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Escola Estadual de Ensino Médio Castelo Branco

Conferências Mundiais do Clima


Aluna: Francielly Roque

Salto do Jacuí - RS / Agosto de 2024


Escola Estadual de Ensino Médio Castelo Branco
Aluna: Francielly Roque
Professor: Derlei Luiz Ravanello
Disciplina: Geografia
Turma: 3 ano B

Tema: Conferências Mundiais do Clima

Salto do Jacuí – RS / Agosto de 2024


Sumário

1. Introdução
2. História COPs
3. Conferência de Estocolmo
3.1. Histórico e Contexto

3.2. Metas e Objetivos

3.3. Decisões e Compromissos

3.4. Críticas e Desafios

3.5. Impacto e Implementação

4. Protocolo de Montreal
4.1. Histórico e Contexto
4.2. Metas e Objetivos
4.3. Decisões e Compromissos
4.4. Críticas e Desafios
4.5. Impacto e Implementação

5. Eco ou Rio-92
5.1. Histórico e Contexto
5.2. Metas e Objetivos
5.3. Decisões e Compromissos
5.4. Críticas e Desafios
5.5. Impacto e Implementação

6. Protocolo de Kyoto
6.1. Histórico e Contexto
6.2. Metas e Objetivos
6.3. Decisões e Compromissos
6.4. Críticas e Desafios
6.5. Impacto e Implementação

7. Acordo de Paris
7.1. Histórico e Contexto
7.2. Metas e Objetivos
7.3. Decisões e Compromissos
7.4. Críticas e Desafios
7.5. Impacto e Implementação

8. Conclusão
9. Referências Bibliográficas Introdução

As conferências ambientais são essenciais para entender as mudanças


climáticas e para estabelecer acordos sobre desenvolvimento sustentável. Este
trabalho examina os principais encontros realizados da Conferência das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-26), destacando suas
deliberações e consequências.
2. História COPs

As Conferências das Partes (COPs) são as maiores e mais significativas


conferências anuais sobre clima no mundo. A história começou há 20 anos, em
1992, com a ECO-92, organizada pela ONU no Rio de Janeiro. Este evento foi
crucial para a adoção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas (UNFCCC) e a criação do Secretariado de Mudanças
Climáticas da ONU.

Desde que o tratado entrou em vigor em 1994, a ONU tem promovido


anualmente cúpulas climáticas globais, conhecidas como "COPs", que reúnem
quase todos os países do planeta. O objetivo da convenção é "estabilizar as
concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera para evitar interferências
perigosas da atividade humana no sistema climático", e até agora, 197 partes
assinaram o acordo.

Durante essas conferências, foram negociadas várias extensões do tratado


original para estabelecer limites juridicamente vinculativos para as emissões.
Exemplos importantes incluem o Protocolo de Kyoto de 1997 e o Acordo de
Paris de 2015, no qual todos os países se comprometeram a intensificar os
esforços para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-
industriais e a aumentar o financiamento para ações climáticas.

3. Conferência de Estocolmo

3.1 Histórico e Contexto


A Conferência de Estocolmo, oficialmente designada Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, ocorreu entre os dias 5 e 16
de junho de 1972, na capital da Suécia. Este evento constituiu a primeira
iniciativa organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a
discussão de questões ambientais em um contexto global.
A Conferência é reconhecida como um marco significativo na história da
preservação ambiental, pois representou a primeira ocasião em que líderes
mundiais se reuniram para abordar o tema ambiental de maneira coletiva.
3.2 Metas e Objetivos
A Conferência de Estocolmo visou abordar as consequências da
degradação ambiental, incluindo:

➢ Discutir as alterações climáticas e a qualidade da água.


➢ Analisar estratégias para mitigar desastres naturais.
➢ Examinar soluções para a modificação da paisagem.
➢ Estabelecer fundamentos para o desenvolvimento sustentável.
➢ Restringir o uso de pesticidas na agricultura.
➢ Diminuir a emissão de metais pesados no meio ambiente.

