Dir Penal 1 VC
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Direito Penal
1°VC
MATERIAL ATUALIZADO - 2024
DIREITO PENAL 1° VC
➢ Direito Penal Subjetivo: resume-se no próprio direito de punir do Estado, “jus puniendi”,
que nasce quando alguém viola um bem jurídico penalmente tutelado.
➢ Direito Penal Especial: aplica-se somente a determinadas pessoas, como o caso dos
militares, por exemplo, subordinados ao Código Penal Militar.
• Ordenações Afonsinas: promulgadas em 1446, por D. Afonso V, que vigoraram até 1514.
Seus principais traços eram a crueldade das penas e a inexistência de princípios hoje
• Ordenações Manuelinas: editadas em 1514, por Dom Manuel, pouco se diferenciou das
Ordenações Filipinas, mantendo-se penas cruéis.
• Ordenações Filipinas: datadas de 1603, em razão de medida do Rei Filipe II, subsistiram
até o ano de 1830. Traços marcantes das Ordenações anteriores, todas se orientavam no
sentido de uma ampla e generalizada criminalização, com severas punições, as quais
objetivavam infundir o temor pela punição, além do predomínio da pena de morte, açoite,
amputação de membros, confisco de bens dentre outros.
❖ Código Criminal do Império
Neste período, com o surgimento da Constituição de 1824, seu artigo 179, XVIII determinou a
urgente e necessária elaboração de um Código Criminal, fundado nas sólidas bases da justiça e
equidade.
❖ Período Republicano
Durante o Estado Novo, em 1937, Alcântara Machado apresentou um projeto de Código Penal
Brasileiro, o qual foi sancionado em 1940, passando a vigorar desde 1942, até os dias atuais,
alterado por diversas leis contemporâneas, tendo como principal a Reforma da Parte Geral do
Código Penal em 1984, que humanizou as sanções penais e adotou penas alternativas à prisão.
• Imediata: A Lei.
• Mediata: Costumes e princípios gerais do direito, não podendo o costume criar leis,
apenas complementá-lo auxiliando a interpretação da norma.
❖ Princípio da Legalidade
“Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.
Ou seja, somente a Lei pode tratar de matéria penal, tendo dois princípios como espécies:
➢ Princípio da reserva legal: O agente somente poderá ser processado, se a conduta for
previamente tipificada por Lei como crime (“Não há crime sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal”).
• Princípio da anterioridade: quando se diz “lei anterior” e “previa cominação”, significa dizer
que o crime e a pena devem estar definidos em lei prévia, logo, a lei penal só produz efeitos
a partir de sua entrada em vigor.
Interpretação da Lei Penal e Analogia; A Lei Penal no tempo; Lei mais benigna;
Retroatividade benéfica; Interpretação da Lei Penal.
❖ Analogia
É a aplicação, ao caso não previsto em lei, através da semelhança dos casos. Deve-se
observar que no Direito Penal, somente pode ser utilizada em relação às leis não
incriminadoras, em respeito ao princípio da legalidade.
➢ Analogia “in malam partem”: Analogia de forma maléfica ao réu. Seria aplicar determinada
norma para punir o réu em caso análogo (semelhante), para o qual inexiste lei específica.
➢ Analogia “in bonam partem”: é aquela pela qual se aplica ao caso omisso uma lei
favorável ao réu, reguladora de caso semelhante.
➢ Lei penal temporária: é aquela elaborada com o foco de incidir sobre fatos ocorridos
apenas durante certo período, tendo sua vigência pré-determinada no tempo.
➢ Lei penal excepcional: é aquela elaborada para incidir sobre fatos havidos somente
durante determinadas circunstâncias excepcionais, como situações de crise social,
econômica, guerra, calamidades etc. Geralmente surgem e tem eficácia enquanto durar o
evento que deu causa a sua criação.
As leis temporárias e excepcionais são auto revogáveis, ou seja, não há uma nova lei que
expressamente a revogue.
A revogação da lei, dependendo do seu alcance, pode ser absoluta ou total (ab-rogação), ou
parcial (derrogação).
A revogação pode ser:
➢ Expressa: ocorre quando uma lei indica em seu corpo os dispositivos legais revogados.
➢ Tácita: ocorre no caso em que a lei nova se revela incompatível com a anterior, apesar de
não haver menção expressa à revogação.
❖ Abolitio Criminis
A lei que revoga um tipo incriminador extingue o direito de punir, ou seja, significa a extinção do
crime devido à publicação de lei que extingue o delito anteriormente previsto no ordenamento
jurídico.
