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Dorian

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Meus caros, preparem-se para adentrar o universo de vaidade, narcisismo e corrupção

moral que é "O Retrato de Dorian Gray". Oscar Wilde, o mestre da ironia e do
deboche, nos presenteia com uma obra que é como um espelho quebrado - distorcido e
refletindo as partes mais sombrias da alma humana.

Dorian Gray, o protagonista, é tão bonito que faria Narciso parecer um modesto
amante de selfies. Se sua beleza fosse uma moeda, ele seria o Bill Gates do charme.
Mas ao invés de usar seus poderes de sedução para o bem (ou ao menos para conseguir
uma conta verificada no Twitter), Dorian decide fazer um acordo com o demônio -
porque, é claro, quando você tem beleza e dinheiro, o próximo passo lógico é fazer
um pacto sobrenatural.

A partir daí, Dorian se lança em uma jornada de hedonismo desenfreado que faria até
mesmo os Kardashians corarem de vergonha. Enquanto isso, o retrato que o pintor
Basil fez dele começa a envelhecer e a refletir as consequências de suas ações,
como se fosse um feed de notícias cheio de arrependimento.

Mas vamos ser sinceros, o que seria da alta sociedade vitoriana sem um pouco de
hipocrisia? Wilde nos mostra que por trás dos vestidos de seda e dos coquetéis
requintados, há uma podridão que faria até mesmo um esgoto parecer cheiroso.

"O Retrato de Dorian Gray" é como um reality show da era vitoriana, onde a
futilidade e a moralidade duvidosa reinam supremas. É uma leitura obrigatória para
quem gosta de uma boa dose de sarcasmo com seu choque de realidade. Então, pegue
sua taça de champanhe (ou uísque, se você for mais rebelde), e embarque nesta
viagem pela selva de pedra da alta sociedade do século XIX, onde até mesmo os
retratos têm uma opinião afiada sobre seus donos.

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