A Parábola Do Semeador

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Mateus 13.1-9.

INTRODUÇÃO
A parábola do Semeador é a primeira dentre as sete proferidas por Jesus às margens da Galileia, e todas
fazem parte do primeiro grupo de discursos feitos por Cristo, registrado em Mateus 13.1-58. Os objetivos
do Mestre nestas exposições eram patentes: combater a oposição dos fariseus ao seu ministério e instruir
seus discípulos concernente à natureza e ao crescimento do reino messiânico.

Nesta parábola, a semente que frutificou foi justamente a que caiu em “boa terra” (v.8). As demais,
perderam-se à “beira do caminho” (v.4), “nos pedregais” (v.5), e entre os “espinhos” (v.7). Há pessoas que,
mesmo entendendo a mensagem divina, não respondem positivamente à pregação do Evangelho (Rm
10.16), seja pela incredulidade e dureza de seu coração (Mc 16.14), ou pela ação do Maligno (2Co 4.4).
Contudo, muitos ouvem e compreendem a mensagem do Reino de Deus, produzindo frutos espirituais. O
ensino central desta parábola é que o Reino de Deus se manifesta a todos os homens, mas nem todos
compreendem sua mensagem.
Jesus sempre foi um semeador da boa semente, a Palavra de Deus. Depois dele, vieram outros. E a muitos
a Palavra transformou. Porém, não a todos.

I. O SEMEADOR
No contexto da parábola em estudo, o semeador é o próprio Cristo. O texto diz: “O semeador saiu a
semear” (v.3). Ler Mt 4.23; 9.35; Lc 8.1. Jesus foi, de modo incansável e exemplar, o primeiro semeador das
Boas Novas.
Por que nem todas as pessoas são transformadas pelo Evangelho?

II. A SEMENTE
 A semente de que Jesus falou na parábola “é a palavra de Deus” (Lc 8.11). Em Mateus 13.19, é
chamada “a palavra do Reino”, isto é, a palavra poderosa que rege o Reino de Deus. Em Marcos
4.14, é denominada “a palavra”, no sentido de inspirada, autêntica, inerrante, infalível, imutável,
indivisível, única, ímpar, soberana, como somente a Escritura Sagrada o é. Ela é viva, eficaz e
penetrante (Hb 4.12). “É o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).
III. EXPLICAÇÃO
 Jesus mencionou quatro tipos de terrenos nos quais a semente é semeada. Isso representa o
coração das pessoas onde semeamos a Palavra de Deus. Jesus ensina nesta parábola que nem
todos são igualmente receptivos à “boa semente”
 O problema não está na semente, e sim no solo. Não está na Palavra de Deus, mas nos diferentes
tipos de coração em que ela pode cair.

1) O terreno “ao pé do caminho” (vv.4,19). CORAÇÃO ENDURECIDO

 Segundo o próprio Jesus, são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e não a entendem, nem se
esforçam para compreendê-la (v.19).
 Na realidade, são negligentes, não se preocupam com os assuntos espirituais, nem com o seu
destino eterno.
 São muitas e maléficas as influências exteriores que se alojam no coração humano e prevalecem na
vida das pessoas.
 Isto permite que as nocivas “aves do céu” (Lc 8.5,12) venham e arrebatem a semente lançada no
coração endurecido, obstinado e resistente ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
 A semente do Evangelho é lançada a todos, mas cai em alguns corações endurecidos. Esses
corações são como um pedaço de terra batida. A semente nem chega a lançar raízes ou a brotar. O
passarinho – Satanás – logo a leva embora.
 Há muitos corações endurecidos. Gente que ouve a Palavra, mas não se sensibiliza. Pessoas que
não são tocadas, que não se arrependem, que não creem e que não são salvas. Alguns corações são
mais duros do que o diamante!

