Trabalho Julio AGRONEGOCIO .

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 15

INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

TEMA:
Desafios e oportunidades no sector de agronegócio
Tendências futuras emergentes ao Agronegócio

NOME DO CANDIDATO:
Júlio Pedro Zeca

Marcelino Orlando Chacanhuca

Santa Pedro

Estevão Pedro

CURSO:
LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO
RURAL

IV° Ano/II° Semestre de 2024

TRABALHO DA CADEIRA DE:


Agronegócio

CHIMOIO, NOVEMRO DE 2024

1
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DA CHIMOIO

TEMA:
Desafios e oportunidades no sector de agronegócio
Tendências futuras emergentes ao Agronegócio

DOCENTE:

REALIZADO POR:
Júlio Pedro Zeca

CURSO:
LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO
RURAL
IV° Ano/II° Semestre de 2024

TRABALHO DA CADEIRA DE:


Agronegócio

CHIMOIO,NOVEMBRO DE 2024

2
Índice
Conteúdos Pág.

10.Introdução ............................................................................................................................. 4

1. Objectivos........................................................................................................................... 4

1.2. Objectivo geral ................................................................................................................ 4

1.3. Objetivos específicos: .................................................................................................. 4

1.4. Metodologia ................................................................................................................. 4

20. Revisão da literatura ............................................................................................................ 5

Agronegócio ............................................................................................................................... 5

3.0 Desafios e oportunidades do agronegócio ........................................................................... 6

4.0 Estratégias Competitivas no Agronegócio ........................................................................... 7

5.0 O cooperativismo e Agronegócio ........................................................................................ 8

6.0 Importância da logística para o agronegócio ....................................................................... 9

7.0 Tendências emergentes em gestão e liderança no agronegócio ......................................... 10

7.1 Tendências futuras no Agronegócio ............................................................................... 10

9.0 Transformação digital no agronegócio e o papel da gestão e liderança .......................... 11

10- Perspetivas para o Futuro do agronegócio ......................................................................... 12

11.0 Gestão estratégica e tomada de decisões no agronegócio .............................................. 13

12.0 Conclusão......................................................................................................................... 14

13.0 Referências bibliográficas ................................................................................................ 15

3
10.Introdução
Para a realização do presente Trabalho foi o estudo de vários conteúdos relacionados Com a
globalização de mercados, o sucesso de uma empresa, principalmente no agronegócio, depende
cada vez mais da inter-relação entre fornecedores, produtores de matéria prima, processadores
e distribuidores. A divisão tradicional entre indústria, serviço e agricultura é inadequada. O
conceito de agronegócio representa portanto, o enfoque moderno que considera todas as
empresas que produzem, processam e distribuem produtos agropecuários.
Com a internet, todo mercado agropecuário, desde o produtor até o consumidor final vêm
obtendo resultados positivos nos negócios, com a ampliação das vendas, redução de custos,
localização de compradores e parceiros, etc. Hoje existem vários sites de mercado agropecuário
via internet, os chamados portais de agronegócio.

1. Objectivos

1.2. Objectivo geral

 Conhecer o agronegócio
1.3. Objetivos específicos:

 Conceitualizar agronegócio

 Descrever Desafios e oportunidades do agronegócio

 Analisar Tendências emergentes em gestão e liderança no agronegócio


1.4. Metodologia
O método utilizado para atingir o objetivo geral deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica
exploratória e descritiva de caráter qualitativo a qual se desenvolve tentando explicar um
problema, utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias publicadas em livros ou
obras congêneres. Na pesquisa bibliográfica o investigador irá levantar o conhecimento
disponível na área, identificando as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua
contribuição para auxiliar a compreender ou explicar o problema objeto da investigação.
(KÖCHE, 2011, p. 122).

