá. Essa quebra de rumo com relação a centenas de anos de pensamento científico já é
suficientemente chocante, mas há outro aspecto da teoria quântica que nos confunde ainda mais, embora
desperte menos atenção. Depois de anos de criterioso estudo da mecânica quântica, e depois da
acumulação de uma pletora de dados que confirmam suas previsões probabilísticas, ninguém até hoje
soube explicar por que razão apenas uma das muitas resoluções possíveis de qualquer situação que se

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estude torna-se real. Quando fazemos experimentos, quando examinamos o mundo, todos estamos de
acordo com o fato de que deparamos com uma realidade única e definida. Contudo, mais de um século
depois do início da revolução quântica, não há consenso entre os físicos quanto à razão e à forma de
compatibilizar esse fato básico com a expressão matemática da teoria.
Brian Greene. A realidade oculta: universos paralelos e as leis profundas do cosmo. José Viegas Jr. (Trad.) São Paulo: Cia das
Letras, 2012, p. 15-16 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.
No trecho “por que razão”, no quinto período, o vocábulo “que” poderia ser substituído por qual, sem
prejuízo da correção gramatical do texto.
Comentários:
Vamos analisar o trecho em questão:
"ninguém até hoje soube explicar por que razão apenas uma das muitas resoluções possíveis de qualquer
situação que se estude torna-se real".
O pronome "que", nesse caso, não é relativo, uma vez que não está retomando um termo anterior. É, na
verdade, um pronome interrogativo, já que está introduzindo uma pergunta indireta (sem ponto de
interrogação). Logo, pode ser substituído por "qual" sem prejuízo da correção gramatical.
Proposta de reescrita: "ninguém até hoje soube explicar por qual razão apenas uma das muitas resoluções
possíveis de qualquer situação que se estude torna-se real". Portanto, questão correta.
3. (CEBRASPE / MPE-CE/ 2020)

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto precedente, julgue o item a seguir.
As formas pronominais “os quais” (l.9) e “a qual” (l.16) referem-se, respectivamente, a “portadores
físicos” (l.8) e “situação” (l.15).
Comentários:

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O pronome relativo "a qual", de fato, refere-se ao termo "situação". No entanto, "os quais" não se refere
a "portadores físicos", mas a "objetos". Questão incorreta.
4. (CEBRASPE / MPE-CE/ 2020)

Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item seguinte.
A expressão “suas relações” (l.22) refere-se às relações da “democracia ateniense” (l.21).
Comentários:
Trata-se de uma questão que exige conhecimento a respeito de termos anafóricos (como é o caso dos
pronomes possessivos) e interpretação textual.
A função dos termos anafóricos é retomar uma palavra ou expressão que já apareceu no texto (termos
ANafóricos retomam termos ANteriores) e são muito importantes para garantir a coesão (encadeamento
lógico das ideias) e evitar a repetição excessiva das palavras.
Vamos analisar o texto:
“Desde os alvores da democracia ateniense, são sobejamente conhecidas as suas relações com a
argumentação e com a retórica”.
Observem que o pronome possessivo anafórico “suas” acompanha o nome “relações”, mas, ao mesmo
tempo, retoma um termo que já apareceu e é exatamente essa a cobrança do enunciado.
Agora que já sabemos o que é um termo anafórico e que o pronome “suas” está se referindo a um termo
antecedente, vamos partir para a interpretação de texto. Notem que o texto menciona que desde os
alvores (amanhecer/ início) da democracia ateniense são sobejamente (muito/ de forma excessiva)
conhecidas as relações com a argumentação e a retórica, ou seja, a argumentação e a retórica se
relacionam com a ideia de democracia, no caso, a democracia ateniense. Questão correta!
5. (CEBRASPE / TJ-PA/ 2020)

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No terceiro parágrafo do texto CG1A1-I, a forma pronominal “o”, em “o lançam” (l. 29), faz referência a
A) “esforço” (l.25).
B) “homem” (l.26)
C) “outro” (l.27).
D) “espaço” (l.28).
E) “interior” (l. 28).
Comentários:
Vamos analisar o trecho em questão:

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"Se não é fácil definir a família, é legítimo o esforço de tentar decifrar quem é o homem pós-moderno e
quais as necessidades emergentes que o impulsionam ao encontro com o outro, seja no espaço social, seja
no interior da família, produzindo significados e razões que o lançam na busca de realização”.

