Cruz, 1997
Cruz, 1997
Cruz, 1997
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
JOSE WRGILIO DE MATOS FIGUEIRA CRUZ
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
ORIENTADOR:
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
z-r i'víoiìuÕiõ
Ao José pedro
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
INDICI
LISTA DE FIGURAS V
LISTA DE QUADROS )ilv
AGRADECIMENTOS XWI
RESUMO )o(
ABSTRACT )c(
1. TNTRODUÇÃO 1
1.1. Antecedentes 3
2.3. Sismicidade 23
2.4. Vulcanismo 31
2.6.1. Vulcanologia 34
2.6.3. Geofisica 4T
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
4.2.2.Temperatura 746
4.2.3 . Evapotranspiração 148
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
III
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
8. BIBLIOGRAFIA 409
IV
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
LISTr!. DE FïGUB.AS
Silveir4 1982).
Fig.2.9 - Frequência anual dos sismos registados e sentidos no sector Faial - Pico - São
Fig. 2.13 - Diagrama repÍesentativo dos coeficientes de aspecto das escoadas láücas
históricas da iiha do Pico,
Fig.2,14 - Representação gráfica das ta-ras de efusão média das erupções históricas do Pico
comparativamente com outros vulcões basálticos s./. (adaptado de Waiker, 1973).
Fig. 3.1 - Corte topográfico C-D.
Fig. 3.2 - Corte topográfico A-B.
Fig. 3.3 - Corte topográfico L-K.
Fig. 3.4 - Corte topográfico J-I.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Fig. 3.18 - Mapa de Densidade de Drenagem para os segmentos de 2" ordem (valores em
Km-t).
Fig. 3.19 - Mapa de Densidade de Drenagem para os segmentos de 3u ordem (valores em
Km-t).
Fig. 3.2O - Distribúção de frequências de alguns atributos das bacias hidrográficas.
Fig. 3.21- Relação entre a densidade de drenagem e o maior rio das bacias hidrográficas.
Fig. 3 .22 -Relação entre a area e o maior rio das bacias hidrográficas.
Fig. 3.23 - Relação entre o número de ordem dos segmentos de drenagem e o logaritmo do
número de segmentos, paÍa cálculo da razão de bifurcação.
Fig. 3.24 - Relação entre o número de ordem dos segmentos de drenagem e o logaritmo do
comprimento médio dos segmentos, para cáúculo darazão de comprimentos médios.
Fig. 3 .25 - Co*es topográficos da zona costeira-
VT
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Fig. 4.6 - Variação da precipitação anual na ilha do Pico relativamente à media e a 600/o e
75%o deste valor (continuação).
Fig. 4.7 - Distribuição mensal da pluviosidade na ilha do Pico.
Fig. 4.8 - Distribuição mensal da pluviosidade na ilha do Pico (continuação).
Fig. 4.9 - Distribuição mensal da pluviosidade na ilha do Pico (continuação).
Fig. 4.10 - Esquema conceptual da evolução da nebulosidade na ilha do Pico (modificado de
Ferreira, 1981b).
Fig. 4.11 - Distribuição mensal da temperatuÍaÍraE.M. do Aeroporto do Pico.
Fig. 4.12 - Diagramas termo-pluviometricos de Gaussen.
Fig. 4.13 - Diagramas termo-pluviométricos de Gaussen (continuação).
Fig. 4.14 - Representação gráfica do balanço hídrico mensal ao nível do solo (P.U.
Madalena).
Fig. 4.75 - Representação gráfica do balanço hídrico mensal ao nível do solo @.U.
Bandeiras).
Fig. 4.16 - Representação gráfica do balanço hídrico mensal ao nível do solo @.M.
Aeroporto).
Fig.4.17 - Representação griifica do balanço hídrico mensal ao nível do solo (P.U. São
Roque).
Fig. 4.18 - Representação gríú,ca do balanço hidrico mensal ao nível do solo (P.U.
L.Capitão).
Fig. 4.19 - Representação gráfica do balanço hídrico mensal ao nível do solo(P.U.
L.Caiado).
Fig. 4.20 - Representação grâfrca do balanço hídrico mensal ao nível do solo (P.U L.Paúl).
Fig. 4.21- Distribuição mensal da escorrência nos postos udométricos de altitude.
Fig. 4.22 - Distribuição mensal da escorrência nos postos udométricos litorais.
Fig. 4.23 - Localização das nascentes onde se efectuou o balanço de cloretos.
VII
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
VIII
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Todd, 1980).
Fig. 5.23 - Mapa de localização dos ensaios de maré.
Fig. 5.24 - Distribuição de frequências absolutas dos valores estimados de difusividade
hidráulica.
Fìg. 5.25 - Relação entre a semiamplitude de osciiação do nível de água no aquífero e a
Fig. 5.27 - Relação entre a difusividade hidráuüca calculada com o modelo de aquífero
semiconfinado e a distância dos pontos de observação ao mar.
Fig. 6.1 - Representação grátfrca da temperatura em função da mineralização das águas
Fig. 6.11 - Distribuição da concentração dos catiões principais nas águas subterrâneas do
Pico (amostragem de Setembro de 1996).
Fig. 6.12 - Relação entre as concentrações em sodio e magnésio (amostragem de Setembro
de 1996).
x
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
1ee6).
1ee6).
Fig.6.16 - Relação entre o teor em sodio e bicarbonato (amostragem de Setembro de
1ee6).
Fig. 6.23 - Relação entre as concentrações ern sodio e cioreto (amostragem de Setembro de
1ee6).
Fig. 6.24 - Distribuição da concentração dos aniões principais nas águas subterrâneas do
Pico (amostragem de Setembro de 1996).
Fig. 6.25 - Relação entre as espécies anionicas cloreto e sulfato (amostragem de Setembro
de 1996).
Fig. 6.26 - Relação entre as concentrações em bicarbonato e sulfato (amostragem de
Setembro de 1996).
Fig. 6.27 - Relação entre as espécies anionicas cloreto e bicarbonato (amostragem de
Setembro de 1996).
X
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Fig. 6.29 - Relação entre a espécie neutra HrsiO: em solução e alguns parâmetros fisicos e
Fig' 6-30 - Relação entre a condutiüdade das águas e o valor da razão elementar rNIg/rCa
(amostragem de Setembro de 1996).
Fig. 6.31 - Relação entre a razão rlírNa e a concentração em cloreto (amostragem de
Setembro de 1996).
Fig. 6.32 - Relação das razões rNa/rCa e rNa/r(Ca+Mg) com a mineralização das águas e a
concentração das espécies sodio e cálcio (amostragem de Setembro de 1996).
Fig. 6.33 - Relação da lazão TCVTHCQ corÌì a mineralização das águas e os valores dos
índices rIVrNa" rNa/rCa e rNa/r(Ca+Mg) (amostragem de Setembro de 1996).
Fig. 6.35 - Relação entre a razÀo TCVTHCOT € â concentração dos catiões maiores em
solução (amostragem de Setembro de 1996).
Fig. 6.36 - Relação do índice rSOn/rCt com a ntinqalização das aguas e o valor da razão
TCVTHCO: (amostragem de Setembro de 1996).
Fig. 6.37 - Diagrama de Piper relativo à projecção da composição química das águas
subterrâneas da ilha do Pico.
)ü
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
meio basáltico de outras ilhas dos Açores e diversas regiões insulares e continentais
do mundo; 1.-Paúl da Serra (ilha da Madeira), valor médio dos máximos observados
nos 3 grupos de nascentes (Nascimento, 1991);2.-ilha da Reunião, valor médio de
232 amostras (in JoirL 1991); 3.-Kilauea Volcano (ilha do Hawaii), valor médio de
60 amostras (Janik et al., 1o9$;4.-ilha de Santa Maria (Açores), valor medio de 31
amostras (Cru2, 1992);5.- Nordeste (ilha de São Miguel, Açores), valor medio de
24 amostras (Lobo, 1993); 6.-ilha de São Jorge (Açores), valor médio de 80
)il
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Fig. 6.52 - Evolução temporal das concentrações em cloreto nas águas subterrâneas
captadas nos furos de abastecimento.
Fig. 6.63 - Relação entre o conteúdo em õttO e ôD nas águas subterrâneas da ilha do Pico.
Fig. 6.64 - Relação entre o conteúdo em õt8O e a mineralização das águas expressa pela
condutiüdade.
Fig. 6.65 - Relação entre o conteúdo em õtto e a concentração em cloretos,
,\(II
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
r,IsTA DE QUADRO.S
Quadro 2.1 - Sismos historicos mais violentos sentidos nos Açores (modificado de Nunes,
1991 e Correia et a1.,1992).
Quadro 2.2 - Comparação das principais unidades wlcanologicas da ilha do Pico
consideradas por diversos autores.
Quadro 2.3 - Resumo das principais características das erupções historicas (retirado de Cruz
et a|.,1995 e França et al., 1995b).
Quadro 2.4 - Atributos fisicos das erupções históricas da ilha do Pico (retirado de Crvz et
a|.,1995).
Quadro 2.5 - Cárlculo da üscosidade da lava emitida no decorrer da erupção historica de
Sta. Luzia (1718; retirado de Cruz et al.,1995).
Quadro 3.1 - Número de segmentos de linhas de água e respectivos comprimentos por bacia
hidrográfica.
Quadro 3.2 - Número de segmentos de liúas de água e respectivos comprimentos por bacia
hidrografi ca (continuação).
Quadro 3.3 - Parâmetros morfométricos da rede de drenagem.
Quadro 4.1 - Localização da estação meteorologSca e dos postos udometricos instalados na
ilha do Pico.
Quadro 4.2 -Yalores da precipitação atmosférica anual (1.974/75 a 1995/96) por completar
e conigir.
Quadro 4.3 - Matriz de correlações entre as séries udometricas registadas no Pico no
período 1974/75 a 1995196.
Quadro 4.4 -Equações de regressão linear utilizadss na colmatação de lacunas.
Quadro 4.5 - Series de precipitação atmosÍérica anual completadas e por conigir.
Quadro 4.6 - Series de precipitação atmosférica anual apos coÍrecção.
Quadro 4.7 - Resultados dos testes estatísticos aplicados às séries pluüometricas
completadas e corrigidas.
Quadro 4.8 - Valores médios de precipitação anual determinados na ilha do Pico no período
de 1974/75 a 1995196.
Quadro 4.9 - Diferenças entre os valores reais de precipitação anual media e os estimados
por regressão linear e multilinear.
Quadro 4.10 - Estimativas de evapotranspiração potenciai e real na ilha do Pico.
Quadro 4.11 - Classificação cümática segundo o esquema de Thornthwaite.
Quadro 4.12 - Resultados do balanço hídrico sequencial no P.U. da Madalena.
>CV
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
XV
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
^.,-1+.- 11
v./
Í-Jinac sv
- s.srvvr
Aa ee!r.eYev eole+i.:C,: à:3SgS.r.i-p-1ic
-n+:tç-oì.r IvrEr- inlroo+icr,ìíí=c
L.r-v!^D***u npt.^ nr.-,,7omc
yavãrúr.e
Jo
sv
vu4ur\J '-v:v ^-u-!ràv P!^v
especiação Hidspec.
Quadro 6.8 - Índices de saturação relativos às fases minerais investigadas pelo programa de
especiação Hidspec (continuação).
K\4
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
AGRADECIMENTOS
À colega Df
zrlda França pelo estímulo contínuo à prossecussão deste
estudo, e
pelos apoios fornecidos no decorrer dos trabalhos
de campo e de gabinete. A leitura crítica
de parte do manuscrito, que conduziu a sugestões enriquecedoras,
e as discussões sobre a
wlcanologia da ilha do pico tambem foram muito importantes.
Ao colega Dr. João Carlos Nunes o apoio dado no decurso dos trabalhos
de campo
e os debates sobre a wlcanologia do Pico. A leitura crítica
do capítulo 2 tambem foi
importante para o autor.
X\.II
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A Câmara Municipal das Lajes do Pico, na pessoa do seu presidente, Eng. Cláudio
Lopes, e a todos os seus funcionários> a disponibilização dos arquivos da Autarquia e os
múltiplos apoios concedidos aos trabalhos de crÌmpo.
XVIII
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
todas as tarefas de que foi incumbido, desde as laboratoriais às relativas à edição desta
dissertação.
A todos os habitantes do Pico, na certeza de que a simpatia com que recebem na sua
ilha e um factor estimulante a queÍn, deslocado, tem de reaiizar trabalhos de campo.
XD<
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
RESTIMO
de espessura.
Pico, a W, e uma aplanação à cota aproximada de 800 rn, descendo em degraus para E. O
estudo quantitativo da rede de drenagern, mediante a elaboração de mapas de densidade de
drenagem e da caracteização morfométrica dos segmentos das linhas de água e das bacias
)c(
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
estrmar a esc.orrência. Na regão E da ilha estimou-se a rcoatga aquífera nelo balançc cle
10059 mt/d, embora denotem uma grande variação. Comparativamente com outras ilhas dos
Açores constata-se que os valores das ilhas Graciosa e Pico são os mais elevados,
reflectindo a importância dos aquíferos basáIticos fissurados.
influência dos sais de origem marinha sobre a minerali,ação das águas subterrâneas, devido
quer ao fenomeno de intrusão marinha quer ao acarreio de sais na precipitação. Nas regiões
ABSTRACT
)cc
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
volcanic activitv ccrnsists of four subaerial eruptions reported since the settlement of the
island.
The western region of the island is dominated by the Pico mountain stratovolcano,
with an altitude of 2351 meters, coÍresponding to the highest active volcano in Açores. The
edification of such an imposing cone was the result of successive basaitic eruptions on the
main crater and on secondary volcanic cones, that led to a peculiar landscape characterized
by vast fields of púoehoe lava flows. The estimated age for this structure is 75000 years.
The eastern part of the island is dominated by a fissural volcanic system developed
along 27 Km and controlled by fractures w-ith WNW-ESE and W-E trends. On this area, at
Lages and Topo regioq is located the Topo volcano that corresponds to the oldest volcanic
structure of the island, actually collapsed on the E sector and which emitted materials
constituting a zubaerial sequence about 600 m thick.
From a geomorphological point of üew there are two distina aÍeas directly related
with the above mentioned geological aspects, namely Pico Mountain on the W and a flat
area at an altitude of about 800 m descending in steps towards E. The quantitative study of
the drainage network, through the elaboration of drainage density maps and the
morphometric chaÍacterization of water line segments and hydrographic basins, enabled a
qualitative evaluation of the superficial permeability of the outcropping units.
)oflI
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Açores we reallze that the values of Crraciosa ancl Pico are higher. brineing to evidence the
importance of fussured basaltic aquifers.
Tidal effect on coastal aquifers was also studied and calculations led to an average
hydraulic diffiisivity of 6875 mtlmio. The high variability observed on estimated values
stresses the heterogeneity of volcanic aquifers environment.
The predominant facies of the analyzed waters is sodium-chloride which reflects the
influence of sea salts on the mineralization of groundwater due to either salt water intrusion
or carried by rain. On higher regions the major mineralization process is the hydrolysis of
silica rich minerals but on coastal areÍÌs it's effects are masked by higher water salinization.
Some isotopic analysis performed allow the confirmation of the above mentioned and
)CflII
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
I. INTRODTICÃO
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
com firncionarnento torrencial Por orrtro la.clo o nírnnero de nascentes nas znnas altas da ilha
é diminuto, e geralmente correspondem a exsurgências de fraco caudal, o que desde sempre
Organi?ação Administratina
-
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
âgua canaüzada e, destes edificios apenas 69.6% dos alojamentos tinham água proveniente
da rede púbüca. A freguesia de São Caetano inclusivÍrmente não recebia qualquer âgua da
totais de alojamentos com água da rede pública eram bastante próximos, da ordem de
9}.6yo e 92.2%o respectivamente. Não obstante as melhores coberturas destes concelhos,
salienta-se que a freguesia da Calheta do Nesqurrì, do concelho das Lajes do Pico, não
1.1. Antecedentes
deste esfudo, atendendo a que as referências existentes, na sua grande maioria, distinguem-
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
se pelo seu carácter ponfüal ou apÍesentam eenericamente os problemas desta ilha inserirjos
âmbito das quais indicam os caudais obtidos nas captações ate então perfuradas. Estes
autores são os primeiros a refeú-se à lentícula de rígua doce, sobreposta à água salgad4
discutindo em função deste modelo os efeitos sobre a qualidade da águ4 bem como a
existência de poços de maré e nascentes ao nível do mar. Importa referir que estas
exsurgências já tinham sido referidas nas primeiras descrições da ilha, realizadas no século
XVI por Gaspar Fructuoso (1978), como oportunamente será abordado.
existentes nos Açores. Nestes trabalhos e discutida pela primeira vez a relação entÍe as
características das formações vulcânicas que constifuem as ilhas e a circulação e ocorrência
das águas subterrâneas.
I A nascente
da Silveira ou do Calhau é captada no firndo dum poço de mare desde 194 l, e a sìur água foi
utilizada para mütiplos fins, nomeadamente aplicações terapêuticas para a diabetes e outras patologias @.
Avila. O Dever, 81(3923), 1996.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Erl t*dns as trehalhns r-efenqios. des.te autor e feit.a ÌtÍna exAlì.s1iv3 {e5r:rrçõo {2t
condições técnicas dos furos de pesquisa e captação executados à data nos Açores e,
consequentemenre, no Pico. A acompanhar esta descrição, e nomeadamente no caso
vertente desta ilha, é descrita a vaiação de niveis acompanhando a flutuação das marés
oceânicas, embora sem qualquer aproveitamento quantitativo, bem como o comportamento
marinha. Contudo, nesta publicação é referida a necessidade de estudar mais exemplos para
poder extrair um comportamento característico apücável em trabalhos de pesquisa" não
tendo obtido no pico qualquer relação entre as formações wlcânicas atravessadas pelas
perfurações e Írs resistiüdades aparentes mesuradas'
trabalhos de campo do presente estudo foi impossível identificÍr a grande maioria destas
nascentes, nem obter qualquer informação acerca da sua ocorrência, pelo que se
presume
que este número está sobreavaliado. De qualquer forma a preponderância das nascentes na
Demande et al. (1982a), num relatório submetido ao governo regional dos Açores,
reportam alguns trabalhos hidrogeoquímicos desenvolúdos no Pico e no Faial, e
relacionados com a prospecção geotérmica em curso naquelas ilhas. Estes autores
amostraram junto ao litoral as nascentes da Silveira e de Santo Amaro, cujo quimismo
é
condicionado pela mistura com a água do mar, e a nascente do Landroal, em altitude. Com
base nos baixos teores em sílica" e na ausência de elementos em traço em solução' esta
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
engina conchtirr qììe as temper"ahrra.s nrofundas eram bairas da order-n de 50"e n3 nas.1çnfq:
Um dos topicos de maior interesse neste relatório reside na divulgação dos primeiros
resultados isotopicos obtidos em águas da ilha do Pico. Correspondem a águas meteóricas,
com as águas mais pesadas no litoral, o que reflecte a mistura com a água do mar. Os
rezultados de trítio denotam o processo de mistura nas águas das nascerúes de Santo Amaro
e Silveirao embora o valor determinado para a nascente do Landroal seja interpretado como
resultado da idade da âgua ser superior a 25 anos, o que não nos parece ser possível
atendendo àrs condicionantes locais.
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
I.nhn (1qq?ì pr4çççferr e Ìlnn esÍÌ.rda fisien-qrrímieo e nnierchiclog"e das ág:as par:
consumo humano da Região Autonoma dos Açores incluindo, necessariamente, a ilha do
Pico. Neste estudo, que abrange amostras recolhidas em toda a rede de abastecimento às
Não obstante, Lobo (1993) não procede ao estudo dos processos mineralizadores
das águas zubterrâneas, restringndo as suas conclusões à apresentação dos resultados
anúticos de que dispuúa. A autora aconselha ainda o aproveitamento preferencial das
águas superficiais, em detrimento das águas subterrâneas, não tomando em liúa de conta a
diversidade fisica do arquipelago, que nalguns casos torna exíguos os recursos superficiais,
O Pico, onde se desenvolve o presente trabalho, é a segunda maior ilha dos Açores.
Administrativamente encontra-se diüdida em três concelhos, nomeadamente o concelho da
Madalena, com as freguesias daMatnz, Bandeiras, Criação Velha, Candelári4 São Mateus
e São Caetano, o concelho de São Roque, abrangendo as freguesias de Santa Luà4 Santo
António, São Roque do Pico, Prainha e Santo Amaro e, por finL o concelho das Lajes do
Pico, a que pertencem as freguesias de São João, Lajes do Pico, Ribeiras, Calheta do
Nesquim e Piedade.
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
556? /'ì6 60Á\ no coneelhn ç1.1s L.:.ies dn Pico O concelho de Sãa Roorre r!çr Piçp pessÌÌí3.
então unicamente 3675 habitantes (24.2%). A densidade populacional da ilha é muito baixa
(34 hab./I(m2) e a estrutura etária revela uma população envelhecida.
Desde sempre o povoÍImento foi dificultado pelas agrestes condições fisicas do Pico
e, à imagem do sucedido noutras ilhas do arquipeiago, limitado à franja litoral, o que é
de escoadas lávicas basálticas s./. de Lipo aa e pahoehoe, afloram directamente sem qualquer
tipo de solo de cobern-rra" o que lhe confere uma grande permeabilidade superficial e
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
.nrnnrnr/rfn
-----r- nnr rlefneõeç nhcnlnfnq e neln
r-- **--! l-
rnétndn dn '"C
-t e npln
r-
fbrtn dzq írlfirnrc er::nr.ãr,o
vulcânicas terem ocorrido em 1718, em Santa Luna e em São João, e em I 720 na Silveira.
Contudo, o acesso directo a estes recursos por parte das populações é dificil, pois
praticamente não existem exsurgências, que se concentram na metade E da ilha e
invariavelmente apresentÍìm caudais fracos, o que implicou a utilização de outras
tecnologias de exploração através da execução de furos profundos. Eüdentemente que esta
prática de desenvolvimento dos recursos hídricos acarreta riscos numa ilha, que se prendem
com a eventuai ocorrência de intrusão salina.
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
:dô^+^?
-'-:'J : ij:iir.:3:
^-:*í-.:^ :-'2 :.':!.^.í .:!h:+.;1.;a!n''ren+o r,'Ìnpdnr À rnerli:r ,'!r r-arnãn nrrfÁnn:--rc rJr
4-ç 1Lr.-.=="
^Tv. vu
(3r.s%)
autónoma (10.6%). A área media das explorações agrícolas é igual a7.9 h4 ocupando cerca
de 64.2Yo da área total da ilha.
Ì0
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
1988 estavam registados 1209 pescadores, o que perfaza uma cota de 23.9Yo relativamente
ao total açoriano, tornando esta iiha a segunda mais relevante da região autónoma no que
concerne as actividades piscatórias.
l1
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
apresentavam escalas que variam entre 1:200000 e l:50000, pelo que apenas permitem
caractertzar os sistemas hidrogeologicos em grande, o que é ainda dificultado pelo grau de
heterogeneidade e anisotropia inerente a um meio vulcânico.
t2
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Fsta lacuna está a seÍ cclrna.tada por tun prcjectc de caÍc'grúa ',-:lcanclcg:ca C=
porÍnenor, à escala 1:15000, que incluirá a definição de uma estatigrafr,a mais fina. Contudo,
este projecto, em que o autor se integr4 está ainda em fase de desenvolvimento, pelo que a
contribuição dos seus resultados não é decisiva para este esfudo, não se compadecendo com
prazos académicos.
todos os pontos, o que impossibilitava a sua coLnatação. Por outro lado, o estabelecimento
de correlações a larga escala é também dificultada pela deficiente distribuição dos postos
udométricos existentes, a que acÍesce o natural efeito do relevo ügoroso da Montanha
sobre a distribuição climática.
O inventário dos pontos de água foi uma tarefa dificultada pela escassa informação
arquivada pelas câmaras municipais. Com efeito, a documentação existente sobre os furos
mais antigos, reali'ados nas décadas de cinquenta e sessent4 e diminuta, e por vezes mesmo
inexistente como no caso dos furos do Cabo Branco, de São Mateus, da Mirateca e de
Santa Luza. Os relatórios referentes às maioria dos furos efectuados nos últimos anos pela
empresa Jqrdborsnir HF fornecem poucos dados, que por vezes são de dificil interpretação.
I3
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
'.-,rurru n.nhlo*^
íìr:frn -.o*Jo câ ee *u.-srg*-U;'ri: 4nn ^J;.|;'{.J^=
*- áif;;'tlldo.'ln^ J'.:lü-;ôUc;
piii'JiÊIIì:i =ii; rJi.liiii;ìJiíi
^^Í-
P:-n'.:ts-5C',---^. iJ:)
l+
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
mariúa. Este último processo resulta da intrusão salina em furos e poços de maré, e os
efeitos da mistura com a água do mÍIr são observados na composição química de numerosas
amostras.
l5
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
2- GEOLOGIA
O grupo Central, como a sua designação indica, localiza-se entre o grupo Ocidental,
a W, formado pelas ilhas das Flores e do Corvo e o grupo Oriental, a SE, constituído pelas
i6
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
elo
I
*ü
6RâCICSA
s.ünGE
ìEncEInA
s.ilrsJ ÈC2
I
ã
srÀtínlâ
As ilhas dos grupos Central e Oriental elevam-se a partir da Plataforma dos Açores,
que corresponde a uma vasta área de forma triangular situada entre os 24"ïV e os 30"W e
longitude (I-aughton et al., 1972).
A Plataforma dos Açores, que pode ser definida pela curya batimetrica dos 2000 m
(Needham e Francheteau, 1974 in Queiroz, 1990), apresenta uma morfologia irregular,
reconhecida desde Thoulet (1898, in Machado, 7992; Fig. 2.2) e definida por cristas
elevadas a partir do fundo ou, inversamente, por fossas de origem tectonica. As elevações
l1
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
oP
s t,t
ëag r.lr" I
õu
Fig. 2.2 - Configpração da Plataforma dos Açores limitada pela cuwa batimétrica dos 2000 m (adaptado de
Needham e Francheteau 1974).
São várias as estruturas tectónicas que afectam a Plataforma dos Açores, limitando a
denominada Microplaca dos Açores (Forjaz, 1984;Fig.2.3) e, atendendo à sua importância,
A Plataforma dos Açores e limitada a W pela Crista Média Atlântica (CMA), que a
norte do ponto de latitude 38"50TI apresenta uma direcção N10"-20"8. Perto da latitude 39
"30TI a CMA e rejeitada cerca de 15 Km por acção da Zona de Fractura Norte dos Açores
(ZFNA) que, segundo Searle (1980), constituíu até à cerca de 6 Mq juntamente com a
CMA e o Rift da Terceira, a junção tripla dos Açores.
IR
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Whitmarch (1974) consideram que a norte dos Açores a taxa de expansão e da ordem dos
1.7 cm/ano, enquanto a sul do arquipelago será cerca de 1.2 cm/ano.
s-
Piac: Euro - AlratÌcl
t9
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
!-.J,.Ll+*-,-l-.^-r-
ur\lllr-rlL<tYçU,flçlrlt -:---.:-- -.::-..
DIDIIII\,úIIrlçulv éUlrvG w\.rur rlr!v4lrlblrlUò
desligamento direito.
gcoRvo
4.oo"
AM
Faial - Pico - São Miguel, definiu o denominado Rift da Terceira (RT) Esta estrutura
tectonicq que apresenta uma orientação aproximada NW-SE, limita a NE a Microplaca dos
Açores, sendo delineada por uma sequência de fossas e de cristas submarinas na Plataforma
dos Açores. Com efeito, o RT prolonga-se desde a intersecção com a CMA
aproximadamente aos 39"N de latitude, passando pelas ilhas Graciosq Terceira e a parte
ocidental de São Miguel, até contactar a sul com a Falha da Gloria (Krause e Watkins.
1970, Laughton et al., 1972, Searle, 1980).
20
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
aliúamento.
cartografados (Searle, 1980; Fig. 2.5), o que poderá ser devido à baixa taxa de expansão
crustal e/ou à má qualidade dos dados.
Fig. 2.5 - hdrão de anomalias magnéticas na região dos Açores (Searle, 1980).
dos 0,25 cm/ano CKrause e Watkins,7970). Desta formq o RT coÍresponderii pelo menos
21
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
çã,- -.-- .... l-,r'^r.-,.'.:*--rÊ,--.- ----,{;flâ--inaa on=r-ninA.r i4ia -+ i='-.=ã.- 4..:*l'. -1,,,.
Li(lv rlUrliUl,\/jdi eJ lillwiPrvtsYvús SvvgLrüraw4ú vusuvrogüJ l/*ra 4 Jrjrry4v Lrryrs uiJJ
Neste contexto, para alguns autores este limit€ e estabelecido pelo RT (Udías, 1980,
tJdías et al., 1986, Buforn et al., 1988), que coÍresponderá a uma fractura distensiva, e
extensivo.
Esta estrutura foi designada como a Transformante de São Jorge (TSJ), sendo
delimitada a N pela CMA5 que intersecta perto dos 39"N de latitude e os 30"W de
longitude, e a sul pela Falha da Gloria (Ribeiro, 1982). Neste modelo a junção tripla dos
Açores seria do tipo RRT, passando o eixo respectivo na ilha de São Jorge ou no canal São
Jorge - Pico.
Miranda e Luís, 1995) permitiram concluir que a Plataforma dos Açores actuou como um
bloco independente há cerca de 10 a 3.5 Ma. O RT resultana da tectonização daquela
Plataforma, o que influenciaria decisivamente a instalação e desenvolvimento dos centros
wlcânicos dos Açores, não podendo ser considerado um Rift no sentido atribuído por
Krause e V/atkins (1970) e Searle (1980).
22
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
? ? Qi+sn!+iJc-.4c-
!ruquL
,
7
' í_*
:'l ......
'.'i q$ -Íir.ft.: È-.È.-, :.-ï
j.. .
tçu +-'tiri'' "i
i'1' :t"
ü:I/ .
-.;
[";i'1;'1..
'-:
' 'ï-'l-'..:
50lsn
Fig. 2.6 - Distribuição espacial dos epicentros para o período de Março de 1980 a Dezembro de 1989
(modificado de Nunes. 1991).
Observa-se ainda uma actividade sísmica significativa na região das ilhas do Pico e
Faial, bem como ao longo da TSJ (Nunes, 1991, Nunes et al., t992), o que é
23
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
pariicularmente Íele=,'snte irc queClc icg:cne! dc' Picc. A acti",.'idade sísrnics é ccntínua na
zona de fractura Faial - Pico, com eventos pouco energéticos, cujos epicentros estão
situados essencialmente no canal entre estas duas ilhas, bem como numa area a W da ilha do
Faial onde, por exemplo, se localizou a crise sísmica de 1992193 que será referida
posteriormente.
macrossísmicas dos sismos sentidos no Faial e no Pico apos 1931, Machado (19a8) concluiu
que existiria uma periodicidade sísmica em ciclos maiores de 32 anos e menores de 10.7
anos. Segundo o mesmo autor, estes ciclos alternariam entre os sistemas Faial - Pico e
Terceira - São Miguel com um intervalo de 5 a 7 anos (Machado, 1973).
na ilha de São Mguel, sendo escÍrssos até à década de 80 os registos com interesse pra a
Os sismos historicos sentidos que assolarÍÌm o arquipélago dos Açores têm sido
originados ou por acções vulcânicas, ou por causas tectonicas. No primeiro caso englobam-
se por exemplo os sismos sentidos em São Miguel em 1718 (Agostinho, 1935), enquanto o
segundo grupo compreende os abaios mais violentos verificados nos Açores (Quadro 2.1).
z4
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Quadro 2.1 - Sismos históricos mais üolentos senddos nos Açores (mociificado de Nunes, l99l e Correia et
a!.,1992).
r.rm dos mais trágicos sismos ocorridos nos Açores QVIachado, 1949).
Piedade desabado aigreja e algumas casas (Salgado, 1770, Macedo, 7871, Xavier, 1856 in
Machado, 1949).
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
ll-L737 23H'3/4
EPIcENTÈ.o
TERCEI&\
FÀIAL
Fig- 2.7 - Mapa de intensidades sísmicas do abalo de L757 (modtficado de Machado, 1949).
A actividade sísmica registada no Pico no decurso da decada de oitenta não pode ser
dissociada do enquadramento regional desta ilha. Desta formq a ilha do Pico constitui
juntamente com o Faial e São Jorge uma das zonas sismogénicas em que, para efeitos de
26
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Açores (Nunes, 1991, Nunes et ai., 1992). Esta divisão coincide colli as observaçóes de
Machado (1955), que considerou o sistema Faial - Pico um dos principais geradores de
sismos dos Açores, e com o zonamento utilizado por Mendes Victor e Nunes (1986), que
frzeram corresponder à área envolvente das ilhas de São Jorge, Pico e Faial uma das três
unidades vulcânicas e tectonicas utilizadas por estes autores para descrever a sismicidade no
período 1945-85
7.2. Os efeitos deste abalo, sentido em todo o arquipelago e cujo epicentro se localizou no
mar sensivelmente a igual distância das ilhas Terceirq São Jorge e Graciosa, foram
compilados por Oliveira (1992). No Pico, a intensidade máxima atingiu o grau VI na
Piedade, no extremo E, da ilhq e a intensidade mínima coÍïespondeu ao grau IV, no sector
mais ocidental da ilha (Machado e Silveira, 1982; Fig. 2.8).
---- \\ \
| \
À',-ï-r'\ \
i:H;ÌT
5 Ilio \ flrrr
EáJ -- --- ÍÌ
Fig. 2.8 - Mapa de isossistas do sismo de I de Janeiro de 1980 (modificado de Machado e Silveira. 1982)
27
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Nunes (1991) considera que no período subseqiiente de dez anos, que mediou entre
o sismo de Janeiro de 1980 e o ano de 1989, a actividade sísmica no arquipelago dos
Açores manteve-se em níveis lsdrrTidqs, o que foi particutarmente relevante no sistema Faiat
- Pico, em que se registaram I115 sismos, o eqúvalente a aproximadamente 6.5yo do total.
Importa ainda salientar que nestâ zotta sismogénica ocoÍTeram dois máximos de
actividade, o primeiro colrespondente ao ano de l98l e o segundo ao ano de 1989, embora
não reflectidos num incremento significativo do número de sismos sentidos e na sua
intensidade (Fig. 2.9). Se o segundo pico de actividade se relaciona com um aumento
fictício do número de eventos, provocado por uma melhoria da rede sismográfica de
observação, jâ o máximo verificado em 1981 carece de outra interpretação. Com efeito,
nesse ano ocoÍreram 163 sismos, dos quais foram sentidos 8 abalos, com epicentros
distribuídos entre a CÌúA e a ilha do Faial, tendo a intensidade atingido o grau V num
evento verificado em Abril (Nunes, 199i, Nunes et al.,1992).
\Ni
i-ì
\.ìì;
\ì-\,
\\l
NN P€G.
N
\\ N ffi
N N Ni
\\' S3iT.
i\N: Nl NI
Ni Ni
E
N
.5
z,
\\
\\
Ni Ni
\s,
\Nl
Ni
N Ni
N N NÌi
\\' N;
Nl
\ìr sìl iNr Nìi
,rl
t9t4 1936
1 385
ANOS
Fig. 2.9 - Frequência anual dos sismos registados e senüdos no sector Faial - Pico - São Jorge no período
l9E0/89 (retirado de Nunes, 1991).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
O enxame sísmico de 7964 situou-se na ilha de São Jorge, e teve origem numa
provável erupção submarina no canal Pico - São Jorge (Machado, 1964, Weston, 1964,
Fo4az eWeston, 1964). Entre 14 e24 de Fevereiro foram registados mais de 500 sismos,
acompanhados em alguns períodos por tremor vulcânico, que atinglram a intensidade
Esta crise teve alguns úalos precursores, nomeadamente o sismo sentido no Pico
em?l de Agosto de 1963 e que provocou estragos ligeiros no Cais (São Roque do Pico), e
1973 eFevereiro de 1974. Neste período verificaram-se cerca de377 sismos com epicentros
localizados preferencialmente nas üzinhanças do estratovulcão do Pico e hipocentros a
profundidades entre 15 a25 Km (Forjaz et al, 1974). Por seu turno a estação sismográ.fica
Esta crise foi precedida por actividade microssísmica intensa em Março de 7973
(Forjaz et al., 1974), e a sua origem foi relacionada essencialmente com fenómenos de
actiúdade vulcânica (Forjat et al.,1974, Ravara e Duarte, 1975).
29
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
1973, alcançando o grau VII a VIII em São Roque, Santo Antonio e Bandeiras (Machado el
al., 1973-74), emboraFogaz et al. (1974) restrinjam a ocorrência desta intensidade à zona
sul da Canada da Bragada (Santo Antonio), indicando os mesmos autores o grau VI em São
Miguel Arcanjo, São Roque, Cais do Pico, Santa Luaa, Bandeiras e São Mateus. Este abalo
foi sentido no Faial (Horta e Flamengos) com grau VfI, na Terceira com grau fV, na
Graciosa com grau rTI e, em São Mguel, com uma intensidade de grau I a tr (Machado er
al.,7973-74).
Os danos materiais causados na ilha do Pico foram notáveis, com o colapso de 176
casas, para além das 592 habitações que necessitaram de reparações e das 1261 onde foram
A crise de Juúo de 1989, em que se registaram mais de 500 sismos nas estações do
Grupo Central (Nunes, 1991), também afectou a ilha do Pico. O abalo mais violento, no dia
26 de Juúo de 1989, foi sentido em algumas zonas da costa N com uma intensidade
máxima de fV, na escala de Mercalli modificada, e na costa S com uma intensidade de grau
II na mesma escala (Fig. 2.10).
A crise sísmica registada entre Novembro de 1992 e Ìvíaio de 1993 centrou-se numa
&ea a W da ilha do Faial, entre os 38"N e 39oN de latitude e os 29"W de longitude. O
evento de maior violência, entre os cerca de 200 abalos observados, ocoÍreu no dia 2O de
Janeiro de 1993 e atingiu uma magnitude de 5.7, correspondendo a uma energia libertada de
5x1018 ergs (Gasp ar et a|.,1993). A intensidade máxima sentida no Faial chegou ao grau VI
na escala de ÌvÍercalli modificada.
JU
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Fig.2.10 - Mapa de isossistas do sismo de 26 de Junho de 1989 (retirado de Machado et al., I99l)
2.4. Yulcanismo
Os relatos históricos permitiram concluiÍ que desde o povoÍÌmento dos Açores ate à
Queiroz et al.,1995).
apresenta uma orientação preferencial concordante com o Rft da Terceira (Fig. 2.11). Com
efeito, quer os centros eruptivos subaéreos localizaram-se ao longo das ilhas de São Miguel,
Terceira, bem como em São Jorge, no Pico e no Faial, quer os fenómenos vulcânicos
submarinos referenciados se distribuíram ao longo desta estrutura tectonica. As
manifestações vulcânicas historicas que ocoÍreram na ilha do Pico serão descritas e
interpretadas noutro ponto do presente capítulo.
31
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
# ue] TERCÉIRA
FAIAL
€ T2lt
Ptco
rt
a
NO ANO fr' At{O Íro AIIO t2
I 1439 12 't682 23 1811 t
211É/0 Í3 1713 2t íE61
3 1'É.2 11 171E 25 18,,õ7
,t í563 15 1718 26 1fi2
5 í563 16 771E 7l 1W
6 1564 17 1720 2a í91'l
7 Í58(, 1E 1720 29 í95t
E 1630 13 17A1 30 1958
9 't638 20 1761 31 1963 o toloÌì
10 í652 21 1EO0 32 19Ga
í1 1672 22 íürt 3:t í981 a ír.9çÕ33 ür lõÌa
!l cítggôãmrrìt
Fig. 2.11 - Localização das erupções vulcânicas históricas (modificado de Weston. L964 e Queiroz et al.,
l9e5).
Weston, 1964, Ferreira e Foqaz" 1989, Ferreira" 1994). No caso particular do Pico
salientam-se as emanações gasosÍÌs da cratera e base do Piquinho, no topo do estratovulcão,
32
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Como no caso simiiar de outras ilhas oceânicas, os basaltos das ilhas apresentam
maiores concentrações em elementos de largo raio ionico (LILE) comparativamente aos
basaltos toleíticos da CMA (\ilhite e Schilling,1978). Por outro lado, também se observa
que a razão Mgt* /(Mg2*+p'e2), assim como os teores em Ni, Cr, Co e Sr, é semelhante em
ambos os casos, o que inüabiliza a hipotese de serem oriundos duma mesma fonte mantéüca
SERI/TCOS DB
DocuMLNreçÃo
LrNIYr,iSlDÀDE D()S AçORE$
33
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Ü padrão da; artutrtaiias gcuqúrúcas exisLeurc rru troço cia CiviA que iimita a
Plataforma dos Açores, comparativamente aos segnentos normais à mesma, e traduada por
um enriquecimento em terras raras leves desde os 40"N de latitude, atenuando-se
progressivamente até aproximadamente os 33"N, onde os valores observados podem ser
largo raio ionico (LILE), misturar-se-ia para sul com o magma subjacente à Plataforma dos
Açores, empobrecido em elementos deste tipo (White et al.,1976,1979).