No caso de existir condenação transitada em julgado, a abolitio criminis causa os seguintes
efeitos:
• a extinção imediata da pena principal e de sua execução;
• a libertação imediata do condenado preso; e a
• extinção dos efeitos penais da sentença condenatória (exemplo: reincidência, inscrição
no rol dos
• culpados, pagamento das custas etc.).
Vale salientar a situação das leis temporárias e excepcionais, que mesmo após a sua
revogação continua produzindo efeitos para os fatos praticados no seu período de vigência, mesmo
que isso for em malefício ao réu, ocorrendo assim o fenômeno da ultratividade.
❖ Retroatividade Benéfica
artigo 2º do CP: “Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado”
❖ Do Tempo do Crime
Existem três teorias sobre o momento do crime:
➢ Teoria da atividade: considera-se praticado o crime no momento da conduta comissiva ou
omissiva;
➢ Teoria do resultado: admite-se a prática do crime no momento da produção do resultado
lesivo, sendo irrelevante o tempo da conduta;
➢ Teoria mista ou da ubiquidade: considera-se praticado o crime tanto no momento da
conduta quanto no momento do resultado.
artigo 4º do CP: “Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que
outro seja o momento do resultado.” Portanto, o CP adotou a Teoria da Atividade.
➢ Crime continuado: ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,
pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira
de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação
do primeiro.
Acerca do tempo do crime em relação ao crime permanente e crime continuado entende-se:
➢ Crime permanente: mesmo que a conduta tenha se iniciado durante a vigência de uma lei,
e prossiga durante o império de outra, aplica-se a lei nova, ainda que mais severa.
Fundamenta-se o raciocínio na reiteração de ofensa ao bem jurídico, já que a conduta
criminosa continua a ser praticada depois da entrada em vigor da lei nova, mais gravosa.
➢ Crime continuado: mesmo que os fatos anteriores eram punidos por uma lei, operando-se
o aumento da pena por lei nova, aplica-se esta última (lei nova) a toda a unidade delitiva,
desde que sob a vigência continue a ser praticada.
Lugar do Crime
“Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo
ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.” (Teoria da
Ubiquidade ou mista)
L - Lugar
U – Ubiquidade ou mista
T - Tempo
A - Atividade
❖ Extradição
Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum
praticado antes da naturalização ou comprovado envolvimento com tráfico ilícito de
entorpecentes (no último caso, pouco importa o momento da naturalização).
❖ Imunidades Diplomáticas
Entes abrangidos pela imunidade diplomática:
➢ agentes diplomáticos (embaixador, secretários da embaixada, pessoal técnico e
administrativo das representações);
➢ componentes da família dos agentes diplomáticos;
➢ funcionários das organizações internacionais (ONU, OEA etc.) quando em serviço; chefe de
Estado
Prerrogativas: o diplomata é dotado de inviolabilidade pessoal, pois não pode ser preso, nem
submetido a qualquer procedimento ou processo, sem autorização de seu país.
Essas autoridades não podem ser presas em flagrante delito em hipótese alguma, seja
crimes afiançáveis ou inafiançáveis, nem podem ser conduzidas a estabelecimentos policiais
Os Cônsules não gozam de Imunidade Diplomática, somente nos casos de crime funcional
ou atuando no exercício de sua função, passam a ser beneficiados pela imunidade. Se não tiver
relação com a função, não será imune.
❖ Imunidades Parlamentares
Material: “Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos”
Processual ou formal:
➢ Garantia contra a instauração de processo.
➢ Direito de não ser preso, salvo em caso de flagrante por crime inafiançável.
➢ Foro privilegiado.
➢ Imunidade para servir como testemunha.
❖ Contagem de Prazos
artigo 10 do CP: “O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os
meses e os anos pelo calendário comum”.
Não interessa a que horas do dia o prazo começou a correr, considerando-se o dia todo para
efeito de contagem do primeiro dia. Tomemos como exemplo a situação em que Julius comece a
cumprir uma pena às 22h00min de determinado dia. Pela previsão do cômputo do prazo estas 02h
já serão consideradas como o primeiro dia de cumprimento da pena.
➢ Conceito Formal: Considera-se o crime como toda ação ou omissão prevista em uma
norma de natureza penal que descreva a conduta punível e sua respectiva sanção aplicável
ao caso.
➢ Conceito Legal: Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de
reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a
pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de
prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.
A Ação
➢ Ação: em sentido estrito, é um movimento corpóreo, um fazer, um comportamento ativo,
como exemplo, atirar, subtrair, oferecer etc.
➢ Omissão: não define iniciativa; é abstenção de movimento, é o não fazer alguma coisa que
é devida.