Observem que é o homem que está na busca de realização. Logo, o pronome "o" está retomando
"homem". Gabarito letra B.
6. (CEBRASPE / SEFAZ-DF/ 2020)
Considerando os aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.
No trecho “os investidores reconhecem cada vez mais o impacto, para a sociedade, das empresas nas
quais investem” (l. 35 a 37), a substituição de “nas quais” por aonde prejudicaria a correção gramatical
do texto.
Comentários:
O pronome relativo "aonde" só deve ser utilizado quando o verbo indicar ideia de movimento e exigir a
preposição "a".
Exemplo: Aonde você vai? (Vejam que o verbo "ir" indica movimento e também exige a preposição "a" -
ir a algum lugar).
Este não é o caso do verbo "investir". Logo, a substituição de “nas quais” por aonde prejudicaria a
correção gramatical do texto. Questão correta!
7. (CEBRASPE / MP-CE / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2020)
Nas Américas, estima-se que 77 milhões de pessoas sofram um episódio de doenças transmitidas por
alimentos a cada ano — metade delas são crianças com menos de 5 anos de idade. Os dados disponíveis
indicam que as doenças transmitidas por alimentos geram de US$ 700 mil a US$ 19 milhões em custos
anuais de saúde nos países do Caribe e mais de US$ 77 milhões nos Estados Unidos da América.
A substituição da expressão “metade delas” por cuja metade manteria a correção gramatical e a coesão
do texto.
Comentários:
Por regra, o pronome “cujo” deve vir entre substantivos, ligando possuidor e coisa possuída; então, não
pode ficar “solto” no texto, sem ligar esses dois elementos. Em “cuja metade”, fica a dúvida: metade do
quê? Metade de quem? Então, o pronome não está bem utilizado. Poderia haver a leitura: metade do
ano, metade dos alimentos, metade dos milhões...Questão incorreta.
8. (CEBRASPE / SEFAZ-AL / AUDITOR FISCAL / 2020)
Tem meia dúzia de atendentes, conheço dois ou três pelo nome, e o dono do lugar é sempre simpático
comigo. Sabe que gosto do seu negócio, que, se me mudasse de novo para lá, seria seu freguês. Mas
também sei que me vê como um tipo que há vinte anos vive na capital, que a essa altura é mais
metropolitano que interiorano, um cara talvez meio esquisito, ou apenas ridículo, que se interessa por
coisas de que não precisa, coisas das quais não entende.
A substituição da expressão “das quais” (3º parágrafo) por que preservaria tanto o sentido quanto a
correção gramatical do período.
Comentário:
A correção seria mantida, pois “das quais” é contração de preposição “de” + “as quais”.

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Entender das coisas => as coisas das quais entende…


Na reescritura, a preposição é suprimida e o pronome “as quais” é substituído por “que”:
Entender as coisas => as coisas que entende
Até aqui, tudo bem.
Contudo, ocorre uma sutil mudança de sentido:
entender de alguma coisa = dominar um conhecimento, ser um especialista, conhecer sobre aquilo.
entender alguma coisa = saber o que algo é, ser capaz de compreender o que é alguma coisa.
Questão incorreta.
9. (CEBRASPE / TJ-PA / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2020)
Observa-se que a solidez dos lugares ocupados por cada uma das pessoas, nos moldes da família nuclear,
não se adéqua à realidade social do momento, em que as relações são caracterizadas por sua
dinamicidade e pluralidade. De acordo com o médico e psicanalista Jurandir Freire Costa, “família nem é
mais um modo de transmissão do patrimônio material; nem de perpetuação de nomes de linhagens; nem
da tradição moral ou religiosa; tampouco é a instituição que garante a estabilidade do lugar em que são
educadas as crianças”.
Seria mantida a correção gramatical do texto CG1A1-I se o segmento “em que”, nas linhas 2 e 5, fosse
substituído, respectivamente, por
A) onde e onde.
B) onde e que.
C) a qual e o qual.
D) no qual e onde.
E) que e no qual.
Comentários:
L.2: Observa-se que a solidez dos lugares ocupados por cada uma das pessoas, nos moldes da família
nuclear, não se adéqua à realidade social do momento, em que/no qual (retoma “momento”) as relações
são caracterizadas por sua dinamicidade e pluralidade.
L.5: … tampouco e a instituição que garante a estabilidade do lugar em que/onde (retoma lugar físico)
são educadas as crianças. Gabarito letra D.
10. (CEBRASPE / MP-CE / ANALISTA / 2020)
A liberdade de expressão — entendida em sentido amplo, em que se incluem a palavra escrita, as peças
teatrais, os filmes, os 7 vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas, entre outros — é um direito
consagrado no artigo 19.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948.
Sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais do texto, o trecho “em que se incluem
a palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas, entre
outros” (l. 5 a 7) poderia ser reescrito da seguinte forma: onde se incluem a palavra escrita, as peças
teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas e entre outros.
Comentários:
Note que "em que" retoma “liberdade de expressão”.

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A substituição por "onde" só seria possível se "em que" retomasse um lugar físico, o que não acontece no
texto. Portanto, questão incorreta.
11. (CEBRASPE / TCE-RO / AUDITOR / 2019)
Na Grécia antiga, por exemplo, teria sido impossível pensar em uma distribuição equitativa dos bens
materiais, 22 porque a técnica ainda não permitia superar as formas brutais de exploração do homem,
nem criar abundância para todos. Em nosso tempo, é possível pensar nisso, mas o fazemos 25
relativamente pouco. Essa insensibilidade nega uma das linhas mais promissoras da história do homem
ocidental, aquela que se nutriu das ideias amadurecidas no correr 28 dos séculos XVIII e XIX.
No texto CB1A1-I, a forma pronominal presente na contração “nisso” (l.24) refere-se a
A) “uma distribuição equitativa dos bens materiais” (I.21).
B) “superar as formas brutais de exploração do homem” (I. 22 e 23).
C) “criar abundância para todos” (l.23).
D) “Essa insensibilidade” (l.25).
E) “ideias amadurecidas no correr dos séculos XVIII e XIX” (l. 27 e 28).
Comentários:
Retomando o texto, temos que:
… Na Grécia antiga, por exemplo, teria sido impossível pensar em uma distribuição equitativa dos bens
materiais (…) Em nosso tempo, é possível pensar nisso.
Note que "nisso" está retomando a ideia de "distribuição equitativa dos bens". Portanto, Gabarito: Letra
A.
12. (CEBRASPE / TJ-PR / TÉCNICO / 2019)
Aos sete anos de idade, imaginei que iria presenciar a morte do mundo, ou antes, que morreria com ele.
Um cometa mal-humorado visitava o espaço.
Sem prejuízo à correção gramatical e aos sentidos do texto 1A1-II,o vocábulo “antes” (ℓ.23) poderia ser
substituído por
A) primeiramente.
B) melhor.
C) pelo contrário.
D) outrora.
E) até.
Comentários:
Note que "ou antes" tem o sentido de retificação no texto. Portanto, a melhor alternativa que mantém
esse sentido é a Letra B, "ou melhor". Portanto, Gabarito: Letra B.
13. (CEBRASPE / MPC-PA / NÍVEL SUPERIOR / 2019 - Adaptada)
Julgue a proposta de reescrita para o seguinte trecho do texto CG1A1-I: “Ela, agora, reúne todos os setores
da economia que utilizam recursos biológicos.”: Agora ela reúne todos os setores da economia que
utilizam recursos biológicos.