3.3 Principais Decisões e Compromissos


O debate durante a conferência foi intensamente marcado pela urgência de
adotar um novo modelo de desenvolvimento econômico. Era necessário
encontrar uma abordagem que conciliasse a exploração de recursos naturais
não renováveis, como o petróleo, com a manutenção do crescimento
econômico, sem comprometer a sustentabilidade.

3.4 Críticas e Desafios


Nesta conferência, houve duas posições antagônicas: os países desenvolvidos,
que defendiam o preservacionismo, e os países em desenvolvimento, que
sustentavam a necessidade de utilizar os recursos naturais para impulsionar
seu desenvolvimento econômico. Estes últimos discordaram das metas de
redução das atividades industriais, argumentando que tal medida poderia
comprometer suas economias.
Simultaneamente, outros países manifestaram empenho em cumprir os
acordos estabelecidos. Os Estados Unidos, por exemplo, comprometeram-se a
reduzir a poluição em seu território.

3.5 Impacto e Implementação


Essa conferência destacou a urgência de discutir a interferência humana na
natureza, além de ter estabelecido o desenvolvimento sustentável como tema
central e considerado a possibilidade de aliar o crescimento econômico à
preservação ambiental.
Cinquenta anos depois, o debate sobre a degradação ambiental foi retomado
na Estocolmo+50, realizada em 2022, com ênfase no aquecimento global e na
urgência de acelerar o cumprimento da Agenda 2030 e dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável.
4. Protocolo de Montreal

4.1 Histórico e Contexto


Assinado em 1987, o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a
Camada de Ozônio teve como precursor a Convenção de Viena de 1985, que
tratou do mesmo tema.
O Protocolo de Montreal é amplamente reconhecido como um dos acordos
internacionais de maior sucesso, tendo sido ratificado por mais de 197 países.
O dia 16 de setembro, data em que o protocolo entrou em vigor, foi declarado o
Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio. Ao longo dos
anos, o protocolo passou por várias revisões, incluindo em Londres (1990),
Copenhague (1992), Viena (1995), Montreal (1997), Pequim (1999) e Kigali
(2016).

4.2 Metas e Objetivos


A principal meta do Protocolo de Montreal consistia na eliminação das
substâncias responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Para alcançar
esse objetivo, foram estabelecidas as seguintes diretrizes:

➢ Reduzir em 80% as emissões de CFCs no período entre 1996 e 1994;


➢ Garantir que os países desenvolvidos diminuam o uso de CFCs em 75% até
2010 e em 99,5% até 2020;
➢ Reduzir os níveis de CFCs em 50% entre 1986 e 1999;
➢ Eliminar a fabricação e o uso de CFCs;
➢ Assegurar a plena recuperação da camada de ozônio até 2065;
➢ Erradicar a produção e o uso de tetracloreto de carbono, tricloroetano,
hidrofluorocarbonetos,,hidroclorofluorocarbonetos,hidrobromofluorocarbo netos
e brometo de metila.

4.3 Principais Decisões e Compromissos


Uma das principais medidas criadas no país após a assinatura do Protocolo de
Montreal foi o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs, que entrou em
vigor após uma atualização do acordo internacional no ano de 2007. De acordo
com as metas desse programa, o consumo dos HCFCs deve ser totalmente
estagnado até o ano de 2040.
Atualmente, apenas 13 empresas têm autorização para a importação de uma
cota predeterminada de HCFC no Brasil. A maioria delas atua no ramo da
produção de refrigeradores, climatizadores e aparelhos de ar-condicionado.
4.4 Críticas e Desafios
Estima-se que cerca de 98% das substâncias causadoras da decomposição do
ozônio foram eliminadas quando comparado aos níveis de 1990, o que pode
fazer com que a camada volte a ser como ela era em 1980 até o ano de 2066
na Antártida e em 2045 no Ártico.
Entretanto, existem outros estudos que mostram que, na realidade, o volume
de ozônio presente na atmosfera, hoje, é menor do que aquele observado no
início do presente século. Isso demonstraria que os efeitos deletérios de gases
como os CFC e HCFC ainda não foram eliminados, e todos os esforços devem
continuar sendo feitos para a obtenção de melhores resultados.
Ainda assim, as Nações Unidas indicam que, sem o Protocolo de Montreal, a
situação atual estaria piorando gradualmente até atingir seu pico em 2050,
quando a decomposição de ozônio ficaria dez vezes mais intensa do que hoje
em dia.