4
20. Revisão da literatura

Agronegócio
A palavra agronegócio ou agrobusiness em inglês, resulta em unificação ou integração de
agricultura ou agropecuária e negócio. Conforme Araújo, (2007, p. 9), o termo agricultura foi
utilizado até bem recentemente para “compreender a produção agropecuária em toda a sua
extensão, assim dizendo, desde o abastecimento de insumos necessários à produção, até a
industrialização e a distribuição dos produtos logrados”. Com o transpor de existência e o
avanço da tecnologia no campo, foram surgindo as complexidades neste segmento.

Desde então, desenvolveu-se uma nova definição para a palavra agricultura titulado como
agrobusiness, conceituado segundo Bacha (2004, p. 14), “o termo agronegócio é a tradução do
termo agribusiness e se refere ao conjunto de atividades vinculadas com a agropecuária”.
Complementando a fala do autor, Prates (2018, p.10) relata: “o setor de insumos à
agropecuária, como sementes, fertilizantes, defensivos químicos, máquinas, equipamentos,
consultoria agronômica e pesquisa e inovação, por exemplo, pertence ao agronegócio. E
igualmente os setores que se responsabilizam, direta ou indiretamente pelos bens gerados pela
agropecuária também fazem parte do agronegócio, como as atividades logísticas, as empresas
de comercialização, de transformação etc.” (PRATES, 2018, p.10).

De acordo com Prates (2018, p. 17), pode-se dizer que, com o advento do agronegócio, a
essência do bem continua a mesma, pois estamos diante de um conjunto muito amplo de bens
produzidos pela agropecuária há milhares de anos, mas a sua roupagem se modificou
amplamente. Portanto, é possível compreender o agronegócio como a fase atual da
agropecuária, quando se uniu de maneira mais intensiva aos demais setores da economia.

O agronegócio, visto como um todo da produção dos insumos básicos até a colocação no ponto
de venda ao consumidor, possibilita duas visões diferentes sobre os processos ou o
encadeamento de agentes que desenvolvem esses processos.

A primeira proposta é denominada Complexo Agroindustrial (CAI) e a segunda é denominada


Cadeias Produtivas Agroindustriais (CPA). Pela noção do CAI, os produtos básicos da
agropecuária são os referenciais para o desenvolvimento da análise, que passa a vislumbrar o
caminho percorrido por esses produtos ao longo do sistema econômico até atingir o
consumidor, ou seja, não se usa mais os conceitos de setorização da produção, mas, antes, faz-
se um corte vertical desses setores, avaliando como, para uma matéria-prima específica,

5
ocorrem os processos de transformação e agregação de valor ao produto, pelas várias operações
industriais, comerciais e de distribuição pelas quais o produto passa até atingir seu destino final
que é o consumidor.

3.0 Desafios e oportunidades do agronegócio


O presente Trabalho buscou apontar desafios e oportunidades para o administrador no setor do
agronegócio brasileiro. Nesse primeiro momento, entre os autores consultados, (PESSOA;
RIGOTTO, 2022) ;(FILHO et al, 2022) relatam como desafios, a falta de mão de obra
qualificada, logística e infraestrutura, planejamento estratégico, custos de produção.

Dentre os desafios destacam-se a falta de mão de obra qualificada, gestão de custos, logística
e infraestrutura, comunicação empresarial, custo de produção. Na logística, por exemplo, a
falta de uma visão de cadeia de suprimentos pode dificultar a adoção de estratégias que
possibilitem o ganho de vantagem competitiva. Por esse motivo, um dos principais desafios
para o Administrador reside no desenvolvimento de uma visão holística, capaz de identificar e
solucionar os problemas existentes.

Diante do que foi abordado nesse tópico, percebe-se a importância da integração entre os
setores que compõem o SAI. Mostramos também como a visão diferenciada dos conceitos de
complexo agroindustrial e cadeias agroindustriais interage e afeta o desempenho do sistema
como um todo. Vamos analisar agora alguns dos principais desafios para o funcionamento
efetivo desse sistema. O primeiro desafio é, sem dúvida, desenvolver e implantar uma política
agrícola de longo prazo, que leve em conta as necessidades, peculiaridades e interesses de todos
os agentes envolvidos, e que, ao mesmo tempo, não seja tendente a nenhum dos elementos em
detrimento dos demais, pois, como vimos, o agronegócio é um sistema, e se algum agente é
sacrificado, ele tende a sair do mercado ou torna-se ineficiente, comprometendo a
competitividade de todo o sistema.

