Aic-N 35 - 24

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 27

Ministério da Defesa

Comando da Aeronáutica AIC N 35/24


Departamento de Controle do
Espaço Aéreo – DECEA
Brasil
Av. Gen. Justo, 160 Data de publicação
CEP 20021-130
Rio de Janeiro, RJ – Brasil 01 NOV 24
AFS: SBRJZXIC
http://www.decea.mil.br
AIM Brasil
ALTERAÇÕES TEMPORÁRIAS NO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO DURANTE A
REALIZAÇÃO DO EVENTO G20 BRASIL 2024

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

Esta Circular de Informação Aeronáutica (AIC) tem por finalidade divulgar as


alterações temporárias no espaço aéreo brasileiro durante a realização do evento G20
Brasil 2024, bem como os procedimentos gerais e específicos a serem seguidos pelos
pilotos em comando e pelos órgãos de controle de tráfego aéreo (ATC) do Sistema de
Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) durante o evento.

1.2 ÂMBITO

Esta publicação aplica-se a todos aqueles que, no desempenho de suas


funções, venham a utilizar o espaço aéreo brasileiro durante a realização do G20.

1.3 ANEXO

Anexo A - ÁREAS DE EXCLUSÃO - ÁREA RESERVADA;


Anexo B - ÁREAS DE EXCLUSÃO - ÁREA RESTRITA;
Anexo C - ÁREAS DE EXCLUSÃO - ÁREAS PROIBIDAS – VERMELHA 1
(MAM);
Anexo D - ÁREAS DE EXCLUSÃO - ÁREAS PROIBIDAS – VERMELHA 2
(COPACABANA);
Anexo E - ÁREAS DE EXCLUSÃO - TMA RIO DE JANEIRO;
Anexo F - ÁREAS DE EXCLUSÃO - DIAS E HORÁRIOS DE ATIVAÇÃO
DAS ÁREAS DO G20 BRASIL 2024; e
Anexo G - ITENS PROIBIDOS PARA O TRANSPORTE NA BAGAGEM DE
MÃO E NA BAGAGEM DESPACHADA.

1.4 INTRODUÇÃO

1.4.1 O crescimento dos movimentos aéreos, esperado durante a realização do G20


BRASIL 2024, sinaliza a necessidade de pronto atendimento e eficiência na prestação
dos Serviços de Tráfego Aéreo (ATS) e Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo
(ATFM). Um grande evento traz novas demandas e, com elas, maior necessidade de
planejamento, tornando-se imperativo a manutenção da segurança, fluidez e eficiência,
aspectos já presentes no atendimento prestado ao tráfego aéreo.
Pág.2 AIC N 35/24

1.4.2 O trabalho para alcançar a excelência desejada inicia-se com a execução


criteriosa de um planejamento amplo, claro, objetivo e exequível. Com isso, assegura-se
o máximo desempenho dos serviços ATS, do ATFM, da segurança das operações
aéreas e do gerenciamento do espaço aéreo brasileiro, minimizando, assim, as
possibilidades de impactos decorrentes do previsível aumento do tráfego aéreo no
período do evento.

1.4.3 Há décadas, o Brasil vem consolidando posição de vanguarda no Gerenciamento


de Tráfego Aéreo (ATM), não se limitando a investimentos em equipamentos e novas
instalações, mas desenvolvendo processos próprios, enfatizando o treinamento
especializado e incorporando com eficiência, rapidez e flexibilidade os novos conceitos
de gerenciamento.

1.4.4 O país tem a responsabilidade de administrar o espaço aéreo territorial (8.511.965


km²) e o espaço aéreo sobrejacente à área oceânica, que se estende até o meridiano
10º W, perfazendo um total de 22 milhões de km².

1.4.5 Nesse espaço, existem diversos eventos acontecendo ao mesmo tempo, tais
como: voos da aviação comercial internacional e doméstica, serviços aéreos privados e
especializados públicos, táxi aéreo, fretamento, treinamento da aviação civil, operações
militares, aeronaves remotamente pilotadas (RPA) e diversas atividades
aerodesportivas. A qualidade e eficácia no uso do espaço aéreo se manterão também
durante o período previsto para o G20, graças ao trabalho de diversos setores, entre eles
o Comando da Aeronáutica (COMAER).

1.4.6 O COMAER, por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA),


efetuou um planejamento para o G20 que teve como foco a segurança e a manutenção
de um fluxo de tráfego aéreo rápido, seguro e ordenado e, por meio do Comando de
Operações Aeroespaciais (COMAE), um planejamento minucioso das ações necessárias
para a defesa do espaço aéreo.

1.4.7 Para a execução desses planejamentos, o Centro de Gerenciamento da


Navegação Aérea (CGNA), unidade subordinada ao DECEA, elaborou um plano de ação
considerando o incremento da demanda e as restrições impostas em algumas porções
do espaço aéreo.

1.4.8 Os módulos previstos neste plano de ação contemplam a estrutura e a capacidade


do espaço aéreo; a projeção da demanda; a infraestrutura técnica; a adequação da
legislação, normas e procedimentos; a segurança e defesa e a capacitação técnica.
Todos os módulos foram rigorosamente cumpridos.

1.4.9 Esta não é a primeira vez que o COMAER traça um planejamento para gerenciar
o fluxo de tráfego aéreo em um grande evento. Durante a Copa das Confederações de
Futebol FIFA Brasil 2013, a Jornada Mundial da Juventude Católica Rio 2013, a Copa do
Mundo de Futebol FIFA Brasil 2014, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016 e a Copa
América de 2019, o COMAER teve uma experiência bem-sucedida e elogiada, utilizando
um conceito e uma estrutura militar num evento civil.

1.4.10 Este conceito foi colocado em prática na sala master de comando e controle, que
foi ativada no CGNA em todos os períodos de grandes eventos, e será repetido durante
o período do G20.

1.4.11 Com toda experiência acumulada em todos esses eventos, o Brasil deixará como
Pág.3 AIC N 35/24

um grande legado a segurança e a eficiência, binômio que caracteriza nosso espaço


aéreo.