4.5 Impacto e Implementação


O Protocolo de Montreal é descrito como um dos acordos internacionais mais
bem-sucedidos do mundo. Isso acontece porque as medidas por ele propostas
foram amplamente adotadas pelos países signatários, e resultaram em efeitos
positivos na camada de ozônio. Sabe-se que essa camada se regenera com o
tempo. No entanto, esse tempo se torna tão extenso quanto maiores forem as
emissões de gases como os HCFC e CFC, que permanecem longos períodos
em suspensão e, ao reagir com o ozônio da atmosfera, causam a sua
decomposição.
Com as restrições que foram impostas por meio do Protocolo de Montreal, em
vigor desde 1989, pesquisadores puderam observar uma recuperação em uma
parte da camada de ozônio. Esse processo regenerativo havia sido constatado
e reafirmado pela ONU em 2023, o que trouxe bastante otimismo para
cientistas e ambientalistas em todo o mundo.

5. Eco ou Rio-92
5.1 Histórico e Contexto
A Eco-92, Rio-92, Cúpula da Terra ou Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento foi um evento que ocorreu no Rio de Janeiro
em 1992. Os temas da Conferência giraram em torno de problemas ambientais
e de desenvolvimento sustentável.
A partir disso, esse evento foi um marco para alertar sobre a conscientização
ambiental em todos os países do mundo.

5.2 Metas e Objetivos


Na Conferência Eco-92 ficaram estabelecidos 27 princípios básicos sobre o
desenvolvimento sustentável global. Segue abaixo o resumo de 10 deles:
1. Os seres humanos têm direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia
com a natureza;
2. Direito dos estados de explorarem seus próprios recursos sendo responsáveis
por suas atividades de forma a não prejudicar o meio ambiente e os outros
territórios;
3. O desenvolvimento deve ser promovido de forma equitativa para garantir as
necessidades das gerações presentes e futuras;
4. A proteção ambiental deve ser considerada parte integral do processo de
desenvolvimento sustentável;
5. A erradicação da pobreza como requisito indispensável para promoção do
desenvolvimento sustentável;
6. As ações internacionais devem dar prioridade especial à situação dos países
em desenvolvimento e dos mais desfavorecidos;
7. Mediante uma parceira global, os Estados devem cooperar na conservação,
proteção e recuperação da integridade e saúde do ecossistema Terra;
8. Os Estados devem reduzir e eliminar padrões insustentáveis de produção e de
consumo;
9. Cooperação dos Estados no desenvolvimento e intercâmbio de conhecimentos
científicos e tecnológicos;
10. Assegurar a participação pública e popular das questões ambientais que deve
ser promovida mediante o acesso à informação e os processos decisórios
5.3 Decisões e Compromissos
➢ Os Estados devem notificar previamente outros Estados que possam ser
potencialmente afetados por atividades com significativo impacto ambiental
transfronteiriço;
➢ Participação integral das mulheres no gerenciamento e no alcance do
desenvolvimento sustentável;
➢ A criatividade, idealismo e coragem dos jovens do mundo são essenciais para
se atingir o desenvolvimento sustentável e assegurar um mundo melhor para
todos;
➢ As populações indígenas e outras comunidades locais têm um papel vital no
gerenciamento e desenvolvimento ambiental em função de seus
conhecimentos e práticas tradicionais. Os Estados devem reconhecer e
assegurar seus direitos;
➢ Proteção dos recursos naturais e ambientais de populações sob opressão,
dominação e ocupação;
➢ Os Estados devem respeitar o Direito Internacional e proteger o meio ambiente
em tempos de conflitos armados;
➢ A Paz, o Desenvolvimento e a Proteção Ambiental são interdependentes e
indivisíveis.
➢ Os Estados deverão resolver suas controvérsias ambientais de forma pacífica
conforme a Carta das Nações Unidas;
➢ Os Estados e os povos devem cooperar num espírito de parceria para o
cumprimento dos princípios dessa Declaração e para o desenvolvimento do
Direito Internacional no campo do desenvolvimento sustentável.