2.6.1. Vulcanologia
Açores. Desta form4 pode ser estabelecida uma diüsão, necessariamente artificiaf entre
trúalhos históricos com referências espÍrrsas e gerais, frequentemente ultrapassadas e
inseridas geralmente em compilações de observações efectuadas no decurso de üagens aos
Açores empreendidas por alguns cierúistas e, por outro lado, estudos específicos sobre a
34
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
de Berthois (1953) podem ainda ser incluídos neste grupo de referências bibliográficas
apesÍìr de serem muito mais recentes que os anteriormente citados. Nos primeiros salienta-se
35
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
consldera que esta rlha teve origem em erupções vulcânicas rissurais, num quaoro simlar a
Inseridas num vasto estudo litologico do arquipeiago dos Açores Berthois (1953)
restringiu as suas observações no Pico à região das Ribeiras, na costa Sul, e à zona
circundante da vila da Madalena. Atendendo a estas restrições espaciais e aos objectivos do
seu trabalho, votado essencialmente para a sedimentologia e paÍa o breve estudo
petrográfico de algumas amostras de basaltos s.1., as suas conclusões são pouco
significativas pÍrra a interpretação global da geologia do Pico. Com efeito, e tal como na
cujo centro estaria na vertical da cratera da Montaúa (Machado, 1954). Esta hipotese
permitiria explicar a distribúção anomala das isossistas do sismo de 31 de Agosto de 1926,
36
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
cietectacia por Ìúachaclo 1i9:4), " ^ diiuçrouçs ,.iestc uuípu iiagiiiático seriaiii cic L I.L I\III
carta publicada por Zbyszewski et al. (79634 1963b) que surgiu na sequência de um estudo
preüo sobre o tema onde é feita uma descrição morfo-estrutural pormenorizada
(Zbyszewski et al., 1962). Este mapq à escala 1:50000, tem um carácter eminentemente
litologico, cartografando manchas de materiais semelhantes, embora sejam consideradas as
Posteriormente, a carta geologica das ilhas Faial - Pico - São Jorge (Forjaz, 1968), à
escala 1:200000, colmatou a ausência de definição estratigráfica das unidades
vulcanológicas do Pico, apresentando uma ordenação em Complexos Vulcânicos (C.V.)
desde o Plistocénico até às erupções históricas de 1562/64, 7718 e 1720. Este trabalho é o
desta formq o C.V. das Lajes, de idade Plistocénica, coÍresponde ao Vulcão do Topo, a
que se sobrepõem o C.V. da Calheta do Nesquim, tambem Plistocenico, coÍrespondente ao
designado Planalto da Achada. Este último está subjacente ao C.V. da Madalenq de idade
HolocénicE que coÍresponde à Montanha do Pico tal como delineada em outros trabalhos, e
Esta não e a interpretação de Woodhall (1974} que considera este sector da iiha do
Pico como pertencente ao designado Vulcão Linear, coÍrespondente grosseiramente ao
Planalto da Achada, definido por Machado (1956) e Zbyszewski et al. (1962, 1963a,
37
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
uruciaqe mars antiga do Picu, a quú sc subreirõ€üi os materiais cmitidos polu Vuicãu L,i^;u6 ç
O esquema estabelecido por estes autores tem como guia estratigráfico uma
interpretação discutível, relacionada com uma eventual fase tectónica com aproximadamente
radiais, mais recente que 270000 anos e que edificou a Montanha do Pico, e por fim o
vulcanismo contemporâneo da fase de Graben e a série fissural E, que são unidades
indiúdualizadas no Planalto da Achadq com menos de 30000 a 40000 anos de idade. Numa
área da vertente W da Montanha do Pico, a equipa francesa delimitou ainda uma unidade
designada por vulcanismo fissural dos Cabeços Gordo e Manuel João, com menos de 40000
anos de idade.
Imediatamente, outro facto que sobressai das datações absolutas apresentadas por
Feraud (1977), Feraud et ol. (1930) e Baubron (1991 in Chovelon, 1982) é a confirmação
da extrema juventude do vuicanismo da ilha do Pico, já referida por Machado (1956). Com
efeito, as datações IíAr sugerem que as formações vulcânicas mais antigas apresentam
idades mais recentes do que 300000 anos (Feraud et al.,l9S0).
Um aspecto mais consensual relacionado com a geologia da ilha do Pico, para além
de uma ou outra insignificativa imprecisão nas datas, coÍTesponde ao estudo das erupções
38
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
actividade vulcânica historica no Pico foram elaboradas por Machado (1962), Zbyszewski
(1963), Cruz et al. (1995) e França et al. (1995b), e a sua leitura critica será feita noutra
secção da presente dissertação.
A localização de jaztdas fossilíferas no Pico foi realizada por Forjaz et al. (1970),
que descreveram brevemente a flora fossil identificada em alguns locais desta ilha. Estes
fragmentos fosseis coÍTespondem essencialmente a moldes de troncos de árvores (lava tree
molds), encontÍados na base de escoadas láücas em variados locais da ilha" e aos moldes de
folhas amostrados em piroclastos basálticos muito finos e alterados, aflorantes no lugar de
Santo Antonio (São Roque do Pico), na costa N. Esta ultima jazida foi estudada
inicialmente por Fo4az e Monjardino (1964) e, no decorrer dos trabalhos de campo
piroclástico em causa, bem como pela acção do homenl traduzida nas actividades agrícolas
e na passagem de uma üa de comunicação regional.
publicações de Zbyszewski et al., (1963a 1963b), Chovelon (1982) e França et al., (1995a
1e95b).
39
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
zubjacente à Montanha" dando origem a rochas múto pouco diferenciadas, não sendo de
lavas emitidas nas erupções históricas da ilha do Pico (França et al., 1995b) correlaciona-se
bem com os resultados de Chovelon (1982) sumariamente enunciados. Correspondem a
amostras de basalto de vários tipos, com excepção dos mugearitos e benmoreítos emitidos
40
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
2.6.3. Geofisica
TI
^1
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Machado (1956) Forjaz (1977) ForJaz et al, (1990) Woodhall (1974) ZbyszewsHetal (1962, Chovellon (1982)
1963a, b)
Idem
[ Ìncluído noúras unidades ] Complexo Vulcânico Histórico Lavas Históricas
I Incluido noúras unidades ] I Incluído noutras unidad* ]
(Holocenico) (*2) (*5 )
Idenr
Vulcão do Pico Complexo Vulcânico da Vulcão Central Montaúa do Pico Zona Fissural Cabeço Gordo -
Madalena (Holocarico) Cabeço Manuel João < 40.000
anos
(*t)
Idem
è
N
Planalto Complexo Vulcânico da Calhaa Vulcão Linear NW Sec{or W do Planalto da Ad-rada Serie Fissural E (Vulcanismo
(Pliúocanico)
do Nesquim Vulcão Linear W-E do Graben)
Idem
Vulcão do Topo Complexo Vulcânico das Lajes Lavas Antigas (Vulcões Cqrtral, Montaúa do 1'opo Vulcanismo Antepu:ab;n
(Plistocanico)
Linear e Topo) (*3) (*4)
(0.3 a 0.04 MA)
(*1)tracejadoporWoodhall(l974)considera.á*lufficomocontenrporâneasdaM;ãú-;
(*2) incluíu no Vulcão Cortral a escoada de Sanla Luzia e no Vulcão Linear referiu a escoada pahodroe
de 1562164
(*3) incluído no Planalto da Aúada
(84) incluído no sector E do Planalto da Adrada
(x5) ncluiu as escoadas da Praíúa, Silveira e São João no Vulcanismo do graben
Quadro 2.2 - Comparaçâo das principais unidades wlcanológicas da ilha do Pico consideradas por diversos autores.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
slstematvação das tormações ongrnadas peio wicanismo fissural, que ciomina o sector
È, cia
iiha.
O vulcão do Topo é o aparelho vulcânico mais antigo do Pico, situado na região das
Lajes e do Topo na costa S da ilha" cuja implantação foi condicionada por um complexo
sistema de falhas normais de orientação NNE-SSW.
Esta estrufura conesponde a um antigo vulcão central, encimado por uma cratera
(Woodhall, 7974), e parcialmente colapsado no sector E. A subsidência principal terá
ocorrido ao longo do plano de falha do Arrife, onde o rejeito atinge os 300 m (Chovelon,
1982). O jogo do sistema de falhas do Arrife, de orientação aproximada N-S, e das fracturas
conjugadas NE-SV/, condicionou o movimento para E desta estrutura.
Apos o colapsg a aÍea abatida foi preenchida por uma espessa sequência de escoadas
lávicas pahoehoe, emitidas a partir de erupções no sistema fissural (Woodhall, 1974,
Chovelon, 1982).
43
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
S. LuziÀ
l?18 ï
M Vr.rlcanismo histúric o
l Vulcanismo da Montanha
n Vulcanismo fissural
t VtÍcão do Topo
S. João Sü'reira
g 2 4Krtr t?18 r?20
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
do nível do mar. As escoadas láücas estão inciinadas em media 5o a 10o para S (Chovelou
re82).
datação absoluta pelo metodo K/Ar indicou uma idade de 250000+40000 anos pÍra uma
das escoadas desta unidade @aubron, 7981 in Chovelorq 1982).
Sobre a serie mais antiga depositou-se uma sequência de escoadas lávicas mais
recentes, formando uma cobertura uniforme com 20 a 50m de espessura. Correspondem a
do Vulcão do Topo.
Uma escoada láüca amostrada na zona do Arrife (Lajes do Pico) apresenta uma
idade menor do que 37000 anos (Feraud et al., 1980), e esta datação e utilizada por
Chovelon (1982) para situar no ternpo a série de escoadas láücas mais recentes do Vulcão
do Topo. No entanto, os dados apresentados no trabalho original não permitem precisar
esta extrapolação, uma vez que resta a duvida relativa i lqçalização da amostragem nas
formações do Topo ou nas formações mais recente do Sisterna Fissural.
Nas arribas litorais entre as Lajes do Pico e as Ribeiras pode ser observada uma rede
de filões de orientação preferencial N-S e NE-SW, que intersectam as formações descritas,
Coberta por materiais mais recentes do sistema fissural, esta série foi datada de
230000180000 anos a partir da análise K/Ar duma amostra recolhida na base da arriba
litoral (Baubron, 1981 irt Chovelon, 1982). Uma datação absoluta pelo mesmo metodo foi
A<
AJ
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
efectuaria por !-eraud et ai. (19SU) num exempiar coiiúcio a SSW oaTena AÌta" e mdrcou
uma idade menor do que 250A0 anos, compatível com o wlcanismo fissural de cobertura.
embora seja de salientar a imprecisão na localização da amostra.
Segundo Chovelon (1982) o vulcanismo fissural mais recente pode ser dividido em
dois sectores distintos. O sector ocidental desenvolve-se entre o Cabeço dos Grotões e o
Cabeço do Caveiro, e as escoadas láücas emitidas são predominantemente de basaltos com
plagioclase, aparentando idades semelhantes. Para E distingue-se o segundo sector, que se
prolonga até à extremidade oriental da ilha, e é caractertzado pela emissão de escoadas
lávicas basálticas picríticas, basálticas com fenocristais de plagioclase e havaítos.
Para o mesmo autor este último sector distingue-se do anterior por apresentar
escoadas com idades diversas. Esta constatação reflecte, nomeadamente, a ocorrência de
erupções pre-historicas, como por exemplo a do Châ do Pelado, do Cabeço das Cabras ou
do Cabeço da Hera, e historicas, como a erupção de 1562164 (Misterio da Praiúa).
^Á
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
escoadas láücas mais recentes- resultantes de eventos na Montanha do Pico e/ou nos cones
adventícios desta.
Contudo, a margem de erro apresentada implica que se tome este valor com as deüdas
reservas, carecendo confirmação a partir da aná{ise de mais amostras.
A-7
1t
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A
edificação desta estrutura processou-se em várias fases, bem marcadas na
morfologia do cone. A evolução terá rezultado de sucessivas erupções vulcânicas,
essencialmente efusivas na parte terminal do cone, e predominantemente estrombolianas nos
radiais.
cada fase. Desta formq Foqaz (1939) indica uma idade de +100000anos para a primeira
TU
^9
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
tase, que origrna o ressalto aos 205Um cle altrtude, e t4u000 anos para a segunda fase,
relacionada com a edificação de um cone a partir da primeira cratera e correlacionável
com
o Pico 2 de Chovelon (1982).
se dispõem em rosetas, ao inves do que é referido por Chovelon (1982). Importa ainda
salientar que Íìs formações da 1" fase afloram predominantemente nas vertentes S e SE da
Montanha" onde aliás também se pode observar a ocorrência de importantes níveis de
piroclastos, que em proporção são mais significativos comparativamente a outros sectores
do estratovulcão, maioritariamente associados a erupções secundárias. As datações em
curso permitirão brevernente atribuir uma idade a esta etapa de crescimento da Montanha.
estão bem patentes nas paredes do arco da cratera principal da Montanha e ocupzÌm
extensas áreas, especialmente nas vertentes do quadrante NW da Montanha.
49
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
datá-las de aproximadamente 1400 anos B.P.(f{unes et al., 1997b). Assinq verifica-se uma
aproximação com a 3" fase definida por Forjaz (1989), embora pÍÌreça que esta continua
para além dos +5000 anos, no sentido de idades mais recentes e compatíveis com a datação
apresentada.
feldspatos não se dispõem em rosetas. Esta erupção correlaciona-se com a 4u fase de Forjaz
(1989), embora não teúa originado qualquer lago de lava, e a datação proposta por este
autor constifui uma boa aproximação atendendo a que estes materiais são posteriores aos
ernitidos pelo Piquinho e, neste caso, já datados de aproximadamente 1400 anos BP.
basaltos com fenocristais de oüvina O mesmo autor atribui a esta área uma idade
semeihante à 2o fase de evolução da Montanha, mas a interpretação erronea que formulou
pÍÌra os vários tipos litológicos emitidos pelo cone do estratovulcão implica a necessidade de
Evidências de campo sugerem que esta zona fissural e muito recente e espera-se que
50
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Com base no cálculo de uma tara de produção média para o estratovulcão igual a
0.0013 Km3/ano, estabelecida a partir dos volumes emitidos nas erupções historica e no
intervalo de tempo em que estas ocorreraÍÌL foi possível estimar a idade do troço subaéreo
do vulcão central da ilha do Pico. Assim, considerando o volume do cone e tomando a taxa
de produção como um valor mínims, inferiu-se uma idade máxima de 75000 anos,
compatível com as datações efecfiradÍrs e com as informações recolhidas no campo (Ì.{unes
et al.,1997b).
Importa ainda realçar que este cálculo paÍa a idade máxima do troço zubaéreo da
Montanha concorda genericamente com os +100000 anos propostos por Forjaz (1989) para
a lu fase de edificação do estratovulcão.
A ilha do Pico foi palco de quatro en:pções históricas subaéreas, que originarÍÌm os
popularmente designados Mistérios da Prainha (1562/64), Santa Luzia (1718), São João
(1718) e Silveira (1720).
51
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
embora seja necessario recoÍTer a lontes o mais oblectivas posslvels para evitar mas
interpretaçõesÌ.
Uma sinopse das principais características das erupções históricas está patente no
Quadro 2.3 @rança et a1.,1995b, Cruz et al., 1995).
mais longa verificada nos Açores, e foi precedida por uma serie de sismos que se
prolongaram durante cerca de I mês.
A actiüdade eruptiva carccterizou-se essencialmente pela emissão de duas correntes
de lava, a partfu de cinco crateras nos Cabeços do Mistério, que se espraiaram para SW,
envolvendo cones antigos, e para N. A lava que fluiu para N atingiu o mar a N'W da prainha
formando a Ponta do Misterio, que corresponde a uma extensa plataforma.
Aiguns trechos das descrições históricas, citados em seguida, são elucidativos aceÍca
dos fenomenos relacionados com a erupção de 1562/64.
t
|'tec defuerunt qui f ctis mentionisque terroibus vera pericula augerunt @linio. o Novo); Tambem ha
gente que aos perigos reais acrescenta outros inventados, segundo tradução liwe de Francis (1993).
52
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
:, ,Localiiação;, ,, ;trníci{ ,
,; ,, fiim ,,, Sinais precursorei Características e consequências
(BoCa$/$scoadâ) (Mês/Ano) (Mês/lAúo)
Cabeços do Mistério 21.09.1562 t564 Sismos durante r Lava saíndo de 5 bocas; 2 rios de lava - I para SW e
Praínha do Norte mês (cessaram a outro para N, formando a Ponta do Mistério. Bombas
t7.9. ts62\ e cinzas. Os piroclastos de menores dimensões
Para SW e para N atingiram São Jorge e Faial
Ponta do Mistério
São João
Erupção submarina (110 m do litorall 88 m de
11.02.1718 protundidade)
Cabeços do Fogo (Zona r0.07.1720 18.12.1720 No dia anterior A partir de 4 ou 5 crateras saíram rios de lava. Os
do Cabeço do Soldão) ocorreram grandes piroclastos atingiram São Jorge. As cinzas
sismos provocaram a morte de animais e a destruiçâo de
Entre São João e pomares, pastagens e searas.
Silveira
Quadro 2.3 - Resumo das principais características das erupções históricas (retirado de Cnn et al.,1995 e França et al., I995b)
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
principal e maior, de que manou uma grande ribeira de polme, que corrêo para
a banda do norte. por espaço de legoa e meia até cair pela rocha abaixo- e fazer
A 29 (aliás 23) d'este mez d'agosto de 1562, nesta villa das Vellas, da nha
na mesrÌul ilha, em uma quinta feira tremeu a teÍïa vinte e çJuatro vezes: e ao
domingo, que foram 22 (aliáts 20) do mez (...) tremeu tÍÍo fortemente (...) e a
segunda feira, que foram 23 QD de septembro, â meia noite, começaram a
cahir na propria Tlha do Pico grandes raios de fogo (...) e nisto estando viram
correr trez ribeiras de fogo, as quaes nasciam do pico do Cavalleiro (...) e no
cume deste pico se abriu uma alagoa de fogo, que o fez arrebentar e lançar
muitas pedtas paÌa o ar. múto grandes, tamanhas como casas (...).
A quarta feka 24 (23) do dito mez; depois de vesper4 choveu nesta ilha de
san-Jorge pedra. assim como çnlvora, e durou espaço de meia hora muita
quantidade da dita pedra.
Ao sabbado seguinte choveu nesüa ilha are:t- como terra- e toda vinha sem
agu:L e müta cantidade (...) e nâ meslÌul quarta feira choveu na Ilha do Pico
pedra como nozes.
54
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Este pico, que assim arde com esta brar.'ura e impeto, lança de si outras
muitas dbeins de fogo, çlue ha oito ou nove mezes corriam
$Erenta e tantas
rib€iras de fogo ao mar, que todas nasciam deste pico. e coÍïeram assim nesta
forlaleza passante de dois ânnos. Iâ agora está mais brando, e comtudo ainda
arde. e se vê o fogo de continuo das outras Ilhas. que assim arde neste pico.
A erupção de Santa Luaa foi precedida por sismos e ruídos. A actividade vulcânica
teve início no dia 1 de Fevereiro, pelas 6 horas da manhã, no aliúamento de 7 crateras
denominado de Lomba do Fogo. As escoadas láücas emitidas a partir da cratera situada a
maior cota, mais larga e profunda" demoraram cerca de 6 horas a atingir o mÍìr, entre o
Lajido e o Porto Cachorro.
IJma súmula das principais referências históricas a esta erupção está patente em
seguida:
55
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
rec€arÌdo o pËrigo iuais proúrru pela abundaiiüia ,ie ciizas quc ualúaiir sotne
(...) por outro fogo irracional, para cuja arguição empÍegou a terra bruta
com temores (...) lhes pregou com linguas de fogo de madmgada (...) que
aftegaezia de S.Matheus (...) cujo transito lhes custou múto a respeito das
grandes gretas, com çJue estava abeía a terra (...).
(...) se sentirão por mútos dias grandes tÍemores nâ terÌzL e uns estrondos
tão espantosos (...). No fim d'estes ruidos subterraneos, a çlue eles chamão
trovões secos, arrebentou no mais alto do Pico hrtma fonte de fogo, ou de polme
(...) e foi tâo grande o prodigio, que logo n'aquella noite começou
o fogo a correr, e em menos de seis horas chegou o fogo ao mar com tanta
vehemenci4 clue em poucos dias se extinguio o incendio d'aquella paÍe (...)
efusão de seis coÍrentes de lava a partir dos Cabeços de Cima e de Baixo. Esta erupção
prolongou-se até 15 de janeiro de 7719, embora seja de salientar que a actividade foi
descontínua, pontuada pela intercalação de fases activas com fases de acalmia.
Duas destas escoadas láücas alcançaram o mÍÌr, dando origem a um extenso crìmpo
de lavas. A localidade de São João foi destruída pelas lavas emitidas no Cabeço de Cima,
embora não existam registos de baixas na população resultantes deste facto.
56
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
uerca cie nove dias após o inicio cia actMdade zubaerea ocoÍreu uma erupção
submarina" a aproximadamente l10m da terra e a 88m de profundidade.
Esta erupção
provocou a projecção de abundantes piroclastos para terta, bem como a libertação
proxima
da costa de emanações gasosas que causíÌriÌm uma vítima mortal.
57
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
S.João Eaptrs.t4 e despcriia de si tarliàs pçúãs pãja a icrra (....1 cujo iogo fez
um promontorio de desmarcada altura (...).
A erupção histórica mais recente que twe lugar na ilha do Pico ocoÍïeu a partii de 4
a 5 crateras dos Cabeços do Fogo. Com início em l0 de Julho de 1720, a actiüdade
decorreu até 18 de Dezembro do mesmo ano.
láücas, que atingrram o mÍr entre São João e Silveira. A ocorrência de fases explosivas
implicou a projecção de piroclastos, responsáveis pela destruição de culturas agrícolas e
pela morte de numerosas cabeças de gado e que, inclusivamente, tombaram sobre a vizinha
ilha de São Jorge.
(...) dia do anno de l72O (10 de Julho) rebentando por dezaseis boecas nas
faldas do Pico, por detraz do ca@o do Soldâo (...). Occupou perto de huma
legoa em quadro a innundação do fogo (...) precipitando-se pelas rochas no
<R
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
üçccaÍro (...) c a graude quautitiaiie de uilzas. que uonturuarãu ern arrujar cie si t
as boccas do Vulcano. e o vento lança sobre as teÍras. destruirão as cearas. os
frutos e os pastos; o gado pere€o quasi todo. Todo o terreno. por onde o fogo
passou. ficou sem lerra alguma. e como huma charneca de pedras queimadas
(...). Até f Ilha de S.Jorge, que fica oito legoas distante- frzeúo as cinzas
consideravel prejúzo.
As escoadas lávicas resultantes das erupções historicas podem ser separadas em dois
grupos consoante o seu tipo. Assrn, as escoadÍrs das erupções de 1718 são
predominantemente do tipo qa, ao inves do tipo pahoehoe característico das escoadas
lávicas emitidas em 1562/64, na Praiúa" e em 1720, na Silveira. Contudo, realça-se que no
flanco NW da mancha a^florante da erupção da Prainha se pode observar uma mancha aa,
relacionada indubitavelmente com a fase inicial deste episodio vulcânico tal como foi
loC
comprovado por uma datação efectuada com o método do fNunes et al,19976).
Não obstante a tipologia geral das escoadas lávicas historicas, os trabalhos de cÍrmpo
permitiram constatar que por vezes ocoÍTem variações locais. Este e o caso de algumas
zonas da escoada de São Ioão, onde as evidências de campo sugerem um comportamento
escoadas láücas emitidas nas várias erupções historicas. Com base nas medidas efectuadas
no cÍÌmpo foi possível observar que as escoadas de São João e da Prainha apresentam
espessuras médias sensivelmente duas vezes superiores às restantes. No entanto, os
59
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
(rs62-rs64) o=1.86
,|
Santa Luzia 2.90 8.62 0.34X10r 21.07x10-3 8.940 13.8 %
(1718) o:1.13
São João 4.70 2.04 2.30X10r 12.l0xl0r 0.51 m3/s(t) 1.600 26.2% (I) 273 dias = 6552 h
Silveira 2.34 4.94 0.47X10r 17.74Xr0-3 1.2g m3/s(-) 2.550 17.2% (*) 161 dias = 3864 h
(r720) o=1.51
Quadro 2.4 - Atributos fisicos das erupções históricas da ilha do Pico (retirado de Cruz et al., 1995)
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Prainha e de Santa Luzra são claramente zuperiores aos outros valores apurados no cÍrmpo.
da anterior, seÍ comparável aos valores obtidos nÍLs lavas pahoehoe permite equacionar a
hipótese desta ultima erupção ter tido uma to<a de efusão elevada-
0,1
5
; 0,06
r S.João I
o Silveira
I
ll
I 0,04 e Sta.Luzia I
o
t o,o2 o Prainha I
Area (km2)
Fig.2.l3. - Diagrama representativo dos coeficientes de asp€cto das escoadas láücas históricas da ilha do
Pico.
referentes à sua duração, foi possível estimar taxas de efusão media assuminclo, no entanto,
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
que a actividade rnrlcânica era contínua ao longo desse intervalo de tempo (Cruz et al.,
1995). Numa anáüse comparaüva com as taras de efusão medias determrnadas em lavas
Y ' (..
o . 8rÈ,h-,gÍaíra (ldvas Uasátttcas)
oo
I 10 oata I S Joâo
'-È a
a a Stlverra
o
E
ao
Fig. 2.14. - Representação grafica das taxas de efusão média das erupções historicas do Pico
No caso da escoada láüca de Santa Luzra foi possívei ainda estimar a velocidade
média do fluxo, na medida em que nos relatos historicos eÍa indicado o intervalo de tempo
em que atingiu o mÍr. Assumindo que a densidade da lava e igual a2.78 glcm3, determinou-
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Santa Luzia 2.29\*) hr = 160 O(t = 9o 41.3e (A) 980.6 Ir=0.9x10s (*) média pond. de
1.23 x E5 (tendo em
(1718) hz =355 &z= 4o r12= 1.9 x 10s conta que cr1 = 90 por
cçrca de 1650 m e
h-66 =290 Cú*"6 = 6.5o ïlméd=2.09x105 que oc2 - 4oWr 2790
m); valor ponderado
=2*t11 +r12 l3
hpona=225 üpona = 7.3o ì'lpono=1.42 x 10s (+) údos L.R.E.C. -
Laboratório Regional
de Engenharia Ciül
dos Açores
(A) Vel. média dada pelo cociente da distância percorrida (8 940 m) pelo tempo gasto (6 horas), i.e., uma velocidade média de t 1.5 km/h
Quadro 2. 5 - Cálculo da viscosidade da lava emitida no decorrer da erupçâo de Sta. Luzia (1718; retirado de Cruz et al., 1995).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
permite ibrmuiar uma hìporese acerca cia origerrt desÍas er upçocs ciesencacieaaas em cÍias
consecutivos.
Com efeito, considera-se que as lavas emitidas em ambos os eventos têm a mesma
origeng o que é comprovado pela linha evolutiva que liga os seus pontos representativos em
vários diagramas e pela composição mais rica em elementos incompatíveis das rochas mais
evoluídas da escoada de Santa Luaa. Estas características podem explicar-se como sendo
resultantes da permanência do magma na câmara magmática ou nalguma bolsada do
ptumbing system do estratovulcão.
A erupção de Santa Luza terá criado condições fisicas e tectonicas que permitiram a
ascensão de novo magmq emitido no dia seguinte em São João. A localização dos centros
eruptivos de 1718 a cotas sucessivamente mais baixas, e a sua disposição ao longo do
mesmo sistema fissural radial da MontanhE são eüdências que zustentam o rnecanisrno
proposto (França et a1.,1995b).
considerações anteriores.
64
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
3.GtrOMORF'OI,üGiÀ
Por seu turno, o relevo do sector oriental da ilha é dominado por uma aplanação
alongadq limitada a N e a S por vertentes abruptas, com uma largura máxima de
aproximadamente 12 Km e uma altitude característica de 800 m. No entanto, o ponto de maior
altitude deste sector coÍresponde ao vértice geodesico do Topo, com 1007 rrq encimando um
antigo vulcão central, com a mesma designação, situado junto à costa S.
natureza basáltica s./., com uma forma aproximadamente circular na base e um diâmetro
máximo de aproximadamente 16 Km ao nível do mar. Ocupando uma área emersa de ll2 Km2,
65
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
para um voiume subaéreo de ilZ,i i<rnr (Ì.iulres eí cti., iggTb), o estratovuicàu clo pict:
apresenta dimensões comparáveis a outros grandes vulcões similares, de natureza basáltica s./.,
que também edificaram cones de grandes dimensões. Como exemplos podem citar-se os casos
do vulcão Fuji (Japão), um dos maiores do mundo com os seus 400 Km3 de volume (Wadge,
1982 in Cas e Wright, 1987), do vulcão Beerenberg (ilha de Jan Mayen, Islândia), edificio
vulcânico com aproximadamente 200 Km3 de volume (Imsland, lg78), cujo cone atinge 750 m
de altitude máxima e apresenta um diâmetro ao nível do maÍ que varia entre 15 e 24 Km (Ollier,
1988) e, por firq o vulcão Stromboli (ilhas Eolianas, Itiília), pelo menos no seu sector subaéreo
(Scarth, 1994).
a inclinação aumenta, atingindo nalguns pontos uma decliüdade aproximada de 50Yo a7OYo.
decüve das vertentes a partir dos 1150 m de altitude. O rejeito de mais de 700 m verificado
numa falha que intersecta a vertente S do cone vulcânico, e que origina uma quebra no relevo
Nas zonas de menor cota a morfologia é mais suave, sendo pontuada localmente pela
existência de alguns cones secundários de escórias, de menor dimensão, o que é patente no
corte topográfico executado no flanco W do estratowlcão (Fig. 3.3).
66
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Neste corte IJ 1Fig. s.+l e arncia possivei observar a estrutura apianada de tJreJos -
Bosque da Junqueira" cujo fundo se define cerca dos 800 m de altitude. Chovelon (lg82)
considera esta forma uma depressão de origem tectonica" relacionada com a instalação à cerca
de 30000 anos de uma estrutura em Graben, que apresentaria nesta zona o seu afundimento
máximo. O flanco S desta depressão e constituído por um aliúamento de cones de escórias,
enquanto o flanco N é marcado pela escarpa da Falha do Capitão, orientada WSW-ESE, que no
respectivamente. Estes materiais são múto recentes, situando-se a sua formação entre a
segunda fase de sdificação da Montanha, pois resultam do abatimento da respectiva cratera" e o
crescimento do Piquinho, atendendo a que as lavas emitidas por este ultimo contornam aqueles
depositos.
70
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
inciícios de uma cratcra trais atriiga, iraduzidos pui urrr paiauar rtu ielevo decüvoso da
vertente aos 2050 m de altitude, podem ser observados no lado S da MontarúE e a sua origem
relaciona-se com as sucessivas fases de edificação do cone wlcânico (Fig. 3.5). Com efeito,
esta pequena aplanação em altitude, com um diâmetro inferido de 500 a 600 m, corresponde à
cicatru de uma antiga cratera terminal, no topo da Montanha primitivq que foi preenchida
pelos materiais emitidos em erupções posteriores à sua formação e que permitem explicar o
crescimento do estratovulcão.
1" F.âSE
2"FASE
,A
r FASE
--2351m
-\-----?Éfrm
\""-
Desta formq admitindo que a Montanha do Pico se edificou em sucessivas fases, e que
cada uma destas é caracteruada pelo estabelecimento de uma cratera no topo, Chovelon
(1982), Foqaz (1989) e Nunes et al. (1997b) admitem que este acidente morfologico aos
2050m de altitude marca a lo fase de formação do cone do estratowlcão (Fig. 3.5).
72
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
frequentemente dispostos segundo fissuras radiais ao cone central ou ao longo de fracturas com
orientações diversas. Entre estes relevos secundários notabilizarn-se pelas suas dimensões os
Cab.* Gordo (736 m), Manuel João (401 m), Pia de Agua (428 m), Hortelãs (512 m), Selado
(63 i m), Miradoiro (398 m) e Grande (255 m) no flanco N do estratovulcão, e o Cab."
Queimada (2a6 m) no quadrante NE.
A aplanação do sector oriental, cuja forma peculiar serviu de suporte à designação que
lhe foi atribuída - Planalto da Achada - possui uma altitude média de aproximadamente 800
metros. Prolongando-se desde o sopé da vertente E da Montanha, o Planalto da Achada desce
por patamares até à extremidade oriental da ilha do Pico, estreitando progressivamente neste
sentido (Fig. 3.6).
Pela zua imponência são de salientar alguns destes aparelhos vulcânicos, nomeadamente
os Cab.* Landroal (887 m), Cruz (939 m), Grotões (1008 m), Escalvado (1029 m), Caveiro
(972 m), Laje (968 m) e das Cabras (810 m).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
IÁgEnds
N
/
--<.
\
i--f1' rjf
-l..-.íJJr
+F-
@*r F. :-h-
.
í ..-+,tì
Fig. 3.6 - Esboço geomorfológiçe d3 ilhe do Pico (modificado de Ferreir4 1980); l.- vale encalxado;
2.-vale não encalrado; 3.-arriba viva; 4.-planalto; 5.+ones vulcânicos principais.
morfologia: o topo aplanado, onde se instalaram numerosos cones lulcânicos que marcam a sua
formalocalmente, € õvertentesNe S, acenfuadas, a cai.rbruscamente sobre o ma^r (Fig 3.7).
O corte topográfico EF (Fig. 3.8), executado numa área mais a E, quando comparado com o
anterior demonstra a descida de altitude do Planalto à medida que se caminha paÍa a
extremidade oriental da ilha" o que se traduz nesta zona por vertentes menos acentuadas.
crateras vulcânicas. Pela sua maior dimensão salientam-se as lagoas do Capitão, do Caiado, do
11
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
NNW
SSE
1 000
(m)
0
0 1000m
{
(JI
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
z
o
o
O,^ o
OE
lJ)v
to
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
C rcicvo mais proerninenic dç scctor oçidental da rllia ó a Montanha iio Topo, i;rna das
áreas onde se observam as formações vulcânicas mais antigas da ilha, e que actualmente
corresponde a uma estrutura com uma morfologia pouco característica. Na vertente E da
Montaúa do Topo podem ainda ser observadas duas depressões com aiguma importância,
Terras Chãs e a Caldeira de Santa Bárbara" que Zbyszewski et al. (1962, 1963b) interpretaram
como crateras vulcânicas. Realça-se, contudo, que estas estruturas deprimidas terão resultado
de colapsos secundários no Vulcão do Topo.
Com o intuito de alicerçar as anteriores considerações, bem como oferecer uma imagem
de conjunto de fácil leiturq elaboraram-se mapas expeditos de declives (Fig. 3.9) e de altitudes
(Fig. 3.10), recorrendo paÍa o efeito à metodologia utilizada por Borges (1995). Para este
efeito utilizaram-se as cartas dos Serviços Cartográficos do Exercito, à escala 1:25000, e
adensou-se a quadrícula original, discretizando-se o espaço nÌrma malha quadrada com 500 m
de lado.
O mapa de declives conduz a uma leitura mais complexa: na Montarúa regista-se que a
77
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Escâlâ 1:250.000
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
tiillt.iti:iiii:tiiitiiiiiiiiiii:iiiiiil.itii;::i:i,,:ii:t::l::,::it,iai.,taiatiiiiiiiiii'-l;E1l
itiii:iiiiiiiiliiiiiiìiiìilliiiiiiii:iiiiiitiiiiiitiiiitiiitttiiiiiiitiiiriitiiiiiiiiiÍ,6',';li
i i i i i I i I I I I I I I I I I I I I I | "'," ,; ,,,;,,; !,
1 I I I '' ',,,
:,,ii:ii:i::,iitt,tt',,tr iiiii,1i111
Escalâ 1:250.000
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
ôl
E
Y
(u
o
234567891011 12
tou
1n
(\I
E
Y 80
.!
(u
40
tJ
23456
Classe de Íbclive
(lntervalo de classe - 0,14)
80
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Carta de Capacidade do Uso do Solo da ilha do Pico, à escala l:50000, (Madruga et al.,
1986). A capacidade dos solos é controlada por factores como o declive, a pedregosidade e o
encharcamento nas zonas de maior altitude, pelo que estas limitações foram aferidas pelos
autores desta carta (Piúeiro e Rodrigues, 1991)
Na ilha do Pico apenas 1400 ha de solos tem capacidade aravel, o que corresponde a
apenas 3.lyo da âreatotal da ilha (Pinheiro e Rodrigues, 1991). A classe de capacidade de uso
VII predomina em toda a ilha do Pico, coÍrespondendo a 44.56Yo da superficie total, seguida da
classe \II, com 37.57oÁ da ireatotal. Em contrapartida as classes I e II não estão representadas
no Pico, pelo que a categoria III, com apenas l.49Yo da ârea total, é a que apresenta menor
extensão, ao longo duma estreita faixa junto ao litoral, entre Lajes do Pico e Ribeiras (Fig.
3 13)
s|g
.u
!t
a!
o
F
t!
o
12345
Classe de Uso do Solo
rl
I
Fig. 3.13 - Histoglama das classes de uso do solo (dados de Madruga et al.,1986)
81
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Por outro lado, o encharcamento é uma limitação muito frequente no topo aplanado do
Planalto da Achada. Este facto observa-se directamente no campo onde, tal como já foi
referido, existem numerosos lagoas e charcos de água de menor dimensão a ocupaÍ o fundo
imperrneabilizado de algumas depressões.
Nesta zona oriental da iiha a espessuÍa dos solos é maior, e so limita a utilização
agrícola nas zonas onde afloram escoadas lávicas muito recentes, históricas e pré-historicas, o
que já tinha sido evidenciado por Machado (19a5), gu€ relacionou este factor com a ocorrência
Machado (1945) refere es msc,enismos que presidem à génese dos solos do Pico e Faial,
indicando um exemplo de um solo em üa de podzolizãção na Praiúa de Cima" na região
oriental do Pico. Nesse local, aos 250 metros de altitude, o solo apresenta uma espessura total
de aproximadamente 90 cm, e uma diferenciação em horizontes bastante desenvolvida.
Num estudo posterior Madruga (1986) caractenza amostras de andosolos dos Açores,
um dos tipos pedologicos mais frequentemente observado no arquipelago, publicando duas
análise fisicas e químicas relativas a outras tantas amostras recolhidas na metade oriental da
ilha.
82
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
carta de ocupação agrícola e siiúcola dos solos até aos 300 metros de altitude (DREPd 1988)
Como é evidente, o limite dos 300 m de altitude circunscreve a caractenzaçáo da vegetação
apenas à faixa costeira do Pico. No entanto, esta cota corresponde nos Açores a uma divisão
entre duas zonas agroecologicas distintas (Pinheiro e Rodrigues, l99l), em que a menores
altitudes e possível a prática de uma série razoável de culturas agrícolas e, ao invés, acima
daquele limite a aptidão natural dos solos é a pastagem e a floresta.
Especies como a uÍze (Erica azorica Hochst.) e o queiro (Calluna vulgaris Salisb.)
tornam-se mais frequentes a maiores altitudes. Entre os 350 metros e os 1000 metros de
altitude assinala-se a abundância de musgos e selaginelas e, numa faixa estreita cerca dos 800
metros, o cedro (Junìperus breviftlia Ant.) é comum.
Ainda a maiores cotas, a vegetação, dominada pela urze, pelo queiro e por alguma
vegetação herbácea de pasto natural, mantem um porte reduzido. No topo da Montaúa do
Pico, observam-se rÍÌros líquenes, queiró e algumas especies herbáceas (Machado, 7945).
83
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Ft-
Dd=L/
A
8+
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
pÍLra o que se utilizaram as cartas topográúcas dos S.C.E., à escala 1:25000, tendo-se optado
por obter e apresentar a informação na quadrícula quilometrica original da base topográfica.
Sendo assim, mediu-se com um curvímetro o comprimento total das linhas de água em cada
quadrícula da carta e, quando a âre,a não era unitáriq determinaram-se estas com um
planímetro.
2u e3u ordenl pÍLra o que se seguiu a mesma metodologia anterior, obüamente apos proceder à
ordenação dos segmentos constitrintes da bacia hidrográfica. Para este último efeito usou-se a
metodologia de Stratú er (7952), em que os segmentos da rede de cirenagem sem afluentes são
de l" ordenr, os de 2" ordem resuitam da confluência tie dois canais de io ordem e só recebem
tributários de primeira, e assim sucessivamente (Fig. 3.14).
1
21
1 2
3 2
1
1 4
1
4
Fig. 3.14 - Ordenação dos segmentos da rede de drenagem (segundo Strahler, 1952).
85
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Uiiiizancio uura úrúua coiecção d,- üü tas íopográficas cbvia sc iricdiataacinc o eieito
de escala das mesmas que, segundo Rambert (1973 lir Almeida e Romariz, 1988), pode
influenciar os valores de Dd obtidos. Do facto, segundo o mesmo autor, a Dd revela uma
tendência crescente quanto maior for a escala topográfica dos mapas ou fotos aéreas utilizadas
na sua determinação. Como na llha do Pico apenas existe uma edição de cartas à escala
1:25000, a eventual influência de mudança de critérios topográficos entre sucessivas edições
tambem se revela nula.
permeabilidade), que e controlada pelas condições geologicas, como a litologia das rochas, o
tipo de solos e as condicionantes estruturais. Por outro lado, na mesma unidade litologica as
86
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
confirmada pelo mapa de Dd total (Fig. 3.15). Com efeito, confirma-se que a Dd da região
ocidental da ilha e fraca existindo, inclusivamente, uma extensa área em que a drenagem é nula.
Por outro lado, so na região E da iiha é possível delimitar áreas cuja classe de Dd é superior a
6, o que equivale a valores da ordem de 3,89 a 4,67 Km-r.
mais densa" salientando-se neste último grupo as linhas de água que drenam a zor,a entre São
Mateus e São João, na costa S. Estes cursos de áryua apresentam por vezes quedas de água
bastante pronunciadas, como o caso da Ribeira Grande, em resultado do ressalto topográfico
a N pela liúa de costa entre São Roque do Pico e a Ponta do Mistério e a S pela escarpa da
Falha do Capitão e pelo Cabeço do Corre Agua.Correspondem a um grupo de linhas de âgta
com um padrão paralelo, salientando-se Írs Ribeiras de Dentro, da Laje, Seca, dos Fetais e
Ribeirinha" que drenam uma área onde aflorÍIm as formações vulcânicas fissurais mais antigas
O efeito conjugado destes dois factores geológicos, por um lado a idade das formações,
e consequentemente o seu grau de alteração, e por outro lado a sua constituição, a que se tem
passamos dos materiais emitidos pelo estratovulcão do Pico para esta formações vulcânicas
mais antigas.
87
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
# # # # # 0:â.::.,â'O
'
0 0 0 n ia,l1i ffi o 44444À
2,33 - 3,11
# # # o g
::-..:.ii ';:s,.li1ìì2., I
6 {*us3E
6:,'!;,:';;''ì:o 0 0 0 .: 0 3,11 - 3,89 |
#s{ôn^n.jó.ô'l
* * H U U U U l,:.1 n n 0 n ,*.Ë1i.ffi . $ ,1t
n 444s4^
3.89 - 4.67 I
# # # 0 0 0 0 0it2íÌ 0 0 0 0 o:i?i, o o i1
rì 4sassa
4.67 -5.4
I
## # 0 0 0 0 0 0 0 n 0 0 oÍi?r:o o 0 444*44
5,4-6,22
oilfi0
|
###000000 0 0 0 n 0 ;tSË;; È
ffi !'fE 444444 4444
# # *ffi.!6Ì o o o o 0 n n U ooo"ffi I
t 5 0 iï:
I u444!! 44{*
# # * *Ìlïffi0 o o n 0
i;..ti
1?.l i! 0 0 o o !+$$35i n n 0
,.;.:
:/ia!. n {#4444 uu
#### 0 0 0 0 0 U 0
-tiì
.te*-9^t+ÍiIr?"í ô 0 0 n U .'t oigjr,z * a # 4444
O .2t,'r2 10 0
ì] ..li'
###### 0 0 0 0 táü gi
f. Ê o l;rti o l?.:.,ì 0 0 É:: 0 U ;'i,l:i
ffii il 0 4444
dt h a ü 4 b a h t t i b i t 4 t s 14 6 g 1á r t i # t # # á # i # # # É# # # ë # â # d ê d t d a 4
Escala 1:250.00O
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
lávicas muito recentes, como a do Cabeço da Hera" o que confere a esta área uma maior
permeabilidade supeúcial.