Nas oportunidades pode-se destacar os setores de gestão e liderança, em segmentos detalhados


como: gestão da qualidade, gestão de logística, gestão de custos, gestão de cadeia de
suprimentos, gestão de controle de produção. De forma que o administrador deve saber operar
a manipular os recursos tecnológicos e ter em mãos outras qualidades importantes como boa
comunicação, proatividade, fluência de línguas, entre outros conhecimentos como a aplicação
de ferramentas como 5W2H. Com isso, se considera que o trabalho obteve êxito conforme seus
objetivos, sendo importante ainda salientar a necessidade de aprofundamento do tema por

6
pesquisas futuras, onde acredita que modelar e apresentar o uso de ferramentas como a 5W2H
e softwares de gestão em logística é um bom Norte a ser tomado.

4.0 Estratégias Competitivas no Agronegócio


A gestão voltada para criação de valor pode ser usada como ferramenta na tomada de decisões,
no momento da formulação da estratégia que contempla análise ambiental, setorial e
empresarial, avaliando o desempenho atual e levantando opções estratégicas (GUINDANE et
al., 2011). Quanto às escolhas estratégicas, Kluyver (2010) destaca: As escolhas de
posicionamento devem não apenas ditar as atividades que uma empresa escolhe executar e o
modo como vai executá-la; devem também especificar como elas se inter-relacionam para
formar um conjunto coerente que se diferencie das outras muitas atividades concorrentes.
(KLUYVER, 2010, p.5).

O cooperativismo, citado na seção anterior, contribui estrategicamente para imprimir maior


grau de competitividade para o grupo de associados, pois compram e comercializam insumos,
armazenam e comercializam commodities, e beneficiam ou transformam matérias-primas.
Uma gestão baseada em valor ocorre quando a empresa consegue investir capital a uma taxa
de retorno que excede o custo deste capital (COPELAND; KOLLER; MURRIN, 1994). O
investimento, como uma das três dimensões estratégicas financeiras relacionadas no quadro 1,
tem por objetivo obter uma taxa de retorno maior que o custo de capital.

Semelhantemente, Porter (1989, p. 2) fala da superação do custo de fabricação no sentido de


vantagem competitiva, ao definir que “vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor
que uma empresa consegue criar para seus compradores e que ultrapassa o custo de fabricação
pela empresa”.

Entre tais tendências, a degradação ambiental, a busca por práticas mais sustentáveis e o
tratamento de resíduos, segundo o autor, podem contribuir para “aumentar a produção agrícola,
enriquecer os alimentos com vitaminas e melhorar os sistemas de distribuição que serão
cruciais”. Referente ao desenvolvimento tecnológico, uma estratégia que imprime
competitividade é a agricultura de precisão, técnica que consiste no manejo sustentável, na qual
os insumos (fertilizantes, corretivos e defensivos agrícolas) são distribuídos em taxa variável
em cada ponto do campo, onde se identifica a necessidade de cada insumo por meio de mapas
de lucratividade, os quais facilitam decisões, como o que produzir e onde produzir,
proporcionando a diminuição dos custos de produção e aumento da eficiência com base no

7
manejo diferenciado das áreas. Além de saber como manejar a terra, é preciso saber manejar a
comercialização da produção.

5.0 O cooperativismo e Agronegócio


O cooperativismo trata-se de um dos mais importantes mecanismos de organização social para
a exploração econômica das atividades produtivas no setor rural e cumpre uma série de funções,
contribuindo para o desenvolvimento de atividades fundamentais para o desempenho,
principalmente, de produtores rurais.