5.4 Críticas e Desafios


Assim, foi acordado que os países em desenvolvimento receberiam apoio
financeiro e tecnológico para alcançarem modelos de desenvolvimento
sustentáveis. A partir do principal documento do encontro, a Agenda 21, foram
estabelecidas algumas políticas e ações de responsabilidade ambiental, como
por exemplo:
➢ mudanças necessárias aos padrões de consumo (especialmente em relação
aos combustíveis fósseis como petróleo e carvão mineral);
➢ a proteção dos recursos naturais; e,
➢ o desenvolvimento de tecnologias capazes de reforçar a gestão ambiental dos
países;
➢ direcionamento para atividades que protejam e renovem os recursos
ambientais, no qual o crescimento e o desenvolvimento dependem.
➢ estabelecimento de áreas de ação: proteção da atmosfera; combate ao
desmatamento, a perda de solo e a desertificação; prevenção a poluição da
água e do ar; detenção da destruição das populações de peixes; e, promoção
de uma gestão segura de resíduos tóxicos;

Mas a Agenda 21 foi além das questões ambientais. Nesse documento houve
uma preocupação direta em abordar os padrões de desenvolvimento que
causam danos ao meio ambiente que precisavam ser combatidos, como:
➢ a pobreza e a dívida externa dos países em desenvolvimento;
➢ os padrões insustentáveis de produção e consumo;
➢ as pressões demográficas e a estrutura da economia internacional;

A agenda ainda incentivou que o papel desempenhado por grandes grupos


como mulheres, organizações sindicais, agricultores, crianças e jovens, povos
indígenas, comunidade científica, autoridades locais, empresas, indústrias e
ONGs fossem fortalecidos e respeitados para alcançar o desenvolvimento
sustentável.

5.5 Impacto e Implementação


A Conferência realizada no Brasil colocou o assunto ambiental na agenda
pública de uma maneira inovadora, sendo um importante passo e marco de
como a humanidade encara sua relação com o planeta. Foi nesse momento
que a comunidade política internacional admitiu claramente que era preciso
conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a utilização dos recursos da
natureza. Inúmeras propostas passaram a ser discutidas para que o progresso
e o desenvolvimento acontecessem em harmonia com a natureza, garantindo a
qualidade de vida tanto para a geração atual quanto para as futuras no planeta.
Pode-se dizer que foi somente na Rio-92 que o assunto sobre a união entre
meio ambiente e desenvolvimento realmente avançou. Afinal, os chefes de
governo e comissões diplomáticas assumiram o compromisso de que temos de
juntar os componentes econômicos, ambientais e sociais ao debate e
considerá-los como essenciais a agenda de todos os países, pois se isso não
for feito, não há como se garantir a sustentabilidade do desenvolvimento.

