TCC - Ana Carolina Mafra Almeida Oficial.1
TCC - Ana Carolina Mafra Almeida Oficial.1
TCC - Ana Carolina Mafra Almeida Oficial.1
Cidade
Ano
ANA CAROLINA MAFRA ALMEIDA
Cururupu-MA
2024
Dedico este trabalho à minha mãe Dilma a
qual sou eternamente grata.
A Deus que me mantem sempre firme.
A todas as mulheres vítimas de violências
doméstica, estimo que vocês encontrem
apoio e consigam sair.
E as que foram silenciadas através do
feminicidio, que Deus lhes deem descanso
as suas almas.
AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar sempre em minha vida.
A minha mãe Dilma da Conceição de França Mafra, que sempre cuidou de mim e,
nunca desacreditou que eu venceria mais um degrau na vida.
A minha tutora Marcia Maria, que a distância não foi obstáculos para sanar minhas
dúvidas.
A minha coordenadora de polo Dilane Ribeiro, que me ajudou desde do início do curso
até aqui, não me permitiu quando as coisas não estavam muito bem.
Aos meus amigos Bruno Silva, Liciane Nunes, pelas orientações que nessa etapa
foram essenciais quando me senti perdida durante a produção deste.
E por fim, aos meus demais colegas de cursos aos quais unimos forças para que
ninguém ficasse para trás.
A todos, muito obrigada!
Já somos sementes e brotaremos até mesmo do
asfalto.
Marielle Franco
ALMEIDA MAFRA, Ana Carolina. Estratégias de intervenção do serviço social no
enfrentamento da violência doméstica e feminicídio. 2024. 25. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) – Estácio de Sá, Cururupu-MA,
2024.
RESUMO
Este trabalho foi elaborado por meio de pesquisa bibliográfica, que inicialmente foi
feita uma análise de dados fornecidos por mídias digitais, portais, artigos publicados
e uso de legislação. O objetivo geral deste, visa mostrar a ineficiência do sistema que
mesmo tendo legislação, medidas e ações de combate e prevenção, cada vez mais
mulheres são vítimas em uma frequência significativa em todo o país, pois essas
vítimas se veem presas em um ciclo de agressões. Além disso, foi exposto como os
assistentes sociais atuam em questões de violência doméstica contra a mulher e, quão
necessários, são esses profissionais para tal abordagem no enfrentamento dessa
violência. Deparou-se com profissionais de linha de frente incapacitados para acolhida
dessas vítimas. Os resultados indicam que mesmo tendo legislação, medidas e ações
de combate e prevenção, cada vez mais mulheres são vítimas em uma frequência
significativa em todo o país, pois essas vítimas se veem presas a um ciclo de
agressões. Esses achados confirmaram pesquisas que destacaram este aumento,
provando um sistema falho. Também, foram abordadas as medidas de enfrentamento
do Poder Público para o fortalecimento das redes de apoio as essas mulheres.
ABSTRACT
This work was prepared through bibliographical research, which initially included an
analysis of data provided by digital media, portals, published articles and the use of
legislation. The general objective of this, aims to show the inefficiency of the system
that despite having legislation, measures and combat and prevention actions, more
and more women are victims at a significant frequency across the country, as these
victims find themselves trapped in a cycle of aggression. . Furthermore, it was exposed
how social workers work on issues of domestic violence against women and how
necessary these professionals are for such an approach in combating this violence.
Frontline professionals were found to be incapable of welcoming these victims. The
results indicate that even with legislation, measures and actions to combat and
prevent, more and more women are victims at a significant frequency across the
country, as these victims find themselves trapped in a cycle of aggression. These
findings confirmed research that highlighted this increase, proving a flawed system.
Also, the Public Power's coping measures were addressed to strengthen support
networks for these women.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
2. IDENTIFICANDO PADRÕES DE COMPORTAMENTO .................................... 14
2.1 RAZÕES PELAS QUAIS AS MULHERES NÃO DENUNCIAM...........................15
3. O SERVIÇO SOCIAL E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ...................................... .16
3.1 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER E O FEMINICÍDIO.................17
4. O PODER PÚBLICO NO COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA MULHER . 18
4.1 O SISTEMA É FALHO:LACUNAS NA ABORDAGEM VIOLÊNCIA....................19
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 22
REFERÊNCIAS .........................................................................................................23
13
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, a cada
dez brasileiras, três já foram vítimas de violência doméstica. Apesar de um vasto rol
de medidas de proteção e prevenção, essa é a realidade de muitas brasileiras, que
acabam vivenciando a violência dentro de seu próprio lar, muitas vezes, com quem
deveria lhe dar amparo e segura, o companheiro afetivo.
A atuação do Serviço Social frente à violência doméstica ajuda a combater, de
forma direta na promoção de políticas públicas mais eficazes. Além disso, é essencial
reconhecer que a violência doméstica é um grave e complexo problema social, que
requer uma abordagem multidisciplinar e integrada que não pode ser tratada apenas
pelo viés do direito penal.