2 ABREVIATURAS

ACAV Área de Controle Alarme em Voo


AIC Circular de Informações Aeronáuticas
AIS Sala de Informações Aeronáuticas
ANAC Agência Nacional de Aviação Civil
APP Controle de Aproximação
AREVO Área de Reabastecimento em Voo
ATC Controle de Tráfego Aéreo
ATFM Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo
ATM Gerenciamento de Tráfego Aéreo
ARS Área Restrita de Segurança
ATS Serviço de Tráfego Aéreo
CGNA Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea
COMAE Comando de Operações Aeroespaciais
COMAER Comando da Aeronáutica
DECEA Departamento de Controle do Espaço Aéreo
EAC Espaço Aéreo Condicionado
EB Exército Brasileiro
FAB Força Aérea Brasileira
FIR Região de Informação de Voo
FL Nível de Voo
Aplicativo que permite os pilotos gerenciar suas
FPL BR
mensagens de Plano de Voo
IFR Regras de Voo por Instrumentos
MB Marinha do Brasil
MPEA Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo
MCS Medidas de Controle no Solo
NM Milhas Náuticas
NOTAM Aviso aos Aeronavegantes
PSA Programa de Segurança Aeroportuária
PVC Plano de Voo Completo
RBAC Regulamento Brasileiro da Aviação Civil
REAST Rotas Especiais de Aeronaves sem Transponder
REA Rotas Especiais de Aeronaves
REH Rotas Especiais de Helicóptero
RPA Aeronave Remotamente Pilotada
RPL Plano de Voo Repetitivo
SAC Secretaria de Aviação Civil
SAR Busca e Salvamento
SID Saída Padrão por Instrumento
SIGMA Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos
SISCEAB Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro
STF Supremo Tribunal Federal
Pág.4 AIC N 35/24

TMA Área de Controle Terminal


VFR Regras de Voo Visual
VIP Very Important Person

3 RESTRIÇÕES DO ESPAÇO AÉREO

3.1 Durante o período do G20 Brasil 2024, o Brasil será o centro das atenções do mundo,
sendo visitado por empresários, Chefes de Estado e de Governo, personalidades de
diversas áreas e imprensa internacional.

3.2 Seguindo os critérios de segurança adotados mundialmente em eventos da


importância e do vulto do G20 Brasil 2024 e a manutenção dos níveis dos serviços de
tráfego aéreo prestados, o COMAER criou áreas de exclusão (RESERVADA, RESTRITA
ou PROIBIDA) em determinadas porções do espaço aéreo brasileiro com tamanhos e
níveis de acessos diferentes. A segurança e o impacto operacional, entre outros, foram
os critérios adotados para criação das áreas de exclusão. A segurança de todos os
envolvidos, de autoridades, de aeronaves e instalações e a preocupação constante em
reduzir os impactos operacionais para os usuários do espaço aéreo nortearam a
localização, o tamanho e os níveis de acesso das referidas áreas.

3.3 As autorizações para o ingresso nos espaços aéreos segregados dependem da


natureza e das intenções do voo, como, por exemplo, aeronaves transportando
autoridades, aeronaves comerciais de operação regular doméstica e/ou internacional,
serviços aéreos privados e especializados públicos, táxi aéreo, emprego militar, defesa
aérea, transporte de pessoal e/ou material (civil ou militar), aeronaves ligadas à
segurança pública, aeronaves de busca e salvamento (SAR) e aeronaves ambulância.

3.4 As áreas de exclusão estão localizadas no espaço aéreo inferior da Região de


Informação de Voo (FIR) Curitiba e dentro da Área de Controle Terminal (TMA) do Rio
de Janeiro, onde ocorrerá o evento G20 Brasil 2024.

3.5 Os períodos de vigência dessas restrições serão estabelecidos de acordo com o


cronograma de chegada e saída das autoridades, assim como das respecitivas reuniões
do evento.

4 DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE EXCLUSÃO

Os limites laterais e verticais, os centros das áreas de exclusão, com seus


respectivos raios de comprimento e os dias e horários de ativação, estão descritos no
Anexo A desta publicação.

4.1 ÁREA RESERVADA

Área denominada BRANCA, existente na porção da TMA-RJ, na qual são


aplicadas regras específicas para a utilização do espaço aéreo, com a finalidade de
possibilitar aos órgãos ATC identificar todos os movimentos aéreos evoluindo em seu
interior e, dessa forma, elevar o nível de segurança.

4.2 ÁREA RESTRITA

Área denominada AMARELA, localizada dentro da área BRANCA com a


finalidade de limitar o acesso a movimentos aéreos específicos que se enquadrem nos
critérios estabelecidos pela Autoridade de Defesa Aeroespacial.
Pág.5 AIC N 35/24

4.3 ÁREA PROIBIDA

Área denominada VERMELHA, localizada dentro da área AMARELA com


a finalidade de limitar o acesso somente a aeronaves envolvidas no evento, mediante
estrita autorização da Autoridade de Defesa Aeroespacial.

5 REGRAS PARA CIRCULAÇÃO NAS ÁREAS DE EXCLUSÃO

5.1 ÁREA RESERVADA (BRANCA)

5.1.1 Na ÁREA BRANCA serão proibidos, inclusive dentro dos Espaços Aéreos
Condicionados (EAC):

a) voos de treinamento ou instrução, sejam por Regras de Voo por


Instrumentos (IFR) ou Regras de Voo Visual (VFR);
b) voos de cheque da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC);
c) voos acrobáticos e turísticos;
d) voos de experiência e recebimento de aeronaves; e
e) operações de paraquedas, parapentes, balões, dirigíveis, ultraleves,
aeronaves experimentais, asas-deltas, pulverização agrícola,
reboque de faixas, aeromodelos e foguetes.

5.1.2 Aeronaves com origem e destino fora da ÁREA BRANCA não estão autorizadas a
ingressar no volume da mesma.

5.1.3 Respeitadas as restrições estabelecidas para as ÁREAS AMARELA e VERMELHA,


estão previamente autorizadas:

a) Aeronaves com origem na ÁREA BRANCA e destino fora da mesma;


b) Aeronaves com origem fora da ÁREA BRANCA e destino no interior
da mesma; e
c) Aeronaves com origem e destino dentro da ÁREA BRANCA.