O menor declive verificado nesta zona também é responsável por este facto e, o efeito
topográfico tambem pode ser aquilatado noutras áreas, como por exemplo ao longo do eixo do
Planalto da Achada. Nesta área, onde a aplanação é mais extensa, a Dd e negligenciável, e
atendendo à esperada uniformidade climática, a ausência de declive exerce uma real influência
na drenagem.
no mapa em análise.
Deste panorÍÌma geral da densidade de drenagem na ilha do Pico, traduzida poÍ uma
distribuição assimetrica da frequência das classes definidas? com uma cauda desenvolvida no
sentido dos valores mais elevados (Fig. 3.16-A), podemos extrair algumas ilações importantes
do ponto de vista hidrogeologico. Assim, nas zonas onde afloram as formações vulcânicas
emitidas pela Montanha do Pico, bem como em algumas áreas na metade oriental da ilha" onde
predominam escoadas lávicas muito recentes, a permeabilidade superficial e elevada, o que se
89
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
300 350
300
^250
Ëzm Fr*
t,*
.Ë,* .à
E 200
ã,*1oo
50 50
o 0
234567 234567
No de Classe de Dd Total Classe de Dd de 1o Ordem
Fig. 3.16 - Distribuição de frequências dos valores de Dd total e Dd por segmentos de lu, 2" e 3u ordens.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
ramificad4 concentrando-se a drcnagern ,Je 2'ç 3o oiriein quase eicitrsivaiiìçrit€ ribr vçri.c'.ies N
e S do Planalto da Achada" especialmente na sua metade mais oriental. A drenagem de 3u
ordem verifica-se essencialmente na zona entre S.Roque do Pico e a Ponta do Misteri
o, pata a
qual já tiúamos salientado a ocorrência dos valores de Dd total mais elevados (Fig.
3 .17, 3.1g,
3. le).
O maior rio medido em cada bacia hidrografica, bem como a area das mesmas, também
apresentam uma distribúção assimetrica, com as caudas desenvolüdas no senüdo das
classes
de maiores valores (Fig. 3.20-8,3.20-C). O comprimento medio do maior rio é de l,9g Km,
para um desvio padrão de 1,70 Krn, variando entre um mínimo e um máximo
de O.2l e l1-1g
Km respectivamente.
A árrea mínima das bacias é de apenas 0,02L<mz, enquanto o valor máximo e de 24,54
Km2. No entanto, o valor medio é baixo, igual a 1,28 Km2, com um desvio padrão de 2.5g
Km2.
A relação entre a Dd de uma bacia e o maior rio medido na mesma depende do grau de
hierarquização da drenagem. Na area onde ocorre a Dd máxima, que como v"imos corresponde
a uma zona entre São Roque do Pico e a Ponta do Misterio, a ramificação é maior e uma
relação positiva entre estas variáveis pode ser distinguida (r: 0.71), enquanto nas outras áreas
QI
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
s00
^È 400
E 300
E',*
N) '< 1oo
rì
234567 234567
Glasse de Dd de 2o Ordem Classe de Dd de 3o Ordem
Fig. 3.16 - Distribuição de frequências dos valores de Dd total e Dd por segmentos de lu, 2u e 3u ordens (continuação).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
i# #i i# io Ío Íoffi,fn 33: : I I
o o o o o o o o *,{+j'il
i ü
44u2
4444U^
ÊfrÈJ 1,29 - 1,93
í,93 - 2,58
oütlÌì,e.ila:::.0::2 00################# #44448
2,8 -3,22
# # # 0 o 0 o ol1ì1 s r 0 o o oiif."ó'ô'0ffi #444{^
3,22-3,87
# # # o o o o o.2 o o o o o o o o o 0,,:ï ?.0 0 # # # # # # # # # # # # # # # 4444s4
3,87 - 4,51
## # 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 000############### ###44Q
4,51 - 5,16
# # # o o o o o o o o o o o o o[i[,] o o o #0########## #####9 16-5,80
# # # o o o o o o o o o o o o offio o o ,?,0 # # # # # # # # # 4444s! #*44s
# # # 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0.ri,âi0 o o '2ffih1 # # # # # # # # 94444u ##444
# # *ffiirtl"o o o o o o o o o o o o o111ii? #4444s 4444* s
# # * offio o o o o o o o o o o o.z.iìdrlo 0 0 0 0i 4434#s 44444! {{444
# # * + z'dd'.0 o o 0 o;+,: o o o o o,{iji-ïdi,a 0000 4#4444 4#444
# # # f o o o o o oíRì:ti oir'ft.ïffi,IfËo 00000 444U4
# # # # # # 0 0 0 0Wiffiffi,"i,ti:,2rffi0.{,f40.1 o o o oÍ 0 0 0 0 0 O:,V, 0 00 0 44444
00000 0 U n 000 0 0 ###
0000 000000 000##
0000 000000 000##
#####4#+####4444##44
ÈË***trfrÈ#t 4444499n
.: 000000 0 0 ###
###### # # ############ 4tnô 00###### #000## 44444
#################### # # # # # # # # o o, t o # # # # # # # # ####.#######
#################### #########H##4444r*s4 fr##frfrt*fr ###########
#######4#####+444t{+
frÈÈÈ*frÉ*#Ë #################### ###########
#################### #################### ###########
Escala 1:25O.000
Fig. 3.17 -Mapa de Densidade de Drenagen para segmentos de 1' ordem (r,alores em Krn-r).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
# # # o 0 0 o oi'íio o o o o o offi',i"0"ò'ï"ò"0 o ^
# 4 4 4 4 H 4 # # 4 4 U 4 # # 4 U 4 4 s'7
^
2,60 - 3,00
# # # 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Mffi0 0 0 0 0 0 0 ^
# 4 g # # 4 4 # # # # # { # 4 4 U + + 4 Ft
3,00 - 3,47
###0000000000000 0000 O':iï':::'# 0 # # # # # # # # # # # # # # # I
###0000000000000 000000 ffi-;ffi0 oo########## #### # 3*44
###0000000000000000 44444
00000 0 00###
######H####000#0000 00000 0 ,0ffi0 000##
#################00 00000 000##
444s444!##44#s4s44*
##hÉtÈ** H4#{4 ###0000 00###
t4N4*443#s4s444444# u4u44 #### 0 0 0 0#######000## 44444
##444444#{44#{4*44s 4#4r4 ####000 44#4#3###S4s44 44TH+
44*#*#{##fl44$fl44### ##{## 444!{#l ###{##444#4444* {{444
4444##44#444444*444 {#44# 4444##4 444444*3444444s 444U4
g**#{{44{{*t444{44t **44* ug44u4u 44#t#S{{444444! ##444
Escala 1:250.0@
Fig. 3.18 - Mapa de Densidade de Drenagem para os segmentos de 2u ordem (rralores em Km'').
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
##4948
0-0
Ìii] o _ 0,33
:iiil0,33-0,67
0,67 - 1,00
't,00 - 1,33
1,33 - 1,67
1,67 -z@
2,6-2,33
# # # # # # # # # # # # # # # # # # # I
# # # 0 0 0 0 0 o 0 0 o 0 0 o o 0 0 o 0 0 o 0 5I# M:;li:,] 2,33-2,67
# # # o 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0'ü ffl"l..l.i:,
ss44#s44{{440
# # # 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0mffi0
,
4s3{S{444444* 4#444
# #. # o o o o o o o o o o o o o o o o o oïi
# # # 0 0 0 0 0 0 o 0 0 o 0 0 o o o o 0 o o 5 5 0 0 o 0 o o 0 z llì- o # # # # # # # # # # # # ##gu4
# # # 0 o 0 o 0 o o o o o o 0 0 0 0 0 o o 0 0 0ffii#o o 0 o 0 0 0 0 # # # # # # # # # # # # 44444
# # # # 0 0 0 0 o o 0 0 o 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0ii1j,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 # # # # # # # 44444
# # # # 0 o 0 o o 0 o 0 o o 0 o 0 o o 0 o 0 o o 0 0m0 0 o o 0 0 0 0 o o o 0 0 0 o o # # # 44444
# # # # # # o 0 0 o o o 0 o o o o 0 o o 0 o 0 0 offio o o o 0 0 o 0 o 0 0 o o o 0 o o 0 o 0 4444+
44 # # # # # # 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00###
# # # # # ++ # # # # # 0 0 0 0
0 # 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 000##
# # # # # # # # # # # # # o 0
# # # # o 0 0 0 o 0 o o;ïir 2'0 2 o 0 0 0 o 0 o 0 0 0 0 0 o o 0 000##
4 4# #
#*tEf#frtÈÈÉfr 4 ## # 4 4 # # H ##+í 4 #{+
0 0 #{í#{r {t#{d n ? n n 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ###
# # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # o 0 o o:,.iï, o * # # # # # # o 0 0 # # 44444
s 4 * { { # # # # # # # # # # # 4 A # # 4 # # # 4 H # 1+ {+ # 1l ! 4 ! s 4 u 4 u 4 ! s 4 4 a 4 ##444
*frfrtr*ÈÈ#*##È**hëÈ*frÈ
!E*##*fr*frt###ÈÈ##È#Ë##+*È
3 4 4 4 4 * * 4 4 4 4 # # # # # # # q # # # # # # # {+ # d # # # # # # # +r # # # # # # # # 44444
A4s*444s#{4444#4#4#######4#####!44#####H## #4##{
9##HffhtrFFF#VÈ#*##é*##hhiË
Escala 1:250.000
Fig. 3.19 - Mapa de Densidade de Drenagem para os segrnentos de 3o orden (valores em Km-r;.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A I
30 60 60
!
.2s .50 .50
t,
Ë20 840 840
v, o
'3 15 '3 30
u,
.Ë 30
o
ô $,0
2s $ro ?20
=10 =10
0 0 0
234567 2345678 1234567
Classe de Dd Classe de Maior Rio Classe de Área de Bacia Hid.
(fntervalo de classe - 1,12Km-11 (lntervalo de classe - 1,5 Km) (lntervalo de classe - 3,12 Km2|
Fig. 3.20 - Distribuição de frequências dos valores de alguns atributos das bacias hidrográficas
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
E
=
.(J
E enn
v,vv
.g
to Ec",p;tl
o s Grupo E1
CL
E 3,00 6 Grupo E2
.9
Í!
=
0,00
4.00 6.00
DD por Bacia (Km-1)
Fig. 3.21- Relação entre a densidade de drenagem e o maior rio das bacias hidrogriíficas.
A írea das bacias e o maior no são vanáveis interdependentes (Fig. 3.22), o que
97
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
hidrográficas. O trabalho de Horton (19+5) toi pioneiro ne$e campo, cnurrciantio as rrês ieis
fundamentais que tomaram o nome do seu autor.
12,O0
10,00
:íE
.g
(, I,O0
o.!
o 6,00
CL
o
tr-trr
ntrlln
&, 4,00 -tr
-ts ÊtE
.9
.g
=
2,OO b Etr
B
0,00
0,00 2,OO 4,00 6,00
efectuar medidas da dimensão ou da forma do relevo, cujo significado seja interpretável. Uma
lista extensa de parâmetros morfométricos aplicáveis à análise de redes de drenagem, bem como
aprofundadas considerações sobre a sua aplicabitidade, pode ser consultada nos trabalhos de
Strahler (1964), Doorkamp e King (1971), Gregory e Walling (1973), Goudie (1981) e Cooke
e Doorkamp (1990).
98
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
subdiviclido ainda eni ,iois conjuntos, uni designado pcr E2 e situaCc lo exkcnio NF/ do
Planalto da Achad4 numa zona limitada a S pela Falha do Capitão e na costa
N por São Roque
do Pico e a Ponta do Mistério, e que como vimos apresenta a mais elevada
Dd, enquanto as
restantes liúas de água serão agrupadas sob a designação El
No
R"=
No*t
O pendor da recta de regressão linear (b) entre o número de ordem dos canais e o
número de segmentos dessa classe permite calcular a razão de bifurcação pela
seguinte
expressão:
Rg = l0-o
O índice dos comprimentos médios pode ser definido como a razão entre o
comprimento medio dos segmentos de uma determinada ordem (I-") e o comprimento médio
dos segmentos de ordem imediatamente superior (I^*1).
R,=Lo
" Lo*t
A relação entre o número de ordem e o comprimento médio dos segmentos dessa classe
define uma rect4 cujo declive possibilita a determinação da razão dos comprimentos medios
pela relação seguinte (Almeida, 1985):
R" = Log-lb
99
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
,\pcs classif;car a magituCe dcs :eg:nentos pertencerr,te: è rede ilr dienag:m Cc pico,
procedeu-se à determinação do respectivo comprimento, para o que se utilizou um curvímetro
Numa rárpida observação da rede de drenagem da ilha do Pico podemos concluir que
esta e pouco hierarquizada, so existindo um segmento de linha de água de 5u ordem, na ribeira
do Soldão (vertente SE da Montanha), e apenas mais uma bacia hidrográfica com linhas de
água de 4u ordem, na ribeira de Dentro (vertente NE da Montaúa).
O índice de bifurcação geral da ilha do Pico é 43A (Quadro 3.3), valor que está
compreendido na guÌrna observada em situações em que não se verifica influência da estrutura
geologica na morfologSa da rede de drenagern, que é da ordem de 3 a 5 (Strahler, 1964).
de Rs desce para3,26, o que se insere na gama definida por Stralher (1964). No entanto, esta
bacia constitui um caso único na ilha do Pico, atendendo ao seu grande desenvolümento,
apesÍìÍ de morfiologicamente e geologicamente estar inserida na zona de influência da Montanha
do Pico
100
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
c9qq1,!l- >Rlo
-
(l( nr) -ixliij
Í{2
_ iJ?__
__|Lr_
B,:Ì?
-_
8,.10
2.65
_ -r19._
ó.00
-,-:Lol-
?Jt_
l.i9
Qttadro 3.1 - l'lÍrrnero cìo segnrentos cic lirúas de águu e resl)eoti\()s oor-nprirnr:nlos porb{ìoiúr hidrográlica
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
0ô8
2J:_*
_13s
2.00
!iq_
.r.5J
.r t?_,
_2,:ll _...
,.-
3 ?.1
!.11_
_Ì.15
I. Ió
_.üz_
.t 5?
j.rl_
t.12
g__,.
-!-?
8.36
598
._,11.20__.-
-!')e
0.5?
_1J1 *
_.L4L_
,-_.- 1_*
-0 _
0
(lLratlro 3.2 - Nímero tJo scgnentos dc linhas tle Água e respectivos cotÌ\)ritììentos porbaoia ltidlográlioa,
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
DOMINIO Rg R1
4.30 r.28
Pico
1.50
5.44 1.90
Grupo W
3.26 (2) r.62 (r\ (2)
1000
fi o llha do Pico
o
ç És r Grupo W
É 100 â A Grupo W + Bacia no 82
trì â
!t 3 e Grupo E
(n
0! c Grupo E1
ït
rr 10 r Grupo E2
=
=
1
24
u, No de Ordem
Fig.3.23 - Relação entre o número de ordem dos segmentos de drenagem e o logaritmo do número de
segmentos, para cálculo da razão de bifurcação.
103
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
mais permeáveis que a cobertura da zona E2, onde a proporção de materiais piroclásticos e
maior, e o grau de alteração das rochas, atendendo ao facto de serem mais antigas, é
igualmente superior.
Para calcular por regressão linear a razão dos comprimentos medios (Rr) não foram
consideradas as dimensões medias dos segrnentos de maior ordem em cada zona. Desta forma,
obüou-se ao facto destes apresentarem Ìrm comprimento médio muito inferior ao de número de
ordern inferior, o que afectava o cálculo de Rr- a partir do declive da recta de regressão (Fig.
3.24).
As liúas de água da zona W apresentam um fu superior ao valor obtido para toda a ilha do
Pico. A metade oriental da ilha é caracterizada por um R1 menor que o valor global mas'
l0.t
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
r -ÊJ-----l
llha do 1
Grupo
t: Grupo I * a-"iurno82l
n" ez
tl
'l
I i
Grupo 1l
l* Grupo E1 ll
lx
le Grupo E2 l
|
I I
da
No grupo E as diferenças devem-se ao maior comprimento medio dos segmentos
da Achada, quando comparadas
rede de drenagem que se desenvolve nas vertentes do Planalto
o que poderá indiciar'
com as dimensões dos segmentos das bacias hidrográficas da zonaFj2,
neste caso, um efeito essencialmente do declive do curso
de ágUa'
primordialmente a razões de
Assim, as variações do valor de RL devem ser imputadas
105
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
recoÍTemos.
secundarizados na metade oriental da iiha. Estes troços são mais maturos e evoluídos, em
resultado da actividade dinâmica mariúa e, inclusivamente, o litoral nalguns locais está
linearizado, como observado entre aBua do Canto e a Ponta Gorda" na costa N, e entre a Baía
do Calhau Ìúúdo e aBaía dos Cavacos na costa S.
tipo de costa rezulta da invasão pelo mar das crateras de cones de hialoclastitos, resultantes de
erupções wlcânicas submarinas.
106
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
deseontínuo se pode seguir junti; a cr;sta li do Pico cni.ic S.Roquc do Picu, S". Anrónio.
Ginsal e a Baía do Gasparal.
O litoral desta zona pode ser classificado, recorrendo novamente ao esquema de Borges
(1995), no tipo de costas de escoadas lávicas, podendo enunciar-se tendências morfologicas
consoante o tipo de escoada líwrca subaérea aflorante. Assun, nos locais onde o litoral é
unicamente formado por escoadas aa a costa apresenta um contorno local muito recortado,
originado pela formação de pontas de maior resistência devidas às características inerentes ao
fluxo destas escoadas. Por seu turno, quando o litoral é constituído por escoadas lávicas do
tipo pahoehoe, que se podem espraiar por uma grande área em resultado da zua maior fluiciez,
dois casos são observáveis: ou a costa é baixa, entrando com um declive suave pelo mar, como
por exemplo no Lajido (Criação Velha), ou originam-se arribas baixas com contorno regular,
frequentemente do tipo mergulhante, como observado em Santo Antonio ou no troço entre o
arribas mais altas e escarpadÍIs, comparativarnente com o observado no sector ocidental da ilha.
Alta. Nesta faixa as arribas são proeminentes, com um perfil predominantemente rectilíneo (Fig.
3.2s).
t07
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
platafornias rochosas avançadas pclo ftar, designadas por iajãs lávicas, deixaldo
frequentemente na retaguarda arribas fósseis.
O exemplo mais notório corresponde à Ponta do Misterio (Fig. 3.25), que resultou da
erupção historica da Prainha em 1"562-64. A escorrência desta lava, predominantemente
pahoehoe, originou uma fajã láüca, com a forma característica de pe de pato e arribas baixas e
merguihantes, que avançou pelo mar dentro entre a Baía do Alto e a Baía de Canas. Neste local
é observável uma arriba fossil com cerca de 100 a 120 metros de altitude máxima.
Nos outros casos, estas fajãs lávicas foram edificadas por erupções pre-historicas, que
emitiram escoadas lávicas que atingirÍrm o mar. Podem seÍ apontados exemplos, como a Ponta
da Rocha, entre a Praiúa de Baixo e Santo Amaro, formada a partir de lava emitida no Chã do
Pelado, ou a Ponta da llha, na costa E, constituída por material emitido no Cabeço da Hera
(Fig. 3.2s)
altitude máxima de 150 metros, entre aB,úa do Calhau Múdo e a Baía dos Cavacos. Nesta
faixa observarn-se situações similares as resultantes da emissão de escoadas láücas
posteriormente à formação das arribas. A fajã lâvrça das Ribeiras, com uma arriba fossil com
cerca de 50 a 70 metros de altitude máxima (Fig. 3.25) é um exemplo desta morfologia.
t08
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
500
(m)
0 1000 m
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
4. CLIÌVIAïÜLC'GIA
A caracterização sucinta das condições climáticas vigentes nos Açores é uma tarefa
complexa, dificultada pela multipiicidade de ambientes insulares que constituem este
arquipelago.
Esta questão crucial, quando se tenta estabelecer um padrão geral para os Açores, foi
posta em eüdência desde o primeiro estudo aprofundado sobre o clima do arquipeiago e, desde
logo, recoúecida pelo seu autor, apesar da quantidade incipiente de dados à sua disposição que
implicou uma maior relevância dada à informação relativa à ilha de São Miguel (Agostinho,
19384 1938b, 1940, 7947, 1942, 1948).
Com efeito, apesar de neste trabalho postular a regularidade de algumas variáveis como
a temperatura do ar, a humidade, a pressão atmosférica e o regime de ventos, Agostinho
(193Sa) elencou uma série de condicionantes locais que influenciariam decisivamente o regime
climático de cada ilha: salientam-se assim a distância ao mÍÌr, a altitude e exposição dos relevos,
a natrsreza. do solo e da vegetação, factores cuja importância foi posteriormente sublinhada e
ll0
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
oceano envolvente dos Açores pode ser considerado um importante reservatorio de calor, cujas
1e81b).
precipitação e a tempeÍatura" bem como de fenomenos deles parcialmente resultantes, tal como
No caso vertente da ilha do Pico os dados básicos referidos são escassos, o que é
particularmente notório no caso da temperatura. Com efeito, funcionam actualmente sete
pontos de observação climatológicos, dos quais seis são postos udométricos. Assirn, existe
apenas uma e$ação meteorologica onde são mensuradas outras variáveis paÍa alem da
precipitação atmosférica (Quadro 4.1; Fig. a.1).
Acresce ainda que as series de dados apresentam numerosas lacunas, a sua distribuição
orográfica não cobre uma gama de altitudes desejável e os registos de temperatura, para além
de serem observados junto à costa- são relativos a um período posterior a 1983
lll
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Quadro 4.1 -Localuação da estação meteorológica e dos postos udométricos instalados na ilha do Pico.
A densidade dos postos de observação é igual a 0.016 P.U.^(m2, o que aresta o exposto
antes, distribuindo-se essencialmente na vertente N da Montaúa do Pico, bem como no
Planalto da Achada. Em face da influência que aquele imponente relevo exerce sobre as
tt2
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
FT
rl\
IfL.terqror{o
P.U. EâÍdÊire" I
P. U. I^egpa ilo.$siÊdro
n 5 tolsn
t-
4.2.7. Precipitação
t13
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
1995196. Numa primeira fase procedeu-se à colmatação das lacunas de dados e à posterior
correcção de erros nas séries, apos o que se testou o carácter aleatorio destas.
que no caso dos postos udometricos consiste num totaluador, ou na ausência de leituras por
Yi: ã + bxi
b- I *,y, - Ex,lv,)/ n
I*l -(Z*,)'/n
a:Y-bX
1 l;l
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
!ì rÌ
Ano P.U. P.U. P.U. P.U. r.u. r.u. P.U.
Eidrol. Madalena Bandeiras São Roque [,. Capitão L. Caiado L. Paúl Aeroporto
(mm/ano) (mm/ano) (mm/ano) (mm/ano) (mm/ano) (mm/ano) (mm/ano)
Quadro 4.2 - Valores de precipitação atmosferica anual (1974/75 a 1995/96) por completar e corrigir
i15
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Y:Iviln
X:Ixi/n
A opção pelo metodo da regressão linear derivou do facto deste se coadunar melhor às
condições existentes na ilha do Pico. Com efeito, a eventual aplicação do método da media
ponderada é inüabilizada pela inexistência de três estações meteorológicas com dados
completos, circundantes e a igual distância do ponto de observação com lacunas de informação,
condição necessária à sua utilizaç5o (Benitez, 1912).
O metodo da média simples não foi aplicado em resultado da maior margem de erro que
pode carrear. De qualquer formq o reduzido número de sequências de dados a que se podia
recoÍrer para calcular um valor medio simples implicaria desde logo, que este fosse pouco
significativo.
elevados.
ll6
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
P.U./ E.M. Madalena Bandeiras São Roque Aeroporto L. Capitão L. Paúl L. Caiado
Madalena
Bandeiras 0.88
tt7
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Eii; p;::, i-n r.irrr;letrÍ e::ì ;lr:rllrr ltt:tt' l: d:dOS efn ã1tg ::Ut13
q'.:: :l::::t:i:
estação e, a partir destes, completar outras lacunas, foi utilizado em alguns anos hidrologicos
nomeadamente: valores de 1979180 e de 1980/8i no P.U. da Lagoa do Capitão, obtidos a partir
dos dados do P.U. da Lagoa do Caiado, por seu turno completados com base na informação do
P.U. da Lagoa do Paúl, e valores de 1994/95 e de 1995/96 nos P.U. das Bandeiras e de São
Roque. Em qualquer destes ultimos casos utilizaram-se os registos da E.M. do Aeroporto, por
sua vez calculados a partt das medidas do P.U. da Lagoa do Paul.
4.2.I.Z.Correcção de Erros
A consistência dos dados de precipitação foi testada com o metodo das curvas de dupla
acumulação. Esta metodologia consiste na projecção gríú,ca em papel aritmetico dos valores da
precipitação media anual acumulada de uma estação tipo contra a precipitação anual acumulada
118
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
119
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A projecção das curvas de dupla acumulação permite detectar dois tipos de erros em
que incorrem as séries pluviométricas. eÍros sistemáticos, indicados por mudanças de
declive na
rectq e eÍros de tipo acidental, expressos graficamente pela ocorrência de duas rectas paralelas
entre si.
Um erro sistemático pode ser devido à colocação do udometro num local errado, como
por exemplo numa região onde ügore um microclim4 pela mudança do local de instalação do
aparelho registador ou, aindq deriva do seu mau funcionamento em virtude de uma deficiente
calibração.
Importa ainda salientar, no âmbito da breve descrição desta metodologia que, para a
selecção das séries pluüometricas englobadas na estação tipo, num mínimo de três, concoÍTem
vários factores sistematizados por Heras (1972): os postos udometricos devem apresentar
homogeneidade pluviométrica" a sua implantação geográfica deve ser semelhante, não podem
ser considerados pontos distanciados mais de 50 Km e, por firn, a sua cota de implantação deve
uma estação tipo englobando os P.U. da Madalena, das Bandeiras e de São Roque e a E.M. do
Aeroporto e, no segundo caso, agregaram-se os dados dos P.U. das Lagoas do Capitão, do
Caiado e do Paúl.
120
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
r.^r:ritir : -.{ar^^+i-,
r,-----:; -i!r!,--:::..3f 3 g=Stô:j:il ^C: ei:::
sistemáticos e acidentais nas séries pluviométricas do Pico, que foram subsequentemente
corrigidos (Fig. 4.2 eFig. 4.3).
trlrr'''tsr''''-'
l+R
Zor\xixi+r -
2 1-R,,,.*.,
t21
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
TTITU
t22
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
35000
25000
E 30000
E 20000 c 25000
:E 15000
E-!q$@
.ã zoom
I 15000
@!@
$t! room íJ
ro 5000
]U
0
0,00 10000,00 2m00,00 30000,00
Est. Tipo (mm)
t.J 300@
50000
F 25000
40000
f zmm
ctì 30000
20m0
o
E)
'E rsmo @@
C)
t! ! romo
vl
IJJ
10m0 ü sooo
LIJ
0
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Ê. 100000
I rmmo € Boooo
;. 80000 :ã
t 6omo
.3 6oooo E PLrJ-c"i.d"-l
ts qmoo 91r@ 6 zloooo +tot
? 2moo :o 2omo *r,r.,,''"tt
lio llJ O
IJJ
O 200@ 40CPO m00O 60000 'lE+0 O 20000 400@ 60000 80000 1E+0
5 5
Est. Tipo (mm) Est. Tipo (mm)
N
è a 80000
F zomo
:'6oooo
'ó 50000
'E qomo
$c soom
200@
ü 10mo
ut0
0 200m 40000 60000 80000 10000
o
Est. Tipo (mm)
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Este teste pressupõe que o número de extremos locais, Ne, de uma série de valores de
dimensão N, segue uma distribuição que tende assimptoticamente para uma distribuição
normal, em que a media e o desvio padrão são obtidos respectivamente pelas seguintes
expressões matemáticas :
FN.: ? CN-2)
3
N, - Lt.r-
LN":
oli'
A homogeneidade da serie deve ser rejeitada a um nível de confiança de 95% (u: 0.05)
se a condição | 2"" Ir t.qo.
t25
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
o valor medio e o desüo padrão teorico das permanências são dados pelas
seguintes
equações (Miller et ql., 1965 in Silv4 19gg):
2n,n.
l-tu: + *l
nl +n2
ê
l2nrnr(Zn,n, - n, _ n, )
-r-
ï (n, * nr)'(n, + n, - t)
em que: nt,número de valores acima da mediana
-- u-Fo
,-__%
126
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
P.U./8.M.
Ne
Tcste rlo No de Extremos
Locais
(Ne-lrx")/orv. Resultado
Teste de Auúocorrelação
o íu-u..)/c
-t
_-.
Resnll
Result:ulo I
;-.l
I
P.U. Sâo Roque t6 l.4r Aceita-se -0.1272 -0.t279 Aceita-se l5 l2 2.29 l.3l Aceita
P.U. Madalena l5 0.88 Aceita-se
;;l
;;r
-0.186(r -0.1888 Aceita-se l5 I2 2.29 1.3 I Aceita
P.U. L, Capitâo t4 0.35
;;r
Aceita-se -0.0547 0.0548 Aceita-se l3 t2 2.29 0.44 Aceita
P.U. Lag. Caiado 1l t.23
;;r
N) Aceita-se -0.0282 -0.0282 Aceita-se l3
! 12 2.29 0.44 Aceita
P.U. Lag. Paúrl ll -r.23 Aceita-se 0.1983 0.2009 Aceita-se t2 t2 2.29 0.00 Aceita.
E.M. Aeroporto 0.35
4€*J
T4 Aceita-se -0.2071 -0.2101 Aceita-se l5 t2 2.29 L3l
Quadro 4'7 - Resultados dos testes estatísticos aplicados às séries pluviométricas completadas
e co*igidas.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
variando entre 4547.2 mm/ano, no P.IJ. da Lagoa do Caiado, e 3168.0 mm/ano no P.U. da
Lagoa do PaúI.
P Ii Benrieir:rs t105.7
Quadro -1.8 - Valores médios de precipitação anual determinados na ilha do Pico no período de 1971175 a
r995/96.
128
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Em qualquer dos casos as diferenças entre os valores estimados pela equação anterior e
os reais são acentuadas, pelo que se optou por não se interpolar as isoietas com este método.
| 1ô
LLA
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
5000
4500
E
Ê 4000
.g 3500
€
.q,
3000
=tg
3
c 2500
0 2000
Ìa!
(}i
(\t '1500
Ë
CL
(, 1000
o 5m
o-
U
P: ao * arxr * azxz
130
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
a sezuinte forma:
? x,x" "ll
ll a. l=
l
Ì
I t,v
F*l I I
I
LÍ,.; Z *,*, -
ll
J*'J
u, I
L
*,v
O valor obtido por simples media aritmetica das precipitações anuais naqueles postos
udometricos é igual a 3883.6 mm/ano o que, naquelas peculiares condições morfologicas, se
t3I
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Ì-.J P.U. Lag. Capitão 3716.6 3935.5 -158.9 4t42.5 3935.5 +207.0
Quadro 4'9 - Diferenças entre os valores reais de precipitação anual média e os estimados por regressão linear e mulÍilinear.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A forte variabilidade anual da precipitação atmosférica anual na ilha do Pico pode ser
constatada pela observação da Fig. 4.5 e 4.6. Neste gráfico projectam-se as pluviosidades
medias anuais no período de 1974175 a 1995196, bem como as rectas representativas de 75Yo e
60Yo do valor médio anual. Desta forma facilmente se verifica o exposto acima, em que a anos
chuvosos se sucedem anos menos húmidos, o que é particularmente notorio nos pontos de
r33
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
iEl
oõõõõõ
'4RÍ4RÍ4 197475
.HâgËgHâg
1977n8
1980/81
í983/84
1986/87
1977n8
1983/84
> > 1983/84
o tgs6/Bz o tge6laz
1989t90
1989/90
192t% 19B.2t9.3
1995196
1995t96
,itl
, ;tl
,ttr
i ll
g$-.õr :ìlï
EÈ'ãI
qo-0)'b 5õO.-
o)íD>ó
<<=õ
o'o.hE
ssgS
õõ' ã õõËÉ
õ'õ' E
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
çEI
1974t75
OEgHÈËË
1977ftg
1980/81
> 1983A4
o 1ga6€7
1989/90
192t%
Prec. Média Anual (mm/ano) 1995t96
odËËHüg
192t%
1995t96 Prec. Média Anual (mm/ano)
.ÊHHÈËËÈ
1974t75
]=__:E}-ï I
Ê77n8 j 3+ -
le.o/'1 .
iÏ
ã;ff;
1989/90
I ,fi*'
1992/W
1995t96
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Nesta estação o clima e dominado pelo tempo ciclonico, que vigora em 2/3 dos dias.
Este regime climático está relacionado com a instalação de depressões polares, cujo número e
intensidade controlam a quantidade e intensidade da pluviosidade, e às passagens frequentes de
136
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
i'la vigëncla ua estaçáu seuir" uc velau, us r.iias auriciçiórúuus assumem uma grancie
polar de latitudes setentrionais, derivada de depressões que migram para S, atingindo os Açores
(Ferreira, 1980).
A caracteúação das curtas estações de transição não pode ser separada dos períodos
dominantes já sucintamente abordados. Com efeito, no outono, que se desenvolve geralmente
de Setembro ao mês de Outubro, a precipitação tem origem em processos tipicamente de verão.
A estação da primavera é ainda menos indiüdualizável que o outono, não sendo mais
que um mero prolongamento do lnverno, decorrendo pelo mês de Abril. Neste período a
49.9yo no P.U. de São Roque. Nos restantes postos os coeficientes de variação são iguais a
tJ I
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
1Q
f rzo
Erm
EBo El P.U. Madalena Itr P.U. Bandeiras i
E60 (1959/6G1987/88)
L_!96?/jq1ee1€?_l
.j4
o
ó- 20
0
ONDJFMAMJJAS ONDJFMAMJJA
Mês Mês I
l
(, 160 zfi
oo
E14o F 200
E 120
;16 tr E.M. Aeroporto ã,*
Eeo tr P.U. S.Roque
g60 (1983/841 993/94)
Ërm (1962/63-1991/92)
dao g50
C,
È20 À
0
OD F AJA ONDJFMAMJJAS
Mês Mês
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
7@ 700
E ouJ
E 600
€sm .E sm
I qoo
T aoo
ó 300
E
d 200
!sm
ó2ú
o
Ètm Ë,*
o o
ONDJFMAMJJAS ONDJFMAMJJAS
Mês Mês
UJ
500
È zlOO
!'sm
c
E 2oo
d
E
o-
100
ô
ONDJFMAMJJAS
Mês
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
180 2W
160
^
F,q
tzv È 1s0
-
Erm 1r@
[oeLtt.1"" =t!
Êrm
õ80 L 1e70)_ I
o
E_!
d orJ
Ëq a^ È
Eso
0 0
ONDJFMAMJJAS
Mês
+
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A anáüse da pluviosidade a uma escala temporal muito menor que as anteriores revela
igualmente uma forte variabilidade deste meteoro, o que pode ser inferido a partir do número
total de dias com precipitação superior a 0.1 Ínm e 10 mm. Bettencourr. (1979), sobre um
período de observações de 1935 a 1960, determinou o número de dias de precipitação superior
a 0.1 mm nas estações de baixa altitude, concluindo que este valor era igual a 210 d/ano no
P.U. da Madalen4 189 d/ano no P.IJ. das Bandeiras e 166 d/ano no P.U. de São Roque.
Observa-se, desta forma, um decréscimo de NW para SE que acompanha o aumento da
O número de dias com pluüosidade maior que 10 mnL relacionados com a passagem de
sistemas frontais muito activos ou com depressões barotropicas estacionárias sobre a região dos
A análise das precipitações não pode ser dissociada de factores geográficos, como a
altitude e grau de exposição dos relevos, que controlam decisivamente o quadro climático
vigente nas ilhas do arquipelago dos Açores opondo a sua massa aos fluxos pluviosos. Assirn, o
regime pluviométrico observado e o estilo da pluviosidade não pode ser expücado unicamente
pelos factores dinâmicos atmosféricos, já sucintamente explanados, havendo necessidade de
A influência dos factores geográficos referidos implica" desde logo, que se observe uma
dissimetria pluviométrica, em que a precipitação é mais elevada na vertente N das ilhas,
relativamente às encostas viradas a S, e nas regiões ocidentais sobre as áreas orientais das
mesmas (Ferreirq 1980). Na ilha do Pico, e em virtude da exiguidade do número de postos de
1.+ I
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
o-osewaçao, é <iifrcil constatar estas reiaçocs, alteRas sencio possrvei por em evldencla a
primeira.
Este comportamento deve-se ao facto da maior parte dos ventos pluviosos possuírem
uma componente direccional W, o que implica que a direcção SW, com correntes instáveis e
húmidas, seja dominante sobre a diametralmente oposta. Na segunda metade da estação húmida
a direcção NW adquire maior importância, dominando inclusivamente na estação seca.
correntes de NW são menos instáveis e húmidas, não provocando pluviosidade a não ser na
vertente que se lhes opõem directamente, o que acentua a dissimetria pluviométrica entre ambas
(Ferreira, 1980).
altitude varia aproximadamente entre os 3000 mm/ano e os 4500 mm/ano, enquanto nos postos
de observação das zonas baixas não ultrapassa 1900mm/ano, medida no P.U. de São Roque do
Pico.
t12
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A mesma autora aponta valores de precipitaçao atmosrénca na vertente Ì.rr cia oroem
dos 6000 mm/ano aos 1000 m de altitude e 8000 mm/ano aos 2000 m, embora ressalvando
a
eventual ocorrência de factores que ponham em causa esta extrapolação: massas de
aÍ
desproüdas de humidade suficiente, por terem sofrido empobrecimento ao longo das vertente,
a fraca resistência aos ventos pluviosos imposta pela forma terminal da montaúa e> por firq a
possibilidade de ocorrência de um optimo pluviometrico a uma dada cota, acima do qual
a
precipitação decresce.
o P.U. de São Roque e o P.U. daLagoa do Capitão de 287 mm/100m. A discrepância entre os
resultados obtidos nos dois estudos poderá dever-se a diferenças de dados nos dois períodos de
observações utilizados, com vantagem para o presente trabalho que utiliza informação mais
recente e com maior probabiiidade de estar correcta.
Importa ainda referir dois fenomenos frequentes na ilha do Pico, e cujo significado é de
realçar no âmbito dum trabalho hidrogeologico como este, atendendo a que constituem uma
fonte de recarga das águas subterrâneas. Estes importantes processos referem-se à ocorrência
de neve na Montaúa do Pico e à precipitação oculta.
t.13
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Ao nível do mar os dias de neve são excepcionais, e por vezes as descrições não são
credíveis. Não obstante, e à laia de exemplo, no ano de 1947 verificaram-se quatro dias de neve
O nevoeiro no arqúpelago dos Açores pode ter origem em três fenómenos principais,
cuja importância relativa é diversa. Neste contexto podem ser considerados os nevoeiros
frontais, associados a frentes frias estacionárias ou quase estacionárias nesta região, os
nevoeiros orográficos, mais frequentes nas vefientes W e S das ilhas e, por fim, os nevoeiros
advectivos @ettencouÍt, 1979). Este último tipo e o mais importante, e o. seu mecanismo
geracional relaciona-se com a advecção de massas de ar tropical marítimo de SW, em
condições de temperatura do ar superior à temperatura do mar, quando o anticiclone está
centrado a SW do arquipelago.
t4.r
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
de um sistema de circulação do ar mais complexo do que em ourras iinas rjos rl.çores em vinucie
e SW. A dimensão deste sistema nebuloso aumenta com o decorrer do dia, gaúando altitude e
por vezes culminando com a ocorrência de tempestades localaadas (Fig. 4.10).
Fig. 4.10 - Esquema conceptual da evolução da nebulosidade na ilha do Pico (modificado de Ferreira, 1981b).
A informação produzida sobre o nevoeiro na ilha do Pico é nula, o que torna impossível
aquilatar a importância deste fenómeno. Não obstante, na E.M. da cidade da Horta, na fronteira
ilha do Faial e situada à cota de +60 m, ocorreram em média 13.8 d/ano de nevoeiro no período
t45
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
nevoeiro no penodo de I9'21 a ry7v, sencio tnats trequenles em Jurúro (õcrienuoun, Í9791.
Este valor permite evidenciar novamente o significado deste fenómeno, especulando-se que nas
zonas altas do Pico o número de dias com nevoeiro será substancialmente suoerior.
era de 72.6 por ano, predominando no Verão quando a temperatura diuma e mais elevada, o
que permite constatar o significado deste processo.
4.2.2.Temoeratura
salientando-se, entre estes, o vigor e exposição dos relevos, o tipo de solos existentes na região
e a distância ao mar (BettencouÍt, 1979). Este facto, bem como o reduzido número de locais
dos Açores onde esta é observad4 contribui para a dificuldade de quantificar e caracteizar o
comportamento desta variável.
l.+6
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Facilmente se constata que a janela de observaçáo utihzada, de seis anos, apresenta uma
duração muito curta mas, no entanto, considera-se que o erro eventualmente cometido e
desprezável, visto que os dados de temperatura não acusam usualmente grandes variações
(Silva, 1984). Como no espaço de tempo referido não ocorriam lacunas na série de passo
mensal não houve necessidade de efectuar qualquer tratamento estatístico.
4.11). O pico de temperaturas registado no Verão é devido à intensa acção do anticiclone dos
Açores, quando este se localiza a SE do arquipélago e orientado na direcção NE-SW. Em
contraste a vigência das temperaturas mais baixas relaciona-se com depressões cavadas e
25
zu
6
915
õ
O ín
cL rv
E
(u
F
5
10 11 12
t47
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
compará-lo com qualquer informação directa de altitude, o que constitui uma significativa
lacuna no coúecimento climático do Pico.
4.2.3 . Evapotranspiração
dois processos envolvidos, evaporação directa e respiração das plantas, implica o coúecimento
evapotranspiração potencial o valor máximo de água que passa do estado líquido ao gasoso por
t48
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
água sempre supridas, e cobrindo um solo com capacidade de campo totalmente preenchida.
evapotranspiração e, com a sua descrição não e relevante para o presente estudo, remetemos o
leitor para uma elaborada lista que pode ser consultada na obra de Custodio e Llamas (1983).
ETP : KË
Para calcular o coeficiente ( pressupõe-se que ocorrem doze horas de insolação diária e
que os meses possuem uma duração teorica de trinta dias, apücando-se a equação a seguir
indicada:
T/.\ I\
a
Ll
,
'\v
c:Iol ..1
-l
1.19
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
r:Ii
z r lJ14
1t\
t-l
em que: I, índice de calor mensal, igual a t-l
\ f,/
r: -Laa 12 30
exigir unicamente à partida o valor das temperaturas medias mensais, encontrando-se tabelados
os outros coeficientes, constitui uma vantagem sensível sobre métodos empíricos, como o de
Blaney e Cridle (1950 lir Custodio e Llamas, 1983) ou semiempíricos, como o de Penman
(1948 in Custodio e Llamas, 1983), que exigem o coúecimento quantitativo preciso de uma
serie de variáveis dificilmente mensuráveis.
