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Escola Primária e Secundária de Planalto

Classe: 11 ª
Turma: AB
Trimestre: III

Alunas: Professor:
Haylton João Castigo Nr ͦ 6 Salomão Ubissse
Januário Malizane Nr ͦ 8
Laisa José Nkomawanthu Nr ͦ 09
Lisângela Pascoal Cumbane Nr º10
Mário Paulo Matias Nr ͦ 12
Parcídia Nasciso João Nr ͦ 15
Vanessa da Graca Francisco Nr ͦ 12

Tema: Termoquímica

Trabalho de Química

Ulónguè
2024
ÍNDICE
1. Introdução ....................................................................................................................... 1

2. Desenvolvimento ............................................................................................................ 2

2.1. Termoquímica .......................................................................................................... 2

2.2. Conceitos de energia, trabalho, calor, temperatura e entalpia ................................. 2

2.3. Tipos de reacção quanto aos efeitos energético ....................................................... 5

2.4. A Equação da termoquímica.................................................................................... 7

2.5. Determinação experimental da entalpia de uma reação ........................................ 10

2.6. Determinação da capacidade calorifica do calorímetro ......................................... 10

2.7. Determinação do ∆𝑯 de reação entre 𝒁𝒏𝟎 e iões de Cu (II)................................. 10

2.9. Diagrama da Entalpia ............................................................................................ 12

2.10. Lei de Hess ......................................................................................................... 13

2.11. Tipos de Entalpia ............................................................................................... 14

2.12. Factores que influenciam nas entalpias das reacções ........................................ 15

2.13. Cálculo de entalpia de uma reacção ................................................................... 17

3. Conclusões .................................................................................................................... 19

4. Referências bibliográficas ............................................................................................. 20


1. Introdução
Este trabalho da disciplina de química trata de Termoquímica. Sabe-se que a termoquímica e o
ramo da química que estuda as trocas de calor associadas as reacções químicas e mudanças de
estado, e por meio dela e possível compreender como a energia na forma de calor e absorvida
ou liberada em processos químicos, entendendo, portanto, a eficácia e o comportamento da
reações.

Neste contexto, o trabalho teve como objetivo central de compreender a termoquímica, e para
o alcance do mesmo a metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica. Quanto a
organização deste trabalho está estruturado da seguinte forma introdução, desenvolvimento,
conclusão e referências bibliográficas.

1
2. Desenvolvimento
2.1. Termoquímica

A termoquímica e o ramo da química que estuda as trocas de calor associadas as reaçcões


químicas e mudanças de estado, e por meio dela e possível compreender como a energia na
forma de calor e absorvida ou liberada em processos químicos, entendendo, portanto, a eficácia
e o comportamento da reações. Alem disso, ela esta intimamente ligada a outro termo: trabalho.
Ou seja, explora também, o trabalho que pode ser realizado por meio da energia produzida
durante as reações químicas (Atkins & Jones, 2012).

Nesse sentido, seu surgimento no seculo XIX, foi marcado pela revolução industrial, quando a
eficiência energética se tornou uma preocupação central devido ao crescente uso de máquinas
a vapor e processos industriais em larga escala (Atkins & Jones, 2012).

Nessa época, entender como calor era transferido e transformado em trabalho mecânico ou
utilizado em reações químicas tornou-se vital para otimizar o uso de combustíveis e melhorar
as actividades da indústria, o que permite o desenvolvimento de tecnologia mais sustentáveis
e o melhor entendimento do impacto ambiental de actividades químicas (Atkins & Jones,
2012).

A termoquímica estuda como a energia em transferida entre o sistema, onde a reação química
acontece, o ambiente, ajudando a compreender se uma reação absorve ou libera calor (Atkins
& Jones, 2012).

2.2. Conceitos de energia, trabalho, calor, temperatura e entalpia

2.2.1. Energia

Apesar de ser usada em vários contextos diferentes, o uso científico da palavra energia tem um
significado bem definido e preciso: potencial inato para executar trabalho ou realizar uma
acção. Qualquer coisa que estiver trabalhando, movendo um objecto ou aquecendo-o, por
exemplo esta gastando ou transferindo energia (Coelho, Silva & Lessa, 2017).

A energia e uma grandeza física medida em joules que e obtida quando realizamos trabalho. A
energia e uma quando que se conserva, isto e, não pode ser criada ou destruída. A energia e
definida como a capacidade de realizar trabalho (Coelho, Silva & Lessa, 2017).