5.1.4 Todas as aeronaves que voarem na ÁREA BRANCA deverão obrigatoriamente:

a) Ter seu Plano de Voo Completo (PVC) apresentado e aprovado pelo


órgão ATC;
b) Manter comunicações bilaterais em radiotelefonia com o órgão ATC;
c) Possuir equipamento transponder em funcionamento; e
d) Manter o perfil de voo autorizado pelo órgão ATC.
Pág.6 AIC N 35/24

5.1.5 Nos locais desprovidos de órgãos ATS, os voos deverão ser previamente
coordenados com o APP-RJ, pelo telefone (21) 3398-3117. Será compulsório o
acionamento do código transponder A/C atribuído pelo órgão ATC, antes da decolagem
até o pouso da aeronave. Se houver falha no equipamento transponder, o órgão ATC
deverá ser informado imediatamente.

5.1.6 As aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas para a ÁREA BRANCA


serão classificadas como SUSPEITAS e estarão sujeitas às Medidas de Policiamento do
Espaço Aéreo (MPEA).

5.1.7 As aeronaves não identificadas e aquelas que, mesmo autorizadas a voar na ÁREA
BRANCA, modificarem suas rotas sem autorização do órgão ATC e ingressarem nas
ÁREAS AMARELA ou VERMELHA serão classificadas como HOSTIS e estarão sujeitas
às MPEA.

5.2 ÁREA RESTRITA (AMARELA)

5.2.1 As aeronaves, a seguir relacionadas, serão permitidas na ÁREA AMARELA, desde


que previamente submetidas ao processo de autorização de voo do COMAE:

a) Aeronaves transportando Chefes de Estado, Chefes de Governo e


Soberanos;
b) Aeronaves transportando: Presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado
Federal, Ministro de Estado, Governador do Estado do Rio de Janeiro
e Prefeito da cidade do Rio de Janeiro;
c) Aeronaves da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da
Força Aérea Brasileira (FAB), tripuladas ou não, envolvidas em ações
operacionais do evento;
d) Aeronaves ambulância em serviço;
e) Aeronaves, tripuladas ou não, dos órgãos de segurança pública em
serviço;
f) Aeronaves transportando VIP, assim classificados pela Casa Civil e
pelo Ministério das Relações Exteriores; e
g) Aeronaves militares não envolvidas em ações do G20 Brasil 2024,
realizando procedimentos de chegada ou saída em missões de
transporte aéreo.

5.2.2 Serão previamente autorizadas pelo Comandante do COMAE:

a) Aeronaves de operadores aéreos Classes III, IV-A, IV-B, V e VI,


conforme o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 108,
executando procedimentos de chegada ou partida dos aeródromos da
TMA;
b) Aeronaves de operadores aéreos Classes I, II-A e II-B, DESDE QUE
CUMPRAM resolução específica de outros ÓRGÃOS
GOVERNAMENTAIS ligados à AVIAÇÃO CIVIL e medidas adicionais
de segurança, que satisfaçam, no mínimo, aos seguintes critérios:
Pág.7 AIC N 35/24

1) A aeronave deverá partir de um aeródromo público com Programa


de Segurança Aeroportuária (PSA);
2) Antes do embarque, todos os ocupantes da aeronave (tripulantes e
passageiros, se aplicável) deverão ser submetidos ao Controle de
Acesso do Aeródromo mediante identificação e registro, de acordo
com os procedimentos definidos pela autoridade responsável,
dentre os procedimentos, será compulsória a inspeção por meio de
detector de metais;
3) Durante os procedimentos de embarque, os ocupantes da
aeronave não deverão ter contato com pessoas não inspecionadas,
caso isso ocorra, uma nova inspeção deverá ser realizada;
4) A bagagem das pessoas, que porventura não embarcarem, não
deve ser transportada na aeronave;
5) Toda bagagem será submetida aos procedimentos de inspeção
estipulados pela autoridade responsável;
6) São proibidos para o transporte na bagagem de mão e na bagagem
despachada os itens listados na tabela do Anexo G;
7) O transporte de carga e correio, para os operadores aéreos Classe
II-B, deverá cumprir medidas de segurança relativas à identificação,
aceitação e inspeção de acordo com critérios estabelecidos em
legislação específica da aviação civil;
8) A aeronave deverá estar posicionada dentro da Área Restrita de
Segurança (ARS) do aeródromo antes do embarque dos tripulantes
e, se aplicável, dos passageiros;
9) A aeronave deverá ser submetida às seguintes medidas de
segurança no solo, antes de sua decolagem:
⚫ Inspeção de Segurança da Aeronave: deverá ser realizada pelo
prestador de serviço credenciado, contratado pelo operador
aéreo, toda vez que a aeronave adentrar a ARS do aeródromo,
quando ficar fora de operação por um período superior a 6 (seis)
horas ou quando houver suspeita da ocorrência de acesso
indevido à aeronave;
⚫ Verificação de Segurança da Aeronave: deverá ser executada
pelo operador aéreo antes de todos os voos em que não se
realize a Inspeção de Segurança da Aeronave; e
⚫ Controle de Acesso à Aeronave: o prestador de serviço
credenciado, contratado pelo operador aéreo, deverá realizar a
vigilância constante da aeronave, enquanto na ARS, com a
devida identificação e registro de qualquer pessoa que se
aproxime ou acesse a aeronave com qualquer finalidade.
10) O operador aéreo deverá aplicar medidas de segurança relativas
às provisões de bordo, se aplicável, seguindo procedimentos
estabelecidos em legislação específica da aviação civil; e
11) As aeronaves com origem no exterior, cujos procedimentos de
segurança não atendam a esses critérios deverão efetuar o pouso
em um aeroporto internacional em território brasileiro antes do
ingresso na ÁREA AMARELA, onde serão executados os
procedimentos.
Pág.8 AIC N 35/24

5.2.3: As classes definidas para os operadores aéreos são:


1. Classe I, abrangendo aqueles que realizam serviço aéreo
privado;

2. Classe II, abrangendo aqueles que exploram serviço aéreo


especializado público ou serviço de táxi aéreo, sendo:
a) Classe II-A aqueles que exploram serviço aéreo
especializado público; e
b) Classe II-B aqueles que exploram serviço de táxi aéreo.
3. Classe III, abrangendo os operadores nacionais que
exploram serviço de transporte aéreo público,
exclusivamente de carga ou mala postal (excluindo a
modalidade de táxi aéreo);
4. Classe IV, abrangendo os operadores nacionais que
exploram serviço de transporte aéreo público de passageiros
(excluindo a modalidade de táxi aéreo), sendo:
a) Classe IV-A aqueles que operam aeronave com
capacidade inferior a 30 passageiros; e
b) Classe IV-B aqueles que operam aeronave com
capacidade igual ou superior a 30 passageiros.
5. Classe V, abrangendo os operadores estrangeiros que
exploram serviço de transporte aéreo público internacional
de carga, exclusivamente; e

6. Classe VI, abrangendo os operadores estrangeiros que


exploram serviço de transporte aéreo público internacional
de passageiros.