150
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
evapotranspiração real com base no valor inferido para a evapotranspiração potencial. Uttliza'
P:EVR+R+As
t51
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
EVR: P - XP,
\z- I
0.8 - 147
T, temperatura média anual ("c)
'2 x
1x<p>-!
8
O metodo de Turc foi desenvolvido a partir de estudos realizados em mais de 200
bacias espalhadas pelo mundo. A relação empírica obtida, que permite caicular a
EVR:
on*ílì'
\L/
t52
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
E.M. / P.U. EVR (mm) EVR (mm) EVR (mm) EVR (mm) E\rR
Thornthwaite Thornthwaite Thornthwaite Turc (mm)
(CC:50mm) (CC=l00mm) (CC:150mm) Coutagne
153
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
taxa de variação deste meteoro com a altitude, mas optou-se por este procedimento visando
definir, pelo menos, um valor aproximado de evapotranspiração real.
os resultados estimados pelos vários métodos empregues convergem para valores semelhantes
quando a capacidade de campo e igual a 100 mm. Para o P.U. das Bandeiras a melhor
concordância e registadapara uma capacidade de campo de 150 mrn, verificando-se o mesmo
no caso do P.U. de São Roque.
Em qualquer dos exemplos enunciados de baixa altitude importa salientar que, nos
locais de implantação destes postos meteorológicos, os solos são no geral muito finos, quando
não inexistentes, pelo que a sua capacidade interceptora será muito reduzida- aflorando a rocha
considerada uma razoâvel aproximação ao valor real em virtude das razões já explanadas.
Deüdo à elevada precipitação nesta área, e como se utilizaram os mesmos valores de
temperatura, a evapotranspiração real é sempre igual à evapotranspiração potencial nos três
pontos udometricos referidos, dando um resultado de 690.9 mm/ano.
A metodologia de Coutagne resultou inadequada nestes casos, pois a condição que testa
a sua validade não e verificada. As determinações com o método de Turc apontam para
resultados muito semelhantes, variando entre 668.9 mm/ano na P.LT. da Lasoa do Caiado e
t54
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
no P.U. daLagoa do Capitão, +244.7 mm/ano no P.U. da Lagoa do Caiado e +239.0 mm/ano
Ressalta assim ser preferível optar pela primeira aproximação, em virtude da segunda,
calculada com as temperaturas observadas no Aeroporto, oferecer valores mais elevados, que
apenas poderão ser tomados em linha de conta como extrapolação de um limite máximo da
155
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
1Q 2W
120
'150
100 Prec. Mensal
80 (mm)
60
100 - Mensal (oc)
4
zu
50 -Temp.
0 o
ONDJFMAMJJAS ONDJFMAMJJ AS
Mês Mês
160 2W
(ì 14
200
120
Prec. Mensal Prec. Mensal
1m 1E^
(mm) (mm)
80 -.--Temp. Mensal (oc) - Mensal (oc)
60 100
4 50 -ïemp.
20
o 0
ONDJFMAMJJAS
Mês
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
700
7@
600
600
500
500
40c)
400
3m 3m
2@
2@
100
1m
o 0
ONDJFMAMJJAS ONDJFMAMJJAS
Mês
Mês
P.U. L.Paúl
(rt 500
\ì
M
Mensal
300
(mm)
200
-Prec. Mensal (oc)
100 -Temp.
0
ONDJFMAMJJ AS
Mês
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
hídrico (Bettencoun, 1979). No caso vertente utiiizaram-se os resuitacios cio baianço hrcinco
realizado considerando a capacidade de campo igual a 100 mm.
indicam:
alta altitude estão patentes no Quadro 4.11, e são apresentadas com as deüdas reservas já
discutidas anteriormente no que concerne à falta de dados de temperatura em todas as estações.
83, clima húmido, com índice hídrico compreendido entre 6A%o e 80%o;
Br, clima pouco humido, com índice hídrico compreendido entre 20%o e
400Á.
158
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
destrinçar entre clima super-húmido, vigente no P.U. de São Roque, clima húmido, no p.U. das
Bandeiras, e cüma pouco humido no P.U. da Madalena e na E.M. do Aeroporto.
P.U./E.M. r, r, I5 c Clima
(Y"l ("/") ("/") (%)
159
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
a 4.18. A representação grâfrca destes dados, que permite uma interpretação mais intuitiva da
distribuição anual daquelas variáveis, está patente na Fig. 4.14 a 4.20.
A posterior discussão dos resultados obtidos e efectuada com base nos valores
calculados para capacidade de campo igual a 100 mÍL como media dos considerados.
160
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Mês Out Nov Dez Jan Fcv Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
P 104.4 I18.5 126.0 t23.9 124.2 96.9 75.6 57.2 48.4 33.6 54.5 88.0
(mm)
T 18.9 16.6 14.9 l4.l 13.7 t4.4 15.3 t6.2 19.2 21.8 22.1 2r.3
e)
f!? 73.6 19.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 7r.5 94.2 t23.4 118.4 94.8
(mm)
EVR 73.6 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 7t.5 94.2 73.5 54.5 88.0
(mm)
R 0.0 0.1 85. r 85.4 91.9 48.3 t9.7 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
(mm)
(CC = l00mm)
Mês Out Nov Dez Jan tr'ev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
P 104.4 18.5 t26.0 t23.9 r24.2 96.9 75.6 57.2 48.1 33.6 54.5 88.0
(mm)
T 18.9 t6.6 t4.9 r4.l t3.7 14.4 15.3 t6.2 t9.2 2l.8 22.1 2t.3
(")
EVP 73.6 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 s5.9 7t.5 94.2 123.4 I18.4 9.1.8
(mm)
[,VR 73.6 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 7t.5 94.2 t23.4 s4.6 88.0
(mm)
R 0.0 0.0 35. I 85.4 91.9 48.3 L9.7 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
(mm)
(CC = l5Onrm)
Qrradro 4.12 - Resultados do balanço hídrico sequencial no p.u. da Madalena.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Môs Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
P 142.0 t74.1 182.3 166.0 138.7 I18.5 104.8 73.4 53.8 44.3 s6.2 I 15.0
(mm)
T 18.9 16.6 t4.9 14.I t3.7 t4.4 15.3 16.2 t9.2 21.8 22.r 21.3
f)
EVP 73.6 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 7t.5 94.2 t23.4 I18.4 94.8
(mm)
EVR 73.6 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 7t.5 94.2 t03.9 s6.2 94.8
(mm)
R 0.0 93.3 141.4 r27.5 106.4 69.9 48.9 1.9 0.0 0.0 0.0 0.0
(mm)
(CC = l00mm)
Mês Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
b.)
P t42.0 174.1 182.3 166.0 138.7 I18.5 104.8 73.4 53.8 44.3 56.2 I15.0
(mm)
T 18.9 t6.6 t4.9 14.I 13.7 t4.4 15.3 16.2 19.2 21.8 22.1 2t.3
(")
EVP 73.6 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 71.5 94.2 r23.4 118.4 94.8
(mm)
EVR 73.6 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 7t.5 94.2 t23.4 86.7 94.8
(mm)
R 0.0 43.3 t41.4 r27.5 106.4 69.9 48.9 1.9 0.0 0.0 0.0 0.0
(mm)
(CC = l50ntm)
Quaúo 4.13 - Resultados do balanço hídrico sequencial no P.U. das Bandeiras.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Mês Out Nov Dez Jan tr'ev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
P t24.3 152.8 l4l.8 109.0 I19.0 87.9 68.8 80.7 35.9 3t.2 65.4 86.0
(mm)
T 18.9 16.6 t4.9 14.I L3.7 14.4 15.3 t6.2 19.2 21.8 22.1 21.3
f)
EVP 73.6 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 7t.5 94.2 123.4 I18.4 94.8
(mm)
EVR 73.6 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 7t.5 94.2 72.9 65.4 8ír.0
(mm)
R 0.0 54. I 100.9 70.5 86.7 36.3 t2.9 9.2 0,0 0.0 0.0 0.0
(mm)
(CC = l00mm)
Mês Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
UJ
P t24.3 152.8 l4t.8 109.0 I19.0 87.9 68.8 80.7 35.9 3t.2 65.4 86.0
(mm)
T 18.9 16.6 14.9 14.l 13.7 t4.4 r5.3 t6.2 19.2 21.8 22.1 2t.3
(o)
EVP 73.6 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 71.5 94.2 123.4 I18.4 94.8
(mm)
EVR 73.6 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 7t.5 94.2 t22.9 65.4 86.0
(mm)
R 0.0 4.1 100.9 70.5 86.7 36.3 t2.9 9.2 0.0 0.0 0.0 0.0
(mm)
(CC = l50mm)
Quaúo 4.14 - Resultados do balanço hídrico sequencial na E.Ìr{. do Aeroporto.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Môs Oul Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
P 158.4 22t.6 224.1 246.9 230.8 200. I t23.9 80.5 62.0 42.0 60.5 104.0
(mm)
T 18.9 16.6 t4.9 14. I t3.7 14.4 15.3 t6.2 t9.2 2t.8 22.1 2t.3
(o)
EVP 73.7 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 s5.9 r.5 94.2
7 123.4 I18.4 94.8
(mm)
EVR 73.7 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 7t.5 94.2 109.8 60.5 94.8
(mm)
R 0.0 r57.2 t83.2 208.4 198.5 151.5 68.0 9.0 0.0 0.0 0.0 0.tì
(mm)
(CC = l00mm)
Mês Out Nov Dez Jan tr'ev Mnr Abr Mai Jun Jul Ago Set
è
P 158.4 22t.6 224.1 246.9 230.8 200. I r23.9 80.5 62.0 42.0 (r0.5 104.0
(mm)
T 18.9 16.6 t4.9 14.1 t3.7 t4.4 15.3 16.2 19.2 21.8 22.1 2t.3
(o)
EVP 73.7 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 7t.5 94.2 t23.4 I 18.4 94.8
(mm)
EVR 73.7 49.2 40.9 38.5 32.3 48.6 55.9 71.5 94.2 t23.4 96.9 94.8
(mm)
R 0.0 t07.2 183.2 208.4 198.5 151.5 68.0 9.0 0.0 0.0 0.0 0.0
(mm)
(CC = l50mm)
Quadro 4.15 - Resultados do balanço híúico sequencial no p.u. de são Roque.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Mês Oüt Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
P 399.6 481.9 628.6 486.6 491.5 379.4 286.4 27r.0 180.4 t42.2 t62.2 243.7
(mm)
T 18.9 t6.6 14.9 14. I 13.7 t4.4 15.3 t6.2 t9.2 21.8 22.1 zr.3
(")
EVP 60.9 40.9 33.8 3l.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 100.4 96.1 77.4
(mm)
EVR 60.9 40.9 33.8 31.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 100.4 96.1 77.4
(mm)
R 238.7 441.0 594.8 455.0 465.1 339.4 240.1 ztt.7 ttJz.7 41.8 66.0 166.3
(mm)
(CC = l00nm)
Mês Out Nov Dez Jan Fev Mnr Abr Mai Jun Jul Ago Set
9l
P 399.6 481.9 628.6 486.6 491.5 379.4 286.4 271.0 180.4 142.2 162.2 243.7
(mm)
T 18.9 16.6 14.9 14.I 13.7 t4.4 15.3 t6.2 t9.2 21.8 22.1 21._1
(o)
EVP 60.9 40.9 33.8 3 1.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 100.4 96.1 77.t
(mm)
EVR 60.9 40.9 33.8 31.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 100.4 96. I 11
(mm)
R 188.7 44t.0 594.8 455.0 465.1 339.4 240.1 21t.7 t02.7 41.8 66.0 166.:
(mm)
(CC = l50mm)
Quadro 4.16 - Resultados do balanço hldrico sequencial no P.U. da L. do Capitão.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Mês Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
P 420.0 505.4 674.s 600.0 570.2 392.0 321.8 327.7 248.7 174.4 204.4 292.3
(mm)
T 18.9 16.6 t4.9 14. I 13.7 t4.4 15.3 t6.2 t9.2 21.8 22.1 21.:
(o)
EVP 60.9 40.9 33.8 31.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 r00.4 96. I 77
(mm) "4
EVR 60.9 40.9 33.8 31.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 I00.4 96.1
(mm)
R 259.1 464.5 640.7 568.4 543.8 352.0 275.5 268.4 171.0 74.0 108.3 214.\l
(mm)
(CC = l00mm)
Mês Out Nov Dez Jan Fev Mar 'Abr Mai Jun Jul Ago Set
P 420.0 505.4 674.5 600.0 570.2 392.0 321.8 327.7 248.7 t74.4 204.4 292..i
(mm)
T 18.9 t6.6 14.9 t4.l 13.7 t4.4 15.3 t6.2 t9.2 21.8 22.1 2t..\
(')
EVP 60.9 40.9 33.8 3l.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 100.4 96. I
(mm)
EVR 60.9 40.9 33.8 3 1.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 100.4 96. I 77.,1
(mm)
R 209.1 464.5 640.7 568.4 543.8 352.0 275.5 268.4 171.0 74.0 r08.3 214.'-'t
(mm)
(CC = l50mm)
Quadro 4.17 - Resultados do balanço hídrico sequencial no p,u. da L. do caiado.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Mês Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
P 338. I 388.0 430. I 357.3 364.7 294.(t 226.r 242.2 183.0 ll8.l 165.8 244.t:
(mm)
T 18.9 16.6 t4.9 t4.l 13.7 14.4 15.3 16.2 19.2 2t.8 22.1 2t.l
(o)
EVP 60.9 40.9 33.8 31.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 100.4 96. I 77.,:.
(mm)
OVR 60.9 40.9 33.8 3 1.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 100.4 96.1 11 |
(mm)
R t77.2 347.1 396.3 325.7 338.3 254.6 179.8 182.9 105.3 t7.7 69.7 167
.,
(mm)
(CC = lOOmnr)
Mês Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mni Jun Jul Ago Set
{
P 338. I 388.0 430. I 357.3 364.7 294.6 226.1 242.2 t83.0 ll8.l 165,8 244.6
(mm)
T 18.9 16.6 14.9 14.I 13.7 14.4 15.3 t6.2 t9.2 2 1.8 22.1 2t3
f)
EVP 60.9 40.9 33.8 3l.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 100.4 96.1 774
(mm)
EVR 60.9 40.9 33.8 3 1.6 26.4 40.0 46.3 59.3 77.7 100.4 96.1 774
(mm)
R t27.2 347.1 396.3 325.7 338.3 254.6 179.8 182.9 105.3 t7.7 69.7 t67 L
(mm)
(CC = l50mm)
Quadro 4.18 - Resultados do balanço hídrico sequencial no p.U. da L. do paúI.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
1& 14
120 120
100 100
Prec. Mensal
80 80
- EVP _- EVP
OU 60
EVR
& - q
trVK
,f\
0 ô
ONDJF MAMJJ ONDJF MAMJJ
ô Mês Mês
oê
Fig. 4.14 - Representação gráfica do balanço hídrico mensal ao nível do solo (P.U. Madalena).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
2@
180
2@
180 ---l
^
'160
14
12O
^
160
1Q
120
l__
\-
r_Eyp
I r-P1st lrr*tã,
F 100 F 100 Y I
80 80
/l I evn
60 + @ ---l
aT Ì
Q
20 ')^
ô L 0
U
L-
Fig. 4.15 - Representação gráfica do balanço hídrico mensal ao nível do solo (P.U. Bandeiras).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
160 160
1Q 14
120 120
100 100
F80 80
EVP
60 60
4 4 - EVR
20 20
0 0
J JAS
{
Fig. 1 16 - Representação gráfica do balanço hídrico sequencial mensal ao nível do solo (E.M. Aeroporto)
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
f Preci/ensJl
tl
t-tr\/P
-
Ì-"1
t_ __EyR ___l
I
Mês
-ì
Fig. 4.17 - Representação grafica do balanço hidrico sequencial mensal ao nivel do solo (P.U. Sâo Roque).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Mensal
-Prec.
EVR
-EVP
ONDJFMAMJJAS ONDJFMAMJJAS
*J
F.J Mês
Fig. 4,18 - Representação griífica do balanço hídrico sequencial mensal ao nível do solo (P.U. L.Capitão).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
o#
ONDJFMAMJJAS
-ì
(r.)
Fig. 4.19 - Representação gráfica do balanço hídrico sequencial mensal ao nível do solo (P.U. L.Caiado).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
t 450 r
P.U. L.Paúl (CC=í00mm)
4n
P.U. L.Paúl (GC=í50mm)
400
I
t M
I
350 350
?
300 300
I
2s0
ï zfi
200
ï 2@
+
't* t
I
1s0 '150
100
*ï ï 50
UT 0
\ì
s
Fíg. 4.20 - Representação griáfica do balanço hídrico sequencial mensal ao nível do solo @.U. L.Paúl).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
mês anterior são menores que a evapotranspiração potencial. Assrrl a evapotranspiração real e
175
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
udométricos dessa zon4- a única fase do baianço hídrico ao nível do solo identificável
colTesponde aos excedentes em água, observando-se que a evapotranspiração real é sempre, em
A escorrência anual, bem como a sua distribuição sazonal, também apresenra aspectos
Caiado e um mínimo de 2561.7 mm/ano no P.U. da Lagoa do PaúI, sendo o valor no p.U. da
Lagoa do Capitão iguai a 3362.6 mm/ano.
Por seu turno a escorrência não e contínua ao longo do ano nos locais a baixa altitude,
concentrando-se essencialmente nos meses de Novembro a Abril (Fig. a.22). No p.U. da
Madalena a escorrência é unicamente 0.1 mm/ano, quando se calcula o balanço hídrico com a
capacidade de campo igual a 100 Íïun e, no caso da simulação a 150 mm esta nem sequer
ocoÍTe.
A escorrência anual varia entre um máximo de 975.4 mm/ano no P.U. de São Roque e
330.4 mm/ano no P.U. da Madalena. Na E.M. do Aeroporto o valor tambem e muito baixo,
igual a 373.5 mm/ano, enquanto a escorrência anual no P.LJ. das Bandeiras é de 589.2 mm/ano.
t76
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Ê. 600
l'7mr
€sm
Ë
.g
(,
400
300
I Ffif, Hmnilnn
I ,r"ëieml
I
,6 2oo
I 100
u,
tl,,l ;*ln [J tpnltnlt,,,nl
A'
0
JF J
i.:'J
t---:D ]
\ì
-ì
Êam
ãsm
o
F
.g 2@
'Ë tm
o
(J
o^
llJ v
FMAMJ
Mês
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Erm
:80
o í!
o
Ë60 F
G lgp unrrru"r"* o
'Ë10-
((u
I t99:1ooryL
(o
820 o
lJ
On o
llJ v uJ
ONDJ FMAMJ
Mês
{oo ?E t.>n
t-v
Ê2ffi
e 100
EBo = 200
au
F Ë lso
.g
IJ
60
'E 1oo
,54 i(U
ô20 550
,io 'io
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Para alcançar este objectivo considerou-se válida a precipitação média anual calculada
para a fracção desta zona acima dos 700 m de altitude, e optou-se por uma dupla
abordagem.
P, precipitação (mm)
t79
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
anulam mutuamente. Desta forma, considera-se simplesmente que (Custodio e Llamas, 19g3):
ICp
lnf.= -= '
PCi
Para uma cabal aplicação do balanço de cloretos concoÍrem uma serie de condições,
que podem influenciar o resultado finai. As amostras representativas do teor de Cl- da âgua
subterrânea devem proür da zona superior do aquífero e deve considerar-se o eventual acarreio
As melhores estimativas da ta;<a de infiltração são obtidas em zonas áridas e/ou planas,
piorando quando esta metodologia é aplicada a zonas húmidas ou com acentuada escorrência
superficial (Custódio, 1973 in Custodio e Llamas, 1983).
O teor de Cl- da água da chuva é igual a 5.64 mgll, e corresponde à media de duas
amostras, uma colhida aos 680 m de altitude @.61 mgll) e a outra, junto àLagoa do Caiado,
aos 780 m de altitude (6.68 mg/l)
O conteúdo de Cl' nas águas subterrâneas é semelhante, variando entre 9.23 mg!,
determinado na amostragem de Outubro de 1994 na nascente da Prainha, e 12.42 mg|,
analisado na nascente de Santo Amaro E na amostragem de Março de 1996. Nesta última
recolha de amostras obteve-se também o teor de cloretos nas nascentes de Santo Amaro W
(1 1.36 mgll) e do Landroal de Baixo (12.07 mgn)
t80
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
As taxas de infiltração obtidas com os valores relativos a estes pontos, cuja localização
se indica relativamente à área em análise (Fig. a.n\ são iguais a 61.IYo na nascente da Praiúa,
49.6yo na nascente de Santo Amar:o W, 46.7yo na nascente do Landroal de Baixo e 45.40Á na
Legend.e:
tl l. Narcenie do Inrulrod
I 1. Narcenúe ile heinÍ,t'
| 3. Narcenie dE Súo. Âmâro
máxima será da ordem de 112.95x106 m3, e para ataxa, mínima de 83.95x106 m3. Adoptando
181
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
60,6y0, a que corresponde, unicamente para 18 KÍn2, um volume infiltrado acima dos 1000 m
de altitude de 32x106 m'. Assirq verifica-se que quando afloram escoadas lávicas directamente
82%.
Os valores apresentados devem ser considerados apenas como uma aproximação bruta,
pois não se considerou na sua estimativa a capacidade de retenção dos solos, que nesta area da
182
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
183
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
5. HIDRODINA}IICA
5. 1. l. Considerações Gerais
wlcânica é uma materia de indubitável importância. Este significado e conferido pelo facto das
formações vulcânicas apresentarem grande interesse hidrogeologico e, por outro lado,
inversamente à fraca extensão que ocupírm na crosta terrestre serem em algumas regiões do
Desta form4 nas regiões continentais onde os materiais vulcânicos definem grandes
manchas, como por exemplo nos planaltos do Decão 1Ínaia;, do Paraná @rasil, Paraguai,
podem ser referenciados alguns trabalhos mais pormenorizados (Winograd, 1971, Custodio,
1975,19'78,1989, Davis e Wiest. 1966, Custodio e Llamas, 1983, Peterson, 1993).
naturezavulcânica, que considera dois grupos fundamentais destes ambientes insulares. Por um
l8-l
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
que as constituem. No primeiro caso ocoÍTem escoadas lávicas e piroclastos com composição
ilhas do segundo grupo referenciado existem dois tipos de situações: ou as lavas são antigas,
apresentando permeabiüdades baixas ou, ao invés, as ilhas são formadas por lavas recentes que
fracturação, pode ser encontrada em trúatho recente (Cru2, 1992), em que se cnzÍrm dados de
185
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
hidrodinâmicos, como por exemplo a permeabilidade. No Quadro 5.1 estão elencados alguns
resultados medios obtidos em aquíferos wlcânicos e, para efeitos comparativos, incluiram-se
A porosidade de uma amostra de escórias da ilha da Reunião, igual a 60Yo (Massari, 1990 Ìn
Joirl 1991), não só comprova o exposto como e compatível com os valores indicados por
Davis (1974) e Custodio (1975) para estes materiais, da ordem dos 80%. A permeabiiidade da
mesma amostra era cerca de 1700 m/d (Massari, 1990 in loin,199l).
vulcânicas divergem em alguns aspectos fundamentais, pelo que caÍecem duma breve
apreciação. Estes esquemÍìs são relativos aos arquipelagos onde os estudos hidrogeologicos
t86
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Material K Fonte
(m/d)
E scoadas láücas fi ssurarlas 1a200 Custódio. 1989
Quadro 5.1 - Valores de permeabilidade obtidos em diversos aquíferos basálticos. mostrando a diversidade do
meio vuicânico.
187
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
suspensos Qterched), aquíferos limitados por filões e aquíferos basais (Fig 5.1). Esta
classificação foi estabelecida inicialmente por Meinzer (Stearns e Clark, 1930 in lngebritsen e
Scholl, 1993) e os seus fundamentos estão bem explanados nos trabalhos de Peterson (1972 e
Igg3), Túasaki e Mnk (1982 e 1985), Macdonald et al. (1983), Hunt et al. (7988), Takasaki
(1993) e Lau e Mink (1995).
Fig. 5.1 - Esçema hidrogeotógico conceptual das ilhas do l{awaii (modificado de Macdonald et
al.' 1983).
Os dois primeiros tipos de aquíferos coexistem nas zonas altas das ilhas, e as nascentes
relacionadas com estas formações, resultantes da sua descarga natural, permitem identificá-los
(Peterson, 1972).
t88
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
compartimentadas por filões, que funcionam como barreiras impermeáveis ao fluxo, e que estão
frequentemente saturados algumas centenas de metros acima do nível medio da âgua do mar. O
volume de água armazenado nestes aquíferos é superior ao existente nos outros aquíferos de
altitude, mas claramente inferior aos recursos inerentes aos aquíferos basais.
O aquífero basal corresponde ao meio saturado geral da ilha, com superficie livre,
flutuando sobre a âgua salgada mais densa" e cuja recarga resulta directamente da precipitação
efrcaz ou da transferência hídrica a partir dos níveis aquíferos de altitude. Em numerosas ilhas
wlcânicas, e o Pico não e excepção, a expioração dos recursos hídricos subterrâneos é feita a
partir desta formação aquífera basal, limitada superiormente pelo nível freático e inferiormente
pela interface.
observado noutros locais, como as ilhas Canárias ou o Pico, como oportunamente será
apresentado.
é semelhante ao anterior (Fig.5.2; Pouchan et al., i988), embora estes autores considerem
mais um tipo de aquífero de altitude. Estes últimos correspondem a aquíferos aluvionares
(nappes de vallées), e as exsurgênciÍÌs com eles relacionadas surgem no contacto entre as
189
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Fig. 5.2 - Esquema hiúogeológico concsptual dãs ifhas da Polinésia Francesa (modificado de Pouchan e/ al
1988).
os aquíferos limitados por filões, apenas definindo aquíferos superiores de tipo suspenso,
distribuídos em função de descontinuidades locais e regionais, coÍrespondendo estas últimas à
série vulcânica mais antiga colmatada por acção hidrotermal.
permeáveis com níveis de escorias, de cirzas ou com zonas maciças de escoadaslâvicas aa,
escorrência num telhado (roof tíle flow). Este fluxo materializa-se por uma série de aquíferos
190
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
:,-
L.
e'ta
i=-=
t?i
i : €Pfton
E : dela
; =
f rournir"
Çv =il
ll
E águasalgada E câmüenrrgmdca
\i- Aquif"ro surpeÍuro ì Direcçio de lluro
Fig. 5.3 - Esquema hidrogeológico concepÊual do vulcão do Piton de la Fournaise (modificado de Violene et al..
1997\.
l9l
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
fluxo em toda a ilhq que apresenta nas zonas altas superficies equipotenciais pouco inclinadas
ou quase verticais e, ao invés, nas zonas baixas, onde predominam os materiais mais jovens e
permeáveis, o fluxo tende para a horizontaiidade (Fig. 5.4; Custodio, 1978, 1983, Custodio e
Llamas, 1983). Nas zonas ütorais os gradientes podem ser menores que 0.001 (Custodio,
1975), enquanto nas zonas de maior altitude podem alcançar os 0.15.
.{quiÍero susp€ruro
=
Z,ona com possíveis f-nrcurres de descompressão
Nrscente
e/ou tectónicas
ì,'=*'--
l'ulcão recent€
-\ivel do mar
.i_\.
" ìascente
uasaii- : =!-:lte
Fig- 5.4 - Esquema hidrogeológico simplificado do maciço basrilüco de na ilha de Lanzarote. Can"árias
t92
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
O nível de saturação regional pode ser real, se coincide com uma formação permeávei,
ou ürh:al, quando se relaciona com uma zona de baixa permeabilidade (Custodio, 1975).
pÍIra as ilhas Canrírias, mas os resultados obtidos não foram satisfatorios. Nomeadamente, foi
impossível obter gradientes baixos na costa compatíveis com os declives fortes no interior da
portadoras de água ou, como também são designadas, compartimentos de águas subterrâneas
(Fig. 5 5).
A divisão em unidades engloba a zona vadosa superior, a zona vadosa inferior e a zor.la
saturada. A direcção de fluxo na zona vadosa e predominantemente vertical, alimentando a
zona saturada, que corresponde ao nível basal de outros modelos.
t93
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
ltta"* .rogo
-\ 9*-
iJ- --
Fig. 5.5 - Esquema hidrogeológico simplificado das ilhas Canárias (modificado de Ecker, 1976).
conectados por ftacturas ou niveis de clincker de escoadas lávicas aa, constituindo uma cadeia
barreira, ate que o fluxo se restabeleça por qualquer outra trajectoria? e as suas formas e
distribuição são irregulares ao nível do maciço vulcânico. Este padrão distributivo é controlado
por factores de índole vulcanologica primários e secundários, e ainda pela recarga e pelas
194
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
localmente por poços de maré. Estes últimos são captações pouco profundas, construídas
predominantemente a muito pequenas distâncias da üúa de costa, diferindo deste modo das
captações tubuiares, de menor diâmetro, e cuja profundidade e distância ao mar é
Atendendo ao exposto a maior parte das observações realizadas neste trabalho referem-
195
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
de 20, e nos poços de maré. Em resultado deste facto, e atendendo à cota máxima a que foram
base limita-se à sua franja litoral, independentemente de qualquer extrapolação que se possa
Tal padrão distributivo tem repercussões, por exemplo, se quisermos estabelecer uma
piezometria aproximada do nível de base.
Entre os anos de 1961 e 1966, realiz4l-46-se mais oito furos, üsando captar água no
sistema aquífero de base. A máquina então utilizada - sonda de rotação Wirth ED-63 - permitiu
executar perfurações com um diâmetro iniciai de 470 mm (Paradela, 1974ò. Não obstante, a
de atingir maiores profundidades e, desta formq poder trabalhar a maior distância da costa, não
196
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
íd
H.
'íd
llJ
.E
o
'&
g
F
(J
OJ
ÌÉ
6
o
.3
ü
o
.d
o
'&
fi
ã(J
c]
ll]
.d
*
íd
á
;
r/i
.w
tq
t97
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Nos quadros 5.2 e 5.3 estão patantes as características técnicas resumidas dos furos de
captação de agua, que constituem uma base de dados valios4 no contexto da caractenzacão
E possível anda definir uma piezometria aparente, recorrendo aos níveis hidrostáticos
dos furos e dos poços de maré, e à respectiva cota do local de implantação. Salienta-se que este
meio tão heterogéneo, bem como do efeito de outros factores, que serão oporfunamente
elencados.
Mendonça (1992), e relacionadas com a execução destes ensaios, nomeadamente o facto dos
rebaixamentos, registados unicamente niÌs próprias captações, serem muito baixos, e
Atendendo ainda ao facto de que todos os furos da ilha do Pico revelam flutuações do
nível de érguU em virtude da influência das marés oceânicas, a dificuldade de mediç com a
precisão requerida, os rebaixamentos verificados nas captações em ensaio é ainda incrementada.
A execução dos ensaios de bombeamento, por parte das empresas sondadoras, üsa
predominantemente determinar o maior caudal com o aquífero a funcionar em regime
permanente o que, adicionado à dificuldade de definìr no meio vulcânico heterogéneo a
-,
fbrmação aquífera e seus limites, rende muito complexa a interpretação daqueles testes.
198
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Rcf Dcsignação Local Concelho M P Dist. ao Mar Caudal Expl. Aquífero Formação Ano
(m) (m3/h)
F0t BSHI Cais do Pico S. Roque do Pico 384750 4264600 550 Abandonado Base Montauha t952
F02 JKI Stu Luzia S. Roque do Pico 375325 4267000 1750 16 Base Montanha t961
F03 JK2 Stu Luzia S. Roque do Pico 375875 426696s 1875 l6 Base Montanha I 964
F04 ITjl S. Roque do Pico S. Roque do Pico 384900 4263125 1550 Base Montanha I 996
F0s BSHI Mirateca Madalena 3ó8553 4257200 550 50 (a) Base Montanha l95l
F06 BSH2 Cabo Branco Madalena 367413 4265650 I 100 l0 0) Base Montanha I 953
F07 BSH2 São Mateus Madalena 37242s 4255125 410 (a) Base Montanha t957
F08 JKI Cabeço Châo Madalena 3708!10 4286500 t375 l8 Base Montanha t96 I
F09 JK2 Mirateca Madalena 368700 4257050 560 Base Montanha I 961
Fl0 ACI Ladeira Grande Madalena 368788 4261963 2425 *25 (c) Base Montanha t992
Fll tT2 Criação Velha Madalena 36823 8 4263300 2750 36 (d) Base Montanha I 993
Fl2 IT5 Mirateca Madalena 36927s 4257888 1550 Base Montanha l()()()
Fl3 ITír Gingeira Madalena 37157s 4255950 950 Base Montanha 1996
Fl;t tT7 Candelária Madalena 368538 4259050 t475 Base Montanha 1996
Fls JKI Silveira Lajes do Pico 3 88860 4252812 425 36 Base Sist. Fissural I 965
Fr6 JK2 fubeira do Meio Lajes do Pico 390350 4251750 300 40 Base Sist. Fissural I 965
Ft7 JK3 Ribeiras Lajes do Pico 395975 425 1600 325 32 Base Sisl. Fissural I 965
Fl8 JK4 Piedade Laies do Pico 408175 4253 100 t375 28 Base Sist. Fissural t966
Fl9 ITI Silveira Lajes do Pico 385575 4253050 700 Base Sist. Fissural I 993
F20 IT3 Ribeirinha Lajes do Pico 406375 42s4425 1450 Base Sis1, Fissural I 993
Quadro 5,2 - Caracteristicas técnicas dos furos de captação de água do Pico (a - Bombeamento ocasional; b - Até 1995;
c - Bombeamento descontínuo; d - Ern Março de 1996 bombeava 52 m3/h para compensar avaria no F10).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
ReÍ" Cota Profundidarle Ralos Diâmetro NHE NHD Caurlal Caudal Esp. Fonte
(m) (m) (m) í') (m) (m) (l/s) (l/s/m)
F0l -50 44
fl
{
o
T 1 1 ? (a)
F02 120 t3l 7 ? -l18.50 -l18.60 10.4 t04 (lt)
F03 120 128 7 ? -l 17. l0 -l 17. l0 10.4 ? (a)
F0+ 159.,15 165.8 -157.52 a -165.8 lOttz -t59.62 159.87 7.6 30.40 (b)
.t
F05 53 52 ( 6 -47.50 -17.50 4 ( (a)
F06 43 46 ? 9 -12.07 ? o
(a), autor
F07 ,|
45.s 49 ? -45.30 -45.30 2
,ì
(a)
F08 t21 130.4 -125.3 a -130.3 t2' -t22.63 -l 22.80 10.4 61.2 (a), (b)
F09 50 51.87 -30,87 a -50.87 12" -12.5 -12.5 ls.2 t (a)
Fl0 132.02 138.2 -133.2 a -136.2 t2 l3 1.5 -131.94 3.3 7.50 (b)
Fll 1s8.57 t70 -157,2 a 170 l0 -l -58,45 -159.00 5 9.09 (b)
t\) Fl2 t92.2 199.5 -188.2 a 199.5 LOtrz - l9l.9 -191.95 5. _5 ll0 (b)
Fr3 -líl I 150.03 138 a -150 I lyq -1,10.71 -t1t.22 t2.3 24.12 (b)
Fl+ -t79 ? ? ? -t77.1 -t77.t8 l0 t25 (b)
Fl5 109 106.2 -100.6 a -105.8 l0a8 -99.3 -99.3 t0.4 ? (a), (b)
Fl6 -tJ 40.95 -28,95 a -38.95 l3 -26.1 -26.20 16.9 t69 (a)
F-17 t7 25 -14.8 a -21,8 I3 -l 5.10 -ts.2 17.2 t72 (a)
Fl8 t27 l3 L28 -122.8 a -127.28 t2 -t22.00 -t22.10 9.1 9l (a)
Fl9 137.15 l.+3 (*) -137 a -143 l0:,tq -139.68 -t39.70 5 250 (b)
F20 169.8 183 -166.6 a -180 l0 -169.45 -t69.63 l0 55.6 (b)
Quadro 5.3 - Caracteristicas tecnicas dos ftrros de captação de água do Pico (continuação)
(a) Paradela (1980)
(b) Rel. Técnico Enpresa Sondadora (JK - J.Keller; AC - A.Cavaco; IT - InÍeÍec)
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
to
o o
o @ Freq. Abs.
l!=
5
z
lÀ
z.
--{- Freq. Acum.
A relação esperada entre a profundidade e a altitude a que se situam os furos pode ser
comprovada pelos valores estatísticos, bem como pela semelhança entre os padrões de
distribuição de frequências absolutas destas características. Esta similitude resulta do facto dos
furos captarem todos no sistema aquífero de base, pelo que são perfurados obedecendo à
20r
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
mesma estratégia, que visa atingir o nível medio da iryn do mar, doravante designado por
NMAM.
A altitude média dos furos e igual a 108.1 m, com um desvio padrão de 53.1 m, e a
medìana e de 722.5 m que, como pode ser facilmente verificado, são valores semelhantes aos
classe representativa dos furos situados entre os 120 m e os 160 m (45%), observando-se que
apenas L5Yo das captações estão localizadas acima da cota 160 m (Fig. 5.S). O valor máximo é
10 20
8 tb
Uìv lz o
o o @l Freq. Abs.
l!= IL
2.4 gìz --l-- Freq. Acum.
2 4
0 n
0-40 4G 8G. 120- tou-
80 120 160 2@
Altitude (m)
A distância das captações tubulares ao mar é outro atributo relacionado com o anterior
pois, evidentemente, atendendo à morfologia da ilha é de esperar que quanto maior for esta
mais elevada será a cota de boca dos furos e, consequentemente, a profundidade a perfurar para
alcançar o NMAM.
202
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
condicionantes imposta.s pelo relevo da ilha, mais ou menos vigoroso consoante o local.
m e os 1650 m de distância (35%). Cerca de 80% dos furos estão situados a distâncias da liúa
de costa inferiores a 1650 m.
to
o r.çe-F,a Freq. Abs.
Fig. 5.9 - Distribúção de frequências absolutas da distância ao mar dos furos de captação.
A inter-relação entre estas duas variáveis está bem marcada nos gráficos onde se
projecta a profundidade dos furos contra a altitude e a distância ao mar dos mesmos (Fig.
5.10). A explicação para que a relação directamente proporcional entre a profundidade e a
distância ao mar dos furos ser menos clara, reside nas peculiaridades geomorfologicas. Com
203
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
2ú 3000
#$*f**' :20m
(E t,.fu
o iÍí
ã,*
(! fË fi:ì
i!fl
:d rom ljNi
o
4 ry*# tiïi
Si s00
ã,ï ,-f.,P ílrl
o o
1m 100
ProÍundidade do Furo (m) Profundidade do Furo (m)
l..J
è
Fig.S.10 - Relação entre a profundidade e a altitude e distância ao mar dos furos de captação.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
efeito, a maior distância ao mar não implica um aumento linear da altitude do terreno e,
inerentemente, da cota de lroca dos furos.
Os poços de maré estão situados a uma curta distância da liúa de costa e, neste
trabalho, foram identificadas 36 captações deste tipo, cuja localização e características se
indicam seguidamente (Quadros 5.4 e 5.5, Fig. 5.11). Como se pode verificar nos quadros
referidos, são raros os poços de maré que captam a profundidades superiores a 10 m, o que
reflecte as dificuldades construtivas sentidas pelas populações que outrora recorriam amiúde a
estas obras, para zuprir as suas necessidades hídricas.
rede de abastecimento público, pelo que numerosos poços de maré foram abandonados. No
entanto, é usual ao contactar os habitantes mais idosos, obter descrições orais da ut'li"ação
destas captações.
escutadas referências à ocorrência destas nascentes, cuja existência foi alvo de uma curiosa
descrição de Gaspar Fructuoso, em 1583, no capítulo quadragésimo do liwo sexto da sua obra
Saudades de Terral (Fructuoso, lg78).
' (...) Sai neste porto - Santa Cnrz- na freguesia de Sf Bárbara - uma grande ribeira de água doce. de que se úo
s€ryem senão com baira mar. porque com preia lnar se cobre toda de maré e não se descobre a âgaa doce pela
terra dentro. porque cadavez é mais bai-ro o lugr por onde vem pera dentro da mesma tera. e com mare vazia
torna a sair coada com alguma doçura. como pelas costas de cada uma destas ilha saem muitas destas fontes (...),
p. 288.
205
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Qtradro 5.5 - Localização e caraclerização dos poços de maré da ilha do Pico (continuação).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
.[}
|{
íí
Fi
{J
ut
(â
(]
{}'
o
5:.
Q
J Éo
o
'&
ff
ãLJ
E
ü
-É
(It
g"
E
r,rí
ú
Ir.
208
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
nível efectuadas nos poços de maré abrangidos no presente estudo, bem como nos níveis
hidrostáticos das captações tubulares, quando indicados pelas firmas sondadoras. Apenas nos
furos do Cúo Branco (ref F06) e de São Mateus (ref F07) foi possível ao autor medir o nível
piezometrico pois, nas restantes captações, é impraticável fisicamente proceder a tal operação.
Com efeito, existem fortes flutuações do nível de âgua nos poços de maré e nos furos,
resultantes da influência das marés oceânicas, para além do facto de ser impossível realizar as
medidas em todos os pontos de água, num intervalo de tempo curto, devido às distâncias a
percoÍrer. E assim tarefa muito complexa afeú os dados colhidos na rede de observação a um
mesmo momento de preia-mar ou baixa-mar.
No plano das captações tubulares de águao o recurso aos níveis hidrostáticos indicados
nos relatórios de execução dos furos, implica o descoúecimento das condições de maré de
referência.
Por outro lado, a elevação do nível piezométrico acima do NMAM medida nos furos, é
pequenq o que torna vital a determinação exacta da cota de boca do furo, paÍa que haja um
controle ideal do potencial hidráulico nesse ponto. Contudo, nem sempre tal parece ter sido
alcançado pelas firmas sondadoras, como será discutido posteriormente.
captações tubulares é de 9.70 m, no ponto de água com a referência F15, e o valor mínimo
registado é igual a 0.12 m, no ponto de água Fl 1. A distribuição de frequências mostÍa uma
classe modal, com valores de elevação distribuídos entre os 0 m e os 2.0 m, coÍrespondendo a
209
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
cerca de 59% do total de dados (Fig 5 l2). Amédia das observações é igual a2.B2m. com um
desvio padrão de 2.90 nr, sendo a mediana da população igual a 1.90 m.
o q
o o
J
E!ffi Freq. Abs.
u- II
2 z,
-{- Freq. Acum.
Fig. 5.I2 - Distribúção de frequências absolutas da elevação do nivel de água dos furos de captação acima do
NMAM.