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Comentários:
O adjunto adverbial "agora" foi deslocado para o início da frase, mantendo-se o sentido do original.
Lembre-se de que o deslocamento de "agora" não exige o uso de vírgulas, por ser um advérbio de
extensão curta (1 palavra). Questão correta.
14. (CEBRASPE / CGE-CE / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2019)
Julgue a proposta de reescrita para o trecho “Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, são
encontrados administradores públicos cujas ações em muito se assemelham às de Nabucodonosor, rei do
império babilônico”.
Muitos rincões do nosso país, ainda hoje, têm administradores públicos cujas as ações muito assemelham-
se as ações do imperador babilônico Nabucodonosor.
Comentários:
…cujas as ações… (não há artigo após cujas).
"Muito" é advérbio, portanto atrai o pronome átono (muito se assemelham).
Faltou acento indicativo de crase em "às ações". Questão incorreta.
15. (CEBRASPE / PGE-PE / CONHECIMENTOS BÁSICOS 1, 2, 3 e 4 / 2019)
A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica, pautada na
ética e na responsabilidade para com a sociedade e o meio ambiente, a fim de minimizar problemas sociais
como concentração de renda, precarização das relações de trabalho e falta de direitos básicos como
educação, saúde e moradia, agravados, entre outros motivos, por propostas que concebem um Estado
que seja parco em prestações sociais e no qual a própria sociedade se responsabilize pelos riscos de sua
existência, só recorrendo ao Poder Público subsidiariamente, na impossibilidade de autossatisfação de
suas necessidades.
A substituição de “no qual” por aonde prejudicaria a correção gramatical do texto.
Comentários:
Apenas usamos “aonde” se houver algum verbo que peça preposição “a”, normalmente verbos de
movimento como ir, chegar, comparecer... Não é o caso aqui, até porque “Estado” não é um lugar físico.
um Estado que seja parco em prestações sociais e no qual (no Estado) a própria sociedade se
responsabilize pelos riscos de sua existência. Questão correta.
16. (CEBRASPE / TJ-AM/ 2019)

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Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
O vocábulo “que” (l.29) poderia ser substituído por o qual, sem alteração dos sentidos e da correção
gramatical do texto.
Comentários:
Notem que o pronome "que" está retomando dois termos anteriores "Lei da Ação Civil Pública" e o
"Código de Defesa do Consumidor", logo poderia ser substituído por "os quais" (no plural) e não por "o
qual" (no singular). Questão incorreta.
17. (CEBRASPE / PREF. DE CAMPO GRANDE - MS / 2019)
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
Seria incorreto o emprego da forma quotidianamente em lugar de “cotidianamente” (l.4), pois aquela
forma foi abolida do vocabulário oficial da língua portuguesa.
Comentários:

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Tanto "quotidianamente" quanto "cotidianamente" existem na língua portuguesa. Ambas as formas estão
corretas. Questão incorreta.
18. (CEBRASPE / SLU-DF / 2019)
"Logo atrás de mim, uma senhora furiosa levantou-se".
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-III, julgue o item subsecutivo.
O deslocamento do termo “furiosa” (ℓ.8) para imediatamente após a forma verbal “levantou-se” (ℓ.9)
manteria a coerência do texto.
Comentários:
Primeiramente, é preciso entender o que significa manter a coerência do texto. Dizemos que um texto é
coerente quando suas palavras, frases e parágrafos estão articulados de forma lógica e que faça sentido
para o leitor.
A partir disso, vamos trocar a posição do termo “furiosa” e analisar se o texto continua coerente:
Trecho original: “Logo atrás de mim, uma senhora furiosa levantou-se”.
Proposta de reescrita: “Logo atrás de mim, uma senhora levantou-se furiosa”.
Observem que essa alteração não torna o texto incoerente, haja vista que “Logo atrás de mim, uma
senhora levantou-se furiosa” continua apresentando uma articulação lógica entre as ideias. Por essa
razão, o item está correto. Questão correta.
19. (CEBRASPE / PRF / 2019)
"Com uma combinação incomum de nome e sobrenome, difícil seria encontrar um homônimo. Mas eis que
um surgiu, quando ele nadava pelos vinte anos".
No que concerne ao texto precedente, julgue o próximo item.
O vocábulo “um” (ℓ.14) refere-se a um indivíduo cujo nome é idêntico ao do autor do texto.
Comentários:
No texto em questão, o vocábulo "um" retoma o termo "homônimo" cujo significado é "aquele que tem
o mesmo nome". Logo, o item está correto. Questão correta.
20. (CEBRASPE / SEFAZ-RS / 2019)
"Em um concerto em Paris, Franz Liszt tocou uma peça do (hoje) desconhecido compositor, junto com
outra, do admirável, maravilhoso e extraordinário Beethoven (os adjetivos aqui podem ser verdadeiros,
mas - como se verá - relativos). A plateia, formada por um público refinado, culto e um pouco bovino,
como são, sempre, os homens em ajuntamentos, esperava com impaciência".
No segundo parágrafo do texto 1A11-I, o termo “adjetivos” remete às palavras
a) “verdadeiros” e “relativos”.
b) “refinado”, “culto” e “bovino”.
c) “admirável”, “maravilhoso” e “extraordinário”.
d) “desconhecido” e “compositor”.
e) “hoje” e “sempre”.
Comentários:

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As palavras “admirável”, “maravilhoso” e “extraordinário” antecedem o termo "adjetivos" e são


retomadas por este que as resume, evitando repetições desnecessárias. Gabarito letra C.
21. (CEBRASPE / PGE-PE / CONHECIMENTOS BÁSICOS 1, 2, 3 E 4 / 2019)
Nesse contexto, a Lei Maria da Penha teria o papel de assegurar o reconhecimento das mulheres em
situação de violências (incluída a psicológica) pelo direito; afinal, é constatando as obrigações que temos
diante do direito alheio que chegamos a uma compreensão de cada um(a) de nós como sujeitos de direitos.
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, os vocábulos “é” e “que” poderiam ser suprimidos, desde
que fosse inserida uma vírgula imediatamente após a palavra “alheio”.
Comentários:
Sim. A expressão “é que” é expletiva e pode ser retirada sem qualquer prejuízo. Veja como não faz falta:
porque é pelo respeito mútuo de suas pretensões legítimas que as pessoas conseguem se relacionar
socialmente.
porque pelo respeito mútuo de suas pretensões legítimas, as pessoas conseguem se relacionar
socialmente.
Foi inserida a vírgula para separar o adjunto. Questão correta.
OBS: Essa é uma questão clássica, caiu igualzinho em uma questão de Diplomata resolvida em nosso curso.
Agora, rigorosamente, para estar certa de fato, deveria haver uma vírgula também antes de “pelo”,
isolando o adjunto, que está intercalado:
Porque, pelo respeito mútuo de suas pretensões legítimas, as pessoas conseguem se relacionar
socialmente.
Não é uma questão perfeita, mas o aluno conseguiria acertar conhecendo a banca. Questão correta.
22. (CEBRASPE / PREF. DE SÃO CRISTÓVÃO (SE) / 2019)

Acerca das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o item a seguir.
A substituição de “a que” (l.5) por onde manteria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.

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Comentários:
Vamos analisar o trecho: "...de saber que as palavras a que falta a corporeidade do exemplo pouco ou
nada valem."
Observem que "a que" está retomando o termo "palavras" que não é um lugar físico. Logo, a substituição
por "onde" prejudicaria a correção gramatical do texto. Questão incorreta.
23. (CEBRASPE / SEFAZ-RS / AUDITOR FISCAL / 2019 - Adaptada)
Cada uma das opções a seguir apresenta trecho do texto 1A11-I seguido de uma proposta de reescrita.
Assinale a opção cuja proposta altera os sentidos do texto e suas relações coesivas.
A) “distante ano” (L.1): ano distante
B) “desconhecido compositor” (L.3 e 4): compositor desconhecido
C) “público refinado” (L.6): refinado público
D) “músico menor” (L.11): menor músico
E) “desprezo coletivo” (L.9): coletivo desprezo
Comentários:
Exceto na D, todos os pares preservam o sentido. A mudança de sentido está em:
músico menor x menor músico
Em “músico menor”, “músico” é substantivo e “menor” é adjetivo, no sentido de músico inferior, de pouca
qualidade.
Em “menor músico”, “menor” é substantivo e “músico” é adjetivo indicativo de uma profissão, no sentido
de uma pessoa “menor de idade” que tem a característica de ser músico, um menor que é músico, e não
um menor que é pedreiro ou pintor, por exemplo.
Nos demais pares, a mudança de ordem não causa qualquer mudança de sentido.
Gabarito letra D.
24. (CEBRASPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Primeiro fazia uma cara de indecisão, depois um sorriso triste contrabalançado por um olhar heroicamente
exultante, até que esse exame de consciência era cortado pela voz do interlocutor, que começava a falar
chãmente em outras coisas, que, aliás, o Juca não estava ouvindo...
Caso o advérbio “heroicamente” (L.2) fosse deslocado para logo após “contrabalançado” (L.1), haveria
alteração de sentido do texto, embora fosse preservada sua correção gramatical.
Comentários:
O advérbio é a única classe que modifica um adjetivo. Na redação original, modifica “exultante”; se for
deslocado, passará a modificar “contrabalançado”, o que não causa erro, mas muda sim o sentido.
Questão correta.
25. (CEBRASPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Estavam-lhe ministrando a extrema-unção. E, quando o sacerdote lhe fez a tremenda pergunta,
chamando-o pelo nome: “Juca, queres arrepender-te dos teus pecados?”, vi que, na sua face devastada
pela erosão da morte, a Dúvida começava a redesenhar, reanimando-a, aqueles seus trejeitos e caretas,