5.2.4 Todas as aeronaves que voarem na ÁREA AMARELA deverão:

a) Ter seu PVC apresentado e aprovado pelo órgão ATC;


b) Manter comunicações bilaterais em radiotelefonia com o órgão ATC;
c) Possuir equipamento transponder em funcionamento; e
d) Manter o perfil de voo autorizado pelo órgão ATC.

5.2.5 Todas as aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas para a ÁREA


AMARELA ou voarem em desconformidade com as autorizações e instruções recebidas
dos órgãos ATC serão classificadas como HOSTIS e estarão sujeitas às MPEA.

5.3 ÁREA PROIBIDA (VERMELHA)

5.3.1 As aeronaves, a seguir relacionadas, serão permitidas na ÁREA VERMELHA,


desde que previamente submetidas ao processo de autorização de voo do COMAE:

a) Aeronaves transportando Chefes de Estado, Chefes de Governo e


Soberanos;
b) Aeronaves transportando: Presidente do STF, Presidente da Câmara
dos Deputados, Presidente do Senado Federal, Ministro de Estado,
Governador do Estado do Rio de Janeiro e Prefeito da cidade do Rio
Pág.9 AIC N 35/24

de Janeiro;
c) Aeronaves da MB, do EB e da FAB, tripuladas ou não, envolvidas em
ações operacionais do G20 Brasil 2024;
d) Aeronaves ambulância em serviço;
e) Aeronaves, tripuladas ou não, dos órgãos de segurança pública em
serviço; e
f) Aeronaves do operador aéreo responsável pela filmagem oficial do
G20 Brasil 2024.

5.3.2 Todas as aeronaves que voarem na ÁREA VERMELHA deverão:

a) Estar autorizadas pelo Comandante do COMAE;


b) Ter seu PVC apresentado e aprovado pelo órgão ATC;
c) Manter comunicações bilaterais em radiotelefonia com o órgão ATC;
d) Possuir equipamento transponder em funcionamento; e
e) Manter o perfil de voo autorizado pelo órgão ATC.

5.3.3 As aeronaves que se encontrarem em serviço para decolagem imediata em função


de situações de contingência, emergência ou urgência (alerta ou sobreaviso), não
apresentarão PVC ao órgão ATC, contudo, deverão adotar os seguintes procedimentos:

a) Ser previamente submetidas ao processo de autorização de voo do


COMAE;
b) Realizar brifim com o órgão ATC apropriado, com a antecedência
mínima de uma hora antes do início do período de alerta ou
sobreaviso (telefone 21 3398-3100);
c) Informar à Célula de Operações Aéreas do COMAE através de seu
representante na Sala Master (telefones 21 2101-7072 / 21 2101-7073
/ 21 985543804 / 21 985520822) sobre o acionamento da missão,
descrevendo o perfil do voo a ser realizado; e
d) Decolar somente após receber autorização do Comandante do
COMAE e do órgão ATC apropriado.

5.3.4 As aeronaves que descumprirem essas regras e adentrarem a ÁREA VERMELHA


sem autorização do Comandante do COMAE serão classificadas como HOSTIS e
estarão sujeitas às MPEA.

6 APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO DO PLANO DE VOO

6.1 As aeronaves autorizadas a voarem nas áreas de exclusão, durante o período em


que estiverem ativadas, deverão constar da listagem de plano de voo repetitivo (RPL)
atualizada ou apresentar PVC com no mínimo 6 (seis) horas de antecedência via SIGMA
/ FPL BR.

6.2 As aeronaves com origem e/ou destino dentro da ÁREA BRANCA da TMA- RJ que
apresentarem PVC que contenha trecho de voo sob regras de voo VFR, só poderão
apresentar o plano com a antecedência máxima de 24 horas. Neste caso, os operadores
AIS, durante o tratamento do PVC incluirão o endereço telegráfico do APP-RJ,
Pág.10 AIC N 35/24

SBRJZAZX.

6.3 No PVC deverão constar, obrigatoriamente, os aeródromos de alternativa pós-


decolagem, de alternativa em rota e de alternativa de destino, conforme previsto nas
legislações em vigor, e no caso do RPL, esses aeródromos deverão ser informados aos
órgãos ATC.

6.4 A Sala Master de comando e controle, localizada no CGNA, é a responsável pelo


monitoramento dos voos, pela coordenação com o COMAE, com os órgãos de controle
de operações militares principais, com as Células de Operação Local, com os órgãos
ATS e com as Salas AIS.

6.5 A Sala Master de comando e controle, caso necessário, poderá, mesmo cumprindo-
se todos os procedimentos legais para aprovação do voo, interferir no processo de
aprovação, gerando autorizações, suspensões ou cancelamentos.

6.6 Ao CGNA reserva-se o direito de rejeitar as intenções de voo que não atendam aos
requisitos operacionais do evento e aquelas que possam provocar desbalanceamento
nos setores de controle de qualquer TMA ou FIR e ainda as que ultrapassarem as
capacidades declaradas dos aeroportos envolvidos.

7 PROCEDIMENTOS DE SAÍDA E CHEGADA POR INSTRUMENTOS

7.1 A ativação das áreas de exclusão provocará restrições nas operações de pouso e
decolagem em alguns aeródromos da cidade, conforme o anexo. Somente as aeronaves
autorizadas pelo Comandante do COMAE poderão operar nesses aeródromos durante
o período de ativação.

7.2 Os atuais procedimentos de saída e chegada por instrumentos não serão suspensos
e/ou cancelados, apesar das restrições impostas pela criação dessas áreas. Os
procedimentos específicos para desconflitos de tráfego da CAG com as áreas ficará a
critério do APP-RJ.