Comprova-se, deste modo, que o nível piezometrico está pouco sobrelevado em relação
ao plano de referência do NMAM, o que indicia a existência dum fraco gradiente piezométrico
no sistema aquífero de base.
igual a 0.044 m/I(m, matenalizado pelas captações Fl I e FlZ, o que coÍresponde a um declive
piezométrico muito fraco, compatível com a existência de aquíferos caractertzados por uma
elevada permeabilidade.
2r0
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
10
9
È a
z
=
lg
E 5
o
4
0
ro J
|}.
c,
2
g
lrl 1
0
1000 1500 2000 2500 3000
Dst. ao Mar (m)
parecem ser concordantes com os valores aproximados extraídos da simples observação das
cartas topográficas, pensa-se que os valores dos níveis hidrostáticos indicados nos relatorios da
furação não serão dignos de grande crédito e, eventualmente, esta será a causa do erro
2IL
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
apenas 0.3 m. No terreno, não pÍrece existir neúuma razã;o geologica" como por exempio a
Da observação do gráfico anterior (Fig. 5.i3), podemos ainda concluir que a maioria
dos furos realizados na Montaúa conformam-se a um gradiente piezométrico máximo de 1.72
miKÍrì, cerca de dez vezes menor que o anterior, loi,vlsr'alizado pelos furos F08 e F03.
profundidade teorica a que se encontra a interface na ilha do Pico A partir dos dados deste
trabalho, que pressupõe uma ilha de forma rectangular, edificada por formações vulcânicÍls com
uma penneabilidade de 2000 m/d, podemos inferir que o declive piezometrico considerado é
igual a 0.2 mlKm, valor substancialmente inferior ao declive máximo por nos estabelecido.
A projecção dos pontos correspondentes aos furos realizados nas formações wlcânicas
do Sistema Fissural, no sector E da ilha" apresenta um carácter mais aleatorio, que reflectLá a
Pico e a elevação do nível de água nos furos, de forma a aquilatar, apesar do diminuto número
de pontos de observação, da influência das estruturas tectonicas sobre a circulação das águas
2t2
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Candelária (Ref Fla), relacionar-se decisivamente com a eventual existência destas estruturas
tectónicas.
t
I <lm
I I a5rn
a >5rn
L-.J-t-t-!
0 5]<rn
Fig 5.14 - Relação entre os elinhamentos estrutufitis e a elwaSo do nivel de água dos fiuos acima do NMAM.
de escoadas láücas. Não obstante, em qualquer dos casos, a sua existência foi recoúecida por
2t3
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
ìl I
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Numa anáüse crítica ao mapa referido, observa-se que na região W da ilha, dominada
pela Montaúa do Pico, as isoliúas de profundidade são paraieias à liúa de costa, indiciando
um fluxo subterrâneo radial e centrífugo em relação ao cone do estratowlcão, no sentido do
iitoral.
sectores W (Madalena) e NNW (Bandeiras a Santa Luzta), o que indicia" nestes ultimos casos,
um menor decüve do tecto do aquífero. Para E, ao longo da costa N da ilha ate à üla de São
Roque do Pico, verifica-se uma progressiva diminuição da distância entre as linhas de igual
profundidade.
anteriormente, especialmente no caso das escoadas láücas, quer aos aliúamentos estruturais já
apresentados.
particularmente notad a na zona entre o lugar da Criação Velha e a vila da Madalena" podendo a
explicação para este facto residir na maior permeabilidade das formações atravessadas, no
funcionamento hidrodinâmico das liúas de fractura e, igualmente, da eventual existência de
condições que propiciem um maior volume de fluxo zubterrâneo de montante.
a NW da vila das Lajes do Pico (Fig. 5.15). Nestas áreas, observa-se o paralelismo das
isopiezas com a liúa de costa e, na segunda das zonas citadas, é patente a grande proximidade
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Os valores dos caudais específicos observados nalguns furos da ilha do Pico, indicados
por Paradela (1980a), foram tambem utilizados. Em face de algumas discrepâncias detectadas
entre os caudais específicos registados neste último trabalho, e os dados referentes aos mesmos
pontos de água publicados anteriormente pelo mesmo autor (Paradela, 1974a), optámos por
utilizal os resultados mais recentes, entendendo que os mesmos, reinterpretados, serão fruto de
deste parâmetro foi ponderado, üsto que pode fornecer uma primeira indicação das
propriedades transmissivas do meio aquífero.
111
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Segundo este método, a partiÍ da equação de Thiem, definida para aquiferos confinados
a^A
o\
s^
v
captação, & e o raio da mesma, rp, poder ser considerado suficientemente reduzido se tomado
na forma logarítmica, de forma a não afectar a estimativa da transmissividade AssinU ao
considerar que, em média, arazão R/.p é igual a 2000, o logaritmo terá o valor 3.3.
.,
5
"
5^ -)
2b
b. espessura saturada
.)ra
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
so =B,Q+C.Q'
em detrimento de calculá-los com os resultados finais de ensaios escalonados, para o que seria
ensaios escalonados de que se dispõe não oferecem, na maioria dos casos, condições para uma
interpretação completamente segura. Desta forma, e sempre que tal foi possível, calculou-se o
2t9
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
caudal específico das captações a partk do rebaixamento observado na fase final do patamar de
menor caudal utilizado num ensaio escalonado, quando o regime pode ser já considerado de
e negligenciável.
Theis, formulada para aquíferos confinados em regime transitorio. Não obstante a solução pode
ser utilizada para aquíferos liwes, quando a duração do bombeamento é superior a algumas
horas emborq quando as observações são realizadas na propria captação, o eÍro possa ser
maior (Custodio e Llamas, 1983).
O método de Ogden (1965) implica que seja feita uma estimativa do valor do
coeficiente de armazenamento do aquífero que, mesmo sendo grosseira" não implica um
incremento da margem de erro na determinação da transmissividade.
Q w(u)
T_
4ns
22C
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
RcP Caudal sp Caudal Esp. 2b spc Caudal Esp. T (c/ sp) T'(c/ spc)
ílls) (m) ílls/m) ímì ím) (l/s/m) (m2ld) (m2ld)
F02 r0.4 0.l0 104 123.00 0.10 10962
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
r- .5
J=
4.t.u
e desta forma:
7l.12.s.s
u.W(u) =
Ot
S, coeficiente de armazenamento
Q, caudal de bombeamento
t, tempo de extracção
s, rebaixamento
dados, resta determinar o valor do argumento da função do poço, por mera consulta do gráfico
furo, rp (Quadro 5.8). Comparativamente com os valores calculados pela formula de Logan,
pode ser concluído que> em ambos os casos, as estimativas de transmissividade são bastante
semelhantes.
")
a)'l
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
forte influência das marés sobre o nível de água nos furos, ou a um eventual menos cuidado na
execução das tarefas. Este último, reflecte-se na falta de dados, pois possui-se por vezes apenas
Apenas o ensaio escalonado reaiizado no furo das Bicadas (Ref F10) permite uma
interpretação mais segurq apesar da flutuação do nível hidrodinâmico, reflexo de um trabalho
Em dois exemplos não foi de todo possível interpretar os resultados dos ensaios. Foram
estes os casos dos furos da Gingeira (Ref F13), devido à ertrema variação dos níveis com a
223
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
flutuação das marés, e da Criação Velha (Refl Fl1), onde se observa que a razão s/Q decrescia
132,8
132,6
132,4
132,2
E 132
tt
131,8
14,4 A
131,4
.L
131,2
500 2000
Fig. 5.16 - Variação dos rebaixamentos durante o ensaio de bombeamento escalonado realizado no furo das
Bicadas (Ref FlO).
superiores aos determinados pelas metodologias anteriores. Atendendo à tipologia das soluções
empregues, considera-se que os valofes calculados pelos ensaios escalonados constituem uma
aproximação mais credível, com excepção da obtida para o furo mais recente da Silveira (Ref
224
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
desenvolvimento da captação. Walton (ln Custodio e Llamas, 1983) considera que quando C e
menor que 2.5x10'' d'lmt, para n igual a 2, as captações foram bem construidas. No caso
vertente. tal verifica-se unicamente no furo da Silveira (Ref F19), embora a interpretação deste
ReÍ' B c T Obs.
(m2ld)
F04 1.94E-04 2.85847 5 r50 n:2
F10 t.22E-03 t.10E-06 816 n:2
F12 <0 259847 r2
F14 <0 2.918-07 n:2
Ft9 l.i6E-05 8.03E-08 86207 n:2
F20 <0 5.34F.47 tt=2
No entanto, estes resultados devem ser encarados com as devidas reservas, atendendo a
que, por um lado, em metade dos exemplos considerados, o valor da constante B é absurdo e,
por outro lado, Mogg (1963 ln Custodio e Llamas, 1983) questiona a validade da extrapolação
da qualidade construtiva da captação a pant do parâmetro C. Este autor postula que, em geral,
nos furos em que se bombeiam caudais elevados de furos muito transmissivos o valor de C e
No caso vertente dos furos em que se possuía unicamente o valor da constante C, o que
permitiria avaliar o rebaixamento residual provocado pelas perdas de carga na captação, tentou-
transmissividade aproximada obtida pelo método de Logan, mas os resultados não foram
consistentes, inüabilizandò a consecução do pretendido, e alicerçando o atrás exposto sobre a
225
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Com este objectivo, recorreu-se ao método de Theis (1935), para o que se projectou
graficamente os pares de valores log(t+t')/t'contra o rebaixamento residual (Fig 5.17).
158,6
158,58
158,s6
158,v
158,52
: ,ltrÊ t
'158,€
158,46
158,44
158,42
158,4
___l
(t+t')tt
O resultado obtido na captação Fl1 foi igual a 1882 t*ld, cerca de duas vezes superior
ao calculado pela aproximação de Logan. Neste caso, considerou-se a estimativa mais correcta
com um desvio padrão de 7142 r*ta e uma mediana igual a 9592 m'ld. O valor máximo
determinado é izual a26352 m'ld e o mínimo é 816 m2ld.
226
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A distribuição por classes de frequência mostra um padrão assimetrico, com uma cauda
desenvolvida no sentido dos valóres de transmissividade mais altos (Fig. 5 18) O gráfico
anterior sugere uma distribuição lognormal, com aproximadamente 62Yo dos valores menores
que 1 1280 rnzld.
q !o Freq. Abs.
tr- I:1 j!!'
o o 1r::trrr i
tl L
z Z 62.
Fig. 5.18 - Distribuição de frequências dos valores estimados de Transmissividade na ilha do Pico
Não obstante, a média do primeiro gÍupo de dados referido e igual a 6585 mtld, com
um desvio padrão de 4482 m'ld e mediana de 5800 mtld, enquanto a média no segundo
conjunto e igual a 15617 m2ld. O desvio padrão e a mediana deste segundo grupo de valores
são superiores, sendo iguais a7097 m'ld e 17814 mtld respectivamente.
227
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
classes. uma agrupando os dados menores que a mediana e os restantes na remanescente (Fig.
5 le)
,fr
V
Q.
05
Fig. 5. 19 - RepresentaSo espacial dos valores estirnados de transmissividade na ún do Pico.
Na figura supramencionada, pode ser observada uma maior variação deste parâmetro no
sector W da ilha, individualizando-se áreas onde o deseúo sugere a existência de um
comportamento mais ou menos homogeneo, de maior ou menor transmissividade, consoante as
duas classes consideradas. No deseúo sombrearam-se estas zonas, no intuito de salientar estas
tendências> mas tal não implica que, localmente, não ocoÍram valores de transmissividade
superiores ou inferiores, atendendo à heterogeneidade do meio vulcânico.
228
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
transmissividade contra a espessura captada dos furos do Pico onde foi possível determinar
estes dados e, neste grâfr,co, pode-se validar o exposto (Fig. 5 20)
18
t3
E',z
;E
fi,
CLY
fit
O
ct
tô^
IJ.J
A uma escala mais vasta, a heterogeneidade dos aquíferos wlcânicos também pode ser
aferida. Com este objectivo, compilou-se uma população de 44 valores de transmissividade,
obtidos no arquipelago dos Açores. Evidentemente, integraram-se neste grupo os resultados da
ilha do Pico, apenas não sendo possível apresentar dados das ilhas do grupo ocidental, por
nestas não existirem furos de captação.
projecção discreta dos valores por ilha, quando em número reduzido e> em caso contrário, a sua
229
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
proposto por Tuckey (1977 rre Helsel e Hirsch, 1995). Os limites das caixas são calculados de
forma a, conjuntamente com a median4 diüdirem a população em quatro partes.
dados tem valores acima do limite inferior da caixa e abaixo do limite superior da mesma.
da caixa, prolongam-se até às observações situadas no intervalo entre *1.5 vezes a amplitude
da caixa. Por seu turno, observações situadas no intervalo entre +1.5 e t3.0 vezes a amplitude
da caixa representam-se, por nonna, com um asterisco, enquanto os valores para lâ deste
intervalo são indicados por um círculo.
A simetria dos dados de uma população tambem pode ser verificada por intermedio de
um diagrama deste tipo, atraves das dimensões equilibradas dos eixos, para um lado e outro da
caix4 bem como pela igual distância das extremidades desta à mediana da população.
A distribuição dos dados obtidos no Pico mostra uma ténue assimetria em relação à
em particular. Sahenta-se, tambén! a ocoÍrência nos dados do Pico de 3 valores extremos, dois
230
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
* Fico
r São Jorge
rl r São Miguel
G * ïaiâl
I r Terceira
Í|
u
r Santa Maria
rtr
** * Açores
tlr
*?t ?ï Açores (Aquíferos hasáltitos)
-
arqúpelago dos Açores.
Fig. 5.?l - Gráfico comparativo da transmissividade rnaquíferos do
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Comparando a magnitude geral dos dados, pode ser conciuído que os valores mais
elevados ocoÍTem na ilha Graciosa que, no entanto, apresenta a variação de resultados mais
Os resultados do Pico tambem são bastante elevados, so inferiores aos estimados na ilha
variação muito reduzida" bastando observar a caixa representativa. Mesmo o seu valor extremo
Os resultados das ilhas de São Jorge, São Miguel e Terceira, apesar de em número
reduzido, situam-se geralmente abaixo do limite inferior das caixas representativas das
registados em meios vulcâniços basálticos s./., excluindo-se todos os dados da Terceira e alguns
falta de dados. Existe uma grande semelhança com a distribuição obtida para os Açores, apenas
232
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
se podendo observar um aumento do valor do limite superior da caix4 indiciador de uma maior
assimetria.
Esta similitude, pode resultar unicamente do facto da maioria dos dados que se possuem
idade das formações vulcânicas, factor secundário de grande importância quando se considera
a
hidrogeologia de regiões wlcânicas.
Esta abordagem e importante na ilha do Pico em virtude da maior parte dos pontos de
água se situarem na zona litoral, bem como pelo facto da generalidade dos furos de produção
z))
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
O estgdo do efeito de maré, na medida em que este fenómeno afecta um maior volume
de aquífero que o interessado por outras técnicas, permite atenuaÍ as heterogeneidades dos
aquíferos (Almeida, 1985, Silva, 1988). Desta forma, o sinal de impulso das marés permite uma
resposta a gma variação harmonica do nível do mar foi Boussinesq (1877, in Silv4 1984), que
desenvolveu a representação matemática deste fenómeno com base numa analogia com a
condução de calor e a difusão hidráulica. No entanto, este investigador não sugeriu qualquer
aplicação prática.
do meio, tendo Almeida e Silva (1983), Almeida (i985) e Silva (1983) estendido esta
atrás
investigação a outras unidades hidrogeologicas aplicando, para o mesmo efeito, o modelo
citado.
a- I
/)+
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Silva (1984) estudou o efeito de maré no aquífero poroso de Vila Reai de Santo
costeiro de Saint-Gilles, coberto poÍ depositos detríticos junto à linha de cost4 que bordeja do
lado insular uma lagoa recifal, definindo assim um enquadramento geologico complexo.
Analisando os valores estimados de difusividade hidráulica, loin et a/. (1988) distinguiram
Werner e Noren, 1951, Gregg, 1966 in Todd, 1980, De Cazenove,797I ln Silvq 1984, Van
Der Kamp,7973 m Almeida, 1985).
|
^)
o-n Sôh
+=
cx- Ta.
abaixo indicadas.
235
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
h: 0, para x : cc
-Y
h = ho. e-^ . sen(t - X)
X
em que:
xo
T. t"
v
^^" - n.S
2.x.t
to
h*, a uma da distância x da costa, condição em que o membro ,"n(t.t -..JtS / TtJ é igual a
-x../n/ t"D
n_ = I1o. e (2)
L)O
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Reorganizando (2) em ordem à difusividade podemos obter a equação que nos permtte
)
x- .Tc
D_ (3)
to.1n2.(trl trr)
doravante designaremos por atraso, pode ser obtido resolvendo o termo entre paÍêntesis na
LL -
^'
to I 4nD (4)
A partir de (a) podemos então obter a formula que expressa a difusividade hidráulica a
parth do atraso:
x'.to
D_ *+2
(5)
T./l.LL
^
Estas expressões derivadas para aquíferos confinados (Fig. 5.22), são válidas para
estudar o efeito de mare em aquíferos liwes (Fig. 5.22), na condição das flutuações do nível
freático serem pequenas quando comparadas com a espessura saturada (Todd, 1980, Erskine,
1991 in Fetter- 1994)
Turner et al. (1996) consideram que a condição de Boussinesq não descreve idealmente
alguns aspectos que poderão influenciar o efeito de mare nalguns sistemas aquíferos, podendo
237
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
nÍvel freático poder estar substancialmente acima do nível medio dos oceanos, o que se deve a
variações assimétricas de nível, e, poÍ fifl\ o facto das flutuações cíclicas nos aquíferos
tenderem a atenuar-se com o tempo.
Amplitude de sraÉ.2ho
SupcrÍIcie freíüca
-I )i.]L\-\L
-{moütode de iÌuaEcio, 2h
OCEA-,.\O
AQUTFERO LrVRE
Fig. 5 .22 - Representação esquernáüca do fenómeno do efeito de maré (modiftcado de Tod{ l9S0).
Desta forma, Turner et al. (1996) põem em causa uma das assumpções básicas do
desenvolvimento da equação de Bousinesq, que admitia que a aitura de água no limite entre o
domínio subaéreo terrestre e o oceano fosse matenalizado pelo nível medio do mar. Para estes
autores, a sobrelevação do nível de água no aquifero resulta da transmissividade efectiva ser
superioÍ em águas altas, o que impiicaria que a subida do nível fosse mais râpida
comparativamente com o esvatiamento em águas baixas.
t38
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Nielsen (1990 ln Turner et al., 1996) exprimem esta sobrelevação pela equação indicada
em seguida:
r h-
'^O
lt-
"' 4b
-
b, espessura do aquífero
A anáüse da formulação indicada acima permite concluir que h- será tanto mais elevado
quanto maior for a ampütude da maré oceânic4 relativamente à espessura do aquífero, o que
maré são menores que a espessura do aquífero. Desta forma, não se investiu, pelo menos de
O efeito das ondas também não foi trabalhado, devido a não existir informação
disponível.
directos das marés oceânicas, houve necessidade de recorrer a dados constantes nas tabelas de
mare publicadas pelo Instituto Hidrográfico, simplificação que pode afectar de eÍro a aferição
pico obrigou a utilizar os dados obtidos no aparelho a funcionÍÌr no porto da Horta, na vizinha
ilha do Faial, o que poderá, igualmente, induzir o acréscimo da margem de erro referido.
239
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Outra contrariedade com que se deparou na análise do efeito de maré, reiaciona-se com
I A importância desta constante reside no facto da resposta verifcada nos furos e poços,
peranteo estímulo da oscilação piezométrica no aquífero, apresentar uma eficiência variável,
consoante as características intrínsecas dos pontos de água onde se observa o fenómeno do
efeito de maré. Assinr. e necessário corrigir as osciiações de nívei observadas nos poços e furos,
visando obter a oscilação no aquífero.
h* =A*.*t(t.t+d*)
hr=Ar'*{t't+dr)
1líì
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
diâmetro também não pode ser considerado muito eievado, assume-se que o valor de T," é
Para além do modelo exposto, investigou-se ainda, no presente estudo, a solução para
ô2h+ -----:-
h'-h Sôh
(6)
=
-Ax )\" Tôt
emque: P-llP'=x3 lt
Da mesma forma que paÍa obter (2), a amplitude da flutuação no aquífero a uma
distância x da costa é dada por:
111
L+7
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A resolução das equações (7) e (8), de maneira similar à efectuada sobre as expressões
(1) e (2), conduz respectivamente às formulas indicadas em seguida (Almeida, 1985):
)
D X- .TC
)
(e)
P to.ln2.(tr I tr,)
D p,
' = ++
4.n.ti
(to)
confinado:
.,
X-
D_ (1 1)
2 tL.lln(h/ h.)l
5.2.1.4.2. Aplicações
amplitude de oscilação dos níveis aquíferos e a amplitude das marés oceânicas em três furos do
1 t')
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
form4 nos poços de mare este efeito é notorio, variando os níveis periodicamente consoante a
flutuação da maré oceânica, e, por vezes, inclusivamente estes pontos de água ficam a seco
locais, por reinterpretação das amplitudes das marés oceânicas e das oscilações
correspondentes do nível de água nalguns furos indicadas por Paradela (1974a e 1980a), bem
estabilização do nível na fase final dos escalões considerados, a influência da maré era notoria,
traduzida pela propagação das ondas sinusoidais correspondentes, obtendo desta forma a
213
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
exemplo nas iihas Canárias (Custodio, 1978), onde o efeito de maré se verifica até 4 a 5 Km de
A caracterização dos ensaios de maré realizados está patente na tabela seguinte (Quadro
5.10), enquanto alocalização dos pontos de água estudados com esta metodologia pode ser
observada no mapa junto (Fig. 5.23). Os resultados das observações efectuadas encontram-se
aplicável ao caso de aquíferos costeiros con-finados, bem como a aquíferos livres na condição
indicada por Todd (1980), determinaram-se as difusiüdades hidráulicas a partir das arnplitudes
de variação e do atraso.
Esta última aproximação foi reaJizada independentemente do facto de, nalguns pontos
de água" a espessura saturada acima da interface ser reduzida, o que impossibilitaria a solução
da equação de Boussinesq (De Cazenove, 1971 in Siiva, 1984). No entanto, como estamos face
negiigenciável.
uma salinidade extremamente reduzida quando comparada com a generalidade dos furos.
all
Lal
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Quadro 5- l0 - CamcteÍísticas dos ensaios de mãÍé efectuados nâ ilha do Pico (a - Reint€lpÌEtação de dados de turadela ( 1974a, I 980a); b - ReintcrpÍetaçâo de
dâdos conlidos em ÌelatóÌio ú
emDrcsa sondadom).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
r{J
Li
ía
g
€(L)
u
'ã
6
fi
a
E
E
cl
IíQ
ã(J
o
Ëlu
([
q
GI
2
I
f-l
í\I
\ai
ú
Ít
246
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Qua&o 5.ll - Resultados do ciílculo da difr$ividade hidnlutica usando o modelo de aquifero confinado.
Desta formg optou-se por calcular os valores estatísticos da difusividade hidráulica não
considerando o resultado obtido no ensaio de maré com a referência 8M22, que aliás
217
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
que o valor médio eo desvio padrão são ligeiramente mais elevados, sendo iguais,
respectivamente, a 7189.55 mtlmin e 8388.35 mtlrrun, enquanto a mediana e inferior (2585.64
mtlmin;.
Basta atentar no valor da mediana, paÍa concluir que os valores estatísticos que
caracterizam a difusividade hidráulica sugerem uma distribuição assimétrica dos resultados.
Esta assimetria e evidenciada pelo grítfrco da distribuição de frequências absolutas das classes
de difusividade consideradas (Fig. 5.24). Neste gráfico observa-se o carâctet unimodal da
Fig. 5.24 - Distribúção de frequências absolutas dos valores estimados de difusMdade hidráulica.
248
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Ensaios de maré levados a cabo noutras ilhas vulcânicas permitiram determinar valores
de difusividade geralmente mais baixos que os verificados na ilha do Pico Custodio (1978)
refere determinações efectuadas em basaltos modernos da ilha Tenerife (arquipelago das
Canárias, Espanha) que variam entre 0.90 a34.72 mtlmirq com um valor medio de 6.94 mtlmiry
substancialmente inferior ao por nos calculado nos aquíferos basálticos do Pico. Ioin et al.
(1988) indicam paÍaa ilha da Reunião (França) as difusividades inferidas com a realização de
ensaios de mare em dois furos perfi"rrados nas formações wlcânicas, respectivamente iguais a
Pode-se constatar, aliás, que apenas alguns valores calculados no Pico se enquadram na
gama indicada no citado exemplo da ilha Tenerife. Correspondem a poços de maré escavados
Silveira 2 (Ref EMls), do Guindaste (Ref EMl i) e do Porto Cachorro (Ref EM17).
Parece existir uma relação linear positiva entre a semi-amplitude de oscilação do nível
coeficiente de correlação linear tem um valor mediano, sendo igual a 0.56, e a recta de
a to
Lt7
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
2s0
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
I 00000
è*r; À
1 0000
c
E
ôl 1 000 E t tt{"ré-l l
g
o
100
10
Fig. 5.26 - Relação entÍe a difusividade hidráulica e a distância dos pontos de observação ao mar.
Importa ainda salientar que nos ensaios 8M03, EM06, EMll, EM15 e EMIT os
resultados calculados pelas duas formulas são semelhantes, o que permite concluir pela validade
da aproximação utilizada, pelo menos nestes casos específicos. Verifica-se que todos
correspondem a locais onde as difusividades são baixas, correspondendo, na maioria dos casos,
era possível ter ambos os dados num mesmo ponto de âgua. Tal foi possível em apenas seis
pontos de âgua, e os resultados obtidos estão patentes no Quadro 5.12. Os valores
25t
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
das Ribeiras (Ref F17), que aponta paÍa um armazenamento similar ao de um aquífero livre.
A validade destes resultados não pode ser testada contra outras determinações, feitas no
Pico ou noutras ilhas do arquipélago, por não constarem da escassa literatura existente sobre a
hidrogeologia dos Açores.
limitam a interpretação dos mesmos, importa salientar que, após um curto espaço de tempo
posterior ao início do bombeamento, o nível rebaixado tende a estabilizar. Atinge-se, deste
modo, um estado de equiiíbrio ou quasi-equilíbrio.
O eventual efeito de semi-confinamento poderá estar dissimulado pela má qualidade geral dos
dados, ou no caso do furo das Bicadas (Ref FlO) pela curta duração dos escalões, não
252
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
evidenciando a drenância, pelo que parece não ser de excluir desde já esta hipotese, carecendo
, d. meios fissurados, em que os coeficientes de aÍmazenamento dos blocos e das fracturas são
muito baixos. Como exemplo, referem-se os resultados determinados em aquíferos fissurados
de rochas granitoides da região do Miúo, em que o arÍn.ìzenamento das fracturas e dos blocos
100000
10000
F 1000
È
N
Ê
ã 1oo
10
Fig. 5.27 - Relação entre a difusMdade hidráulica calculada com o modelo de aquífero semiconfinado e a
253
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Ref D p
(mzlmin)
EMOI 12873.15 0.812
EMO2 9999.82 0.647
EMO3 rt.75 L083
EìvíO-t 365.57 0.-199
Quadro 5.13 - Resultados do c:ilculo da difusividade hidníulica usando o modelo de aquífero semicon-finado.
a2284.69 m'lmiry com um desüo padrão de 3767 .46 mtlmin, e a mediana da população é igual
a ^-- -- m7Írun.
Jo).)) ),
Estes resultados são substancialmente mais baixos que os obtidos para o primeiro
modelo utilizado, o que é atestado pelos dados estatísticos apresentados para ambos os casos.
Será de supor, se fosse possível estimar neste caso os coeficientes de armazenamento
correspondentes, que os valores deste parâmetro hidrodinâmico fundamental seriam mais
elevado s, esp ecuiativamente co nsentâneo s com aquífero s livres.
aa t
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
6. HTDROGEOQUÍIIIrCA
fisica e química das águas subterrâneas desta ilha baseou-se, unicamente, na recolha e
posterior análise de amostras representativas de 38 locais, nomeadamente de nascentes,
furos e poços de maré. Realizou-se ainda a coiheita de amostras representativas do
quimismo da água das lagoas do Capitão, Caiado e Paúl para efeitos comparativos.
poços de maré e de furos é substancialmente superior ao das nascentes, pelo que se optou
por não discriminar os resultados relativos aos sistemas aquíferos de base e de altitude.
nascentes.
2_i_5
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
o COz Livre, analisado no proprio dia da amostragem por titulação com NaOH até
atingir pH igual a 8.30.
análises de catiões e aniões por absorção atomica e cromato grafra ionica respectivamente,
256
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
mas aferindo os seus resultados por comparação com os obtidos por outros métodos- como
as titulações referidas.
traço por espectrometria de massa com fonte ionica de plasma (ICP/I\4S, Inductìvel1,
Coupled Plasma Mass Sptectrometry). Conndo, todos os resultados dos elementos maiores
uma de 250 ml filtrada a0.45 pm e acidificada com 2 ml de ácido nítrico pro-análise para
determinações por absorção atomica e, poÍ firn, 100 rnl filtrados a 0.45 pm para análises por
cromatografia ionica. As amostras submetidas a análise por ICP-MS foram acidificadas com
no caso dos utilizados nas recolhas para absorção atomica e ICP-MS houve necessidade de
lavar os vasilhames com água e ácido nítrico pro-análise e ultrapuro, respectivamente,
durante um dia.
pelos iões, pares de iões e complexos constituintes das espécies em soiução na água
(frlordstrom e lvlunoz, 1986 in Can'aiho, 1989) e é um passo imprescindível à
caracterização do equilíbno água-rocha. Com efeito, para este estudo concorrem os índices
257
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
6 .2 .I .1 . Temperatura
da E.M. do Aeroporto, afectada pela taxa de variação com a altitude indicada por
Bettencourt (1979), verifica-se, igualmente, que correspondem a exsurgências de á-quas
frias.
2_i8
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
20
18
%
ça
to
14
t., #
12)
(,
F
10 F;'-16l
I ]
a set-96
o
4
a
^
0,00 5000,00 10000,00 15000,00
Cond. (MS/cm)
utilização deste atributo como marcador da circulação das águas subterrâneas. Contudo, é
de esperar que a variabilidade seja maior nas nascentes de altitude, pois correspondem as
águas com tempo de residência mais curto. As amostras colhidas nos pontos de âguajunto
ao litoral, na sua maioria poços de maré, tem a sua temperatura controlada pela proporção
259
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
P. Físico Anrostragcm N" Amost. V.Médio D.Padrão Máx. Min. Medinnr C.V.rriação
(%l
Out-199,1 l5 17.20 2.00 22.00 13.70 16.70 I 1.80
Quadro 6.1. - Valores extrenÌos e algumas estalislicas dos parâmetros fisicos das águas subterrâneas da ilha do Pico.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
valor de 35oc. Esta temperatura foi medida por Lepiene (1931 in Zbyszewsky et al., 1962)
e retomada por Machado (1953) como testemuúo da ocorrência de um elevado eradiente
temperaturas são evidentemente mais elevadas, mas não ultrapassam os 17.3 oc (Agosto de
1995), pelo que se considera que a temperatura indicada originalmente por Lepierre
corresponde a um valor erróneo.
6.2.1.2. Condutividade
várias amostragens efectuadas estão patentes no Quadro 6.1. Numa primeira observação
261
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
uma cauda no sentido das maiores mineralizações e apenas l8.4yo das amostras possuem
40
35
?n
25 o
a!
tt, f F'eq-Ab"]
20 o
l3
c r-If1n:tl]
z.
10
0- 1710-3420-5130-6840-8550-
1710 3420 5130 6840 85s0 1026
0
Cond. (M Slcm)
_l
Fig. 6.2 - Distribuição dos valores de condutMdade (amostragem de Setembro de 1996).
nascentes e furos. Não obstante, julga-se que as três últimas amostragens efectuadas
262
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
6.2.l.3.Residuo Seco
deste parâmetro, o que é comprovado pelos coeficiente de variação entre 80.88yo e 97.440Á.
Neste caso a hipotese nula que pressupõe que a distribuição de frequências relativas
acumuladas do logaritmo do resíduo seco segue uma distribuição teorica acumulada normal
263
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
to 40
14 35
4') 30
IA
í\, 10 25 o
(! lr:-:::r Freo'l Abs. I
q o
o
c
I zu o
È ì-+= Freq. Acum..1
6 t3 z.
z,
4 10
a 5
0
0-225225- 450- 675- 900- 1125-
450 675 900 1í25 1350
RS. (mg/l)
Fig. 6.3 - Distribúção dos valores de resíduo seco (amostragem de Setembro de 1996)
Baía do Canto (Ref Pix36) e da Ponta do Calhau (Ref Pix37) que podem ser designadas de
salobras ao apresentarem resíduos secos superiores a 1000 mgll mas inferiores a 10000
mgll. Importa salientar, contudo, que os resíduos relativos a estas duas últimas amostras,
1047 mgll e 1313 mg/l respectivamente, estão bastante proximas do valor limite entre a
264
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
1400
12f,0
1000
È, 800
tr
600
"t
É,
400
zt)
n
2m0 4000 6000 8000
Cond. (Us/cm)
Fig. 6.4 - Relação entre as variáveis que tradrzem a mineralização das águas (amostragem de Setembro de
i996).
6.2.2.1 pH
A actividade do hidrogenião F{- na água pode ser aferida pelo parâmetro pH, que
265
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
coeficientes de variação são bastante baixos, entre'7.30Yo e 7 .58oÁ, o que demonstra que os
amostragens entre 7.20 e 7 44. As amostras dos pontos de água na nascente da Silveira
(Ref Pix12), do furo das Ribeiras (Ref Pixl5), do furo JK1 de Santa Luzia (Ref Pix17) e
do poço de maré Silveira 2 (Ref Pixa0) são as únicas amostras que apresentam resultados
inferiores à neutralidade embor4 geralmente, possuam pH superior a 6. Em qualquer dos
casos agama de pH observada nas águas subterrâneas da ilha do Pico ajusta-se aos valores
Mincrais (sais de
.{ciCos crrbónico
úcidos fr:rcos e bases
e or:linicos ífracos)
fones)
.9 ícitios
fortes
<c,)
li
Fig. 6.5 - Representação esquemática da distribúção dos valores de pH nos sistemas nahrais e respectivos
mecanismos de controle.
Fig. 6 6). A maioria das águas possuem pH menor que 7.70 (9L89%).
zoo
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
P. Químico Amostragcm N" Amost. V.Médio D.Padrão Máx. Min. Medianir C.Varinção
(%')
f.J
Alcalinidade Set-1995 l9 t60.92 90.71 361 .50 40.50 l_56.00 56.37
--J
(ndl) Mar-1996 3l 122.07 94.08 374.25 23.50 89.50 77.07
Set-1996 38 137.29 t02.48 388.50 26.50 105.38 71.65
Quadro 6.2 - Valores extremos e algumas estatisÍicas dos parâmetros químicos das águas subterrâneas da ilha do pico.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
1^
40
4Á
12 30
Q ,l t\
G' 25 a
a!
q
o o Freq Abs.
õ 20 o
È
]F:-: Freq. Acum.
I
6
l--3- l
z. t3 z.
10
z 5
6.2.2 2. Alcalinidade
268
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
(Langmuir, 1997). Assim, e na generalidade das águas potáveis, este parâmetro químico
resulta da acção primordial do ião bicarbonato e, em menor escala, do ião carbonato.
5
CL
.+
n
-4 -3 -1
Log PCO2
Fig. 6.7 - Relação entre a PCOz e o pH das águas (amostragem de Setembro de 1996).
amostras efectuadas estão patentes no Quadro 6.2. Os resultados médios das amostragens
são proximos, variando entre 120.80 mü e 760.92 mglI, enquanto os desvios padrões
correspondentes se distribuem entre 76.6 mg/l e 102.48 mgll, o que indicia uma grande
269
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
proporcionalmente nas restantes recolhas a influência das águas mais mineralizadas é muito
importante. Atendendo ainda a este facto e muito dificil estúelecer diferenças sazonais para
este parâmetro.
última amostragem e unimodal e assimétrica, com uma cauda no sentido dos valores mais
elevados deste parâmetro (Fig. 6.8). A classe modal corresponde a águas com alcalinidades
21Yo das águas analisadas têm alcalinidades superiores a 195 mgll, e o valor máximo
determinado e igual a 388.5 mg/l no ponto de água com a Ref Pix44.
40
1À
12 30
o 10 o
23 G
cl
o
o x 20 0
o |r::Freqib' I
È rLl Iryl"*]
z, 6 z,
4 10
2 5
0 0
0-65 65 130- 195- zffi- 325-
130 19s 2@ 3ZJ JYU
I
Alc. (mg/l)
L
Fig. 6.8 - Distribuição dos valores de alcalinidade (amostragem de Setembro de 1996).
cr:0.05 (D:0.1297), tal como é indiciado pelo padrão gráfico assimétrico referido.
270
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
consumir sabões ou produzir incrustações, sendo equivalente à soma dos iões cálcio e
magnésio.
efectuada o número de amostras ser maior, e particuiarmente no que concerne a pontos com
águas muito mineralizadas? o que provocou a subida da media e da mediana de 456.13 mgll
80.4AYo, o que denota uma grande dispersão dos resultados analíticos. Tal facto tambem e
comprovado pelos valores do desvio padrão e pelo grande diferencial entre os resuitados
mâtmos e mínimos de cada amostragem.
O ajuste dos valores de dureza total a uma lei de distribuição lognormal é atestada
pelo teste de Kolgomorov-Smirnov aplicado a um nível de significância de cr:0.05
(D:0 1911).
271
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
40
14
12 30
o 25o
o 10
L_
o
o I ü lr:- Freq. Abs.
20 9,'
--
È
È
<(_ --t-Freq.
Acum. ,
z.
4 tv
2 5
D.T. (ms/l)
Fig. 6.9 - Distribúção dos valores de dureza total (amostragem de Setembro de 1996)
Os resultados dos cálculos estatísticos referentes aos teores dos catiões maiores
determinados nas várias amostragens estão indicados no Quadro 6 3 Na mesma tabela estão
igualmente discriminados os valores máximos e mínimos analisados em cada recolha.
272
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Qrradro 6.3 - Valores extremos e alguntas estatísticas dos caliões nraiores presentes nas águas srúterrâneas da ilha do pico.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
12cfo 1 2000
10000 10000
o 8000 8000
o
D
u,
6mo D 60m
tt
4000 4000
() o
2000 2000
o o
1000 2000
Na (mg/l)
NJ
1 2000 120m
!
5
1m00 1m00
o 8000 8@0
IJ
at, an
:) 6000 D 6000
tt
o 4000 4000
o o :.: ,1.::r:
2000 2000
riÌr.:.,lrf'
:i:..,:
o o
ô 100 zffi 300
Mg (ms/l)
Fig. 6 10 - Relâçâo elltre as concentmções em catiões maior€s e a miÍreÍalizaçâo das águas repÌesentâda pela condutividâde (amostragem de SetenúÌo de 1996)
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
1996 mostra um padrão assimétrico, com a cauda desenvolvida no sentido dos valores mais
elevados, em que a classe modal corresponde a teores de sodio entre 7.0 e 612.5 mgn (Fig
6 11-A). Apenas 10.53"/o das amostras apresentam concentrações desta espécie superiores a
Os teores mais elevados de sodio ocolrem nas amostras recolhidas nos pontos de
duma circulação curta em terrenos muito permeáveis, resultando o sodio quer da interacção
água-rocha, queÍ do acarreio de sais mariúos pela água da chuva. A segunda condicionante
deriva da contaminação por sais de origem mariúa muito acentuada na maioria dos pontos
de água litorais, que resulta da mistura com a água do mar e corresponde ao principal
processo responsável pelos teores de sodio em solução'
O incremento dos teores de sodio em resultado da mistura com água do mar pode
ser comprovado pela relação linear eústente entre este catião e o cloreto, O coeficiente de
correlação entre ambas as espécies é muito elevado (r:0.998), o que traduz o exposto.
275
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
4 to 4
1tr, 35 14 35
t,"
I r'> 308 Q 4a
(t tL 30p
o 25 E, !rn
9s onO
ti'"
pe -"t
onô
15& 1s5
z tsz z4 102
3
5 z 5
o o
612,5- 1218- 1823,5- 0-23,5 23,5-47 47-70,5 70,5-94 94-117,5 117,5_
1218 1893,5 2429 141
Na (mg/l) K (mg/l)
c
t- D
Ì.J
-ì 16 4
14 1À
to 4
35 35
np 30* o
(g 1.)
Ërn 30p
ãro -"o
'a
u, tv lq .!
Pa 20L 9e -"t
onO
€6 1s€ €6 155
24 tvz z4 ., tuz
2 5 5
o o 0
431,5 31,5-59 59-86,5 86,5-114 11^
1,0- 68- 135- 202- 2@- 336-
141.5 68 135 202 2@ 336 Q3
Mg (mg/l)
Fig' 6. I I - Distribuição da concentração dos catiões principais nas águas subterrâneas do Pico (amostragem de Setelúro de 1996).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
dissolução dos minerais silicatados presentes nas rochas. Neste contexto importa referir que
dos minerais presentes à meteorização embora. contudo, seja possível estabelecer uma
ordem relativa: Ca>Na>Mg>Si>N>K>FÈTi (lVhite e Hochella, 1992).
Arnórsson (1993) e Gslason et al. (1993). Algumas das conclusões mais importantes destes
estudos prendem-se com o facto da taxa de dissolução da rocha obedecer a uma lei linear e
mineralização das águas varia entre 16.20% e 39.230Á do total de catiões analisados na
última amostragem efectuada.
271
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
117.34 mg/I, e em apenas f3.16% das amostras recolhidas foram determinados valores
superiores a 202 mg/\.
mgll, e o mínimo é observado no ponto Pix20 (nascente de St. Amaro E), com um teor de
magnésio igual a 2.97 mg/|.
8l.960Á. Da mesma forma que paÍa o sodio e os restantes catiões maiores verifica-se que os
coeficientes relativos à colheita de Setembro de 1995 são menores que os restantes. Tal
facto resulta dum conjunto de amostras com características mais homogéneas? por não se
linear bem vincada entre estas espécies comprova que o processo hidroquímico de origem e
comum, o que se reflecte no elevado coeficiente de correlação entre ambas (r:0.986), que
corresponde essencialmente à salinização das águas por contaminação a partir de sais
mariúos.
A influência da contaminação por sais de origem mariúa pode ser comprovada pelo
facto dos pontos referentes à projecção dos teores de sodio e magnésio se ajustarem à recta
da mistura entre a água do mar e as águas das nascentes de altitude (Fig. 6 l2).Em todas
278
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
representativos das amostras caem no campo abaixo da recta de igualdade entre ambos os
1n
100
cr
o^^
È""
o,
= 40
,,.=lÈ,;ttt
Ë:;'
0r
100
Na (meq/l)
Fig. 6.12 - Relação entre as concentrações em sódio e magnésio (amostragem de Setembro de 1996).