Conforme a OCEPAR (2009), o primeiro princípio do cooperativismo é o da Adesão voluntária


e livre, isto é, toda e qualquer pessoa que cumpra os requisitos e condições necessárias
estabelecidas nos estatutos pode se associar à cooperativa, pois, por este princípio, é livre e
voluntário o ingresso ou saída de qualquer pessoa no sistema cooperativo. No entanto, vale
salientar que esse acesso livre e voluntário só pode ser exercido por quem atenda aos requisitos,
tenha condições necessárias para assumir as responsabilidades como membro do sistema. Da
mesma forma, a saída do indivíduo do sistema também é livre e voluntária, e conforme
Bialoskorski Neto (2007), um associado só se mantém no sistema se perceber que os benefícios
da cooperação são maiores que os de atuar individualmente. Essa condição é de fundamental
importância para a análise do funcionamento das cadeias produtivas e sistema agroindustrial,
principalmente pelas questões de governança do sistema cooperativo, que interfere nas
decisões. O segundo princípio é a Gestão democrática e livre, que implica outro ponto
fundamental do sistema de gestão das cooperativas. Por este princípio, quaisquer associados
podem ser eleitos como representantes dos demais para exercerem a gestão da cooperativa;
além disso, outro diferencial do sistema é o fato de que cada cooperado possui direito a apenas
um voto, independentemente do tamanho de sua operação ou posição ocupada na organização.
Segundo Protil, Barreiros e Moreira (2005), a maior diferença entre uma organização
cooperativa e outros tipos de sociedades empresárias está baseada nesse princípio cooperativo,
que pode levar a organização ao sucesso ou fracasso, dependendo da forma como essa questão
seja tratada, isto é, depende do sistema de governança da organização e a confiabilidade dos
gestores perante os outros cooperados.

As cooperativas têm obtido grande sucesso empresarial e tornaram-se grandes unidades do


agronegócio, tendo adotado estratégias de produção baseadas em estratégias de diversificação
com muito sucesso, tanto que se questiona se as cooperativas não estão se distanciando dos

8
ideais cooperativos. Também vêm sendo foco de discussão entre dois polos diferentes quanto
ao processo de decisão e gestão das cooperativas, em que alguns defendem a profissionalização
da gestão, enquanto outros defendem a manutenção do controle estratégico nas mãos dos
associados (FAJARDO, 2006).

6.0 Importância da logística para o agronegócio


A logística pode ser definida como parte do processo de gestão da cadeia de suprimentos que
objetiva planejar, implementar e controlar, de maneira eficiente e eficaz, o fluxo bidirecional
físico e de informações, bem como o armazenamento de bens e serviços, da origem ao ponto
de consumo, sempre tendo em mente os objetivos da empresa e dos clientes (RAZZOLINI
FILHO, 2006, p. 30 apud CAMARGO; OLIVEIRA, 2019, p.4).

Segundo Lopes (2021, p.98) “Logística, infraestrutura de transporte e armazenagem


constituem elementos importantes para que o setor agropecuário alcance melhores resultados
no mercado interno e no comércio exterior”, isto é, para o agronegócio a logística é impreterível
afim de ser responsável pela movimentação do produto desde a matéria-prima até o produto
e/ou cliente final, de modo que seja entregue com qualidade e agilidade. Diante do que foi
supramencionado, nota-se a importância da logística para a movimentação da mercadoria, além
da necessidade de infraestrutura nas rodovias e nos principais pontos de modais logísticos
utilizados no país. Batalha (2013) diz que atividades logísticas são as que fazerem conexão
entre centros de produção e clientes finais, os quais, muitas vezes possuem grande distância.

Segundo Fleury (2000) as ferramentas e estratégias de logística caracterizam-se como


vantagem competitiva, e todas as empresas devem estar preparadas para estar a um passo à
frente de seus concorrentes, porém, há vários fatores que afetam essa vantagem, as empresas
devem aprender a lidar com fatores como a grande transformação que a sociedade vem
sofrendo perante as tecnologias, mas, também, deve levar em consideração os fatores sociais
aos quais podem afetar de forma considerável. A logística no agronegócio seguramente é ponto
de vantagem competitiva, pois caso realizada de forma eficiente tem como contribuição a
redução de custos e maximização de serviços ao cliente, adotar estratégias da logísticas que
possibilitam criar um fluxo de atendimento mais rápido e eficiente, trazendo maximização de
produção e lucro, assim como ofertando uma vantagem competitiva (ESTEVES et al, 2020).

