Sobre A Conclusão
Sobre A Conclusão
Sobre A Conclusão
A primeira coisa a saber é que neste paragrafo se concentra toda a Competência 5 (Elaborar proposta
de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos). Competência essa que
assim como as demais vale de 0 a 200 pontos. Desse modo é preciso lembrar que se você apresentou
duas causas/teses do problema então você terá que apresentar duas propostas de intervenção/solução.
A dica para pleitear os 200 pontos é fazer uma conclusão bem estruturada e detalhada. Para isso é
necessário que você use a seguinte estruturação: AGENTE + AÇÃO + MEIO/MODO + FINALIDADE +
DETALHAMENTO. Essa ordem deve obrigatoriamente acontecer em uma das propostas de
intervenção, ou seja, a conclusão só é considerada completa quando uma das propostas segue a
estrutura acima e a outra apenas AGENTE + AÇÃO + MEIO/MODO + FINALIDADE. Não esqueça que
você deve finalizar o parágrafo com um fechamento, que é relacionar a importância das propostas ou a
finalidade das ações com o contexto apresentado na introdução.
O parágrafo da conclusão deve sempre começar com a retomada do tema, ou seja, você deve
reapresentar o problema aqui, mas só que com outras palavras, de forma parafraseada e com
sinônimos. Sugiro que faça a seguinte coisa, use um termo ou expressão que dê ideia de conclusão,
depois coloque a virgula e apresente uma conjunção conclusiva (Portanto, Assim, Logo, Dessa forma,
Por isso, Assim sendo, Em suma, Pois, Enfim, Em síntese, Por conseguinte, Desse modo, Dessa
maneira, etc). Depois coloque a virgula e comece a seguir a estrutura AGENTE + AÇÃO + MEIO/MODO
+ FINALIDADE + DETALHAMENTO. É necessário pensar bem na hora de fazer a proposta, você tem
que ter consciência de qual das duas você tem mais capacidade de esmiuçar, sugerimos que você
esmiúce a proposta da tese mais forte, que no caso deve ser a tese 2.
Explicando a estrutura:
AGENTE = é quem vai executar essa ação, é o sujeito que fará a ação, sugiro que apresente mais de
um agente (use os termos ‘em parceria’ ou ‘juntamente com’). É preciso escolher bem os agentes.
AÇÃO= é o que será feito, é a solução para o problema.
MEIO/MODO= é a forma como vai ser feito, em parceria com quem será executada essa ação, mostrar
a viabilidade da ação, mostrar o passo a passo da realização da ação.
FINALIDADE = é o que se espera da ação, qual o efeito que ela terá, qual o objetivo da ação.
DETALHAMENTO= aqui você deve escolher um dos 4 elementos anteriores e detalhar esse elemento.
Sugiro sempre que escolham o MEIO/MODO (os corretores gostam mais desse) e esmiúce como essa
ação poderá ser melhor desenvolvida, apresente novas formas e meios de como essa ação pode ser
desenvolvida.
Use termos conectores na hora de apresentar cada um dos 5 ELEMENTOS
Exemplo:
Infere-se, portanto, que é imprescindível a mitigação dos desafios para a capacitação dos
surdos. Para que isso ocorra, o Ministério da Educação e Cultura deva realizar a inserção de P
deficientes auditivos nas escolas, por meio da contratação de intérpretes e disponibilização
de vagas em instituições inclusivas, com o objetivo de efetivar a inclusão social dos 1
indivíduos surdos, haja vista que a escola é a máquina socializadora do Estado. Ademais [...]
AGENTE
AÇÃO
MEIO/MODO
FINALIDADE
DETALHAMENTO
Essa parte que aparece antes do Agente é o que chamamos de retomada do problema. Que
obrigatoriamente deve apresentar uma conjunção conclusiva de forma deslocada, ou seja, entre
vírgulas. Nesta conclusão temos o “..., portanto, ...” que é a nossa conjunção conclusiva. Perceba então
que antes do “portanto” existe uma expressão que serve como tópico frasal da conclusão, essa
expressão tem como objetivo ligar a introdução e o desenvolvimento com a conclusão, logo deve ter um
sentido de fechamento, de encerramento. (sugiro que estudem e analisem as redações nota 1000 de
2018 e 2019, lá tem expressões maravilhosas, umas bem originais).
Ademais, a Escola deve preparar surdos e ouvintes para a convivência harmoniosa, com a P
introdução de aulas de Libras na grade curricular, a fim de uniformizar o laço social e, também,
2
cumprir com a máxima de Nelson Mandela que constitui a educação como segredo para transformar
o mundo. Poder-se-á, assim, visar a uma educação, de fato, inclusiva no Brasil.