A eventual origem do magnesio por dissolução dos minerais silicatados das rochas
será o segundo processo hidroquímico que coloca este elemento em solução. Contudo, os
seus efeitos são dificilmente ponderados em virtude dos elevados teores de magnesio
resultantes da mistura com a água do mar, pelo que apenas nos pontos de âguade altitude o
teor desta espécie resultará da interacção água-rocha, do acarreio de sais mariúos pela
chuva e de eventuais efeitos de trocas ionicas.
(Fig. 6.11-C). As classes modais correspondem a valores entre 4 e 59 mgll, e agregam cerca
279
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
de 78 95% do total das amostras analisadas na refenda recolha. inciuindo desta forma a
realizad4 verifica-se que o teor mínimo ocoÍre no ponto de água PiúO (nascente de St.
Amaro E), com 4.84 mg/, e o valor máximo ocoÍre no ponto com a referência Pix 37 (P M.
Ponta do Calhau), com 168.29 mg/\.
anteriormente explanados, ocorrendo os maiores teores junto ao litoral. Nos pontos de água
contaminação por sais de origem mariú4 fenomeno comprovado pela projecção gráfica
sobre a recta de mistura com a água do mar. Relativamente à recta de igualdade entre ambas
as espécies verifica-se que todos os pontos representativos das amostras caem no campo em
280
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
30
za
20
tt
o '15
.E
()
10
0
400 500
Fig. 6.13 - Relação enlre as concentrações em sódio e cálcio (amostragem de Setembro de 1996).
35,00
30,00
25,00
CT
20,00
o
E t,;,;
'i1,1
Et 15,00 .',,::ï :l
-.':!'jìÌ
=
10,00 #'*'it
ËÌ
5,00 *:-{":Ì-.i :q
:i*t-
0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Ca (meq/l)
Fig. 6.14 - Relação entre âs concentrações em cálcio e magnésio (amostragem de Setembro de 1996).
silicatados pode ser aquilatada pela projecção das concentrações desta espécie em função do
2E1
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
recta de mistura com água do mar. Um segundo grupo de amostras caracte riza-se por
teores de bicarbonato mais elevados e pelo concomitante aumento dos teores de cálcio o
que reflecte uma origem comum a estas espécies resultante da hidrolise (Fig. 6 l5).
500
Àç
400
350
Èr rw
vÈ aË^
o
() 200
150
100
50
0
2@ 300 400
Ca (mg/l)
Fig. 6.15 - Relação entre o teor em cálcio e bicarbonato (amostragem de Setembro de 1996).
outro lado, o segundo grupo compreende águas que reflectem diversos graus de interacção
água-rocha, ou seja maior ou menor dissolução de minerais. Ao resultados deste último
fenómeno devem adicionar-se, nalguns casos, os efeitos relativos à contaminação por sais
elevados de bicarbonato podem ser explicados com base nos efeitos cumulativos da
dissolução de minerais silicatados e da mistura com água do mar, embora seja de excluir
282
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
este último processo nas águas das nascentes de altitudp e no furo de captação da Siiveira
(Ref Pixl3)
500
450
1,,,
400 i- "t'
i., '''t
=Et ?rn 1
tr I
at 250
o
(J '"
2ffi
150 f''t't',,,
100 !, ,v:
i,:
I =ri.: ,j,
50 '':1 ':1
0
4000 6000 8000 10000 12000
Na (mgll)
Fig. 6.16 - Relação entre o teor em sódio e bicarbonato (amostragem de Setembro de 1996).
5(IJ
450
i:
4@
350 :Ï
=CD
JIAJ
E
(ì 250
o
o * i::A nìì
ztN l-Ì,
,lii
150 ?:,
100 ë
50
,#Ë ;s
Mg (mg/l)
Fig. 6.17 - Relação entre o teor em magnésio e bicarbonato (amostragem de Setembro de 1996).
283
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
1996, a contribuição deste elemento paÍa a composição cationica variava entre 1.7lyo e
6 22ya.
O teor mínimo foi observado na nascente de St. Amaro E (Ref PiúO), com cerca de
1.71 mgll, e a concentração mais elevada, igual a 140.54 mg/I, no ponto de água pix37
(P.M Ponta do Calhau).
mariúos, em resultado da mistura com água do mar. A demonstrar esta explicação podem
ser invocados o elevado coeficiente de correlação com o sódio (r:0.996), e o facto da
projecção dos valores relativos a estas espécies caírem sobre a recta de mistura com a áqua
28+
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
10
ct
o6
c
Y4
t
1
Fig. 6.18 - Relação entre as concentrações em sódio e poüissio (amostragem de Setembro de 1996).
39.39 múl
ITB: rCl-r(Na+K)
rCl
de uma análise incidindo sobre o valor absoluto deste índice (Perez e Evangelista, 1988).
285
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
à sua correcção, especialmente dos vaiores muito negativos, pela expressão seguinte
(Custodio e Llamas, 1983):
rCl-r(Na+K)
ITB =
r(SO* + HCO. + NO. )
empreende a sua coÍTecção se necessário, recaiculando o valor pela equação atrás indicada.
nos pontos de água com as referências Pix13, 22, 39, 40 e 4l relativamente à ultima
amostragem.
teores dos catiões dependem não só deste processo, como da maior ou menor extensão das
Nos restantes pontos de água os ITB são positivos, o que sugere a ocorrência de um
fenomeno de troca ionica inverso ao anterior. Neste casos Na+K em solução seriam
trocados por Ca+Ìvlg, o que é particularmente notório, atendendo ao valor do índice de
troca, nos pontos com a referência Pix7,2, 14, 15, 76, 26,28,29,30,32,36,37,38 e 48.
mistura com a água do maÍ, a que acrescem, em alguns casos, os derivados da hidrolise de
minerais silicatados.
286
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Não obstante, é importante salientar que o mecanismo de troca ionica e limitado pela
rápida circulação das águas subterrâneas, expressa na elevada transmissividade que
caractenza a generalidade dos aquíferos basálticos. A rápida formação do estratovulcão
do
Pico terá ainda inviabilizado a formação de grandes espessuras de paleosolos, o que limita
a
capacidade de troca do terreno.
Esta última pode ser aferida pelo cálculo das fracções equivalentes de cada catião
nos solos, efectuada a partir da seguinte expressão (Appelo e postma, 1993):
287
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Esta reacção de troca apresenta uma constante de equilíbrio dada por (Appelo
e
Postma, 1993).
- xl[cu,'J" p*"
--' p..0,lcu,.lo'
l--
[Nu ttL J
^^/"" _
lcu x, ]'r[Na- ] tt.t;l
O cálculo das fracções equivalentes pode ser efectuado a partir de duas análises de
solos da região oriental da ilha, que foram publicadas por Madruga (19g6).
Desde logo se
conclui que a capacidade de troca cationica é baixa, e que o cálcio é o catião mais propenso
à troca em qualquer destes solos.
menor no caso do Ê.", igual a 0.53 meq/l00g, e maiores para os restantes catiões: igual
Brurg
288
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
furo de captação da Silveira (Ref Pixl3) A variação dos conteúdos de sodio, cálcio,
magnésio e potássio está patente nos gráficos relativos a alguns destes pontos,
seleccionados com base na existência de uma informação mais extensa: os dados referentes
mascarar os efeitos sazonais do estio sobre a composição química das águas. No caso das
nascentes e importante salientar que o caudal das exsurgências e muito fraco, igual a 0.44|/s
no ponto Pix39 e o.2l Vs no ponto Pix4l em Março de 1996, o que dificulta ainda mais a
percepção de eventuais variações.
Em qualquer dos casos as variações dos teores entre as sucessivas amostragens são
muito pequenas, e frequentemente estão abrangidas pela margem de erro analítico, o que é
especialmente notorio no caso dos catiões menos importantes. Por outro lado, o espaço de
tempo entre colheitas é lato, o que dificulta ainda mais inferir flutuações sazonais.
289
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
12 4
'to 35
30
I
I Ki õ25
o l--{--ca :20
o
I
I
t- 4 f__
Mql
-J Ê,o
10
2
o o
íev-82 ago-87 jan-93 jul-98 íev-82 nov-84 ago-87 mai-90 jan-93 out-95 jul-98
r--
I Nasc. Landroal Baixo
Ì!
l,*
1
II| çl1ll
'*t
t'--l
l
; F*-**-
I : 'TBo+J \=.6,**
1
I
I E
I
ool*
3 *{
-.-i
Ilnl" ,ol
Íev€2 nov84 ago-87 mai-90 jan-93 out-95
I
Fig. 6'19 - Variação temporal da concentração dos aniões e catiões principais e da condutividade na nascente do Landroal
de Baixo
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Nasc. St.Amaro E
Nasc. St.Amaro E
18
45
16
14
&
12
-'@- Nl
ctt -.,-f( | Q30
10
o 8
o olv
F
4
Érs
10
2
1' 5
o
rl
íev-82 nov-84 ago-87 mai-90 jan-93 out-95
fev-82 nov-84 ago-87 maÍ-9O jan_93 out_S)S jul_9g
Nasc. St.Amaro E
f!
,*r
t*I
12oï ,
1@I
80
I
ls
oot
Q+
zoI
o1-
tev-82 nov-84 ago-87
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
a5 I 120
30
,---,1 100
.E,
Pq l**"ll BO -
I Kll
o)
='
a^
itu) OU
f-t:- "' l
;.-
olc "--__"*-_J l*t"ii o 1-+-Hcos
so4
I
o
I
o 4 i"'-'rF*
'10
--1
L Hrtsl l
]
)^
5
-:-"ry.frt 4íh**
o mat- out- abr- out- mar- set- mar-
ago-87 mai-9O jan-93 out-95
__l t_
fev-82 nov-84 jul-98 64 ov 75 BO 86 9'1 97
Furo da Silveira
l..J
N) 350
300
E 2so
õzm
d 150
3rm
50
o
Íev-82 nov€4 ago-87 mai-9o jan-93 out-95
Fig. 6.21 - Variação temporal da concentração dos aniões e catiões principais e da condutividade no ftiro de captação da SiÌveira
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A única tendência generalizada prende-se com o facto da variação dos catiões mais
importantes ser mais acentuada relativamente à flutuação das especies cationicas menos
sienificativas.
6.2.2.5. Aniões
O teor deste eiemento controla a mineralização das águas, o que é demonstrado pela
forte relação linear que exibe quando projectada contra a condutividade (Fig. 6.22-A) A
correlação linear entre estas duas variáveis é extremamente elevada (r=0.9a6). A expiicação
293
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Bicarbonato Set- I 995 l9 t96.32 I10.66 441 .03 r19.41 190.32 56.37
tJ
{- Mar-1996 3I t48.93 I14.78 456.59 28.67 69. l9 77.07
Quadro 6,4 - Valores extremos e algurnas estatísticas dos aniões maiores presentes nas águas subterrâneas da ilha do Pico.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
12cm
1zcm
10000
10000
^
E
Q
sooo U'
f
BOOO
6000
3 6000 i:rii' E
-; M
o!
aom tli iiuÌllil
1;1 l*ì{i.t'ii*l}!# C)
2000
2ooo
o
1000 2000 3000 4000 5000
Cl(mg/l)
N}
(ì
''
il,l "'
r :i" i,:rr :
,. i
-. -'.j',, l' '
.ili'
400 6m
So4 (mg/l)
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
para este fenomeno prende-se com a contaminação a partir de sais de origem mariúa por
mistura com a água do mar, que corresponde ao principal mecanismo mineralizador das
águas e à origem primordial do cloreto em solução.
teor em sodio (r:0.998), o que acentua a ocorrência de uma forte relação linear entre
ambas, resultante dos efeitos do fenomeno atrás descrito (Fig. 6.23). Todas as amostras
apresentam excesso de cloreto relativamente ao sodio, com excepção das águas com as
at
9
È
300
(J
2@
100
Fig. 6.23 - Relaçâo entÍe as concentrações em sódio e cloreto (amostragem de Setembro de 1996).
em Setembro de 1996 é assimétrica, com uma cauda no sentido dos valores mais elevados, e
apenas 10.53% das amostras têm teores superiores a 3354 mg/l (Fig. 6.24-^). Neste
contexto importa referir que a classe modal corresponde a concentrações entte 12 e 1126
mg/l de cloreto, e a mediana da população e igual a 1655'55 mg/I.
concentrações desta espécie aniónica se distribuem segundo uma lei lognormal pata um
296
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A B
1B 40
íq 35 35
o'" 30* olE
(! rr 309
Etz
o
.>e,
E
-" ttl
rÃ!
L"O
onO
U'
9ro -^o
Ëe 15€
4uÊ
154
zÍ6 3
102 zc tvz
5
0 o
12- 1126- 224c'- 335+ w- 5582- 17A- 252- 326- 400-
1126 224 3354 W 5582 6@6 252 326 4m 474
Cl(ms/l) Hco3 (mq/l)
c
Ì9
4
{
tn
(' 13 3Oot!
.EF
tu
, -6
tõ a^O
-"tr
15<
z3 o
102
Fig. 6.24 - Distribuição da concentração dos aniões principais nas águas subterrâneas do Pico (amoslragem de Setembro de 1996).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
constatação é semelhante no que concerne às medias do anião sulfato mas, o mesmo não se
verifica com o bicarbonato, indiciando que este anião não é controlado pela contaminação
por sais mariúos.
Os teores de cloreto mais elevados são observados nos pontos de água litorais, no,
nomeadamente nos pontos Pix37,36 e 38, onde as percentagens de mistura são mais
eievadas.
Por seu turno os valores analisados mais baixos foram obtidos nas nascentes de
altitude e no furo da de captação da Silveira (Ref Pixl3), o que se explica por uma
denotada pela percentagem no conteúdo anionico total, que se situa entre 0.689'o e 64.17Yo.
298
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
bicarbonato são muito proximos a propoÍção relativa de ambos pode variar com as
amostragens.
espécie, e exemplares com teores mais elevados mas de menor condutividade, que neste
um padrão assimétrico (Fig. 6.2a-B), com uma classe modal correspondente a valores de 30
Tomando como referência esta última recolha podemos concluir que a distribuição
definido por outras variáveis (Fig. 6.2a-C). No caso vertente. a classe rnodal corresponde a
2.99
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Existem apenas 10.53% com teores maiores que 476 mg/l nesta amostragem e,
Ref Pix37 (P M Ponta do Calhau), e o teor mais baixo foi determinado na amostra
referente à nascente de St. Amaro E (Ref PiúO), com 2 88 mg/l.
essencialmente da contaminação por sais de origem mariúa, por mìstura com água do mar,
e apresenta uma coÍrelação muito elevada com o cloreto (r:0.998). A projecção destes dois
aniões permite concluir que os pontos representativos das amostras caem praticamente
todos sobre a recta de mistura com a água do mar (Fig. 6.25).
2W0 t--;-"-----l
tr Furos
i
at Nhscentes
r
E 1500 le I
!t PNaaré
o lc
U)
1000 l.:: l/ar ì
Ë
500
0
5000 10000 15000 20000
cl(mg/l)
Fig. 6.25 - Relação entre as espécies aniónicas cloreto e sulfato (amostragem de Setembro de 1996)
300
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
2000
l.i ruros
-t
è,
I
i
rsoo e füascentes
I
!+ 1
o 1e P.l\fiaré
U'
L-E,.
l
1 000 1
500
0
100 2ú 3@
HCo3 (mg/lf
Esta dicotomia entre os dois processos referidos tambem pode ser demonstrada
pela
relação entre as concentrações em cloreto e em bicarbonato, definindo-se
exactamente as
mesmas tendências evolutivas indicadas anteriormente (Fig. 6.27).
301
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
cLJ(J
g
450 E
400
350
t--
D Furos
r
Ì i
I e Ìlascentes j
;o 250 il
P.Í\tlaré
o 200
EI
ie
tr4ar I
E
tr i . 1
150
100
Fã
0 5000 10000 15000 20000 25000
I cl(m9/r)
ut
rl {mg,t)
l
Fíg. 6.27 - Relaçâo entre as especies aniónicas cloreto e bicarbonato (amostragem de Setembro de 1996).
A caracterizaçáo da variação sazonal e temporal dos teores dos aniões é, tal como
foi discutido relativamente aos catiões, extremamente complicad a. Da observação dos
gráficos referentes à flutuação das concentrações em cloreto, bicarbonato e sulfato conclui-
últimas amostragens o teor de bicarbonato sobe nas águas das nascentes e decresce no furo
da Silveira.
302
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
6 2 2.6. Sílica
amostragens efectuadas estão patentes no Quadro 6.5. Os teores médios analisacios nas
sucessivas colheitas são semelhantes, da ordem dos 40 mg4 de SiO2, e observa-se um desüo
padrão mais elevado que os restantes na última recolha realizada. A maior dispersão dos
resultados obtidos nesta colheita em relação à media e indicada pelo coeficiente de vanação,
colheita verifica-se que o complexo neutro H+SiO: é a espécie mais comum em solução,
seguida pelas espécies resultantes da sua ionização, H"SiO* e H,SiO]- , sendo esta ultima
muito pouco importante na composição química das águas.
J T-,J
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Quadro 6.5 - Valores extrernos e algumas estatísticas da concentração em SiO2 nas águas subterrâneas da ilha do Pico
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
e pelo complexo H3SiO;, o que é de esperar na maioria das águas analisadas (Knauss e/
-_ì
14 40
12
JU
10
o 25 v,
(lt
a!
q
I o
o 20 o
È o È
15
z. z,
4
10
2 5
0 0
rí)_ I l..)- fl rí) [n
t--c,)oYroq
q'r)-q'f)_\ú).
(of'-o)OC.lft
C.lc.)tr)(oF-
Sio2 (msll)
1
Fig. 6.28 - Distribüção da concentração em SiOz nas águas zubterrâneas do Pico (amostragem de Setembro
de 1996).
As concentrações em SiO2 mais baixas foram avaliadas por um lado nas nascentes
de altitude e, por outro, nos furos de captação e poços de maré onde a influência mariúa
predomina significativamente sobre outros processos minerúizadores. Este fenomeno pode
originais desta especie (Fig. 6.29-A e 6.29-B). Este efeito de diluição e particularmente
Para valores de abcissas mais baixos verifica-se uma tendência oposta, relacionada
com o processo de hidrolise dos minerais silicatados, origem principal da sílica em solução,
305
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
4A
1,4
l-- .í^
^14
E lrz 12
E1 1
:t na
ç É 0,8
9.tn o
(,) -'" @
0,6
+
E o,4 t o,4
o,2 ^a
0 o
1,6 1Â
1,4 1,4
1) ^14 r'4
=
1
E1
O,B
i::. rì a
rf !t
o n^
u,
l!r:
9
o nn
-,-
rf
E o,4 Í 0,4
o,2
aì
o
Á
7
pH HCO3 (mmol/l)
Fig. 6.29 - Relação entre a espécie neutra H4SiO4 em solução e alguns parânìe1ros Íïsicos e quínicos das ágras (amostragem de Setembro de 1996).
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
pH das águas com a concentração da espécie H*SiO:, onde se pode observar que a
concentração daquele complexo diminui com a subida do pH (Fig. 6.29-C). Esta relação
denotado pelo coeficiente de correlação (10.529). Este valor pode ser considerado baixo,
daquelas espécies, nomeadamente a mistura com água do mar que dilui as concentrações de
análises dos quatorze pontos de água com condutividades menores que 2000 pS/cm
(r0.6s6).
referência Prx72, wlgarmente designada por nascente mineral da Silveira. Uma aná{ise
realizada em 1982 por uma equipa francesa aponta para valores da mesma ordem de
grandeza, embora ligeiramente superiores (94.97 mf; Demande et al., I982a).
ao mar foi impossível no decorrer do pÍesente estudo amostrar esta nascente pois,
entretanto, a arriba litoral desmoronou-se no local. Numa análise sucinta dos resultados
publicados verifica-se imediatamente que esta água tem uma maior percentagem de mistura
307
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
com a água do maÍ, o que se traduz por uma condutividade mais eievada e um teor em
posterior diluição do teor destas espécies por mistura com a âgua do mar.
águas subterrâneas e das rochas foi necessário estimar as razões entre os elementos
presentes nestas ultimas. Para esse efeito recalcularam-se os resultados de 23 análises
químicas de rochas do Pico, pubücadas por Chovelon (1982), e todas referentes a termos
alcalinos sódicos.
308
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Quadro 6.6 - Valores extremos e algunras estatísticas de razões entre especies presentes nas águas subterrâneas da ilha do Pico
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
individualizadas no seu neste trabalho. Esta homogeneidade e extensível aos havaítos, com
Não obstante, estas diferenças são pouco significativas no contexto deste estudo, em
que se pretende comparar razões em águas e rochas, atendendo à pequena variabilidade e à
6.2.2.7.1. rMglrCa
O índice rMg/rCa nas águas estudadas apÍesenta valores medios distribuídos entre
3.35 e 4.30, com desvios padrões de 1.58 e 2.08 respectivamente. Tomando como
referência a amostragem de Setembro de 1996 verifica-se que o valor máximo, igual a
13.82, é observado no ponto de água Pixl6 (Furo da Piedade), enquanto o valor mínimo foi
registado na nascente de St Amaro E (Pix20).
geralmente superiores à unidade, com excepção das estimativas que concernem às nascentes
de altitude no decorrer da amostragem de Março de 1996 (Pix20, 39, 4l). Estes resultados
(Custodio e Llamas, 1983), embora tal facto não se explique unicamente pela interacção
água-rocha como será discutido adiante.
Arazão rMglrCa permite, desta forma, diferenciar as águas dos aquíferos basálticos
das que circulam em meios fonolíticos, riolíticos e piroclásticos, em que a concentração de
310
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
resultados maiores que a unidade, e o máximo e mínimo são ieuais a 1.40 e 0.62
respectivamente.
Comparando os índices rMglrCa das águas com os dados homologos das rochas
Nos pontos de água onde as razões nas águas e nas rochas são semelhantes o
processo mineralizador principal corresponde à dissolução de minerais silicatados das
rochas, sem influência da contaminação marinha poÍ mistura com água do mar, o que se
de condutividade e, a partir deste limite, verifica-se uma establluação deste razão, flutuando
à volta da razão media do mar o que indica o controle por parte da mistura com a água
salgada (Fig. 6.30).
subterrâneas, pelo que importa tomar em consideração" Embora algumas águas mostrem
3n
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
14,00
12 00
10,00
IE Rôô
o
ctt
Ânn
=
4,00
2,00
0,00
Fig. 6.30 - Relação entre a condutiüdade das águas e o valor da razão elementar rMg/rCa (amostragem de
Setembro de 1996).
Outro fenómeno modificador que pode exercer influência sobre a razão elementar
tMglrCa corresponde o processo de troca iónica, que geralmente acompaúa a mistura com
a âsta do mar.
6.2.2.7 2. rK/rNa
A relação rÍírNa apresenta um valor na âgua do mar que varia entre 0.02 e 0.025.
Por seu turno nas águas doces os resultadosmais frequentes estão nagama de 0.004 a0.3,
embora eventualmente esta banda possa ser alargadapara 0001 a I (Schoeller, 1956 in
Custodio e Llamas, 1983).
Esta razão nas águas subterrâneas da ilha do Pico e extremamente baixa, o que é
patenteado pelo valor medio calculado para as amostragens de Março e Setembro de 1996,
312
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
O valor deste índice nas rochas e igual em media a 0.25, flutuando entre um máximo
A explicação para esta diferença reside na facilidade com que o potássio é fixado
pelo terreno, o que implica que as razões calculadas para o meio ütologico sejam superiores
aos valores observados nas águas. A composição química das rochas circundantes e da água
Não obstante poder recoffer-se a este mecanismo para expiicar os índices dos
pontos de água Pix13, 20,39 e 41, torna-se imprescindível aventar outra origem no caso
este último tambem sofra um incremento, pÍovocando o decrescimo acentuado desta razáo.
Uma relação deste tipo entre a razão rlVrNa e a mineralização da âgua tambem foi
constatada nas ilhas Canárias (Custodio, 1974 in Custodio e Llamas, 1983). A ocorrência
de uma eventual contribuição em potássio no decurso da circulação das águas subterrâneas
é desde logo posto de parte, pois implicaria o aumento conjunto de ambas as variáveis.
313
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
0,16
o 1Á.
0J2
0,10
G
z.
0,08
Y
0,06
0,04
0,02
0,00
ì_
Fig. 6.31 - Relação entre a razão rK/rNa e a concentração em cloreto (amostragem de Setembro de 1996)
Segundo Custodio e Llamas (1983) estas razões cationicas são de grande relevância
para caracterizar os fenomenos modificadores de troca ionica, bem como para efectuar
comparações com os valores homologos intrínsecos às rochas aquíferas.
o valor medio da razáo rNa/rMg e igual a 15.38, com um desvio padrão de 7.09. Estes
resultados são ligeiramente mais elevados que os estimados para as outras colheitas, em
resultado da composição diversificada das redes de colecção de amostras.
Amaro E (Pix20)
314
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Estes resultados são substancialmente superiores aos verificados nas rochas, cuja
razão media e iguai a 0.29, com um desvio padrão de 0.06 Os índices característicos do
contaminação por mistura com a água do mar. Este processo provoca o aumento relativo do
ião sodio sobre o ião cálcio, com o inerente aumento do quociente entre ambas as espécies.
razões calculadas paÍa as ág.ras são muito superiores aos valores caracteristicos das rochas.
O valor medio desta razáo nas águas na amostragem de Setembro de 1996 é igual a
3.14, com um desvio padrão de 2.05, variando os índices calculados entre 0.74, na nascente
Para efeitos comparativos importa referir que nas rochas este índice varia entre 0.09
magnésio aumenta mais que a de cá{cio em resultado da contaminação por sais marinhos o
Nos gráficos que relacionam estas duas razões com a condutividades das águas
analisadas podem ser observados dois comportamentos distintos, embora englobados na
mesma tendência evolutiva: inicialmente, em águas com baixa minerulização, expressa por
vaior representado na abcissa" o que indica no caso vertente uma percentagem de mistura
com a água do mar cada vez maior Qig. 6.32-A e Fig. 6.32-B). Quando as mineralizações
ainda são mais elevadas os índices flutuam à volta de uma liúa de base, cujo vaior
corresponde às razões calculadas para a âgua do mar. Neste último caso é a extensão da
315
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
30,00 14,m
i.iii
25,0O
!i': 12,ffi
,i;: ro,m
,! 20,00 ir,ï$Ìil
".iI r.rii, $
o trÌii'ì tii È
o
8,oo
È
z
15,00
!ïii iì, ; r,.:i ; b,LIJ
- 10,00
è 4,00
5,00 I ;;;r.r 2,m
0,00 0,00
4@0 6000 ,..'. 4000 6000
-]
D
(}J
14,00 14,00
12,@ 12,00
P ro,m P ro,m
Ê 8,00 Ë 8,00
Ë 6,m I 6,m
Ë 4,oo ë 4,oo
2,00 2,@
0,00 0,00
1000 20m 100 150
Na (mg/l) Ca (mgíl)
Fig. 6.32 - Relaçâo dâs râzõ€s ÌNtÍCa e ÌNâ/(Ca+Mg) com a minerâlizâção das águas e a conc€ntração das esÉcies sódio e ú1cio (ânÌostÍâgem de SetedbÍo de 1996)
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
mistura que controla o teor das especies intervenientes, mas sempre segundo as proporções
de troca iónica.
Importa salientar, tal como no caso da relação rMglrCa, que se devem tomar em
liúa de conta o controle da solubilidade dos iões cálcio e magnésio por sobressaturação em
minerais carbonatados. Contudo, e como veremos mais à frente, este constrangimento não
6.2.2.7.4. TCVTHCOT
efeito, a media é igual a 32.24, com um desüo padrão de 40. 14, e o valor máximo igual a
147.39, calculado a partt da composição química do ponto com a referência Pix37 (P.M.
Ponta do Caihau).
)tt
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
conclui-se que a sua origem não se faz unicamente a partir da dissolução das rochas.
generalidade das águas continentais variar entre 0.1 e 5, enquanto na água do mar
Como elemento elucidativo deste significado pode ser apresentado o gráfico que
relaciona a condutiüdade e a nzÁo TCVTHCO: (Fig. 6.33-A). Nesta figura observa-se que
nas águas pouco mineralizadas, com condutividades menores que 2000 pS/cm, o valor da
com água do mar, o que se reflecte em elevados valores da razão rCVrHCOl, e um segundo
conjunto cujos processos hidroquímicos consistem na contaminação por sais mariúos e na
em resultado da mistura com a água do mar. A partir dos valores do Índice TCVTHCO3 mais
elevados ocorre uma estabilização do valor da razão rIírNa, que expressa o grande
318
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
160,00 0,16 í
140,m 0,14
1a
120,00 ^
(q
o 100,m 0,10
o
E 80,00 o,08
=
ÍJ 60,m 0,06
40,m 0,04
20,m o,o2
0,00 0,00
o,00
30,00 14,00
12,@
25,m
10,00
o
20,00 z+
o tú 8,OO
Ë 15,00 o
6,OO
1
10,00 z 4,@
5,OO 2,ú
0,m 0,00
150,00 0,00
Fig. 6.33 - Relaçâo ú ÍEzão rCLIRHCO3 com a mineralizãção das águas e os Ìâlores dos índicês rK./rNa, ÍNââCa e rNtÍ(Ca+Mg) (âmostrâgeÍn de SetembÍo de 1996)
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
até estabilizar em torno de um resultado medio que obedece às proporções relativas das
mesmas especies na agua do mar. A maior flutuação da razão rNa/rCa resulta desta ser mais
sensível aos efeitos do processo de hidrolise, pois no denominador apenas está presente o
do valor medio da íryta do mar (Fig. 6.3a). Este comportamento é controlado pelo aumento
da percentagem de mistura com a âgoa do mar, e como excepções temos os pontos de âgua
14,00
12,O0
10,00
(l 8,00
o
crt
= 6,00
4,00
2,00
0,00
320
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
em solução também é revelador da evolução hrdrogeoquímica das águas. Para este efeito
projectaram-se as concentrações em sodio, magnésio, potássio e cá:lcio contra a razão
ou Ìrm mecanismo misto em que intervenha este fenómeno a que se devem adicionar os
efeitos da mistura com áeua do mar.
O segundo conjunto de amostras define uma recta evolutiva com maior declive, em
que o aumento da concentração dos catiões acompaúando o crescimento da razão
TCVTHCOT é mais acentuado do que no gÍupo anterior. Este conjunto é bem distinto quando
os valores do índice TCVTHCOT são superiores a 40, e resulta essencialmente da mistura com
água do mar.
Custódio e Llamas (1983) referem que a razão TCVTHCOT funciona como indicador
da concentração de sais ao longo do trajecto de circulação das águas. Neste contexto é
água. Contudo, e em traços gerais, conclui-se que esta concentração aumentará do centro
)Ll
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
160,00
160,00
140,00
140,00
120,00
120,00 (9
ao
í00,00 o 100,00
o o
o T 80,00
E 80,00
=
O 60,m
o 60,m
40,m
40,m
20,m I l,:i1.,.,
20,00 ] I
o,oo r,l:r,'i'Ì'i:
o,ml''
0,00 1,00 2,ffi
0,00 50,00 100,00
K (meq/l)
Na (meq/l)
160,00
160,00
140,00
140,00
UJ 120,00
l..J 120,m
Ì.J
a.) 100,00
'100,00
o
o 80,00
Í 80,m
= 60,m
o 60,00
40,00
40m
20,00
20,00
O,0O ,i.'
11 r Ì Ì -'
0,00
o.m 10,00 15,m 20,00 25.00 30,00 35,00
o,00 4,m 6,00
5,OO
Mg (meq/l)
ca (meqll)
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
estado de saturação relativamente às fases minerais que incluem o anião sulfato, üsto que
Nas águas subterrâneas do Pico os valores estimados da razão rSO,/rCl podem ser
considerados baixos. Com efeito, o resultado medio na amostragem de Setembro de 1996 é
igual a 0.10, com um desvio padrão de 0.08, não diferindo muito dos valores apurados
noutras colheitas.
Os resultados estimados com esta razão são controlados pelo processo de mistura
com a água do mar. A variação do índice rSO./rCl em função da condutividade e da razáo
TCVTHCOT demonstra este comportamento (Fig. 6.36).
resultado da diluição provocada pela água do mar, o que confere às águas subterrâneas
323
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
0,60 o'* r
0,50 o*l
I
0,40 o'*
õ ï
I
ço o'*
0,30
U' ï
I
0,20 0 20 i':l
i'''
0,10 o,ro i;:"
t-
0,00 o,m l-
NJ
+r
4000 6000 0,00 150,00
Cond. ( S/cm)
1996)
Fìg.6.36 - Relação darazão rSO.t/rCl corn a mineralização das ágras e o valor darazão rCl/rHCO3 (amostragem de Setembro de
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
maioria das amostras corresponde a águas do tipo cloretadas sódicas. Este grupo
compreende 86.80/o dos exemplares estudados (Fig. 6.37). Ao tipo cloretada sodica
pertencem ainda as amostras do furo do Cabo Branco (Ref Pix6), cuja ultima recolha no
âmbito do presente trabalho ocoÍïeu em Outubro de 1994, e do furo da Mirateca (ReP
Piú), relativo à amostragem de Março de 1996.
Fig. 6.37 - Diagnma de Piper reiativo à projecção da composição guimica das águas subterrâneas ú ilha do
Pico.
325
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
sodicas.
A írniç4 eventual influência mariúa a que estas nascentes estão sujeitas relaciona-se
com o acarreio de sais mariúos pela água da chuvq o que poderá expücar o tipo de água
bicarbonatada cloretada sodica magnesiana da nascente de St. Amaro W (Pix41) e cloretada
(Custodio, 1975).
326
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
diminui ao longo da vertente, o que é demonstrado pelo teor de 4.05 mgll de cloretos
observados no topo do Piquinho aos 2351 m da altitude.
40,00
I
35,00
l
30,00
l=
I
25,00
lol
IE 20,00
lo 15,00
1
l 10,00
I
5,00
I
0,00
I
I
i_
Fig. 6.38 - Variação da concentração em cloretos na água da chuva segundo um perfil executado na costa N
da ilha do Piço.
Este grupo de águas bicarbonatadas inclui ainda a amostra do poço de maré Silveira
2 (Ref Pix40), que e do tipo bicarbonatada cloretada sodica em resultado da acção conjunta
brusco da mineralizaçáo das águas na zofla litoral da ilha, especialmente bem marcada nos
poços de maré, onde o predomínio das fácies cloretadas sodicas e absoluta. A única
excepção a esta tendência corresponde aos pontos de água com as referências Pix40 (P.M.
Silveira 2), que consiste numa água bicarbonatada-cloretada sódica, e Pix13 (Furo da
327
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
328
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
zero, indicativo do equilíbrio, embora na maioria dos casos não ultrapasse este limiar (Fig.
6.39). Uma relação positiva também pode ser observada entre o Log(IS) e o pH, embora a
As águas do Pico são todas subsaturadas em relação aos termos finais da solução
solida das olivinas, faialite e forsterite. O índice de saturação relativamente a este último
mineral e mais elevado que o registado para a faialite, e a sua representação grâfrca contra o
estabilização deste índice, o que se explica pelo controle da mineralização das águas pela
composição química da água do mar com que se misturam em proporções elevadas (Fig.
6 40).
329
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o
c u -tr a c k
.c
Nome Ref .d o
c u -tr a c k
.c
I ) 3 o t2 t3 l4 15 16 17 18 20 )', 23 21 25 26 J1
Mineral
Albíe SS NS SS IìS SS ss SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS ss
AnortÍte ns ns ns ns NS ns NS NS ns NS NS ns NS NS NS ns n5 ns ns
Caulinite SS SS ns SS 1ÌS SS SS ss SS SS SS SS SS ss SS
Cloúe tls NS ns ns NS ns NS ns ns ss ns ns NS NS NS ns ns ns ss NS
ilite ss ns SS SS ns SS ss ss ss SS SS ss SS ss ss SS ss
ns ss SS SS SS SS SS SS SS SS ss ss SS
Mc'ntmorilonit+Ca SS NS ss SS SS
\íoscovite SS ns ss ÍÌs SS ss SS SS SS SS SS ss SS SS SS
ns ss ss SS SS SS SS SS SS ss SS SS
Prenite ss ss ss SS
Ternrolite ns ns ns NS SS ns ns SS NS SS NS ns ns ns ns NS ns ss SS
ns ns ns NS ss ns ns NS ns ns ns ns ns ns NS ns
Clinoenststite ns NS ns ns
ns ns IÌS Íls n5 ns ns ns ns ns ns
Dimsido ns ns ns Its ns NS NS
ns ns IìS ns ns ns os ns ns Íts ns ns ns NS ns ns
For*erite ns ns ns
ss ss ss SS ss ss ss
l:umontite SS ss ns SS SS ns ss SS SS SS SS SS
SS SS
Microclina SS SS TÌS 33 SS ns SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS
ns ss ss ss ss ss SS SS ss ss SS SS
lvÍqtmorilonit+lv{e ss SS ÌÌs ss ss SS SS SS
Íìs ss ss SS ss SS ss SS ss ss SS ss SS
Níontmorilonite-Na SS SS ns ss SS SS
tÌs ss ss ss SS ss SS SS SS ss SS SS
Pirofilite ss SS NS SS SS SS
lìs ns ss ns ns ns NS ns NS ss ss
Talco SS IÌS ns SS ns ss SS SS SS
ss ss ss ss ss ss SS SS ss ss ss SS ss SS SS SS
Calcedcrria ss SS SS SS
ss SS SS SS ss SS SS ss ss SS ss SS ss
Cris.obalite SS ss ss ss ss SS SS
ns SS tìs ss ss SS ss ns ss ss ss ss ns ss
Sílica eel IìS SS ss ss SS
ss ss ss ss SS ss ss SS ss SS ss SS ss SS
Quartzo SS ss SS ss ss SS
ÍÌs rls ns ns ns ss ss SS ss
Dolomile-ord SS SS SS ns IÌS SS ns IìS ss IìS SS
ns ns ns ns NS ns ns tìs ns OS NS ns ns ns
Gesso Í1S ns ns ns Íìs NS
ns NS ns ns ns ns ns NS Í1S ns ns ns ns ns NS
Mamesite tÌs ns ns ns NS
ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns NS
Anidrite ns ns ns Íls ns SS
ns ns ns ns ns ns ns ns ns NS ns ns
AraeoÍìite ns TÌS ns ns ns ns ss NS
ns lls ns n5 NS NS ns ns ns ss ns
Calúe ns ns ns ns ns ns ns SS
ns ns ns ns ss ns NS ns NS NS ns ns ns NS SS NS
Dolomite'desor ns ns NS NS
ns ns ns NS ÌÌs NS ns ns ns NS ns ns ns
Halite ns ns ns NS ns ns NS
ns ns ns ns IÌS ns ns ns ns ns ns NS ns ns NS
Hidromamesite ns NS NS ns NS
ns SS SS SS ss SS SS SS ns SS
Boernite SS ss NS SS SS
ns SS SS ss SS SS ss ss ss SS SS
Gibsit+çris. ss ss NS SS SS
330
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
=
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Nome Ref
Albite SS SS ss SS ss SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS
ÁnoÍtÍte ns NS ns ns NS ns ns ns ns NS ns ns NS ns NS NS NS NS ns ns
Caulinite SS SS ss SS SS SS ss SS SS SS SS SS ss ss ss
Ilite SS ss ss SS SS ss ss SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS
\{ontmorilonit+Ca ss ss SS ss SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS
MontmorilsniteK ss ss SS ss SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS SS
lvÍoscovite ss ss ss ss SS ss ss ss SS ss SS SS ss ss ss
Prenite SS SS SS SS ss SS SS SS SS SS SS ss SS ss ss SS
Termolite SS NS SS SS ns ss ss SS ss ns ns NS ns ns SS SS ss SS SS
Brucite ns ns ns ns ns ns ns ns ns NS NS ns NS ns ns ns ns NS ns
Clinoo$.atite ns os NS ns ns ns ns ns ns ns NS ns ns NS ns NS NS ns ns NS
Crisólito ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns NS NS ns ns ns ns ns ns ns ns
For$erite Íìs nq ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
12rrm6raúe SS SS ss ss SS ss ss ss ss ss ss ss ss ss SS ss ss SS
lvficroclina ss SS SS ss SS ss ss ss ss ss ss SS SS ss ss ss SS SS ss
ìvÍontrnorilonit+Me SS SS ss ss ss SS SS ss ss ss SS SS ss SS SS ss
MontmoriloniteNa ss ss SS ss ss ss SS SS ss ss ss SS ss ss ss SS ss SS ss ss
Pirofilite SS SS SS SS ss ss ss SS ss ss ss SS ss ss SS SS
ss ss ss ss ss SS ss SS SS ss SS
Calcedonia ss SS SS ss SS SS SS SS
ss ss ss ss ss ss SS ss
Cris.obalíe ss ss ss ss SS ss ss SS SS SS SS SS
ss ss ss ss SS ss ss ss ss ss SS SS SS
Ouartzo ss ss ss ss SS SS SS
ns tls ns ns ns ns ns ns ns ss ss SS ns NS
Dolomite ÍÌs NS NS ns SS SS
ns ns ns ss ss SS ss SS
Dolomiteord ss ns SS SS ss ss SS SS SS SS SS
ns ns ns ns ns ns NS ns ns ns ns ns ns ns ns
Gesso IÌS ns ns ns NS
ns ns ns ns ns ns ns NS ns ns ns ns ns ns ns
Magresite NS ns ns ns NS
ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns NS
Araeonúe NS ns ns ns
ns ns ns ns NS NS ns NS ns ns ns NS
Calúe ns ns ns NS ns ns NS NS
ns ns ns NS ns ns ns ns NS ns ns ss ns ns
Dolomitedesor ns NS ns NS
ns ns ns ns NS ns NS ns ns ns ns NS ns ns NS
Halíe ns ns ns NS
ns ns ns NS ns ns ns NS ns NS NS ns ns ns ns
Hidromasresite NS ns ns NS
SS SS ns SS SS SS SS SS SS SS SS NS NS
Boernite ss SS ss NS SS SS
ss ss SS SS SS SS SS SS SS SS SS
Gibsite-cris. ss ss SS SS SS
i3l
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
[- Calcite
1
1
u, 0,5 g. 0,s
orO o)O
J _0,5 J _ô5
i; ïÏ**' -1
-1
1tr,
1E
a
n
Dolomite
4E
rj
Ì.J ôc
i.r::,!
(h P'o
-0,5
ã -r.s
J aE
-2,5
-3,5
-3,5
ÁË
-4,5
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
Ê*r|M" "4Í@ffiid!rys&rdrji
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Forsterite
Forsterite
1
,|
-1
-1
-3
o -7
.I
J .:,
-11
11
1a
4?