9
7.0 Tendências emergentes em gestão e liderança no agronegócio

A gestão e liderança são primordiais para o sucesso do agronegócio. Veja neste artigo quais
são as tendências do setor e quais habilidades serão necessárias para os gestores do setor.

O agronegócio enfrenta desafios e mudanças significativas, que vão desde avanços


tecnológicos até questões de sustentabilidade e mudança climática. Tal fato exige que líderes
e gestores se adaptem e se adequem através de novas estratégias de gestão e liderança no
agronegócio, para, assim, enfrentar as demandas do futuro.

Acompanhe nesse post quais são as tendências futuras que desafiam o agronegócio e quais
serão as habilidades de gestão e liderança necessárias para enfrentá-las e superá-las.

7.1 Tendências futuras no Agronegócio

Estar alinhado com as tendências futuras do agronegócio é fundamental para qualquer líder
ou gestor do setor ter êxito profissional e se destacar no mercado de trabalho. Mas o que virá
pela frente no agronegócio? O que esperar e como estar preparado?

Para ajudar na tomada de decisões proativas e construir um futuro sustentável no


Agronegócio, a EMBRAPA desenvolveu junto com o apoio de 300 especialistas e líderes, a
plataforma Visão de Futuro do Agro. Nesta plataforma são apresentadas 8 megatendências
do agronegócio utilizadas como base para elaboração do plano estratégico da empresa.

Essas megatendências também podem servir de base para a tomada de decisões e gestão no
agronegócio. São elas:

1. Sustentabilidade.
2. Adaptação às mudanças do clima.
3. Agrodigital.
4. Intensificação tecnológica e concentração da produção.
5. Transformações rápidas no consumo e na agregação de valor.
6. Biorrevolução.
7. Integração de conhecimentos e tecnologias.
8. Incremento da governança e dos riscos.

10
9.0 Transformação digital no agronegócio e o papel da gestão e liderança

Nesse contexto de transformação digital, os líderes no agronegócio precisam desenvolver


algumas habilidades e competências específicas para impulsionar a inovação e a eficiência
em suas operações, tais como:

1. Alfabetização digital: Os líderes devem ter uma compreensão sólida das tecnologias
digitais relevantes para o agronegócio, bem como das oportunidades e desafios que
elas apresentam.
2. Pensamento estratégico: Entendendo que a transformação digital pode melhorar
suas operações, o líder deve ser capaz de identificar quais áreas são mais estratégicas
para incorporação de tecnologias de acordo com a visão geral da empresa.
3. Habilidades de gerenciamento de dados: Com a coleta e análise de dados se
tornando cada vez mais importante, os líderes precisam desenvolver habilidades de
gerenciamento de dados, como armazenamento seguro, análise e interpretação de
grandes volumes de dados agrícolas.
4. Mentalidade inovadora: Os líderes devem estar abertos à inovação e serem capazes
de buscar soluções criativas para os desafios do setor. Isso envolve incentivar a
experimentação, o aprendizado contínuo e a busca de parcerias estratégicas com
startups e empresas de tecnologia.
5. Habilidades de comunicação: Saber se comunicar com todos os membros da equipe,
que envolve diferentes áreas e níveis de organização é fundamental para articular a
visão estratégica entre as diferentes áreas e níveis de uma organização.
6. Habilidades de gestão de mudanças: A transformação digital envolve mudanças
significativas nas operações e processos agrícolas. Os líderes devem ter habilidades
de gestão de mudanças para lidar com a resistência, comunicar a necessidade de
mudança e apoiar a equipe durante a transição para novas tecnologias e práticas de
trabalho.

Essas habilidades e competências ajudarão os gestores e líderes do agronegócio a enfrentar a


transformação digital de forma eficaz, permitindo que eles aproveitem as oportunidades
oferecidas pela tecnologia digital para impulsionar a inovação e a eficiência nas operações
agrícolas.