2
2.2.2. Trabalho

O trabalho e a propriedade mais fundamental da termodinâmica, e é definido como o


movimento contra uma forca oposta. Trabalho é realizado, por exemplo, quando um peso e
levantado contra a forca da gravidade (Coelho, Silva & Lessa, 2017).

Realiza se trabalho também por meio da reação química e uma bateria, que empurra uma
corrente elétrica em um circuito. O trabalho (T) necessário para mover um objeto ate uma
determinada distancia (d) contra uma forca constante atuando no corpo, e calculado
multiplicando-se a forca pela distância (Coelho, Silva & Lessa, 2017).

(1)T=F.d

2.2.3. Calor

A energia interna de um sistema pode, ainda ser alterada por meio da troca de energia com a
vizinhança, que se da na forma de calor. Na termodinâmica, o calor e definido como a energia
transferida em consequência de uma diferença de temperatura (Coelho, Silva & Lessa, 2017).

De acordo com Coelho, Silva e Lessa (2017) a energia ira fluir na forma de calor de uma região
de temperatura alta para a outra de temperatura mais baixa. Assim, em um sistema que não
apresenta paredes isoladas termicamente, se o sistema estiver mais frio do que a vizinhança. O
calor ira fluir da vizinhança para o sistema, fazendo com que a energia interna do sistema
aumente. Esta energia transferida para o sistema e representada pela letra q. Logo, a alteração
da energia interna de um sistema pela transferência de energia na forma de calor e: ∆𝑈 = 𝑞

Quando o equilíbrio térmico e atingido, ou seja, quando os corpos apresentarem uma mesma
temperatura, a transferência de calor e cessada (Coelho, Silva & Lessa, 2017).

A energia transferida na forma de calor e medida em Joule (J). Porem, e muito comum
encontrar ainda como unidade de energia a caloria (cal). Na definição original, 1cal
correspondia a energia necessária para elevar em 1ºC a temperatura de 1g de agua. A definição
moderna afirma que 1cal equivale a 4,184 J. A caloria nutricional (cal) corresponde a 1
quilocaloria (kcal) (Coelho, Silva & Lessa, 2017).

3
E por meio do sinal de q que saberemos se o calor entrou ou saiu de um sistema. Ao entrar
energia no sistema na forma de calor, haverá um aumento na energia interna e q sera positivo.
Já se a energia deixar o sistema na forma de calor, haverá uma diminuição na energia interna e
q será negativo (Coelho, Silva & Lessa, 2017).

2.2.4. Temperatura

Temperatura e uma medida estatística do nível de agitação entre moléculas, relacionado com
o deslocamento de energia cinética de um átomo ou molécula. Em física, a temperatura esta
relacionada com a energia interna de um sistema termodinâmico (Coelho, Silva & Lessa,
2017).

A temperatura costuma ser medida por um termómetro e indica o grau de intensidade do calor
em um determinado território. A temperatura atmosférica da terra e resultado das ondas
eletromagnéticas que vem do sol. A variação de temperatura dependem de vários factores,
como o vento, a humidade do ar, a latitude, o angulo de incidência do raio solar na superfície
terrestre, etc. A temperatura revelada em registros meteorológicos e medida por termómetros
que não estão expostos diretamente aos raios solares. Essa e conhecida como temperatura na
sombra (Coelho, Silva & Lessa, 2017).

A noção de calor e várias vezes erradamente associada a uma maior temperatura, enquanto a
noção de frio esta associada a uma menor temperatura. Apesar disso, o calor consiste na energia
térmica que transita de um corpo com maior temperatura para outro de menor temperatura.
Esse e um processo efémero que termina quando os dois corpos em questão atingem o
equilíbrio térmico (Coelho, Silva & Lessa, 2017).

Um ambiente que apresenta uma temperatura de 40 graus transmite a sensação de calor. Quanto
menor o grau de temperatura apresentado, mais frio estará o ambiente (Coelho, Silva & Lessa,
2017).

Popularmente, dizer que uma pessoa “ esta com temperatura” indica que esta com febre. A
temperatura normal do corpo humano varia entre 36 e 37,5ºC. Um amento desses valores indica
que a temperatura corporal se elevou provocando febre, que em geral e a resposta do corpo a
uma doença (Coelho, Silva & Lessa, 2017).

No sentido figurado, a temperatura indica o grau de tensão ou conflito em determinado


momento de uma actividade, por exemplo a temperatura politica (Coelho, Silva & Lessa,
2017).

4
2.2.5. Entalpia

Entalpia (H) e a energia trocada nas reações de absorção e de liberação de energia,


respetivamente, endotérmica e exotérmica. Entalpia e o calor transferido entre o sistema e a
vizinhança realizado sob pressão constante (White, 2005).

