Lei Orgânica - Rio - Claro - SP
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[ÍNDICE SISTEMÁTICO]
PREÂMBULO
O Povo de Rio Claro, invocando a proteção de Deus e inspirado nos princípios constitucionais da União
e do Estado de São Paulo e no ideal de a todos assegurar justiça e bem-estar, promulga, por seus
representantes, a:
Art. 1º É assegurado a todo habitante do Município, nos termos da Constituição Federal, Estadual e Lei Orgânica, o
direito à educação, à saúde, ao lazer, à segurança, à previdência social, à proteção, à maternidade e à infância, à
assistência aos desamparados, ao transporte, à habitação e ao meio ambiente equilibrado.
Art. 2º Todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio de seus representantes eleitos, na forma da
Lei.
Art. 3º O Município de Rio Claro reger-se-á por esta Lei Orgânica, atendendo as normas constitucionais.
Parágrafo único. A soberania popular manifesta-se quando a todos são asseguradas condições dignas de existência
e será exercida:
I - pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto com valor para todos;
II - pelo plebiscito;
III - pelo referendo;
IV - pela iniciativa popular no processo legislativo;
V - pela participação popular nas decisões do Município e no aperfeiçoamento democrático de suas instituições;
VI - pela ação fiscalizadora sobre a administração pública.
TÍTULO II - DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 4º O MUNICÍPIO DE RIO CLARO, unidade da República Federativa do Brasil, com personalidade jurídica de direito
público interno, no pleno uso de sua autonomia política, legislativa, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei
Orgânica.
§ 1º O governo municipal é constituído pelo Poder Executivo e pelo Poder Legislativo, independentes e harmônicos,
vedada à delegação de poderes entre si.
§ 2º O Município será administrado:
I - com transparência dos atos e ações dos seus governantes;
II - com moralidade;
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III - com participação popular nas decisões;
IV - com descentralização administrativa.
§ 3º Esta Lei estabelece normas auto-aplicáveis, excetuadas aquelas que expressamente dependam de outros
diplomas legais e regulamentares.
Art. 5º O Município de Rio Claro tem como cores oficiais o azul e o branco e como símbolo a Bandeira, o Brasão de
Armas, o Hino, o Gabinete de Leitura, o Jardim Público e a Orquídea Cattleya Ioddigesii Lindl, estabelecidos em Lei
Municipal.
Parágrafo único. Nos impressos de todos os Poderes Municipais, além do Brasão Oficial e da Orquídea Cattleya
Ioddigesii Lindl, poderão constar opcionalmente, os logotipos relativos ao Gabinete de Leitura e ao Jardim Público.
Art. 6º O Município de Rio Claro buscará a integração econômica, política, social e cultural com os Municípios da
região, visando a um desenvolvimento harmônico e sadio que garanta a preservação dos valores culturais e naturais e
a existência de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA
Art. 7º Compete ao Município prover a tudo quanto respeite ao seu interesse local, tendo como objetivo o pleno
desenvolvimento de suas funções sociais e garantindo o bem-estar de seus habitantes.
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XVII - estabelecer e impor penalidade por infração às suas leis e regulamentos;
XVIII - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento;
XIX - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e fiscalizar a sua utilização;
XX - estabelecer normas de edificação, de arruamento e de zoneamento urbano e rural, bem como as limitações
urbanísticas convenientes à ordenação de seu território, observadas as normas estadual e federal;
XXI - identificar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade, interditando e determinando sua
recuperação e/ou demolição, após parecer dos órgãos competentes;
XXII - estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de serviços da administração Direta e Indireta,
inclusive as dos seus concessionários;
XXIII - dispor sobre organização, administração e execução dos serviços locais;
XXIV - regular a disposição, o traçado e as demais condições dos bens públicos de uso comum;
XXV - organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao exercício do seu poder de polícia administrativa;
XXVI - organizar os serviços de abastecimento, em especial, mercados, feiras-livres e abatedouros;
XXVII - regulamentar o uso e fiscalizar os locais de práticas esportivas, espetáculos, diversões e lazer públicos.
Parágrafo único. O Município deverá, no que lhe couber, suplementar a legislação federal e estadual.
Art. 9º O Município tem como competência comum com a União e o Estado as seguintes atribuições:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio;
II - prestação de proteção especial à família, à criança, ao adolescente, ao idoso e aos portadores de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos, através de Conselho Municipal próprio, observada a legislação e
ação fiscalizadora federal e estadual;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico,
artístico e cultural;
V - proporcionar meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
VIII - promover e executar programas de construção de moradias populares e garantir, em nível compatível com a
dignidade da pessoa humana, condições habitacionais, saneamento básico e acesso ao transporte;
IX - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores
desfavorecidos;
X - promover a proteção do meio ambiente local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual;
XI - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito e de educação ambiental;
XII - promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.
Art. 10. O Município tem como competência concorrente com a União e o Estado as seguintes atribuições:
I - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de
ensino fundamental;
II - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, assistência integral à saúde da população,
zelando pela sua qualidade;
III - prover sobre a prevenção e extinção de incêndios;
IV - promover a orientação e defesa do consumidor;
V - fiscalizar as condições sanitárias dos locais de vendas ao consumidor e dos gêneros alimentícios, na forma da
Lei;
VI - fazer cessar, no exercício do poder de polícia administrativa, as atividades que violarem as normas de saúde,
sossego público, higiene, segurança, funcionalidade, estética, moralidade e outras de interesse da coletividade;
VII - Conceder licença ou autorização para abertura de estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de
serviços e similares, inclusive definição de horários de funcionamento, sendo de competência exclusiva do município
estas definições quando houver necessidade de escolha e adoção de medidas sanitárias e emergências em casos de
epidemia ou pandemia. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à LOM nº 031, de 24.08.2020)
VIII - conceder licença, autorização ou permissão e respectiva renovação ou prorrogação de direito de pesquisa e de
exploração de recursos hídricos e minerais, em especial os portos de areia e extração de argila, calcário e outros em
seu território, desde que apresentados laudos ou parecer técnico de órgãos competentes, na forma da lei, para provar
que o projeto:
a) não infringe as normas previstas;
b) não acarretará qualquer dano à paisagem, à flora, à fauna ou aos bens públicos;
c) não causará o rebaixamento do lençol freático;
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d) não provocará assoreamento de rios, lagos, lagoas ou represas e nem erosão.
Art. 10.
VII - conceder licença ou autorização para abertura e funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e
similares; (redação original)
Art. 11. O Município tem como competência suplementar criar e organizar a guarda municipal, destinada à proteção de
seus bens, serviços e instalações, de acordo com as leis em vigor.
Art. 12. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal composta de Vereadores representantes do povo,
eleitos no Município em pleito direto, pelo sistema proporcional.
Parágrafo único. A Câmara Municipal de Rio Claro - SP será composta por 19 (dezenove) Vereadores, observados
os limites constitucionais. (NR) (parágrafo com redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à Lei Orgânica nº 026, de
09.02.2015)
Art. 13. Cabe à Câmara Municipal legislar sobre assuntos de interesse local, observadas as determinações e a
hierarquia constitucional, suplementar a legislação federal e estadual e fiscalizar, mediante controle externo, a
administração direta ou indireta, as fundações, os fundos e as empresas em que o Município detenha a maioria do
capital social com direito a voto.
Parágrafo único. Em defesa do bem comum, a Câmara Municipal se pronunciará sobre qualquer assunto de
interesse público.
Art. 14. Os assuntos de competência do Município sobre os quais cabe a Câmara Municipal deliberar com a sanção do
Prefeito são especialmente:
I - legislar sobre assunto de interesse local, inclusive suplementando as legislações federal e estadual, no que couber;
II - legislar sobre o Sistema Tributário Municipal, arrecadação, aplicações das rendas, bem como autorizar isenções,
anistias e incentivos fiscais e a remissão de dívidas;
III - legislar sobre política tarifária;
IV - votar o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias, o orçamento anual, bem como autorizar a abertura de
créditos suplementares e especiais;
V - autorizar a obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem como a forma e os meios de
pagamentos;
VI - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
VII - autorizar a concessão de serviços públicos;
VIII - autorizar, quanto aos bens municipais imóveis:
a) o seu uso, mediante a concessão administrativa ou de direito real;
b) a sua alienação.
IX - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargos;
X - dispor sobre a criação e organização de distritos, mediante plebiscito;
XI - criar, transformar e extinguir cargos, empregos e funções na administração direta, autárquica, fundos, fundações,
empresas públicas e paraestatais, fixando os respectivos vencimentos;
XII - criar, dar estrutura e atribuições às secretarias e órgãos da administração municipal;
XIII - aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento, em especial, planejamento, controle, uso e parcelamento do solo;
XIV - delimitar o perímetro urbano;
XV - legislar sobre denominação de próprios, vias e logradouros públicos;
XVI - deliberar sobre autorização ou aprovação de convênios, a serem celebrados pela Prefeitura Municipal com os
Governos, Federal, Estadual ou de outro Município, entidades de direito público, privado ou particular;
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XVII - normatizar a cooperação das associações representativas no planejamento municipal;
XVIII - votar projetos de lei de iniciativa popular de interesse específico do Município, da cidade, de vilas ou de
bairros, através de manifestação de, pelo menos, 5% (cinco por cento) do eleitorado;
XIX - disciplinar a participação da população junto ao Poder Público Municipal.
XX -Os acordos das dívidas contraídas no mandato em exercício devem ficar condicionados as disposições da Lei
Complementar nº 101 de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). (AC) (inciso acrescentado pelo art. 1º da
Emenda à Lei Orgânica nº 025, de 09.02.2015)
Art. 15. Compete a Câmara Municipal, privativamente, as seguintes atribuições, entre outras:
I - eleger sua Mesa, constituir as Comissões, bem como destituí-las na forma regimental;
II - elaborar seu Regimento Interno;
III - dispor sobre a organização dos seus serviços administrativos internos e seu funcionamento;
IV - movimentar livremente seu orçamento entre as categorias funcionais;
V - prover a criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções de seus servidores e a fixação da
respectiva remuneração;
VI - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito eleitos, conhecer de suas renúncias e afastá-los definitivamente do
exercício dos cargos;
VII - conceder licença aos Vereadores;
VIII - conceder licença ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para afastamento de seu respectivo cargo;
IX - conceder licença ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze) dias;
X - fixar os subsídios dos Vereadores, do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, na forma
estabelecida pela Constituição Federal;
XI - receber e julgar, anualmente, as contas prestadas pela Mesa da Câmara Municipal e pelo Prefeito e apreciar seus
relatórios sobre a execução dos planos de governo;
XII - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os da administração indireta, fundações, fundos e
empresas públicas, acompanhando sua gestão e avaliando seu resultado operacional;
XIII - convocar por si ou qualquer de suas Comissões através de comunicação ao Prefeito Municipal, os secretários
do Município, dirigentes de entidades da administração direta e das empresas públicas, sociedades de economia mista,
autarquias, fundos e fundações públicas para prestar, pessoalmente, informações sobre assuntos previamente
determinados, importando em infração político-administrativa do Prefeito Municipal, a ausência dos convocados sem
justificativa;
XIV - solicitar ao Prefeito Municipal informações sobre atos de sua competência privativa;
XV - requisitar informações ao Secretário do Município, através de notificação ao Prefeito Municipal, sobre assunto
relacionado com sua pasta, importando em infração político-administrativa do Prefeito Municipal a recusa ou o não
atendimento, no prazo de 15 (quinze) dias das informações solicitadas, bem como o fornecimento de informações
falsas;
XVI - deliberar sobre referendo e plebiscito;
XVII - disciplinar a participação da população junto ao Poder Legislativo Municipal;
XVIII - zelar pela preservação de sua competência legislativa face à atribuição normativa de outro poder, sustando os
atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentar, ou os limites da delegação legislativa;
XIX - criar Comissões Especiais de Inquéritos, sobre fato determinado que se inclua na competência municipal,
sempre que as requerer, pelo menos, 1/3 (um terço) de seus membros;
XX - julgar os Vereadores, o Prefeito e o Vice-Prefeito e declarar extintos seus mandatos;
XXI - conceder título de cidadão honorário a pessoas que reconhecidamente tenham prestado serviços ao Município,
mediante decreto legislativo, aprovado pelo voto de, no mínimo, 2/3 (dois terços) de seus membros;
XXII - exercer, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, a fiscalização financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial;
XXIII - convidar o Prefeito Municipal e o Vice-Prefeito Municipal em exercício para prestarem esclarecimentos,
aprazando o dia e a hora para comparecimento.
Parágrafo único. A Câmara Municipal deliberará, mediante resolução, sobre assuntos de sua economia interna e,
nos demais casos de sua competência privativa, por meio de decreto legislativo.
Art. 16. No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º de janeiro, às dez horas, em sessão solene de instalação,
independente de número, os Vereadores, sob a presidência do mais votado dentre os presentes, prestarão
compromisso e tomarão posse.
§ 1º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo no prazo de quinze dias, salvo
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motivo justo aceito pela Câmara Municipal.
§ 2º No ato da posse e ao término do mandato, os Vereadores deverão fazer declaração pública de seus bens, a qual
será transcrita em livro próprio e na ata de posse.
Art. 17. O subsídio dos Vereadores será fixado por lei de iniciativa da Câmara Municipal na forma estabelecida pelo
artigo 29, inciso VI, da Constituição Federal, com a redação dada pelo artigo 2º da Emenda Constitucional nº 25, de 14
de fevereiro de 2000.
§ 1º O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluído o subsídio dos Vereadores e excluídos gastos com
inativos, não poderá ultrapassar a 7% (sete por cento) relativos ao somatório da receita tributária das transferências
previstas no parágrafo 5º do artigo 153 e nos artigos 158 e 159 da Constituição Federal, efetivamente realizado no
exercício anterior, consoante dispõe a Emenda Constitucional nº 25, de 14 de fevereiro de 2000.
§ 2º A Câmara Municipal não gastará mais de 70% (setenta por cento) de sua receita com folha de pagamentos,
incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores, conforme prevê a Emenda Constitucional nº 25, de 14 de fevereiro
de 2000.
Art. 19. Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato na
circunscrição do Município.
Parágrafo único. Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
razão do exercício do mandato, nem sobre provas que lhes confiaram ou sobre elas receberam informações.
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Art. 21. Perderá o mandato o Vereador:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a terça parte das sessões ordinárias ou das reuniões das
Comissões Permanentes, salvo licença ou missão autorizada pela Câmara Municipal;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - por decreto da Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal;
VI - que sofrer condenação criminal com sentença transitada em julgado;
VII - que fixar residência fora do Município.
§ 1º É incompatível com o decoro do Poder Legislativo, além dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso das
prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepção de vantagens indevidas.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VII deste artigo, a perda do mandato será decidida pela Câmara Municipal, por voto
nominal de 2/3 (dois terços) dos Vereadores, mediante provocação da Mesa ou de partido político representado no
Poder Legislativo, assegurada ampla defesa.
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III e VI, a perda será declarada pela Mesa, de ofício ou mediante provocação de
qualquer dos membros da Câmara Municipal ou de partido político nela representada, assegurada ampla defesa.
Art. 23. Nos casos prescritos no parágrafo 1º do artigo anterior, o Presidente convocará imediatamente o suplente.
Parágrafo único. O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de 5 (cinco) dias, salvo motivo justo
aceito pela Câmara Municipal.
Art. 24. No exercício do mandato, o Vereador terá livre acesso às repartições públicas, podendo diligenciar
pessoalmente junto aos órgãos da administração direta e indireta, devendo ser atendido pelos responsáveis, na forma
desta Lei.
Art. 25. Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do mais votado dentre os
presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal, elegerão os componentes da Mesa, que
ficarão automaticamente empossados.
Art. 26. Os membros da Mesa serão eleitos para um mandato de 2 (dois) anos.
§ 1º A eleição far-se-á, em primeiro escrutínio, pela maioria absoluta da Câmara Municipal e, em segundo escrutínio,
por maioria simples.
§ 2º É permitida a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
§ 3º As reuniões e a administração da Casa serão dirigidas pela Mesa eleita.
Art. 27. Na constituição da Mesa assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos
políticos com assento na Câmara Municipal.
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Art. 28. A eleição para a renovação da Mesa realizar-se-á até o dia 15 de dezembro, 2ª Sessão Legislativa (20 Ano de
Mandato) e a posse dos eleitos dar-se-á no dia 10 de janeiro do ano subsequente.
Parágrafo único. O Regimento Interno disporá sobre a forma de eleição e composição da Mesa.
Art. 29. Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara
Municipal, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais, elegendo-se outro
Vereador para completar o mandato.
Parágrafo único. O Regimento Interno disporá sobre o processo de destituição.
Art. 31. Compete à Mesa da Câmara Municipal propor ação direta de inconstitucionalidade.
Art. 32. Independentemente de convocação, a sessão legislativa anual ordinária reunir-se-á de 1º de fevereiro a 15 de
dezembro. (NR) (caput com redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à Lei Orgânica nº 028, de 14.08.2017)
§ 1º A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a votação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias,
da lei orçamentária anual e das denominadas "leis de meio".
§ 2º A Câmara Municipal reunir-se-á em sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes, conforme dispuser o seu
Regimento Interno.
Art. 32. Independentemente de convocação, a sessão legislativa anual ordinária reunir-se-á de 1º de fevereiro a 30
de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro. (redação original)
Art. 33. As sessões da Câmara Municipal serão públicas, salvo deliberação em contrário, tomada por 2/3 (dois terços)
de seus membros, quando ocorrer motivo relevante:
§ 1º As sessões só poderão ser abertas com a presença de, no mínimo, 1/3 (um terço) dos membros da Câmara
Municipal.