2) O terreno com pedregais (vv.5,6; 20,21). CORAÇÃO IMPULSIVO


 Esse tipo de solo representa a pessoa que de início recebe bem a Palavra de Deus, porém não
persevera na fé em Cristo.
 Todavia, os obstáculos e provações da vida os impedem de crescer e frutificar.
 A semente é aceita, contudo não cria raízes pelo fato de o crente não ter firmeza, nem
perseverança.
 As pedras podem representar tropeços morais, vícios, pecados sedutores e maus hábitos. Algo
muito deplorável neste tipo de terreno é que além dele ser raso, tem pedra por baixo. Há crentes
que na superfície demonstram ser uma coisa, no entanto, interiormente são outra. “Aborreço a
duplicidade”, diz a Escritura (Sl 119.113; Tg 1.8; 4.8).
 As pessoas de coração impulsivo são “fogo de palha”. Elas ouvem, se interessam e se apresentam.
Mas não se verifica uma conversão verdadeira. Por isso, quando chegam os problemas, as lutas e as
provações, elas simplesmente abandonam o caminho.
 Aqueles que passam a frequentar a Igreja por empolgação ou interesse não serão capazes de
agradar a Deus, a menos que mudem de atitude. A semente não pode cair em “terra rasa”. Ela
precisa aprofundar raízes se quiser sobreviver.
 Como filhos e filhas de Deus, passaremos por adversidades. Nosso desafio é permanecer firmes
diante da provação.

3) O terreno cheio de espinhos (v.7; 22) CORAÇÃO DIVIDIDO


 A semente fora bem plantada.
 Diz o texto: “e outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na”. A semente fora
bem plantada, porém o terreno havia sido abandonado por seu dono, as ervas daninhas e os
espinhos multiplicaram-se e sufocaram a planta, tornando-a improdutiva.
 Esses “espinhos” são as preocupações causadas pelo mundo, as cobranças da sociedade ímpia, os
prazeres ilusórios da vida e o engano do acúmulo de riquezas materiais (Mt 13.22; Mc 4.19; Lc
8.14).
 Para algumas pessoas, a maior ameaça à fé não são os problemas, mas as distrações. Jesus
comparou o coração dessas pessoas a um terreno cheio de espinhos.
 A semente chega a lançar raiz e a brotar. Contudo, sufocada pelos espinhos à sua volta, a planta
acaba morrendo.
 Tem gente que perde a bênção não por causa das tribulações, mas por conta dos seus interesses
pessoais. Eles acabam por roubar a primazia que deveria ser dada ao Evangelho.
 Há diferentes tipos de espinho: estudo, carreira, trabalho, tradição, namoro, diversão, dinheiro,
entretenimento, amigos, prazeres… qualquer coisa que colocarmos à frente da vontade de Deus em
nossas vidas. O que está dividindo a sua lealdade a Cristo?

4) O terreno da boa terra (v.8; 23). CORAÇÃO RECEPTIVO


 A “boa terra” acolhe bem a semente porque é macia, funda, limpa, úmida e apropriada. Nela, a
semente, como diz o profeta, “tornará a lançar raízes para baixo e dará fruto para cima” (Is 37.31).
 As pessoas simbolizadas por este tipo de terreno ouvem e entendem a Palavra. Esta não volta vazia;
sempre prospera (Is 55.11).
 Quando a boa semente cai em um coração receptivo, opera maravilhas. Brota, floresce, frutifica.
Produz salvação, vida e paz. Nas palavras de Jesus, há excelência e produtividade. Homens e
mulheres de coração receptivo se tornam abençoados e fontes de bênçãos.

 Você tem um coração receptivo? Está disposto a ouvir o que Deus diz, receber como a verdade para
a sua vida, respeitar e obedecer?
 Você tem um coração disposto a acolher o Evangelho?

 É preciso ouvir, dar atenção, considerar e dar a primazia. Com um coração reto e bom, decidir-se
por Jesus.

CONCLUSÃO

Há milhares de anos e em milhões de corações, a Palavra de Deus tem sido semeada. Bons e maus
resultados têm sido observados. A semente é sempre boa. O problema é o coração.

Examine o seu coração. Veja que tipo de terreno ele tem sido para o Evangelho. Peça ao Senhor que lhe dê
um coração receptivo, já!

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