Quando ∆𝐻 e positivo, o sistrma ganha calor da vizinhança

Quando ∆𝐻 e negativo, o sistema libera calor para a vizinhança

2.3. Tipos de reacção quanto aos efeitos energético

2.3.1. Reacção exotérmica

E um tipo de reacção química que libera energia na forma de calor (ou luz e calor) para o
ambiente. Este processo ocorre quando a energia total dos produtos e menor que a energia total
dos reagentes. A diferença de energia e geralmente liberada na forma de calor, fazendo com
que a temperatura do ambiente ao redor aumente (Reis,2013)

Reacções exotérmicas liberam energia geralmente como calor, ao formar novos produtos.
Exemplos incluem combustão e reacções em bactérias. São cruciais em processos industriais e
naturais (Reis,2013). De forma genérica, temos:

A → B+ calor

H reagentes> H produtos

∆𝐻<0

As reacções exotérmicas podem ser representadas como mostrado a baixo:

A→ B ∆𝐻<0

Alguns exemplos de reaccoes exotérmicas são:

Sintese da amonia (NH3): N2(g)+3H2(g)→ 2NH3(g)

∆𝐻=-92,2kJ ou N2(g)+3H2(g)→2NH3(g) +92,2Hj

Reaccoes de combustão são sempre exotérmicas , como por exemplo:

C2H6O(l)+3 O 2(g)→2CO2(g)+3H2O(l)

∆𝐻=-1368kJ/mol

5
Reacções físicas como fusão, vaporização e sublimação também são exemplos de reacções
exotérmicas.

2.3.2. Reacções endotérmicas

Uma reacção endotérmica e o composto de uma reacção exotérmica. E um tipo de reacção


química durante a qual a energia e absorvida do ambiente na forma de calor, fazendo com que
a temperatura ao redor da reacção diminua (Reis,2013).

Durante uma reacção endotérmica, a energia total dos produtos e maior que a energia total dos
reagentes. Isso significa que a energia necessária para quebrar as ligações nos reagentes e maior
duque a energia liberada ao formar novas ligações nos produtos. Como resultado, essa
diferença de energia precisa ser absorvida do ambiente para a reacção ocorrer (Reis,2013).

Reacções endotérmicas são processos químicos que absorvem energia do ambiente, geralmente
na forma de calor, para ocorrer. Neste tipo de reacção, a energia necessária para formar novos
produtos e maior do que a liberada pela quebrar das ligações dos reagentes (Reis,2013).

Exemplos comuns incluem a fotossíntese em plantas, a dissolução de sais como o Nitrato de


amónio em água e a fusão de gelo. Estas reacções são fundamentais em muitos processos
biológicos e industriais, sendo essenciais para a compreensão de fenómenos naturais e
aplicações tecnológicas (Reis,2013)

De forma genérica, temos:

A+ calor→B

H reagentes <H produtos

∆𝐻=H produtos-H reagentes

∆𝐻.> 0

As reacções endotérmicas podem ser representadas por:

A→B ∆𝐻>0

Alguns exemplos de reacções endotérmicas são:

Decomposição da amónia (NH3):

2NH3(g)→N2(g)+3H2(g) ∆𝐻=-92,2kJ

6
Ou 2NH3(g)+92,2kJ→N2(g)+3H2(g)

2.4. A Equação da termoquímica

As equações termoquímicas servem para representar as reacções ou processos que envolvem


trocas de calor cujo valor e mostrado na variação da entalpia simbolizada pelo? H. (Atkins &
Jones, 2012).

1C(graf) + 1 O 2→ 1CO2 (g) ∆H=-394kJ a 25ºC e 1atm

2NH4NO3(s) → 2N2(g) + O2(g) + 4H20(l) ∆𝐻=-205,6 kJ/mol de NH4NO3(s)

HgO(s) → Hg(l) + 1⁄2 O2(g) ∆𝐻=+ 90kJ/mol

2Na(s) + 2H2O(l) → 2NaOH + H2(g) ∆𝐻=-140,9kJ/mol de Na(s)

CO2(g) + 2H2O(l) → CO(g) + 6H2O(g) ∆𝐻=+122,8kJ/mol

C4H1O(g) + 13/2 O2(g) → 4CO2(g) + 5H2O(l) ∆𝐻=-2,9kJ/mol

HCl(g) + H2O(l) → HCl(aq) ∆𝐻=-18kcal/mol

Conforme Atkins e Jones (2012) as equações termoquímicas são uma forma de representar os
aspectos quantitativos e qualitativos das reacções químicas ou processos físicos que envolvem
troca de calor. Em uma equação termoquímica devemos indicar os seguintes aspectos:

 Substancias que reagem do lado esquerda da seta e substancias que são produzidas do
lado direito da seta. Cada substancia deve vir acompanhada do seu respectivo
coeficiente estequiométrico, que indica a quantidade de matéria, isto e, o numero de
mols de reagentes e produtos. Isso significa que a equação deve estar devidamente
balanceada.
 A equação termoquímica deve apresentar a quantidade de calor que foi perdida ou
absorvida. Esse calor de reacção e indicado pela variação da entalpia, que e simbolizada
por ∆𝐻 (Atkins & Jones, 2012).

Os valores das variações de entalpia são exclusivos para cada reacção e costumam ser
determinados experimentalmente. Podemos dizer que esse e o aspecto mais importante que
deve aparecer nas equações termoquímicas, que ficam com o seguinte esquema (Atkins &
Jones, 2012).

Reagentes → Produtos ∆𝑯=Energia(em kJ/mol)

7
Por exemplo, para que 1 mol de agua solida sofra fusão, ou seja, passe do estado solido para o
liquido, e preciso que ela absorva 7,3kJ, o que poderia ser expresso da seguinte forma (Atkins
& Jones, 2012).

H2O(s) + 7,3kJ → H2O(l)

Mas a equação termoquímica desse processo e expressa da seguinte maneira:

H2O(s) → H2O(l) ∆𝐻=+7,3Kj

E interessante observar que o processo contrário, que e a solidificação (passagem da agua


liquida para o estado solido), ocorre com a liberação dessa mesma quantidade de energia. Esse
processo e expresso da seguinte forma (Atkins & Jones, 2012).

H2O(l) → H2O(s) ∆𝐻=-7,3kJ

Isso nos informa três aspectos importantes que precisamos saber sobre as equações
termoquímicas:

 Se o valor da variação da entalpia e positivo(∆𝐻>0),a reaccao e endotérmica,ou seja,


occore com absorção de calor. Mas se oval da variação da entalpia e negativo(∆𝐻<0),
a reaccao e exotérmica, ou seja, ocorre com a liberação de calor.
 Quando escrevemos uma equação termoquímica,precisamos indicar a fase de
agregação ou estado físico em que se encontram as substancias participantes da reaccao.
Isso e indicacdo pelos seguintes símbolos que aparecem subscritos no lado direito da
substancia:
1. Solido (s);
2. Liquido (l);
3. Gasoso (g);
4. Vapor (v);
5. Solução aquosa (aq).

E preciso indicar também a estrutura cristalina ou variedade alotrópica. Por exemplo (grafite),
C (diamante), S8 (monoclínico) e S8 (rômbico) (Atkins & Jones, 2012).

Se invertermos a equação, precisamos invertem também o sinal da variação da entalpia. Visto


que o ∆𝐻 vária em função da temperatura e da pressão, e npreciso tambem indicar em quais
condições a reacção ocorreu (Atkins & Jones, 2012).

8
Se essas informações não aparecerem na equação termoquímica, e porque os valores de ∆𝐻
foram medidos nas condições padrão, ou seja, na temperatura de 25ºC (298k), a pressão de 1
atm (Atkins & Jones, 2012).

Se aumentarmos ou diminuirmos a quantidade de matéria (mol) dos reagentes, isso não só


afetara proporcionalmente a quantidade de matéria dos produtos formados, mas também a
quantidade de energia foi liberada ou absorvida na reacção, ou seja, o valor de ∆𝐻 (Atkins &
Jones, 2012).

Por exemplo, considere a reacção de informação de 1 mol de gás carbónico a partir de grafite
com 1 mol de gás oxigénio e liberação de 394kJ de energia. A equação termoquímica que
representa essa reaccao química e dada por (Atkins & Jones, 2012):

1 C(graf) + 1 O2(g) → 1 CO2(g) ∆𝐻=-394KJ a 25ᵒC e 1atm

Se dobrarmos as quantidades de reagentes dessa reacção, será formado o dobro de produto e


tambem sera liberado o dobro de energia:

2C(graf)+2 O 2 (g)→2C O 2(g)

∆𝐻 = −394𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙

Observe que o valor de ∆𝐻 foi dado em kJ por mol, ou seja, e a energia liberada quando apenas
1mol reage. Veja mais um exemplo: Considere a seguinte reacção:

2NH4NO3 (s) – 411,2kJ → 2N2 (g) + O2 (g) + 4H2O (l)

A equação termoquímica que representa essa equação pode ser expressa por:

2NH4NO3 (s) → 2N2 (g) + O2 (g) + 4H2O (l)

∆𝐻= - 205,6 kJ/mol de NH4NO3(s)

Quando 2 mol de NH4NO3 (s) reagiram foram liberados 411,2 kJ de energia. Então, para 1
mol de NH4NO3 (s), será liberada a metade de 411,2, isto e, 205,6.