§ 2º As sessões extraordinárias serão convocadas pelo Presidente da Câmara Municipal, em sessão ou fora dela, ou
por requerimento subscrito por 2/3 (dois terços) dos Vereadores que a compõem, na forma regimental.
§ 3º O Regimento Interno da Câmara Municipal disciplinará o uso da Tribuna Livre pela população durante as
sessões.
Art. 35. A Câmara Municipal terá Comissões Permanentes e Temporárias constituídas na forma e com as atribuições
previstas no Regimento Interno.
§ 1º Na constituição das Comissões assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos
políticos com assento na Câmara Municipal.
§ 2º Os membros das Comissões Permanentes serão eleitos anualmente com direito à reeleição.
§ 3º Cabe às Comissões Permanentes, dentro da matéria de sua competência:
I - dar parecer em projetos de lei, de resoluções, de decreto legislativo e em todos os outros assuntos submetidos a
sua apreciação, na forma do Regimento Interno;
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II - convocar secretários municipais e dirigentes de autarquias, empresas públicas, de economia mista, fundo e
fundações mantidas pelo Município para prestar informações sobre assuntos de sua pasta ou área de atuação,
previamente determinados, no prazo de 30 (trinta) dias;
III - acompanhar junto à Prefeitura Municipal a elaboração da proposta orçamentária, bem como a sua execução;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das
autoridades ou entidades públicas;
V - zelar pela completa adequação dos atos do Poder Executivo que regulamentem disposições legais;
VI - solicitar o depoimento de autoridades e de qualquer cidadão;
VII - fiscalizar e apreciar programas de obras e planos municipais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer;
VIII - realizar audiências públicas dentro ou fora da sede do Poder Legislativo;
IX - solicitar ao Prefeito Municipal informações sobre assuntos inerentes à administração pública;
X - solicitar pareceres, sempre que julgar necessários, de entidades representativas ou de cidadãos proeminentes,
a título de consulta elucidativa ou técnica;
XI - proceder à vistoria e levantamento nas repartições públicas municipais e entidades descentralizadas, onde
terão livre ingresso e permanência, podendo requisitar de seus responsáveis a expedição de documentos e a prestação
dos esclarecimentos necessários.
§ 4º A recusa ou o não atendimento das convocações previstas no inciso II deste artigo, sem justificativa adequada,
caracterizará responsabilidade, de acordo com a Lei.
Art. 36. As Comissões Especiais de Inquérito terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de
outros previstos no Regimento Interno e serão criadas mediante requerimento de 1/3 (um terço) dos membros da
Câmara Municipal para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, com aprovação do
Plenário e, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público.
§ 1º As Comissões Especiais de Inquérito, além das atribuições previstas no parágrafo 1º do artigo anterior, no que
lhes couber, poderão;
I - proceder a vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais e entidades descentralizadas, onde
terão livre ingresso e permanência;
II - requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestação dos esclarecimentos;
III - comparecer aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali realizando os atos que lhe competirem.
§ 2º No exercício de suas atribuições, poderão, ainda, as Comissões Especiais de Inquérito, através de seu
Presidente:
I - determinar as diligências que reputarem necessárias;
II - tomar o depoimento de quaisquer autoridades, intimar testemunhas e inquiri-las sob compromisso;
III - proceder a verificações contábeis em livros, papéis, documentos dos órgãos da administração direta e indireta.
§ 3º O não atendimento das determinações contidas nos parágrafos anteriores, no prazo estipulado, faculta ao
Presidente da Comissão solicitar, na conformidade da legislação federal, a intervenção do Poder Judiciário para cumprir
a legislação.
§ 4º Nos termos do artigo 3º da Lei Federal nº 1.579, de 18 de março de 1952, as testemunhas serão intimadas de
acordo com as prescrições estabelecidas na legislação penal e, em caso de não comparecimento sem motivo
justificado, a intimação será solicitada ao Juiz Criminal da localidade onde residem ou se encontram, na forma do artigo
218 do Código do Processo Penal.
Art. 37. Durante o recesso, salvo convocação extraordinária, haverá uma Comissão Representativa na Câmara
Municipal, cuja composição reproduzirá, tanto quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária, com
atribuições definidas no Regimento Interno.
Art. 38. A Câmara Municipal terá entre suas Comissões Permanentes a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa
Humana.
Parágrafo único. A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana terá a finalidade de investigar as violações
dos direitos humanos no território do Município, de encaminhar as denúncias a quem de direito e de propor soluções.
Art. 39. A Câmara Municipal terá dentre suas Comissões Permanentes a Comissão de Acompanhamento da Execução
Orçamentária e Finanças.
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Art. 42. A discussão e a votação da matéria constante da Ordem do Dia só poderão ser efetuadas com a presença da
maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
Parágrafo único. A aprovação da matéria colocada em discussão dependerá do voto favorável da maioria dos
Vereadores presentes à sessão, ressalvados os casos previstos nesta Lei.
Art. 43. As Leis Complementares serão aprovadas de acordo com o quorum fixado nesta Lei.
§ 1º Para os fins deste artigo consideram-se Leis Complementares:
I - Código Tributário;
II - Código de Obras;
III - Código de Postura;
IV - Código Sanitário;
V - Plano Diretor de Desenvolvimento;
VI - Política Tarifária;
VII - As que disciplinem a criação de cargos, funções ou empregos públicos; regime único e estatuto dos servidores
municipais.
§ 2º Dependerão do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal a aprovação e a alteração
das seguintes matérias:
I - Matéria Tributária;
II - Código Sanitário;
III - Criação de cargos, funções e empregos da administração direta e indireta, bem como sua remuneração;
IV - Concessão de serviço público;
V - Autorização para obtenção de empréstimo de instituição particular incluída a das autarquias, fundações e
demais entidades controladas pelo Município;
VI - Lei de diretrizes orçamentárias, plano plurianual e lei orçamentária anual;
VII - Aquisição de bens imóveis por doação onerosa ou com encargo;
VIII - Criação, organização, supressão de distritos e sub-prefeituras.
§ 3º Dependerão do voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Municipal a aprovação e alterações
das seguintes matérias:
I - Perda de mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador;
II - Plano Diretor de Desenvolvimento;
III - Zoneamento e direitos suplementares de uso e ocupação do solo;
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IV - Concessão de título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou homenagem;
V - Aprovação de representação solicitando plebiscito para alteração do nome do Município;
VI - Destituição de componentes da Mesa;
VII - Código de Obras e Edificações;
VIII - Rejeição de parecer prévio do Tribunal de Contas;
IX - Concessão de direito real de uso;
X - Alienação de bens imóveis;
XI - Alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos.
Art. 45. Os projetos de leis serão discutidos e votados no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias.
§ 1º Decorrido o prazo do "caput" deste artigo, o projeto irá automaticamente para votação, independentemente de
pareceres.
§ 2º O prazo do "caput" deste artigo não corre no período de recesso.
Art. 46. Compete privativamente ao Prefeito à iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre:
I - Criação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e fundações, bem
como a fixação e aumento da respectiva remuneração;
II - Criação, estruturação e atribuições das secretarias municipais e órgãos da administração pública;
III - Regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores;
IV - Matéria tributária e orçamentária.
Parágrafo único. Projetos de Lei que versem assuntos de questões relevantes e de interesse da coletividade, que
tratem sobre necessidade de divulgação de informações e/ou transparência dos atos da Administração Pública, serão
propostos por 1/3 dos Vereadores, ainda que gere atribuição ao Executivo. (AC) (parágrafo acrescentado pela Emenda
à Lei Orgânica nº 030, de 11.11.2019)
Art. 47. A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação à Câmara Municipal de projeto de lei subscrito por,
no mínimo, 5% (cinco por cento) dos eleitores registrados no Município.
§ 1º A proposta popular deverá conter a identificação dos assinantes, mediante indicação do número do respectivo
título eleitoral e endereço.
§ 2º Os projetos de lei apresentados através da iniciativa popular serão inscritos prioritariamente na Ordem do Dia da
Câmara Municipal.
§ 3º Os projetos serão discutidos e votados no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, garantida a defesa em
plenário por um dos 5 (cinco) primeiros signatários.
§ 4º Decorrido o prazo do parágrafo anterior, o projeto irá automaticamente para votação, independentemente de
pareceres.
§ 5º Não tendo sido votado até o encerramento da sessão legislativa, o projeto estará inscrito para votação na sessão
seguinte da mesma legislatura ou na primeira sessão da legislatura subseqüente.
Art. 49. Nenhuma lei que crie ou aumente despesa pública será sancionada, sem que dela conste à indicação dos
recursos disponíveis, próprios para atender aos novos encargos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a créditos extraordinários.
Art. 50. O Prefeito poderá solicitar que os projetos salvo os de codificação encaminhados a Câmara Municipal,
tramitem em regime de urgência, dentro do prazo de 45 (quarenta e cinco) dias.
Parágrafo único. Se a Câmara Municipal não deliberar naquele prazo, o projeto será incluído na Ordem do Dia,
sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos até que se ultime sua votação.
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Art. 51. O projeto aprovado em um único turno de votação será, no prazo de 10 (dez) dias úteis, enviado ao Prefeito,
que adotará uma das três posições seguintes:
a) sanciona-o no prazo de 15 (quinze) dias úteis, publicando-o imediatamente;
b) deixa decorrer aquele prazo, importando o silêncio em sanção, sendo obrigatória, dentro de 10 (dez) dias, a sua
promulgação pelo Presidente da Câmara Municipal;
c) veta-o total ou parcialmente.
Art. 52. O Prefeito, entendendo ser o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público,
vetá-lo-á, total ou parcialmente, dentro de 15 (quinze) dias úteis, contados da data do recebimento, comunicando,
dentro daquele prazo, ao Presidente da Câmara Municipal, o motivo do veto.
§ 1º O veto deverá ser justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral do artigo, parágrafo, inciso, item ou
alínea.
§ 2º O Prefeito, sancionada a matéria não vetada, deverá encaminhá-la para publicação.
§ 3º A Câmara Municipal deliberará sobre a matéria vetada, em um único turno de discussão e votação, dentro do
prazo de 30 (trinta) dias de seu recebimento. O quorum para rejeição do veto obedecerá aos seguintes critérios:
a) maioria absoluta, quando a matéria votada dependeu de maioria simples para aprovação;
b) 2/3 (dois terços), quando a matéria votada dependeu de maioria absoluta ou quorum qualificado de 2/3 (dois
terços).
§ 4º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo anterior, o veto será incluído na Ordem do Dia da
sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 5º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, para que sancione a lei em 48 (quarenta e oito) horas
e, caso não ocorra, deverá fazê-lo o Presidente da Câmara Municipal, imediatamente.
§ 6º A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara Municipal.
§ 7º A lei será promulgada pelo Presidente da Câmara Municipal em decorrência de:
a) sanção tácita pelo Prefeito Municipal, prevista na letra "b" do artigo 51 ou no caso de rejeição do veto total
quando tomará um número em sequencia aos existentes;
b) veto parcial, tomará o mesmo número já dado à parte não vetada.
Art. 53. Os prazos para a discussão e votação dos projetos de lei, assim como para o exame de veto, não correm no
período de recesso.
Art. 54. A matéria constante do projeto de lei rejeitado ou não sancionado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos projetos de iniciativa do Prefeito Municipal, que serão
sempre submetidos à deliberação da Câmara Municipal.
Art. 55. As proposições destinadas a regular matéria político-administrativa de competência exclusiva da Câmara
Municipal são:
a) decreto legislativo, de efeito externo;
b) resolução, de efeito interno.
Parágrafo único. Os projetos de decreto legislativo e de resolução, aprovados pelo Plenário, em um só turno de
votação, serão promulgados pelo Presidente da Câmara Municipal.
Art. 56. O Regimento Interno da Câmara Municipal disciplinará os casos de decreto legislativo e de resolução, cuja
elaboração, redação, alteração e consolidação serão feitas com observância das normas técnicas relativas às leis.
Art. 57. Compete à Procuradoria Judicial da Câmara Municipal exercer representação judicial, consultoria e
assessoramento técnico-jurídico do Poder Legislativo.
Parágrafo único. A Mesa da Câmara Municipal, através de projeto de resolução, proporá a organização da
Procuradoria Judicial, disciplinando sua competência e dispondo sobre o ingresso na classe inicial de assessor-técnico
legislativo, mediante concurso público de provas e títulos.
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Art. 58. Obedecendo às normas regulamentares, o Município organizará a sua contabilidade, registrando atos, fatos e
documentos ligados à sua administração financeira, orçamentária, patrimonial e industrial, para controle da fiscalização
interna do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
Art. 59. A despesa somente será ordenada ou realizada com existência de recursos orçamentários ou crédito votado
pela Câmara Municipal.
Art. 60. A despesa com pessoal ativo e inativo ficará sujeita aos limites estabelecidos na lei complementar a que se
refere o artigo 169 da Constituição Federal.
Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, criação de cargos ou a alteração
de estrutura de carreira, bem como admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária, suficiente para atender as projeções de despesa de pessoal e os
acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.
Art. 61. O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento do bimestre, relatório resumido da
execução orçamentária, bem como apresentará, trimestralmente, ao Poder Legislativo, a caracterização sobre o
Município, suas finanças, por unidade orçamentária, devendo constar do demonstrativo:
I - as receitas e despesas da administração direta e indireta;
II - os valores ocorridos desde o início do exercício até o último mês do trimestre objeto da análise financeira;
III - a comparação mensal entre os valores do inciso II acima com seus correspondentes previstos no orçamento, já
atualizados por suas alterações;
IV - as previsões atualizadas de seus valores até o final do exercício financeiro.
§ 1º Até 10 (dez) dias antes do encerramento do prazo de que trata este artigo, as autoridades nele referidas
remeterão ao Poder Executivo as informações necessárias.
§ 2º A Câmara Municipal organizará a sua contabilidade e procederá, na forma e nos termos deste artigo, publicando
seus relatórios e balanços.
Art. 62. As disponibilidades de caixa do Município serão depositadas em instituições financeiras oficiais, instaladas no
Município, ressalvados os casos previstos em lei.
Art. 63. O Prefeito Municipal fará publicar, diariamente, por edital afixado na Prefeitura e na Câmara Municipal, em local
visível ao público, o movimento de caixa do dia anterior e enviará mensalmente o balancete da receita e despesa ao
Poder Legislativo.
Art. 64. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade e aplicação das subvenções e
renúncia de receita será exercida pela Câmara Municipal com auxílio do Tribunal de Contas do Estado.
§ 1º Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade de utilidade que arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiro, bens, valores públicos ou pelos quais o Município responda.
§ 2º Os órgãos e pessoas que recebem dinheiro ou valores públicos ficam obrigados à prestação de contas de sua
aplicação ou utilização nos prazos e na forma que a lei estabelecer.
Art. 65. O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do
Estado, cabendo-lhe:
I - apreciar as contas anualmente prestadas pelo Poder Executivo, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado
em 60 (sessenta) dias a contar do seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público
Municipal e as contas daqueles que derem causa e perda, extravio ou outra irregularidade que resulte em prejuízo ao
erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão do pessoal, a qualquer título, na administração
direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, excetuadas as nomeações
para cargo de provimento em comissão;
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IV - realizar, por iniciativa própria da Câmara Municipal, de Comissão Técnica ou de Inquérito, inspeções e auditoria
de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e demais entidades referidas no inciso II.
Art. 66. As contas do Município ficarão durante 60 (sessenta) dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte,
para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei.
Parágrafo único. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidade perante o Tribunal de Contas do Estado ou à Câmara Municipal.
Art. 67. O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado pelo Vice-Prefeito, Secretários
Municipais, Diretores e os responsáveis pelos órgãos da administração direta e indireta.
Parágrafo único. É assegurada a participação popular nas decisões do Poder Executivo.
Art. 68. O Prefeito e o Vice-Prefeito Municipal tomarão posse na sessão solene de instalação da Câmara Municipal, no
dia 1º de janeiro do ano subseqüente à eleição e prestarão compromisso de cumprir e fazer cumprir as Constituições
Federal, Estadual, a Lei Orgânica do Município e demais legislações em vigor.
§ 1º Se decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito Municipal, salvo motivo de
força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
§ 2º O Prefeito e o Vice-Prefeito Municipal deverão fazer declaração pública de bens, no ato da posse e ao término do
mandato.
§ 3º O Prefeito e o Vice-Prefeito Municipal ficam impedidos de assumir o respectivo cargo caso não cumpram a
exigência do parágrafo anterior.
Art. 69. O Prefeito e o Vice-Prefeito Municipal deverão desincompatibilizar-se desde a posse, não podendo, sob pena
de perda do cargo:
I - Firmar, manter em nome próprio ou possuir qualquer grau de parentesco em linha reta ou colateral, inclusive
conjugal, com pessoa que mantenha contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista, fundo, fundação, ou empresa contratada para realização de serviços ou obras para o
Poder Público Municipal; (NR) (inciso com redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à Lei Orgânica nº 021, de
11.06.2012)
II - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas
entidades constantes do inciso anterior, ressalvada a posse em virtude de concurso público;
III - ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo;
IV - patrocinar causas em que sejam interessadas quaisquer das entidades referidas no inciso I;
V - Ser proprietário, controlador ou diretor de empresa ou possuir qualquer grau de parentesco em linha reta ou
colateral, inclusive conjugal, com pessoa que o seja, e que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de
direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, fundo, fundação ou empresa concessionária
de serviço público ou nela exercer função remunerada. (NR) (inciso com redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à
Lei Orgânica nº 021, de 11.06.2012)
Parágrafo único. Ao Vice-Prefeito Municipal, desde que não esteja no exercício do cargo de Prefeito Municipal, fica
garantido o exercício de função em cargo de confiança do Prefeito Municipal.