OBS: observem que em só uma das propostas apareceu o detalhamento, e neste caso o aluno escolheu
a proposta primeira. O aluno pode escolher qual das soluções será detalhada, sempre será aquela em
que se tem mais facilidade e que você se sente mais capaz de esmiuçar. Percebam que essa frase no
fim da conclusão é que chamamos de fechamento, ele é mais um elemento obrigatório para se obter
nota 1000 e garantir os 200 pontos da C5. Esse fechamento é a relação que o aluno estabelece entre
as finalidades das ações com o contexto da introdução, e assim seu texto fica circular, um argumento
completo, não esqueça q é preciso trazer algum termo do contexto para representá-lo. (sugiro que
sempre usem mesóclises, pois o verbo precisam estar no futuro do presente).
Agora é a sua vez, faça a análise descritiva dos elementos que compõem as conclusões abaixo.
Conclusão 1
Dessa forma, pode-se perceber que o debate acerca da democratização do cinema é imprescindível
para a construção de uma sociedade mais igualitária. Nessa lógica, é imperativo que Ministério da
Economia destine verbas para a construção de salas de cinema, de baixo custo ou gratuitas, nas
periferias brasileiras por meio da inclusão de seu objetivo na base de Diretrizes Orçamentárias, com o
intuito de democratizar o acesso à arte. Além disso cabe às instituições de ensino promover passeios
aos cinemas locais, desde o início da vida escolar das crianças, mediante autorização e contribuição
dos responsáveis, a fim de desconstruir a ideia de elitização da cultura, sobretudo em regiões carentes.
Feito isso, a sociedade brasileira poderá caminhar para completude da democracia no âmbito cultural.
Conclusão 2
Urge, pois, que medidas sejam tomadas com o intuito de se coibir o problema discorrido. Ao Governo
Federal, caberia a ampliação de ambientes comunitários de exibição de filmes no país, a fim de se
democratizar o acesso ao cinema. Para isso, deveria haver não só a redução do valor dos ingressos
nos cinemas já existentes, mas também a expansão de instalações que transmitiriam filmes
gratuitamente em locais afastados dos centros urbanos. Desse modo, em consonância a um dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, propostos pela ONU para 2030, o Brasil mobilizar-se-ia
quanto à redução das desigualdades, tarefa imprescindível na edificação de um Estado Democrático,
de modo a romper com a marginalização das sociedades liminares, verificada desde os Anos Dourados.
Conclusão 3
É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para facilitar o acesso democrático ao cinema no
país. Posto isso, o Ministério da Cultura deve, por meio de um amplo debate entre Estado, sociedade
civil, Agência Nacional de Cinema (ANCINE) e profissionais da área, lançar um Plano Nacional de
Democratização ao Cinema no Brasil, a fim de fazer com que o maior número possível de brasileiros
possa desfrutar do universo dos filmes. Tal plano deverá focar, principalmente, em destinar certo
percentual de ingressos para pessoas de baixa renda e estudantes de escolas públicas. Ademais, o
Governo Federal deve também, mediante oferecimento de incentivos fiscais, incentivar os cinemas a
reduzirem o custo de seus ingressos. Dessa maneira, a situação vivenciada em ‘’Cine Hollywood’’
poderá ser visualizada na realidade de mais brasileiros.
Conclusão 4
É evidente, portanto, que a dificuldade na democratização do acesso ao cinema no Brasil é agravada
por causas corporativas e educacionais. Logo, é necessário que a Secretaria Especial de Cultura do
Ministério da Cidadania torne tais obras mais alcançáveis ao corpo social. Para isso, ela deve
estabelecer parcerias público-privadas com empresas exibidoras de filmes, beneficiando com isenções
fiscais aquelas que provarem, por meio de relatórios semestrais, a expansão de seus serviços a preços
populares para regiões fora dos centros urbanos, de forma que, com maior oferta a um maior número
de pessoas, os indivíduos possam efetivar o seu uso para o lazer e para o seu engrandecimento cultural.
Paralelamente, o Ministério da Educação deve levar o tema às escolas públicas e privadas. Isso deve
ocorrer por meio da substituição de parte da carga teórica da Base Nacional Comum Curricular por
projetos interdisciplinares que envolvam exibição de filmes condizentes com a prática pedagógica e
visitas aos cinemas da região da escola, para que se desperte o interesse do aluno pelo tema ao mesmo
tempo em que se desenvolve sua consciência cultural e cidadã. Nesse contexto, poder-se-á expandir a
ação transformadora da sétima arte retratada em "Na Quebrada", criando um legado duradouro de
acesso à cultura e de desenvolvimento social em território nacional.