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numa espécie de ridícula ressurreição. E a resposta não foi “sim” nem “não”; seria acaso um “talvez”, se
o padre não fosse tão compreensivo. Ou apressado. Despachou-o num átimo e absolvido. Que fosse
amolar os anjos lá no Céu!
Em “reanimando-a” (L.4), o pronome “a” refere-se a “Dúvida” (L.3).
Comentários:
Refere-se a “face”, pois lemos que sua face estava devastada pela erosão da morte. Questão incorreta.
26. (CEBRASPE / CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
As pessoas em geral pareciam usar essa frase para descrever um mundo que se lhes afigurava não só
incomensurável como também misterioso, absurdo, sem pé nem cabeça...
Embora a correção gramatical e o sentido do texto fossem mantidos caso se substituísse o trecho “se lhes
afigurava” por afigurava-se a elas, a linguagem resultaria informal e, consequentemente, inadequada ao
gênero textual.
Comentários:
Primeiramente, “que afigurava-se a elas” não é informal de forma alguma. Afigurar-se (apresentar a
forma/figura de...) é um verbo indicativo do padrão culto. Além disso, haveria problema de colocação
pronominal, pois o pronome relativo “que” atrai o pronome “se” para antes do verbo. Questão incorreta.
27. (CEBRASPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
O homem prefere ser tido em alta conta por aquilo que não é a ser tido em meia conta por aquilo que é.
Assim opera a vaidade.
As expressões “por aquilo que não é” e “por aquilo que é” exprimem causa.
Comentários:
Sim. Exprimem, respectivamente, a causa de “ser tido em alta conta” e “ser tido em meia conta”.
Observem que essas expressões são adjuntos adverbiais de causa, introduzidos pela preposição “por”.
O homem prefere ser tido em alta conta por aquilo que não é a ser tido em meia conta por aquilo que é.
Assim opera a vaidade. Questão correta.
28. (CEBRASPE / FUB / 2018)

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Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto antecedente, julgue o item seguinte.
O emprego do advérbio “precisamente” (ℓ.25) enfatiza o nexo causal entre o avanço da qualidade da
tradução feita por computadores e a percepção de seus desenvolvedores de que uma língua não é feita
apenas de conjuntos de palavras.
Comentários:
Há uma relação de causa e consequência expressa no último parágrafo.
Primeiro temos a consequência
"O espantoso avanço das máquinas sobre o engenho humano nessa área só começou"
e depois a causa
"quando seus desenvolvedores perceberam que a linguagem humana transcende o nível lexical...".
Observem que o advérbio "precisamente" aparece no texto para enfatizar essa causa: foi precisamente/
exatamente quando seus desenvolvedores perceberam que a linguagem humana transcende o nível
lexical que começou o espantoso avanço das máquinas sobre o engenho humano nessa área. Questão
correta.
29. (CEBRASPE / BNB / 2018)

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Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto 2A1-I.
Na linha 30, a palavra ‘apenas’ foi empregada para dar ênfase ao sentido do verbo ‘detectar’, mas sua
exclusão não alteraria os sentidos originais do período como um todo.
Comentários:
Vamos analisar o trecho em que "apenas" aparece.
Texto original: "Se a prepararmos apenas para detectar casos de não fraude, podemos aumentar os riscos
de fraudes que passam".
Observem que, neste contexto, o termo "apenas" foi empregado com sentido de exclusão: detectar
somente casos de não fraudes.
Proposta de reescrita: "Se a prepararmos para detectar casos de não fraude, podemos aumentar os riscos
de fraudes que passam".
Notem que agora perdemos o sentido mais específico trazido pelo "apenas". Podemos prepará-la para
detectar casos de não fraudes, mas os de fraude podem ainda ser detectados. Logo, a retirada dessa
palavra alteraria o sentido original. Questão incorreta.
30. (CEBRASPE / PF / 2018)

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Com relação aos sentidos do texto 14A15AAA, julgue o próximo item.


Para conferir um tom menos categórico ao trecho “Teorias científicas jamais serão a verdade final” (l.9),
poderia utilizar-se a expressão em tempo nenhum no lugar de “jamais”.
Comentários:
Tanto o termo "jamais" quanto a expressão "em tempo nenhum" conferem um tom categórico
(indiscutível ou que não admite dúvidas) ao trecho.
Texto original: Teorias científicas jamais serão a verdade final.
Proposta de reescrita: Teorias científicas em tempo nenhum serão a verdade final.
Logo, o item está incorreto. Questão incorreta.

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LISTA DE QUESTÕES – EMPREGO DAS CLASSES DE


PALAVRAS I - CEBRASPE
1. (CEBRASPE / MINISTÉRIO DA ECONOMIA / 2020)
Ele entrou tarde no restaurante. Poderia ter uns sessenta anos, era alto, corpulento, de cabelos
brancos, sobrancelhas espessas e mãos potentes. Num dedo o anel de sua força. Sentou-se amplo e
sólido.
Perdi-o de vista e enquanto comia observei de novo a mulher magra de chapéu. Ela ria com a boca
cheia e rebrilhava os olhos escuros.
No momento em que eu levava o garfo à boca, olhei-o. Ei-lo de olhos fechados mastigando pão
com vigor e mecanismo, os dois punhos cerrados sobre a mesa. Continuei comendo e olhando. O
garçom dispunha os pratos sobre a toalha. Mas o velho mantinha os olhos fechados. A um gesto mais
vivo do criado ele os abriu com tal brusquidão que este mesmo movimento se comunicou às grandes
mãos e um garfo caiu. O garçom sussurrou palavras amáveis abaixando-se para apanhá-lo; ele não
respondia. Porque agora desperto, virava subitamente a carne de um lado e de outro, examinava-a
com veemência, a ponta da língua aparecendo — apalpava o bife com as costas do garfo, quase o
cheirava, mexendo a boca de antemão. E começava a cortá-lo com um movimento inútil de vigor de
todo o corpo. Olhei para o meu prato. Quando fitei-o de novo, ele estava em plena glória do jantar,
mastigando de boca aberta, passando a língua pelos dentes, com o olhar fixo na luz do teto.
Clarice Lispector. O jantar. In: Laços de família: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente.