Art. 69.(...)
I - firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de
economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas
uniformes;
V - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa
jurídica de direito público ou nela exercer função remunerada.
Parágrafo único.(...) (redação original)
Art. 70. O Prefeito Municipal e quem o houver sucedido ou substituído no curso do mandato poderão ser reeleitos para
um único período subseqüente.
Art. 71. Para concorrer a outro cargo, o Prefeito Municipal deve renunciar ao mandato até 6 (seis) meses antes do
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pleito.
Art. 72. O Prefeito Municipal será substituído no caso de impedimento, e sucedido, na vaga ocorrida após a posse, pelo
Vice-Prefeito Municipal.
Parágrafo único. O Vice-Prefeito Municipal auxiliará o Prefeito Municipal sempre que por ele convocado para
missões especiais, destinando-lhe gabinete na Prefeitura Municipal.
Art. 73. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito Municipal, nos primeiros 3 (três) anos de período governamental,
assumirá o Presidente da Câmara Municipal e far-se-á eleição 90 (noventa) dias depois de aberta a última vaga.
Art. 74. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito Municipal, ou vacância dos respectivos cargos, no
último ano do período governamental, assumirá o Presidente da Câmara Municipal.
Parágrafo único. Em qualquer dos dois casos, seja havendo eleição, ou ainda, assumindo o Presidente da Câmara
Municipal, os sucessores deverão completar o período de governo restante.
Art. 75. O Prefeito e Vice-Prefeito Municipal não poderão, sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se do Município,
sob pena de perda do cargo:
I - O Prefeito Municipal não poderá se ausentar por período superior a 15 (quinze) dias.
II - O Vice-Prefeito Municipal não poderá se ausentar por período superior a 30 (trinta) dias.
Art. 77. Os subsídios do Prefeito e do Vice-Prefeito Municipal e dos Secretários Municipais, serão fixados por lei da
iniciativa da Câmara Municipal na forma estabelecida pelo artigo 29, inciso V, da Constituição Federal, com a redação
dada pelo artigo 2º da Emenda Constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998.
Art. 78. O Prefeito e o Vice-Prefeito Municipal deverão residir no Município de Rio Claro.
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das obras de serviços municipais;
XII - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
XIII - celebrar convênios com prévia autorização legislativa;
XIV - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, nos termos desta Lei;
XV - realizar operações de crédito autorizadas pela Câmara Municipal;
XVI - praticar os demais atos de administração, nos limites da competência do Executivo;
XVII - subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital de sociedade de economia mista ou de empresa
pública, desde que haja recursos hábeis, mediante autorização da Câmara Municipal;
XVIII - dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha subscrito, adquirido, realizado ou
aumentado, mediante autorização da Câmara Municipal;
XIX - delegar, por decreto, à autoridade do Executivo, funções administrativas que sejam de sua exclusiva
competência;
XX - enviar a Câmara Municipal, dentro dos prazos fixados nesta Lei Orgânica, projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual;
XXI - enviar à Câmara Municipal projeto de lei sobre o regime de concessão de serviços públicos;
XXII - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, até 31 de março de cada ano, a sua prestação de contas e à da
Mesa da Câmara Municipal, bem como os balanços do exercício findo;
XXIII - colocar à disposição da Câmara:
a) dentro de 15 (quinze) dias de sua requisição, as quantias que devem ser gastas de uma só vez, observados os
limites do duodécimo;
b) até o dia 20 (vinte) de cada mês, a parcela correspondente ao duodécimo de sua dotação orçamentária.
XXIV - comunicar ao Cartório de Registro de Imóveis as denominações e alterações de vias e logradouros públicos;
XXV - aprovar, através do departamento competente, projetos de edificações, planos de parcelamento do solo,
arruamento e zoneamento urbano;
XXVI - decretar estado de emergência ou de calamidade pública;
XXVII - propor ação direta de inconstitucionalidade;
XXVIII - exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica;
XXIX - decretar e fazer intervenção nas autarquias, fundações, empresas concessionárias e permissionárias dos
serviços públicos;
XXX - dispor sobre a estruturação, organização e funcionamento da administração municipal;
XXXI - prestar, dentro de 15 (quinze) dias, as informações solicitadas pela Câmara Municipal, e dentro de 30 (trinta)
dias as solicitadas pelos Conselhos e/ou Entidades Representativas de Classe ou Trabalhadores do Município,
referente aos negócios públicos do Município;
XXXII - convocar extraordinariamente a Câmara Municipal no recesso legislativo;
XXXIII - administrar os bens e rendas municipais, promover o lançamento, a fiscalização e a arrecadação de tributos;
XXXIV - propor a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;
XXXV - solicitar auxílio da polícia do Estado para garantia de cumprimento de seus atos;
XXXVI - Enviar projeto de lei â Câmara fixando as tarifas de água e esgoto e, os preços de serviços cobra dos pelo
DAAE - Departamento Autônomo de Água e Esgoto para vigir em 19 de julho de cada ano; (NR) (inciso com redação
estabelecida pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.527, de 30.12.1992)
XXXVII - publicar, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária.
Art. 80. São crimes de responsabilidade os atos do Prefeito Municipal que atentarem contra a Constituição Federal,
Constituição Estadual e as infrações instituídas em lei e, especialmente:
I - a existência do Município;
II - o livre exercício da Câmara Municipal e dos Conselhos;
III - o exercício de direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a probidade da administração;
V - a lei orçamentária;
VI - o cumprimento das leis e decisões judiciais.
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Art. 81. As infrações político-administrativas do Prefeito Municipal serão submetidas a exame da Câmara Municipal.
§ 1º Consideram-se infrações político-administrativas:
a) não prestar a Câmara Municipal, dentro de 15 (quinze) dias, as informações solicitadas;
b) deixar de cumprir o disposto no inciso X e XXIII, do artigo 79, desta Lei Orgânica;
c) impedir o funcionamento regular da Câmara Municipal;
d) impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar dos arquivos da
Prefeitura Municipal, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por comissão de investigação da Câmara
Municipal ou auditoria regularmente instituídas;
e) retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa finalidade;
f) deixar de apresentar a Câmara Municipal, no devido tempo, em forma regular, a proposta orçamentária;
g) descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;
h) praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência e omitir-se na sua prática;
i) omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesse do Município, sujeitos à administração
da Prefeitura Municipal;
j) ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido por lei, ou afastar-se das funções, sem autorização da
Câmara dos Vereadores;
k) proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.
§ 2º As infrações político-administrativas previstas no parágrafo anterior serão apuradas por Comissão Especial de
Vereadores e punidas com cassação de mandato, se procedentes.
Art. 82. Os secretários municipais, auxiliares diretos e de confiança do Prefeito Municipal, serão responsáveis pelos
atos que praticarem ou referendarem no exercício do cargo.
Art. 83. Os secretários farão declaração pública de bens, no ato da posse e no término do exercício do cargo, e terão
os mesmos impedimentos estabelecidos para os Vereadores, enquanto permanecerem em suas funções.
§ 1º O Secretário não poderá: (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à Lei Orgânica nº 021, de
11.06.2012)
I - Firmar, manter em nome próprio ou possuir qualquer grau de parentesco em linha reta ou colateral, inclusive
conjugal, com pessoa que mantenha contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista, fundo, fundação, ou empresa contratada para realização de serviços ou obras para o
Poder Público Municipal;
II - Ser proprietário, controlador ou diretor de empresa ou possuir qualquer grau de parentesco em linha reta ou
colateral, inclusive conjugal, com pessoa que o seja, e que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de
direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, fundo, fundação ou empresa concessionária
de serviço público ou nela exercer função remunerada.
§ 2º Para concorrerem a cargos eletivos, os secretários municipais deverão desincompatibilizar-se até 6 (seis) meses
antes do pleito. (Nota) (Este é o original parágrafo único, renumerado para § 2º, de acordo com o acréscimo do
parágrafo anterior.)
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Art. 85. Poderão ser criados, por iniciativa do Prefeito Municipal e aprovados pela Câmara Municipal, Distritos,
Administrações Regionais ou equivalentes.
Art. 86. Os Distritos ou equivalentes têm função de descentralizar os serviços da Administração Municipal,
possibilitando maior eficiência e controle por parte da população beneficiária.
Art. 87. As atribuições serão delegadas pelo Prefeito Municipal, nas mesmas condições dos secretários e diretores de
departamento ou responsáveis pelos órgãos da administração direta e indireta.
Art. 88. A Procuradoria Geral do Município é instituição de natureza permanente, essencial à Administração Pública
Municipal, responsável, direta ou indiretamente, pela advocacia do Município e pela assessoria e consultoria jurídica do
Poder Executivo, sendo orientada pelos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse público.
Art. 90. Vinculam-se à Procuradoria Geral do Município, para fins de atuação uniforme e coordenada, os órgãos
jurídicos das autarquias, fundações e os de regime especial, bem como a assistência judiciária gratuita do Município e o
Órgão de Defesa do Consumidor.
Art. 91. As autoridades municipais ficam obrigadas a prestar informações e fornecer certidões, documentos e tudo o
que for solicitado pela Procuradoria Geral.
Art. 92. A administração pública direta, indireta e fundacional, empresas públicas e de economia mista de qualquer dos
poderes do Município, obedecerão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
razoabilidade, finalidade, motivação, interesse público, transparência e participação popular.
Art. 93. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas da administração pública direta, indireta,
fundações, e órgãos controlados pelo Poder Público, ainda que custeadas por entidades privadas, deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social e será realizada de forma a não abusar da confiança do cidadão, não
explorar sua falta de experiência ou de conhecimento e não se beneficiar de sua credibilidade.
§ 1º É vedada a utilização de nomes, símbolos, sons e imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades
ou servidores públicos.
§ 2º A publicidade a que se refere este artigo somente poderá ser realizada após aprovação pela Câmara Municipal
de plano anual de publicidade, que conterá a previsão de seu custo e de seus objetivos, na forma da lei.
§ 3º A veiculação da publicidade a que se refere este artigo é restrita ao território do Município, exceto aquelas
inseridas em órgãos de comunicação impressos de circulação nacional.
§ 4º O Poder Executivo publicará e enviará ao Poder Legislativo e aos Conselhos, no máximo 30 (trinta) dias após o
encerramento de cada trimestre, relatório completo sobre os gastos publicitários da administração direta, indireta,
fundações e órgãos controlados pelo Poder Público, na forma da Lei.
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§ 5º As empresas públicas municipais que sofrem concorrência de mercado deverão restringir sua publicidade ao seu
objetivo social, não estando sujeitas ao que é determinado nos parágrafos segundo e terceiro deste artigo.
§ 6º Verificada a violação ao disposto neste artigo, cabe a Câmara Municipal, por maioria absoluta, determinar a
suspensão imediata da propaganda e publicidade.
§ 7º O não cumprimento do disposto neste artigo implica em responsabilidade, sem prejuízo da suspensão e da
instauração imediata de procedimento administrativo para sua apuração.
Art. 94. Os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão dos direitos políticos, na perda da função
pública, na indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação prevista em lei, sem prejuízo da
ação penal cabível.
Art. 95. Os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízo ao
erário, serão os fixados em lei federal, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
Art. 96. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos, responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros.
Art. 97. Os órgãos da administração direta e indireta ficam obrigados a constituir Comissão Interna da Prevenção de
Acidentes - CIPA e, quando assim o exigirem suas atividades, Comissão de Controle Ambiental, visando a proteção da
vida, do meio ambiente e das condições de trabalho dos seus servidores, na forma da lei, assegurando o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Art. 98. A criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou extinção das sociedades de economia
mista, das empresas públicas e, no que couber, das autarquias e fundações, bem como a alienação das ações das
empresas nas quais o Município tenha participação, depende de prévia aprovação, por 2/3 (dois terços), da Câmara
Municipal.
Art. 99. As leis e atos administrativos externos deverão ser afixados na sede do órgão e publicados no órgão oficial do
Município, quando existir, ou nos órgãos de imprensa local, para que produzam os seus efeitos regulares.
§ 1º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida. § 2º Os atos de efeitos externos só
produzirão efeitos após sua publicação.
§ 3º A escolha do órgão de imprensa para divulgação das leis e atos municipais deverá ser feita por licitação, em que
se levarão em conta não só as condições de preço como as circunstâncias de frequência, horário, tiragem e
distribuição.
Subseção II - Do Registro
Art. 100. O Município de Rio Claro terá os livros que forem necessários aos seus serviços e, obrigatoriamente, os de:
I - Termo de compromisso e posse;
II - Declaração de bens;
III - Atas das sessões da Câmara Municipal;
IV - Registro de leis, decretos, resoluções, regulamentos, instruções e portarias;
V - Cópia de correspondência oficial;
VI - Protocolo, índice de papéis e livros arquivados;
VII - Licitações e contratos para obras e serviços;
VIII - Contratos de servidores;
IX - Contratos em geral;
X - Contabilidade e finanças;
XI - Concessões e permissões de bens móveis e serviços;
XII - Tombamento de bens imóveis;
XIII - Registro de loteamentos aprovados.
§ 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito Municipal e pelo Presidente da Câmara Municipal,
conforme o caso, ou por funcionário designado para tal fim.
§ 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou outro sistema, convenientemente
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autenticado.
§ 3º Os livros, fichas ou outro sistema, estarão abertos a consultas de qualquer cidadão, bastando, para tanto,
apresentar requerimento.
Art. 101. Os atos administrativos de competência do Prefeito Municipal devem ser expedidos com observância das
seguintes normas:
I - DECRETO NUMERADO em ordem cronológica nos seguintes casos:
a) regulamentação de leis;
b) instituição, modificação e extinção de atribuições não privativas de lei;
c) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado por lei, assim como de créditos
extraordinários;
d) declaração de utilidade ou necessidade pública, ou de interesse social, para efeito de desapropriação ou de
servidão administrativa;
e) aprovação de regulamento ou de regimento;
f) permissão de uso de bens e serviços municipais;
g) medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvimento do Município;
h) criação, extinção, declaração ou modificação de direitos dos administrados não privativos de lei;
i) normas de efeitos externos, não privativos de lei;
j) fixação e alteração de preços.
II - PORTARIA, nos seguintes casos:
a) provimento e vacância dos cargos (empregos) públicos e demais atos de efeitos individuais;
b) lotação e relotação nos quadros do pessoal;
c) autorização para contrato e dispensa de servidores sob o regime da legislação trabalhista;
d) abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de penalidade e demais atos individuais de efeitos
internos;
e) outros casos determinados em lei ou decreto.
Parágrafo único. Os atos constantes do inciso II deste artigo poderão ser delegados.
Art. 102. A administração é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, para a defesa de direitos e esclarecimentos de
situações de interesse pessoal, coletivo, público ou difuso, no prazo de 10 (dez) dias, certidão de atos, contratos,
decisões ou pareceres, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua
expedição.
§ 1º Quando a certidão de que trata o presente artigo objetivar direito de defesa contra ilegalidade ou abuso de poder,
ela será gratuita.
§ 2º As requisições judiciais deverão ser atendidas no mesmo prazo, se outro não for fixado pela autoridade judiciária.
Art. 103. Constituem bens municipais todas as coisas móveis, imóveis, direitos e ações que, a qualquer título,
pertençam ao Município.
Art. 104. Pertencem ao patrimônio municipal às terras devolutas que se localizarem dentro de seus limites.
Art. 105. Cabe ao Prefeito Municipal a administração dos bens municipais, respeitada a competência da Câmara
Municipal quanto àqueles utilizados em seus serviços.
Art. 106. Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a identificação respectiva, numerando-se os móveis,
segundo o que for estabelecido em regulamento.
Parágrafo único. A denominação dos bens imóveis municipais só poderá ocorrer depois de concluída à construção
do patrimônio.
Art. 107. A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse público devidamente justificada será
sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
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I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência. A concorrência será dispensada nos
seguintes casos:
a) Doação, devendo constar obrigatoriamente do contrato os encargos do donatário, o prazo de seu cumprimento e
a cláusula de retrocessão, sob pena de nulidade do ato, exceto se o donatário for o Estado ou a União. (NR) (alíena
com redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à Lei Orgânica nº 024, de 19.12.2014)
b) permuta.
II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, que será permitida exclusivamente para fins de interesse social;
b) permuta;
c) ações, que serão vendidas em Bolsa, por intermédio de corretor oficial da Bolsa de Valores.
§ 1º O Município, preferentemente à venda de seus bens imóveis, outorgará concessão de direito real de uso,
mediante prévia autorização legislativa e concorrência. A concorrência poderá ser dispensada por lei, quando o uso se
destinar à concessionária de serviços públicos, a entidades públicas governamentais ou assistenciais.
§ 2º A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes e inaproveitáveis para
edificação, resultantes de obras públicas, dependerá apenas de prévia avaliação e autorização legislativa. As áreas
resultantes de modificação de alinhamento serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam aproveitáveis ou não.
§ 3º Dependerá de licitação, nos casos previstos no parágrafo anterior, a venda de áreas urbanas remanescentes e
inaproveitáveis, havendo mais de um proprietário de imóveis lindeiros.