11
10- Perspetivas para o Futuro do agronegócio

Outro conceito relevante para o desenvolvimento do agronegócio e principalmente para


entendimento da dinâmica dos agentes envolvidos, está ligada a um conceito relativamente
recente, que, assim como a globalização, está ancorado no desenvolvimento das tecnologias da
informação e comunicação, que tornam os relacionamentos mais próximos, diretos e as
relações e operações comerciais mais rápidas e automáticas.

Na cadeia agroindustrial temos a figura do Estado, via órgãos de fiscalização e normatização


nas suas três esferas de atuação (federal, estadual e municipal), temos grandes grupos
multinacionais de processamento e de produção de insumos, temos grandes cooperativas
agroindustriais, varejistas, atacadistas e distribuidores de diferentes tamanhos e formatos e
negócio, temos ainda um grande número de produtores e empresários rurais, com sistemas de
produção, gestão, nível tecnológico, tamanho de operação e objetivos pessoais muito
diferentes. Assim, os processos de coordenação, governança e os custos de transação nas várias
cadeias produtivas agroindustriais dependem, em muito, da composição de cada uma e de como
estão estruturadas, em termos de estrutura e posicionamento dos agentes. A densidade das redes
mostra a quantidade de stakeholders que a compõem, quanto maior esse número, mais densa é
a rede. A centralização, por sua vez, mostra como a rede está projetada, se gira em torno de
alguma empresa-chave, chamada de hub, ou está organizada de forma difusa, em que os
relacionamentos não sejam concentrados em um agente específico. A fragmentação avalia a
presença de sub-redes no sistema, ou seja, se há a presença de interações individualizadas que
podem concorrer com os objetivos da rede em geral. Nessas situações podem ocorrer falhas de
coordenação que podem minar a governança do sistema e gerar aumentos de custos de
transação que levam à diminuição da eficiência da cadeia. Com relação às medidas de
posicionamento, a centralidade indica a capacidade ou possibilidade de um certo agente
influenciar as decisões da rede, movendo-a em seu próprio interesse ao se aproveitar de sua
posição estratégica na rede que lhe permite manter relacionamentos com vários outros
parceiros, comparativamente à maioria dos membros da rede, pois posições mais centrais na
rede possibilitam melhor condição competitiva. Outra medida são os “buracos estruturais”, que
indicam as falhas de comunicação ou ausências de laços de relacionamentos entre alguns
elementos da rede, sua presença pode induzir a ocorrência de comportamentos oportunistas,
pois pode ocorrer a retenção de informações ou conhecimentos por alguns agentes (FARIA,
2007).

12
11.0 Gestão estratégica e tomada de decisões no agronegócio

A gestão de riscos é fundamental para identificar, avaliar e mitigar os diversos tipos de riscos
que o setor agrícola enfrenta. Isso inclui riscos climáticos, como secas, inundações e
variações sazonais, riscos de mercado, como flutuações de preços e demanda, e riscos
operacionais, como falhas no equipamento e problemas de logística.

Através de uma abordagem proativa, os gestores podem desenvolver estratégias de gestão


de riscos que minimizem as consequências negativas e aproveitem as oportunidades que
surgem.

O planejamento de longo prazo é igualmente importante para o sucesso no mercado agrícola.


Isso envolve a definição de metas claras e realistas, a análise das tendências e perspectivas
do setor, e a elaboração de planos estratégicos abrangentes que guiem as atividades futuras.

O planejamento de longo prazo permite que as organizações estejam preparadas para


enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem no decorrer do tempo,
permitindo uma maior adaptabilidade e resiliência diante das mudanças do mercado.

A tomada de decisões informadas é um aspecto essencial da gestão estratégica no


agronegócio. Os gestores precisam basear suas decisões em informações precisas e
atualizadas, considerando fatores como dados de mercado, análise de custos, desempenho do
negócio e tendências setoriais.

