Leishmaniose (Tegumentar e Visceral)
Leishmaniose (Tegumentar e Visceral)
Leishmaniose (Tegumentar e Visceral)
Agentes etiológicos:
Leishmania (Viannia) braziliensis;
Leishmania (Viannia) guyanensis;
Leishmania (Viannia) lainsoni;
Leishmania (Viannia) shawi;
Leishmania (Viannia) naiffi;
Leishmania (Leishmania) amazonensis;
Inseto do gênero Lutzomyia realizando hematofagia
Hospedeiros
Intermediários: invertebrados (insetos da família Psychodidae,
subfamília Phlebotominae, gênero Lutzomyia).
Patogenia
Os macrófagos fixos (histiócitos) não estimulados são hábeis para o
estabelecimento da infecção.
Período de incubação - 2 semanas a 3 meses;
As lesões iniciais são semelhantes, podem estacionar ou evoluir
para um histiocitoma;
O histiocitoma desenvolve-se formando um infiltrado de células,
originando uma reação inflamatória do tipo tuberculoide. Ocorre
necrose e formação de uma lesão ulcerocrostosa;
Há uma perda da crosta e o fundo granuloso da ferida é evidenciado;
A lesão leishmaniótica , quando já estabelecida, possui as seguintes
caracteristicas: conformação circular, bordas altas, fundo granuloso,
cor vermelha intensa, coberta com exsudato seroso ou
seropurulento;
Lesão leishmaniótica
1) Cutânea:
Formas clínicas
Úlceras únicas ou múltiplas confinadas na derme;
A densidade de parasitas nos bordos da úlcera formada é grande nas
fases iniciais da infecção;
A cutâneo-disseminada é uma variação, sendo associada aos
imunossuprimidos (AIDS);
2) Cutaneomucosa:
De curso crônico e lento;
Início na forma cutânea e posterior comprometimento das mucosas
e cartilagens (gera lesões destrutivas secundárias);
É uma extensão direta da lesão primária ou disseminação
hematogênica;
O primeiro sinal de comprometimento se dá por eritema e discreto
infiltrado inflamatório no septo nasal, o que ocasiona coriza
constante e processo ulcerativo.
3) Cutânea difusa:
Lesões difusas não ulceradas pela pele;
Metástases do parasito através da circulação linfática ou migração
de macrófagos parasitados;
Pacientes com esse tipo NÃO RESPONDEM ao teste de
MONTENEGRO;
Deficiência imunológica;
Diagnóstico e tratamento
Clínico: Laboratorial:
Análise da lesão; Esfregaços corados;
Anamnese; Histopatológico;
Dados epidemiológicos; Cultura;
Inóculo em animais;
PCR;
Imunológicos:
Montenegro (avalia resposta celular);
RIFI (avalia resposta humoral);
Tratamento:
Realizado com Glucantime (antimoniato de N-metilglucamina);
Cuidados com as lesões;
Leishmaniose Visceral
Também chamada de Calazar, é uma doença de infecciosa de caráter
zoonótico com evolução crônica que acomete o homem e outras espécies
de animais silvestres e domésticos. Possui como principais características:
febre irregular média de longa duração, espelo/hepatomegalia, anemia,
trombocitopenia, hipergamaglobulinemia e hipoalbuminemia.
Agentes etiológicos:
Leishmania (L) donovani;
Leishmania (L) infantum;
Ciclo biológico
Igual ao ciclo relatado anteriormente nas páginas 4 e 5.
Algumas informações devem ser expostas sobre os parasitos, sendo elas:
Os órgãos parasitados são os órgãos linfoides, como médula óssea,
baço e linfonodos, e o fígado;
Podem ser encontrados em outros órgãos e tecidos, como rins,
intestino, pulmões e pele (raramente encontrados no sangue);
Transmissão
Picada do inseto vetor; Mecanismos menos comuns,
Injetáveis; como as formas congênita e
Transfusão sanguínea; venérea;
Imunidade
Apresentação de antígenos aos linfócitos TCD4+;
Produção de citocinas e utilização de populações de linfócitos T
helper;
Esses linfócitos desempenharão 2 tipos de resposta:
-1: secreção de IFN-γ associado à produção de citocinas pró-inflamatórias e
capacidade de controle da infecção.
-2: produção de IL-4 associada a citocinas estimuladoras de plasmócitos para a
produção de anticorpos correlacionados com a evolução da doença.
⭡ IL-10 e IL4 = inibição da ativação dos macrófagos estimulados pelo
IFN-γ produzido pelas TCD4+;
Patogenia
Surgimento de uma lesão no local da picada em alguns dos casos
(Leishmanioma);
Pode ocorrer cura espontânea, caso contrário, os parasitas migram
para os linfonodos proximos e, em seguida, para as visceras;
Ao chegar nas visceras, induzem infiltração de macrófagos, linfócitos e
células plasmáticas (disseminação pelas vias hematogênica e linfática);
Raramente os parasitos são localizados no sangue;
Alguns fatores, especialmente géneticos, são determinantes para a
infecção e cura;
Alterações
1) Esplênicas: macrófagos e células plasmáticas densamente parasitados.
Na polpa branca, parasitismo menos intenso e diminuição das células em
área T dependentes.
Diagnóstico
Clínico: análise de sinais e sintomas Imunológicos: RIFI, ELISA.
com comprovação laboratorial.
Tratamento
Glucantime - antimoniato de N-metil glucamina.
Profilaxia
Diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, eliminação de cães
positivos e combate ao inseto vetor.
Calazar Canino
Sintomáticos: Linfadenomegalia, descamação da pele, perda de apetite,
opacificação do pelo, alopecia na orelha, emagrecimento, linfadenopatia,
unhas maiores que o normal, comprometimento ocular, edema de patas,
parestesia das patas posteriores, ascite, epistaxes, hemorragia no TGI,
diarreia, onicogrifose, úlceras de decúbito e lesões renais.
Tratamento: ?????
Bons estudos!!!
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ou
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