Art. 108. A aquisição de bens imóveis, por compra, permuta ou doação com encargos, dependerá de prévia avaliação,
concorrência, autorização legislativa e interesse público devidamente justificado.
Art. 109. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão, permissão ou autorização,
conforme o caso e o interesse público, devidamente justificado, o exigir.
§ 1º A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial e dominical dependerá de lei e concorrência, e far-
se-á mediante contrato, sob pena de nulidade do ato. A concorrência poderá ser dispensada, mediante lei, quando o
uso se destinar a concessionária de serviço público, a entidades assistenciais, ou quando houver interesse relevante,
devidamente justificado.
§ 2º A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente poderá ser outorgada para finalidades
escolares, de assistência social ou turística, mediante autorização legislativa, respeitando o disposto em sentido
contrário, estabelecido nesta lei.
§ 3º A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título precário, por decreto, com prazo
inicial de até 03 (três) anos, podendo ser renovada, por mais 02 (dois) anos, no máximo, se ocorrer conveniência ou
interesse superveniente da comunidade.
§ 4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por portaria, para atividades ou usos
específicos e transitórios, pelo prazo máximo de 06 (seis) meses.
Art. 110. Os bens imóveis doados pela administração pública, com a cláusula de destinação específica, retornarão ao
seu patrimônio, se houver descumprimento do encargo previsto no instrumento de doação.
Art. 111. Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, aquisições e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que:
a) assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabelecerão obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei;
b) permitida somente as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento
das obrigações.
§ 1º O Município adotará como norma licitatória as legislações estadual e municipal.
§ 2º A Administração Pública, na realização de obras e serviços, não poderá contratar empresas que desatendam as
normas relativas à saúde e segurança no trabalho.
§ 3º Os membros integrantes das Comissões de Licitação do Município deverão ser substituídos anualmente pela
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autoridade competente.
§ 4º Todas as licitações, no Município de Rio Claro, deverão obedecer aos princípios da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação aos instrumentos convocatórios, do julgamento objetivo e dos que lhe são
correlatos, do procedimento formal, do sigilo na apresentação das propostas e da adjudicação compulsória.
§ 5º Os limites adotados na legislação vigente para as diversas modalidades de licitação, no Município, deverão
obedecer ao princípio de igualdade entre a administração direta, indireta, fundacionais e empresas públicas.
Art. 112. As licitações de obras e serviços públicos deverão ser processadas com a indicação do local onde serão
executados e do respectivo projeto e do seu cronograma físico-financeiro, que permita a definição de seu objetivo e
previsão de recursos orçamentários, sob pena de invalidade da licitação.
Art. 113. Na elaboração de projetos em áreas de proteção ambiental, bem como patrimônio histórico-cultural,
participarão, obrigatoriamente, as comunidades, bem como os Conselhos Municipais das áreas específicas, afetadas
pelas obras e serviços públicos projetados, nos termos da Constituição Federal.
Art. 114. Incumbe ao Município, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão, permissão ou autorização, a
prestação de serviços públicos.
§ 1º A permissão de serviço público, estabelecida mediante decreto, será sempre a título precário, no prazo máximo
de 1 (um) ano.
§ 2º A concessão de serviço público, estabelecida mediante contrato, dependerá de:
a) autorização legislativa;
b) licitação.
§ 3º A lei disporá sobre:
I - o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização,
rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - obrigação de manter serviço adequado.
§ 4º As empresas concessionárias ou permissionárias terão seus contratos rescindidos quando:
I - não recolherem em tempo hábil os impostos municipais a que estiveram sujeitas;
II - não cumprirem as obrigações trabalhistas com seus empregados, bem como as normas de saúde e segurança
do trabalho.
§ 5º O Município de Rio Claro poderá contratar parcerias público-privadas, na forma da Lei.
Art. 115. O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum mediante:
a) convênios com o Estado, a União ou entidades particulares;
b) consórcios com outros Municípios.
Parágrafo único. A realização de convênios e consórcios dependerá de autorização legislativa.
Art. 116. Os serviços públicos, sempre que possível, serão remunerados por tarifa fixada pelo Prefeito Municipal,
observada a política tarifária e o disposto no artigo 79, inciso XXXVI, desta Lei.
Art. 117. O Poder Executivo, sob pena de incorrer em responsabilidade, deverá remeter à Câmara Municipal relatório
circunstanciado das obras e serviços executados pelo Município, através da administração direta ou indireta, no prazo
de 30 (trinta) dias de seu término.
Parágrafo único. Aplica-se às autarquias, fundações, empresas públicas criadas ou mantidas pelo Município, e às
sociedades de economia mista, da qual detenha controle majoritário, o disposto neste artigo.
Art. 118. A execução dos contratos de obras, serviços e fornecimentos, deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
representante da administração municipal especialmente designado.
Parágrafo único. A liberação para pagamento da fatura só ocorrerá após relatório apresentado pelo representante da
administração municipal, onde constem todas as ocorrências e medições realizadas, atestando a boa qualidade das
obras, dos serviços, e dos fornecimentos, bem como o cumprimento das demais disposições contratuais.
Art. 119. As concessões ou permissões ficarão sempre sujeitas à fiscalização do Poder Público, podendo ser
canceladas quando não atendam satisfatoriamente às suas finalidades ou às condições do contrato.
Art. 120. O Município admitirá servidores para atender a administração direta, suas autarquias e fundações somente
sob o regime jurídico do Estatuto dos Funcionários Públicos, que disporá sobre seus direitos e deveres.
§ 1º Nas contratações por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público, na forma da lei, utilizar-se-á o regime da legislação trabalhista.
§ 2º O Município instituirá conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores
designados pelos respectivos Poderes.
Art. 121. Qualquer modificação no Estatuto dos Servidores Municipais só poderá ser realizada após ampla consulta aos
envolvidos.
Art. 122. Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresa fornecedora ou que realize qualquer
modalidade de contrato com o Município, sob a pena de demissão do serviço público.
Art. 123. Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos
cargos e empregos públicos.
§ 1º As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
§ 2º A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá
os critérios de sua admissão.
§ 3º É vedada a nomeação ou designação para cargos de Secretários, direção, chefia e assessoramento, na
Administração Direta e Indireta dos Poderes Executivo e Legislativo, de pessoa inelegível em razão de condenação de
ato ilícito, nos termos da legislação federal, Lei Complementar nº 135 de 2010. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art.
1º da Emenda à Lei Orgânica nº 020, de 11.06.2011)
Art. 124. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
§ 1º O prazo de validade do concurso público será de até 2 (dois) anos, prorrogável uma vez, por igual período.
§ 2º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação aquele aprovado em concurso público de provas
e de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo, emprego ou função,
na carreira.
§ 3º É vedada a estipulação de limite de idade para ingresso no serviço público municipal, salvo o caso de maiores de
setenta anos de idade, em que a admissão é vedada, exceto para os cargos de provimento em comissão.
Art. 126. A aplicação da revisão geral da remuneração dos servidores públicos municipais da Administração Direta, das
Autarquias, das Fundações e do Instituto de Previdência Municipal, prevista no Artigo 37, X, da Constituição Federal,
terá sua data-base fixada em lei própria. (NR) (caput com redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à Lei Orgânica
nº 029, de 19.08.2018)
§ 1º A lei fixará a relação de valores entre o maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados,
como limite máximo, os valores percebidos, como remuneração, em espécie, pelo Prefeito Municipal.
§ 2º Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
§ 3º Revogado.
§ 4º É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para efeito de remuneração de pessoal do serviço
público, ressalvado o disposto no parágrafo 3º, deste artigo.
§ 5º Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados, para fins de
concessão de acréscimos ulteriores.
§ 6º O piso salarial dos servidores municipais, fixado em lei, nunca será inferior ao mínimo nacional, devendo ser
capaz de atender suas necessidades vitais básicas e as de sua família, com reajustes periódicos que lhe preservem o
poder aquisitivo e será proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
§ 7º Os vencimentos são irredutíveis, ressalvadas as hipóteses previstas na Constituição Federal.
§ 8º O vencimento nunca será inferior ao piso salarial fixado no parágrafo 6º deste artigo, para os que percebem
remuneração variável.
§ 9º O décimo terceiro salário terá por base a remuneração integral do servidor, os proventos da aposentadoria ou da
pensão.
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§ 10. A remuneração do trabalho noturno será superior a do diurno.
§ 11. Revogado.
§ 12. Será pago salário-família, em razão de dependente de servidor de baixa renda, nos termos da legislação
federal.
§ 13. A duração do trabalho normal não poderá ser superior a 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) horas semanais,
facultada a compensação de horários e a redução de jornada, na forma da lei, excetuando-se os casos de emergência
ou de calamidade pública.
§ 14. Revogado.
§ 15. O repouso semanal remunerado será concedido preferencialmente aos domingos.
§ 16. O serviço extraordinário deverá corresponder a uma remuneração superior, no mínimo, em 50% (cinqüenta por
cento) a do normal.
§ 17. Ao servidor público estatutário é assegurado o recebimento de adicional por tempo de serviço, sempre
concedido anualmente, na base de 2% (dois por cento), bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida
após 20 (vinte) anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos.
§ 18. As férias anuais serão pagas, no mínimo, com 1/3 (um terço) a mais do que a remuneração normal, de forma
antecipada.
§ 19. O vencimento, vantagens ou qualquer parcela remuneratória, pagos em atraso, deverão ser corrigidos
monetariamente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis à espécie.
§ 20. As vantagens de qualquer natureza só poderão ser concedidas por lei e quando atendam efetivamente ao
interesse público e as exigências do serviço público.
§ 21. A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta,
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes do Município, dos detentores de mandato eletivo e
dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou
não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em
espécie, do Prefeito, ressalvadas as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
Art. 126. Fica fixado o dia 1º de abril de cada ano como data base para a revisão geral da remuneração dos
servidores públicos municipais, sem a distinção de índices. (NR) (caput com redação estabelecida pelo art. 1º da
Emenda à Lei Orgânica nº 022, de 15.09.2014)
Art. 126. Fica fixado o dia 1º de maio de cada ano como data base para a revisão geral da remuneração dos
servidores públicos municipais, sem a distinção de índices. (redação original)
Art. 128. É garantido ao Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Rio Claro requerer a interdição
de máquina no setor ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde
dos trabalhadores.
Art. 129. Quando em condições de risco grave ou iminente no local de trabalho, será lícito ao servidor interromper suas
atividades, sem prejuízo de quaisquer direitos, até a eliminação do risco.
Art. 130. Será assegurada a cooperação do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Rio Claro nas
ações de vigilância sanitária desenvolvidas no local de trabalho.
Art. 131. A licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, terá a duração de 180 (cento e oitenta) dias. (NR)
(redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à Lei Orgânica nº 017, de 30.06.2009)
Art. 131. A licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, terá a duração de 120 (cento e vinte) dias.
Parágrafo único. O prazo de licença-paternidade será de 8 (oito) dias a contar do nascimento da criança.
(redação original)
Art. 132. Será concedida licença especial complementar até 60 (sessenta) dias ao pai servidor público municipal, no
caso de morte da mãe e sobrevivência do concepto.
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Art. 133. É assegurado o direito de greve, competindo aos servidores decidirem sobre a oportunidade de exercê-lo e
sobre os interesses que devam por meio dele defenderem-se.
§ 1º Em caso de greve, os serviços essenciais serão mantidos.
§ 2º Fica assegurado ao servidor público municipal, eleito para ocupar cargo em sindicato de categoria, o direito de
afastar-se de suas funções, durante o tempo que durar o mandato, recebendo seus vencimentos e vantagens, nos
termos da Lei.
§ 3º O tempo de mandato eletivo será computado para fins de aposentadoria.
Art. 134. São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento da avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da
vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por
comissão instituída para essa finalidade.
Art. 135. Os servidores e empregados da administração direta e indireta, que incorrerem na prática da discriminação de
raça e/ou de sexo, serão punidos na forma da lei, podendo ser demitidos a bem do serviço público, independentemente
de outras penalidades a que estiverem sujeitos.
§ 1º Ficam sujeitos às penas prescritas por lei os detentores de cargo de direção, chefia ou assessoramento da
administração municipal que incorrerem no crime de discriminação de raça e/ou de sexo em relação a seus
subordinados ou à população usuária desses serviços.
§ 2º Será punido, igualmente, na forma da lei, aquele que impedir a progressão funcional de servidor, caso se
comprove a prática de discriminação racial e sexual.
Art. 136. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no art. 126, § 21:
I - a de dois cargos de professor;
II - a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
III - a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público.
Art. 137. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo
de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.
Art. 138. Ao servidor estatutário ocupante de cargo de provimento efetivo é garantida, na forma regulada na
Constituição Federal e na legislação federal pertinente, aposentadoria por invalidez permanente, compulsória ou
voluntária, concedida pelo regime próprio de previdência social do município.
Parágrafo único. Nas mesmas condições do caput deste artigo, os dependentes correspondentes farão jus ao
benefício de pensão por morte do titular de cargo de provimento efetivo.
Art. 139. Para fins de aposentadoria, o servidor que tenha exercido ou venha a exercer, a qualquer título, cargo ou
função, inclusive com vínculo jurídico de natureza política, eleito ou nomeado, que lhe proporcione remuneração
superior à do cargo de que seja titular, ou função para a qual foi admitido, fará jus à complementação a título de
diferença, do percentual de 1/36 (um trinta e seis avos) por mês ou fração, de trabalho. (NR) (redação estabelecida pelo
art. 1º da Emenda à Lei Orgânica nº 023, de 24.11.2014)
§ 1º O cargo ou função mencionado no "caput" deste artigo engloba os servidores pertencentes às estruturas do
Poder Executivo e Legislativo, como também das autarquias e fundações municipais.
§ 2º A complementação prevista no "caput" deste artigo considerará sempre, para efeito de cálculo, o valor de
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referência salarial ou subsídio, do cargo ou função que tenha proporcionado maior remuneração, valor este da data da
concessão deste benefício, sendo corrigido sempre pelo mesmo índice de correção dos servidores municipais.
Art. 139. Para fins de aposentadoria, o servidor que tenha exercido ou venha a exercer, a qualquer título, cargo ou
função que lhe proporcione remuneração superior à do cargo de que seja titular, ou função para a qual foi admitido,
fará jus à complementação a título de diferença, do percentual de 1/36 (um trinta e seis avos) por mês ou fração, de
trabalho. (redação original)
Art. 140. Os proventos da aposentadoria do Regime Próprio de Previdência, serão revistos na mesma proporção e na
mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.
Parágrafo único. O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do
servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto neste artigo.
Art. 141. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal e estadual, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito Municipal, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar
pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo,
emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores são determinados como se no
exercício estivesse.
Art. 142. O servidor municipal será responsável civil, criminal e administrativamente pelos atos que praticar no exercício
de cargo, emprego ou função.
Art. 143. É vedada a participação dos servidores públicos municipais no produto da arrecadação de tributos, multas,
inclusive os da Dívida Ativa, a qualquer título.
Art. 144. Na realização de concursos públicos para preenchimento de cargos ou empregos privativos de profissões
regulamentadas, é facultado o seu acompanhamento pelos correspondentes Conselhos Regionais ou órgãos
equivalentes.
Art. 145. A democracia participativa, no exercício do poder local, será assegurada pela participação popular nas
decisões do Município e no aperfeiçoamento democrático de suas instituições e se dará diretamente:
I - pelo plebiscito;
II - pelo referendo;
III - pela iniciativa popular de projetos de lei ou emenda à Lei Orgânica;
IV - pelo acesso às audiências públicas do Poder Executivo e do Poder Legislativo;
V - pelo controle e fiscalização dos atos e contas da administração;
VI - pela participação nos Conselhos Municipais;
VII - pela participação nas Comissões do Poder Legislativo;
VIII - pela ampla informação dos atos da administração.
Art. 146. Os Conselhos Municipais, como órgãos de participação popular na administração municipal, terão as suas
competências e constituições definidas em lei.
Parágrafo único. As entidades representativas e os diversos segmentos da população terão seus membros
escolhidos direta e livremente.
Art. 147. O reconhecimento e a viabilização da participação popular junto ao Poder Público Municipal competem ao
Poder Executivo e ao Poder Legislativo.
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Art. 148. Qualquer munícipe, partido político, associação ou entidades é parte legítima para apresentar petições ou
reclamações contra atos e/ou omissões das autoridades ou entidades públicas à Câmara Municipal e demais Poderes,
na forma das respectivas leis.
Art. 149. Qualquer cidadão, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal, coletivo,
público ou geral, poderá solicitar, gratuitamente, certidões de atos, contratos, decisões ou pareceres.
Art. 150. Os munícipes e as entidades comunitárias participarão, independentemente dos Conselhos Municipais, da
elaboração e encaminhamento de estudos, solução de problemas, planos, programas e projetos que impliquem em:
I - proteção ambiental;
II - defesa do patrimônio cultural;
III - desenvolvimento urbano;
IV - política de assistência e promoção social.
Art. 151. Todo cidadão tem direito de ser informado dos atos e projetos da administração municipal;
§ 1º Compete à administração municipal garantir os meios para que essa informação se realize.
§ 2º A administração municipal fornecerá a qualquer cidadão, para esclarecimento ou defesa de direitos, no prazo
máximo de 15 (quinze) dias úteis, certidões de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob pena de responsabilidade
da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição.