8 AEROPORTOS E SUAS VOCAÇÕES

8.1 A seleção dos aeroportos foi realizada com base em critérios técnicos. Não
necessariamente todos os aeroportos escolhidos satisfazem a todos os critérios, porém
possuem um conjunto maior de capacidades para atender às demandas do evento.

8.2 Interesse e disponibilidade do administrador aeroportuário, distância da cidade,


infraestrutura nos arredores do aeroporto (vias de acesso, escoamento do trânsito,
acesso rápido a rodovias estaduais e federais), capacidade aeroportuária (número de
vagas para aviação regular doméstica e internacional, aviação geral, aviação militar
envolvida no evento), complexo de pistas (comprimento de pista de pouso e decolagem,
pista de táxi, resistência do piso das pistas e pátios de estacionamento) e serviços de
tráfego aéreo (auxílios à navegação, controle de tráfego aéreo, meteorologia,
comunicações, informações aeronáuticas, procedimentos de subida e descida) são
essenciais para a prestação de um serviço de qualidade aos nossos visitantes durante
os dias em que acontecerem os eventos oficiais do G20 Brasil 2024.

8.3 A seguir são apresentados os aeródromos de destino e de alternativa com as suas


respectivas vocações (segmentos da aviação) em cada cidade, para o G20:
Pág.11 AIC N 35/24

RIO DE JANEIRO

G20 Brasil 2024 Indicativo VIP Internacional Doméstico Geral

Aeródromos de Galeão SBGL


destino Santos Dumont SBRJ

Guarulhos SBGR
Confins SBCF
Aeródromos de Campinas SBKP
alternativa
São José dos
SBSJ
Campos
Cabo Frio SBCB

NOTA: Outros aeródromos poderão ser utilizados como alternativa, desde que haja
coordenação com os órgãos competentes localizados na Sala Master de
Comando e Controle do CGNA.

9 FUNCIONAMENTO DO AEROPORTO SANTOS DUMONT

9.1 Operação permitida somente para as aeronaves regulamentadas pelo RBAC 121
que já obtiveram slot junto à ANAC para a temporada WINTER e para as aeronaves
regulamentadas pelo RBAC 135 que possuam registro junto à ANAC para transporte
regular de passageiros.

9.2 O aeroporto também ficará, prioritariamente, vocacionado às operações das forças


de segurança e de transporte de autoridades autorizadas pelo MRE (VIP).

10 USO DO TRANSPONDER

O transponder é o meio primário de identificação para tráfegos, evoluindo


no espaço aéreo, durante as operações aéreas. Desta forma, somente serão autorizados
os voos de aeronaves que possuam o equipamento a bordo e em funcionamento. Não
serão permitidos voos de aeronaves sem transponder nas áreas de exclusão.

11 ROTAS ESPECIAIS DE AERONAVES E HELICÓPTEROS

11.1 As Rotas Especiais de Aeronaves (REA) e as Rotas Especiais de Helicópteros


(REH) que cruzam as áreas VERMELHAS terão esses segmentos suspensos durante o
período de ativação.

11.2 Serão permitidos voos nas REA e REH dentro da área BRANCA, desde que
respeitadas as regras estabelecidas para a circulação da referida área.

11.3 Somente serão permitidos voos visuais dentro da área AMARELA por meio das
REA e REH. Caso o deslocamento dentro dessas rotas seja interrompido em virtude da
suspensão de algum segmento ou portão, o Controle Rio irá direcionar os tráfegos de
forma a evitarem as áreas

12 MEDIDAS DE SEGURANÇA DE VOO


Pág.12 AIC N 35/24

12.1 Os usuários deverão, além de observar as normas e procedimentos previstos em


legislação, cumprir as regras de voo previstas nos PVC autorizados. Caso haja
necessidade de modificar as regras de voo, as solicitações deverão ser coordenadas
com os órgãos ATC.

12.2 Aeronaves que descumprirem o perfil ou regra de voo prevista, sem a autorização
dos órgãos ATC e/ou entrarem em qualquer uma das aéreas de exclusão sem
permissão, sofrerão as MPEA e serão compelidas a abandonar o espaço aéreo restrito
e/ou efetuar pousos nos aeródromos destinados à aplicação de Medidas de Controle no
Solo (MCS).

12.3 Havendo autorização para utilizar as áreas de exclusão, caso haja qualquer
necessidade de desviar da rota aprovada, é obrigatório que o piloto notifique
imediatamente ao órgão ATC.

12.4 O piloto que julgar que infringirá qualquer das regras estabelecidas para os
espaços aéreos RESERVADOS, RESTRITOS ou PROIBIDOS sem a devida autorização
do órgão ATC deverá afastar-se de imediato das mesmas, entrar em contato com o órgão
ATC e informar a situação, mantendo o código transponder que recebeu originalmente.
Porém, se não obtiver contato, o piloto deverá efetuar chamada na frequência 121.5 MHz
e acionar o código 7600. Os órgãos ATC prestarão sempre todo apoio aos pilotos.

12.5 E não esqueça: NUNCA ENTRE NA ÁREA VERMELHA SEM ESTAR


AUTORIZADO PELO ÓRGÃO ATC.

13 PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELAS AERONAVES EM FALHA DE


COMUNICAÇÕES DURANTE O PERÍODO DE ATIVAÇÃO DAS ÁREAS DE
EXCLUSÃO:

13.1 ANTES DA DECOLAGEM

Ao detectar falha nos equipamentos rádio de bordo durante as fases de


autorização e táxi, o piloto em comando de uma aeronave cujo planejamento de voo
ingresse em área de exclusão não deverá prosseguir com o voo, devendo manter-se na
sua posição de estacionamento ou retornar para ela.

13.2 AERONAVE EM VOO FORA DE UMA ÁREA DE EXCLUSÃO

A aeronave que estiver com falha de comunicações rádio na decolagem,


executando uma saída padrão por instrumento (SID) ou em rota e cujo aeródromo de
destino seja dentro de área de exclusão deverá:

a) Manter-se fora dos limites laterais e/ou verticais da TMA-RJ;


b) Prosseguir para o aeródromo de alternativa pós-decolagem, em rota
ou alternativa de destino, desde que estes não estejam dentro de
uma área de exclusão; e
c) Acionar o código transponder 7600 e executar os demais
procedimentos para falha de comunicações rádio previstos em
legislação.