No oitavo período do terceiro parágrafo do texto, a forma pronominal “lo”, em “cortá-lo”, refere-se
ao vocábulo “bife”, no período anterior.
2. (CEBRASPE / MINISTÉRIO DA ECONOMIA / 2020)
Algumas das primeiras incursões pelos mundos paralelos ocorreram na década de 50 do século
passado, graças ao trabalho de pesquisadores interessados em certos aspectos da mecânica quântica —
teoria desenvolvida para explicar os fenômenos que ocorrem no reino microscópico dos átomos e das
partículas subatômicas. A mecânica quântica quebrou o molde da mecânica clássica, que a antecedeu, ao
firmar o conceito de que as previsões científicas são necessariamente probabilísticas. Podemos prever a
probabilidade de alcançar determinado resultado ou outro, mas em geral não podemos prever qual deles
acontecerá. Essa quebra de rumo com relação a centenas de anos de pensamento científico já é
suficientemente chocante, mas há outro aspecto da teoria quântica que nos confunde ainda mais, embora
desperte menos atenção. Depois de anos de criterioso estudo da mecânica quântica, e depois da
acumulação de uma pletora de dados que confirmam suas previsões probabilísticas, ninguém até hoje
soube explicar por que razão apenas uma das muitas resoluções possíveis de qualquer situação que se
estude torna-se real. Quando fazemos experimentos, quando examinamos o mundo, todos estamos de
acordo com o fato de que deparamos com uma realidade única e definida. Contudo, mais de um século
depois do início da revolução quântica, não há consenso entre os físicos quanto à razão e à forma de
compatibilizar esse fato básico com a expressão matemática da teoria.

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Brian Greene. A realidade oculta: universos paralelos e as leis profundas do cosmo. José Viegas Jr. (Trad.) São Paulo: Cia das Letras,
2012, p. 15-16 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.

No trecho “por que razão”, no quinto período, o vocábulo “que” poderia ser substituído por qual, sem
prejuízo da correção gramatical do texto.

3. (CEBRASPE / MPE-CE/ 2020)

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto precedente, julgue o item a seguir.

As formas pronominais “os quais” (l.9) e “a qual” (l.16) referem-se, respectivamente, a “portadores
físicos” (l.8) e “situação” (l.15).

4. (CEBRASPE / MPE-CE/ 2020)

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Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item seguinte.
A expressão “suas relações” (l.22) refere-se às relações da “democracia ateniense” (l.21).
5. (CEBRASPE / TJ-PA/ 2020)

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No terceiro parágrafo do texto CG1A1-I, a forma pronominal “o”, em “o lançam” (l. 29), faz referência a
A) “esforço” (l.25).
B) “homem” (l.26)
C) “outro” (l.27).
D) “espaço” (l.28).
E) “interior” (l. 28).
6. (CEBRASPE / SEFAZ-DF/ 2020)
Considerando os aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.

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No trecho “os investidores reconhecem cada vez mais o impacto, para a sociedade, das empresas nas
quais investem” (l. 35 a 37), a substituição de “nas quais” por aonde prejudicaria a correção gramatical
do texto.
7. (CEBRASPE / MP-CE / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2020)
Nas Américas, estima-se que 77 milhões de pessoas sofram um episódio de doenças transmitidas por
alimentos a cada ano — metade delas são crianças com menos de 5 anos de idade. Os dados disponíveis
indicam que as doenças transmitidas por alimentos geram de US$ 700 mil a US$ 19 milhões em custos
anuais de saúde nos países do Caribe e mais de US$ 77 milhões nos Estados Unidos da América.
A substituição da expressão “metade delas” por cuja metade manteria a correção gramatical e a coesão
do texto.
8. (CEBRASPE / SEFAZ-AL / AUDITOR FISCAL / 2020)
Tem meia dúzia de atendentes, conheço dois ou três pelo nome, e o dono do lugar é sempre simpático
comigo. Sabe que gosto do seu negócio, que, se me mudasse de novo para lá, seria seu freguês. Mas
também sei que me vê como um tipo que há vinte anos vive na capital, que a essa altura é mais
metropolitano que interiorano, um cara talvez meio esquisito, ou apenas ridículo, que se interessa por
coisas de que não precisa, coisas das quais não entende.
A substituição da expressão “das quais” (3º parágrafo) por que preservaria tanto o sentido quanto a
correção gramatical do período.
9. (CEBRASPE / TJ-PA / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2020)
Observa-se que a solidez dos lugares ocupados por cada uma das pessoas, nos moldes da família nuclear,
não se adéqua à realidade social do momento, em que as relações são caracterizadas por sua
dinamicidade e pluralidade. De acordo com o médico e psicanalista Jurandir Freire Costa, “família nem é
mais um modo de transmissão do patrimônio material; nem de perpetuação de nomes de linhagens; nem
da tradição moral ou religiosa; tampouco é a instituição que garante a estabilidade do lugar em que são
educadas as crianças”.
Seria mantida a correção gramatical do texto CG1A1-I se o segmento “em que”, nas linhas 2 e 5, fosse
substituído, respectivamente, por
A) onde e onde.
B) onde e que.
C) a qual e o qual.
D) no qual e onde.
E) que e no qual.
10. (CEBRASPE / MP-CE / ANALISTA / 2020)
A liberdade de expressão — entendida em sentido amplo, em que se incluem a palavra escrita, as peças
teatrais, os filmes, os 7 vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas, entre outros — é um direito
consagrado no artigo 19.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948.
Sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais do texto, o trecho “em que se incluem
a palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas, entre