§ 3º As contas do Município ficarão, durante 60 (sessenta) dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte,
para exame, apreciação ou eventual questionamento quanto à sua legitimidade;
I - Qualquer pessoa física ou jurídica do Município poderá, na forma da lei, denunciar irregularidades ao Tribunal de
Contas do Estado.
Art. 152. Toda entidade da sociedade civil regularmente registrada poderá fazer pedido de informação sobre ato ou
projeto da administração, que deverá responder no prazo de 30 (trinta) dias ou justificar a impossibilidade de resposta.
§ 1º O prazo previsto poderá, ainda, ser prorrogado por mais 15 (quinze) dias, devendo, contudo, ser notificado de tal
falta o autor do requerimento.
§ 2º Caso a resposta não satisfaça, o requerente poderá reiterar o pedido, especificando suas demandas, para cuja
resposta a autoridade requerida terá o prazo previsto no parágrafo primeiro deste artigo.
§ 3º A resposta dada pela autoridade ao pedido de informação será apresentada em reunião ordinária do Conselho
da respectiva área a que refere o assunto.
§ 4º Caso o Conselho tenha divergência com a resposta dada, comunicará à autoridade, que poderá corrigir a
resposta ou mantê-la, acrescentando a expressão "resposta com parecer contrário da Comissão".
§ 5º Nenhuma taxa será cobrada pelos requerimentos de que trata este artigo.
Seção II - Do Plebiscito
Art. 153. Pelo plebiscito, que se realizará nos termos da Constituição Estadual, o povo será chamado a manifestar-se
pela aprovação ou não em relação aos planos, programas e projetos de relevante interesse público, conforme
convocação do Prefeito Municipal, da Câmara Municipal por maioria absoluta dos seus membros ou de 5% (cinco por
cento) do eleitorado local.
Art. 154. 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município poderá requerer à Câmara Municipal a realização de
referendo sobre lei, que se realizará nos termos da Constituição Estadual.
Art. 155. Respeitados os casos de atribuição privativa, é garantida ao conjunto de cidadãos que represente 5% (cinco
por cento) do eleitorado municipal a iniciativa de quaisquer projetos de lei, assegurando-se suas defesas perante as
Comissões.
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Art. 156. Toda entidade da sociedade civil regularmente registrada de âmbito municipal ou, caso não sendo, tendo mais
de 50 (cinqüenta) filiados (associados) ou um número mínimo de 100 (cem) eleitores do Município, poderá requerer ao
Prefeito Municipal ou outra autoridade do Município a realização de audiência pública, para que esclareça determinado
ato ou projeto da administração.
§ 1º A audiência deverá ser obrigatoriamente concedida no prazo de 30 (trinta) dias, devendo ficar à disposição da
população, desde o requerimento, toda a documentação atinente ao tema.
§ 2º Cada entidade terá direito, no máximo, à realização de 2 (duas) audiências por ano, ficando, a partir daí, a
critério da autoridade requerida definir ou não o pedido.
§ 3º Da audiência pública poderão participar, além da entidade requerente, cidadãos e entidades interessadas, que
terão direito à palavra.
Art. 158. A audiência prevista no artigo anterior deverá ser divulgada em, pelo menos, 2 (dois) órgãos de imprensa de
circulação municipal com, no mínimo, 15 (quinze) dias de antecedência.
Art. 159. Os Conselhos Municipais de Cultura, de Defesa do Consumidor, de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana,
de Defesa do Patrimônio Cultural de Educação, do Meio Ambiente, Turismo, Conselho Municipal da Condição
Feminina, Conselho Municipal dos Aposentados e Idosos, de Promoção Social, de Saúde e de Transportes, formados
por representação das entidades comunitárias, com isenção e competência, poderão:
I - propor políticas de desenvolvimento;
II - propor critérios de atuação;
III - fiscalizar e acompanhar os planos, programas e projetos referentes as suas áreas;
IV - auxiliar nos sistemas de informação à comunidade;
V - determinar consultas populares;
VI - pleitear audiências públicas.
Parágrafo único. Aos Conselhos Municipais franquear-se-á o acesso a toda documentação e informação, sobre
qualquer ato ou projeto da administração, responsabilizando-se pelos documentos e projetos franqueados.
Art. 160. Para o aprimoramento dos trabalhos, a Câmara Municipal poderá credenciar entidades comunitárias para
participarem das Comissões Permanentes ou Temporárias.
Art. 161. O sistema tributário municipal se submeterá, no que couber, às Constituições Federal e Estadual, as Lei
Complementares e ao disposto na Lei Orgânica Municipal.
Art. 162. O Município de Rio Claro instituirá os tributos previstos na Constituição Federal como de competência do
Município, observadas suas disposições e as do Código Tributário Nacional.
Parágrafo único. É vedado ao Município instituir ou aumentar tributo sem prévia autorização legal.
Art. 163. O Poder Executivo promoverá, anualmente, a revisão da planta genérica de valores, mediante aprovação
legislativa.
Parágrafo único. Será constituída no Município uma Comissão Tributária que, juntamente com a administração, fará
a avaliação da planta genérica de valores. A Comissão deverá ser constituída paritariamente por representantes do
Poder Executivo, Poder Legislativo, Associações de Moradores e Contribuintes e representantes das Entidades de
Classe que atuam no setor imobiliário.
Art. 164. O Poder Executivo é obrigado a encaminhar junto com o projeto de lei orçamentária, demonstrativo dos
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efeitos das isenções, anistias e remissões vigentes.
Art. 165. O Poder Executivo Municipal divulgará pela imprensa, até o último dia do mês subseqüente ao da
arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos transferidos recebidos.
Art. 166. O quorum para aprovação da lei que concede isenção, anistia ou remissão será de maioria absoluta.
Art. 167. No primeiro ano de mandato, o Poder Executivo e o Poder Legislativo ficam obrigados a reavaliar as isenções,
anistias e remissões em vigor e aprovar as medidas cabíveis até o final do exercício.
Parágrafo único. A ausência de medidas implica na manutenção das isenções, das anistias e das remissões.
Art. 168. O Poder Executivo fica obrigado a esclarecer aos cidadãos acerca das alterações dos tributos municipais.
Art. 169. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão, com observância dos preceitos correspondentes à
Constituição Federal:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública municipal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e será votada pela Câmara Municipal até 30 de junho de
cada ano.
§ 3º Os planos e programas municipais previstos serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pela Câmara Municipal.
§ 4º O Poder Executivo deverá publicar, previamente, versão simplificada e compreensível das diretrizes
orçamentárias.
Art. 172. Promulgada a lei orçamentária anual, de imediato o Poder Executivo elaborará a programação financeira,
levando em conta os recursos orçamentários e extra-orçamentários, para utilização dos respectivos créditos pelas
unidades administrativas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se ao Poder Executivo e ao Poder Legislativo, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Município.
Art. 173. As empresas públicas não poderão efetuar despesas que excedam aos recursos obtidos.
Art. 174. O pagamento da despesa regularmente processada e não constante da programação financeira mensal da
unidade importará na imputação da responsabilidade ao seu ordenador.
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Art. 175. O numerário às dotações orçamentárias do Poder Legislativo compreendidos os créditos suplementares
especiais, será entregue em duodécimos, até o dia 20 de cada mês, em contas estabelecidas na programação
financeira, com participação percentual nunca inferior à estabelecida pelo Poder Executivo para seus próprios órgãos.
Parágrafo único. O montante das dotações anuais destinadas no orçamento ao Poder Legislativo corresponderá, na
forma da lei, à importância não inferior a 2% (dois por cento) das receitas correntes.
Art. 176. O projeto de lei orçamentária será acompanhada de demonstrativo dos efeitos decorrentes de isenções,
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
Art. 177. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Art. 178. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal.
§ 1º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente serão admitidas
desde que:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que
incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida.
III - sejam relacionadas:
a) com correção, erros ou omissões;
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
IV - que não alterem o produto total do orçamento.
§ 2º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com
o plano plurianual.
§ 3º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais
normas relativas ao processo legislativo.
§ 4º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição total ou parcial do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos
suplementares ou especiais, com prévia e específica autorização legislativa.
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limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
como as decorrentes de comoção interna ou calamidade pública.
§ 4º Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, inclusive os créditos suplementares ou especiais,
destinadas ao Poder Legislativo, serão entregues até o dia 20 de cada mês, na forma da lei complementar.
Art. 180. É de competência do Poder Executivo a iniciativa das leis orçamentárias e das que abrem créditos, fixem
vencimentos e vantagens dos servidores públicos, concedam subvenção ou auxílio ou, de qualquer modo, autorizem,
criem ou aumentem as despesas públicas.
§ 1º Não será objeto de deliberação a emenda de que decorra aumento de despesa global ou de cada órgão, fundo,
projeto, programa ou que vise a modificar-lhe o montante, a natureza ou o objetivo.
§ 2º Os projetos de lei mencionados neste artigo somente receberão emendas nas Comissões da Câmara Municipal.
§ 3º O projeto de lei orçamentária anual, para o exercício financeiro seguinte, será enviado pelo Prefeito Municipal à
Câmara Municipal até o dia 30 de setembro do ano que o precede.
§ 4º Se não receber o projeto no prazo fixado nesta lei, a Câmara Municipal considerará como proposta a lei do
orçamento vigente.
§ 5º Poderão ser apresentadas emendas à lei orçamentária anual de acordo com o parágrafo 1º, subscrita por, no
mínimo, 0,25% (zero vinte e cinco por cento) de eleitores registrados no Município, em listas organizadas por, no
mínimo, 3 (três) entidades, associações legalmente constituídas, as quais se responsabilizarão pela autenticidade das
assinaturas:
I - A assinatura de cada eleitor será acompanhada de seu nome completo e legível, endereço e numero de Cédula
de Identidade e respectivo órgão expedidor, bem como o número e a seção do Título Eleitoral;
II - A emenda far-se-á acompanhar da indicação de um dos signatários para fazer a sua sustentação nos termos
regimentais.
§ 6º O Poder Executivo poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para propor modificações nos projetos a que
se refere este artigo, enquanto não iniciada na Comissão competente a votação da parte cuja alteração é proposta.
Art. 181. Aplicam-se ao projeto de lei orçamentária, no que não contrariem o disposto nesta seção, as demais normas
do processo legislativo.
Art. 182. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social:
I - No Município é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer;
II - O Município dispensará às microempresas, às empresas de pequeno porte, aos micro e pequenos produtores
rurais, assim definidos em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-los para simplificação de suas
obrigações administrativas, tributárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas, por meio de lei;
III - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo;
IV - É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Art. 183. O Município organizará sua administração e exercerá suas atividades como base num processo de
planejamento de caráter permanente e contínuo devendo se dar de forma descentralizada, como instrumento de
democratização da gestão da cidade, da estruturação da ação do governo e de orientação da ação dos particulares.
§ 1º Considera-se processo de planejamento a definição de objetivos determinados em função da realidade local, a
preparação de meios para atingi-los, o controle de sua aplicação e avaliação dos resultados obtidos.
§ 2º O planejamento municipal deverá ter como objetivo propiciar uma distribuição equitativa dos bens e serviços
urbanos, de acordo com os princípios de política urbana.
§ 3º Todos os planos de quaisquer tipos que venham a ser realizados pelo Município integrarão o processo de
planejamento.
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§ 4º As políticas gerais e setoriais segundo as quais o Município organizará sua ação de governo deverão
obrigatoriamente refletir as diretrizes dos planos integrantes do processo de planejamento.
§ 5º É assegurada a participação direta dos cidadãos no planejamento Municipal, na forma da lei, através das
instâncias de representação e instrumentos de participação popular junto ao Governo Municipal.
Art. 185. Os planos vinculam os atos dos órgãos e entidades das administrações direta e indireta.
Parágrafo único. A lei disporá sobre os procedimentos e meios necessários a assegurar a vinculação dos atos da
administração aos planos integrantes do processo de planejamento.
Art. 186. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Município, conforme diretrizes fixadas em Lei, tem por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 1º O Plano Diretor de Desenvolvimento do Município é o instrumento básico da política de desenvolvimento e
expansão urbana.
§ 2º O exercício do direito de propriedade atenderá a sua função social, estando condicionado às funções definidas
pelo Plano Diretor de Desenvolvimento do Município.
Art. 187. No estabelecimento de diretrizes, normas e programas relativos ao desenvolvimento urbano, o Município
assegurará:
I - o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia de bem-estar de seus habitantes;
II - a participação das respectivas entidades comunitárias no estudo, encaminhamento e solução dos problemas,
planos, programas e projetos que lhes sejam concernentes;
III - a preservação, proteção e recuperação do meio ambiente urbano e cultural;
IV - a criação e manutenção de áreas de especial interesse histórico, urbanístico, ambiental, urbano e cultural;
V - a observância de padrões urbanísticos, de segurança e qualidade de vida;
VI - a restrição à utilização de área de riscos geológicos e ambientais;
VII - a urbanização, a regularização fundiária e a titulação das áreas onde esteja situada a população favelada e de
baixa renda, sem remoção dos moradores, salvo em áreas de risco, áreas verdes e institucionais, mediante
comunicação obrigatória à população envolvida, até que sua situação habitacional esteja resolvida;
VIII - acesso à propriedade e a moradia a todos;
IX - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
X - prevenção e correção das distorções da valorização da propriedade;
XI - acesso adequado aos logradouros e edifícios de uso público aos portadores de deficiência.
Art. 188. O Município iniciará seu processo de planejamento elaborando o Plano Diretor de Desenvolvimento que
considerará, na totalidade de seu território, os seus aspectos físico-ambientais, econômicos, sociais e administrativos,
compreendendo as seguintes fases:
I - Estudo preliminar:
a) avaliação das condições de desenvolvimento;
b) avaliação das condições da administração.
II - Diagnóstico:
a) do desenvolvimento econômico e social;
b) da organização territorial;
c) das atividades-fim da Prefeitura Municipal;
d) das atividades-meio e da organização administrativa da Prefeitura Municipal.
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III - Diretrizes:
a) política de desenvolvimento;
b) de desenvolvimento econômico e social;
c) de organização territorial.
IV - Dos objetivos finais:
a) instrumento legal do Plano;
b) programas relativos às atividades-fim;
c) programas relativos às atividades-meio;
d) programas dependentes da cooperação de outras entidades.
Parágrafo único. O Plano Diretor de Desenvolvimento deverá contar em todas as fases de sua elaboração com a
participação da população organizada em suas entidades representativas legalmente constituídas, devendo ser enviado
ao Poder Legislativo, após ampla discussão com a comunidade.
Art. 189. O Município elaborará o seu Plano Diretor de Desenvolvimento nos limites de sua competência, das funções
da vida coletiva, abrangendo habitação, trabalho, circulação e recreação e considerando os aspectos físico-econômico,
social e administrativo, nos seguintes termos:
I - no tocante ao aspecto físico-territorial, o plano deverá conter disposições sobre o sistema viário urbano e rural, o
zoneamento urbano, o parcelamento do solo urbano, a edificação, a infra-estrutura e os serviços públicos locais;
II - no que refere ao aspecto econômico, o plano deverá inscrever disposição sobre o desenvolvimento econômico e
integração da economia municipal à regional;
III - no que se refere ao aspecto social, deverá o plano conter normas de promoção social da comunidade e criação
de condições de bem-estar da população;
IV - no que respeita ao aspecto administrativo, deverá o plano consignar normas de organização institucional que
possibilitem a permanente planificação das atividades públicas municipais e sua integração nos planos estadual e
nacional.
§ 1º As normas de edificação, zoneamento e parcelamento do solo para fins urbanos atenderão as peculiaridades
locais e a legislação estadual e federal pertinentes:
I - Em processo de parcelamento do solo urbano serão destinados, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) da
área total para o Município, sendo que 10% (dez por cento), no mínimo, serão destinados ao uso institucional e 10%
(dez por cento), no mínimo, serão destinados para áreas verdes, com exceção do parcelamento do solo para fins
industriais, quando regulamentado por lei específica;
II - Não é permitida a utilização de área "non aedeficandi", segundo a legislação pertinente, para uso institucional;
III - As áreas definidas em projeto de parcelamento do solo urbano, como áreas verdes ou institucionais não
poderão, em qualquer hipótese, ter sua destinação, fim e objetivos originalmente estabelecidos, alterados.
Art. 190. Para assegurar as funções sociais da cidade e da propriedade, segundo as diretrizes do Plano Diretor de
Desenvolvimento, o Município usará, principalmente, os seguintes instrumentos:
I - imposto diferenciado e progressivo sobre o imóvel;
II - desapropriação por interesse social ou utilidade pública;
III - discriminação de terras públicas, destinadas prioritariamente à habitação de pessoas de baixa renda;
IV - inventários, registros, vigilância e tombamento de imóveis;
V - contribuição de melhoria;
VI - taxação dos vazios urbanos;
VII - implementação do solo criado.
Parágrafo único. Os recursos provenientes destes instrumentos serão utilizados prioritariamente para projetos
urbanísticos de caráter social.
Art. 191. O Município estabelecerá, mediante lei, em conformidade com as diretrizes do Plano Diretor de
Desenvolvimento, normas sobre zoneamento, loteamento, parcelamento, uso e ocupação do solo, índices urbanísticos,
proteção ambiental e demais limitações administrativas pertinentes.
Parágrafo único. O Plano Diretor de Desenvolvimento deverá considerar a totalidade do território municipal.
Art. 192. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende as exigências fundamentais expressas no
Plano Diretor de Desenvolvimento.
§ 1º O Município estabelecerá critérios para regularização e urbanização de assentamentos e parcelamentos
irregulares do solo.