Por outro lado, se reduzirmos a quantidade de matéria dos reagentes a metade, os produtos e a
energia liberada tambem dimunuirao proporcionalmente:

1⁄ C (graf) + 1⁄ O 2 (g) → 1⁄ CO2 (g)


2 2 2

∆𝐻= - 197 kJ ( ou seja, - 394 1⁄2 kJ ) ou

9
1⁄ C(graf) + 1⁄ O 2 (g) → 1⁄ CO2 (g)
2 2 2

∆𝐻= -197 kJ/mol

Quando todos os participantes de uma reação estão no estado padrão, ou seja, na forma
alotrópica mais estável, a 1 atm e a 25ºC, a variação da entalpia e indicada por ∆𝐻ᵒ (variação
de entalpia- padrão) (Atkins & Jones, 2012).

2.5. Determinação experimental da entalpia de uma reação

2.5.1. Objectivos

 Fazer uma conexão entre termoquímica e eletroquímica.


 Determinar a capacidade calorifica de um calorímetro.
 Determinar a variação de entalpia da reação entre Zinco metálico e iões de Cu (II)

2.5.2. Procedimento

2.6. Determinação da capacidade calorifica do calorímetro

 Meca, numa proveta, 100 ml de solução ~1,0mol/l de acido clorídrico (anote a molaridade
correcta dada no rotulo do frasco) e coloque no calorímetro.
 Junte duas gotas do indicador fenolftaleína, agite com cuidado e anote a temperatura
quando ela se tornar constante.
 Meca, numa proveta, 100ml de solução ~ 1,0mol/l de hidróxido de sódio (anote a
molaridade correcta dado no rotulo do frasco) e meca a temperatura da solução, que deve
ser aproximadamente a mesma do ácido, podendo-se tolerar uma diferença de ate 0,2ºC.
 Adicione com cuidado a solução de hidróxido de sódio a solução acida contida no
calorímetro, feche rapidamente e agite para misturar.
 Anote a temperatura máxima alcançada.
 Terminada a leitura anote a cor da solução (Atkins & Jones, 2012).

2.7. Determinação do ∆𝑯 de reação entre 𝒁𝒏𝟎 e iões de Cu (II)

 Meca em uma proveta 100ml de solução de sulfato de Cobre (II) aproximadamente 0,1mol/l
e anote a molaridade correcta dada no rotulo do frasco.
 Coloque no calorímetro, agite e anote a temperatura quando ela ficar constante.

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 Pese 6,6g se Zn em pó em uma balança de plataforma e adicione-o a solução de sulfato de
Cu, feche rapidamente o calorímetro agite para misturar e anote a temperatura máxima
alcançada.
 Terminada a leitura, filtre a mistura contida no calorímetro usando um funil e papel de
filtro.
 Coloque o solido e o líquido filtrado nos recipientes indicados.
 Anote a cor do líquido filtrado (Atkins & Jones, 2012).
2.8. Cálculos

Capacidade calorifica do calorímetro: e calculada através do balanco energético da reacção


de neutralização de hidróxido de sódio e ácido clorídrico (Atkins & Jones, 2012):

𝑵𝒂+ (𝒂𝒒) + 𝑶𝑯− (𝒂𝒒) + 𝑯− (𝒂𝒒) + 𝑪𝒍− (𝒂𝒒)


𝒌𝑱
→ 𝑯𝟐 𝑶 + 𝑵𝒂+ (𝒂𝒒) + 𝑪𝒍− (𝒂𝒒) (∆𝑯𝒏𝒆𝒖𝒕𝒓. = −𝟓𝟕, 𝟑 )
𝒎𝒐𝒍

𝒒𝒓𝒆𝒂𝒄𝒄𝒂𝒐 = 𝒒𝒔𝒐𝒍𝒖𝒄𝒂𝒐 + 𝒒𝒄𝒂𝒍𝒐𝒓𝒊𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐

𝒒𝒓𝒆𝒂𝒄𝒄𝒂𝒐 = Calor liberado (em modulo) na reacção=𝑛𝐻2𝑂. |∆𝐻𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟. |

𝑛𝐻2𝑂 =nº de moles de agua formado =nº de moles de 𝐻 + ou de 𝑂𝐻 − que reagiu, dependendo
da cor final da solução.

q solução =calor absorvido pela solução =m.c. ∆𝑇

m=massa da solução

C=calor especifico da solução

∆𝑇 =Variação de temperatura =|T final- T inicial|

q calorímetro=calor absorvido pelo calorímetro= C.∆𝑇

C=capacidade calorifica do calorímetro

∆𝑯 da reaccao 𝒁𝒏𝟎 com ions de Cu(II)

𝑍𝑛0 + Cu(II) → 𝑍𝑛(𝐼𝐼) + 𝐶𝑢0

𝑛|∆𝐻𝑟 |=q reacção=q solução + q calorímetro + q solido

𝒒 solucao = calor absorvido pela solucao = m. c. ∆T[veja dados de densidade e calor


especifico da solução na Tabela 6 da ref.(1, quhe se encontra no fim do roteiro].

11
𝒒 calorimetro = calor absorvido pelo calorimrtro = C. ∆T

𝒒 solido = 6 cal/mol.ᵒ𝐶 (Lei de Dulong Petitit)

2.9. Diagrama da Entalpia

No diagrama de entalpia, relacionamos no eixo vertical os valores de Hi e Hf e podemos,


portanto, calcular o valor de ∆𝐻

2.9.1. Diagrama da reacção exotérmica

Os produtos possuem entalpia menor que os reagentes. Logo, ouve perda de calor e o ∆𝐻 e
negativo.

2.9.2. Diagrama da reacção endotérmica

Os produtos possuem entalpia maior que os reagentes. Logo, houve ganho de calor e o ∆𝐻 e
positivo

12
Observação

Nos diagramas de entalpia, a flexa indica o sentido da reacção e podemos observar que quando
ela esta para cima, o∆ 𝐻 e positivo, e quando esta para baixo o ∆𝐻 e negativo.

2.10. Lei de Hess

Muitas vezes e possível calcular o ∆𝐻 para uma reacção a partir dos valores de ∆𝐻 tabelados
para outras reacções. Isso significa que se uma reacção especifica pode ser executada em uma
etapa ou em uma serie de etapas, a soma das variações de entalpia associadas as etapas
individuais deve ser a mesma da variação da entalpia associada a um processo de etapa única
(Atkins & Jones, 2012).

A lei de Hess estabelece que, se uma reacção e executada em uma serie de etapas, o ∆𝐻 para
a reaccao sera igual a soma das variações da entalpia para as etapas individuais. Por exemplo,
a combustão so gas metano, CH4, para formar CO2(g) e agua liquida pode ser considerada em
2 etapas. A variação da entalpia para o processo total e simplesmente a soma das variações de
entalpia para essas duas etapas (Atkins & Jones, 2012).

Etapa 1: CH4(g)+2 O 2→CO2(g)+2H2O(g) ∆𝐻=-802kJ

Etapa 2: 2H2O(g)→2H2O(l) ∆𝐻=-88Kj

Processo total: CH4(g) + 2O 2 → CO2(g) + 2H2O(l) ∆𝐻=-890Kj

A variação de entalpia total para o processo e independente do numero de etapas ou da natureza


particular da maneira pela qual a reacção e executada. A lei de Hess fornece um meio útil de
se calcular as variações de energia que são difíceis de medir directamente (Atkins & Jones,
2012).

Em muitos casos, acontecera de uma dada reacção poder ser alcançada por mais de um conjunto
gradual de equações. O valor final de ∆𝐻 e o mesmo, não importando quantas etapas aplicamos
para chegar aos produtos finais. Observe o exemplo da reaccao do metano (CH4) e oxigénio
(O2) para formar CO2 e H2O. (Atkins & Jones, 2012).

Observe que ambos os caminhos produzem o mesmo valor de ∆𝐻.No diagrama de entalpia,
isso significa:

∆𝐻 = ∆𝐻2 + ∆𝐻3

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2.11. Tipos de Entalpia

2.11.1. Entalpia de formação

E a variação de energia térmica envolvida na formação de um mol de uma substancia qualquer,


sendo ela formada com base em substâncias simples ou no estado fundamental. Se 1 mol de
composto e formado a partir de seus elementos constituintes, a variação de entalpia para a
reacção e denominada entalpia de formação ∆𝐻ᵒ (Atkins & Jones, 2012).