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outros” (l. 5 a 7) poderia ser reescrito da seguinte forma: onde se incluem a palavra escrita, as peças
teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas e entre outros.
11. (CEBRASPE / TCE-RO / AUDITOR / 2019)
Na Grécia antiga, por exemplo, teria sido impossível pensar em uma distribuição equitativa dos bens
materiais, 22 porque a técnica ainda não permitia superar as formas brutais de exploração do homem,
nem criar abundância para todos. Em nosso tempo, é possível pensar nisso, mas o fazemos 25
relativamente pouco. Essa insensibilidade nega uma das linhas mais promissoras da história do homem
ocidental, aquela que se nutriu das ideias amadurecidas no correr 28 dos séculos XVIII e XIX.
No texto CB1A1-I, a forma pronominal presente na contração “nisso” (l.24) refere-se a
A) “uma distribuição equitativa dos bens materiais” (I.21).
B) “superar as formas brutais de exploração do homem” (I. 22 e 23).
C) “criar abundância para todos” (l.23).
D) “Essa insensibilidade” (l.25).
E) “ideias amadurecidas no correr dos séculos XVIII e XIX” (l. 27 e 28).
12. (CEBRASPE / TJ-PR / TÉCNICO / 2019)
Aos sete anos de idade, imaginei que iria presenciar a morte do mundo, ou antes, que morreria com ele.
Um cometa mal-humorado visitava o espaço.
Sem prejuízo à correção gramatical e aos sentidos do texto 1A1-II,o vocábulo “antes” (ℓ.23) poderia ser
substituído por
A) primeiramente.
B) melhor.
C) pelo contrário.
D) outrora.
E) até.
13. (CEBRASPE / MPC-PA / NÍVEL SUPERIOR / 2019 - Adaptada)
Julgue a proposta de reescrita para o seguinte trecho do texto CG1A1-I: “Ela, agora, reúne todos os setores
da economia que utilizam recursos biológicos.”: Agora ela reúne todos os setores da economia que
utilizam recursos biológicos.
14. (CEBRASPE / CGE-CE / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2019)
Julgue a proposta de reescrita para o trecho “Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, são
encontrados administradores públicos cujas ações em muito se assemelham às de Nabucodonosor, rei do
império babilônico”.
Muitos rincões do nosso país, ainda hoje, têm administradores públicos cujas as ações muito assemelham-
se as ações do imperador babilônico Nabucodonosor.
15. (CEBRASPE / PGE-PE / CONHECIMENTOS BÁSICOS 1, 2, 3 e 4 / 2019)

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A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica, pautada na
ética e na responsabilidade para com a sociedade e o meio ambiente, a fim de minimizar problemas sociais
como concentração de renda, precarização das relações de trabalho e falta de direitos básicos como
educação, saúde e moradia, agravados, entre outros motivos, por propostas que concebem um Estado
que seja parco em prestações sociais e no qual a própria sociedade se responsabilize pelos riscos de sua
existência, só recorrendo ao Poder Público subsidiariamente, na impossibilidade de autossatisfação de
suas necessidades.
A substituição de “no qual” por aonde prejudicaria a correção gramatical do texto.
16. (CEBRASPE / TJ-AM/ 2019)

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
O vocábulo “que” (l.29) poderia ser substituído por o qual, sem alteração dos sentidos e da correção
gramatical do texto.
17. (CEBRASPE / PREF. DE CAMPO GRANDE - MS / 2019)
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.