§ 2º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
I - O Município será responsável pelos ônus, decorrentes das regularizações, das áreas remanescentes dos imóveis
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desapropriados. (AC) (inciso acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Lei Orgânica nº 027, de 09.09.2015)
§ 3º É facultado ao Município, mediante lei específica para áreas incluídas no Plano Diretor de Desenvolvimento,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que
promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsória;
II - imposto sobre a propriedade territorial urbana progressiva no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo
Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 (dez) anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o
valor real da indenização e os juros legais.
Art. 193. O direito de propriedade territorial urbana não pressupõe o direito de construir, cujo exercício deverá ser
autorizado pelo Município, segundo critérios que forem estabelecidos em lei municipal.
Parágrafo único. Toda edificação, instalação de equipamentos, implantação de atividades econômicas e intervenção
no meio ambiente, pública e privada, só serão permitidas após consulta e licenciamento do Município e cumpridas as
diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento e legislação municipal pertinente.
Art. 195. A lei estabelecerá a política municipal de habitação, que deverá prever a articulação e integração das ações
do Poder Público e a participação popular das comunidades organizadas através de suas entidades representativas,
bem como instrumentos institucionais e financeiros para sua execução.
Art. 196. As terras públicas não utilizadas ou subutilizadas serão prioritariamente destinadas a assentamento de
população de baixa renda.
Parágrafo único. Ficam excluídas deste artigo às áreas institucionais e ou verdes, ocupadas por favelas,
devidamente mapeadas pelo Poder Municipal, até que a situação habitacional dessa população seja resolvida.
Art. 197. O Município fixará tarifas para os serviços públicos que permitam a manutenção e investimentos para
ampliação dos sistemas pertinentes, mediante aprovação do Poder Legislativo.
Art. 198. O Município assegurará a preservação das matas naturais e a recomposição das matas destruídas, vitais ao
equilíbrio ecológico do meio urbano.
Art. 199. Compete ao Município buscar a integração com os municípios vizinhos, visando a elaboração de medidas
conjuntas que garantam o bem-estar de seus habitantes e a definição de perímetros urbanísticos e ambientais de
interesse da região.
Art. 200. O Município poderá solicitar o apoio do Estado, Institutos de Pesquisas e Universidades, na elaboração das
diretrizes gerais de sua política de desenvolvimento urbano.
Art. 201. O Município criará, através de lei específica, o Conselho Municipal, de caráter consultivo, que terá como
finalidade auxiliar o Poder Público na adoção de todas as medidas para a defesa do patrimônio histórico e cultural.
Art. 202. Sempre que haja a necessidade de alteração na legislação referente ao disciplinamento do uso e ocupação
do solo, e durante o processo de elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento, as empresas concessionárias do
serviço público deverão ser previamente ouvidas.
Parágrafo único. O "caput" deste artigo se aplica àquelas empresas cuja concessão do serviço constitui-se
competência privativa da União ou do Estado.
Art. 203. Caberá ao Município, em cooperação com o Estado e a União, formular e executar uma política agrícola e
agrária que atenda ao desenvolvimento das atividades agropecuárias e promova o bem-estar da comunidade rural, em
especial:
I - orientar o desenvolvimento rural, mediante zoneamento agrícola;
II - propiciar o aumento da produção e da produtividade, bem como a ocupação estável do campo;
III - orientar a utilização racional de recursos naturais de forma sustentada, compatível com a preservação do meio
ambiente, especialmente quanto à proteção e conservação do solo e da água;
IV - assegurar a participação dos trabalhadores e produtores rurais, em especial através de suas entidades
representativas, em todas as fases de elaboração e execução da política agrícola e agrária.
Art. 204. No estabelecimento de planos, diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento agrícola e agrário e nas
ações da administração em geral, o Município promoverá, em cooperação com o Estado e a União:
I - a democratização do acesso a terra;
II - a criação de oportunidade de trabalho e progresso econômico e social a trabalhadores sem terra, ou com terra e
condições insuficientes para a garantia de sua sobrevivência;
III - a atuação coordenada dos segmentos da produção, transporte e comercialização;
IV - a defesa, a proteção e a recuperação do meio ambiente e o uso adequado dos recursos hídricos, naturais e
minerais;
V - o controle do uso de agrotóxicos e o uso de tecnologias adequadas ao manejo do solo e controle biológico das
pragas;
VI - o reflorestamento diversificado com essências nativas e a recuperação de várzeas e solos degradados;
VII - a adoção de programas que compatibilizem os seguintes elementos:
a) eletrificação rural;
b) irrigação;
c) pesquisa e diferentes tecnologias;
d) currículos e calendários escolares;
e) zoneamento agrícola.
Art. 205. O Município apoiará e estimulará o cooperativismo e o associativismo entre produtores rurais, através de
órgãos competentes como forma de desenvolvimento sócio-econômico, bem como estimulará formas de produção,
consumo, serviços, crédito e educação.
Parágrafo único. O ensino dessas formas de associação é obrigatório nas escolas agrícolas e rurais.
Art. 206. A ação dos órgãos municipais atenderá, de forma preferencial, aos imóveis que cumpram a função social da
propriedade, isto é, que estejam produzindo e, especialmente, aos mini e pequenos produtores rurais e aos
beneficiários de projeto de reforma agrária.
Parágrafo único. O Município envidará esforços no sentido de compatibilizar sua ação na área agrária e agrícola às
diretrizes e metas do Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA).
Art. 207. Caberá ao Município, em cooperação com o Estado, na forma da lei, organizar o abastecimento alimentar,
assegurando as condições para a produção e distribuição de alimentos básicos.
Art. 208. O Município fiscalizará o transporte de trabalhadores urbanos e rurais, que deverá ser feito por ônibus,
atendendo-se as normas de segurança estabelecidas em leis do Estado de São Paulo.
Art. 209. As vias de circulação vicinais e de servidão deverão ser mantidas em boas condições de tráfego para o
transporte de produção e o trânsito da população, observando-se:
I - regularização do leito;
II - cascalhamento quando necessário;
III - manutenção e construção de pontes;
IV - implantação de tubulações onde couber.
Parágrafo único. Servidão representa o encargo ou ônus que se estabelece sobre um imóvel em proveito e utilidade
de um outro imóvel, pertencente a outro proprietário.
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Art. 210. Os habitantes do Município têm o direito ao meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à adequada qualidade de vida, impondo-se a todos e, em especial, ao Poder Público
Municipal o dever de defendê-lo e preservá-lo para o benefício das gerações atuais e futuras.
Parágrafo único. Entende-se por meio ambiente o conjunto de condições e características físicas, químicas,
biológicas e sócio-econômicas que integrarem de forma global e complexa em permanente processo de evolução,
compreendendo que de sua preservação e de seu uso racional depende a qualidade de vida.
Art. 211. O Município deverá elaborar, através de lei, um Plano Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais e
contido no Plano Diretor de Desenvolvimento, que contemplará o diagnóstico e avaliação das características e
potencialidades dos recursos ambientais e naturais, estabelecendo diretrizes para sua utilização e exploração no
processo de desenvolvimento sustentado.
§ 1º O referido plano deverá contemplar condições para verificar as transformações ambientais desde a fase inicial do
povoamento, visando à avaliação do impacto ambiental ocorrido no território municipal.
§ 2º O Município estimulará a transferência das indústrias e estabelecimentos que apresentem potencial poluidor e de
periculosidade, localizados no perímetro urbano, para os distritos industriais ou outras áreas destinadas para esses fins.
Art. 212. O Plano Diretor de Desenvolvimento deverá mencionar as áreas destinadas às atividades industriais e
comerciais, prevendo um cinturão de reserva com largura, no mínimo, de 200 (duzentos) metros, a fim de se
localizarem estabelecimentos com potencial poluidor, com emissão de gases ou de deposição de materiais líquidos ou
sólidos, observando as normas de emissão e de qualidade vigentes.
§ 1º A implantação da área vegetal, que constituirá o cinturão de reserva referido no "caput" deste artigo, será definida
pelo órgão responsável pela Política Municipal de Meio Ambiente.
§ 2º As atividades industriais e os estabelecimentos que não oferecem nenhum risco poluidor ou periculosidade
poderão ter autorização para se instalar em determinadas áreas especificadas no Plano Diretor de Desenvolvimento.
§ 3º As atividades de industrialização ligadas à extração de recursos minerais poderão, mediante aprovação do
Município, ser localizadas em áreas próximas da mineração, em função das atividades complementares, mas externas
ao perímetro urbano. Caso haja possibilidade de potencial poluidor, o órgão competente estabelecerá uma área
circundante de proteção, na qual será vedado o uso habitacional.
Art. 213. O Município determinará estudos a respeito da necessidade de estabelecer normas de emissão e de
qualidade mais restritas que as estaduais e federais relativas à poluição das águas, ar e solo.
§ 1º Entende-se por poluente todo e qualquer tipo de substância gasosa, líquida ou sólida, que torne o ar, as águas e
o solo impróprios e ou nocivos a saúde e danosos à fauna e à flora.
§ 2º Será possibilitada às indústrias, conforme suas peculiaridades, a construção de locais que propiciem o
armazenamento e o tratamento de resíduos líquidos e sólidos, a fim de diminuir o grau de atividade poluidora.
§ 3º Não serão admitidos, no território municipal, depósitos de resíduos sólidos e ou líquidos contaminados e/ou
portadores de riscos para a contaminação radioativa.
§ 4º Os Serviços de coleta, transporte, tratamento e destino final de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, qualquer
que seja o processo tecnológico adotado, deverão ser executados sem qualquer prejuízo ou incômodo para a saúde
humana e o meio ambiente, observando-se, dentre outros, os seguintes preceitos: (AC) (parágrafo acrescentado pelo
art. 1º da Emenda à Lei Orgânica nº 018, de 06.10.2009)
I - preservação da boa qualidade das águas superficiais e subterrâneas, impedindo-se sua contaminação;
II - obrigatoriedade de recuperação de áreas degradadas pela disposição de resíduos sólidos e líquidos;
III - evitar, no que couber, a implantação de sistemas de tratamento de lixo em áreas de proteção de mananciais.
IV - proibição de ingresso de resíduos oriundos de outros municípios a serem destinados nos sistemas públicos ou
privados, de tratamento e disposição final de resíduos instalados no território municipal, excetuando-se as autorizações
vigentes, por um período de 12 (doze) meses após a publicação desta Lei, enquanto perdurar o atual sistema de
disposição de resíduos do município.
Art. 214. O Município, para proteger e conservar as águas e prevenir seus efeitos adversos, adotará medidas no
sentido:
I - da instituição de áreas de preservação das águas utilizáveis para abastecimento às populações e da implantação e
conservação de matas ciliares;
II - da implantação de sistemas de alerta e defesa civil, para garantir a segurança e a saúde pública, quando de
eventos hidrológicos indesejáveis;
III - do condicionamento, à aprovação prévia por organismos estaduais de controle ambiental e de gestão de recursos
hídricos, na forma da lei, dos atos de outorga de direitos que possam influir na qualidade ou na quantidade das águas
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superficiais e subterrâneas;
IV - da instituição de programas permanentes de racionalização do uso das águas destinadas ao abastecimento
público e industrial e à irrigação, assim como de combate às inundações e à erosão;
V - da coerência das normas, dos planos e programas municipais, com os planos e programas estaduais da bacia ou
região hidrográfica, de cuja elaboração participar o Município;
VI - da proteção da quantidade e da qualidade das águas, como uma das diretrizes do Plano Diretor de
Desenvolvimento, do zoneamento municipal e das normas sobre uso e ocupação do solo.
Art. 215. Os instrumentos e equipamentos dos hospitais, similares e congêneres, como também os destinados à
pesquisa científica, passíveis de produzir contaminação ou resíduos radioativos, serão cadastrados e submetidos a
rigoroso controle do Município, obedecendo as especificações técnicas e a legislação federal e estadual.
Parágrafo único. Através de levantamento detalhado, o Município especificará os locais adequados para o
lançamento de resíduos radioativos exclusivamente para atividades previstas neste artigo, considerando as condições
ambientais.
Art. 216. Fica proibida a pesquisa, armazenamento e transporte de material bélico atômico no Município.
Parágrafo único. O Município disciplinará o transporte de cargas explosivas, inflamáveis, radioativas ou tóxicas.
Art. 217. O Município disporá, em lei ordinária, sobre o acondicionamento, coleta, transporte e destinação final do lixo
contaminado, proveniente de estabelecimentos hospitalares e congêneres.
§ 1º A manipulação, a acumulação e o acondicionamento do lixo contaminado serão de responsabilidade exclusiva da
fonte geradora, que deverá seguir normas estabelecidas pelos órgãos de competência federal, estadual e municipal de
defesa do meio ambiente.
§ 2º O serviço de coleta, transporte e destino final do lixo contaminado será de competência exclusiva do Município,
com custos arcados pelos estabelecimentos hospitalares e congêneres.
§ 3º Será proibida a instalação e utilização de incineradores ou equipamentos similares, destinados à destruição de
lixo contaminado, em edificações residenciais, comerciais, hospitalares e de prestação de serviços médicos e de saúde
em geral.
Art. 218. O Município deverá especificar e administrar os locais propícios para a destinação e tratamento do lixo
urbano.
Art. 219. O Município deverá especificar e administrar os locais propícios para destinação e tratamento do lixo
industrial, com custos arcados pelos geradores.
Art. 220. O Município deverá colaborar com os órgãos competentes das esferas estadual e federal para a fiscalização,
monitoramento e penalidades no tocante às atividades prejudiciais ao meio ambiente e ao uso de insumos químicos
contaminadores das propriedades ambientais e dos alimentos.
Art. 221. O Município será responsável pela manutenção e a ampliação de áreas verdes no perímetro urbano, visando
atingir a proporcionalidade de, no mínimo, 12 (doze) metros quadrados de área verde para cada habitante da área
urbanizada.
Parágrafo único. Compete ao Município manter viveiros e fornecer mudas destinadas à arborização de vias e
logradouros públicos.
Art. 222. As empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos deverão atender aos dispositivos da
legislação ambiental, não sendo permitida a renovação da permissão ou concessão àquelas que tenham sido
penalizadas.
Art. 223. Os recursos oriundos de multas e condenações administrativas por atos lesivos ao meio ambiente e das taxas
incidentes sobre atos pertinentes ao uso dos recursos ambientais e minerais serão destinados ao Conselho Municipal
de Meio Ambiente, como fonte de recursos por ele gerenciados.
Art. 224. Não poderá ser permitido o loteamento para a construção de prédios em locais cuja declividade for igual ou
superior a 30% (trinta por cento), no interior do perímetro urbano.
Art. 225. O Município deverá executar o levantamento e mapeamento, na escala de 1:10.000, das áreas de
preservação permanente e áreas de proteção ambiental conforme a legislação federal e estadual, e o cadastramento
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das indústrias e estabelecimentos que apresentem potencial poluidor e de periculosidade.
§ 1º Excluem-se deste artigo as áreas de favelas já consolidadas quando da promulgação da Lei Orgânica,
devidamente mapeadas pelo Município, até que seja resolvido o problema habitacional dos habitantes cadastrados.
§ 2º Na zona rural, as áreas de preservação permanente serão respeitadas, conforme o mapeamento realizado, e os
seus proprietários, públicos ou privados, deverão efetuar a sua demarcação.
Art. 226. Fica proibida a caça de animais silvestres, assegurando-se as suas condições de abrigo, reprodução e
atividades migratórias.
Art. 227. É vedada a aplicação de agrotóxicos em áreas de preservação permanente, em áreas de proteção ambiental
e qualquer aplicação desses produtos por aeronave nas proximidades de corpos d’água.
Art. 228. Caberá ao Município desenvolver estudos e projetos, atribuindo recursos para a implantação de sistema de
tratamento para o esgoto doméstico garantindo a boa qualidade de água e a preservação da fauna e da flora.
Art. 229. O Município participará do sistema integrado de gerenciamento de recursos hídricos, previstos no artigo 205
da Constituição Estadual, isoladamente ou em consórcio com outros Municípios da mesma bacia ou região hidrográfica,
assegurando, para tanto, meios financeiros e institucionais.
Art. 231. O Município cuidará, para que haja cooperação de associações representativas e participação de entidades
comunitárias no estudo, encaminhamento e na solução dos problemas, planos e programas municipais sobre recursos
hídricos.
Parágrafo único. Será incentivada a formação de associações e consórcios de usuários de recursos hídricos, com o
fim de assegurar a sua distribuição equitativa e para a execução de serviços e obras de interesse comum.
Art. 232. O Município combaterá a poluição, em qualquer de suas formas, nas suas bacias hídricas, de modo especial
nas dos rios Ribeirão Claro, Cabeça e Corumbataí.
Art. 233. O Município deverá exigir das indústrias e demais empresas instaladas em Rio Claro a implantação de
sistema de filtros que depurem e filtrem os poluentes do ar, solo e água.
Art. 234. O Município exigirá, de quem devidamente autorizado, a explorar os recursos minerais em áreas do
Município, inclusive através de ação judicial, o cumprimento da obrigação de fazer a devida recuperação do ambiente
degradado, conforme preceitua a Constituição Federal, devendo ser depositada caução para o exercício dessas
atividades ou provada a existência de seguro adequado.
Parágrafo único. Os danos causados pelas explorações de recursos hídricos e minerais, em especial portos de
areia, extração de argila e outros, no Município de Rio Claro, deverão ser reparados de modo a que sejam mantidas as
características gerais da área, correndo as despesas por conta da empresa responsável, sob as penas da lei.