As tendências emergentes em gestão e liderança no agronegócio exigem que os líderes e


gestores se adaptem e adotem novas estratégias para enfrentar os desafios do futuro. A
transformação digital está revolucionando o setor, com o uso de tecnologias como a Internet
das Coisas, inteligência artificial e automação.

Os líderes precisam desenvolver habilidades digitais, pensamento estratégico, gerenciamento


de dados e mentalidade inovadora para aproveitar as oportunidades oferecidas pela
tecnologia. Além disso, a liderança sustentável e responsável é essencial, com a promoção
da sustentabilidade ambiental e práticas agrícolas conscientes. A gestão estratégica, tomada
de decisões informadas e desenvolvimento de habilidades de liderança completam o
panorama, preparando os líderes do agronegócio para enfrentar os desafios e aproveitar as

13
oportunidades do setor. Conheça nosso MBA em Gestão, Estratégia e Liderança no
Agronegócio:

12.0 Conclusão
O agronegócio é um segmento bastante promissor, a produção agrícola sustenta recordes e
desponta como principal alicerce da economia, impulsiona o superávit da balança comercial
do país, e proporciona mais empregos. Uma das tendências levantadas, conforme Mendes
(2007, p. 52), aponta que, em fases de processamento e distribuição, que atualmente giram em
torno de US$ 6,8 trilhões por ano (ou seja, 70% do valor total do agronegócio), a participação
relativa poderá ser aumentada, devendo chegar a gerar ao redor de US$ 10,7 trilhões por ano.
Observando estas informações é possível afirmar que, embora alguns segmentos apresentem
momentos de dificuldades econômicas, o setor como um todo, e através de seus elos, possui
grande potencial de crescimento. Porter (1989) ressalta que, em uma cadeia produtiva, o
mercado é representado pelo consumidor, uma vez que cada um dos segmentos é responsável
por um elo da cadeia, e que os fatores de desempenho competitivo de uma cadeia são iguais
para todos, o que muda é o processo, a cadeia de valor.

Para atender as exigências de um mercado global e agregar valor à produção, práticas de


sustentabilidade ambiental, incrementos tecnológicos e certificações de qualidade são as
estratégias de negócio mais observadas nas agroindustriais.

Os resultados dos investimentos em pesquisas e tecnologias em insumos agropecuários são


obtidos em longo prazo. E a mecanização do campo impulsiona a padronização da produção,
reduzindo índices de perdas pós-colheita, trazendo aumento de produtividade, entre outros
ganhos. A cultura de investimentos em recursos para tecnologia e inovação precisa ser mais
trabalhada no Brasil. Segundo Mendes (2007, p. 154), em 2003, o Brasil investiu apenas 0,1%
do PIB da agropecuária em pesquisas, enquanto, nos Estados Unidos, a média de investimento
é de 1,5% ao ano. Para que o agronegócio continue a dar bons frutos, o setor precisa, sobretudo,
de investimentos que proporcionem padrões mais elevados de qualidade e maior rentabilidade
aos envolvidos.

14
13.0 Referências bibliográficas
ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de Agronegócio. São Paulo, Atlas, 2010. ARAÚJO, M.
A. Fundamentos de Agronegócio. São Paulo: Atlas, 2007. BATALHA, Mario Otavio. Gestão
do Agronegócio. São Paulo, Edufscar, 2013.

BUNGE. Sustentabilidade na cadeia de valor. Disponível em: . Acesso em: 10 jul. 2014.
CAMPANHOLA, C. “A inovação tecnológica frente aos desafios do agronegócio”. São Paulo:
02 jan. 2005. Disponível em: . Acesso em: 05 jul. 2014.

FIGUEIREDO, Marcos A. Bezerra; TAVARES DE LIMA, Jorge R.. Agroecologia e


Desenvolvimento Sustentável.
TAVARES DE LIMA, Jorge R.; FIGUEIREDO, Marcos A. Bezerra (Orgs.). Extensão Rural,
desafios de novos tempos: agroecologia e sustentabilidade. Recife: Bagaço, 2006.

15

Você também pode gostar