5 - Moldagem Com Casquete
5 - Moldagem Com Casquete
5 - Moldagem Com Casquete
questão de meses, a gengiva irá assumir uma ● Menor grau de distorção do molde, devido
posição mais apical, havendo recessão e poste- à pequena quantidade de material de mol-
rior exposição da linha dente-restauração. No dagem utilizada no interior do casquete.
entanto, o fio não é completamente contra-indi-
cado, podendo ser usado em pacientes que tem Materiais de moldagem
periodonto fibroso. A cada 10 pacientes, em mé-
dia 6 tem um periodonto não compatível com o ✤ Materiais de moldagem indicados para a téc-
fio de retração. Nos casos de confecção de RMF nica do casquete:
ou onlays cerâmicas o fio é indicado porque o ● Siliconas;
seu uso se limita às regiões proximais, ou seja,
● Mercaptanas;
às áreas de col, onde há volume de papila (mu-
cosa ceratinizada), visto que na face vestibular a ● Poliéteres.
quantidade de gengiva ceratinizada é reduzida,
além de ser a área estética. Sendo assim, a téc- ✤ Silicones de adição:
nica do casquete foi desenvolvida para preser-
● Possibilita a moldagem em um único tempo
var o nível da inserção gengival do paciente.
(técnica da dupla mistura), pois a massa pe-
OBS: Não se deve anestesiar na inserção do fio, sada sofreu modificações e hoje é mais leve,
pois a dor é parâmetro para saber sobre a a- apresentando alta qualidade, ótima fidelida-
gressividade. de de cópia e estabilidade dimensional. Para
OBS: A eficiência das técnicas é a mesma, o que essa técnica, o material leve deve ser regular,
muda é a agressividade. com consistência semelhante ao pesado, pa-
ra não ser expulso pela expansão do pesado
✤ O casquete respeita as medidas do sulco na hora da polimerização, o que originaria ru-
gengival. Por isso a saia do casquete não é uni- gas. Não precisa da técnica do alívio, o que é
forme, ela é variada ao longo do perímetro. bom, pois evita distorções;
●Composto por base + catalisador. A massa
✤ O segredo do casquete é o domínio das fases pesada tem uma base e um catalisador e a
da resina acrílica. pasta leve também;
● Reação de presa por adição, sem formação
✤ Indicações: de subprodutos;
● Coroa total; ● Excelente estabilidade dimensional em am-
● Pacientes com periodonto fino; biente seco, não sofrendo contração de poli-
merização (desprezível). Pode-se esperar até
● Afastamento mecânico; 7 dias para vazar e permite múltiplos vaza-
● Técnica da transferência. mentos;
● Esperar 1h para vazar, pois a liberação de
✤ Vantagens: hidrogênio do material pode causar bolhas;
● Técnica menos traumática ao periodonto de ● Tempo de trabalho = 2 a 4 minutos e tempo
proteção quando comparada às técnicas de presa = 4 a 6 minutos;
convencionais que utilizam fios afastadores e
soluções hemostáticas; ● Natureza hidrofóbica;
● A desinfecção é feita com hipoclorito de só- permitir que o material de moldagem possa co-
dio 1% ou glutaraldeído 2% por 10 minutos. piar os detalhes desta área.
✤ O coping é feito sobre o troquel de gesso e le- ✤ É importante para relacionar o coping de du-
vado em boca, a fim de conferi se o troquel está ralay metálico ou cerâmico com tecido mole,
fidedigno à condição que existe em boca ou dentes vizinhos e antagônicos.
não (preparo). Para isso, com uma sonda explo-
radora, iremos verificar sua adaptação marginal ✤ Para fazer a transferência no momento ime-
nas margens do preparo. Se não houver nenhu- diatamente posterior à confecção do casquete,
ma fenda ou defeito, significa que o troquel está devem ser feitos os copings de duralay. A trans-
condizente com o preparo e, portanto, o trabalho ferência também pode ser feita com o coping
deu certo. Portanto, o coping de duralay tem a metálico/cerâmica após a primeira etapa labo-
função de validar o troquel obtido. Além disso, o ratorial.
coping também pode ser usado como registro
oclusal, principalmente em casos de trabalhos ✤ Moldar o paciente com triple-tray ou moldeira
múltiplos. Assim, após confecioná-los, os leva- total, com silicone de adição, alginato ou outro
mos em boca e, com uma bolinha de duralay na material de moldagem, estando o coping ou o
sua ponta, pedimos para o paciente ocluir. Isso próprio casquete em boca, para que eles pos-
é feito com todos os dentes a serem preparados sam ser transferidos para o molde. Assim, o ges-
para, depois, haver um registro oclusal quando so é vazado com eles em posição no molde pa-
o modelo for montado em verticulador/articula- ra obtenção do modelo final. Passar vaselina no
dor. Isso ajuda a dar noção para montar prova coping antes de posicioná-lo no dente e passar
de contatos oclusais. cera ao redor do coping no modelo antes de va-
zar o gesso.
✤ Passo a passo:
OBS: Nos casos onde há mais de um dente a ser
● Recorte do troquel; moldado no mesmo arco, os casquetes podem
● Delimitação do término do preparo; ser unidos com barras de resina acrílica e, o con-
junto, removido na moldagem – estabilização.
● Camada de cera utilidade abaixo do térmi-
no do preparo. Remover a cera que eventual- ✤ Moldagem parcial funcional é mais confortá-
mente tenha invadido o término. Se o troquel vel, econômica, rápida e não compromete a
tiver áreas irregulares, cobrir com cera para a qualidade. Conferir a posição com e sem mol-
duralay não ficar retida no troquel; deira em boca, marcar o lado oposto, manter em
● Vaselinar o troquel; posição por 8 minutos e observar perfurações na
moldagem (registro de oclusão – bom).