Art. 235. O Município destinará à conservação e recuperação ambiental, no mínimo, 20% (vinte por cento) do total da
receita oriunda da participação no resultado da exploração de recursos naturais, conforme preceitua a Constituição
Federal.
§ 1º Não poderá haver a concessão de recursos públicos ou incentivos fiscais às entidades e empreendimentos que,
em suas atividades, infringirem as normas e padrões de proteção ambiental, inclusive sem a preocupação com as
condições adequadas no ambiente de trabalho.
§ 2º O Município não poderá contratar serviços ou efetuar transações comerciais com entidades e empresas que
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receberam punições por desrespeito à legislação ambiental.
Art. 236. O Município, mediante lei, criará um sistema de administração de qualidade ambiental e de proteção, recursos
naturais, para organizar, coordenar e integrar as ações de órgãos e entidades da administração pública, direta e
indireta, assegurada a participação da coletividade.
Parágrafo único. O sistema mencionado no "caput" deste artigo será coordenado por órgão da administração direta,
e será integrado por:
a) um Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA - órgão colegiado, normativo e recursal, com participação
paritária dos segmentos da sociedade civil e cuja composição, organização, competência e atribuições serão definidas
em lei;
b) órgãos executivos incumbidos da realização das atividades de desenvolvimento ambiental que terão, entre suas
atribuições, a de licenciar obras e atividades de impacto ambiental, estabelecer infrações e penalidades e encaminhar a
documentação pertinente junto aos órgãos competentes das esferas estaduais e federais.
Art. 237. É dever do Município promover a educação ambiental e a conscientização para a preservação, conservação e
recuperação do meio ambiente.
Art. 238. O Município garantirá, em seu território, o planejamento e desenvolvimento de ações que viabilizem, no
âmbito de sua competência, os princípios da seguridade social previstos na Constituição Federal e Estadual.
Seção II - Da Saúde
Art. 239. A saúde é um direito de todos os munícipes e dever do Município, assegurada mediante políticas sociais e
econômicas que visem à eliminação do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações
e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Parágrafo único. Assegurar a saúde implica no respeito aos seguintes direitos fundamentais:
I - existência de condições dignas de trabalho, alimentação, moradia, saneamento, educação, transporte e lazer;
II - convívio em meio ambiente saudável, preservado, controlado e livre de poluição de qualquer natureza;
III - garantia de acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município às ações e serviços de promoção,
proteção e recuperação da saúde, sem qualquer discriminação.
Art. 240. O Município disporá, nos termos da lei, sobre a regulamentação, fiscalização e controle das ações e serviços
de saúde, que são considerados de relevância pública.
§ 1º As ações e os serviços de preservação da saúde abrangem o ambiente natural, os locais públicos e de trabalho.
§ 2º As ações e serviços de saúde serão realizados, preferencialmente de forma direta, pelo Município ou através de
terceiros, e pela iniciativa privada.
§ 3º A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 4º A participação do setor privado no sistema único de saúde efetivar-se-á segundo suas diretrizes, mediante
convênio ou contrato de direito público, tendo preferência às entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 5º As pessoas jurídicas de direito privado, quando participarem do sistema único de saúde, ficam sujeitas às suas
diretrizes e às normas administrativas incidentes sobre o objeto de convênio ou de contrato.
§ 6º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenções às instituições privadas com fins
lucrativos.
Art. 241. O gerenciamento do Sistema Municipal de Saúde de Rio Claro se dará por meio das seguintes instâncias:
Fundação/Secretaria Municipal de Saúde, Conferência Municipal de Saúde, Conselho Municipal de Saúde e Conselhos
Gestores Locais.
§ 1º À Fundação/Secretaria Municipal de Saúde de Rio Claro compete:
I - o comando do Sistema Único de Saúde - SUS - no âmbito do Município de Rio Claro, em articulação com a
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo;
II - a instituição de planos de carreira aos profissionais de saúde baseada nos princípios de ingresso por concurso
público, isonomia salarial, observando-se os pisos salariais nacionais; incentivo à dedicação exclusiva e tempo integral
no serviço público; capacitação e reciclagem permanente, definição de critérios de promoção e progressão na carreira;
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III - o comando do processo de elaboração, atualização periódica e execução do Plano Municipal de Saúde do
Município de Rio Claro;
IV - a elaboração e atualização da proposta orçamentária do SUS para o Município de Rio Claro a partir das
definições contidas no Plano Municipal de Saúde;
V - a administração do Fundo Municipal de Saúde de Rio Claro;
VI - a proposição de projetos de leis municipais que contribuam para viabilizar e concretizar o SUS no Município de
Rio Claro;
VII - a compatibilizarão e complementação das normas técnicas do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado
da Saúde de São Paulo, de acordo com a realidade municipal;
VIII - o planejamento e execução das ações de controle das condições e dos ambientes de trabalho e dos
problemas de saúde a eles relacionados;
IX - a administração e execução das ações e serviços de saúde públicos de abrangência municipal ou
intermunicipal;
X - a formação e implementação da política de recursos humanos na esfera municipal, de acordo com as políticas
nacional e estadual de desenvolvimento de recursos humanos para a saúde;
XI - a implementação do sistema de informação em saúde, no âmbito municipal;
XII - o acompanhamento, avaliação e divulgação dos indicadores de saúde no âmbito do Município de Rio Claro;
XIII - o acompanhamento, avaliação e divulgação dos indicadores da morbi-mortalidade, no âmbito do Município de
Rio Claro;
XIV - o planejamento e execução das ações na área de saúde, de vigilância no âmbito no Município de Rio Claro;
XV - o planejamento e execução das ações de controle do meio ambiente e de saneamento básico no âmbito do
Município de Rio Claro, em articulação com os demais órgãos governamentais;
XVI - a normalização e execução, no âmbito do Município, da política nacional de insumos e equipamentos para a
saúde;
XVII - a execução, no âmbito do Município, dos programas e projetos estratégicos para o enfrentamento das
prioridades nacionais, estaduais, assim como situações emergenciais;
XVIII - a adequação de normas referentes ás relações com o setor privado e a elaboração de contratos com
serviços privados de abrangência municipal;
XIX - a celebração de consórcios intermunicipais para formação de sistemas de saúde quando houver indicação
técnica de consenso das partes, de acordo com as diretrizes do SUS.
§ 2º A Conferência Municipal de Saúde, de caráter deliberativo, convocado pelo Prefeito Municipal a cada 2 (dois)
anos, com ampla representação da sociedade, compete avaliar a situação de saúde do Município e propor as diretrizes
da política municipal de saúde.
§ 3º Ao Conselho Municipal de Saúde, de caráter deliberativo e composto por representação do Governo Municipal,
dos usuários organizados em sindicatos ou associações e das entidades prestadoras de serviços de saúde, compete à
elaboração anual da proposta do Plano Municipal de Saúde.
§ 4º Aos Conselhos Gestores Locais de Saúde, organizados em cada unidade de prestação de serviço do sistema,
através da participação de seus usuários, trabalhadores de saúde da unidade e dos dirigentes institucionais locais,
compete acompanhar, avaliar e indicar prioridades para as ações de saúde a serem executadas pela referida unidade
em consonância com Plano Municipal de Saúde.
Art. 242. As ações e os serviços de saúde executados e desenvolvidos pelos órgãos e instituições públicas municipais,
da administração direta, indireta, fundacionais e autarquias, constituem o Sistema Único de Saúde, nos termos da
Constituição Federal, e se organizarão ao nível do Município, de acordo com as seguintes diretrizes e bases:
I - descentralização com direção única, sob a direção de um profissional da saúde;
II - gerenciamento de recursos, serviços e ações de saúde, com estabelecimento em lei, dos critérios de repasse das
verbas oriundas das esferas federal e estadual;
III - integração das ações e serviços com base na regionalização e hierarquização do atendimento individual e
coletivo, adequados às diversas realidades epidemiológicas;
IV - universalização da assistência de igual qualidade com instalação e acesso a todos os níveis dos serviços de
saúde à população urbana e rural;
V - pelos serviços prestados é vedada a cobrança de despesas e taxas.
Art. 243. Compete ao Sistema Único de Saúde, nos termos da lei, além de outras atribuições:
I - a assistência integral à saúde, respeitadas as necessidades específicas de todos os segmentos da população, de
acordo com os princípios do SUS, de universalidade, integralidade e equidade;
II - a identificação e o controle dos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, mediante,
especialmente, ações referentes a:
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a) vigilância sanitária;
b) vigilância epidemiológica;
c) saúde do trabalhador;
d) saúde do idoso;
e) saúde da mulher;
f) saúde da criança e do adolescente;
g) saúde dos portadores de deficiência;
h) saúde bucal;
i) saúde mental;
j) saúde oncológica.
III - a implementação dos planos municipais de saúde e de alimentação e nutrição, em termos de prioridades e
estratégias regionais, em consonância com os planos nacionais e estaduais;
IV - a participação na formulação da política e na execução das ações de saneamento básico;
V - a colaboração na proteção do meio ambiente;
VI - a participação no controle e fiscalização da produção, armazenamento, transporte, guarda e utilização de
substâncias de produtos psicoativos, tóxicos e teratogênicos;
VII - a adoção de política de recursos humanos em saúde e na capacitação, formação e valorização de profissionais
da área, no sentido de propiciar melhor adequação às necessidades específicas do Município e ainda àqueles
segmentos da população, cujas particularidades requerem atenção especial, de forma a aprimorar a prestação de
assistência integral;
VIII - a adoção de políticas adequadas para garantir as condições de prevenção, atendimento, recuperação e
integração das pessoas portadoras de deficiência à comunidade;
IX - a fiscalização e controle dos equipamentos e aparelhagens utilizados no sistema de saúde, na forma da Lei.
Art. 244. É vedada a nomeação ou designação, para o cargo ou função de chefia ou assessoramento na área da
saúde, em qualquer nível, de pessoa que participe de direção, gerência ou administração de entidades que mantenham
contratos ou convênios com o Sistema Único de Saúde, ao nível municipal ou sejam por ele credenciadas.
Art. 245. O Município atuará para garantir as ações de prevenções de doenças, acidentes e vigilância de ambientes de
trabalho em consonância com a legislação vigente.
Art. 246. O Sistema Municipal de Saúde será financiado com recursos do orçamento do Município, do Estado, da
Seguridade Social, da União, além de outras fontes, que constituirão o Fundo de Saúde.
Art. 247. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade
social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e ao desamparado;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária;
V - incentivar as empresas privadas, no sentido de que adotem, em seu quadro de funcionários, pessoas portadoras
de deficiência.
Art. 248. As ações do Município, por meio de programas e projetos na área de proteção social, serão organizadas,
elaboradas, executadas e acompanhadas pelo órgão diretivo de Proteção Social do Município, sob a coordenação de
profissional da área de Serviço Social ou Ciências Políticas e Sociais, com base nos seguintes princípios:
I - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle
das ações a nível municipal;
II - integração das ações dos órgãos e entidades da administração em geral, compatibilizando programas e recursos
e evitando a duplicidade de atendimento entre as esferas municipal e estadual;
III - promoção e emancipação do assistido mediante planos e programas de cunho preventivo e educativo, visando à
sua independência de ação assistencial;
IV - informação ampla dos benefícios e serviços assistenciais oferecidos pelo Município e os critérios de sua
concessão;
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V - garantir o acesso a benefícios e serviços que deverão ser implantados e executados de forma descentralizada.
Art. 249. É vedada a distribuição de recursos públicos, na área de assistência social, diretamente ou por indicação e
sugestão ao órgão competente, por ocupantes de cargos eletivos.
Art. 250. O Município criará o Conselho Municipal de Promoção Social cuja composição e atribuições serão definidas
em lei.
Art. 251. O Município garantirá, na dotação orçamentária, recursos que atendam às situações de emergência ou de
calamidade pública.
Art. 252. Para efeito de subvenção municipal, as entidades de assistência social atenderão aos seguintes requisitos:
I - integração dos serviços à política municipal de assistência social;
II - garantia da qualidade dos serviços;
III - supervisão do órgão de Promoção Social do Município;
IV - prestação de contas para fins de renovação e de subvenção;
V - existência na estrutura organizacional da entidade de um conselho deliberativo, com representação dos
assistidos.
Art. 253. Fica assegurado às entidades assistenciais sem fins lucrativos, o disposto no artigo 150, inciso VI, da
Constituição Federal.
Seção IV - Da Educação
Art. 254. A educação, direito de todos e dever da União, do Estado, do Município e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
§ 1º A educação se baseará nos princípios de vida democrática, na liberdade de expressão de pensamento e de
sentimento, na solidariedade entre as pessoas, no respeito aos direitos humanos, visando constituir-se em instrumento
de desenvolvimento das pessoas no que se refere à reflexão crítica, à realidade econômica, política e cultural e à
capacidade de interagir nessa mesma realidade.
§ 2º O Poder Público Municipal assegurará, na promoção da educação pré-escolar e do ensino fundamental, a
observância dos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e de participação em programas educacionais e
culturais;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação, garantidos, na forma da lei, capacitação e atualização permanente,
plano de carreira para o magistério, com piso salarial profissional, e ingresso no magistério público exclusivamente por
concurso público de provas e títulos, em regime único, para todas as instituições mantidas pelo Município;
VI - gestão democrática da educação e do ensino, garantindo a participação de representantes do corpo docente,
discente e da comunidade, eleitos em seus órgãos colegiados, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade;
VIII - garantia de condições de pesquisa no campo educacional;
IX - garantia de condições dignas do trabalho aos profissionais de educação.
Art. 255. A lei estabelecerá o Plano Municipal de Educação, de duração plurianual, visando a articulação e ao
desenvolvimento do ensino municipal em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Municipal que
conduzam:
I - à universalização do atendimento escolar;
II - à erradicação do analfabetismo, entre jovens e adultos;
III - à priorização de oportunidades para-educacionais e para-escolares às crianças e jovens de família de baixa-
renda;
IV - à melhoria da qualidade de educação e de ensino;
V - à preparação para o trabalho no universo ocupacional e profissional em contínua transformação;
VI - à integração à educação e cultura;
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VII - à iniciação e aprofundamento no exercício da cidadania;
VIII - à opção programática que mantenha estudantes e educadores em dia com os problemas contemporâneos
locais, nacionais e mundiais;
IX - ao atendimento de que cabe ao homem organizado com outros homens transformar a natureza e a sociedade, de
modo a promover o bem comum;
X - à integração escola e comunidade;
XI - a um plano de concessão de bolsas de estudo.
Art. 256. O dever do Município, com a educação, será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência física e ou sensoriais, preferencialmente na
rede regular de ensino ou, na ausência desta, em convênio com entidades filantrópicas;
III - oferta de ensino noturno regular destinado a jovens, adultos e adequados às condições econômicas e culturais do
educando;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade.
§ 1º O acesso ao ensino fundamental obrigatório e gratuito é direito subjetivo, acionável mediante ação competente.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Município, ou a sua irregular oferta, importa em responsabilidade
da autoridade competente.
§ 3º Compete ao Município recensear os educandos de ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos
pais, pela frequência à escola e pré-escola.
Art. 257. A educação e o ensino serão gratuitos em todos os graus, iniciando-se pelas creches e pré-escolas e
atingindo os graus que integram a escola de ensino médio.
Parágrafo único. O Município atenderá, prioritariamente, o ensino pré-escolar e o fundamental, só podendo atuar em
níveis mais elevados quando a demanda naqueles níveis estiver plenamente atendida, quantitativa e qualitativamente.
Art. 258. O atendimento em creche deverá ter uma função educacional e de guarda, assistência, alimentação, saúde e
higiene, executado por equipe multiprofissional.
Art. 259. O Município fiscalizará as empresas instaladas em Rio Claro, para cumprirem a legislação pertinente a
instalação de creches para seus funcionários, sob pena de cassação do alvará para funcionamento.
Art. 260. O Município orientará e estimulará, por todos os meios, a educação física, e programas de recreação, que
serão obrigatórios nos estabelecimentos municipais de ensino.
Art. 261. A lei municipal regulamentará o funcionamento e as atribuições do Conselho Municipal de Educação.
Parágrafo único. Ao Conselho Municipal de Educação será assegurada a participação de representantes de pais,
alunos, professores, do Poder Público e da sociedade civil.
Art. 262. Fica criado o Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico, que terá suas atribuições e funcionamento
estabelecidos em Lei.
Art. 263. O Município aplicará, anualmente, nunca menos que 25% (vinte e cinco por cento) da receita resultante de
impostos municipais e de impostos provenientes das transferências da União e do Estado, para manutenção e
desenvolvimento da educação e do ensino.
Parágrafo único. Não serão incluídas no percentual definido no "caput" deste artigo as despesas suportadas com
repasses da União e do Estado efetuadas com alimentação, assistência à saúde e transporte, até o montante desses
repasses.
Art. 264. Consideram-se como manutenção e desenvolvimento da educação e do ensino as despesas realizadas com:
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente, administrativo e técnico ligados à educação pública;
II - aquisição, manutenção, renovação e ampliação de instalações e equipamentos;
III - utilização e sustentação dos bens e serviços vinculados à educação, ao ensino público e, em especial, a
manutenção do programa de transporte escolar;
IV - estudos e pesquisas voltados à melhoria e expansão do ensino público.
Art. 265. As escolas do Município, de qualquer grau, e as creches, além de cumprirem sua função precípua, terão
espaços educacionais de caráter social, cultural e de programas de lazer para a comunidade abrangente às mesmas,
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exceptuando-se programas de caráter político partidário.