,;: iJ {E
4E
e pH das águas
relativo à forsterite em função da condutividade
Fig, 6.40 - Representação gráfica da variação do Log(lS)
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
explicar pela introdução de magnésìo nas águas do Pico em resultado da mistura com a á2a
do mar.
albite mas subsaturadas em anortite. O grafico que relaciona o Log(IS) com a condutividade
sugere um controle deste índice pela mineralização das águas, reflectido peia estabilização
daquela variável nas águas com maior quantidade de sais (Fig.6.a3). Idêntica observação foi
Em ambos os casos verifica-se uma relação linear negativa entre o Log(IS) e o pH,
indicativa de valores deste último parâmetro mais baixos nas amostras com sobressaturação
mais evidente (Fig.6,43).
3 3-+
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
rN{BúBS*h'n*
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Diopsido Diopsido
Á
^
Z
2
tt a
crt À
o-4
J
-6
-o
-8
-8
-tu
[- Clinoenstatite Clinoenstatite
1
1
(-rl
-1
-1
lh. U'.
il,'
Ot '
j-r
5-3 -4
-4
-6
PD
***inntríwrmf mr'h'"Fil^q
er
er
tií*,nw'
!
"
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
-7
Microclina r
I
I
7
Microclina
q
L
(t'
o J
J
-l
4000 6000
Cond. ( Slcm)
e pH das águas'
Fig. 6.42 - Representa ção gráficada variação do Log(IS) relativo á microclina em função da condutividade
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
MlffintükF
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Albite Albite
5
4
4
3
q a
E'
.,
1
1
o
o
I
I
Anortite Anortite
u
{
i..l
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
alumínio em solução, é usual optar-se por uma aproximação, assumindo que o alumínio é
totalmente retido nas fases minerais. Esta simplificação permite reescrever as reacções
químicas considerando o AlzO3 inerte, ou seja que o potencial químico desta especie é
estabilidade mineral, que são projectados a partir das equações que expressam as reacções
composição química de sistemas de águas naturais, e uma selecção destes trabalhos está
338
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
apresenta o aspecto patente na Fig 6.44, em que se podem definir dois dominios principais,
relativos a sistemas dominados pelas rochas (rockdominated) e pelas fases aquosas (water-
dominated) (Langmuir, 1997).
Domínio Rochoso
Aluminosilicatos
(Feldspatos, micas, ete)
Montmorilonites
yermiculites
ilites
Gibsite Caulinite
Domínio Aquoso
Ioe IH.SiOj]
Fig. 6.44 - Representação esquenática dum diagama de estabiüdade mineral tipo entre o Log(tMn?Ffl")
Lanemúr. 199n.
t
* 339
_,,E
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
ácidos pela ocorrência duma extensa iixiviação das fases sólidas, as espécies estáveis
correspondem à caulinite e, por firrr' à gibsite.
por pH alcalino e teores em síiica e catiões elevados, mas mais baixos que os observados em
sistemas dominados pelas rochas. Estas condições são usuais em solos parcialmente
lixiüados e as montmorilonites- as ilites e as vermiculites dominam.
menor que 5 e superior a 9, o que contraria a assunção de que esta espécie é insolúvel e
Por outro lado, considera-se a existência de equilíbrio químico entre todas as fases
do diagramE o que implica taxas de reacção muito rápidas entre as espécies aquosas e as
rochas de forma a attnglr aquele estado. Não obstante, em sistemas pouco profundos e de
O último problema com que se depara resulta da extrema sensibiüdade das fronteiras
definidas entre os vários domínios do diagrama, relativamente aos valores exactos das
constantes termodinâmicas consideradas para as espécies aquosas e solidas consideradas
extrapolação das energias livres de formação a partiÍ dos resultados experimentais e, ainda,
das diferenças reais verificadas nas propriedades das fases minerais (Drever, 1997).
Esta última questão prende-se tambem com o facto de se assumir que as fases
projectadas apresentam uma composição fixa e determinada, colTespondente a um estado de
pureza, o que numeÍosas vezes não tem paralelismo com os sistemas naturais. Este facto e
particularmente notorio no caso das micas e dos feidspatos, bem como de algumas soluções
;
g
3-t0
:=:.
PD {F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
solidas complexas e muito variáveis, que apresentam na naturezamais espécies quimicas que
6.2.3.2.1. Aluminosilicatos de Na
Log(a-"- / u",) mostra que as amostras são projectadas nos cÍÌmpos de estabilidade da
montmorilonite-Na. Os traços comuns a todas estas amostras são a sua baixa mineralização,
como e notório no caso das nascentes de altitude, e uma evolução hidroquímica
predominantemente controlada pela hidroüse de minerais siücatados.
mistura com a água do mar é mais extensa, caem no campo de estabilidade da albite.
A trajectoria hidroquímica das águas subterrâneas que contactem com rochas ricas
em minerais de sodio pode ser seguida num diagrama deste tipo. Desta forma, quando a
dissolução incongruente se inicia o catião FI- e H*SiO! são dissolvidos e ocoÍre a formação
3-t I
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC XC
- F-
e w F-
e w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
feldspato potássico cessa. E de realçaÍ que tal facto implica geralmente um grande tempo de
residência das águas subterrâneas (Freeze e Cherry, 1979) embor4 no caso do Pico, a
pela subida dos teores do sodio em resultado da mistura com a água do mar.
2.3.2.2. Aluminosilicatos de K
com o Log(a*. t ur-) revela que os pontos relativos às análises efectuadas são projectados
6.2.3.2.3. Aluminosiiicatos de Ca
312
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
|=
C
C
w
w
m
m
w 11 C w
w
w
o
o
.d o .c cv .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
N
t? I
N
, 0uartzo ta,
N Sit.6el
I
-n
r I V)
+n
rluife
Íq
:E cv TtÍ)
@ I -5<. cú
o
J o
a
I
c)
I
I
o
"l
N
I
n
N
|r'
Gibs lte
tI4
'oÒt "ì
ôJ
+. Caullntte
\'%
\%
I
I Caul tntta
I
-4
Log tl4Sl04 -4
Loo Ìldsl04
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
6.2.3.2.4. Aluminosiiicatos de Ms
- / r\
Log(a*,, I ar.') permite observar que a maioria das amostras se distribuem no campo de
mineralizações bastante elevadas que podem ser observadas em muitos pontos de água,
(Coutiúo, 1990, Coutiúo et al., 1991a e 1991b) e na ilha de Santa Maria (Cru2, 1992,
Cruz et al ,1992)
!
Í 34-t
*é
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
q
PD
PD
er
er
!
!
W
W
lhlrwn'qrffi*-
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
n rc|
(\T
ÔJ
C\J cv
I N
Anort I te CÍtsotilo
C\I I
CV
+ (t!
+ol
I
+ +
o .t-
L-) (o ct
Íqg
o
o o
J o
a J
ÍÍ) Ca-ttodÌlmr.l lon ite
I
frt
I
lrtl
()
... tL:
6lbslte o
.{:
(Jl
-4
-9
Log H4St04 Loo lJ45l04
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
se conclui que, no cÍIso vertente, alguns destes fenomenos não têm significado no âmbito da
implicaria tempos de residência longos ou retenção parcial da água pelos aquíferos, o que é
inüável atendendo àrâpida circulação em meio muito permeável como o considerado para a
ilha do Pico
dissolução dos minerais das rochas também comprova que este processo não pode explicar
sobremaneira as concentrações atingidas por aquela especie. Com efeito a razão CWr
calculada a partir de uma anáüse amostra de rocha da ilha do Pico (Schilling et a1.,1980) é
igual a 437.23, enquanto nas soluções o valor medio deste índice é igual a 498.41, com um
desvio padrão de 78.21. A razão máxima calculada nas águas e igual a 562.44, e foi
determinada a partir da amostra Pix48.
Torna-se, assim, necessário formular outra hipotese, que como já foi apresentado
prende-se com a existência de mistura das águas subterrâneas com a âgua do mar, em
J+O
'*
€
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
O processo de mistura com a água do mar também pode ser demonstrado através da
análise de elementos menores (Lloyd e Heathcost, 1985 inLloyd e Tellam, 1988) Neste
contexto os elementos menores mais interessantes são aqueles que denotam concentrações
muito diferentes na água do mar e na água doce, como por exemplo o estrôncio, o brometo,
o boro, o lítio, o iodeto e o manganês (Perez e Evangelista, 1988, Lloyd e Teilanr, 1988,
Richter e Kreitler, 1993).
exposto.
mistura pode ser feita igualmente em função de outro elemento menor que caracterize este
processo. Neste caso, o gráfico que relaciona a concentração em lítio com a concentração
em boro revela a existência de dois grupos de amostras (Fig. 6.48) Um grupo com
conteúdo em boro menor que 0.2 mg{ e teores em lítio crescentes, que agregará águas que
evoluem por interacção água-rocha. O segundo conjunto mostra os teores naquelas espécies
a aumentar conjuntamente, com uma relação linear bem marcada, o que se explicará pela
proporção cÍescente de mistura com a água do mar.
i
I
é
:
J4/
i!É
iii,r ' F
llitlcsú--'*
PD -X
C h a n g e Vie
w F-
XC
h a n g e Vi
-\
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A B
30
.'
Èõ
Z'4 1F4tr.
-,|Ã
ah 610
1
Cl(mg/l)
l
c D
.l> 1,6
@ 0,07
1,4 o,06
1,2
0,05
o,u $ o,o+
E
n 0,6 I o,*
o,4
0,01 iii'jitii::i
^t iiliìf-.-
0 Oï '|
20m sooo 4000 0 - 1000 2000 3000 40m 5mo 6000 7000
'
1 000 5000
Cl(mg/l) Ct(mg/l)
Fig. 6.4? - Relâçâo e re a concentração em cloÍetos e os leoles nos elementos menoÍe6 esÍôncio, brometo, boro e iodeto (âmostÍagem de Setemb'ro de 1996)
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
4A
1,2
ct,
È 0,8
@
0,6
o,4
o,2
Fig. 6.48 - Relação entre os teores em boro e lítio (amostragem de Setembro de 1996).
paftir dos rios, e que e igual a 87 milhões de anos (Berner e Berner, 1987).
fficl-,u-.t - fla,-,".0*"
f-
tmat
-
m^,_
Lt ,maÍ -
m^._
Ll ,a.ome
349
]E
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
-5
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
da mistura (f.-:0)
Para este efeito as concentrações teoricas de um qualquer ião (I), num modelo de
mistura conservativa podem ser determinadas pela equação (Appelo e postm4 1993):
mg/l (Quadros 6.9,6.10 e 6.11). Aszumiu-se como termo inicial a composição média das
águas das nascentes de altitude.
A percentagem máxima corresponde ao poço da Ponta do Calhau (Ref Pix37), que como já
foi apresentado apresenta as maiores concentrações em sodio e cloreto.
Os efeitos das reacções químicas que acompaúam o processo de mistura podem ser
caracteruados pelas diferenças entre a concentração efectiva e a relativa à composição
teorica calculada.
t
È
350
:lÉ
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
--i
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Quadro 6.9 - Diferenps entre a composiçio química real e a calculada teoricamente assumindo um modeio
de mistura conservativa.
351
Ì
7'F-XChange View
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Ref Na K
P.Água % Miú V.Real (1) V.Calc. (2) Dn (1-2) V.Reaì (1) V.CaIc" (2) Dif. (1-2)
(mgll) (mgn) (mg/|) (mgn) (ngn) (mgn)
PD(41 8.96 932.50 949.63 -17.13 42.58 36.90 +5.67
PD(-02 r.12 140.00 158.31 -18.31 10.l6 /.b) +2.52
PD(-O3 7.10 815.7.+ 786.38 +29.36 35.9 30.87 +5.03
PD(44 1.80 236.00 i99. I 1 +36.89 15.14 9. l6 +5.98
PD(-0s I tì +16.31
L.AL 175.00 158.69 n.a5 7.66 +-1.39
PD(-06 3.68 +69.00 396. i I +72.89 25.68 16.,+4 +9.21
PD(-12 2.21 275.00 241.28 T))- IZ 19.58 r0.72 +8.87
PD(-1{ r.74 179.00 t92.05 -t3.7s 9.98 8.90 +1.09
PD(-16 3.50 348.00 376.83 -28.83 16.94 t5.73 +t.21
PX-22 2.07 302.00 227.36 +74.64 18.56 t0.20 +8.36
PD(-z3 7.89 812.s0 837.22 +5.28 37.99 32.75 +5.21
PD(-24 9.78 t047.50 1036.33 +tt.L7 44.51 .10.1I +4.40
PD(-2s t i.50 1215.00 t216.40 -1.40 53.27 16.77 +6.50
PD(-z6 7. 18 674.7r0 763.27 -88.56 36.64 30.01 +6.63
PU-27 8.32 957.500 882.3.+ +75.16 12.10 34.12 +7.68
PD(-28 5.34 542.50 570.14 -27.94 28.58 22.89 +5.69
PD(-29 9.36 935.00 991.60 -56.60 45.91 38..+6 +7.15
PD(-30 10.35 1030.00 1095. l8 ó5.18 45.61 12.29 +3.33
PD(-31 12.72 1390.00 13.14.50 +45.50 53.12 51.50 +1.91
PD(-32 15. l3 t530.00 1597.55 47.50 65,58 60.86 +4.72
PD(-33 9.t2 995.00 966.88 +28.t2 42.24 37.54 +4.69
PD(-34 18.77 2090.00 t979.33 +110.67 82.08 74.97 +7.11
PD(-3s r4.08 1545.00 t186.72 +58.28 61.14 56.76 +4.38
PD(-36 26.25 2750.00 2763.53 -13.53 106.92 103.97 +2.95
PD(-37 35.17 3640.00 3699.66 -59.66 140.54 138.58 +1.96
Quadro 6.10 - Diferenças entre a composição química real e a calculada teoricamente aszumindo um modelo
de misfura consen'ativa (continuaçâo).
:
:
352
ç
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
ReP Cr Mg
P.Água % MisL V.Real (1) V.CaIc. (2) Dif. (1-2) V.Reat (1) V.CaIc. (2) Dif. (1-2)
(mgil) (mgn) (mgn) (mgn) (mgn) (mg/l)
PD(-01 8.96 53.5 i +1.36 +12.11 i04.13 r24.09 -t9.96
PD(-02 t.42 30.62 10.82 +19.80 48.65 22.51 +26.13
PD(-03 7.10 52.87 35.06 +17.81 115.90 103. Ì3 +t2.77
PD(-04 1.80 13.64 t2.39 +1.21 +J.O / 27.75 +15.92
PD(-0s t ít
13.02 10.83 +2.77 12.36 22.56 +19.80
PD(-06 3.68 ++.JU 20.00 +21.30 108.20 53.0.1 +55. l6
PD(-12 2.21 18..19 I.t.02 +4.17 60.15 33. 16 +26.98
PD(-1"1 t.74 13.78 12.12 +1.66 2-1.08 26.81 -2.76
PD(-16 3.50 23.13 19.25 +4.17 51.91 50.56 +,1.38
PD{-22 2.07 15.35 13.48 +i.87 61.06 31.38 +29.68
PUX-23 7.89 38.22 37.03 +1.20 103.04 109.66 4.63
PD(-2J 9.78 +1.71 +4.67 t32 35 135.22 -2.87
PD(-2s 11.50 58.67 sl.66 +7.01 150.4 ì 158.33 -7.92
PD(-26 7.18 34.59 34.17 +0.42 1t7.64 100.17 +t7.48
PD(-27 8.32 3t.62 38.77 -/.1) t42.94 I15.45 +27.48
PD(-28 5.34 37.99 26.73 +t|.26 122.24 75.12 +46.82
PD(-29 9.36 14.07 12.98 +1.09 119.80 129.;18 -9.67
PD(-30 10.35 50.19 .16.98 +3.21 127.32 t42.77 -t5.46
PD(-31 12.72 64.04 56.61 +7.14 158.69 174.78 -16.09
PD(-32 15.13 8 1.53 66.37 +15.16 r88.77 207.26 -18.49
PD(-33 9.12 15.49 12.03 +3.46 r16.77 126.30 -9.53
PD(-3{ 18.77 93.23 81.11 +12.t2 211.33 2s6.27 -14.93
PD(-3s 1.1.08 67.24 62.t0 +5.14 171.99 193.03 -18.04
PD(-36 26.2s rr9.37 11 1.38 +7.99 315.28 356.93 11.61
PD(-37 35.17 168,29 t17.51 +10.78 402.t0 477.09 -75.02
PD(-38 21.49 t29.r3 r01.27 +2+.86 313.30 333.28 -19.98
PD(-r3 12.83 56.1 1 57.06 -0.95 171.02 t76.29 ', '11t
-L-:
Quadro 6.1 I - Diferenças entre a composição qúmica real e a calculada teoricamente assumindo um modelo
de misfura conservativa (continuacão).
353
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Contudo, e por ser mais intuitivo, projectaram-se estes resultados num diagrama de
Piper, onde é mais fácil caractenzu os principais pÍocessos pois representa-se a composição
co3
Fig. 6..19 - Representação gráfica em Diagrama de Piper da composição qúmica de uma amostra
representativa dos grupos I a IV (A - composição da água doce antes da mistura).
O grupo 1 (Ref PLx4, 5. 6, 12, 16, 22, 26, 27, 28, 44, 45) é constituído por águas
cuja evolução hidrogeoquímica resulta da mistura com água do mar e da dissolução de
minerais silicatados. O fenomeno modificador de troca ionica de Ca+Mg por Na+K actua
nesta águas, mas é dificil destrinçar os seus efeitos do acréscimo da concentração de catiões
35+
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
expressando diferentes graus de mistura com a água do mar, o que pode ser verificado
atendendo aos valores medios e ao intervaio de variação destes parâmetros (euadro 6 lZ).
O catião predominante é o sodio e o anião principal o cloreto.
123.30 mgll, e de SiOz. O valor médio desta última espécie e igual a 54.04 mg/I, para um
desüo padrão igual a 16.27 mgll. Os teores em solução destas espécies variam entre um
máximo e mínimo de 473.97 m97 e 88.45 mg/l de bicarbonat o e 84.43 mgl e 29.54 mg/l de
SiOz.
Neste grupo a provável contribuição de COz de origem profunda não deve ser
ignorada, o que pode ser analisado a partir da pressão parcial daquela espécie gasosa.
Se as águas circularem em sistema fechado a PCOz esperada deve ser da ordem das
10-5 a 10-3 atm.. Neste caso apenas há a considerar a dissolução de COz no solo na área de
recarga. Por seu turno, em sistema aberto a COz de origem profunda a pressão parcial deste
gás e substancialmente mais elevada" podendo ser observados valores na ordem de gandeza
elevadas pressões parciais caiculadas nos pontos de âgua Ptxl? e Ptx22, iguais
respectivamente a 101'031 e 100078 a 15oc e a 101'061 e 100'108 considerando uma temperatura
de referência de 20oc, permitem ponderar a hipotese de nestes casos se verificar a
contribuição de COz de origem profunda.
Este facto é compatível com o COz total na água da nascente da Silveira (Pixi2),
cuja explicação so poderá residir numa origem profunda. Ì{o local pode ser observada uma
rampa lateral duma possante escoada láüca ae, çom clincker alterado, que foi confundida
355
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e .\
w
PD
er
er
!
!
W
W
hììhlffiqh"
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
(ìrupr>s sto2 (l
Dados Dstlrtlstlcos Conduct. Na K Cr Mg so{ IICO3
()l IVÍDDIA 2547.38 54.04 561.1 33.41 97.36 13 5.03 974.01 275.05
DI]SVIO PADRÃO t249.00 16.21 359.62 13.33 16.01 48.06 81.03 613.50 123.10
Ì\,ÍÁXIMO 5290,00 84.4t 1330.0( 53.30 6l.84 205.t2 307.39 2278.39 173.97
MiNIÌ\,1O 9',19.00 29.54 140.0( 10. 1? 13.00 42.36 38.81 284.36 88..t5
G2 rdpre 5647.50 20.4! 1760.31 69.47 7't.35 198.54 45f .25 tlgl.24 67.71
DIìSVIO PADRÃO 2366.4s 3.59 895.ó I 33.65 4l .03 99.65 238.i7 1668.3 5 14.22
t\,ÍÁxtÌ\4() 9590,00 28.69 3640.00 140.54 168.29 402.07 948.59 669t.25 100.65
Ì\{iNIMo 3330.00 17.00 932,50 40.95 42.68 104.13 241.$f l 7l 6.41 46.97
G3 ÌVÍIiDIA I8 13.4C 27.3f 1240.80 53.32 63.74 154,ó6 326.60 2334.48 61.73
DIìSVIO PADRÃO t t I l.ot 9.30 776,02 29.24 39.t4 95.2f 198.74 1422.56 9.64
o\ IVIAXIMO 7760.0C 4t.67 2530.00 99.50 1 29.1 3 3 l3,3C 643.80 4665.76 71.31
lvliNIìvÍo I I17.0(] l9,15 t79,00 9.98 13,78 24.O9 39.14 345.42 44.5 3
G{ ÌVÍEDIA 465 5.00 47.69 rf t9.1'1 53.69 5 7.80 160.95 313.60 2276.51 225.85
DDSVIO PADRÃO 2306.13 18.87 40t.49 14.24 t7.tl 42.68 98.40 650.20 63.1 5
Ì\,ÍL\lMO 9790.00 68.33 2090.00 82.08 93.23 241.i3 512.72 3579.92 33 t.2l
N,IÍNIÌVIO 3250.00 26.1 842,5( 37.99 38.22 | 03.04 210.f't l5l3.0l I I8.47
G5 ìVÍIiDIA 4t7,44 41.88 67,94 o./l I 0.83 15.49 t9.91 t 08.9c Ìl.t.ll
DESVIO PADRÃO 299,15 19.ó I 58.42 6.04 10.98 14.65 97.t2 77.s',?
ÌvÍÁXIìVIO 804.00 71.75 151.50 t2.36 t9.52 30.65 4l .59 253.47 266.57
N,IÍNIMO 82.00 16.22 8.90 t.7 | 4.84 aa1 2.88 t5.26 32.33
Quadro 6.12 - Valores eslatlsticos e môximos o mínimos dos principais aniões e crtiões em solução nas águas subleÍrânss da ilhÀ dÒ pico discriminndos
por gnlpos.
PD €
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
=g 400
È
F
ôI ?TYì
100
0
nel-94 set-94 abr-95 or.rt-9S npr96 dez-96
Data de Análise
I
t
E
.t JJI
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A mineralização das águas deste grupo é mais eievada que no grupo anterior, o que
reflecte maiores percentagens de mistura. O catião predominante é o sodio e o anião
principal o cloreto.
evoluem por mistura com rígua do mÍLr segundo proporções diversas. A variabilidade
referida controla a mineralização apresentada, o que se traduz num resíduo seco entre 413
mg/l e 896 mg/I.
minerais silicatados
O grupo 4 corresponde a mostrÍIs de águas que sofreram mistura com água do mar,
bem como hidroüse de minerais silicatados. Estas amostras (Ref Pix23,24,25,34, 43 e 46)
apresentam, como nos outros gnrpos, mineralizações variadas, devido a diferentes
percentagens de mistura. Não obstante, a concentração em bicarbonato mais elevada que a
existente nos grupos que so evoluem por mistura, com ou sem toca iónica subsequente,
sentido oposto o aumento de alguns catiões que resulta da dissolução das rochas.
O último grupo que pode ser discriminado engloba as amostras que evoluem
essencialmente por hidrolise de minerais siiicatados (Refl Pix13, I5, 17,78,20,39,40 e
I
I
t
I
,t 358
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
4i). São as águas menos mineralizadas do Pico, com resíduos secos entre 26 mg/l e 100
mü, e a única contribuição mariúa que é observada corresponde ao acaÍïeio de sais
mariúos pela água da chuva ou alguma mistura incipiente nos furos das Ribeiras (0.79%) e
de Santa Luna (1.19% e 1.25%).
15oc, e 100'3ee, 1Ot'to'e 100'427 a20oc, o que sugere uma contribuição de origem profunda.
A proximidade do ponto Pix40 à nascente da Silveira parece confirmar este facto, pelo
da Silveira 2 (Ref Pix40), o que se explica pela hidrolise e pela entrada em solução de COz
de origem profunda.
ilhas de Santa Maria , São Jorge e São Miguel Qrlordeste), nos Açores, e à ilha do Hawaü,
demonstrando a influência dos sais mariúos nestes ambientes insulares (Fig 6.51).
Constata-se igualmente que estas amostras do Pico são as que se encontram mais
deslocadas no sentido do vérti^e dos cioretos.
359
h a n g e Vi 09€. h a n g e Vi t
XC e XC ew
F- w F-
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
t
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
€
@0
F
t
t( to€Ëo€eetoo
IãnoG-lËt\ th+.ÌíIhlF
9)
iiÈ
h a n g e Vi h a n g e Vi
f-
PD
F-
XC e w F-
XC e w
PD
.!
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
que aliás é eüdente nas regiões continentais, e as águas evoluirão fundamentalmente por
Observa-se, assim, toda uma gama de mineralizações, em que o cloreto vai perdendo
pela composição química da rocha. As águas do Pico, do Hawaii e de São Miguel são as
mais ricas em Ìrla+K relativamente às outras regiões. O grupo de amostras do Pico em que a
hidrolise e mais significativa tem composições química próximas das observadas nas
Canárias (zonas hidrologicas I e III), na Islândia" e nos Açores (Santa Maria e São Jorge).
6.2.6.Intrusão Salina
JOI
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
cioretos, visto que este elemento é conservativo. Obtiveram-se informações relativas ao teor
desta espécie a partir dos relatorios de execução dos furos, assim como das análise
pubiicadas (Lobo, 1993) ou efectuadas no decurso deste trabalho.
verifica-se que os aumentos mais acentuados ocorrem nos furos da Criação Velha, da
Mirateca 2, do Cabeço Chão e de São Mateus. Contudo, nesta ultima captação observa-se
um decréscimo na última amostragenr, possivelmente relacionado com o abandono da
Nas restantes captações ocoÍrem igualmente variações positivas, mas sem grandes
aumentos de concentração de cloretos relativamente às primeiras amostragens. Um exemplo
das águas doces subterrâneas destinadas à produção para consumo humano. Neste
articulado legal não é estipulado qualquer ümite máximo aceitável.
limite.
-.4-,
i 362
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
[li'*--
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
*r
4oo
3so
ï
3OO
ï ---rD--
+ Ff,ib.'-'Ã-l
,to *@.-- F. C.Chão
,*Ì fi *@-- F. C.Velha
r*l
,*l
*ï
0+
mar mar- ago- fev- ago- jan- jul- o
OU 71 76 82 87 93 98 jan-93 out-95 jul-98
16m 2000
,IM 1 800 @
a
o\ 16m
U 12cf
=
1M
1200
I' "*O* f . Piedade
g8m -@* F. C.Branco
g 1om :q_L9_l44e!!l
õ6m õ 80o
600 tn*-**"*--*-'-*****t'-''fu
400
m
2m 2W
o o
dez- jun- dez- mai- nov- mai- out- dez- mai- nov- mai- out-
62 68 73 79 84 90 95 73 79 84 90 95
Fig. 6.52 - Evolução temporal das concentrações em cloreto nas águas subterrâneas captadas nos furos de abastecimento
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC XC
!F-
PD
F-
e w F-
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
deste limite, correspondendo desta forma a águas inaceitáveis para abastecimento publico.
Em qualquer dos casos a captação a parti,r do dois primeiros furos referidos foi iá
abandonada.
Com base nos dados disponíveis dos furos e poços de maré elaborou-se um mapa de
linhas de igual concentração em cloretos do sistema aquífero de base. Em face da maior
densidade de pontos no litoral da Montanha do Pico este mapa de isocloretos apenas foi
isoliúas representadas estão bem no interior da ilha, a uma razoavel distância da liúa de
costa. Como exemplo pode ser verificado que a üúa de isoconcentração de cloretos de 500
eventualmente a aplicar por parte das edilidades como entidades gestoras dessas obras, no
JO+
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
zKm
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Um índice de cálculo simples e cujos resultados sejam interpretáveis por uma vasta
gama de técnicos, que não so os hidrogeologos, é fundamental em todos os níveis de
decisão política e economica, no intuito de efectuar uma melhor gestão e planificação dos
água do maÍ, que no Pico e igual a 20838 mglI, podemos modificaÍ a expressão anterior
FI, - *
3 03 1 (r-os[cr-], -ì
Atendendo ao exposto, a gaÍna de valores que o índice IPI pode assumir varia entre
0 e 10, respectivamente para uma concentração de cloretos igual a 10 mg/l e 20838 mgll.
pode facilmente depreender-se o estado actual da intrusão de uma forma legível por
técnicos de várias especialidades, pois o resultado é expresso numa escala numérica decimal
No caso vertente do Pico verificou-se que o valor de IPI mais elevado foi calculado
para o furo de São Mateus (6.73), que juntamente com os furos da Piedade e do Cabo
Branco estão acima do valor característico de uma água com 600 mgll de cloretos (5.36),
366
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- F-
{ w w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
O IPI mais baixo observa-se no furo da Silveira,(1.26), que com o furo das Ribeiras
apresentam IPI menores que uma água com 200 mg/l de cloretos (3.94), correspondendo
A classificação das águas atendendo à sua qualidade visando o uso agrícola foi
reahzada graficamente, utilizando o diagrama delineado o efeito pelo U.^t Salinity
Laboratory Staff (norma Riverside).
O referido diagrama permite observar que apenas três dos pontos representados
@ef Pixl3 ,39 4l) pertencem à classe C1S1, a que corresponde baixo perigo de saiinização
condutiüdade ser menor que 100 pS/cnl tambem pertence a esta classe.
perigo de alcalinização.
Neste conjunto de amostras às águas Pix28 (classe C4S2) e Pix6 (classe (C4S3)
correspondenL respectivamente, perigos de alcalinização medio e alto. Consequentemente, a
10 /
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
-
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
I
I
i--
t^^
I
C. S,,
t3 I
|24
I
a
a
?') u3 ì4 a -J
w1s3
-çs4
a'
l
I
l8 a
a I
-1
ld
õ \-? òr ít a
I
(} lo
N .?
a
= 14
crsz \-3 U3
r< aa
v2 ò2
Â
c:32
:.
x
I
cr sr
L" czsr
I
c: sr
rt^ro
I c+st
I
250
CCNDUTIVIDADE, Microsiemens / cÍl
Fig. 6.5-l - Diagrama representativo da qualidade oa água para uso agrícola (norma fuverside).
368
r
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
homogéneos e distintos mutuamente (Daüs, 1986). Uma descrição exaustiva dos vários
métodos empregues em anáúise grupal pode ser consultada em Daüs (1936), incluindo uma
369
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC XC
ãF F-
e w F-
e w
PD
0.9838
er
er
0,9010 o,9217
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w a w
w
w
o
o
.d o .c I .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
33
24
25
45
46
29
30
36
38
48
32
35
37
€
14
16
:
28
I
23
!
47
3'l
34
26
44
27
18
2
17
15
4
5
12
22
40
13
39
41
20
370
Y
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
destas águas e feita a partir da hidroiise e em alguns casos por uma pequena proporção de
mistura com a água do mar, o que thes confere uma mineralizaç/s baixa no conte,\to geraj
da composição quimica das águas da ilha. Pelo menos nas amostras Pixi2, 15,I7,22 e 40
dendograma e coÍrespondem a @uas que evoluem por mistura com a água do mar, a que
discriminar conjuntos de amostras onde so ocoÍra mistura e/ou hidrolise. Com efeito, o
conjunto principal do topo do dendrogrÍÌma agrega amostras com teores de bicarbonato
baixos (P'1x29,30,36,38,48, 1,31) mas liga-as com elevada similaridade a águas com
concentrações mais altas daquela especie (Prx24,25, 45 e 46), com as consequências atrás
fundamentalmente controlada pelo processo de mistura com água do mar podem ser
separados com base nas percentagens de mistura calculadas assumindo o cloreto como
especie conservativa. No grupo superior a proporção de mistura media é igual a 9,45Yo,
com um desüo padrão de 5.38o/o, e este conjunto engloba as amostras mais mineralizadas
(Pix36, 37 e 38). O segundo grupo referido tem uma percentagem de mistura média de
14.50yo, para um desvio padrão de 7 .85Yo, pelo que tal facto sugere que a mineralização é o
Não obstante, e em conclusão, pode ser realçado que a classificação por análise
)tl
Ë!F-
F-
PD XC
h a n g e Vi
ew
F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
as relações entre variáveis, num espaço de indivíduos (análise modo-R) ou as relações entre
indivíduos num espaço de variáveis (análise modo-Q).
Uma descrição exaustiva desta metodologia pode ser encontrada em Klovan (1975),
Joreskorg et al. (1976) e Daüs (1986), e os resultados de algumas aplicações a estudos
hidroquímicos nacionais estão explanados nos trabaihos de Almeida (1985), Marques da
Silva (1990) e Carvalho et al. (1990), onde são evidentes as vantagens de utilizar esta
técnica de anáüse multivariada.
foram observados.
atributos estudados, pelo que importa salientar as mais significativas, muitas das quais já
demonstradas ao longo do texto (Quadro 6.13).
372
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
{
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
pHl
Cond (\.223 I
Bic -0.345 -0.028 0.524 -0.104 -0.075 -0.13 t 0.012 -0. 144 -0.131 I
C)rradro 6.13 - Malriz de cnrrel:rcÂêq enÍrê nc:rÍrihrrÍnq nnnciÁetrrlnc ,r,r ln{lice f.rninri,rl
r
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
bicarbonato, contrária ao que seria de esperar por efeito da dissoiução de minerais das
rochas, o que se poderá explicar também pela mistura com a âgua do mar que controla o pH
Os três primeiros factores contribuem com 95.420Á para a variância total. O seu
significado pode ser investigado a partir dos pesos (loadings) apos rotação Varimm
(Quadro 6.14 e Fig. 6.56).
O primeiro factor, F1, mostra que a variação da composição das amostras analisadas
prende-se essencialmente com a mineralização das águas e as espécies com ela fortemente
reiacionadas,comoosódio,opotássio,ocalcio,omagnesio,osulfatoeocloreto.O
fenómeno mineralizadoÍ que está zubjacente a este factor resulta da mistura com a água do
mar, por intrusão salina, que como vimos é o processo que controla predominantemente a
conseguem ser discriminados a partfu dos pesos das variáveis neste factor, atendendo ao
O segundo factor, F2, indica que a variação composicional das águas está associado
negativamente ao conteúdo em bicarbonato e em sílica, e positivamente ao pH. Esta
das águas estudadas está relacionada com a mistura com a água salgada. O facto do catião
magnesio apresentar um peso li-eeiramente negativo poderá ser explicado pelo efeito de
FZ contra o teor em bicarbonato revela que os valores mais elevados deste factor
correspondem a concentrações desta espécie baixas e sem grandes flutuações, observando-
) t+
#
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
Ref
k
k
Pesos
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o . c .d o .c
c u -tr ack c u -tr a c k
P. áeua F1 FZ F3 F4
Quadro 6.l-t - Pesos das nriáveis nos factores considerados na análise factorial.
J t)
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
'l
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
I tav
n trì
1 rrì I
o,00
0,80
0,60
o -o,4
0,40 {,
È
o,20 -o,60
ã Ël,ffil : 'l 3 s H o
0,00
-o,80
-o,20 #
-0,40 -1,00
\ì 1,00
^ 0,80
0,60
o,40
o,20
l"rd
o,m
-o,20
ã E|liËil sY3s H õ
-0,40
Fig. 6.56 - Representação gráfica dos pesos dos vários atributos em cada factor.
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
hidrolise Saliente-se que as amostras das nascentes de altitude e do furo da Silveira que
evoluem por hidrolise apresentam valores de F2 elevados, o que se explica pelo facto do
3,00
)F
2,00
1,50
lJ- l,uu
0,50
000
-0,50
-1,00
-1,50
às amostras de furos e poços de maré onde a hidrolise é mais extensa (Fig 6 58)
constituído por amostras com valores de Fl muito baixos e elevados pesos do factor F2,
cuja mineralização muito baixa depende da hidrolise (Fig. 6.59). O segundo grupo e
)t I
PD =F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
F1
1,20
o,20
-0,80
-1,80
-2,80
(\
t!
-3,80
-4,80
-5,80
-6,80
-7,80
4000
Cl(mg/l)
Fig. 6.58 - Relação entre a concentração em cloretos e o p€so de F2 nas várias amostras.
1,20
,ii;
o,20 '1."
t;
-0,80
-1,80
-2,80
(!
t!
-3,80
-4,80
-5,80
-6,80
_7 Rn
z,uu 3,00 4,00
Fig. 6.59 - Representação grâfrca dos pesos dos vários factores no plano factorial FllF2.
378
a
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
profunda de Coz. Este conjunto engloba as amostras Pix4, 5, 28, 40, 12, 24,22,26, 46,27,
Por fim refira-se que o terceiro grupo engloba amostras de todos os conjuntos
discriminados na análise classificativa.
crescente. Contudo, é possível discriminar no plano factorial FllF3 a amostra Pixl4, com o
peso mais elevado de F3, e no outro extremo o grupo de águas com as referências Pixl2, l5
e 40, com os valores mais baixos de F3 (Fig 6.60). Estas últimas tem um processo comum
de contribuição de CO2 profundo, como já foi demonstrado noutra secção deste trabalho.
;,j
11
,.,
!, .-r.:
\:-,Á
7-Ì*l
li.!
-
i:l: . .: ï,.;'
':i t- j
;1 'jr.!ì:
:l
i'i,! lLl
iì Ì;:
Fig. 6.60 - Representação gráfrca dos pesos dos vários factores no plano factorial FllF3.
379
PD
rF-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
se geralmente ao estudo dos isotopos relativos de elementos mais leves que participem na
maior parte das reacções químicas (Fritr e Fontes, 1980). Uma lista dos principais isotopos
ambientais utilizados em hidrologia está patente no Quadro 6. 15.
(%)
hDROC:\'iO ti 99.98,1
õ 0.01 :
il l:-14 a IE-16
C.i?€ONO 98 39
ia.
ì.11
'c -ri
CX:6ENIO '"c 99 16
"o 0.0i1
ri.C
0.1
C.io5
:\A,OFì: tts
)..
Quadro 6.15 - Principais isótopos ambientais utilizados em hidrologia (modificado de Fritz e Fontes. 1980).
i80
i
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
estáveis não radioactivos, como o ttO e o Deutério (2H;, e isotopos radioactivos> que
decaem com o tempo em função do seu período de semi-vida, como o trítio ('H) . o toc.
descortinar as origens das águas e indicar a sua idade, caractenzar eventuais processos de
dewio que apresentam relativamente ao padrão SMOW (Snndard Mean Ocean Water),
segundo a formula seguinte:
A"-,.-A'*o*
.r-
ç
Ar"ro*
I
it
381
I
I
v
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Domínio Contribuição
. fenómenos de misnua
decomposição do hidrograma
. dispersão
. EVT
fenómenos de dreúncia
mecanisnos de salinizacão
mecanismos de mishrra
geotermia
Quaúo 6.16 - Principais dominios de aplicação dos isótopos ambientais em hidrogeologia (modificado de
Fontes- 1989).
assinatura isotopica das águas de recarga (Fontes, 1989). Contudo, factores como a
isotopos estáveis.
382
v
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Llamas, 1983), pelo que a sua inércia perante os processos químicos os permitem considerar
mundial permite aferir a origem das águas subterrâneas. Esta recta é dada pela seguinte
expressão (Craig, 196l)'.
6:3xgr8e + i0
necessário recoÍïer à equação anterior, embora Rodrigues (1995) defina uma recta regional
5 :g*5*r8g + 15
As virrr.ralidades desta aproximação prende-se com o facto das origens dos sais'
como a água do mar ou salmouras, apresentarem composições isotopicas características'
dos
cujas assinaturas são facilmente identificáveis nas águas dos aquíferos. Tal facto resulta
isotopos de não sofrerem os efeitos dos processos que usualmente influenciam as espécies
383
i:*r
- XC
h a n g e Vi
e XC
h a n g e Vi
e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
caso mais simples a recta de mistura é linear, enquanto em exemplos mais complexos estas
:U
.*ü t*l*
-/
an misarra
,í/ (águadoce-á1 salgada)
o
to
/-<t ï::"ï-
3\i 1E "vaporaeio i
íslrorv
I
Linha de
7) -Le
Água ulh:afiltracào
_10
if
Linha de intercâmbio
-:t
-a0
Oxigénie'18 (o/o")
Fig. 6.61 - Relações gerais entre o õr8O e o õD nas ágpas naturais. elidenciando os processo de salinização
(modificado de Gonfiatini e Araguas, 1988)'
38.1
v
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
O estudo da relação entre a salinidade e a composição isotopica das águas deve ser
estabelecido relativamente às espécies conserv'ativas, não sujeitas a outros processos
químicos, como o cloreto quando as saünidades são baixas e o lítio quando estas são mais
elevadas (Gat, 1981). De saiientar que as linhas de mistura são curvas quando a salinidacie é
padrões gráficos relativos aos vários processos que promovem a variação da composição
+
/ Evrporação
â I Água ÌÍarinÌra
s
€
I
'g)
èl
vl -1
-5
-6
-3
-0
de utilizar amostras com percentagens de mistura superior a 5o/o ou, quando a composição
isotopica é heterogénea, maior que 10% (Gonfiantini e fuaguas, 1988). Gat (1981)
385
+F
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
considerarn, no entanto, que para uma água com õlEO igual a -), e necessano que a
percentagem de mistura seia de 2Yo a 3%o de forma a garantir o acréscimo de 500 me de
Recorreu-se ainda aos resultados obtidos por Demande et al. (1982a) e relativos às
A composição isotopica dos furos de captação varia entre -3.60 e -4.77 para o ôrtO
e -18.3 e -29.0 para o õD. No que concerne aos poços de maré verifica-se que a gama de
18.4 a -24.2.
Os conteúdos isotopicos das nascentes são iguaimente diversos, variando entre -3.20
a 4.60 pÍua o ô18O e -17 .2 a -22.3 relativamente ao õD. Os teores em õ18O e õD das lagoas
as águas mais pesadas coÍrespondem aos poços de maré com as referências Pix38 e 30
enquanto, por seu turno, as amostras mais leves foram colhidas nos furos de captação Pix4,
2 e 78. Assim, imediatamente, verifica-se que as amostras mais pesadas apresentam maiores
mineralizações, em resultado essencialmente da mistura com a água do mar como já foi
discutido.
i86
Y X C h a n g e Vie XC
h a n g e Vi
e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Pix-04 -25.6
Pix-03 -25.3
Pix-02 -+.53
D;.- t^ Nascente -3.90 /l-J
Pix-12 -+.60 at I
Dern:nde et al.. 1982a
Pix-27
Pix-23 -4.05
PLx-35 -3.80
Quadro 6.L7 - Resultados das aúlises isotópicas efectuadas em algumas amostras de água subterrânea da
ilha do Pico.