13.3 AERONAVE NA FASE DE DECOLAGEM DENTRO DA TMA-RJ COM DESTINO


A UM AERÓDROMO FORA DA TMA-RJ

A aeronave que estiver com falha de comunicações rádio na decolagem ou


Pág.13 AIC N 35/24

executando uma SID prosseguirá na subida, devendo satisfazer todas as condições


abaixo:

a) Cumprir rigorosamente o previsto na SID que está sendo


executada;
b) Prosseguir para o aeródromo de destino, de alternativa pós-
decolagem, em rota ou alternativa de destino, desde que estes não
estejam dentro de uma área de exclusão; e

c) Acionar o código transponder 7600 e executar os demais


procedimentos para falha de comunicações rádio previstos em
legislação.

13.4 AERONAVE NA FASE DE DECOLAGEM DENTRO DA TMA-RJ COM DESTINO


A UM AERÓDROMO DENTRO DA TMA-RJ

a) Cumprir rigorosamente o previsto na SID que está sendo executada;


b) Prosseguir para o aeródromo de destino, acionar o código
transponder 7600 e executar os demais procedimentos para falha de
comunicações rádio previstos em legislação;

c) O aeródromo de origem deverá possuir um PSA publicado junto a


ANAC;
d) O PVC foi apresentado e aprovado pelos órgãos ATC e coordenado
junto ao APP da TMA;
e) O equipamento transponder instalado e funcionando;
f) Cumprir rigorosamente o previsto no procedimento de aproximação
por instrumentos que está sendo executado; e
g) Acionar o código transponder 7600 e executar os demais
procedimentos para falha de comunicações rádio previstos em
legislação.
NOTA: a aeronave poderá prosseguir para aeródromo de alternativa
ou outro aeródromo não planejado apenas em caso de emergência,
devendo acionar o código transponder 7700.

13.5 AERONAVE NA FASE DE SUBIDA OU DE VOO NIVELADO

A aeronave que estiver com falha de comunicações rádio executando


uma SID, após os limites laterais e/ou verticais da TMA-RJ, ou em voo nivelado,
deverá:
a) Manter-se fora dos limites da TMA-RJ; e
b) Acionar o código transponder 7600 e executar os demais
procedimentos para falha de comunicações rádio previstos em
legislação.

13.6 AERONAVE NA FASE DE DESCIDA DO VOO

A aeronave que estiver com falha de comunicações rádio e já iniciou a


fase de descida do voo ou está executando uma chegada por instrumentos, antes de
ingressar nos limites laterais e/ou verticais da TMA-RJ, deverá:
Pág.14 AIC N 35/24

a) Prosseguir para o aeródromo de alternativa de destino, devendo este


ser obrigatoriamente fora da TMA-RJ;
b) Acionar o código transponder 7600 e executar os demais
procedimentos para falha de comunicações rádio previstos em
legislação; e
c) Manter-se fora dos limites da TMA-RJ.

13.7 AERONAVE NA FASE DE DESCIDA DENTRO DA TMA-RJ

A aeronave que estiver com falha de comunicações rádio DENTRO DA


ÁREA BRANCA e/ou AMARELA e já iniciou um procedimento de aproximação por
instrumentos poderá prosseguir na aproximação desde que satisfaça todas as
condições abaixo:

a) O aeródromo de origem deverá possuir um PSA publicado junto a


ANAC;
b) O PVC foi apresentado e aprovado pelos órgãos ATC e coordenado
junto ao APP da TMA;
c) O equipamento transponder instalado e funcionando;
d) Cumprir rigorosamente o previsto no procedimento de aproximação
por instrumentos que está sendo executado; e
e) Acionar o código transponder 7600 e executar os demais
procedimentos para falha de comunicações rádio previstos em
legislação.

13.8 NUNCA ENTRE NA ÁREA VERMELHA

13.8.1 Aeronaves EM FALHA DE COMUNICAÇÕES e as NÃO IDENTIFICADAS


sofrerão as MPEA e, caso necessário, poderão sofrer medidas severas, estando sujeitas
às MEDIDAS DE INTERVENÇÃO, PERSUASÃO e DESTRUIÇÃO.

13.8.2 Uma aeronave que estiver sendo INTERCEPTADA deverá imediatamente seguir
as instruções dadas pela aeronave interceptadora em 121.5 MHz e/ou interpretar e
responder aos sinais visuais; se equipada com equipamento transponder, selecionar o
código 7700, no modo 3/A, salvo instruções em contrário do órgão ATC apropriado.

13.8.3 O COMAER RESERVA-SE O DIREITO DE INTERCEPTAR QUALQUER


AERONAVE, A CRITÉRIO DOS ÓRGÃOS DE DEFESA AÉREA OU DAS
AUTORIDADES RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DAS MISSÕES DE DEFESA
AEROESPACIAL.

14 AERONAVES NÃO TRIPULADAS (UAS)

14.1 Serão permitidos voos dentro da área RESERVADA (BRANCA), observando-se


as normas e procedimentos previstos em legislação. A permissão de voo poderá ser
revogada a qualquer momento por solicitação da Autoridade de Defesa Aeroespacial.

14.2 Será criada a Zona de Restrição de Voo (FRZ) da área RESTRITA (AMARELA)
pelo Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), por meio do
Pág.15 AIC N 35/24

Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo por Aeronaves Não Tripuladas


(SARPAS) do DECEA.

14.3 Dentro da área RESTRITA (AMARELA) serão permitidos voos em operações


especiais estabelecidos no Manual do Comando da Aeronáutica (MCA 56-5) e voos
aprovados pelo COMAE.

14.4 Será criada a Zona de Restrição de Voo (FRZ) da área PROIBIDA (VERMELHA)
pelo Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), por meio do
Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo por Aeronaves Não Tripuladas
(SARPAS) do DECEA.

14.5 Dentro da área PROIBIDA (VERMELHA), somente serão permitidos voos


aprovados pelo COMAE.

14.6 Adicionalmente, serão criadas Zonas de Proibição de Voo (NFZ) sobre as áreas
sensíveis definidas pela Polícia Federal, por meio de bloqueio técnico a ser exigido aos
fabricantes.