➢ Omissivo Impróprio: O agente por uma omissão inicial dá causa a um resultado que
deveria evitar.
Nos termos do art. 13, § 2º do CP, o dever de agir incumbe a quem:
➢ tenha por lei a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:
➢ de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado:
➢ com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado:
Fato Típico
É a conduta que provoca um resultado que se amolda perfeitamente aos elementos constantes
do modelo previsto na lei penal.
São Elementos constitutivos do Fato Típico:
➢ Conduta pode-se entender por conduta a ação ou omissão humana, consciente e
voluntária, que busca um resultado, ou seja, uma finalidade
➢ Resultado seu conceito repousa na ideia de uma modificação do mundo exterior provocada
pelo comportamento humano voluntário, ou seja, a consequência provocada pela conduta
do agente.
➢ Tipicidade: podemos entender a tipicidade como uma operação mental em que se analisa o
fato praticado, verificando, posteriormente, se encontra previsão legal que imponha aquele
fato uma sanção penal.
Nexo Causal
Sujeitos e
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem
lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido.
❖ Superveniência Causal
Artigo 13, § 1º do CP: “...§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto,
imputam-se a quem os praticou”.
Uma pessoa é atingida por disparos de arma de fogo que, internada em um hospital, falece não
em razão dos ferimentos, mas sim queimada por um incêndio que destrói toda a área dos enfermos
e em outro caso imagine um ferido, nas mesmas circunstâncias, que morre durante o trajeto para o
hospital, em face de acidente de tráfego que atinge a ambulância que o transportava
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente
ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Consuma-se,
• o homicídio com a morte da vítima (art. 121);
• a lesão corporal, com a ofensa a integridade corporal ou saúde (art. 129),
• o furto com a subtração da coisa alheia móvel pelo sujeito ativo (art.155)
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Exemplo: O agente descarrega a carga de seu revólver contra a vítima que, atingida, é
socorrida ao hospital, onde por meio de uma intervenção cirúrgica, é salva.
Crimes de atentado: Não é possível que aplicada a norma da tentativa, a pena seja a mesma
do crime consumado. Isso só ocorre nos delitos em que a própria lei, ao descrever a conduta,
equipara a forma tentada à consumada, no que se denomina crimes de atentado.
É o caso do art. 352 do Código Penal: “Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo
submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa”. Neste caso
não se aplica.
Iter Criminis
O Iter Criminis é o conjunto de fases pelas quais passa o agente até chegar à consumação do
delito. O Iter Criminis compreende as seguintes fases:
• cogitação: Nesta fase, o agente está apenas pensando em cometer o crime. Pensamento
não é punível.
❖ Arrependimento Posterior
“Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente,
a pena será reduzida de um a dois terços”
❖ CRIME IMPOSSÍVEL
• Ineficácia absoluta do meio, podemos imaginar que o meio empregado para a prática do
crime é incapaz de produzir o resultado, como no exemplo em que alguém utiliza açúcar
no lugar de veneno para matar alguém.
• Impropriedade absoluta do objeto, sendo que a conduta recaia sobre pessoa ou coisa
absolutamente inidônea para a produção de algum resultado lesivo. Por exemplo,
podemos imaginar a situação em que se tenta matar pessoa já falecida, ou se procura
abortar o feto de mulher que não está grávida.
Dolo e Culpa: Dolo e suas espécies; Culpa e suas espécies; Modalidades de Culpa.
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como
crime, senão quando o pratica dolosamente
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❖ Culpa
Exemplo: motorista do ônibus que não verifica o óleo do sistema de freios ou não substitui os
pneus que estão lisos; deixar arma e remédios ao alcance de crianças e etc.;
• Imperícia: É a falta de aptidão técnica, teórica ou prática para exercer certa profissão ou
atividade. Exemplo: Médico vai curar uma ferida e provoca a amputação de uma perna ou
esquece instrumento cirúrgico no interior do corpo do paciente.
Compensação De Culpa
Não se admite a compensação de culpas, logo, a culpa do agente não é anulada pela
culpa da vítima.
❖ Preterdolo
Dolo no antecedente e culpa no consequente
• culpa consciente ocorre quando o agente não tem a intenção direta de cometer o crime, mas
atua de forma negligente ou imprudente, ignorando o risco que sua conduta representa.
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• Dolo no antecedente e dolo no consequente: exemplo, marido que espanca a mulher até
atingir seu intento, provocando-lhe deformidade permanente
❖ Responsabilidade Objetiva
Responsabilidade objetiva significa que o agente responda pelo resultado ainda que agindo com
ausência de dolo ou culpa.