6. Protocolo de Kyoto

6.1 Histórico e Contexto


O Protocolo de Kyoto foi um acordo de cooperação internacional assinado na
cidade japonesa de Kyoto, em 1997. Seu principal objetivo era a redução da
emissão de gases do efeito estufa, como o gás carbônico, para a contenção
das mudanças climáticas em curso. Para isso, foram estabelecidas metas de
redução a serem cumpridas pelos países desenvolvidos. A ideia era de que
houvesse uma diminuição de 5,2% nas emissões em comparação aos valores
de 1990.

6.2 Metas e Objetivos


O Protocolo de Kyoto teve como principal objetivo o estabelecimento de metas
e acordos que versavam sobre a redução da emissão de gases do efeito estufa
na atmosfera, entre os quais está o dióxido de carbono (CO2), o que
contribuiria, assim, para a diminuição do aquecimento global. O cumprimento
dessas metas foi imposto sobretudo aos países desenvolvidos ou
industrializados, que eram, à época da elaboração desse acordo internacional,
responsáveis por mais da metade das emissões de CO2 em escala mundial.

6.3 Decisões e Compromissos


O Protocolo de Kyoto foi originalmente assinado por mais de 190 países e
territórios. A ratificação do acordo original, ato que confirma a adesão ao
compromisso, e também a sua prorrogação, em 2012, não abrangeram todos
os signatários. Entre os países que aderiram, estavam a União Europeia, o
Japão, o Brasil e a Rússia. Os Estados Unidos não ratificaram o Protocolo de
Kyoto, e a sua ausência e o fato de a China ter sido considerada um país em
desenvolvimento nos termos do acordo, e assim desobrigada do cumprimento
de metas, motivaram a saída do Canadá, em 2011. O grupo dos não
signatários incluiu Afeganistão, Andorra, Sérvia, Taiwan e Vaticano.
6.4 Críticas e Desafios
A UNFCC surgiu de uma proposição feita pelo Painel Intergovernamental em
Mudanças Climáticas (IPCC) para a cooperação internacional no combate às
mudanças climáticas, visando ao estabelecimento de medidas em comum para
a redução do aquecimento global. O Protocolo de Kyoto foi aprovado na
terceira reunião da Conferência das Partes(COP), órgão decisório da UNFCC,
que aconteceu na cidade de Kyoto, no Japão, em dezembro de 1997, e contou
com a presença de representantes de quase 160 países. A COP3, como ficou
conhecida, alertou sobre a necessidade de se agir imediatamente a respeito do
problema crescente e já à época reconhecido pela ciência que é o aquecimento
global.

O acordo internacional firmado para atingir tais objetivos ficou conhecido como
Protocolo de Kyoto, e foi assinado inicialmente por 84 países. Embora sua
adoção date de 11 de dezembro de 1997, o protocolo entrou em vigor somente
em 2005. Isso porque era necessário a ratificação por metade dos países
apontados como principais responsáveis pelas emissões dos gases de efeito
estufa, cota essa atingida, ao fim de 2004, com a confirmação da Rússia.

6.5 Impacto e Implementação


O Protocolo de Kyoto obteve amplo alcance entre os países, mas o balanço
que se faz é de que ele não alcançou os resultados almejados, o que se
deveu ao descompasso entre as metas estabelecidas para nações
desenvolvidas e em desenvolvimento. Esse foi o motivo que nações como os
Estados Unidos alegaram para deixar o acordo e, mais tarde, essa atitude
levou o Canadá também a resignar-se dos termos do protocolo.
No primeiro período de vigência (2005-2012), muitos países conseguiram
reduzir as emissões de gases poluentes conforme pré-definido pelo acordo,
mas as emissões globais sofreram alta de 38%. Para além das metas, o
protocolo contava com dispositivos que permitiam a compra de cotas de
carbono e medidas de compensação, o que especialistas avaliam que não
contribuiu para atingir o objetivo maior do documento.
Diante desses impasses, o Protocolo de Kyoto foi substituído por um acordo
mais abrangente, que é o Acordo de Paris, o qual entrou em vigor em 04 de
novembro de 2016.