Condições padrão (estado padrão): 1 atm e 25ºC (298 K)

A entalpia padrão, ∆𝐻°, e a entalpia medida quando tudo esta em seu estado padrao. Entalpia
padrão de formação: 1 mol de composto e formado a partir de substancias em seus estados
padrão (Atkins & Jones, 2012).

Se existe mais de um estado para uma substancia sob condições padrão, o estado mas estável e
utilizado. A entalpia padrão de formação da forma mais estável de um elemento e zero (Atkins
& Jones, 2012).

2.11.2. Entalpia de combustão

E a varrição aferida de calor para que haja combustão de 1 mol de uma substancia qualquer.
Toda reacção de combustão terá valor de variação de entalpia menor que zero, pois se trata de
uma reação que libera calor (Atkins & Jones, 2012).

Exemplo: reação e valor da variação de entalpia para a reação de combustão do etanol:

C2H6O (l) + 3.O2 (g) → 2CO2 (g) + 3H2O (l) ∆𝐻= -326Kcal/mol

2.11.3. Entalpia de ligação

E a energia necessária para romper-se um mol de uma ligação química. A variação de energia
nesse caso sempre resulta em um valor maior que 0, ou seja, a quebra de ligações demanda
absorção de calor (Atkins & Jones, 2012).

Exemplo

CH4(g)+C(g)+4H(g)∆𝐻 = +1.651,6KJ\mol

C-H→C(g)+H(g)∆𝐻=+412,9KJ\mol

Cl-Cl→ 𝐶𝑙(𝑔) + 𝐶𝑙(𝑔)∆𝐻 = +242,0𝐾𝐽\𝑚𝑜𝑙

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2.11.4. Entalpia de neutralização

E a variação de energia em reações de neutralização, como a neutralização de acido base:

Acido+base=sal+agua→exotermica

Assim como nos demais casos de entalpia, para os valores de neutralização, deve-se considerar
os cálculos para 1mol. Nesse caso, o valor final da variação de entalpia sera, para a reação de
neutralização, de um mol de 𝐻 + para 1mol de 𝑂𝐻 − (Atkins & Jones, 2012).

2.11.5. Entalpia de dissolução

E a variação de energia térmica envolvida na dissolução de um mol de determinado soluto em


uma quantidade ‘x’de água ou outro solvente qualquer, desde que haja solubilização completa
e torne-se uma mistura homogénea (Atkins & Jones, 2012).

Exemplo

𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑠) + 𝑎𝑞 → 𝑁𝑎 + (𝑎𝑞) + 𝐶𝑙 − (𝑎𝑞)∆𝐻 = −0,9𝐾𝑐𝑎𝑙𝑚𝑜𝑙

Na reação, podemos ver quimicamente a dissolução do hidróxido de sódio,popularmente


conhecido como soda caustica, em meio aquoso. Perceba que a reação tem uma variação de
entalpia menor que zero, o que significa que há liberação de calor. Essa reação e comumente
realizada na fabricação de sabão caseiro,processo que, quando não feito sob os devidos
cuidados, pode resultar em acidente com queimaduras de ate 3ºgrau (Atkins & Jones, 2012).

2.12. Factores que influenciam nas entalpias das reacções

2.12.1. Quantidade de reagentes e produtos

A quantidade de reagentes e produtos em um reação química afeta diretamente o valor da


entalpia. A entalpia padrão de formação (ΔH°f) é definida para 1 mol de substância em
condições padrão (25 °C e 1 atm). Quando a quantidade de reagentes ou produtos muda, a
entalpia total do sistema também muda (Atkins & Jones, 2012).

Reagentes: Se aumentamos a quantidade de reagentes, isso pode resultar em uma maior


liberação ou absorção de calor durante a reação, dependendo se a reação é exotérmica (libera
calor) ou endotérmica (absorve calor) (Atkins & Jones, 2012). Por exemplo, na reação da
combustão do metano:

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𝐶𝐻4(𝑔) +2𝑂2(𝑔)→𝐶𝑂2(𝑔)+2𝐻2𝑂(𝑙)

A entalpia da reação será proporcional à quantidade de metano queimado.

Produtos: Similarmente, ao aumentar a quantidade dos produtos formados, podemos observar


uma variação na entalpia total do sistema. Em reações reversíveis, o equilíbrio entre reagentes
e produtos também influencia as mudanças na entalpia (Atkins & Jones, 2012).

2.12.2. Estados Físicos dos Reagentes e Produtos

Os estados físicos dos reagentes e produtos (sólido, líquido ou gasoso) têm um impacto
significativo sobre a entalpia de uma reação. Cada estado físico possui características
energéticas diferentes (Atkins & Jones, 2012).