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Antijuricidade
Contradição entre uma conduta e o ordenamento jurídico. Existem, no próprio ordenamento
jurídico, causas que excluem a antijuricidade. Por exemplo, se o agente pratica o fato em legítima
defesa, ou seja, não sendo fato antijurídico, não há crime.
Alguém se vê obrigado a sacrificar um bem jurídico alheio, protegido pela lei penal, para salvar
um direito ou bem jurídico próprio, ou de outro que está em perigo atual, e cuja existência não foi
provocada por sua vontade.
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• Inexistência de dever legal de enfrentar o perigo: A lei penal não impõe ao detentor de
bem jurídico ameaçado, o dever de enfrentar o perigo, ao contrário do exigido de pessoas
encarregadas de funções que normalmente as colocam em perigo
• Inexigibilidade do sacrifício do bem ameaçado: A lei penal não exige do homem comum,
vez que não tenha o dever de enfrentar o perigo, o sacrifício pacífico e resignado do próprio
bem jurídico.
➢ Legítima Defesa
Exemplo:
O agente discute, chegando às vias-de-fato com seu vizinho que, em dado momento,
ameaçou-lhe. Decorridos alguns dias, encontram-se numa viela mal iluminada, quando o vizinho
lhe aponta algo reluzente; o agente, imaginando ser o dia do acerto de contas da discussão, saca
de um revólver e fere ou mata o vizinho, que na realidade iria pedir-lhe desculpas e fazer as
amizades e, por fim, dar um presente ao agente, cujo embrulho era similar às linhas de um revólver
ou de uma pistola.
O agente não será condenado por lesões corporais ou homicídio, pois se enquadra na
situação de legítima defesa putativa.
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Ocorre quando o sujeito, em razão de sua função ou cargo, pratica um crime por determinação
de lei, regulamento, decreto ou qualquer ato emanado do Poder Público.
Exemplos do estrito cumprimento do dever legal:
O PM que se utiliza da força para deter o criminoso que resiste à prisão ou para impedir fuga de
presos, o fiscal sanitário que é obrigado a violar domicílio e etc.
• Ofendículos: significa que exercita direito regular quem utiliza de aparelhos mecânicos, fios
internos ou maçaneta, bem como a colocação de cacos de vidro ou arames farpados sobre
os muros
• Violência esportiva
• Excesso pelo uso imoderado do meio empregado – hipótese de agente que, após ter
contido o agressor armado de estilete e tê-lo lançado ao chão, continua a golpeá-lo.
❖ Imputabilidade
Imputabilidade é a capacidade de compreender o caráter criminoso do fato e de se orientar de
acordo com esse entendimento. A imputabilidade possui dois elementos:
❖ Embriaguez
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. § 1º
- É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou
força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
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❖ Menores De 18 Anos
Art. 27 – “Os menores de 18 anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às
normas estabelecidas na legislação especial
➢ Emoção E Paixão
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão;
• Emoção é um momento psíquico de forte e repentina comoção ou excitação, que pode
resultar em uma pessoa, a vista de alguém ou pela percepção de algo bom ou ruim.
Exemplo: raiva, medo, ambição, etc.
• Paixão: Sendo uma duradoura e profunda crise psicológica que atinge a integridade do
espírito e do corpo, verificando-se de maneira crônica e de existência mais estáveis.
Somente a emoção pode funcionar como redutor de pena.
• Erro de proibição inevitável (o agente não tinha condições de conhecer a ilicitude do fato
em face das circunstâncias do caso concreto). Exclui a culpabilidade e acarreta a
absolvição.
• O Erro de proibição evitável não exclui a culpabilidade, mas reduz a pena de 1/6 a 1/3
devido persiste a potencial consciência da ilicitude. Nesse caso, embora o sujeito
desconhecesse que o fato era ilícito (não tem a consciência atual da ilicitude), ele tinha
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condições de saber, dentro das circunstâncias, que contrariava o ordenamento jurídico (tem
a potencial consciência da ilicitude).
• A coação moral pode ser resistível, quando a pessoa atua sob influência de ameaça
contra a qual podia resistir. Essa forma de coação não elimina o fato típico, a ilicitude, nem a
culpabilidade. Trata-se de uma circunstância atenuante
• A coação física, que consiste no emprego de força física, exclui a vontade (o dolo e a
culpa), eliminando a conduta. O fato é considerado atípico. É o caso do operador de trilhos
que, amarrado por assaltantes à cadeira, não tem como fazer a mudança de nível dos trilhos
e, assim, não consegue impedir a colisão das locomotivas.
❖ Obediência Hierárquica
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