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Seria incorreto o emprego da forma quotidianamente em lugar de “cotidianamente” (l.4), pois aquela
forma foi abolida do vocabulário oficial da língua portuguesa.
18. (CEBRASPE / SLU-DF / 2019)
"Logo atrás de mim, uma senhora furiosa levantou-se".
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-III, julgue o item subsecutivo.
O deslocamento do termo “furiosa” (ℓ.8) para imediatamente após a forma verbal “levantou-se” (ℓ.9)
manteria a coerência do texto.
19. (CEBRASPE / PRF / 2019)
"Com uma combinação incomum de nome e sobrenome, difícil seria encontrar um homônimo. Mas eis que
um surgiu, quando ele nadava pelos vinte anos".
No que concerne ao texto precedente, julgue o próximo item.
O vocábulo “um” (ℓ.14) refere-se a um indivíduo cujo nome é idêntico ao do autor do texto.
20. (CEBRASPE / SEFAZ-RS / 2019)
"Em um concerto em Paris, Franz Liszt tocou uma peça do (hoje) desconhecido compositor, junto com
outra, do admirável, maravilhoso e extraordinário Beethoven (os adjetivos aqui podem ser verdadeiros,
mas - como se verá - relativos). A plateia, formada por um público refinado, culto e um pouco bovino,
como são, sempre, os homens em ajuntamentos, esperava com impaciência".
No segundo parágrafo do texto 1A11-I, o termo “adjetivos” remete às palavras
a) “verdadeiros” e “relativos”.
b) “refinado”, “culto” e “bovino”.
c) “admirável”, “maravilhoso” e “extraordinário”.
d) “desconhecido” e “compositor”.
e) “hoje” e “sempre”.
21. (CEBRASPE / PGE-PE / CONHECIMENTOS BÁSICOS 1, 2, 3 E 4 / 2019)
Nesse contexto, a Lei Maria da Penha teria o papel de assegurar o reconhecimento das mulheres em
situação de violências (incluída a psicológica) pelo direito; afinal, é constatando as obrigações que temos
diante do direito alheio que chegamos a uma compreensão de cada um(a) de nós como sujeitos de direitos.
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, os vocábulos “é” e “que” poderiam ser suprimidos, desde
que fosse inserida uma vírgula imediatamente após a palavra “alheio”.
22. (CEBRASPE / PREF. DE SÃO CRISTÓVÃO (SE) / 2019)

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Acerca das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o item a seguir.
A substituição de “a que” (l.5) por onde manteria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.
23. (CEBRASPE / SEFAZ-RS / AUDITOR FISCAL / 2019 - Adaptada)
Cada uma das opções a seguir apresenta trecho do texto 1A11-I seguido de uma proposta de reescrita.
Assinale a opção cuja proposta altera os sentidos do texto e suas relações coesivas.
A) “distante ano” (L.1): ano distante
B) “desconhecido compositor” (L.3 e 4): compositor desconhecido
C) “público refinado” (L.6): refinado público
D) “músico menor” (L.11): menor músico
E) “desprezo coletivo” (L.9): coletivo desprezo
24. (CEBRASPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Primeiro fazia uma cara de indecisão, depois um sorriso triste contrabalançado por um olhar heroicamente
exultante, até que esse exame de consciência era cortado pela voz do interlocutor, que começava a falar
chãmente em outras coisas, que, aliás, o Juca não estava ouvindo...
Caso o advérbio “heroicamente” (L.2) fosse deslocado para logo após “contrabalançado” (L.1), haveria
alteração de sentido do texto, embora fosse preservada sua correção gramatical.
25. (CEBRASPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Estavam-lhe ministrando a extrema-unção. E, quando o sacerdote lhe fez a tremenda pergunta,
chamando-o pelo nome: “Juca, queres arrepender-te dos teus pecados?”, vi que, na sua face devastada
pela erosão da morte, a Dúvida começava a redesenhar, reanimando-a, aqueles seus trejeitos e caretas,
numa espécie de ridícula ressurreição. E a resposta não foi “sim” nem “não”; seria acaso um “talvez”, se
o padre não fosse tão compreensivo. Ou apressado. Despachou-o num átimo e absolvido. Que fosse
amolar os anjos lá no Céu!

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Em “reanimando-a” (L.4), o pronome “a” refere-se a “Dúvida” (L.3).


26. (CEBRASPE / CAGE-RS / AUDITOR FISCAL / 2018)
As pessoas em geral pareciam usar essa frase para descrever um mundo que se lhes afigurava não só
incomensurável como também misterioso, absurdo, sem pé nem cabeça...
Embora a correção gramatical e o sentido do texto fossem mantidos caso se substituísse o trecho “se lhes
afigurava” por afigurava-se a elas, a linguagem resultaria informal e, consequentemente, inadequada ao
gênero textual.
27. (CEBRASPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
O homem prefere ser tido em alta conta por aquilo que não é a ser tido em meia conta por aquilo que é.
Assim opera a vaidade.
As expressões “por aquilo que não é” e “por aquilo que é” exprimem causa.
28. (CEBRASPE / FUB / 2018)

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto antecedente, julgue o item seguinte.
O emprego do advérbio “precisamente” (ℓ.25) enfatiza o nexo causal entre o avanço da qualidade da
tradução feita por computadores e a percepção de seus desenvolvedores de que uma língua não é feita
apenas de conjuntos de palavras.
29. (CEBRASPE / BNB / 2018)

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Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto 2A1-I.
Na linha 30, a palavra ‘apenas’ foi empregada para dar ênfase ao sentido do verbo ‘detectar’, mas sua
exclusão não alteraria os sentidos originais do período como um todo.
30. (CEBRASPE / PF / 2018)

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Com relação aos sentidos do texto 14A15AAA, julgue o próximo item.


Para conferir um tom menos categórico ao trecho “Teorias científicas jamais serão a verdade final” (l.9),
poderia utilizar-se a expressão em tempo nenhum no lugar de “jamais”.

GABARITO
1. CORRETA 11. LETRA A 21. CORRETA
2. CORRETA 12. LETRA B 22. INCORRETA
3. INCORRETA 13. CORRETA 23. LETRA D
4. CORRETA 14. INCORRETA 24. CORRETA
5. LETRA B 15. CORRETA 25. INCORRETA
6. CORRETA 16. INCORRETA 26. INCORRETA
7. INCORRETA 17. INCORRETA 27. CORRETA
8. INCORRETA
c 18. CORRETA 28. CORRETA
9. LETRA D 19. CORRETA 29. INCORRETA
10. INCORRETA 20. LETRA B 30. INCORRETA

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