14.7 As aeronaves que ingressarem dentro de FRZ ou NFZ sem autorização, serão
classificadas como HOSTIS e estarão sujeitas a MPEA, podendo sofrer medidas severas
como intervenção de comando ou destruição.

NOTA: Independente da altitude, tipo de voo e peso da aeronave, somente poderão voar
dentro das FRZ criadas pelo DECEA, aeronaves com cadastro no Sistema de
Aeronaves Não Tripuladas (SISANT) da Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC) e autorização de voo emitida no sistema SARPAS do DECEA.

14.8 Como responsável pelo controle do espaço aéreo brasileiro, o COMAER será o
responsável por solicitar a NFZ aos fabricantes de aeronaves não tripuladas com registro
na ANAC para operar no Brasil.

14.9 As aeronaves autorizadas a voarem nas áreas de exclusão, durante o período em


que estiverem ativadas, deverão constar da listagem disponibilizada pelo COMAE,
respeitando-se os seguintes prazos estabelecidos:

a) Recebimento da listagem de aeronaves aprovadas, por área, pelo


DECEA: 18/10/2024;

b) Solicitação de criação de NFZ com listagem de aeronaves aprovadas:


25/10/2024; e

c) Criação FRZ pelo CRCEA-SE com início do cadastro de aeronaves


autorizadas: 01/11/2024.

14.10 Drones estrangeiros deverão observar as normas em vigor da Agência Nacional


de Telecomunicações (ANATEL), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e por
fim do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

14.11 Maiores informações acerca da operação de aeronaves não tripuladas nas áreas
de exclusão poderão ser obtidas por meio do portal Drone UAS, disponível em:
https://www.decea.mil.br/drone/.

15 DISPOSIÇÕES FINAIS
Pág.16 AIC N 35/24

Esta AIC entra em vigor em 01 de novembro de 2024.

15.1 Esta AIC revoga as AIC N 28/24 e AIC A 23/24 de 30 de setembro de 2024.
15.2 Os casos não previstos serão resolvidos pelo Chefe do Subdepartamento de
Operações do DECEA.
Pág.17 AIC N 35/24

Anexo A - ÁREAS DE EXCLUSÃO - ÁREA RESERVADA

Área denominada BRANCA, definida pelos limites verticais da superfície


ao FL195 e limites laterais definidos pelas projeções da TMA RIO DE JANEIRO, cujas
coordenadas geográficas estão descritas na AIP-Brasil.
Pág.18 AIC N 35/24

Anexo B - ÁREAS DE EXCLUSÃO - ÁREA RESTRITA

Área denominada AMARELA, definida pelos limites verticais da


superfície até o FL195 e limites laterais definidos pelo cilindro com centro nas
coordenadas 22°54'49"S 043°10'18"W com 20 NM de raio.
Pág.19 AIC N 35/24

Anexo C - ÁREAS DE EXCLUSÃO - ÁREAS PROIBIDAS – VERMELHA 1 (MAM)

Definida pelos limites verticais da superfície até o FL195 e limites laterais


definidos pelo cilindro com centro nas coordenadas 22°54'49''S / 043°10'18' W e 4 NM
de raio.
Pág.20 AIC N 35/24

Anexo D - ÁREAS DE EXCLUSÃO - ÁREAS PROIBIDAS – VERMELHA 2


(COPACABANA)

Definida pelos limites verticais da superfície até o FL195 e limites laterais


definidos pelo cilindro com centro nas coordenadas 22°58'02''S / 043°10'44''W
(Copacabana) com raio de 4 NM de raio.
Pág.21 AIC N 35/24

Anexo E - ÁREAS DE EXCLUSÃO - TMA RIO DE JANEIRO

1 ÁREA AREVO

Área denominada AREVO, definida pelos limites verticais do FL150


até o FL190 e limites laterais definidos por um polígono com as seguintes
coordenadas geográficas:

24° 04’ 12” S 043° 53’ 57” W 24° 04’ 00” S 041° 59’ 31” W

24° 33’ 35” S 043° 45’ 04” W 23° 33’ 24” S 042° 09’ 16” W

2 ÁREA ACAV

Área denominada ACAV, definida pelos limites verticais do FL200 até o


FL240 e limites laterais definidos por um polígono com as seguintes coordenadas
geográficas:

24° 04’ 12” S 043° 53’ 57” W 24° 04’ 00” S 041° 59’ 31” W

24° 33’ 35” S 043° 45’ 04” W 23° 33’ 24” S 042° 09’ 16” W
Pág.22 AIC N 35/24

Anexo F - ÁREAS DE EXCLUSÃO - DIAS E HORÁRIOS DE ATIVAÇÃO DAS


ÁREAS DO G20 BRASIL 2024

ÁREA INÍCIO TÉRMINO


BRANCA 17/11/24 - 0300 UTC 21/11/24 - 0259 UTC

ÁREA INÍCIO TÉRMINO


AMARELA 17/11/24 - 0300 UTC 21/11/24 - 0259 UTC

ÁREA INÍCIO TÉRMINO


VERMELHA 1 18/11/24 - 0300 UTC 20/11/24 - 0259 UTC
(MAM)
VERMELHA 2
17/11/24 - 0300 UTC 21/11/24 - 0259 UTC
(COPACABANA)
Pág.23 AIC N 35/24

Anexo G – ITENS PROIBIDOS PARA O TRANSPORTE NA BAGAGEM DE MÃO E


NA BAGAGEM DESPACHADA

CATEGORIA DESCRIÇÃO ITENS


Pistolas, armas de fogo Dispositivos que po- - Armas de fogo de
e outros dispositivos dem ou aparentam po- qualquer tipo, tais
que disparem projéteis. der ser utilizados para como pistolas, revólve-
causar ferimentos gra- res, carabinas, espin-
ves através do disparo gardas.
de um projétil. - Armas de brinquedo,
réplicas ou imitações de
armas de fogo que po-
dem ser confundidas
com armas verdadeiras.
- Componentes de ar-
mas de fogo, excluindo
miras telescópicas.
- Armas de pressão por
ação de ar e gás com-
primido ou por ação de
mola, tais como armas
de paintball, airsoft, pis-
tolas e espingardas de
tiro a chumbo ou outros
materiais.
- Pistolas de sinalização
e pistolas de partida es-
portiva.
- Bestas, arcos e fle-
chas.
- Arma de caça subma-
rina, tais como arpões e
lanças
- Fundas e estilingues.