7. Acordo de Paris

7.1 Histórico e Contexto


O Acordo de Paris é um compromisso mundial sobre as alterações climáticas e
prevê metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa. Para que
esse acordo entrasse em vigor, era necessário que os países que representam
em torno de 55% da emissão de gases de efeito estufaratificassemno. Em 12
de dezembro de 2015, o acordo foi assinado após várias negociações,
entrando em vigor em 4 de novembro de 2016. Até 2017, 195 países assinaram
e 147 ratificaram.

7.2 Metas e Objetivos


Reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, é o
principal objetivo do Acordo de Paris. O uso intenso de combustíveis fósseis
como matriz energética no mundo intensifica a liberação de dióxido de carbono
e outros gases nocivos à atmosfera. Essa emissão de gases contribui de
maneira significativa para o aumento da temperatura do planeta. A meta do
Acordo de Paris é manter o aumento da temperatura do planeta abaixo dos 2
ºC.

7.3 Decisões e Compromissos


Uma das metas do Acordo de Paris é estimular os países desenvolvidos a dar
suporte financeiro e tecnológico aos países subdesenvolvidos. A ideia é que
essa ajuda colabore na ampliação de ações propostas pelos países
subdesenvolvidos, mas todos devem apresentar planos de ação.

Entre os acordos firmados pelos países, um deles sugere que a cada cinco
anos os governos comuniquem de forma voluntária os mecanismos para a
revisão das suas contribuições para que as metas possam ser elevadas.
7.4 Críticas e Desafios

Por causa da dramática guerra civil em que está envolvida, a Síria não faz parte
do acordo. A Nicarágua, por sua vez, alegou que o acordo era ambicioso
demais e que seria ineficaz, visto que os países apresentariam seus
compromissos voluntariamente, acabando por boicotá-lo. Em 2017, após ser
devastada por furacões, o então presidente da Nicarágua, Daniel Ortega,
decidiu aderir ao acordo.

7.5 Impacto e Implementação


O Brasil assinou o Acordo de Paris em 2015, comprometendo-se a reduzir até
2025 suas emissões de gases de efeito estufa em até 37% (comparados aos
níveis emitidos em 2005), estendendo essa meta para 43% até 2030. As
principais metas do governo brasileiro são:

➢ Aumentar o uso de fontes alternativas de energia;


➢ Aumentar a participação de bioenergias sustentáveis na matriz energética
brasileira para 18% até 2030;
➢ Utilizar tecnologias limpas nas indústrias;
➢ Melhorar a infraestrutura dos transportes;
➢ Diminuir o desmatamento;
➢ Restaurar e reflorestar até 12 milhões de hectares.
Conclusão

Em conclusão, as conferências ambientais, especialmente a Conferência das


Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-26), desempenham um papel
crucial na compreensão das mudanças climáticas e na promoção de acordos
voltados para o desenvolvimento sustentável. Este trabalho evidenciou a
importância dessas reuniões, ressaltando as deliberações tomadas e suas
consequências para as políticas ambientais globais. Assim, é fundamental que
os países continuem a participar ativamente desses encontros, buscando
soluções colaborativas que garantam um futuro sustentável para as próximas
gerações.
Referências Bibliográficas

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3 – 3.5 https://www.todamateria.com.br/conferencia-de-estocolmo/

15:37h

4.3 https://brasilescola.uol.com.br/geografia/protocolo-de-montreal.htm 22:44h

4.4 https://brasilescola.uol.com.br/geografia/protocolo-de-montreal.htm
22:55h

4.5 https://brasilescola.uol.com.br/geografia/protocolo-de-montreal.htm 22:57h

5, 5.3
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23:25h

5.4, 5.5
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6 – 6.5 https://brasilescola.uol.com.br/geografia/protocolo-kyoto.htm 23:47h

7 – 7.5 https://m.brasilescola.uol.com.br/amp/geografia/acordo-paris.htm
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