Embora as leis representem um avanço significativo na proteção das mulheres,
ainda há muito a ser feito para garantir sua eficácia na execução, incluindo a
implementação efetiva de políticas de proteção às vítimas, o fortalecimento das redes
de apoio e suporte, educação sobre os direitos das mulheres e um fácil acesso aos
recursos disponíveis para mulheres que sofrem esse tipo de violência.
Ainda que existam medidas no âmbito jurídico para prevenir e combater esse
tipo de violência a sua implementação apresenta falhas, como falta de celeridade e
questões burocráticas na aplicação da legislação. O que leva muitas mulheres vítimas
de violência a não procurarem ajuda.
Existem padrões de comportamento por parte do companheiro agressor,
evidenciam um ciclo de relacionamento abusivo e violento, é importante identificar o
mais cedo possível, para que não evolua para a violência na sua forma mais extrema,
o feminicídio. Entendendo melhor o conceito de violência doméstica e de feminicídio,
destacando a atuação interventiva do Serviço Social, de forma que todas as mulheres
vítimas tenham acesso e conhecimento aos seus direitos. Observou-se também o
papel e desempenho das instituições que atuam na prevenção e no combate à
violência doméstica e ao feminicídio no Brasil, falhas e eficácias.
Desta forma, a pesquisa bibliográfica foi utilizada como metodologia para a
criação deste trabalho. Foram utilizados recortes, artigos científicos, parte da
legislação e mídias digitais de grande alcance que aborda a temática do Serviço Social
no ciclo da violência doméstica pautada no feminicidio, juntamente fazendo a análise
das barreiras de proteção utilizada pelo poder público.
14
Todas as mulheres no Brasil têm direito a uma rede de serviços públicos para
lidar com as diversas violências que podem vir a sofrer. Esses serviços incluem
instituições da Segurança Pública, Justiça, Saúde, Assistência Social e Educação,
entre outras. Infelizmente, nem todas as pessoas estão cientes de sua existência ou
de como eles funcionam.
A fim de combater a violência contra as mulheres e ajudar após ter seus direitos
violados, existem algumas alternativas que podem ser usadas pelas mulheres em
situações de emergência, de acordo com as circunstâncias e os riscos associados a
cada caso.
É possível mencionar as seguintes opções que essas mulheres podem buscar
em situações de emergência:
Ligação no Disque 180 ou 100- serve para fazer denúncias, sem custo.
O serviço funciona todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados. O serviço
registra os casos e encaminha-os aos órgãos correspondentes
Delegacia da Mulher (DEAM) ou Delegacia de Polícia Civil mais
próxima ou ainda Polícia Militar através do número 190- atendimentos de
urgência, pedidos de medidas protetivas e registro de boletim de ocorrência.
Casa da Mulher- oferecem serviços como orientação jurídica,
atendimento psicológico, apoio social e encaminhamento para outros serviços de
proteção e assistência.
Serviços de Saúde (Unidades Básicas de Saúde- UBS, Centro de
Atendimento Psicossocial- CAPS, Centro de Testagem e Aconselhamento-
CTAS) - atendimento médico hospitalar e de saúde mental.
e, caso haja necessidade, apoio para a reconstrução da vida das mulheres e seus
filhos.
Serviços de assistência como, Centro de Referência de
Atendimento à Mulher (CRAM), Centro de Referência da Assistência Social
(CRAS) ou Centro de Referência (CREAS)- Esses serviços trabalham em conjunto
com outros órgãos e instituições, como delegacias, hospitais, escolas e organizações
da sociedade civil, para garantir uma rede abrangente e eficaz de proteção.
Defensoria Pública- assistência jurídica gratuita para mulheres vítimas
de feminicídio e violência doméstica.
Aplicativos virtuais de emergência- são ferramentas que ajuda essas
vítimas de forma rápida e discreta.
Legislação Especifica- O Brasil possui também legislação específica
que tratam de violência doméstica e feminicídio, a Lei Maria da Penha (Lei no
11.340/2006) e a Lei do Feminicídio (Lei no 13.104/2015). Essas leis tipificam crimes,
aumentam as penas e asseguram a proteção das mulheres.
Além dos serviços mencionados acima, existem outras iniciativas e programas
na área da saúde, bem como projetos e campanhas que variam em cada estado do
país. Compreender as dificuldades que elas enfrentam ao usar esses serviços
evidenciam a dimensão social do problema, principalmente, a falta de denúncias ainda
tão pertinentes nos dias de hoje.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. AGÊNCIA SENADO. DataSenado aponta que 3 a cada 10 brasileiras já
sofreram violência doméstica. 2023. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/11/21/datasenado-aponta-que-
3-a-cada-10-brasileiras-ja-sofreram-violencia-domestica. Acesso em: 23 mar. 2024
SCHWINGEL, Maytê Cristina; NODARI, Maísa Kelly. A (in) eficácia das medidas
protetivas de urgência da Lei Maria da Penha. 2020. Disponível em:
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-in-eficacia-das-medidas-protetivas-de-
urgencia-da-lei-maria-da-penha/803250447#footnote-2. Acesso em: 03 maio 2024
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