Art. 266. O Município organizará seu sistema de ensino em colaboração com a União e o Estado e poderá fazer
convênios no sentido de receber assistência técnico-financeira para o desenvolvimento de ensino municipal e o
atendimento prioritário à escolaridade obrigatória.
Art. 267. É vedado o uso de próprios públicos municipais para o funcionamento de estabelecimento de ensino privado
de qualquer natureza.
Art. 268. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de
ensino fundamental.
Art. 269. O Município só expedirá alvará de funcionamento para creches e pré-escola que estejam de acordo com as
normas definidas pelos órgãos competentes.
Art. 270. O Município implementará em sua rede de ensino, programas e atividades multidisciplinares de educação
ambiental, de segurança no trânsito e de bem estar animal. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à LOM
nº 032, de 30.08.2021)
Art. 270. O Município implementará em sua rede de ensino, programas e atividades multidisciplinares de educação
ambiental e de segurança no trânsito. (redação original)
Seção V - Da Cultura
Art. 271. O Município garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura, e
apoiará e incentivará a valorização e a difusão de suas manifestações.
Art. 272. Constituem patrimônio cultural os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em
conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade,
nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - as críticas científicas, artísticas e tecnológicas;
III - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
IV - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e
científico.
Art. 273. O Município pesquisará, identificará, protegerá e valorizará o patrimônio cultural rio-clarense através do
Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de Rio Claro, na forma que a lei
estabelecer.
Parágrafo único. Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da Lei.
Art. 274. O Município promoverá, garantirá e incentivará a produção à livre manifestação, à circulação e à preservação
do bem cultural, mediante:
I - criação, manutenção e abertura de espaços públicos, devidamente equipados e capazes de garantir a produção,
divulgação e apresentação das manifestações culturais e artísticas;
II - desenvolvimento de intercâmbio cultural e artístico com os Municípios, integração de programas culturais e apoio
à instalação de casas de cultura e de bibliotecas públicas;
III - instalação e manutenção de um sistema de bibliotecas públicas municipais atualizado e compatível com as
necessidades da população;
IV - acesso aos acervos das bibliotecas, museus, arquivos e congêneres;
V - promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura;
VI - planejamento e gestão do conjunto das ações, garantida a participação de representantes da comunidade,
através do Conselho Municipal da Cultura;
VII - compromisso do Município de resguardar e defender a integridade, pluralidade, independência e autenticidade
das diferentes culturas em seu território;
VIII - cumprimento, por parte do Município, de uma política cultural não intervencionista, visando à participação de
todos na vida cultural;
IX - preservação dos documentos, obras e demais registros de valor histórico ou científico;
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X - desenvolvimento de pesquisas e estudos sobre o processo do desenvolvimento econômico da cidade e do
Município, de modo a respeitar as configurações típicas da cultura das regiões, distritos e bairros;
XI - inserção das questões de natureza cultural nos programas de educação formal do Município;
XII - criação de mecanismos de defesa da memória do Município e da divulgação permanente do acervo, promovendo
a divulgação da história, dos valores humanos e das tradições locais;
XIII - incentivo aos grupos amadores de teatro do Município, devidamente organizados e registrados.
Art. 275. A lei estimulará, mediante mecanismos específicos, os empreendimentos privados que se voltem à
preservação e à restauração do patrimônio cultural do Município, bem como incentivará os proprietários de bens
tombados que atendam às recomendações de preservação do patrimônio cultural.
Art. 276. O Conselho Municipal da Cultura, citado no artigo 274, inciso VI, terá sua organização e competência fixados
em lei e terá, necessariamente, representação comunitária de entidades culturais e dos Poderes Executivo e
Legislativo.
Art. 277. O patrimônio físico, cultural e científico dos museus, institutos e centros de pesquisas da administração direta,
indireta e fundacional, são inalienáveis e intransferíveis sem anuência dos Conselhos de Educação, Cultura e Meio
Ambiente e aprovação prévia do Poder Legislativo.
Art. 278. O tombamento de qualquer bem de valor histórico, artístico, cultural, paisagístico e turístico será previamente
autorizado pela Câmara Municipal, ouvidas as instâncias ou órgãos pertinentes.
Art. 279. O Município promoverá projetos especiais visando a valorização das culturas negras, indígenas e de outros
grupos que contribuíram significativamente para a formação da população brasileira e do Município.
Art. 280. O Município apoiará e incentivará o desenvolvimento científico e tecnológico, através de:
I - convênio com órgãos de ensino e pesquisa localizados no Município ou fora dele, para:
a) promover a modernização da administração pública, incorporando as inovações tecnológicas e adequando a sua
mão de obra;
b) promover o desenvolvimento dos serviços públicos, através da incorporação das inovações tecnológicas;
c) incentivar a pesquisa científica e tecnológica voltada para a melhoria da qualidade de vida da população.
II - Incentivo a implantação e ao desenvolvimento das indústrias de tecnologia de ponta, através de ordenação de
espaço territorial adequado para implantação.
Art. 281. O Município apoiará e incentivará as práticas esportivo-formais e não-formais, o lazer e a recreação como
direito de todos, como forma de integração social e como prática sócio-cultural.
Art. 282. O Município proporcionará meios de recreação sadia e construtiva à comunidade, mediante:
I - reserva de espaços verdes ou livres, em forma de palanques, bosques, jardins e assemelhados, como base física
de recreação urbana;
II - construção e equipamento de parques infantis, centros de juventude e edifício de convivência comunitária;
III - aproveitamento e adaptação de rios, vales, colinas, montanhas, lagos, matas e outros recursos naturais, como
locais de passeio e distração.
Art. 283. As ações do Município e a destinação de recursos orçamentários para o setor darão prioridade:
I - ao esporte educacional, comunitário e, na forma da lei, ao esporte de alto rendimento;
II - ao lazer popular;
III - à construção e manutenção de espaços devidamente equipados para as práticas esportivas e o lazer;
IV - à promoção, estímulo e orientação à prática e difusão da educação física;
V - à adequação dos locais já existentes e previsão de medidas necessárias, quando da construção de novos
espaços, tendo em vista a prática de esportes e atividades de lazer por parte dos portadores de deficiência, idosos e
gestantes, de maneira integrada aos demais cidadãos.
Parágrafo único. O Município estimulará e apoiará as entidades e associações da comunidade dedicadas às práticas
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esportivas, priorizando o esporte amador.
Art. 284. As unidades esportivas da Prefeitura Municipal deverão estar voltadas ao atendimento esportivo, cultural, de
recreação e de lazer da população, destinando atendimento diferenciado às crianças, aos idosos e aos portadores de
deficiência, integrando-os ao convívio dos demais usuários.
Art. 285. O Município promoverá o aproveitamento racional dos recursos naturais para o lazer dos munícipes.
Art. 286. Os serviços municipais de esporte e de lazer articular-se-ão entre si e com as atividades culturais do
Município, visando à implantação e ao desenvolvimento do turismo.
Art. 287. O Município poderá solicitar o apoio do Estado, da União e de Universidades, na elaboração das diretrizes
para o desenvolvimento do esporte, lazer e recreação.
Art. 289. O transporte á um direito fundamental do cidadão, sendo de responsabilidade do Município o planejamento, o
gerenciamento e a operação dos vários modos de transporte público.
Parágrafo único. O Município dará prioridade ao transporte coletivo de passageiro no uso do sistema viário.
Art. 290. Fica criado o Conselho Municipal de Transportes Públicos, que terá como finalidade auxiliar o Município na
implementação da política relacionada com o transporte.
Parágrafo único. O Conselho referido no "caput" deste artigo, órgão colegiado, normativo, com participação paritária
dos segmentos da sociedade civil, terá sua competência e atribuições definidas em lei.
Art. 291. O Município, ouvindo o Conselho Municipal de Transporte, deverá efetuar o planejamento e a operação do
sistema de transporte e do trânsito urbano.
§ 1º O Poder Executivo Municipal definirá, segundo critério do Plano Diretor de Desenvolvimento, o percurso, a
frequência e a tarifa do transporte público local, assegurando a qualidade dos serviços e conciliando-os com o poder
aquisitivo da população.
§ 2º A operação do sistema de transporte coletivo será feita de forma direta, ou por concessão ou permissão,
observados os termos da lei municipal.
Art. 292. O Município garantirá, em legislação específica, a entrada em circulação de ônibus municipais, adaptados
para o livre acesso e circulação de pessoas portadoras de deficiência.
Art. 293. Ficam isentos do pagamento da tarifa, nos transportes coletivos urbanos explorados por concessão ou
permissão ou nos transportes explorados pelo Município, os portadores de deficiência física que tenham dificuldade de
locomoção e os cegos, devidamente comprovadas as incapacidades, por laudo médico.
Art. 294. O Município deverá, na forma da lei, garantir o controle, redução e eliminação das nocividades nas condições
e ambientes do trabalho e a promoção da saúde dos trabalhadores, através de serviços organizados especificamente
para este fim.
§ 1º As licenças para construir os autos de conclusão e as licenças para instalação e funcionamento somente serão
expedidas mediante prévia comprovação de cada caso, relativas à segurança, integridade e saúde dos trabalhadores e
usuários;
§ 2º O auto de vistoria de segurança deverá ser renovado periodicamente para verificação de obediência ao disposto
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no parágrafo anterior.
§ 3º Para o cumprimento do disposto neste artigo, o Município coordenará sua ação com a União, o Estado e
entidades representativas dos trabalhadores.
§ 4º O Município exigirá, inclusive, que os cessionários de serviço público atendam ao disposto no presente artigo
como condição para o estabelecimento e manutenção de convênios ou contratos.
§ 5º O Município assegurará a participação de representantes dos trabalhadores nas decisões em todos os níveis em
que a saúde, a segurança e a higiene do trabalho sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 295. São competências do Município, através do setor de saúde dos trabalhadores da Fundação/Secretaria
Municipal de Saúde, em conjunto com o Estado e a União:
I - adequação e complementação das normas referentes à saúde dos trabalhadores;
II - diagnóstico, tratamento e reabilitação de agravos à saúde provocados pelo processo de trabalho;
III - exames médicos da população trabalhadora supostamente sadia (admissional, periódico e demissional);
IV - investigação dos ambientes de trabalho, a partir do diagnóstico de agravos à saúde;
V - controle dos processos de trabalho potencialmente prejudiciais à saúde;
VI - fiscalização dos serviços de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas e controle dos programas de
saúde por eles executados;
VII - capacitação de recursos humanos para a execução de ações de saúde dos trabalhadores;
VIII - informação aos trabalhadores e seus representantes dos resultados das fiscalizações de avaliações ambientais
e dos exames médicos, respeitados os preceitos da ética médica;
IX - desenvolvimento de estudos e pesquisas.
Art. 296. É vedada a denominação de próprios, vias e logradouros municipais com o nome de pessoas vivas.
Art. 297. O Município se responsabilizará pela preservação do prédio do acervo e da tradição cultural do Gabinete de
Leitura Rio-Clarense.
Art. 298. A proteção do mercado de trabalho da mulher far-se-á mediante incentivos específicos, nos termos da lei.
Art. 299. O Município, com autonomia ou em concorrência com o Estado poderá instituir planos de incentivo ao
consumidor para combater à sonegação fiscal.
Art. 300. Torna-se obrigatório o uso ou utilização do Terminal Rodoviário por todas as empresas de transporte coletivo
intermunicipais ou estaduais.
Art. 302. No Município de Rio Claro é inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, proteção aos locais de cultos e suas liturgias.
Art. 303. O Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Rio Claro - DAAE - sujeita-se ao mesmo regime licitatório
previsto nesta lei para Prefeitura Municipal de Rio Claro.
Art. 304. O Município, em consonância com a Constituição Federal, criará mecanismos para a execução de uma
política de valorização social e integração da mulher e da família.
Parágrafo único. Será criado o Conselho Municipal da Condição Feminina, órgão de caráter cooperativo, integrado
por setores interessados da sociedade, e terá como objetivo elaborar, fiscalizar e desenvolver, em conjunto com os
órgãos competentes, políticas sociais inerentes à mulher e à família, no Município.
Art. 305. O Município, em consonância com a Constituição Federal, criará mecanismos para a execução de uma
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política de valorização social e integração do aposentado e do idoso.
Parágrafo único. O Conselho Municipal dos Aposentados e Idosos, órgão de caráter cooperativo, integrado por
setores interessados da sociedade, terá como objetivo elaborar, fiscalizar e desenvolver, em conjunto com os órgãos
competentes, políticas sociais inerentes ao aposentado e ao idoso, no Município.
Art. 1º Fica criada a Imprensa Oficial do Município, que será implantada no prazo máximo de 3 (três) anos, após
estudos da viabilidade e submetida à regulamentação, por lei municipal.
Art. 2º Todos os preceitos desta Lei que dependerem de regulamentação, sejam eles quais forem, serão
regulamentados num prazo máximo de 2 (dois) anos, após a promulgação desta Lei Orgânica.
Art. 3º Nos próximos 10 (dez) anos, o Município investirá nunca menos que 2% (dois por cento) dos recursos
decorrentes do artigo 263 desta Lei Orgânica, visando combater e eliminar o analfabetismo de nosso território,
conforme determina o artigo 60 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal.
Art. 4º Se instituído o Regime Jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho, ficarão mantidos aos servidores públicos
municipais estatutários todos os direitos e vantagens atribuídos por estatuto próprio, por leis municipais ordinárias, e
pelos preceitos estabelecidos no artigo 41 da Constituição Federal.
Parágrafo único. Aos servidores com 5 (cinco) anos contínuos de exercício na data da promulgação da Constituição
Federal fica assegurado o disposto no artigo 19 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal.
Art. 5º No prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias a contar da promulgação desta Lei, o Município deverá iniciar
atendimento em ambulatório de especialização para saúde do trabalhador.
Parágrafo único. O referido ambulatório poderá funcionar em convênio com outro Município.
Art. 6º Os servidores municipais da administração direta, autárquica fundacional que sejam estáveis, nos termos do
artigo 19 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal, deverão ter essa condição declarada por portaria
exarada pela respectiva autoridade superior e consequente anotações em seus prontuários.
Art. 7º Ao término de 18 (dezoito) meses, a contar da promulgação desta Lei Orgânica, a Câmara Municipal iniciará o
processo de revisão do texto da mesma lei, com o objetivo de:
I - avaliar a aplicação da Lei Orgânica, verificando a eficácia dos seus dispositivos para o atendimento das
necessidades da população do Município ou eventuais defeitos no modo de organizar a administração municipal;
II - promover um amplo debate entre as entidades representativas da população do Município, com o fim de colher as
melhores sugestões para a reformulação da Lei Orgânica;
III - estabelecer os prazos para a apresentação das emendas ao novo projeto preparado pelas Comissões da Câmara
Municipal.
Parágrafo único. A revisão a que se refere o presente artigo deverá estar terminado dentro de 6 (seis) meses, desde
o seu início, sendo a nova lei promulgada pela Câmara Municipal mediante a aprovação de 2/3 (dois terços) de seus
membros.
Art. 8º A lei disciplinará o uso, bem como direitos e obrigações dos clubes, em estádios e distritais municipais.
Art. 9º Será sistematizado pela Câmara Municipal de Rio Claro, nos 6 (seis) meses a contar da data da promulgação
da Lei Orgânica Municipal, arquivo para consulta de todas as leis municipais em vigor.
Parágrafo único. Os trabalhos de que tratam este artigo serão realizados com a contratação de pessoal necessário,
que trabalhará sob a orientação do Arquivo Histórico do Município e da Biblioteca da Câmara Municipal.
Art. 10. A partir da promulgação desta Lei Orgânica, ficam extintas as taxas de expediente para obtenção de certidões
e esclarecimento de situações de interesse pessoal, na forma das alíneas "a" e "b", inciso XXXIV, do artigo 5º da
Constituição Federal.
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Art. 11. 30 (trinta) dias após a promulgação desta Lei Orgânica, o Poder Executivo publicará edital convocando as
entidades organizadas da comunidade rio-clarense a participarem da reformulação do Plano Diretor de
Desenvolvimento.
Art. 12. Após a promulgação desta Lei Orgânica, a Câmara Municipal imprimirá não menos que 5000 (cinco mil)
exemplares dela para distribuí-las às entidades organizadas da comunidade e aos munícipes, que a solicitarem.
Art. 13. Compete ao Município promover um levantamento, no prazo de 2 (dois) anos, de suas terras devolutas.
Art. 14. O cadastro de terras públicas deverá ser atualizado no prazo de 1 (um) ano, a contar da publicação desta Lei,
pelo Poder Executivo Municipal.
Art. 15. O Poder Executivo fará um levantamento, através de comissão mista, integrada pelos legisladores, Executivo e
representantes de entidades populares, de todas as ocupações, doações, vendas e concessões de terras públicas
realizadas até a promulgação desta Lei Orgânica.
§ 1º O referido levantamento deverá ser concluído no prazo máximo de 12 (doze) meses após a promulgação desta
Lei Orgânica.
§ 2º Aqueles que não cumprirem as determinações da lei deverão devolver as terras ao Município.
Art. 16. A Câmara Municipal criará no prazo de 15 (quinze) dias da data da promulgação desta Lei, uma Comissão
Especial para proceder à revisão do seu Regimento Interno.
Parágrafo único. A Comissão referida no "caput" deste artigo terá o prazo de 6 (seis) meses para a conclusão de
seus trabalhos.
Art. 17. O Município terá prazo de 90 (noventa) dias, após a promulgação desta Lei Orgânica, para revisar o Conselho
Municipal de Transporte Público.
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