● Aplicação de duralay pela técnica do pincel;
● Acabamento com brocas, borrachas e dis- OBS: A técnica da moldagem parcial em dois
cos de lixa. Cuidado para não desgastar o passos (reembasamento) tem como desvanta-
troquel; gem a possibilidade de obtenção de um troquel
mais estreito/curto (recuperação elástica do ma-
● Levar em boca;
terial pesado).
● Verificar adaptação marginal do coping no
preparo através da sondagem; ✤ Em casos de coping de duralay, o vazamento
● Registro funcional com o coping. é feito com gesso. Coping metálico/cerâmico é
vazado em acrílico.
✤ Indicado para a técnica de transferência.
OBS: Transferência = Remoção, através da mol- RESUMO
dagem, de alguma coisa do preparo para o ✤ Confecção do casquete:
molde, como o copping ou o casquete.
● Técnica do modelo de gesso: Moldar com
alginato o dente preparado, vazar o gesso ti-
Moldagem de transferência po III no molde, obter o modelo, delimitar no
✤ Objetiva transferir o troquel para o modelo. modelo a linha de chanfro com grafite, fazer
alívio de cera nas paredes axiais do modelo,
vaselinar o modelo, aplicar resina acrílica in-
color com pincel sobre o dente em questão
no modelo para confecção do casquete, con- OBS: As linhas 1 e 3 não podem ser removi-
feccionar o chapéu no casquete, delimitar das (1 garante afastamento gengival e 3 é o
com grafite o término cervical do preparo no stop). A linha 2 some.
casquete, dar acabamento inicial removendo ● Reembasar novamente, se necessário.
excessos, marcar a face vestibular do cas-
quete e provar o casquete em boca;
✤ Pincelamento do adesivo: Pincelar o adesivo
● Técnica da provisória: Remover a provisória, ou base de unha interna e externamente e a-
limpar o cimento dela, enchê-la com alginato guardar o tempo de secagem (adesivo =15 min).
usando hollemback e afundá-la em um pote
dappen com alginato com a cervical voltada ✤ Moldagem: Espatular e inserir o material de
para baixo, deixando um espaço de 5mm moldagem (poliéter – Impregum) no interior do
acima da borda incisal/superfície oclusal. Re- casquete com hollemback. Posicionar e pressio-
cortar o alginato na lateral da provisória, re- nar até a presa final (8 minutos total, 7 em boca).
mover a coroa usando uma pinça, encher o Manter em pressão digital.
espaço com resina acrílica pela técnica do
pincel, remover a cópia da provisória após a ✤ Moldagem parcial funcional: Feita com mol-
presa, jogar na água quente, recortar as pro- deira triple-tray e silicone de adição. Tirar o cas-
ximais (chapéu vira 2 bonés), delimitar com quete após manipular o material leve para apro-
grafite o término cervical do preparo no cas- veitar o afastamento. Obtenção dos modelos
quete, dar acabamento inicial removendo ex- parciais e montagem em verticulador.
cessos, marcar a face vestibular do casquete
e provar o casquete em boca; OBS: Realizada quando se opta por não se rea-
lizar coping. Nesse caso não é feita a moldagem
● Técnica direta (técnica da bola). de transferência, mas sim uma moldagem fun-
cional normal.
✤ Reembasamento: Secar o sulco gengival e lu-
brificar o preparo. Pincelar monômero de duralay ✤ Obtenção dos troqueis: Vazamento do gesso
no sulco gengival e introduzir polímero + monô- tipo IV no molde individual obtido com o cas-
mero de duralay ao redor de todo o término cer- quete. Remover após 1h. Cuidado com bolhas.
vical. Aguardar a resina perder o brilho e, após
30s, posicionar e pressionar o casquete por 1
✤ Confecção do coping em duralay: Não é obri-
minuto e meio, devendo tirá-lo e colocá-lo na
gatório. Feito sobre o troquel obtido. Recortar o
metade desse tempo para evitar retenção. Ao fi-
troquel, delimitar o término do preparo, passar
nalizar o tempo, é feito um novo reembasamen-
uma camada de cera abaixo do término e re-
to, mas dessa vez sem aguardar a perda do bri-
mover a cera que tenha invadido esse. Vaselinar
lho da resina. Reembasar até que se tenha a for-
e acrescentar duralay pela técnica do pincel. Dar
mação da saia contínua ao longo de todo cas-
acabamento e levar em boca para conferência
quete e toda a cópia do término do preparo na
(sondar).
região subgengival.
✤ Moldagem de transferência. Utilizar uma mol-
✤ Acabamento:
deira carregada com um material de molda-
● Demarcar as linhas de referência (1, 2 e 3); gem, como o silicone de adição. Moldar com o
● Recortar os excessos externos à linha 1 com
coping posicionados em boca no preparo, trans-
brocas ou discos de lixa; ferindo-o para o molde. Vazar o gesso com ele
em posição para obtenção do modelo final.
● Remover os excessos internos à linha 3 com
broca esférica PM – alívio de 2mm (espaço OBS: Há a possibilidade de realizar a moldagem
para o material de moldagem); de transferência com o próprio casquete em
boca, ao invés do coping.
● Desgastar o intervalo entre as linhas 2 e 3
(parede gengival) com broca esférica PM, re-
movendo todo o chanfro (linha 2 some);
●Aliviar a linha 3 com broca esférica peque-
na PM (arredondar);