A projecção dos Íesultados de õr8O contra o teor em ôD mostra que a maioria dos
pontos se conforma à recta das águas meteóricas mundial, o que atesta a origem meteorica
dos fluidos. veri.fica-se, contudo, que os pontos representativos das lagoas e da Ribeira
Grande se projectam distintamente acima da referida recta, o que sugere que esta última não
387
.-
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
tr Furos
ê Ì\hscentes
s A Foços de tt/aré
o 1tr'
]1H"".
tr Lagoas
a Ribeira
-25
18O
Fig. 6.63 - Relação entre o conteúdo em ô e ôD nas águas subterrâneas da ilha do Pico.
Os pontos representativos de outras águas (Pix38, 30 e l8) caem abaixo da recta das
águas meteóricas o que indicia os efeitos de evaporação das águas ou da mistura com águas
salinas.
recta de mistura entre a água infiltrada, representada pela amostra da Ribeira Grande, e a
água do mar. Apos efectuar este procedimento constata-se que a maioria das amostras são
foi comprovado que o processo de mistura e a principal origem dos sais dissolvidos nas
águas do Pico, conclui-se que o processo de mistura e complexo, não obedecendo, neste
caso, a uma lei linear pois os seus efeitos são acrescidos dos derivados a partir de outros
fenómenos.
O processo de mistura pode ser verificado no gráfico onde se projecta o ôt8O contra
a condutividade, observando-se que a maioria das águas se aliúam segundo uma recta de
mistura com a água do mar (Fig. 6.64).
388
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
-
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
ô
:
-1
I
I
ü Furos i
I
-2 ê llascentes
s
o -''"
aÊ. I
a Foeos de [/aré
]
@
F_3 ]+ Naar
OA
tr
A
Fl:n":" l
I
-4
-Á5
I
-A
A
I
Cond. (US/cm)
i
18O
Fig. 6.64 - Relação entre o conteúdo em ô e a mineralização das águas expressa pela condutividade
(fig 6 65)
1
i-; -
-44 I
tr Furos ]
e l,lascentes
-z
s -2,5 la
Poeos de Ívlaré
o
rO + Naar
|
e Lagoas
-3,5
tr 6 Ribeira
-4 8o
^E E
10000 1000000
Cl{mg/l)
r8O
Fig. 6.65 - Relação entre o conteúdo em ô e a concentração em cloretos,
389
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
ligeiramente acima da liúa de mistura, mas por tudo o que foi apresentado pode concluir-se
Esta incongruência pode eventualmente ser explicada por se trabalhar com águas ern
que as percentagens de mistura são muito pequenas piÌra se sobreporem aos efeitos da falta
390
ã!F
XC
h a n g e Vi
e XC
h a n g e Vi
e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
dificuldades encontradas durante a execução dos trabalhos, julga-se que este conjunto de
dados constitui uma contribuição importante para o coúecimento hidrogeologico da ilha do
Pico.
391
!F
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
7.1. Geolosia
pelas razões expostas, considera quatro diüsões principais, que da mais antiga à mais
O vulcão do Topo localiza-se nas regiões das Lajes e do Topo, na costa S da ilha, e
corresponde ao apaÍelho vulcânico mais antigo do Pico. A edificação deste antigo wlcão
Os materiais emitidos por esta estrutura constituem uma sequência subaérea com
cerca de 600m de espessura, divisível em duas sequências. a de base corresponde a um
possante conjunto de espessas escoadas lávicas, predominantemente ankaramíticas, e a de
topo forma uma fina cobertura, com 20 a 50 m de espessura, constituida por escoadas
O sector colapsado do wlcão do Topo está coberto por escoadas lávicas mais
recentes, relacionadas com o wlcanismo fissural. Com efeito, este vulcanismo domina o
sector E da ilha e, independentemente da idade dos materiais emitidos, agregam-se com esta
392
ry
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
exemplo no Chã do Pelado e nos Cabeços das Cabras e da Hera e, por outro lado, as
datações muito mais antigas efectuadas noutros locais desta zona por alguns autores, e que
vulcanismo fissural mais recente ocoÍre principalmente entre os Cabeços dos Grotões, a W,
A estimativa de 75000 anos paÍa a idade máxima do troço subaéreo deste vulcão
formações mais antigas da ilha datadas de sensivelmente 300000 anos. O resultado daquele
393
,+
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
estrutura.
áreas nas vertentes do quadrante NW do cone e nas paredes da cratera terminal desta elapa,
m de altura" no bordo NE da cratera principal do cone (Pico 2). F;Xe cone foi responsável
pela emissão de escoadas láücas que originaram um lago de lava no interior daquela
depressão, extravasando-se pelas vertentes do cone da Montanha apos galgarem as paredes
1400 8.P..
Além das erupções no troço terminal da Montaúa há ainda que refeú a importância
Contudo, importa realçar que a erupção historica mais antiga da ilha ocoÍïeu na Praiúa
394
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
(1562164), tendo-se prolongado por cerca de ciois anos, o que a coloca como o mais longo
Os coeficientes de aspectos das escoadas láücas historicas são todos muito baixos, e
7.2. Geomorfologia
sienificativo da declMdade.
Cerca dos 2250 m de altitude o estratovulcão e encimado por uma cratera de forma
existência de uma cratera mais antigq aos 2050 rq traduz-se por um evidente ressalto na
de fissuras. Contudo, a altitude máxima no sector oriental da ilha e atingida no Topo (1007
39s
ï PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
m), e relaciona-se com o wlcão central do Topo que. como já foi referido, conesponde ao
torrencial.
inclusivamente, extensas zonas em que este índice é nulo, ao invés da metade E da ilha"
onde são individualizáveis manchas atribuídas à classe 6 (3.39 a 4.67 tcm-t;. A Densidade de
drenagem media das bacias hidrogrrâficas e igual a 3.48 Km-r , piÌra uma área média de 1.28
Kmz.
com a mancha de materiais mais antigos do vulcanismo fissural que aflora entre São Roque
drenagem e igualmente nula" como por exemplo na extremidade oriental da ilha. Neste caso,
existe uma semelhança com uma grande área das vertentes da Montaúa onde a rede de
396
.*
+r
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
terreno, tambem é demonstrada pela relação existente entre as áreas e os maiores rios das
bacias hidrográficas.
7.3. Climatologia
A caracteruação climática da ilha do Pico foi efectuada com base nos dados
recolhidos em apenas sete pontos de observação. Desta formg a baixa densidade de postos
udométricos (0.016 P.U./Ifu2), bem como a sua deficiente distribuição no terreno, limitam a
qualidade das conclusões.
A precipitação média anual nos postos udometricos situados a baixa altitude varia
entre 1001 mm/ano e 1895 mm,/ano, enquanto nas zonas altas do Planalto da Achada estes
valores situam-se na gama de 3168 mm/ano a4547 mm/ano. Uma extrapolação realizada
para os 2000 m de altitude permite apontar uma precipitação de 7523 mm/ano.
397
:-
-.tr
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
dos 800m de altitude, a precipitação média anual e igual a 3883.6 mmr'ano, o que permite
vanação, situados respectivamente entre 15%o e 20%o nos postos costeiros e 16%o a 20oÁ no
Planalto da Achada. Nas estações de altitude, a partiÍ de 1977178, não ocoÍrem anos
hidrologicos muito secos. Pelo contrário, nas estações situadas a cotas mais baixas, o ano
humida, que ocorre entre Setembro e Março, observa-se cerca de 750Á da pluüosidade total
anual.
l7.4oc, importando realçar que a série de dados é muito curta, atendendo a que apenas
desde 1983/84 a temperatura é mensurada.
: 398
:ièi
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Foi ainda possível calcular a reçatga aquífera relativa a uma área do Planalto da
Achada. O primeiro dos métodos aplicados consistiu no balanço de cloretos e indicou uma
taxa de recarga de 50.7Yo, o que equivale a um volume de água infiltrado de 93.8xi06
mt/ano.
7.4. Hidrodinâmica
especialmente sobre o sistema aquífero de base, o que resultou do número muito limitado de
A análise das características técnicas dos furos permitiu verificar que a profundidade
media e igual a 109.8 rrì, para uma altitude media de 108.1 rn, constatando-se que existe
uma boa relação entre estes atributos. Por seu turno a distância ao mar varia entre 300 m e
gradiente piezométrico é muito fraco. Com efeito , a elevação varia entre 0.72 e 9.70 m, com
dados).
399
':'.-:-
g
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
comprovada tambem pela comparação dos valores das transmissividades obtidas nesta ilha
com os relativos a aquíferos basálticos dos Açores. Por esta análise conjunta concluíu-se
que a ilha Graciosa é aquela que apresenta resultados mais elevados, seguida dos referentes
ao Pico. Este comportamento similar, bern como a diferença paÍa os outros ambientes
insulares, deve-se essenciaimente ao tipo de aquíferos, relacionadas nestas ilhas com
escoadas láücas basálticas s./. recentes.
sinusoidal dos níveis de água dos aquíferos resultante da influência exercida pela flutuação
publicados, permitiu calcular valores de difusividade hidráulica que variam entre 1.25
400
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
-
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
A distribuição dos resultados por classes de frequência segue uma lei de distribuição
lognormal, em que a classe modal corresponde a valores entre o e 5000 mtlmin. (58.3%). A
7.5. Hidrogeoquímica
401
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
-
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
inclusivamente a águas salobras, denominação que thes e conferida por possuírem resíduos
composição cationica total. Por seu turno o cloreto é a espécie anionica principal,
contribuíndo com cerca de 35Yo a 90o/o do total de aniões em solução.
O predomínio destas espécies, que apresentam uma relação ünear bem marcada,
traduzida por um coeficiente de correlação elevado (r:0.998), explica ainda o tipo de águas
observado no Pico. Com efeito, a maioria das Írmostras corresponde a águas cloretadas
sódicas, e apenas nos pontos de água de altitude e no furo da Silveira ocolrem águas
bicarbonatadas.
influência de sais de origem mariúa" quer em resultado do acarreio por acção das águas das
chuvas, quer por mistura com a água do mar, em resultado da intrusão salina. Este último
mistura diversas. O facto do conteúdo em cloreto, bem como de outros aniões e catiões
com que apresenta boas correlações lineares, como por exemplo o sulfato, o potássio e o
magnésio, ter esta origem externa pode ser comprovado pelo índice Cl/B.t, cujos valores nas
A influência dos sais de origem marinha e ainda demonstrado pela relação linear
entre o cloreto e a concentração em estrôncio, brometo, boro, iodeto e lítio-
inerentemente a sua quúdade. Neste âmbito, salienta-se que as aguas captadas em alguns
furos apresentam teores de cloreto geralmente acima dos valores recomendáveis, quando
não dos aceitáveis e, por outro lado, a utilizaçáo da âgua na agricultura e limitada pois a
402
ilr
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
maioria das amostras apresenta perigo de salinização muito alto e perigo de alcaliruzação
médio a muito alto
São Mateus. De qualquer modo a sua mera observação e elucidativa" verificando-se, por
Os teores de SiOz são baixos, com valores médios da ordem dos 40 mgfi
apresentando cerca de 55oÁ das amostras teores menores que 39 mdl. O efeito de diiuição
provocada pela mistura com a âgua do mar pode explicar, pelo menos parcialmente, estas
baixas concentrações.
que é demonstrado pelos grá.ficos que relacionam os elementos maiores, as razões entre
espécies dissolvidas e ainda os teores de lítio e boro. Em qualquer caso, supõe-se que
com a água do miÌr e o terceiro por conjugação dos dois mecanismos mineralizadores
principais,
403
h a n g e Vi h a n g e Vi
-
PD
F-
XC e w F-
XC e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Esta divisão em grupos foi aprofundada pela compração das composições reais e
teóricas das águas subterrâneas com mistura. Esta última foi calculad,a a partir dum modelo
minerais carbonatados ou de alguns minerais característicos dos basaltos, como é o caso das
O efeito da minslalização das águas, e desde logo da mistura com a água do mar
com que esta se relaciona directamente, é notório. Com efeito, verifica-se, na maioria dos
casos, que os valores do Log(IS) tendem a estabilizar à medida que a mineralização
È
Í.
;
:
l=
#. -È:à=: 404
ry
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
a subjacente relacionada com as formações mais antigas, sobre as quais se instalou o vúcão
compósito.
i.,
405
'=
h a n g e Vi h a n g e Vi
=r
PD
F-
XC e w F-
XC e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
. A elevada recarga esperada, especialmente nas zonas altas, seria suficiente para
litoral, aiimentando a unidade inferior. A descarga natural desta camada far-se-á abaixo do
NMAM por intermedio de exsurgências submarinas.
A zona de vulcanismo fissural mais antigo, que contacta com as formações mais
recentes da Montaúa na area de São Roque, na costa N, iiustra a menoÍ permeabilidade
destas unidades antigas, originando uma área com elevada escorrência superficial, embora
l=: 406
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
=-
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
compartimentado por acção da propria natureza geologica desta área. Com efeito, a
fracturação primária e secundária associada ao eixo fissural possibilita a homogeneização
do
funcionamento hidráulico das camadas aquíferas a considerar, aumentando a permeabilidade
O fluxo longitudinal ao longo das fissuras e facilitado, embora a acção dos filões que
intersectam as formações antigas tenda a compartimentar o sistema. Tal facto implica fluxo
aquíferos basais.
7.7. Recomendações
Por finq não se pretende enceÍrÍÌr este trabalho sem apontar algumas sugestões de
trabalhos a desenvolver futuramente. Assirn, entende-se como necessário realizar ensaios de
407
ar
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Com base nos dados obtidos, e ainda naqueles provenientes dos novos trabalhos,
poderá ser estabelecido um modelo matemático do aquífero basal, com aplicação no estudo
da intrusão salina. Para este efeito propõe-se a utilizaçáo de modelos de transporte (Sutra,
408
rF
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
T.BIBLIOGRAFIA
Abdel-Monen, A., Fernandez, L.A. e Boone, G.M. (1975) - K-fu ases from the eastern
Azores Group (Santa Maria, São Miguel and the Formigas Islands). Lithos, 8,
247-254
Agostiúo, J. (1935) - Tectónica, sismicidade e vulcanismo das ilhas dos Açores. Açoreana,
i(2),86-98.
Agostiúo, J. (1948) - Clima dos Açores; contribuição para o estudo da sua variação
hidrogeologia Bol. Mus. Lob. Min. Geol. Fac. Ciências Lisboa, 16(1), 101-122.
iÍ.
i:.
409
giE
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Assunção, C.F.T. e Canilho, M.H. (1969-70) - Notas sobre a petrografia comparada das
ilhas atlânticas (arquipélagos dos Açores e de Cabo Verde). Bol. Mus. Lab. Mìn.
Bedemar, V. (1837) - Resumo das observações geologicas feitas em uma viagem às ilhas da
Madeira" Porto Santo e Açores, nos annos de 1835 e 1836. 1z: Arquivo dos
Açores, Vol. 10, Ed. Universidade dos Açores, Ponta Delgada, 1982,289-296.
Benitez, A. (1972) - Captacion de aguas subterráneas. Ed. Dossat, 2o ed., Madrid, 618 p..
Berner, E.K. e Berner, R.A. (1987) - The global water cycle; Geochemistry and
environment. Ed. Prentice-Hall, New Jersey, 397 p..
Bettencourt, M.L. (1979) - O clima dos Açores como recurso natural, especialmente em
agricultura e indústria de turismo. O Clima de Portugal, 18, INMG, Lisboa,
103p..
Borges, P.A. (1995) - Contribuição para o coúecimento geologico do litoral sul de São
Miguel (Açores). Provas de Progr. Carr. Inv., Dep. Geociências, Univ.Açores,
Ponta Delgada, 168 p..
. ;::
4ta
iy
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
, Btforn, E., Udías, A. e Colombás, M.A. (1988) - Seismicity source mechanisms and
tectonics of the Azores-Gbraltar plate boundary. Tectonophysics,l52, 89-118
Carvalho, M.R., Cruz, J.V., Almeida, C. e Silva, M.O. (1990) - Hidrogeoquímica das águas
Carvalho, M.R., Nunes, J.C., Cruz, J.V. e França, Z. (1997) - New data on Pico Mountain
(Azores islands) fumarolic fields. Em preparação.
Cas, R.A.F. e Wright, J.V. (1987) - Volcanic sucessions; modern and ancient. Ed. Chapman
Castany, G. (1963) - Traite pratique des eaux souterraines. Ed. Dunod, Paris, 657 p..
Chovelon, P. (1982) - Evolution volcanotectonique des iles de Faial et de Pico, Archipel des
Correia, M.J., Reis, P.A. e Nunes, I.C. (1992) -A sismicidade historica dos Açores e o
411
-l!r h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Coutiúo, R.M. (1990) - Estudo hidrogeologico do maciço das Sete Cidades. Disserração
,
para a obtenção do grau de Mestre em Geologia Economica e Aplicada,
FC1IL.
134 o.
coutiúo, R.M., carvalho, M.R., cruz, J.v., Aimeida, c. e Fo4az, v.H. (l991as -
Hidrogeoquímica das águas subterrâneas do maciço das Sete Cidades (São
Miguel, Açores). Comun. III Congresso Nac. de Geologia, Coimbra.
Cruz, J-v. (1992) - Hidrogeologia da ilha de Santa Maria. Dissertação para a obtenção do
Cruz, J.V., Silva, M.O. e Carvalho, M.R. (1992) - Hidrogeoquímica das águas subterrâneas
cntz, J.v., Nunes, J.c., França, 2., cawalho, M.R. e Forjaz, v.H. (1995) - Estudo
wlcanologico das erupções historicas da ilha do Pico - Açores. IV Congresso
Nacional de Geologia, Porto, Mem. Mus. Lsb. Min. Geol. Fac. Cìências Porro.
4,995_gg7
Cru4 J'V', Silva, M.O. e Carvalho, M.R. (1997) - Síntese hidrogeologtrcad,ailha de Santa
Maria (Açores). Em publicação, Geolis.
412
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Custodio, E (1978) - Geohidrologia de terrenos e islas volcánicas. publ. l2g, Ed. inst.
Fhdrologia - centro Estudios Hidrografìcos. Madrid, 303 p.
Custodio, E. e Llamas, M.R. (1983) - Hidrologia subterranea. Ed. Omega S.4., 2o 51d.,2
Daüs, J.C. (1986) - Statistics and data analysis in Geology. Ed. John Wiley e Sons Inc.,
New Yorlg 2u ed.,646 p..
Daüs, S.N. (1974) - Changes in porosity and permeabiiity with geologic time. Proceedings
Simposio Internacional sobre hidrologia de terrenos volcânicos, Canarias, 96-97.
Daüs, S.N. e Wiest, R.J.M. (1966) - Hydrogeology. Ed. Wiley e Sons, New york, 463 p..
413
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Diaz, J.M., Iafrez, i.A.N. e Geta, J.A.L. (1992) - Ìr,Íodelo para el calcuio de un indice del
Subterranea. 1 05- 11 5.
Dingman, S.L. (1994) - Physical hydroiogy. Ed. Macmillan Publ. Company, New York, 575
p..
DREPA (1988) - Pico; caracterzação. Rel. DREPA 13/88, Ed. DREPAIRAI, Angra do
Heroísmo- 372 p..
Drever, J.I. (1997) - The geochemistry of natural waters; surface and groundwater
enüronments. Ed. Prentice-Hall,3u ed., New Jersey, 436 p..
Drogue, C. (1988) - Certains aspects de I'hydrogéologie des terrains volcaniques d'aprés les
travaux du Seminaire de Madere (Septembre, 1987). Hydrogéologtque,2, 197-
193.
Esenwein, P . (1929) - Zur Petrographie der Azoren. Zeitschr.F. Í'ulconologie., 12, 3, 108'
227
414
g
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
, Féraud, G., Kaneoka, I e Allegre, J.C. (1980) - K/Ar ages and stress pattern in the Azores:
Fernandez, L.A. (1982) - The petrology and geochemistry of the Nordeste volcanic
complex, São Miguel, Azores. Arquipelago, Série Ciências da Natureza,3, 145-
1 58.
Ferreira, D.B. (1980) - Contribution à l'etude des ventes et de l'humidite dans les iles
centrales de I'archipel des Açores, Centro de Est. Geográficos, 2 vol., Lisboa,
329 p..
Ferreira, D.B (198la) - Les mécanismes des pluies et les types de temps de saison fraiche
Ferreira, D.B (198lb) - Les types de saison chaude aux Açores. Finisterra, 76(32), 231-
260
Ferreira, T. e Forjaz, V.H. (1989) - Azores fumaroles and hot springs locations (Poster).
l|'orkshop on Azores ïlolcanism, Ponta Delgada.
Fetter, C.W. (1994) - Apllied hydrogeology. Ed. Prentice-Hall,3u ed., New Jersey, 691 p .
Flower, M.F.J., Schmincke, H.-U. e Bowman, H. (1976) - Rare earth and other trace
elements in historic azotean lavas. J. í'olcanol. Geotherm. Res.,I(2\, 127-147.
415
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Fontes, J.C. (i980) -Environmental isotopes in grourld wateÍ hydrology 1ir: Handbook of
Foqaz, V.H. (1968) - Carta geologica do sistema Vulcânico Faiai - Pico - São Jorge à
Forjaz, V.H. (1977) - Carta wlcanologica da ilha do Pico à escala 1:50,000. Ed. Intituto de
Fo4az, V.H. (1980a) - Esboço geologico do sistema Vulcânico Faial - Pico - São Jorge.
Foqaz, V.H. (i980b) - Erupções Historicas do sistema Vulcânico Faial - Pico - São Jorge.
Forjaz, V.H. (1984) - Esboço tectonico da região dos Açores. Doc. Int. Dep. Geociências,
Foqaz, V.H. (1992) - Considerações sobre o risco vulcânico dos Açores. In. 70 anos após o
sismo dos Açores de 1 de Janeiro de 1980, C.S.Oliveir4 A.R.A.Lucas e
Fo4az, V.H. e Westo4 F.S. (1964) - Actividade vulcânica dos Açores de 1959 a 1964. Bol.
Forjaz, V.H. e Monjardino, J.L. (1964) - Notícia preliminar sobre os tufos vulcânicos
416
ry
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Forlaz, V.H., Monjardino, J.L, e Fernandes, N.S.N{. (1970) - Contribuição para o estudo
das jazidas fossilíferas do Faial, Pico. S. Jorge e Terceira (Açores) Comun. Sen,.
Geol. PorÍ.- 54- 27 -41 .
Fo1az, V.H., Serralheiro, A. e Nunes, J.C. (1990) - Carta 'uulcanologica dos Açores à
escala 1:200,000, Grupo Central. Ed. U.A./C.V./I.N.I.C. - S.R.P.C., Ponta
Delgada.
França, Z. (1993) - Contribuição para o estudo dos xenolitos sieníticos do arquipelago dos
Açores. Provas de Aptd. Pedag. Cap. Cient., Universidade dos Açores, Ponta
Delgada, 216 p..
França,2., Rodrigues,8., Cruz, J.V., Carvalho, M.R. e Nunes, J.C. (1995b) - Ensaio de
Pico - Açores. IV Congresso Nacional de Geologia, Porto, Mem. Mus. Lab. Min.
Francis, P. (1993) - Volcanoes, a planetary perspective. Ed. Clarendon Press, Offord, 443
p..
Freeze, R.A. e Cherry, J.A. (1979) - groundwater. Ed. Prentice-Hall, New Jersey, 604 p..
Fntz, P. e Fontes, J.C. eds. (1980) - Handbook of environmental isotope geochemistry. Ed.
elseüer, Vol. 1, Amsterdam, 538 p..
A'l 1
-Lt
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Gaspar, J.L., Pacheco, J.M., Wallenstein, N., Ferreira, T., Queiroz, G. e França, Z. (1993) -
Gat, J.R. (1981) - Groundwater. In. Stable isotope hydrology, Deuterium and Oxigen-18 in
the water cycle, J.R. Gat e R. Gonfiantini eds., Ed. iAEA Vienna, 223-240.
Gslason, S.R. e Eugster, H.P. (19S7b) - Meteoric water-basalt interactions. II: a field study
in N.E. Iceland. Geochim. Cosmchim. Acta, 51,2841-2855.
Gslason, S.R., Veblen, D.R. e Livi, K.J.T. (1993) - Experimental meteoric water-basalt
interactions: characterisation and interpretation of alteration products. Iceland.
Geochim. Cosmochim. Acta- 57. 1459-147 I.
Goudie, 4., ed. (1981) - Geomorphological techniques. Ed. George Nlen &. Unwirl
Londo4 395 p..
.::
418
*
r
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Gregory, K.J e waliing, D.E. (1973) - Drai4age basin form and process; a
Hagget, J.L.D. e Chaley, R.J (1969) - Network analysis in Geography. Ed Edward Arnoid.
London
Hartung, J. (i860) - Die Azoren in ihrerauberen Ersheinung und nach ihrer geognostischen
Helsel, D.R. e Hirsctr, R.M. (i995) - Statistical methods in water resources. Ed. Elsevier,
Amsterdam, 2u ed., 529 p..
Heras, R (1972) - Métodos prácticos para el estudio de aguas subterráneas. Ed. Centro de
Henry, P., Guy, C., Cattirq R., Dudoignon, P., Sornein, J.F. e Caristan, Y. (1996) - A
convective model of water flow in Mururoa basalts. Geochim. Cosmochim. Ácta.
60(12), 2087-2109.
Hirn, 4., Haessler, H., Tronc, P.H., Wittlinger, G. e Victor, L.M. (1980) - Aftershock
sequence of the January 1, 1980 earthquake and present day tectonics in the
Azores. Geophvs. Res. Lett.-7- 501-504.
Hortorg R.E. (1945) - Erosional development of steam and their drainages basins:
hydrophysical approach to quantitative morphology. Bull. Geol. Soc. Amer., 56,
275-370
Hunt, C.D., Ewart, C.J. e Voss, C.I. (198S) - Region 27, Hawaiian islands. In.
Hydrogeoiogy, W.Back, J.S.Rosenshein e P.R.Seaber eds., The Geology of
North America. V. O-2. Ed. Geol. Soc. America. Boulder.255-262.
419
ru'1
4!r
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Imsland, P. (1978) - The geology of the volcanic island Jan Mayen, Arctic Ocean. Rel.
Nordic Volcanologiçal Institute 78113, University of Iceland, 74 p..
INE. Lisboa.
Ingraúam, N.L. (1985) - Fog dip as a source of groundwater recharge in Northern Kenya.
Water Resources Research, 24(8), 1406-14 1 0.
Jacob, C.E. (1940) - On the flow of water in an elastic artesian aquifer. Trarc. Amer.
Jacob, C.E. (i950) - Flow of groundwater. Enginnering hidraulics. Ed. Wiley e Sons, New
York.
Janilq C.J., Nathenson, M. e Scholl, M.A. (1994) - Chemistry of spring and well waters on
Kilauea volcano, Hawaii, and vicinity. Open-File Report 94-586, U.S. Geol'
Survey, 166 P..
p..
Join, J.-L., Pommé, J.-8., Coudray, J. e Daesslé, M. (19SS) - Caracterisation des aquifères
basaltiques en domaine littoral. Impact d'un récif coralien. Hydrogéologie, 2,
t07-115.
Join, J.-L., Coudray, J. e Longworth, K. (lgg7) - Using principal components analysis and
Na/Ci ratios to trace groundwater circulation in a voicanic island: the example
of
420
+
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Joreskog, K.G., Kolvan, J.E. ç Reyment, R.A. (1976) - Geoloeical factor analysis. Ed.
ElsevierPubl. Co." Amsterdam. 178 p..
31(2),230-236.
Krause, D e Watkins, N. (1970) - North Atlantic crustal genesis in the ücinity of the
Azores. Geophvs. J. R. Astr. Soc.. 19- 261-283.
Lau, L.S. e Minlq J.F. (1995) - Groundwater modeling in Hawaii: a historical perspective.
1n; Groundwater models for resources analysis and management, Aly I. el-Kadi
ed.. Ed. CRC Press. Boca Raton- 253-274.
Laughton, A., Whitmarstr, R., Rusby, J., Somers, M., Reüe, J., McCartney, B. e Nafe, J.
Lencastre, A. e Franco, F.M. (1984) - Lições de hidrologia. Ed. Univ. Nova Lisboa, Lisboa,
451 p..
All
aLf
J4
elFXChange Vi XC
h a n g e Vi
ew e
F- F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Lioyd, J.W. e Tellam, J.H. (1988) - Caractenzatton hidroquiinica de las a_zuas subterraneas
Lobo, M.A.G. (1991) - Nitratos na água de consumo na região Autonoma dos Açores. lu
Jornadas Atlânticas de Protecção do Meio Ambiente, Angra do Heroísmo. 386-
f
391.
Lopez Garcia, L., Bethencourt, J.F. e Anguita Bartolome,F. (1992) - Un nuevo modelo de
Luís, J.F., Miranda, J.M., Galdeano, A., Patriat, P., Rossignol, J.C. e Victor, L.A.M (1994)
MacDonald, G.4., Abbott, A.T. e Petersorq F.L. (1983) - Volcanoes in the sea. Ed. Univ.
Hawaii Press, 2u ed.,517 p..
Macedo, A.L.S. (1871) - Historia das quatro ilhas que formam o distrito da Horta. Ed.
SREC/DRAC, 3 vol., 15i4 p.
Machado, F (1948) - Frequência dos sismos sentidos nas ilhas do Faial e do Pico. Áçoreana,
4G\.236-24s.
Aaa
SF
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
ì
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
' Machado, F (1954) - Earthquake intensity anomalies and magma chambers of azorean
Machado, F (1955) - Alguns aspectos da sismicidade dos Açores. Mem. da Ordem dos
Engenheiros,l07, 7-6.
Machado, F. (1958) - Actiüdade vulcânica da ilha do Faial (notícia preliminar relativa aos
meses de ianeiro a Abril de 1958) Atlântida,2(5), 305-3 i5
Machado, F.(i959) - Submarine pits of the azores plateau. BulL Volcanol., Séne 2, 21,
109-1 i6
Machado, F (1964) - Sobre a ocorrência de erupções submarinas. Bol. Soc. Geol. Portugal,
15. 21 1 -21 8.
Machado, F (1968) - Notícia preliminar relativa aos meses de Maio e Agosto de 7958. In:
Actìvidade Vulcânica do Faial - 1957-67, F.Machado e V.H.Foqaz, eds', Ed.
Machado, F (1973) - Periodicidade sísmica nos Açores. Comun. Sem. Geol- Port.,56,475-
484.
Machado, F. (1982) - Excursion guide for field trip V3 - islands of Fayal and Pico.
Arquipe lago, Série Ciências da Natureza" 3, 3 43 -3 49'
423
ilF XC
h a n g e Vi
e XC
h a n g e Vi
e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
lv{achado, F e Foqaz, V.H.(1964) - Seismic swarÍn in the Azores, Feb. 1964 (prelimrnary
report). Bol. Soc. Geol. PortugaÌ, 15, 201-206.
Machado, F , Quintino, J. e Monteiro, J.H. (lglT) - Geology of the Azores and the Mid_
Machado, F., Trêpa, M.V., Ferin, C. e Nunes, J.C. (19i3-74) - Crise sísmica do pico
(Açores), Nov 1973 . Comun. Sen,. Geol. porí..57 229-242.
^
Machado, F. e Costa, A.M. (1975) - Estudo paleomagnetico de lavas dos Açores. Comun.
Machado, F., Matias, L. e Lemos, R. (1995) - Vibration of magma under the volcano of
Pico (Azores islands). Acta I/ulcanologica, 5, 147-151.
Madeira, J. e Ribeiro, A. (1990) - Geodynamic models for the Azores triple junction: a
Madruga, J. (1936) - Andossolos dos Açores; contributos para o seu estudo. Provas de
Aptd. Pedag. Cap. Cient., Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo,726 p..
a--
^aÁ
/.
-- XC
h a n g e Vi
e XC
h a n g e Vi
e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Madruea, J., Piúeiro, J. e Sampaio, J (1986) - Carta de capacidade deuso do soio à escala
Marques da Silva, M.A. (1990) - Hidrogeologia del sistema multiacuífero Cretácico del
Baixo Vouga - Aveiro (Portugal). Tesis Doctoral, Universidad de Barceiona,
Barcelona,436 p..
McKenzie, D.P. (1972) - Active tectonics of the Mediterranean region. Geophys. J. R. Astr.
Soc.,30, 109-185.
Mendes Victor, L.A. e Nunes, J.C. (1986) - Volcanic and seismic actiüty in tha Azores.
Proceedings of the 3tu European Conference on Earthquake Engineering,
L.N.E.C., Lisboa.
Mendonçq J.J.L. (1990) - Estudo estatístico dos parâmetros hidráulicos do sistema aquífero
do Tejo. Mem. e Notícias do Mus. Lab. Min. Geol.Univ. Coimbra,110, 1-20
obra no 2319. Rel. Téot. Finol, Sond. e Fund. A.Cavaco, Lda., 10 p..
Miranda, J.M. e Luís, J.F. (1995) - Evolução da Junção Tripla dos Açores nos últimos l0
Ma. Seminário Geologia Atlântica e XV Curso de Actualizaçáo para Professores
de Geociências, APG, Ponta Delgada, 3p..
I <
r ^.,
-4-.#
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Miranda, J.M., Luís, J.F., Abreu, I, \rictor, L.A.M., Galdeano, A. e Rossignol, J.C. (1991) -
Tectonic framework of the Azores triple junction. Geophys. Res. LeÍí., i8(8),
1^^1
L+! L- 1A^A
t+.L+.
MOP-IINESCO (1975) - Estudio cientifico de ios recursos de a,sua en las islas Canarias.
148P.
Needharn, H.D. e Francheteau, J. (1974) - Some characteristics of the rift valley in the
Atlantic ocean near 36048', North. Eorth Planet. scì. Lett., 22, 29-43.
Nunes, J.C. (1991) - Microssismos e Neotectonica; Contibuição para o seu estudo nos
Açores. Provas de Aptd. Pedag. Cap. Cient., Universidade dos Açores, Ponta
Delgada, 245 p..
Nunes, J.C., Alves, J.L. e Forjaz, V.H. (1992) - Sismicidade instrumental dos Açores no
período 1980-1989; implicações neotectonicas. In. 10 Anos Apos O Sismo Dos
Açores de I de Janeiro de 1980, C.S.Oliveira" A.R.A.Lucas e J.H.C.Guedes, eds,
Nunes, J.C., Cruz, J.V., Carvalho, M.R., França, Z. e Foqaz. V.H. (1995) - Aspectos
Nunes, J.C., Franç42.,Cru2, J.V. e Carvalho, M.R. (1996) - Estudo geologico dabacia
hidrográfica daLagoa do Capitão (ilha do Pico - Açores). Rel. Técnico Projecto
Pico 0I/I996,DGIJA" Ponta Delgada, 5 p..
Nunes, J.C., Cruz, J.V., Franç4 2., Cawalho, M.R., Serralheiro, A. e Forjaz, V.H (1997a)
- CarÍavulcanologica da ilha do Pico - Açores à escala 1:30000. Ent prepat'ação.
I
ï
?
t
ë
426
:=
PD +F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Nunes, J.C., França,2., Cruz. J.V. e Carvalho, M.R. (1997b) - Production rates and age of
Pico stratovolcano (Azores islands): an estimation from historical eruptions data.
Em preparação.
Paradela, P.L. (1974b) - Prospeccion electrica en las islas Azores. Proceedings Simposio
Paradela, P.L. (1980a) - Hidrogeologia geral das ilhas adjacentes. Comun. Sen,. Geol.
Portugal, 66,241-256.
Paradela, P.L. (1980b) - Captação de águas subterrâneas nos Açores. Rel. Direcção-Geral
Perez, E.C. e Evangelista, I.M. (1988) - La hidroquimica en los estudios de intrusion marina
Petersorg F.L. (1972) - Water development on tropic volcanic islands.type example: Hawaii.
i:
I]
Á 1',7
é
F
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Peterson, F.L. (1993) - Hydrogeology of volcanic oceanic isiands. 1ir: Selected Papers on
Pinheiro, J. e Rocirigues. M.C (1991) - Os solos dos Açores e a sua capacidade de uso
Queiroz, G., Gaspar, 1.L., Cole, P.D., Guest, J.E., Wallensteiq N., Duncan, A.M. e
Razack, M., Drogue, C., Romariz, C. e Almeida" C.A.C. (1980) - Etude de I'effect de
marée océanique sur un aquifere earbonaté cotier (Miocéne de l'Aigarve -
Portugal). J. HydroloEt, 45, 57 -69.
Richter, B.C. e Kreitler, C.W. (1993) - Geochemical techniques for identifying sources of
ground-water salinization. Ed. C.K.Smoley, Boca Raton, 258 p..
È'
428
E
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Rodrigues, 8., Alves, C.A.M., Serralheiro, A e Forjaz, V.H. (1985) - Nota prévia sobre a
, Rodrigues, 8., Forjaz, V.H. e Gaspar, J.L. (19S9) - A preliminary note on the geochemical
Ponta Delgada,29p..
Rorabauglq M.I. (1953) - Graphycal and theoretical analysis of step drawdown test of an
Rosa, F., Ruiz, J.B. e Melian, P.D. (1992) - Informacion basica para instrumentar la
simulacion del comportamiento del sistema acuifero de Tenerife mediante un
modelo matematico. Hidrogeologia e Recursos Hidrauiicos XVII - V Simposio
Schilling, J.-G. (1975) - Azores mantle blob: rare earth evidençe. Earth Planet. Sci. Lett.,
25, 103-1 15
Schilling, J.-G., Bergeron, M.B. e Evans, R. (1980) - Halogens in the mantle beneath the
North Atlantic. Phil. Trans. .R. Soc. London, 297, 147-178.
Schmincke, H.-U. (1973) - Magmatic evolution and tectonic regime in the Canary, Madeira
429
*
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Schmincke, H.-U. e Weibel, M. (1972) - Chemical study' of rocks from Madeira, Porto
Santo and São Mizuel, Terceira (Azores). I'. Jb. Ìv4ìner. Abh., 117(3),253-281.
Schoeller, H. (1962) - Les eaux souterraines. Ed. Masson. Paris, 642 p.'
t S.u.ie, R. (19g0) - Tectonic pattern of the Azores spreading centre and triple junction.
EarÍh Plonet. Sci. LetÍ.. 51. 415-434.
Stiif M.A. (1951) - The interpretation of chemical water analysis by means of patterns- J.
Strahler, A.N. (1952) - Hypsometric (Area - Altitude) analysis of erosional and channel
New York.4-76.
Takasaki, K.J. (1993) - Groundwater in Kilauea volcano and adjacent areas of Mauna
Loa
Takasaki, K.J. e Mink, J.F. (i982) - Water resources of southeastern Oahu, Hawaii.
Water-
434
rt
PD
F-
XC
h a n g e Vi
e w F-
XC
h a n g e Vi
e w
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
, Theis, C.V. (1935) - The relation between the lowering of the piezometric sur ce and the
rate and duration of discharge of a well using groundwater storage. /n: Physical
Hydrogeology, R.Freeze e W.Back eds., Ed. Hutchinson Ross, Stroudsburg, 431
p
Todd, D.K. (i980) - Groundwater hydrology. Ed. John Wiley e Sons, Inc.,2u Ed., New
York, 535 p..
Turc, L. (1955) - Le bilan d'eau des sols: relations entre les precipitations, l'evaporation et
Turner, I.L., Coates, B.P. e Acworth, R.I. (1996) - The effects oftides and waves on water-
Udías, A., Espinozq A., Mezcua" J:, Buforrq E., Vegas, R., Nishenko, S., Martinez-Solarez,
Violette, S., Ledoux, E., Goblet, P., e Carbonnel, J.-P. (1997) - Hydrologic and thermal
modeling of an active volcano: the Piton de la Fournaise, Reunion. I Hydrology,
7gL,37-63.
+-) |
-* XC
h a n g e Vi
e XC
h a n g e Vi
e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Walker, G. (1973) - Lengths of lava flows Phil. Trans. Ã. ,Soc. Lotrd., A - 274- 107-118
Webster, J.W. (1821) - A description of the isiand of St. Michael, comprising an account of
its geolo-eical structure. In: Arquivo dos Açores, vo1. )CIV, Ed. Universidade dos
Açores, Ponta Delgada, 1982, 526-541 .
Werner, P.W. e Norén, D. (195i) - Progressive waves in non-artesians aquifers. Trans. Am.
Ge oph. Unì on, 32(2), 238-244
Weston, F. (1964) - List of recorded volcanic eruptions in the Azores with brief reports.
S4rite, A.F. e Hochell4 M.F.Jr. (1992) - Surface chemistry associated with the cooling and
subaerial weathering of recent basalt flows. Geochim. Cosmochìm. Acta. 56,
3111-3721.
White, W.M. e Schilling, J.-G. (1978) - The nature and origin of geochemical variations in
i
t
Mid-Atlantic Ridge basalts from the Central North Atlantic. Geochim.
i
:
Cosmochint. Acta. 42 - l50l-1 5 16.
l
White, W.M., HaÍt, S.R. e Schilling, J.-G. (1975) - Geochemistry of the Azores and the
'White,
W.M., Schilling, J.-G. e Hart, S.R. (1976) - Evidence for the Azores mantle piume
from strontium isotope geochemistry of the Central North Atlantic. Nature,
263(5579), 6s9-663.
White, W.M., Tapia, M.D.M. e Schilling, J.-G. (1979) - The Petrology and Geochemistry of
the Azores islands. Contrib. Mineral. Petrol., 69,201-273.
+3:
h a n g e Vi h a n g e Vi
XC e XC e
F- w F- w
PD
PD
er
er
!
!
W
W
O
O
N
N
y
y
bu
bu
to
to
k
k
lic
lic
C
C
w
w
m
m
w w
w
w
o
o
.d o .c .d o .c
c u -tr a c k c u -tr a c k
Wood, W.W. e Fernandez, L.A. (1988) - \rolcanic rocks. -irr: Hydrogeology, W.Back,
s Woodhall, D. (1974) - Geology and voicanic history of Pico island volcano, Azores. Ì{a'lure,
248.663-665
Zbyszeu,ski, G. (1963) - Les phénomènes volcaniques modernes dans l'archipel des Açores.
Zbyszewski, G., Ferreira, C.R. e Ferreira, O.V. (1962) - Etude geologique de 1'ï1e de Pico
(Açores). Comun. Sen,. Geol. PorÍ.,44, 5-34.
Zbyszewski, G., Ferreira, C.R., Ferreira, O.V. e Assunção, C.T. (1963a) - Carta Geologica
de Portugal; notícia explicativa da folha "A" da ilha do Pico (Açores). Serv. Geol.
Zbyszewski, G., Ferreira" C.R., Ferreira" O.V. e Assunção, C.T. (1963b) - Carta Geologica
de Portugal; notícia explicativa da folha'8" da ilha do Pico (Açores). Serv. Geol.
Portugal, Lisboa, 20 p
í
:
I
j
I
1
t +))
I