CATEGORIA DESCRIÇÃO ITENS


Dispositivos neutralizan- Dispositivos destinados Dispositivos de choque
tes. especificamente a ator- elétrico, tais como ar-
doar ou a imobilizar. mas de choque elétrico
e bastões de choque
elétrico.
- Dispositivos para ator-
doar e abater animais.
- Químicos, gases e ae-
rossóis neutralizantes
ou incapacitantes, tais
como spray de pimenta,
gás lacrimogêneo,
sprays de ácidos e ae-
rossóis repelentes de
animais.
Pág.24 AIC N 35/24

CATEGORIA DESCRIÇÃO ITENS


Objetos pontiagudos ou Objetos que, devido à - objetos concebidos
cortantes sua ponta afiada ou às para cortar, tais como
suas arestas cortantes, machados, machadi-
podem ser utilizados nhas e cutelos.
para causar ferimentos - Piolets e picadores de
graves. gelo.
- Estiletes, navalhas e
lâminas de barbear, ex-
cluindo aparelho de bar-
bear e cartucho.
- Facas e canivetes com
lâminas de comprimento
superior a 6 cm.
- Tesouras com lâminas
de comprimento supe-
rior a 6 cm medidos a
partir do eixo.
- Equipamentos de artes
marciais pontiagudos ou
cortantes.
- Espadas e sabres.
- Instrumentos multifun-
cionais com lâminas de
comprimento superior a
6 cm.
CATEGORIA DESCRIÇÃO ITENS
Substâncias e dispositi- Materiais e dispositivos - Munições.
vos explosivos ou incen- explosivos ou incendiá- - Espoletas e fusíveis.
diários. rios que podem ou apa- - Detonadores e esto-
rentam poder ser utiliza- pins.
dos para causar feri- - Réplicas ou imitações
mentos graves ou para de dispositivos explosi-
ameaçar a segurança vos.
da aeronave. - Minas, granadas e ou-
tros explosivos militares.
- Fogos de artifício e ou-
tros artigos pirotécnicos.
- Botijões ou cartuchos
geradores de fumaça.
- Dinamite, pólvora e ex-
plosivos plásticos.
- Substâncias sujeitas à
combustão espontânea.
- Sólidos inflamáveis,
considerados aqueles
facilmente combustíveis
e aqueles que, por
atrito, podem causar
fogo ou contribuir para
Pág.25 AIC N 35/24

ele, tais como pós metá-


licos e pós de ligas me-
tálicas.
- Líquidos inflamáveis,
tais como gasolina, eta-
nol, metanol, óleo diesel
e fluido de isqueiro.
- Aerossóis e atomiza-
dores, exceto os de uso
médico ou de asseio
pessoal, sem que ex-
ceda a quantidade de
quatro frascos por pes-
soa e que o conteúdo,
em cada frasco, seja in-
ferior a 300 ml ou 300 g.
- Gases inflamáveis, tais
como metano, butano,
propano e GLP.
- Substâncias que, em
contato com a água,
emitem gases inflamá-
veis.
- Cilindros de gás com-
primido, inflamável ou
não, tais como cilindros
de oxigênio e extintores
de incêndio.
- Isqueiros do tipo ma-
çarico, independente do
tamanho.

CATEGORIA DESCRIÇÃO ITENS


Ferramentas de traba- Ferramentas que po- - Pés-de-cabra e ala-
lho. dem ser utilizadas para vancas similares.
causar ferimentos gra- - Furadeiras e brocas,
ves ou para ameaçar a incluindo furadeiras elé-
segurança da aeronave. tricas portáteis sem fios.
- Ferramentas com lâ-
mina ou haste de com-
primento superior a 6
cm que podem ser utili-
zadas como arma, tais
como chaves de fendas
e cinzéis.
- Serras, incluindo ser-
ras elétricas portáteis
sem fios.
- Maçaricos.
- Pistolas de cavilhas,
pistolas de pregos e pis-
tolas industriais.
Pág.26 AIC N 35/24

- Martelos e marretas.

CATEGORIA DESCRIÇÃO ITENS


Instrumentos contun- Objetos que podem - Tacos de beisebol,
dentes. causar ferimentos gra- pólo, golfe, hockey, si-
ves se utilizados para nuca e bilhar.
agredir alguém fisica- - Cassetetes, porretes e
mente. bastões retráteis.
- Equipamentos de artes
marciais contundentes.
- Soco-inglês.

CATEGORIA DESCRIÇÃO ITENS


Substâncias químicas, Substâncias capazes de - Cloro para piscinas e
tóxicas e outros itens ameaçar a saúde das banheiras.
perigosos. pessoas a bordo da ae- - Alvejantes líquidos.
ronave ou a segurança - Baterias com líquidos
da própria aeronave corrosivos derramáveis.
- Mercúrio, exceto em
pequena quantidade
presentes no interior de
instrumentos de medi-
ção térmica (termôme-
tro).
- Substâncias oxidantes,
tais como pó de cal,
descorante químico e
peróxidos.
- Substâncias corrosi-
vas, tais como ácidos e
alcaloides.
- Substâncias veneno-
sas (tóxicas) e infecci-
osas, tais como arsê-
nio, cianetos, insetici-
das e desfolhantes.
- Materiais infecciosos,
ou biologicamente peri-
gosos, tais como
amostras de sangue in-
fectado, bactérias ou ví-
rus.
- Materiais radioativos
(isótopos medicinais e
comerciais).

CATEGORIA DESCRIÇÃO ITENS


Outros. Itens proibidos que não - Dispositivos de
se enquadram nas cate- alarme (excluindo dis-
gorias anteriores. positivo de relógio de
Pág.27 AIC N 35/24

pulso e de equipamen-
tos eletrônicos permiti-
dos a bordo).
- Materiais que possam
interferir nos equipa-
mentos das aeronaves
e que não estejam rela-
cionados entre os dispo-
sitivos eletrônicos per-
mitidos, tais como tele-
fone celular, laptop, pal-
mtop, jogos eletrônicos,
pager, que são de uso
controlado a bordo de
aeronaves.

Você também pode gostar