 Sólidos: Geralmente, os sólidos têm uma entalpia mais baixa em comparação com
líquidos e gases devido à sua estrutura ordenada e à menor liberdade de movimento das
partículas.

 Líquidos: Os líquidos possuem maior entalpia do que os sólidos, pois as partículas


estão mais livres para se moverem, mas ainda estão relativamente próximas umas das
outras.

 Gases: Os gases têm a maior entalpia entre os três estados físicos, pois as partículas
estão muito distantes umas das outras e se movem livremente, resultando em maior
energia cinética.

2.12.3. Efeitos da Temperatura

A temperatura também influencia o valor da entalpia. À medida que a temperatura aumenta:

 A energia cinética média das partículas aumenta, o que pode resultar em um aumento
na entalpia.

 As reações endotérmicas (que absorvem calor) tendem a ter valores de entalpia mais
altos à medida que a temperatura aumenta (Atkins & Jones, 2012).

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2.13. Cálculo de entalpia de uma reacção

Para calcular a entalpia de uma reação química, seguimos um processo sistemático que envolve
a determinação das entalpias dos reagentes e produtos. A variação da entalpia (ΔH) é dada pela
fórmula:

𝛥𝐻=𝐻𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠−𝐻𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
Onde: 𝐻𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 é a soma das entalpias dos produtos e

𝐻𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 é a soma das entalpias dos reagentes.

Passo 1: Identificação da Reação Química

Primeiro, precisamos ter a equação química balanceada. Por exemplo, considere a reação:

𝐶𝐻4(𝑔)+3𝐶𝑙2(𝑔)→𝐶𝐻𝐶𝑙3(𝑙)+3𝐻𝐶𝑙(𝑔)

Passo 2: Coleta de Dados de Entalpia

Em seguida, coletamos os dados de entalpia padrão de formação (ΔHf°) para cada substância
envolvida na reação. Para esta reação, os valores são:

ΔHf°(CH4) = -74,8 kJ/mol

ΔHf°(Cl2) = 0 kJ/mol (elemento em estado padrão)

ΔHf°(CHCl3) = -134,5 kJ/mol

ΔHf°(HCl) = -92,3 kJ/mol

Passo 3: Cálculo da Entalpia dos Reagentes

Agora calculamos a entalpia total dos reagentes:

𝐻𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠=𝐻𝐶𝐻4+3×𝐻𝐶𝑙2
=(−74,8kJ/mol)+3×(0kJ/mol)
=−74,8kJ/mol

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Passo 4: Cálculo da Entalpia dos Produtos

Agora calculamos a entalpia total dos produtos:

𝐻𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠=𝐻𝐶𝐻𝐶𝑙3+3×𝐻𝐻𝐶𝑙
=(−134,5kJ/mol)+3×(−92,3kJ/mol)
=−134,5−276,9=−411,4kJ/mol
Passo 5: Cálculo da Variação da Entalpia (ΔH)

Agora aplicamos os valores encontrados na fórmula do ΔH:

𝛥𝐻=𝐻𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠−𝐻𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝛥𝐻=(−411,4kJ/mol)−(−74,8kJ/mol)
𝛥𝐻=−411,4+74,8𝛥𝐻=−336,6kJ/mol
Como o valor de ΔH é negativo (−336,6kJ/mol), isso indica que a reação é exotérmica

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3. Conclusões
Portanto, pode-se concluir que este trabalho é resultado de um estudo/pesquisa, que exigiu, no
decorrer do mesmo muita análise, síntese e reflexão. Uma das vantagens oferecidas e que
considero a mais importante foi o conhecimento que tive a respeito da termoquímica, tipos de
reacções quanto ao efeito energético, tipos de entalpia e muito mais. Foi um estudo realmente,
muito interessante e instrutivo

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4. Referências bibliográficas

Atkins, P.; Jones, L. (2012).A Termoquímica. In: Pricípios de Química: Questionando a vida
moderna e o meio ambiente. (5. Ed) [s.l.] Bookman, 2012. p. 273–285.
Reis, M. (2013) Reações exotérmicas e endotérmicas. In: Química. (1. Ed.) São Paulo: Editora
Ática, v. 2p. 136–14
White, P. (2005). Termoquímica. (9 Ed)
Coelho, S. C., Silva, L. T. & Lessa, B. K. (2017). Contextualização no ensino de termoquímica:
um estudo dos conceitos de energia, calor, temperatura e calorias a partir do tema alimentos.

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